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Estrutura e Classificação da Dentina

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1 
 
DENTINA 
➢ É um tecido heterogêneo com zonas diferentes, distintas em 
características físicas e químicas: dentina do manto, pré-dentina, 
dentina interglobular, zona granulosa de Tomes, dentina 
translúcida, camada hialina, tracto morto e dentina terciária 
ESTRUTURAS MICROSCÓPICAS 
Túbulos dentinários 
➢ No processo de secreção da matriz, o odontoblasto, por ter um 
prolongamento celular (inicialmente possui vários 
prolongamentos, mas à medida que caminha em direção ao 
centro da polpa, o prolongamento que era vários, torna-se 
apenas um) e à medida que ocorre a mineralização do tecido, 
essa mineralização acontece em volta do prolongamento do 
odontoblasto, formando um tubo (o túbulo dentinário) 
➢ Cada túbulo dentinário representa um prolongamento do 
odontoblasto 
➢ Em volto do túbulo dentinário, têm-se a dentina intertubular, que 
preenche os espaços entre os túbulos 
➢ Deposição da dentina é incremental 
➢ Os túbulos dentinários são curvados, em forma de “S”. Logo, 
quanto mais para incisal, mais retilíneos ficam esses túbulos, na 
porção média o S é bem curvado e na porção radical o S é 
quase retilíneo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa curvatura os túbulos são 
importantes para dar mais 
resistência ao tecido. Logo, no 
momento que o túbulo faz a 
curvatura, ele ganha em área 
(consegue ser maior do que se 
fosse reto) e em resistência 
2 
 
Ramificações dos Túbulos Dentinários 
➢ Na porção coronária, as ramificações são mais 
numerosas na junção amelodentinária (JAD), do 
que na porção radicular 
➢ Na porção radicular, essas ramificações sofrem 
curvatura e com isso, se projetam na direção 
oposta gerando a zona granulosa de Tomes 
(cada “pontinho” do prolongamento gera uma 
“bolinha” da zona granulosa de Tomes) 
➢ Na coroa essas ramificações formam a dentina 
dicotomizada 
➢ Próximo a polpa têm-se mais túbulos dentinários 
do que próximo a JAD 
• O odontoblasto está localizado próximo a 
polpa, logo, os túbulos são mais espessos nessa 
região. E quanto mais próximo da JAD, mas finos são os túbulos 
• Na periferia, por estar mais exposto ao meio externo, a dentina 
precisa se proteger, e por isso os túbulos são mais finos, 
dificultando a penetração dos microrganismos 
Constituintes dos túbulos dentinários 
➢ Dentro do tubo tem prolongamentos do odontoblasto 
➢ Dentina peritubular 
• Forma a parede do tubo dentinário e o delimita 
• Ausência de matriz fibrosa colágena 
• 15% mais mineralizada que a intertubular 
• Se deposita de forma centrípeta (caminha em direção ao 
centro) 
• Não está presente na dentina do manto 
• Possui 3 camadas 
• Camada hipomineralizada (interna) 
• Camada hipermineralizada (média) 
• Camada hipomineralizada (externa) 
➢ Dentina intertubular 
• Se encontra entre os túbulos 
• Malha de fibras colágenas (“teias de fibras colágenas” - É 
importante no processo restaurador, de 
adesão, resistência, suporte e 
amortecimento da dentina) 
• É mineralizada 
 
 
 
Dentina dicotomizada 
3 
 
Dentro dos túbulos dentinários 
➢ Prolongamento do odontoblasto 
➢ Espaço periodontoblástico 
➢ Fluido dentinário (forma uma pressão positiva – composição 
semelhante ao plasma sanguíneo. Proteção da polpa de impede 
a entrada de microrganismos) 
➢ Terminações nervosas (sensibilidade da polpa) 
➢ Células apresentadoras de antígeno (identifica microrganismos 
que cheguem pelo túbulo dentinário, promovendo a defesa) 
CLASSIFICAÇÃO HISTOGENÉTICA DA DENTINA 
➢ Classificação topográfica: dentina do manto (primeira camada 
de dentina) e dentina circumpulpar 
➢ Dentro da dentina do manto e da dentina circumpulpar, têm-se 
outra classificação, que é a histogenética 
 
1. Dentina Primária 
➢ É aquela formada desde a primeira camada de dentina até o 
fechamento do ápice (até a raiz do dente se formar) 
• Manto 
• Parte da circumpulpar 
➢ Se forma de maneira mais rápida (para que o dente esteja pronto 
para formação da raiz) 
➢ Quando termina a formação da raiz, a dentina primária se forma 
de maneira mais lenta (a partir daí começa a se formar a dentina 
secundária – à medida que se forma a dentina secundária ao 
longo da vida, a polpa diminui de tamanho) 
➢ A curvatura mais acentuada do “S” representa a mudança de 
direção dos túbulos, ou seja, de dentina primária para dentina 
secundária 
 
2. Dentina Secundária 
➢ Produzida após o fechamento do ápice 
➢ É deposita durante toda a vida de maneira mais lenta 
Natureza Fisiológica (está se 
formando naturalmente ao longo da 
vida) 
1. Dentina primária 
2. Dentina secundária 
3. Dentina translúcida 
Natureza Patológica (vai precisar de 
um agente agressor para que se forme) 
4. Dentina esclerosada 
5. Dentina opaca ou tratos mortos 
6. Dentina terciária ou reparadora 
4 
 
➢ Apresenta leve mudança na direção dos túbulos (observa-se a 
mudança da dentina primária para secundária, através dessa 
mudança de direção dos túbulos) 
➢ Determina a diminuição progressiva da câmara pulpar 
 Linhas Incrementais 
➢ Linhas de Von Ebner 
• Espaçamento de 20µm 
• Intervalo de 5 dias 
➢ Linhas de incremento diário 
• Espaçamento de 4µm 
• Intervalos de 24 horas 
➢ Linhas de mineralização 
• Espaçamento de 2µm 
• Intervalo de 12 horas 
➢ Linhas de Schreger 
• Associada com as 
curvaturas primárias dos 
túbulos 
• Bandas largas na dentina 
 
3. Dentina Translúcida 
➢ Obliteração fisiológica do túbulo com dentina peritubular 
➢ Geralmente se forma mais na porção radicular da dentina 
➢ Mais comum na porção radicular 
 
4. Dentina Esclerosada 
➢ Semelhante a dentina translúcida (se formam da mesma maneira) – 
diferença é que na dentina translúcida não há processo patológico 
para estimular a formação da dentina peritubular 
➢ Decorrente da obliteração dos túbulos dentinários 
➢ Reação a um agente agressor crônico como cárie, trauma ou até 
mesmo um material de proteção colocado pelo dentista 
➢ Deposição acelerada de dentina peritubular 
• Dificulta a passagem de bactérias e seus produtos 
• Dificulta a passagem de produtos químicos 
Linhas de Owen 
• Alterações no processo de 
calcificação da dentina 
• São mais largas 
• Intervalo irregular 
5 
 
 
 
 
 
5. Dentina Opaca ou Tratos Mortos 
➢ Consequência da morte do odontoblasto. O fator agressor, por ter sido 
muito intenso, “mata” o odontoblasto que estava dentro do 
prolongamento do túbulo dentinário e o dentro da polpa (morre antes 
de conseguir formar a dentina esclerosada) 
➢ Túbulos dentinários vazios, pela retração dos prolongamentos dos 
odontoblastos (na microscopia por desmineralização, aparece como 
uma manche escura) 
➢ Reação a um agente agressor agudo como cárie, trauma ou até 
mesmo um material de proteção colocado pelo dentista 
➢ A progressão da cárie, por exemplo, é mais rápida do que na dentina 
esclerosada 
 
 
 
 
 
6. Dentina Terciária ou Reparadora 
➢ Formação de dentina decorrente de fatores externos 
• Cárie, atrição, preparo cavitário, trauma, microinfiltração em torno 
das restaurações 
➢ Se forma abaixo da região onde está acontecendo o fator agressor 
➢ Características morfológicas 
• Túbulos irregulares e em menor número ou ausentes 
• Podem ou não conter células aprisionadas na matriz 
➢ Tipos 
• Reacional (NÃO apresenta células, pois o odontoblasto teve tempo 
de reagir ao agente agressor e formar a dentina terciária) – mais 
relacionado com agressões crônicas (esclerosada) 
Dentina Opaca 
Mais comum na região 
de coroa e cervical 
 
6 
 
• Reparativa (presença de células dentro da matriz dentinária) – mais 
relacionada com agressões agudas 
(dentina opaca) 
Implicações clínicas 
➢ Permeabilidade (a dentina é permeável pelos 
túbulos dentinários) 
➢ Umidade(a dentina é úmida. Importante no aspecto tridimensional e 
organizacional da dentina) 
➢ Procedimentos adesivos (finalidade de grudar o material restaurador à 
dentina) 
➢ Tratamento que visam a manutenção da vitalidade pulpar 
 
Smear Layer 
➢ Formado pelas próprias bactérias 
➢ Representa os restos de esmalte e dentina durante a perfuração da 
broca 
➢ Composição 
• Resíduos da matriz colágena mineralizada 
• Partículas inorgânicas 
• Saliva 
• Numerosas bactérias 
➢ Vantagens 
• Redução da permeabilidade a fluidos bucais e produtos tóxicos 
• Redução da difusão de fluidos dentinários 
➢ Desvantagens 
• Pode servir como deposito de bactérias ou de seus produtos 
• Interfere na adesão de alguns materiais 
• Apresenta alta solubilidade 
 
 
 
 
 
Quem forma a dentina do 
odontoblasto que morreu, é um 
novo odontoblasto que vai surgir 
a partir das células mesenquimais 
indiferenciadas da polpa 
Smear Layer 
Smear Plugs 
7 
 
Mecanismo de adesão da dentina 
➢ Condicionamento ácido 
• Remoção da camada da Smear Layer e dos Smear Plugs (pois 
interferem na adesividade) 
• Desmineralização da dentina peritubular (mais desmineralizada do 
que a intertubular) 
• Desmineralização da dentina intertubular (expõe as fibras 
colágenas, possibilitando que o material adesivo penetre entre as 
fibras) 
• Depois de usar o ácido, faz-se a secagem da cavidade 
(manutenção da integridade das fibras colágenas) 
• Sistema adesivo: o adesivo penetra nos túbulos dentinários, 
formando uma camada juntamente com o tecido (camada hibrida 
– junção do adesivo com a dentina) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Por que a dentina é mais resistente a propagação de fraturas que o esmalte? 
Pois tem mais matéria orgânica, diferente do esmalte, que possui mais minerais 
2. Por que a dentina é considerada um tecido vital e o esmalte não vital? 
Porque a dentina continua sendo produzida ao longa da vida, diferente do esmalte, ao qual 
os ameloblastos irão morrer, enquanto os odontoblastos da dentina não morrem 
3. Por que a dentina propaga a cárie de maneira mais rápida que o esmalte? 
Por ser menos mineralizado que o esmalte, por possuir os túbulos dentinários 
4. Um paciente com cárie de progressão rápida e intensa, com sensação dolorosa 
aguda, pode causar que tipo de reação na dentina? 
Dentina terciária ou reparadora do tipo reparativa (com células) ou dentina opaca (tratos 
mortos) 
 
Resina composta 
Sistema adesivo 
Dentina

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