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Importância da Literatura no Ensino Médio

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A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA LITERATURA PARA A FORMAÇÃO DO 
ALUNO DO ENSINO MÉDIO 
 
Tatiana Oliveira de Fazio Sousa 
Pós Graduação 
Linguística – Facuminas 
 
 
RESUMO 
 
O Ensino Médio representa a etapa final da educação básica, sendo uma fase de 
estudos que se compreende como o período de consolidação e aprofundamento do 
conhecimento conquistado no decorrer do percurso escolar. No que se refere a 
Literatura, considera-se esta como um bem cultural, no qual seu acesso poderá 
contribuir para o desenvolvimento da educação, concentração, aspectos cognitivos e 
linguísticos, exercício da imaginação entre outros. Dessa forma, a literatura se 
apresenta também como uma ferramenta para a formação da pessoa. O presente 
artigo tem como objetivo, através de uma revisão bibliográfica, analisar a importância 
da Literatura para a formação dos alunos do Ensino Médio. Pode-se concluir que a 
formação de leitores garante uma sociedade justa, sabia e em equilíbrio, formando 
assim cidadãos conscientes de suas necessidades e obrigações. 
 
Palavras-chave: Literatura. Ensino Médio. Ensino e Aprendizagem. 
 
 
ABSTRACT 
 
High School represents the final stage of basic education, being a phase of studies 
that is understood as the period of consolidation and deepening of the knowledge 
acquired during the school journey. About Literature, it is considered a cultural asset, 
to which its access can contribute to the development of education, concentration, 
cognitive and linguistic aspects, exercise of the imagination, among others. In this way, 
literature also presents itself as a tool for the formation of the person. This article aims, 
through a literature review, to analyze the importance of Literature for the formation of 
high school students. It can be concluded that the formation of readers guarantees a 
fair, wise and balanced society, thus forming citizens who are aware of their needs and 
obligations. 
 
Keywords: Literature. High school. Teaching and learning. 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Literatura no ambiente escolar, especialmente no Ensino Médio, representa 
uma grande relevância para a formação escolar dos alunos. Pode-se dizer que a 
Literatura apresenta um encontro com a leitura, visto que por meio do contato com a 
Literatura o aluno poderá descobrir as variadas faces da linguagem, entrando em 
contato com aspectos distintos da Língua Portuguesa. Destaca-se que quanto maior 
for a diversificação dos textos literários, maior será a experiências que os alunos terão 
com este ambiente. 
Segundo Villardi (1999), ler é construir um conceito de mundo, representa a 
capacidade de entender o que chega até a pessoa através da leitura, analisando e 
posicionando-se de forma crítica diante das informações obtidas, constituindo-se 
assim como um dos atributos que possibilitam exercer, de maneira complexa e 
abrangente, a cidadania. 
De acordo com Brito (2010), é através da leitura que se pode formar cidadãos 
críticos, condição fundamental para que a cidadania seja exercida, de forma que torna 
a pessoa capacitada para entender o significado das diversas vozes manifestadas no 
debate social, pronunciando-se com sua própria voz, tornando consciente de todos os 
direitos garantidos. 
O presente artigo tem como objetivo geral analisar a importância da Literatura 
para a formação dos alunos do Ensino Médio. Como objetivos específicos, destacam-
se analisar as estratégias para a introdução da leitura nos anos iniciais de educação, 
apresentar a leitura no Ensino Médio e por fim identificar a Literatura como formação 
social da pessoa. 
O estudo se justifica pela importância do tema atualmente, visto que diante das 
novas tecnologias, a Literatura não representa uma grande importância para os 
jovens, pois atualmente as informações são acessadas de forma rápida e constante. 
Para Lois (2010), se a prática da leitura não se encontra incorporada, o 
desenvolvimento da cidadania ficará comprometido, visto que sem a leitura não é 
possível aumentar o repertório crítico. Dessa forma, são necessários estudos para 
que soluções possam ser encontradas para que a Literatura seja absorvida de forma 
satisfatória para os alunos do Ensino Médio, para que sirva como base para a 
formação de cidadãos conscientes de seus direitos, assim como lutar pelos seus 
direitos e também cidadãos que saibam respeitar a diversidade e o próximo. 
3 
 
 
2 METODOLOGIA 
 
A metodologia utilizada para a elaboração do estudo se trata de uma pesquisa 
qualitativa, através de uma revisão bibliográfica com a utilização de plataformas de 
buscas como SciELO, Google Acadêmico, entre outros, utilizando artigos científicos e 
livros e revistas especializadas sobre o tema, utilizando palavras-chave como 
literatura, ensino e aprendizagem, ensino médio, educação, entre demais palavras 
pertinentes ao tema que puderam contribuir para a construção do trabalho. 
Pode-se afirmar que a revisão bibliográfica consiste em um conjunto de 
elementos que possibilitam a identificação em parte ou no todo, de documentos 
impressos ou registrados em diversos tipos de materiais, compostas por elementos 
essenciais e complementares. 
Segundo Vergara (2007), a pesquisa bibliográfica representa um estudo 
sistemático, desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, 
redes eletrônicas, ou seja, materia acessível ao público em geral. A pesquisa 
bibliográfica fornece um instrumento analítico para qualquer outra forma de pesquisa, 
mas também poderá se esgotar em si mesma. Destaca-se que o material publicado 
pode ser fonte primária ou secundária. 
Os elementos essenciais são aqueles fundamentais para a identificação de 
publicações mencionadas em qualquer trabalho e os elementos complementares 
representam os opcionais, que juntamente com os essenciais, permitem uma 
caracterização satisfatória de publicações referenciadas. Assim, a referência 
bibliográfica é uma análise meticulosa de obras sobre determinado tema. 
Dessa forma, pode-se afirmar que a revisão bibliográfica representa uma 
revisão de pesquisas e discussões de autores sobre o assunto abordado, isto é, a 
contribuição das teorias de demais autores para a construção de um estudo. É 
representada por uma análise meticulosa e ampla das publicações correntes em uma 
determinada área do conhecimento. 
A pesquisa pode ser considerada um processo formal em que a compreensão 
é um reflexo em que requer um método científico e se constitui na direção para 
descobrir a realidade ou verdades parciais. Portanto, a pesquisa torna-se necessária 
para comprovar ou contestar hipóteses sobre um determinado assunto de relevância 
da sociedade. 
4 
 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 Estratégias para Introdução da Leitura 
 
O desenvolvimento do imaginário na pequena infância, ou seja, na Educação 
infantil quando vivenciado coletivamente, envolve as crianças com ideias, tornando-
as transformadoras de situações. 
Conforme salienta Coelho (2000), a Literatura Infantil é arte, é um fenômeno de 
criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra, na verdade 
ela funde os sonhos com a vida prática, o imaginário e o real, as ideias e suas 
possíveis realizações”, enfatizando que, por meio da literatura é possível a criança a 
vivenciar ludicamente no cotidiano a resolução de entraves, o sonho do impossível 
através do imaginário entre outros sentimentos que se desenvolvem na infância. 
 
Quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais 
clara, sentimentos, que têm em relação do mundo, e trabalham problemas 
existenciais típicos da infância como o medo, o sentimento de inveja, de 
carinho, a curiosidade, a dor, a perda, além de inserirem infinitos assuntos, é 
também suscitar o imaginário, é ter curiosidade respondida em relação a 
tantas perguntas, é encontrar outras ideias para solucionar questões como 
as personagens fizeram. (ABRAMOVICH,1997). 
 
 
Assim, na perspectiva de destacar a fundamental importância que a Literatura 
Infantil tem na constituição da criança na pequena infância da Educação Infantil, se 
faz necessário um pequeno adendo sobre o percurso do início da Literatura Infantil no 
Brasil. 
Dentre as mais diversas manifestações de arte destaca-se a literatura por tocar 
profundamente disseminando heranças e valores culturais de uma comunidade e até 
de uma civilização através da linguagem que se distingue os homens das demais 
criaturas, enfatizando assim a fundamental importância da Literatura na 
contemporaneidade, que se originou no passado. 
A literatura de todos os povos se originou oralmente. Apesar de surgir 
epistemologicamente a literatura surgiu no berço da humanidade, quando o homem 
ainda não tinha a noção da escrita e ainda viviam em tribos nômades, convivendo com 
5 
 
os fenômenos naturais, aos quais almejavam compreender através dos primeiros 
cultos religiosos. 
 Lendas e canções transmitidas oralmente por gerações através da pictografia, 
ou seja, pinturas e desenhos simbólicos nas paredes das cavernas, que passaram a 
registrar as tradições, oralmente e paulatinamente através também das tabuletas os 
traços, papiros e pergaminhos. Sabe-se que, diversas pesquisas e estudos afirmam 
que até o século XVII não existia a categoria “Infância”, as crianças sempre educadas 
em casa, educação não formal, onde as crianças aprendem histórias apropriadas para 
adultos. 
Para Coelho (1987) os primeiros registros dos contos de fada de 4000 A. C., 
feitos pelos egípcios, com o livro do mágico, na sequência aparecem na Índia, 
Palestina (velho testamento) na Grécia clássica, sendo o Império Romano o principal 
divulgador das histórias mágicas do Oriente para o Ocidente. A materialidade 
sensorial do Oriente, com a luxúria da Arábia, Persa, Irã e Turquia, se contrapunham 
à Cultura dos Celtas e Bretões no ocidente, cheia de magia e espiritualidade. 
De acordo com Amarilha (1997), somente no termino do século XVIII que se 
conquista um conceito de acordo com as especificidades da infância, e com a intenção 
de educador a nova geração vigente intuito de ensiná-los nos moldes civilizatório que 
se impunham, com a Revolução Francesa e o processo da individualização, em toda 
a Europa, que se destacava também como espaços propriamente para produção 
cultural ao público emergente iniciando assim, uma literatura didática, na qual se 
usava a ludicidade apenas como recurso para a instrução. 
Com isso, pode-se depreender que é a partir desta fase os livros dos adultos 
passaram a ser adaptados para as crianças, com diversas fontes como: contos 
populares, lendas e fabulas se iniciou no primeiro repertório de literatura para as 
crianças, que não tinha um objetivo estético, onde se destacava o perfil institucional 
pedagógico. Ainda conforme Amarilha, (1997) no Brasil a Literatura Infantil demorou 
a se manifestar, por volta de 1900 que surgiram os primeiros textos dessa natureza. 
Sem desconsiderar a existência de alguns registros datados do século XIX, a 
produção e publicação de fato foram entre os séculos XIX e XX, que introduziram e 
patrocinaram a Literatura, com o surgimento de livros de literatura e livros de educação 
religiosa para crianças e jovens com a intenção de incentivar a valorização 
nacionalista, destinados para a instituição escolar, com intuito de disciplinar os alunos. 
6 
 
Conforme enfatiza Coelho (1985), foram muitos os autores que escreveram 
livros para crianças no período de transição entre os séculos XIX e XX, mas somente 
com o sucesso de Monteiro Lobato e Tales de Andrade, que as editoras começaram 
a contemplar o Gênero. Porém, não havia garantia e autonomia das publicações 
voltadas para escolarização e com isso mantinha-se sob “controle” à criatividade e a 
fantasia que eram disciplinadas pelo Estado que controlava a publicação de livros 
destinados à infância. 
 
Com isso, é possível compreender a importância histórica social da Literatura 
Infantil para o pleno desenvolvimento, já que a Educação Infantil 
contemporânea tem o grande desafio de compreender as especificidades 
dessa fase tão essencial da pequena infância. Segundo Monteiro Lobato, 
(1882-1948) a tarefa de instaurar o “divisor de águas” que separa o Brasil de 
ontem, com o de hoje, fazendo a herança vigorar sobre o seu tempo. O 
caminho que a Literatura Infantil necessita, rompe com estereótipos e abri 
portas para novas ideias e formas que o nosso século exige. (COELHO, 1991, 
p.223). 
 
De acordo com Coelho (1991), a popularização da Leitura Infantil, com 
destaque para o escritor Monteiro Lobato, que marcou a Literatura no passado e a de 
hoje na contemporaneidade, com o início de sua carreira infanto-juvenil com o livro “A 
menina narizinho arrebitado” que desencadeou muitos outros títulos que misturavam 
a ludicidade, o encantamento dentro do universo do faz de conta. Considerando que 
a Educação Infantil do século XXI é a primeira etapa da Educação Básica, onde 
convivem as diferentes infâncias, advindas de diferentes comunidades, cidades, 
estados e até países, com variadas construções sociais e perfis de infância, família e 
sociedade, como também de costumes históricos e sociais. 
Por fim, José (2009) enfatiza que “toda a sociedade se modificou radicalmente, 
desde os costumes, ou seja, as pessoas mudaram como também o mundo adulto se 
distanciou do mundo infantil”, ou seja, que hoje é possível ver responsáveis delegando 
responsabilidade para terceiros cuidarem de sua cria, que as crianças crescem sem 
referência, em outras circunstâncias o filho só tem a companhia de máquinas, da TV, 
do seu computador ou celular, que precocemente alimentam a alma e o imaginário 
com o consumismo e o prazer negativo. 
Assim convocando as instituições educacionais assegurar o pleno 
desenvolvimento de crianças tão pequenas: 
 
7 
 
Ambas as instituições famílias e escolas estão enraizadas em identidades 
sociais, étnicas, culturais e religiosas. Portanto a convivência produtiva com 
padrões e valores familiares e comunitários na instituição de Educação 
Infantil é necessária para manter relações que discutam e reflitam sobre as 
identidades e as diversidades das crianças (RCNEI, 1998, p.33). 
 
Considerando a Educação Infantil contemporânea como um espaço 
contemplado de vivências e de diferentes aprendizagens construídas cotidianamente 
na pequena infância. E nesse novo ensino da infância é fundamental o despertar da 
criança para o imaginário infantil. 
A leitura é um ato cognitivo na medida em que envolve processos cognitivos 
múltiplos como percepção e reflexão sobre um conjunto complexo de componentes, 
também é um ato social que envolve pelo menos dois sujeitos-leitor que interagem 
entre si, a partir de objetivos e necessidades socialmente determinados, e de sorte 
que, lemos o mundo, quando lemos espetáculos teatrais, novelas, jornais, romances, 
textos técnicos, cartas, folders, entre outros, (KLEIMAN, 1992). 
Sendo assim, são imprescindíveis que, nessa fase de amplo desenvolvimento 
se insira paulatinamente as diversas linguagens da infância, entre elas destaca-se a 
Literatura Infantil, não só com o intuito de iniciar o desenvolvimento de um 
comportamento leitor, mas algo que a criança também possa através do lúdico 
imaginário e da fantasia, possa experimentar a viagem através da história das 
diferentes culturas, das habilidades comunicativas entre outros benefícios que só as 
histórias podem proporcionar na pequena infância. 
É de grande importância o acesso por meio da leitura pelo professor a diversos 
tipos de natureza escritas, uma vez que isso possibilita as crianças o contato com 
práticas culturais mediadas pela escrita. 
Conforme a autora Abramovich, (1993) é de suma importância para a formação 
de qualquer criança ouvir muitas histórias, e escutá-las é o início do aprendizado, 
através do universoliterário infantil a criança adentra um universo encantado mágico, 
no qual poderá vivenciar a ludicidade e o faz de conta. Valorizar as necessidades 
físicas, fortalecer também o espírito, a emoção e a inteligência, promovendo 
futuramente um adulto capaz, de fazer sua leitura em um mundo, capacitado para se 
expressar através da leitura e escrita, ou seja, preparando para vida. 
Destaca José (2009) que muitos responsáveis nem sempre oferecem o livro 
infantil para criança e que ele é capaz de despertar o imaginário através do 
maravilhamento e encantamento, que algumas escolas compromissadas com a boa 
8 
 
formação da infância, oferecem variadas possibilidades de livros para escolha, 
enquanto outras não priorizam a leitura, não acreditam que seja algo essencial, não 
investem em uma biblioteca para fácil acessibilidade e incentivo para o aluno. 
 
Que é de suma importância que a criança vivencie outros contextos. Que as 
crianças de classes populares fracassam porque apresentam “desvantagens 
socioculturais”, ou seja, carência de ordem social. Tais desvantagens são 
perturbações, ora de origem intelectual ou linguística, ora de origem afetiva. 
(KRAMER, 2003, p.32). 
 
Com essa perspectiva Amarilha (1993) enfatiza que a literatura cria a 
possibilidade de vivenciar o simbólico dos dois lados em diferenciados níveis, sendo, 
o nível da palavra, quando requer a atenção sobre a própria criança, concernindo a 
literatura um produto de linguagem. Contudo, o outro nível em que se efetiva é o da 
criança que se identifica com os personagens de uma narrativa, proporcionando 
assim, não só ao leitor, mas ao ouvinte a possibilidade de viver o fascínio do 
imaginário na viagem através da literatura como leitor e ouvinte. 
Conforme as Orientações Curriculares, Expectativas de Aprendizagem e 
orientações Didáticas da Educação Infantil (2007) o professor precisa despertar os 
diversos tipos de leitores e suas características, identificando os leitores que gostam 
de comentar ou indicar algo que já leram outros que preferem dividir suas leituras nas 
férias, dividindo com seus pares as diferentes interpretações conforme a sua 
compreensão da leitura, há os que problematizam o que se evidencia, nos textos 
literários ou não. Compreendendo que a criança aprende através das interações com 
seus pares, com os adultos educadores da comunidade escolar. 
Ademais, o contato com o mundo do letramento terá grande valia no período 
da alfabetização dessa criança, mesmo sem ela saber ler uma única palavra, apenas 
pelo simples fato do contato, da descoberta, do próprio querer, e para que se tenha 
plena compreensão das produções dessa fase da infância é preciso que o professor 
não só reveja as questões voltadas para sua formação, mas que também se recorde 
de sua própria infância e possa lembrar como era maravilhosa ouvir uma história, 
sentir a presença marcante da literatura infantil em sua vida. 
Portanto, entende-se que o acesso à Literatura Infantil por meio da mediação 
do professor ao amplo universo literário, comprometido com as especificidades da 
infância, propicia à criança não só as vivências de diferentes infâncias culturais e 
históricas, como há também outras realidades e vivências através do encantamento, 
9 
 
adentrando assim, em um universo mágico, que dará condições à criança de resolver 
os entraves cotidianos, reconhecer os diversos gêneros literários, ampliando seu 
vocabulário e propiciando que a mesma tenha contato com o simbólico. 
 
A leitura é um momento como nenhum outro. O que há por traz dessas 
marcas para que o olho estimule a boca a produzir linguagem? Certamente é 
uma linguagem característica, bem distante da comunicação face a face. 
Quem lê não olha para o outro, mas para a página. Quem lê parece falar para 
o outro, entretanto o que fala não é a sua palavra, mas a palavra de outro que 
pode ser estendida em muitos outros saídos não se sabe de onde, também 
camuflados atrás das marcas. FERREIRO, (1992). 
 
Portanto, quando a criança é incentivada a ampliar seu repertório, quando os 
pais permitem que ela mantenha contato com o livro, mesmo que seja apenas 
manuseando, fingindo que está lendo, estão colaborando, promovendo um interesse, 
à vontade, motivando-a a querer descobrir, a aprender. 
Conforme o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998) a 
criança na infância ainda não se apropriou da leitura propriamente dita, tem no 
professor um mediador, que lê e faz da criança um ouvinte, transformando a escrita 
em uma forma de leitura para crianças pequenas, favorecendo as vivências, podendo 
o professor da pequena infância, propiciar no dia a dia a leitura do mesmo gênero, 
para que as crianças criem uma intimidade e reconheçam cada gênero, ampliando o 
repertório de histórias, a troca de informações, opiniões e até comentários. 
Dado o exposto, poderá assim, a criança na educação Infantil transitar tanto 
pelo letramento, quanto pela literatura de mundo tão apropriada na educação infantil, 
e se levando acreditar que a formação inicial e continua do professor de educação 
Infantil, poderá fazer toda a diferença na mediação de acordo com as especificidades 
da criança. Levando em consideração as diferentes infâncias históricas e culturais que 
vivenciam concomitantemente a Educação Infantil, devemos destacar a importância 
fundamental que a Literatura exerce sobre a vida humana e, em especial para a 
criança pequena. 
Em vista dos argumentos, é extremamente importante que se saiba de que 
maneira a literatura poderá afetar não só a criança na pequena infância, mas também 
paulatinamente em sua vida inteira. Entende-se que para que o professor tenha 
propriedade ao ensinar a criança sobre Literatura Infantil, é preciso que o mesmo 
revisite sua formação inicial e contínua. Tendo em vista os aspectos observados, cabe 
aos educadores da infância não apenas investir no conhecimento teórico, mas 
10 
 
também revisitar as memórias da própria infância, fazendo uma reflexão para saber 
qual a melhor maneira de mediar o ensino da Literatura Infantil na Educação Infantil. 
Em virtude do que foi mencionado, o objetivo especifico desse trabalho é 
destacar a criança como agente transformador da história, através do acesso as 
práticas culturais. Dessa forma para ter uma ação docente com prosperidade é preciso 
que seja considerado as vivências dessa criança no contexto em que se encontra 
inserida, percebendo quais os benefícios que a Literatura poderá causar na pequena 
infância. Porém, nem todos, da Instituição de Educação Infantil conhecem os 
benefícios de se ler uma obra literária para a criança pequena todos os dias, os 
benefícios que ela terá em relação à formação de sua própria identidade, além de 
desenvolver sua própria compreensão de mundo. 
 
 
3.2 A Literatura no Ensino Médio 
 
A Literatura no Ensino Médio apresenta acesso a diversos assuntos relevantes 
da história literária, como autores e suas obras, literatura portuguesa e literatura 
barroca. Assim, a literatura aproximará os períodos literários principais que auxiliaram 
para as modificações da sociedade no decorrer dos anos. 
Segundo Zilberman (2005), entre os principais períodos da literatura, 
destacam-se: Barroco; Arcadismo; Romantismo; Realismo; Parnasianismo; 
Simbolismo; Pré-Modernismo; Modernismo e; Pós-Modernismo. 
 
O conhecimento da literatura é um processo infinito, não apenas porque o 
leitor depara-se permanentemente com obras recentes, mas também porque 
ele busca obras do passado que se atualizam por força de sua leitura, e 
igualmente, enfim, porque obras lidas revelam aspectos inusitados a cada 
retomada. A organização da historiografia atrofia essa propriedade da 
literatura, porque o novo coincide com o que está sendo lançado, jogando 
para trás tudo o que veio antes, qualificado com antigo, ultrapassado ou 
velho. Confundindo atualidade com novidade, não estimula a redescobertado já estudado, porque não consegue situá-lo em paradigmas diversos dos 
previamente estabelecidos. (ZILBERMAN, 2005, p.236). 
 
Assim, pode-se afirmar que todas as obras possuem sua relevância e sua 
função. Todas as obras, não considerando o período ou o objetivo, possibilitam aos 
alunos a descoberta e apreciação dos textos, situando-os no tempo e espaço. Ao 
praticar a leitura sobre as obras do passado, o aluno irá contextualizá-las a partir de 
11 
 
suas experiências. Dessa forma, ao ler o texto, redescobrirá e atualizará sua leitura e 
a visão do próprio texto. 
Zilberman (2009) destaca que a leitura se faz presente no ambiente escolar 
desde seu surgimento, contudo, de início, com a finalidade de transmitir um padrão 
linguístico. Atualmente a leitura possui como finalidade formar o leitor e para tal, é 
preciso conceber a leitura não apenas como resultado do processo de letramento e 
decodificação da matéria, mas atividade que propicia uma experiência única com o 
texto literário. 
 
A leitura do texto literário constitui uma atividade sintetizadora, permitindo ao 
indivíduo penetrar o âmbito da alteridade sem perder de vista sua 
subjetividade e história. O leitor não esquece suas próprias dimensões, mas 
expande as fronteiras do conhecido, que absorve através da imaginação e 
decifra por meio do intelecto. Por isso, trata-se também de uma atividade 
bastante completa, raramente substituída por outra, mesmo as de ordem 
existencial. Essas têm seu sentido aumentado, quando contrapostas às 
vivências transmitidas pelo texto, de modo que o leitor tende a se enriquecer 
graças ao seu consumo (ZILBERMAN, 2009, p. 17). 
 
Por meio da literatura os alunos entram em contato com os assuntos relevantes 
da sociedade, assuntos complexos e não pertencentes aos livros gramaticais, como 
autoconhecimento, angústia, realidade e fantasia, ou seja, a existência de diferentes 
observações sobre um mesmo tema. A literatura pode capacitar o aluno à 
compreender o próximo e respeitar as diferenças. 
 
É através de uma história que se pode descobrir outros lugares, outros 
tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras, outra ética, outra ótica. 
É ficar sabendo história, filosofia, direito, política, sociologia, antropologia, etc, 
sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de 
aula (ABRAMOVICH,1997, p. 17). 
 
Ainda de acordo com o autor supracitado, quanto maior a diversificação de 
textos literários apresentados aos alunos, maior será a experiência que eles 
conquistarão. A idade dos alunos que se encontram no Ensino Médio varia entre 13 e 
18 anos de idade. Nesta fase os alunos se encontram vulneráveis emocionalmente, 
sendo influenciados de forma direta pelo poder da mídia, amigos, preceitos de 
consumo, entre outros, deixando levar-se pelas falsas ideologias. 
 
A maioria do contato com a literatura está na escola, porém também seja 
pensada a inserção da literatura como objeto de leitura e a formação de 
leitores de literatura. Sabemos que a literatura foi introduzida na escola desde 
12 
 
a criação desta, embora, nem sempre o objetivo de ensino com objeto literário 
fosse, de fato, a compreensão da literatura e do texto literário em sua 
especificidade artística, já que inicialmente a literatura era instrumento para 
ensino de língua e identificação dos melhores empregos da expressão escrita 
através da linguagem de autores considerados exemplares. (CEREJA, 2005). 
 
Dessa forma, é fundamental que a prática da literatura na escola seja 
desenvolvida, no qual o foco se encontre somente no conhecimento de obras 
literárias, mas que seja efetuada uma atividade onde o aluno possa apreciar o texto 
de maneira eficiente. É preciso que os professores busquem formas para instigar os 
alunos a encontrar na literatura um espaço lúdico de construção de sentidos. 
A literatura na escola abrange o exercício de reconhecimento de singularidades 
e propriedades compositivas que representam uma forma particular de escrita. Assim, 
torna-se responsabilidade da escola a formação de leitores capazes de reconhecer as 
sutilezas, particularidades, sentidos, extensão e profundidade das construções 
literárias. 
Esta compreensão sobre a importância da literatura na escola suscitará 
práticas direcionadas para o letramento dos alunos de forma que amplie as 
competências mais relevantes para atividades sociais, interativas e atividades de fala, 
escuta, leitura, escrita, análise, entre outros. 
Segundo Coelho (1997), a habilidade de leitura possui controle pelo hemisfério 
esquerdo do cérebro. Assim, o hábito de ler estimulará o cérebro, treinando-o e o 
tornando cada vez mais capacitado para atividades que necessitam de compreensão 
e concentração, fundamentais para os alunos do Ensino Médio. 
A leitura contribui para nutrir a inteligência objetiva e subjetiva, a proporcionar 
um prazer na pessoa e impulsionando-a a se libertar, atuando de maneira objetiva no 
ambiente a que pertence. 
 
Estamos com aqueles que dizem: Sim. A literatura, e em especial a infantil, 
tem uma tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em transformação: a 
de servir como agente de formação, seja no espontâneo convívio leitor/livro, 
seja no diálogo leitor/texto estimulado pela escola. [...] É ao livro, à palavra 
escrita, que atribuímos a maior responsabilidade na formação de consciência 
de mundo das crianças e dos jovens. (COELHO, 1997, p. 15). 
 
Considerando que a leitura oferece ao aluno variadas experiências em diversos 
aspectos do conhecimento, que podem engrandecer os métodos de ensino e 
aprendizagem, deve-se analisar o ensino da literatura na escola atualmente, 
questionando a atividade pedagógica aplicada, para que possa compreender o real 
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motivo pelo qual, de forma progressiva, os alunos se afastaram dos livros, criando 
assim uma repulsão à leitura, gerando grandes dificuldades na interpretação e 
expressão, seja oral, seja escrita. 
3.3 A Literatura como Formação Social 
 
Segundo Koch e Elias (2008), representa uma grande dificuldade apresentar 
todos os benefícios da literatura na formação das pessoas, incluindo alunos do Ensino 
Médio, pelo fato de que a literatura não possuir fronteiras, atuando livremente, não se 
contendo a temas, pessoas, autores, espaço e tempo. A literatura representa a união 
entre o ler e o conhecimento da vida, representa viajar no espaço e no tempo, 
conhecendo o mundo sem a necessidade de se locomover. 
Ainda de acordo com os autores acima citados, é na atividade de leitura que os 
alunos ativarão o local social, suas experiências, relações com as pessoas, valores 
de sua sociedade e também aos seus conhecimentos textuais. Assim, a leitura e a 
produção de sentido representam atividades direcionadas pela bagagem sócio 
cognitiva, ou seja, conhecimentos da língua e das coisas do mundo. 
Pode-se afirmar que a literatura é de essencial relevância para o 
desenvolvimento das pessoas, para sua formação social, a contemplar os vais 
diversos ambientes, que vão desde a linguagem, passando pela sensibilidade, 
emoção e até mesmo a criticidade e exercício da reflexão que são fundamentais para 
todas as aprendizagens. 
Por meio das leituras realizadas, as pessoas se apropriam de um variado 
conhecimento sobre lugares distintos, descobrindo uma nova forma de cultura e 
saberes. Zilberman (1990) destaca que o texto literário insere um universo que, 
mesmo distante do dia a dia da pessoa, poderá levar à reflexão sobre a rotina, 
incorporando novas vivências. 
“O texto artístico talvez não ensine nada, sem se pretenda a isso, mas seu 
consumo induz a algumas práticas socializantes que, quando estimuladas, 
apresentam-se democráticas, visto que são igualitárias” (ZILBERMAN, 1990, p. 19). 
Destaca-se que este novo conceito e perspectiva de leitura e compreensão das 
obras literárias irão depender do trabalho praticado pelos professores em sala de aula, 
ou mesmo de um professorda Língua Portuguesa e Literatura que, em conformidade 
com os demais professores, atendam os alunos no preparo e nas dúvidas sobre as 
leituras praticadas. 
14 
 
 
A escola, na mesma medida em que trabalha com pessoas, trabalha com 
valores, crenças e hábitos de comportamento e linguísticos diferentes, 
também cria uma faca de dois gumes com divergências de ideias, de 
linguagens, demonstrando as diferenças entre indivíduos de classes 
inferiores e superiores. Posicionada como a base da educação, o ato de ler 
assume sua função, político democrático ou não, dependendo do grupo social 
a que está sujeito. Então, se a escola tem a intenção de participar do processo 
democrático do país deve incentivar a leitura nas séries iniciais, começando 
primeiramente com uma metodologia de ensino que estimula prazer da leitura 
que reflita na educação, o desenvolvimento de pensamento crítico, enquanto 
leem, em relação à realidade. (ZIBERMAN, 2009, p. 56). 
 
A escola, assim como todos os profissionais envolvidos, observando a 
formação de leitores e cidadãos, representa um fator fundamental para o triunfo das 
práticas pedagógicas, inovando e solidificando a relação dos alunos com a literatura. 
Essa condição é imprescindível para que as discussões sejam pontuadas por 
posturas críticas e responsáveis no que se refere à organização, desenvolvimento e 
execução do trabalho. Torna-se fundamental de forma igual para que ocorra a 
percepção da importância da troca de experiência com o próximo e da possibilidade 
de superar problemas a partir do trabalho intelectual. 
 
A literatura provoca no leitor um efeito duplo: aciona sua fantasia, colocando 
frente a frente dois imaginários e dois tipos de vivência interior; mas suscita 
um posicionamento intelectual, uma vez que o mundo representado no texto, 
mesmo afastado no tempo ou diferenciado enquanto invenção, produz uma 
modalidade de reconhecimento em quem lê (ZILBERMAN, 1990, p. 19). 
 
A literatura aponta que a autoconsciência da pessoa se realiza a partir de sua 
determinação em conhecer a si próprio, de forma a encarar a responsabilidade de seu 
destino. Textos literários, narrativos, poéticos ou dramáticos, funcionarão como reflexo 
a partir do que, posteriormente ao domínio da leitura, perceber, estimular e provocar 
a formulação de questionamentos sobre a vida. 
Segundo Freire (1989), a leitura de mundo se trata de leitura da palavra e a 
leitura desta poderá implicar na continuidade da leitura daquele. De alguma forma, 
contudo, pode-se ir além e destacar que a leitura da palavra não é somente precedida 
pela leitura de mundo, mas que por certa forma de descrevê-lo ou reescrevê-lo, de 
modifica-lo por meio da prática consciente. 
Por fim, destaca-se que a formação de leitores poderá garantir uma sociedade 
justa, equilibrada e justa, apresentando cidadãos conscientes de suas demandas e de 
suas obrigações, conscientes dos erros do passado e em busca constante para 
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soluções futuras. A leitura, representando agente questionador pelo conhecimento 
repassado, é observada como perigosa pelas pessoas que buscam manter a 
escuridão para fazer valer somente a sua suposta luz. 
 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
No momento que se aborda o tema literatura, fala-se sobre um novo mundo, e 
os alunos, assim como os professores, possuem o direito de entrar e usufruir desse 
mundo repleto de fantasias e com realidades imensuráveis. A literatura no Ensino 
Médio se apresenta como fundamental para a formação de alunos leitores. Contudo, 
as abordagens em sala de aula devem ser mais elaboradas e aperfeiçoadas, de forma 
que os alunos fixem no conteúdo transmitido pelo professor, este que possui a 
capacidade de motivar os estudantes por meio de metodologias inovadoras. 
A literatura abrange a atividade de reconhecimento das singularidades e 
propriedades compositivas que representam uma forma particular de escrita. Torna-
se então responsabilidade da escola a formação de leitores conscientes, capazes de 
refletirem e compreenderem as obras literárias. 
Atualmente, é imprescindível o investimento no desenvolvimento de alunos 
leitores, buscando condições para que as atividades pedagógicas associadas à leitura 
ocorra de fato, para que estes alunos se tornem formadores de opinião, críticos, com 
a devida capacidade de refletir sobre a realidade do mundo, esclarecendo o motivo 
da sociedade ser e agir dessa forma, considerando a opção de mudar esta realidade 
em que vive. 
Podemos dizer que, não importa se o leitor utiliza o manuscrito ou as 
tecnologias para explorar o seu imaginário, mas o importante mesmo, é que oferecê-
las leituras com rico conteúdo, que a leitura, representa um envolvimento intelectual 
sensorial e emotivo que ocasionam sentimentos como o medo, desejos, confiança e 
reflexão. É por meio das tecnologias e/ou livros que se transporta para a reflexão 
individual. 
Por fim, diante do apresentado, pode-se afirmar que a Literatura, assim como 
as demais matérias existentes no Ensino Médio, representa grande importância e 
deve ser transmitida com métodos atraentes, objetivando que os alunos se interessem 
a cada dia pelas obras literárias. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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Scipione, 1997. 
 
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de Janeiro: Vozes, 1997. 
 
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trabalho com literatura. São Paulo: Atual, 2005. 
 
COELHO, N. N. Literatura Infantil: teoria – análise – didática. São Paulo: Ática, 
1997. 
 
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Ática, 1991. 
 
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise e didática. São Paulo: 
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FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo, Cortez, 1992. 
 
FREIRE, Paulo. A Importância do ato de ler: em Três Artigos que se Completam. 
São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. 
 
KLEIMAN, Ângela. Oficina de Leitura Teorias e Práticas. Campinas: UNICAMP, 
1992. 
 
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KOCH; e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: 
Contexto, 2008. 
 
KRAMER, Sonia. Infância, Educação e Direitos humanos. São Paulo: Ática, 2003. 
 
RCNEI, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol.3 - Brasília: 
MEC/SEF, 1998. 
 
ZILBERMAN, Regina. A Leitura e o Ensino da Literatura. São Paulo: 2005.

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