Buscar

APG 5 - SULCOS E GIROS CEREBRAIS docx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APG 5 – SULCOS E GIROS 
CEREBRAIS 
Objetivos: 
1) Compreender a anatofisiologia dos 
sulcos e giros cerebrais; 
2) Entender o homúnculo de Penfield 
Muitos sulcos são inconstantes e não recebem 
qualquer denominação; outros, mais constantes, 
recebem denominações especiais e ajudam a 
delimitar os lobos e as áreas cerebrais. 
 Em cada hemisfério cerebral os dois sulcos 
mais importantes são o sulco lateral e o sulco 
central (fissuras) 
 
a) sulco lateral - Inicia-se na base do cérebro, 
como uma fenda profunda que, separando o 
lobo frontal do lobo temporal, dirige-se para a 
face dorsolateral do cérebro, onde termina 
dividindo-se em três ramos: ascendente, anterior 
e posterior. Os ramos ascendente e anterior 
são curtos e penetram no lobo frontal; o ramo 
posterior é muito mais longo, dirige-se para trás 
e para cima, terminando no lobo parietal. 
b) sulco central- É um sulco profundo e 
geralmente contínuo, que percorre 
obliquamente a face dorsolateral do hemisfério, 
separando os lobos frontal e parietal. Inicia-se 
na face medial do hemisfério, aproximadamente 
no meio de sua borda dorsal e a partir deste 
ponto, dirige-se para diante e para baixo, em 
direção ao ramo posterior do sulco lateral, do 
qual é separado por uma pequena prega 
cortical. É ladeado por dois giros paralelos, um 
anterior, giro pré-central. e outro posterior, giro 
pós-central. O giro pré-central relaciona-se 
com motricidade, e o pós-central com 
sensibilidade. 
A divisão em lobos, embora de grande 
importância clínica, não corresponde a uma 
divisão funcional, exceto pelo lobo occipital, 
que está todo, direta ou indiretamente, 
relacionado com a visão. Os sulcos ajudam a 
delimitar os lobos cerebrais, que recebem sua 
denominação de acordo com os ossos do 
crânio, com os quais se relacionam. Assim, temos 
os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. 
Além destes, existe a ínsula, situada 
profundamente no sulco lateral e que não tem, 
por conseguinte, relação imediata com os 
ossos do crânio. 
LOBOS: 
 
FACE DORSO LATERAL 
Lobo frontal 
Identificam-se, em sua superfície, três sulcos 
principais: 
a) sulco pré-central - mais ou menos paralelo 
ao ' sulco central e muitas vezes dividido em 
doís segmentos; 
b) sulco frontal superior - inicia-se geralmente 
na porção superior do sulco pré-central e tem 
direção aproximadamente perpendicular a ele; 
c) sulco frontal inferior - partindo da porção 
inferior do sulco pré-central, dirige-se para 
frente e para baixo 
Entre o sulco central e o sulco pré-central, está 
o giro pré-central, onde se localiza a principal 
área motora do cérebro. 
 Acima do sulco frontal superior, continuando, 
pois, na face medial do cérebro, localiza-se o 
giro frontal superior. Entre os sulcos frontal 
superior e frontal inferior, está o giro frontal 
médio; abaixo do sulco frontal inferior, o giro 
frontal inferior que é subdividido, pelos ramos 
anterior e ascendente do sulco lateral, em três 
panes: orbital, triangular e opercular. A primeira 
situa-se abaixo do ramo anterior, a segunda 
entre este ramo e o ramo ascendente, e a 
última entre o ramo ascendente e o sulco pré-
central. O giro frontal inferior do hemisfério 
cerebral esquerdo é denominado giro de 
Broca, e aí se localiza, na maioria dos 
indivíduos, uma das áreas de linguagem do 
cérebro. 
 
 
Lobo temporal 
 
Apresentam-se, na face dorsolateral do 
cérebro, dois sulcos principais: 
 a) sulco temporal superior – inicia-se proximo 
ao polo temporal e dirige-se para trás, 
paralelamente ao ramo posterior do sulco 
lateral, terminando no lobo parietal; 
 b) sulco temporal inferior - paralelo ao sulco 
temporal superior, é geralmente formado por 
duas ou mais partes descontínuas. 
Giro temporal superior - entre os sulcos lateral e 
temporal superior; 
Giro temporal médio- entre os sulcos temporal 
superiperior e o temporal inferior. 
Giro temporal inferior – abaixo do sulco 
temporal inferior que se limita com o sulco 
occipito- temporal; 
Afastando-se os lábios do sulco lateral, 
aparece seu assoalho, que é parte do giro 
temporal superior. A porção posterior deste 
assoalho é atravessada por pequenos giros 
transversais, os giros temporais transversos dos 
quais o mais evidente, o giro temporal 
transverso anterior é importante, já que nele se 
localiza a área da audição. 
Lobos parietal e occipital: 
a) sulco pós-central - quase paralelo ao sulco 
central, é frequentemente dividido em dois 
segmentos, que podem estar mais ou menos 
distantes um do outro; 
b) sulco intraparietal - muito variável e 
geralmente perpendicular ao pós-central, com 
o qual pode estar unido, estende-se para trás 
para terminar no lobo occipital. 
Giro pós-central – entre os sulcos central e pós-
central, onde se localiza uma das mais 
importantes áreas sensitivas do córtex, a área 
somestésica. 
O sulco intraparietal separa o lóbulo parietal 
superior do lóbulo parietal inferior. Neste último, 
descrevem- -se dois giros: o giro supramarginal, 
curvado em tomo da extremidade do ramo 
posterior do sulco lateral; e giro angular 
curvado em tomo da porção terminal e 
ascendente do sulco temporal superior. 
O lobo occipital ocupa uma porção 
relativamente pequena da face dorsolateral 
do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e 
giros inconstantes e irregulares. 
Ínsula 
 Afastando-se os lábios do sulco lateral, 
evidencia-se ampla fossa no fundo da qual 
está situada a ínsula, lobo cerebral que, 
durante o desenvolvimento, cresce menos que 
os demais, razão pela qual é pouco a pouco 
recoberto pelos lobos vizinhos, frontal, temporal 
e parietal. A ínsula tem forma cônica e 
apresenta alguns sulcos e giros. São descritos 
os seguintes: sulco circular da ínsula, sulco 
central da ínsula, giros curtos e giro longo da 
ínsula. 
FACE MEDIAL 
Lobo occipital 
Apresenta dois sulcos importantes na face 
medial do cérebro: 
a) sulco calcarino - inicia-se abaixo do 
esplênio do corpo caloso e tem um trajeto 
arqueado em direção ao polo occipital. Nos 
lábios do sulco calcarino localiza-se a área 
visual, também chamada área estriada porque 
o córtex apresenta uma estria branca visível a 
olho nu; 
b) sulco parietoccipital - muito profundo, 
separa o lobo occipital do parietal e encontra, 
em ângulo agudo, o sulco calcarino. 
Entre o sulco parietoccipital e o sulco 
calcarino situa-se o cuneus, giro complexo, de 
forma triangular. Abaixo do sulco calcarino 
situa-se o giro occípito-temporal medial, que 
continua anterionnente com o giro para-
hipocampal, já no lobo temporal. 
Lobos frontal e parietal 
 Na face medial do cérebro existem dois sulcos 
que passam do lobo frontal para o parietal 
a) sulco do corpo caloso - começa abaixo do 
rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o 
esplênio do corpo caloso, onde continua, já no 
lobo temporal, com o sulco do hipocampo. 
b) sulco do cíngulo - tem curso paralelo ao 
sulco do corpo caloso, do qual é separado 
pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente, 
dividindo-se em dois ramos: o ramo marginal 
que se curva em direção à margem superior do 
hemisfério, e o sulco subparíetal, que con· tinua 
posteriormente na direção do sulco do cíngulo. 
Destacando-se do sulco do cíngulo, em 
direção à margem superior do hemisfério, existe 
quase sempre o sulco paracentral, que se 
delimita com o sulco do cíngulo e seu ramo 
marginal, o lóbulo paracentral, assim 
denominado em razão de suas relações com o 
sulco central, cuja extremidade superior termina 
aproximadamente no seu meio. Nas partes 
anterior e posterior do lóbulo paracentral 
localizam-se, respectivamente, as áreas motora 
e sensitiva, relacionadas com a perna e o pé. 
A região situada abaixo do rostro do corpo 
caloso e adiante da lâmina tenninal é a área 
septal. Esta área é considerada um dos centros 
do prazer do cérebro. 
FACE INFERIOR 
 Lobo temporalA face inferior do lobo temporal apresenta três 
sulcos principais, de direção longitudinal, e que 
são da borda lateral para a borda medial: 
a) sulco occípito-temporal; 
b) sulco colateral; 
c) sulco do hipocampo. 
• O sulco occípito-temporal limita-se com o 
sulco temporal inferior, o giro temporal inferior, 
que quase sempre forma a borda lateral do 
hemisfério; mediaimente, este sulco se limita com 
o sulco colateral, o giro occípito-temporal 
lateral (ou giro fusifonne). 
• O sulco colateral inicia-se próximo ao polo 
occipital e se dirige para frente, fazendo 
delimitação com o sulco calcarino e o sulco do 
hipocampo, respectivamente, o giro occípito-
temporal medial e o giro para-hipocampal, 
cuja porção anterior se curva em tomo do 
sulco do hipocampo para formar o úncus. O 
sulco colateral pode ser contínuo com o sulco 
rinal, que separa a parte mais anterior do giro 
para-hipocampal do resto do lobo temporal. O 
sulco rinal e a parte mais anterior do sulco 
colateral separam áreas de córtex muito 
antigas (paleocórtex), situadas mediaimente, de 
áreas corticais mais recentes . O sulco do 
hipocampo origina-se na região (neocórtex) 
localizadas lateralmente. O sulco do 
hipocampo origina-se na região do esplênio 
do corpo caloso, onde continua com o sulco 
do corpo caloso e se dirige para o polo 
temporal, onde termina separando o giro para- 
-hipocampal do úncus. 
O giro para-hipocampal se liga posteriormente 
ao giro do cíngulo por meio de um giro 
estreito, o istmo do giro do angulo. Assim, úncus, 
giro para-hipocampal, istmo do giro do cíngulo 
e giro do cíngulo constituem uma formação 
contínua que circunda as estruturas inter-
hemisféricas e por muitos considerada como um 
lobo independente, o lobo límbico. A parte 
anterior do giro para-hipocampal é a área 
entorrinal, importante para a memória e uma 
das primeiras regiões do cérebro a serem 
lesadas na doença de Alzheimer. 
Lobo frontal 
 A face inferior do lobo frontal apresenta um 
único sulco importante, o sulco olfatório, 
profundo e de direção anteroposterior. 
Medialmente ao sulco olfatório, continuando 
dorsalmente como giro frontal superior, situa-se 
o giro reto. O resto da face inferior do lobo 
frontal é ocupado por sulcos e giros muito 
irregulares, os sulcos e giros orbitários. A seguir 
serão descritas algumas formações existentes 
na face inferior do lobo frontal, todas elas 
relacionadas com a olfação e por isso 
consideradas como pertencendo ao chamado 
rinencéjalo (de rhinos =nariz). 
O bulbo olfatório é uma dilatação ovoide e 
achatada de substância cinzenta que 
continua posteriormente com o trato olfatório 
ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo 
olfatório recebe os filamentos que constituem o 
nervo olfatório, 1 par craniano. Estes 
atravessam os pequenos orificios que existem 
na lâmina crivosa do osso etmoide e que 
geralmente se rompem quando o encéfalo é 
retirado, sendo, pois, dificilmente encontrados 
nas peças anatômicas usuais. Posteriormente, o 
trato olfatório se bifurca, formando as estrias 
olfatórias lateral e medial, as quais delimitam 
uma área triangular, o trígono olfatório. Atrás 
do trígono olfatório e adiante do trato óptico 
localiza-se uma área contendo uma série de 
pequenos orificios para a passagem de vasos, 
a substância perfurada anterior. 
 
Organização funcional do córtex cerebral 
Áreas sensitivas 
Áreas específicas do córtex cerebral processam 
sinais sensitivos, motores e integradores. 
Os impulsos sensitivos chegam principalmente à 
metade posterior de ambos os hemisférios 
cerebrais, em regiões atrás do sulco central. No 
córtex cerebral, as áreas sensitivas primárias 
recebem informações sensoriais que foram 
transmitidas por receptores sensitivos primários 
de regiões inferiores do encéfalo. As áreas de 
associação sensitiva geralmente estão próximas 
às áreas primárias. Elas geralmente recebem 
aferências das áreas primárias e de outras 
regiões encefálicas. As áreas de associação 
sensitiva integram informações sensitivas para 
gerar padrões adequados de reconhecimento 
e percepção. 
Área somatossensitiva primária (áreas 1, 2 e 3) 
-situase diretamente posterior ao sulco central 
de cada hemisfério, no giro pós-central de 
cada lobo parietal. Ela se estende do sulco 
cerebral lateral, ao longo da face lateral do 
lobo parietal em direção à fissura longitudinal, 
onde então se projeta ao longo da face 
medial do lobo parietal. A área 
somatossensitiva primária recebe impulsos de 
tato, pressão, vibração, prurido, cócegas, 
temperatura (frio e calor), dor e propriocepção 
(posição de articulações e músculos), bem 
como está envolvida na percepção destas 
sensações somáticas. Um “mapa” do corpo 
inteiro está presente nesta área: cada ponto 
dela recebe impulsos de uma parte específica 
do corpo. O tamanho da área cortical que 
recebe estes impulsos depende do número de 
receptores presentes na respectiva parte do 
corpo, e não do tamanho desta parte. Por 
exemplo, uma região maior da área 
somatossensitiva recebe impulsos dos lábios e 
dos dedos e uma menor recebe impulsos do 
tórax ou do quadril. Este mapa sensitivo 
somático distorcido é conhecido como 
homúnculo sensitivo. A área somatossensitiva 
primária permite que você identifique onde se 
originam as sensações somáticas, de modo que 
você saiba exatamente em que parte do seu 
corpo você dará um tapa naquele mosquito 
chato. 
Áreas motoras 
As eferências motoras do córtex cerebral se 
originam principalmente da parte anterior de 
cada hemisfério cerebral. Dentre as áreas 
motoras mais importantes estão as seguintes: A 
área motora primária (área 4) está localizada 
no giro précentral do lobo frontal. Assim como 
na área somatossensitiva primária, um “mapa” 
de todo o corpo está presente na área motora 
primária: cada região controla as contrações 
voluntárias de músculos específicos ou de 
grupos musculares. Estímulos elétricos em 
qualquer ponto da área motora primária 
causam a contração de fibras musculares 
esqueléticas específicas no lado oposto do 
corpo. Diferentes músculos apresentam 
diferentes representações nesta área. Uma 
área cortical maior é dedicada para os 
músculos envolvidos em movimentos complexos 
ou delicados. Por exemplo, a região cortical 
relacionada com os músculos que movimentam 
os dedos das mãos é maior que a região 
envolvida com os dedos dos pés. Este mapa 
muscular distorcido é conhecido como 
homúnculo motor A área de Broca (áreas 44 e 
45) está localizada no lobo frontal, próxima ao 
sulco cerebral lateral. Falar e compreender a 
linguagem são atividades complexas que 
envolvem muitas áreas sensitivas, associativas e 
motoras do córtex. Em cerca de 97% da 
população, estas áreas de linguagem situamse 
no hemisfério esquerdo. O planejamento e a 
produção da fala ocorrem no lobo frontal 
esquerdo da maioria dos indivíduos. Os 
impulsos nervosos originados na área de Broca 
passam para as regiões prémotoras que 
controlam os músculos da laringe, da faringe e 
da boca. Os impulsos da área prémotora 
resultam em contrações musculares específicas 
coordenadas. Simultaneamente, os impulsos se 
propagam da área de Broca para a área 
motora primária. Deste ponto, os impulsos 
também controlam os músculos ventilatórios 
para que possam regular o fluxo de ar pelas 
pregas vocais. As contrações coordenadas 
dos músculos relacionados com a fala e a 
ventilação permitem que você expresse seus 
pensamentos. Pessoas que sofrem um acidente 
vascular encefálico (AVE) na área de Broca 
ainda conseguem ter pensamentos coerentes, 
mas não conseguem formar palavras – 
fenômeno conhecido como afasia motora; ver a 
próxima Correlação Clínica. 
Áreas associativas 
As áreas associativas do telencéfalo (cérebro) 
são formadas por grandes regiões dos lobos 
occipitais, parietais e temporais e dos lobos 
frontaisanteriormente às áreas motoras. As 
áreas associativas estão conectadas entre si 
por tratos associativos e incluem as seguintes: 
A área de associação somatossensitiva (áreas 
5 e 7) é posterior à área somatossensitiva 
primária e recebe aferências desta área, bem 
como do tálamo e de outras áreas do 
encéfalo. Esta área permite que você determine 
a forma e a textura exatas de um objeto, 
determine a orientação de um objeto em 
relação a outro, e sinta a relação de uma 
parte do corpo com outra. Outra função desta 
área é o armazenamento de experiências 
sensitivas somáticas, permitindo que você 
compare as sensações atuais com experiências 
prévias. Por exemplo, a área de associação 
somatossensitiva permite que você reconheça 
objetos, como um lápis ou um clipe, 
simplesmente pelo toque 
 A área de associação visual (áreas 18 e 19), 
localizada no lobo occipital, recebe impulsos 
sensitivos da área visual primária e do tálamo. 
Ela relaciona experiências visuais presentes 
com as anteriores e é fundamental para o 
reconhecimento e avaliação do que está 
sendo visto. Por exemplo, esta área permite que 
você reconheça um objeto, como uma colher, 
apenas pelo olhar 
A área de associação facial, que corresponde 
aproximadamente às áreas 20, 21 e 37 no 
lobo temporal inferior, recebe impulsos da área 
de associação visual. Esta área armazena 
informações sobre expressões faciais e permite 
que você reconheça pessoas por suas faces. A 
área de reconhecimento facial no hemisfério 
direito é geralmente dominante em relação à 
área correspondente no hemisfério esquerdo 
A área de associação auditiva (área 22), 
situada inferior e posteriormente à área 
auditiva primária no córtex temporal, permite 
que você reconheça um som específico – como 
uma fala, uma música ou um ruído O córtex 
orbitofrontal, que corresponde 
aproximadamente à área 11 na parte lateral 
do lobo frontal, recebe impulsos sensitivos da 
área olfatória primária. Esta área cortical 
permite identificar e discriminar vários odores. 
Durante o processamento olfatório, o córtex 
orbitofrontal do hemisfério direito tem maior 
atividade que a região correspondente do 
lado esquerdo 
A área de Wernicke (área 22, possivelmente 
áreas 39 e 40), uma grande região nos lobos 
temporal e parietal esquerdos, interpreta o 
significado da fala por meio do 
reconhecimento das palavras faladas. Ela está 
ativa quando você transforma palavras em 
pensamentos. As regiões do hemisfério direito 
que correspondem às áreas de Broca e 
Wernicke no hemisfério esquerdo também 
contribuem com a comunicação verbal por 
meio do acréscimo de emoções, como raiva ou 
alegria, nas palavras faladas. Ao contrário dos 
indivíduos com AVE na área de Broca, pessoas 
que sofrem AVE na área de Wernicke ainda 
conseguem falar, mas não conseguem ordenar 
as palavras de modo coerente (afasia 
sensitiva, ou “salada de palavras”; ver a 
Correlação Clínica nesta página) 
A área integradora comum (áreas 5, 7, 39 e 
40), é delimitada pelas áreas de associação 
somatossensitiva, visual e auditiva. Ela recebe 
impulsos nervosos destas áreas, bem como da 
área gustativa primária, da área olfatória 
primária, do tálamo e de partes do tronco 
encefálico. Esta área integra interpretações 
sensitivas das áreas de associação e impulsos 
de outras áreas, permitindo a formação de 
pensamentos baseados em uma série de 
aferências sensitivas. Após a integração destas 
informações, esta área transmite sinais para 
outras partes do encéfalo para que seja 
elaborada a resposta apropriada às 
informações sensitivas interpretadas 
 O córtex pré-rontal (área frontal de 
associação) é uma grande região localizada 
na parte anterior do lobo frontal muito 
desenvolvida em primatas, especialmente em 
humanos – áreas 9, 10, 11 e 12; a área 12 não 
é mostrada, pois ela só pode ser visualizada 
em uma vista medial. Esta área tem muitas 
conexões com outras áreas corticais, tálamo, 
hipotálamo, sistema límbico e cerebelo. O 
córtex pré-frontal está relacionado com uma 
série de funções: formação da personalidade 
de um indivíduo, inteligência, capacidades de 
aprendizado complexo, lembrança de 
informações, iniciativa, juízo crítico, antevisão, 
raciocínio, consciência, intuição, humor, 
planejamento do futuro e desenvolvimento de 
ideias abstratas. Um indivíduo que apresente 
lesões em ambos os córtices pré-frontais 
geralmente se torna rude, insensível, incapaz de 
aceitar conselhos, temperamental, desatento, 
menos criativo, incapaz de planejar o futuro e 
incapaz de antecipar as consequências de 
comportamentos ou palavras grosseiras e 
inapropriadas 
 A área pré-motora (área 6) é uma área de 
associação motora que está imediatamente 
anterior à área motora primária. Neurônios 
desta região se comunicam com o córtex motor 
primário, as áreas de associação sensitiva no 
lobo parietal, os núcleos da base e o tálamo. 
A área pré-motora é responsável pelas 
atividades motoras adquiridas que sejam • 
complexas e sequenciais. Ela gera impulsos que 
causam a contração de músculos ou grupos 
musculares específicos em uma sequência 
específica, como quando você escreve seu 
nome. Esta região também serve como um 
banco de registro para tais movimentos 
 A área dos campos oculares frontais (área 8) 
do córtex frontal é por vezes incluída na área 
pré-motora. Ela controla os movimentos 
oculares voluntários de perseguição – como os 
que você acabou de usar para ler esta frase. 
 
 
 
 
 
Entender o homúnculo de Penfield : 
 
 
O “homúnculo de Penfield” é uma 
representação artística de como diferentes 
pontos da superfície do corpo estão 
“mapeados” nos dois hemisférios do cérebro, 
algumas vezes, por meio de traços deformados 
para indicar que tais partes do corpo têm 
localização específica em alguma das regiões. 
 A ideia é a de que o cérebro corresponde a 
um mapa genérico de várias partes do nosso 
corpo, sendo o homúnculo, portanto, um mapa 
neural. O mapa cerebral, representado pelo 
“homúnculo”, reflete a capacidade que o 
cérebro tem de discriminação sensorial, bem 
como a importância motriz referente a cada 
uma das partes de nosso corpo, visto que ele 
está distribuído ao longo de todo o córtex 
cerebral nos dois hemisférios. A ocorrência de 
um membro fantasma ilustra, portanto, a 
capacidade do cérebro de perceber, agir e 
gerenciar cognitivamente a imagem do corpo, 
dado que ele é uma máquina sensório motora, 
ou seja, possui a função de discernir os 
estímulos das respostas, decidir, tomar decisões, 
etc., fazendo com que a representação 
corporal se prolongue por toda a sua 
superfície em ambos os hemisférios. 
O “homúnculo de Penfield” é uma 
representação artística de como diferentes 
pontos da superfície do corpo estão 
“mapeados” nos dois hemisférios do cérebro, 
algumas vezes, por meio de traços deformados 
para indicar que tais partes do corpo têm 
localização específica em alguma das regiões. 
A ideia é a de que o cérebro corresponde a 
um mapa genérico de várias partes do nosso 
corpo, sendo o homúnculo, portanto, um mapa 
neural. O mapa cerebral, representado pelo 
“homúnculo”, reflete a capacidade que o 
cérebro tem de discriminação sensorial, bem 
como a importância motriz referente a cada 
uma das partes de nosso corpo, visto que ele 
está distribuído ao longo de todo o córtex 
cerebral nos dois hemisférios. 
A ocorrência de um membro fantasma ilustra, 
portanto, a capacidade do cérebro de 
perceber, agir e gerenciar cognitivamente a 
imagem do corpo, dado que ele é uma 
máquina sensório-motora, ou seja, possui a 
função de discernir os estímulos das respostas, 
decidir, tomar decisões, etc., fazendo com que 
a representação corporal se prolongue por 
toda a sua superfície em ambos os hemisférios.

Outros materiais