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Exame Físico: Posições e Propedêuticos

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enf_sara
Exame Físico
Dados objetivos
Levantamento das condições globais física e
psicológica.
Posição do examinador: à direita do paciente
ou em outra posição que lhe permita examinar
de forma adequada
4 sentidos: visão, tato, audição e olfato.
Posições do paciente de acordo se:
● não permaneça em posições
desconfortáveis por muito tempo;
● favoreça o exame físico completo
● respeite privacidade
● avaliar o estado do paciente pelo seu
grau de dependência durante o
exame.
Tipos de posições:
● Ortostática ou em pé
Indicação: Exame neurológico.
pés um pouco afastados, superiores
estendidos , peso fica distribuído
● Sentada
sentado ,mãos repousando sobre as coxas.
● Decúbito dorsal
deitado com ventre para cima, MMII(
ligeiramente fletidas) e MMSS(estendidos)
relaxados, relaxa abdome
● Decúbito Ventral
deitado com ventre para baixo, MMII
relaxados( ligeiramente fletidas) e mãos sob a
testa
● Decúbito Lateral Direito
deitado com o lado direito para baixo, pernas
levemente fletidas, braço direito em abdução,
o lado esquerdo para cima e o braço
repousando sobre a face lateral da coxa.
● Decúbito Lateral Esquerdo
deitado com o lado esquerdo para baixo,
pernas levemente fletidas, braço esquerdo em
abdução, o lado direito para cima e o braço
repousando sobre a face lateral da coxa.
● Posição litotômica (assemelha a
ginecologica)
Indicações: Cirurgia ou exames de períneo,
reto, vagina e bexiga.
Decúbito dorsal, com a cabeça e os ombros
ligeiramente elevados, coxas flexionadas
sobre o abdômen, afastadas uma da outra e
as pernas sobre as coxas.Uso de suportes
comum.
● Posição Genu-peitoral
Indicações: exames vaginais e retais.
Ajoelhado sobre a cama com os joelhos
afastados, as pernas estendidas e o peito
apoiado sobre a cama. A cabeça deve estar
lateralizada, apoiada sobre os braços.
● Posição de Sims
Indicações: exames vaginais, retais, clister e
lavagem intestinal.
decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça
apoiada no travesseiro.Corpo deve estar
ligeiramente inclinado para frente, com o
braço esquerdo esticado para trás, de forma a
permitir que parte do peso do corpo fique
apoiado sobre o peito. MMII devem estar
flexionados
● Posição Trendelenburg
decúbito dorsal horizontal, com o corpo num
plano inclinado, cabeça mais baixa que corpo.
● Posição de Fowler
Indicações: Para alimentação e em patologias
respiratórias, de modo geral.
Decúbito dorsal, elevar a cabeceira ângulo de
45 graus.
Passo Propedêuticos
Utiliza Se sentidos que podem ser ampliados
com instrumentos.
1. Inspeção: usa-se a visão
Tipos:
➔ estática : paciente
parado(contorno,cor)
➔ dinâmica: fala pra ele realizar
movimentos(amplitude respiratória)
enf_sara
Pode ser : Panorâmica(todo corpo)ou
localizada(um sistema específico)
Avalia: aspecto, a cor, a forma, o tamanho e o
movimento de segmentos, presença de lesões
cutâneas, cateteres, sondas…nível de
consciência, estado nutricional, postura,
higiene, tipo de fala
observação do estado geral
● Estado geral:
descrever a aparência do paciente
classificando-a em bom estado geral, regular
estado geral ou mal estado geral.,
● Nível de consciência:
observar lucidez, diálogo avaliando conexão
dos assuntos.
Consciente: acordado, alerta, responde
adequadamente a estimular verbais, orientada
em tempo e espaço.
Inconsciente: sono profundo, não emite som
verbal, não interage.
● Estado nutricional:
observar a aceitação da dieta por via oral, se
é por sonda ou se faz uso de algum suporte
nutricional. Observar nível de hidratação,
caquexia, obesidade,...
● Linguagem:
comunicação do paciente (verbal ou gestual),
afonia, disártrico, taquilalia ou fala pastosa.
● Movimentação e postura:
deambula? Cadeira de rodas?, Posição que
mais prefere ficar e em qual refere dor ?.
Coloração da pele, mucosa e hidratação:
palidez, descamação, prurido, icterícia,
verificar a consistência e integridade.
● Higiene:
sujidades e odores (roupas também).
É importante ter :
➔ iluminação adequada, expor a região
e saber o que é normal.
Pupilas : normais isocóricas e reagente com
contorno regular
● isocóricas: têm tamanhos iguais
● anisocóricas: têm tamanhos diferentes
★ fotorreagentes: reagem à luz
(diminuem de tamanho)
★ não reagentes: não reagem na
presença da luz
● mióticas: estão diminuídas
● midriáticas: estão dilatadas
Inspeção Precórdio
Decúbito dorsal, com o tórax exposto.
Ictus cordis ou choque de ponta – 5º espaço
intercostal E, na linha hemiclavicular.
Pulsações epigástricas e supra-esternais são
frequentemente visualizadas em indivíduos
normais.
Inspeção Estática do tórax
Pode-se avaliar tegumento, do tecido celular
subcutâneo, da musculatura , dos ossos e das
articulações , devem- se esquadrinhar os
seguintes elementos: pele e suas alterações;
presença de cicatrizes, especialmente de
toracotomia, drenagem torácica e
mastectomia e suas descrições; presença e
localização de fístulas; sistema venoso visível
normalmente e circulação venosa colateral;
presença de edema; presença de atrofias
musculares; alterações ósseas e articulares
Formato do tórax:
Bônus:
Barril : DPOC
Funil: Sopro (causa)
Inspeção Dinâmica do tórax
1. Observar os movimentos respiratórios
2. Frequência respiratória (12 a 20 rpm)
3. Amplitude (respiração superficial ou
profunda)
4. Ritmo (relação entre inspiração e
expiração)
5. Uso de musculatura acessória
Retração ou tiragem intercostal
Padrões Respiratórios
Eupneia: 12-20 rpm normal
Taquipneia: >24 rpm
Bradipneia: <10rpm
Hiperventilação: Frequências e profundidade
aumentadas
Hipoventilação: Respiração superficial e
irregular
Apneia: cessação da respiração
Bônus:
CHEYNE-STOKES :incursões que aumentam
progressivamente de amplitude até o seu
máximo, aí diminui até a apneia.
ATÁXICA OU DE BIOT:
irregular com apneia
enf_sara
KUSSMAUL: respiração ruidosa, apneia na
inspiração, expiração ruidosa e apneia na
expiração.
Inspeção Gastrointestinal
Contorno e Forma do abdome:
Plano, Globoso, Escafóide(magreza) e
Protuberante/ascítico.
Pulsações Abdome:
Movimentos respiratórios, pulsações e
movimentos peristálticos visíveis.
2. Palpação : tato e pressão
Toque avalia textura, volume, forma,
espessura, consistência, flutuações, frêmitos,
sensibilidade tátil e dolorosa, elasticidade,
temperatura, localização dos órgãos,
presença de edemas, massas.
Pode ser : superficial e profunda
Tipos:
1) Mão espalmada
2) Sobrepondo as mãos
3) Polpa digitais e ventral dos dedos
4) Pinça usando polegar e indicador
5) Dorso dos dedos
6) Digito-pressão(cacifo ou godet:
edema)
7) Punti Pressão: agulha sensibilidade
8) Fricção algodão: sensibilidade
Palpação do Precórdio
Verificar a presença de frêmitos, que
representam o fluxo turbulento de sangue
pelas válvulas cardíacas.
Frêmitos - são percebidos como vibrações
finas, semelhantes às vibrações observadas
na “garganta de um gato miando” – são a
tradução palpável dos sopros cardíacos.
A sua pesquisa : mão espalmada sobre o
precórdio, usando a palma da mão para
melhor sentir as vibrações.
Palpação sistema respiratório ;
Objetivo: avaliar desvios traqueais dor,
massas, excursão respiratória e frêmito
toracovocal
1) Palpação de linfonodos
➔ Cervicais
➔ Supraclaviculares
➔ Axilares
2) Palpação de traqueia
3) Excursão respiratória – estimativa da
expansão torácica; observação do movimento
torácico durante a respiração
4) Frêmito Tóraco-Vocal (FTV) - Vibração na
parede torácica resultante da propagação do
som ao longo da árvore brônquica
Frêmito tátil (ou toracovocal), vibração do
movimento do ar através da parede torácica
durante a fonação. Os sons gerados pela
laringe são transmitidos através dos brônquios
até a parede torácica, onde são sentidos
como vibrações.Comece no ápice pulmonar e
papel de um lado para o outro.
Palpação Abdominal
Superficial e Profunda
Fígado, baço(normal não sente) e manobras
Bônus:
Sinais de Giordano(avaliar cálculo renal)
Sinal Jobert (região hepática)
Sinal de Murphy(colecistite)
Sinal de Blumberg(apendicite)
3. Percussão Tato e audição
Golpes leves, planejados, articulados e
direcionados para delimitarórgãos, detectar
coleção de líquido ou ar e perceber formações
fibrosas teciduais.
Golpes dão origem a vibrações sonoras que
têm características próprias quanto à
intensidade, timbre e tonalidade.
Determina se os tecidos subjacentes estão
cheios de ar, líquido ou material sólido.
Deve-se comparar um lado com o outro
● Som maciço (cabeceira da cama /
parede / bloco de madeira)
transmite a sensação de dureza e resistência,
é encontrado em regiões desprovidas de ar. É
decorrente da percussão de regiões sólidas.
EX: coxa (músculo), fígado, coração, baço e
rins. Anormal no pulmão : pneumonia lobar ou
tumor
enf_sara
● Som Submaciço
É a variação de som maciço, ocorre devida
presença de ar em quantidade restrita. EX:
parênquima pulmonar é um órgão sólido –
infecção de um lobo pulmonar. Anormal no
pulmão : derrame pleural
● Som Timpânico ( caixa vazia /
pequeno tambor)
é encontrado em cavidades fechadas,
recobertas por membranas flexíveis, que
contêm ar. Acompanha a sensação de
elasticidade. EX: intestinos e traube (fundo do
estômago). Anormal no pulmão : grande
pneumotórax Hipersonoridade: enfisema
● Som Pulmonar (colchão de mola /
caixa com pedaços de isopor / livro
grosso colocado sobre a mesa).
Resultado das vibrações pulmonares e das
respectivas vias aéreas transmitidas à parede
torácica
Tipos:
1) Direta (pontas dos dedos)
2) Dígito-digital: galopeira borda ungueal
do dedo médio da mão D na
superfície da 2ª falange do dedo
médio ou indicador da mão E. (que
golpeia : PLEXOR que é golpeado:
PLEXÍMETRO)
3) Punho- percussão : mão fechada
4) Borada da mão
5) Piparote: avaliar ascite(mão
espalmada de um lado do ABd e dá
um peteleco do outro lado pra ver se
sente vibrações)
Abdominal: Inicia-se levemente no QID,
prosseguindo-se nos demais quadrantes, no
sentido horário, até percorrer toda área
abdominal.
4. Ausculta audição
vibração das suas estruturas na superfície
corporal, como na avaliação dos ruídos
respiratórios, cardíacos, circulatórios e
intestinais.
Direta - é executada por aplicação direta da
orelha ao corpo.
Indireta – é a que utiliza o estetoscópio. Outro
tipo de esteto é o de opinar (obstetrícia).
Estetoscópio- Introduzido por Laennec na
metade do século XIX.
Onde empregamos a ausculta?
Nos pulmões (murmúrios vesiculares),
coração (bulhas cardíacas), vasos (sopros),
abdome (ruídos hidroaéreos no intestino e
peristalse no estômago).
Características:
● Frequência : +: +agudo
● Altura : alto ou baixo
● Qualidade : sopro e borbulhante
● Duração : curta, média e longo
Realizada em: ambiente silencioso, paciente
em posição adequada a área a ser auscultada
deve ser descoberta.
Ausculta cardíaca:
proporciona os sons cardíacos - bulhas
cardíacas, do enchimento ventricular e do
fluxo sanguíneo através das valvas cardíacas,
bem como do ritmo.
Deve ser realizada com o paciente relaxado e
com o precórdio descoberto.
● Foco Aórtico: 2 espaço intercostal D
● Foco Pulmonar 2 espaço intercostal E
● Tricúspide 4 Espaço intercostal E
● Mitral 5 espaço intercostal esquerdo
Ausculta Pulmonar: O examinador é capaz de
avaliar três elementos: Características dos
ruídos respiratórios (Murmúrios Vesiculares);
Presença de ruídos adventícios (crepitações,
roncos, sibilos); Característica da voz falada e
sussurrada
Ausculta Abdominal : antes da palpação ou
percussão. Podem ser variáveis.
Sempre inicio pelo QID
Frequência 5 a 30 vezes/min
Auscultar: 15 a 20 seg/quadrante
Borborigmo: ronco
Ruídos hidroaéreos (presentes, hiperativos,
hipoativos e ausentes )
Exame :
1. Posição
2. lava as mãos
3. luva
4. unhas curtas
5. aquecer as mãos
Instrumentos
1.Esfigmomanômetro
2.Estetoscópio
3.Relógio
4.Termômetro
5.Foco de luz/ lanterna
6.Espátula
7.Régua e fita métrica
8.Luvas
9.Algodão e gaze
10.Balança
enf_sara
Ética Profissional
A ética, em especial, numa perspectiva
profissional, é o eixo central das condições de
sobrevivência do sistema atual.
Ética profissional refere-se aos
comportamentos relativos ao paciente, ao
patrão e aos colegas de trabalho.
Há uma expectativa, portanto, da sociedade
pelo cumprimento do papel do profissional.
Código de ética do profissional de
Enfermagem (CEPE)
É um conjunto de normas a serem cumpridas
pelo profissional de enfermagem.
Ética é um conjunto de valores que orientam o
comportamento do homem em relação aos
outros homens na sociedade em que vive,
garantindo o bem estar social, ou seja, a ética
é a forma que o homem deve se comportar no
seu meio social.
Moral é um conjunto de normas que regulam o
comportamento do homem em sociedade, e
estas normas são adquiridas pela educação,
pela tradição e pelo cotidiano.
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
as atitudes permitidas e não permitidas.
está no campo da moral porque seu teor é
prático.
É um estatuto do comportamento profissional
esperado.
como deve agir o profissional para garantir a
integridade da profissão, trata do ato de fazer
bem feito o que deve ser realizado
profissionalmente.
Fornece elementos para o pensar e o agir do
profissional diante de si mesmo e do outro,
mas com pouca abertura para que sejam
seguidos de forma rigorosa, dado o seu
caráter imprescritível.
As leis de cada profissão são elaboradas com
o objetivo de proteger os profissionais da
categoria e as pessoas que dependem
daquele profissional.
Profissionalismo.
Nesse sentido, a competência, a
responsabilidade e o compromisso são
atitudes necessárias que marcam de maneira
muito forte o ser profissional.
Competência
domínio do conhecimento teórico e prático da
técnica que se especializou.
o profissional deve buscar continuamente
conhecimento para dominar de maneira
qualificada a sua profissão
Responsabilidade
está relacionada à capacidade profissional de
escolher caminhos que devem ser tomados no
processo decisório, quer em sua vida
profissional.
É o dever de arcar com as consequências do
próprio comportamento ou do comportamento
de outras pessoas.
É a qualidade de responder por seus atos
individual e socialmente.
Compromisso
desenvolver uma relação baseada em valores
sólidos consigo mesmo e com o seu local de
trabalho.
cumprir com os deveres que são esperados
pelas contrapartes da profissão.
ter uma relação de pertencimento ao lugar
onde vive, ou seja, ter uma relação muito forte
profissionalmente com as pessoas e com o
lugar onde está inserido.
DEONTOLOGIA (grego déontos = o que é
obrigatório, necessário)
É uma filosofia que significa ciência do dever
e da obrigação.
O conjunto de princípios e regras de conduta
ou deveres de uma determinada profissão, ou
seja, cada profissional deve ter a sua
deontologia própria para regular o exercício da
profissão, e de acordo com o Código de Ética
de sua categoria.
Na enfermagem o Conselho Federal de
Enfermagem-COFEn e o Conselho Regional
de Enfermagem-COREn irão nortear e
elaborar as normas deontológicas da
profissão.
Diceologia
Significa o conjunto dos direitos de uma
determinada classe social. O termo ``
diceologia'' ou ``diceologia (do grego = dikaio
+ logía) está relacionado, portanto, aos
estudos dos direitos profissionais.
Enfermagem e Ética
A enfermagem compreende um componente
próprio de conhecimentos científicos e
técnicos, construído e reproduzido por um
conjunto de práticas sociais, éticas e políticas
que se processa pelo ensino, pesquisa e
assistência.
Realiza-se na prestação de serviços à pessoa,
família e coletividade, no seu contexto e
circunstâncias de vida.
Codigo de etica enfermagem:
Instrumento legal;
• Reúne um conjunto de normas, princípios
morais e direitos relativos à profissão e ao seu
exercício;
enf_sara
• Exprime o que é esperado dos profissionais
e foi definido por enfermeiros com base no
compromisso com a sociedade;
• A sociedade entende que o enfermeiro
possui capacidade técnica- científica e
humana de desempenhar suas funções;
Princípios Fundamentais
A enfermagem é uma profissão comprometida
com a saúde e a qualidade de vida da pessoa,
família e coletividade, atuando na promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação da
saúde, com autonomia e em consonância com
os preceitoséticos e legais.
O profissional de enfermagem participa, como
integrante da equipe de saúde, das ações que
visem satisfazer as necessidades de saúde da
população.
O profissional de enfermagem respeita a vida,
a dignidade e os direitos humanos, em todas
as suas dimensões.
O profissional de enfermagem exerce suas
atividades com competência para a promoção
do ser humano na sua integralidade, de
acordo com os princípios da ética e da
bioética.
Disposto em:
● capítulos e artigos
● finalidade: melhor direcionar os
profissionais em sua conduta
Os capítulos são:
1.Princípios fundamentais: comprometimento
da enfermagem com a saúde, respeito a vida,
dignidade, justiça capítulos
2.Direitos; recusar a executar atividades que
não seja de sua competência, atualizar
conhecimentos técnicos, científicos e culturais
capítulos
3.Responsabilidade: assistência livre de
danos ao paciente
● Imperícia: incompetência, não possuir
habilidade
● Negligência: desleixo, descuido
● Imprudência: que não agem com
moderação e comedimento
capítulos 4.Deveres: exercer a enfermagem
com justiça, sem discriminação de qualquer
natureza
capítulos 5. Proibições: negar assistência,
abandonar o paciente no meio do tratamento
capítulos 6. Deveres disciplinares: cumprir
normas dos conselhos Federal e Regional
capítulos 7. Infrações e penalidades: infração
do código de ética com multa, advertência ,
censura como penalidades
Os profissionais de enfermagem devem
adotar uma postura ética e, de modo reflexivo,
devem buscar conhecimento, trabalhando os
dilemas e conflitos éticos que emergem no
processo de trabalho, e participar dos
processos decisórios.
Bônus :
Resolução 509/2016 Enfermeiro
Responsável Técnico (ERT) é o profissional
de Enfermagem de nível superior, que tem
sob sua responsabilidade o planejamento,
organização, direção, coordenação, execução
e avaliação dos serviços de Enfermagem, a
quem é concedida, pelo Conselho Regional de
Enfermagem, a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART).
Resolução 509/2016 Enfermeiro
Responsável Técnico (ERT) é o profissional
de Enfermagem de nível superior, que tem
sob sua responsabilidade o planejamento,
organização, direção, coordenação, execução
e avaliação dos serviços de Enfermagem, a
quem é concedida, pelo Conselho Regional de
Enfermagem, a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART).
Enfermeiro não deve deixar os profissionais
de enfermagem sem supervisão, direta ou
indireta, colocando esses em possível risco
profissional por ausência de amparo técnico e
legal para seu exercício, podendo incorrer em
possíveis eventos ocasionados por imperícia,
negligência, imprudência ou omissão.
Art. 42 Respeitar o direito do exercício da
autonomia da pessoa ou de seu representante
legal na tomada de decisão, livre e
esclarecida, sobre sua saúde, segurança,
tratamento, conforto, bem-estar, realizando
ações necessárias, de acordo com os
princípios éticos e legais.
Art. 15 - Prestar assistência de enfermagem
sem discriminação de qualquer natureza.
Art. 81 - Abster-se de revelar informações
confidenciais de que tenha conhecimento em
razão de seu exercício profissional a pessoas
ou entidades que não estejam obrigadas ao
sigilo.
enf_sara
Classificação de risco
-processo dinâmico de identificação dos
pacientes que necessitam de tratamento
imediato, de acordo com o potencial de risco,
agravos à saúde ou grau de sofrimento.
Desse modo, o atendimento ao indivíduo deve
ser priorizado segundo sua gravidade clínica,
e não conforme a ordem de chegada ao
serviço.
O enfermeiro tem sido o profissional indicado
para avaliar e classificar o risco dos usuários
que procuram os serviços, devendo ser
orientado por um protocolo direcionador.
A Classificação de Risco não é um
instrumento de diagnóstico de doença.
Seu objetivo principal é estabelecer uma
hierarquia conforme a gravidade, determinar a
prioridade clínica para o atendimento e não
pressupor exclusão, mas sim a estratificação.
Habilidades:
● promover escuta qualificada,
● avaliar,
● registrar correta e detalhadamente a
queixa, trabalho em equipe,
● raciocínio clínico
● agilidade mental para a tomada de
decisões
● capacidade para encaminhar na rede.
Objetivos:
✓ Avaliar o usuário logo na sua chegada,
humanizando o atendimento;
✓ Descongestionar a unidade de saúde;
✓ Reduzir o tempo para o atendimento
médico, fazendo com que o usuário seja visto
precocemente de acordo com a sua
gravidade;
✓ Determinar a área de atendimento dos
usuários (consultório medico ou de
enfermagem, sala de observação ou de
urgência; sala de verificação de sinais vitais
etc.
✓ Informar os tempos de espera conforme o
risco e a vulnerabilidade;
✓ Retornar informações ao usuário,
acompanhante e/ou familiar, sobre a previsão
do atendimento, a realização do exame ou
outras informações importantes.
➢ Estratificação
❖ Estratificar significa agrupar, segundo uma
ordem, um critério.
❖Estratificar, em doenças crônicas, significa
reconhecer que as pessoas têm diferentes
graus de risco/vulnerabilidade e, portanto, têm
necessidades diferentes.
❖Para estratificar, é preciso identificar os
riscos de cada indivíduo, que podem ser
considerados como leve, moderado ou alto,
segundo classificações diversas.
Acolhimento
➢ Acolhimento é uma ferramenta, que não
tem local nem hora certa para acontecer, nem
um profissional específico para fazêlo: faz
parte de todos os encontros do serviço de
saúde.
➢ Acolhimento é uma postura ética que
implica na escuta do usuário em suas queixas,
no reconhecimento do seu protagonismo no
processo de saúde e adoecimento, e na
responsabilização pela resolução, com
ativação de redes de compartilhamento de
saberes.
➢ Acolher é um compromisso de resposta às
necessidades dos cidadãos que procuram os
serviços de saúde.
Protocolos de CR
➢No Brasil, o primeiro protocolo de
classificação de risco aprovado pelo Ministério
da Saúde foi a Cartilha de Acolhimento com
Avaliação e Classificação de Risco, lançada
em 2004 pela Política Nacional de
Humanização (PNH).
➢Em 2009 foi lançada a Cartilha de
Acolhimento e Classificação de Risco nos
Serviços de Urgência.
Acolhimento e CR
➢Uma das ferramentas apontadas para
serem utilizadas concomitantes ao
acolhimento são os protocolos capazes de:
◦ classificar e priorizar os atendimentos,
◦ diminuir o tempo de espera,
◦ diminuir o risco de agravamento do caso
➢Existem no mundo vários protocolos de
Classificação de Risco com destaque para os
seguintes:
enf_sara
1. Australiano (Australasian Triage Scale -
ATS);
2. Canadense (The Canadian Emergency
-CTAS);
3. Norte Americano (Emergency Severity
Index -ESI);
4. Andorá (Modelo de Andorrá del thialge
-MAT);
5. Manchester (Manchester Triage System
MTS).
Por meio da Portaria Nº 2.048, de 2002, o
Ministério da Saúde recomenda a utilização
de escalas/protocolos que estratificam o risco
do paciente em diferentes níveis em todo o
território nacional, para padronizar o processo
de acolhimento com classificação de risco, o
que torna esse sistema fidedigno, válido e
confiável. - Manchester
Classificação de Risco de Manchester
➢Trata-se de uma classificação de risco
baseada em cores que determinam o grau de
prioridade para o primeiro atendimento.
➢A partir das queixas do paciente e de exame
clínico básico, o profissional consegue definir
o nível de prioridade de atendimento médico e
classifica o paciente com cores.
➔ Urgência/ Emergência = 5 cores (
vermelho, laranja, amarelo, verde e
azul)
➔ Atenção Básica = 4 cores ( vermelho,
amarelo, verde e azul)
➢A cor vermelha: indica situação de
emergência e aponta que o cliente necessita
de atendimento imediato.
Choque, risco de morte, PCR, respiração
ineficaz, perfusões e hemorragias
➢A cor laranja: revela situação muito urgente
e sinaliza que o cliente deve ser prontamente
atendido, o que deve ocorrer em, no máximo,
10 minutos.
Não forma frases, taquicardia, alteração
consciência, dor pré-cordial ou cardíaca
➢A cor amarela: classifica que o indivíduo
necessita de atendimento urgente, mas sua
situação clínica não é considerada
emergencial, visto que esse pacienteapresenta condições para aguardar o
atendimento (no máximo 60 minutos – 1 hora).
crise asma dor de cabeça ou abdominal,
ferimentos menores pânico
➢A cor verde: atribui-se esta cor para os
casos pouco urgentes, caracterizados por
situações clínicas menos graves, que
possibilitam que o paciente aguarde o
atendimento (no máximo 120 minutos – 2
horas).
Pequenas lesões e fraturas fechadas, dor
abdominal sem alterações nos ssvv, vômito
diarréia e desidratação
➢A cor azul: são os casos não urgentes, de
menor complexidade e que podem ser
acompanhados em ambulatórios ou
consultórios médicos. O atendimento desse
paciente deve acontecer no período máximo
de 240 minutos (4 horas)
Dor leve, escoriações, contusões,
procedimentos simples(curativo e receitas)
É importante ressaltar que a utilização de
protocolos para embasar a classificação de
risco oferece respaldo científico e legal para a
atuação segura dos enfermeiros.
Trata-se de um processo de acolhimento com
classificação, no qual a escuta é o elemento
fundamental, o que possibilita um atendimento
mais humanizado à população, conforme
preconizado pelo Ministério da Saúde.
enf_sara
Registros de Enfermagem
São essenciais para o processo do cuidar.
Possibilita:
➔ comunicação segura entre os
profissionais de enfermagem e a
equipe
➔ esclarecimento de processos éticos e
judiciais
➔ avaliação da qualidade da assistência
Finalidade:
Partilha de informações : estabelece uma
efetiva comunicação
Garantia de qualidade: serve como fonte de
subsídios para a avaliação da assistência
prestada (comitê interno
hospitalar);
Relatório permanente : registro escrito em
ordem cronológica da enfermidade e cuidados
oferecidos, desde o surgimento do problema
até a alta / óbito /transferência hospitalar;
Evidência legal : documento legal tanto para
o paciente/equipe. Cada pessoa que escreve
no prontuário de um paciente é responsável
pela informação ali anotada;
● Como documento legal, os registros
somente terão valor se forem datados
e assinados e, evidentemente, se
forem legíveis e não apresentarem
rasuras.
● A ausência de registros, ou realizados
de forma incompleta, indica uma má
qualidade da assistência de
enfermagem.
Ensino e pesquisa : os registros do paciente
contêm um grande número de informações e
podem constituir uma fonte alternativa de
dados;
Auditoria :análise das atividades realizadas
pela equipe de enfermagem por meio do
prontuário do paciente.
Resolução Cofen n. 429/12 –
Dispõe sobre o registro das ações
profissionais no prontuário do paciente, e
em outros documentos próprios da
enfermagem, independente do meio de
suporte – tradicional ou eletrônico.
Resolução Cofen 311/07 – Código de Ética
dos Profissionais de Enfermagem
DIREITOS =
Art. 68 Registrar no prontuário, e em outros
documentos próprios da enfermagem,
informações referentes ao processo de cuidar
da pessoa.
RESPONSABILIDADES E DEVERES = Art.
72 Registrar as informações inerentes e
indispensáveis ao processo de cuidar
de forma clara, objetiva e completa.
PROIBIÇÕES =
Art. 35 Registrar informações parciais e
inverídicas sobre a assistência prestada
Art. 42 Assinar as
ações de Enfermagem que não executou,
bem como permitir
que suas ações sejam assinadas por outro.
Portaria MS n. 1.820/2009 – Carta dos
direitos dos usuários da saúde
Art. 3º Toda pessoa tem direito ao tratamento
adequado e no tempo certo para
resolver o seu problema de saúde.
III–Acesso a qualquer momento, do paciente
ou terceiro por ele autorizado, a seu
prontuário e aos dados nele registrados, bem
como ter garantido o
encaminhamento de cópia a outra unidade de
saúde, em caso de transferência.
IV–Registro atualizado e legível no prontuário,
das seguintes informações:
a) motivo do atendimento e/ou internação,
dados de observação clínica,
evolução clínica, prescrição terapêutica,
avaliações da equipe:
b) dados de observação e da evolução clínica;
c) prescrição terapêutica;
d) avaliações dos profissionais da equipe;
e) procedimentos e cuidados de enfermagem;
f) quando for o caso, procedimentos cirúrgicos
e anestésicos, odontológicos,
resultados de exames complementares
laboratoriais e radiológicas;
g) quantidade de sangue recebida e dados
que garantam a qualidade do sangue,
como origem, sorologias efetuadas e prazo de
validade;
h) identificação do responsável pelas
anotações;
i) outras informações que se fizerem
necessárias.
Anotação de Enfermagem
Dados Brutos
enf_sara
Toda equipe de enfermagem realiza
referente ao momento
dados pontuais
registra uma observação
Evolução de Enfermagem
Dados Analisados
Privativo do enfermeiro
Referente ao período de 24h
Dados processados
Registra reflexão e análise dos dados
Evolução de Enfermagem
Atividade Privativa do Enfermeiro!!!!!
Componentes do Processo de Enfermagem.
É o relato diário ou periódico das
mudanças enquanto está sob assistência
profissional
Avaliação global do plano de cuidados.
Deve abranger:
● estado geral
neurológico, respiratório, circulatório,
digestivo, nutricional, locomotor e
geniturinário;
● Procedimentos invasivos
Entubações orotraqueais, traqueostomias,
sondagens nasogástrica e enteral,
cateterizações venosas, drenos, cateteres;
● Cuidados prestados aos pacientes
higienizações, aspirações, curativos, troca de
drenos, cateteres e sondas, mudanças de
decúbito, apoio psicológico e outros;
● Descrição das eliminações
secreções traqueais, orais e de lesões,
débitos gástricos de drenos, de ostomias,
fezes e diurese, quanto ao tipo, consistência,
odor e coloração;
● Deve ser realizada diariamente
últimas 24 horas, baseando - se nas respostas
diante das intervenções preestabelecidas por
meio da prescrição de enfermagem,bem como
quanto aos protocolos em que o paciente está
inserido, mantido ou sendo excluído;
● Deve ser refeita , em parte ou
totalmente na vigência de alteração no
estado do paciente
indicar o horário de sua alteração;
● Resumo sucinto dos resultados
dos cuidados prescritos e os problemas a
serem abordados nas 24 horas subsequentes;
● Problemas novos identificados
● Linguagem clara, concisa e exata ,
com ausência de códigos pessoais e
abreviaturas desconhecidas.
O enfermeiro deve reunir
dados sobre as condições anterior e atuais do
paciente e família para, mediante análise,
emitir um julgamento;
mudanças para piora ou melhora do quadro,
manutenção das situações ou surgimento de
novos problemas.
É indispensável na
aplicação do processo de enfermagem, pois
está
presente em todas as fases do processo.
instrumento valorativo de grande significado
na assistência de enfermagem
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
São registros ordenados, efetuados pela
enfermagem.
Finalidade:
● Fornecer informações a respeito da
assistência prestada.
● Assegura a comunicação entre os
membros da equipe de saúde e
garante a continuidade das
informações nas 24 horas, sendo
indispensável para a compreensão do
paciente de modo global
A quantidade e principalmente a qualidade
das anotações de enfermagem: interesse da
equipe multiprofissional e necessidade de
consulta.Fornecem bases para direcionar a
terapêutica, os cuidados, a realização de
novos diagnósticos.
Dicas:
● Preencher com data e hora as
anotações do turno/diariamente.
● Anotar imediatamente após a
prestação do cuidado, recebimento de
informação ou observação de
intercorrências;
● Anotar informações completas, de
forma objetiva, para evitar a
possibilidade de dupla interpretação;
● Não usar termos que dêem conotação
de valor (bem, mal, muito, bastante,
entre outros);
● Deixar claro na anotação se a
observação foi feita pela pessoa que
enf_sara
anota ou se é informação transmitida
pelo paciente, familiar ou outro
membro da equipe de saúde;
● Não rasurar a anotação por ter essa
valor legal; no caso de engano, usar
"digo", entre vírgulas;
● Cuidar das abreviaturas;
● Assinar após o final da última frase.
● Não deixar espaço entre a anotação e
a assinatura
Deve abranger todos os cuidados
prestados como :
➔ Verificação dos sinais vitais
➔ Administração das medicações
prescritas
➔ Dor, náuseas ou vômitos
➔ Banho (leitoou aspersão, c/ ou s/
auxílio)
➔ Troca de curativos (tipo, local, aberto
ou fechado)
➔ Aceitação da dieta
➔ Intercorrências
➔ Todos os cuidados prestados;
➔ Respostas dos pacientes às ações
que foram realizadas;
➔ Preparos para: cirurgia, exames,
tratamentos, etc.;
➔ Ações que foram realizadas de rotina
ou em função de intercorrências ou
ordens médicas, tais como:
medicação fora do horário, restrições,
etc.
➔ Sinais e sintomas relatados pelo
paciente ou identificados através da
simples observação;
➔ Comportamento, reações do paciente
frente aos estímulos (verbais, de
movimentação à dor, etc.);
➔ Medidas de segurança, como
proteção contra agravos ambientais,
identificação de alergias, entre outros,
etc.;
➔ Condições de sondas, drenos,
cateteres, curativo, etc.;
➔ Aceitação de líquidos, alimentação,
eliminação, sono e repouso, obtidos
durante a entrevista;
➔ Transferência de setor, com data,
horário e resumo das condições do
paciente;
➔ Data e horário de punção venosa ou
sondagens.
Ao realizar as evoluções e as anotações de
enfermagem, a equipe adquire um
conhecimento individual de cada paciente.
Interfere de maneira positiva em seu
tratamento, pois muitas considerações
descritas podem dispensar exames
desnecessários, além de outros benefícios,
como o respaldo de seu trabalho,
valorização do serviço, contribuição com o
trabalho da Equipe de saúde e principalmente
com o tratamento do paciente.
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Mortalidade Materna
Norte de uma mulher durante a gestação ou
até 42 dias após o término da gestação,
independentemente da duração ou da
localização da gravidez.
• É causada por qualquer fator relacionado ou
agravado pela gravidez ou por medidas
tomadas em relação a ela.
• Não é considerada Morte Materna a que é
provocada por fatores acidentais ou
incidentais.
Considerada uma das mais graves violações
dos direitos humanos das mulheres, devido o
fato de:
Ser evitável em 92% dos casos;
Por ocorrer, sobretudo, em países em
desenvolvimento
• Ilustra a baixa qualidade da atenção
obstétrica
• Assistência ao Planejamento Familiar
prestadas às mulheres
Morte Materna pode ser :
● Obstétrica: direta ou indireta : tardia
● Não obstétrica
DIRETA – Complicações obstétricas durante
gravidez, parto ou puerpério devido a
intervenções, omissões, tratamento incorreto
ou a uma cadeia de eventos resultantes de
qualquer dessas causas. – Gravidez
terminada em aborto – Ex: aborto infectado –
Transtornos hipertensivos da gravidez, parto
ou puerpério – Ex: pré-eclâmpsia, eclâmpsia,
hipertensão prévia com pré-eclâmpsia
sobreposta – Outros transtornos maternos
relacionados com a gravidez – Ex:
hemorragia, complicações venosas na
gravidez, ITU.
Complicações do Trabalho de Parto e Parto –
Ex: hemorragia da segunda metade,
complicações de anestesia – Complicações
relacionadas com o puerpério – Ex: infecção
puerperal, complicações venosas no
Puerpério, embolia amniótica.
INDIRETA – Doenças que existiam antes da
gestação ou que se desenvolveram durante
esse período, NÃO provocadas por causas
obstétricas diretas, mas agravadas pelos
efeitos fisiológicos da gravidez. – Afecções
anteriores da mãe complicando a gravidez,
parto ou puerpério – Ex: hipertensão prévia,
diabete mellitus, cardiopatias,
hemoglobinopatias etc. – Doenças infecciosas
e parasitárias da mãe complicando a gravidez,
parto ou puerpério – Ex: sífilis, tuberculose,
malária, hepatites etc. – Tétano obstétrico e
Doenças causadas pelo HIV
TARDIA – Morte de uma mulher, devido a
causas obstétricas diretas ou indiretas, que
ocorre num período de 43 a 364 dias após o
fim da gravidez. ➢0BS: Esses óbitos NÃO são
incluídos no cálculo da razão de mortalidade
materna.
• NÃO OBSTÉTRICA – Resultante de causas
incidentais ou acidentais não relacionadas à
gravidez e seu manejo
Morte Materna
• DECLARADA – Quando as informações
registradas na DO permitem classificar o óbito
como materno.
• NÃO DECLARADA – Quando as
informações registradas na DO não permitem
classificar o óbito como materno. – Apenas
com os dados obtidos na investigação é que
se descobre tratar-se de morte materna.
• MASCARADA (PRESUMÍVEL) – Aquela cuja
causa básica, relacionada ao estado gravídico
puerperal, não consta na DO por falhas no
preenchimento. – Consta apenas a causa
terminal das afecções ou a lesão que
sobreveio por último na sucessão de eventos
que levou a morte, ocultando o óbito materno.
– Exemplos: AVC, causa desconhecida,
embolia pulmonar, peritonite, pneumonia, IRA
(insuf. Resp. Aguda), IAM, EAP, (edema
agudo de Pulmão) crise convulsiva,
septicemia.
Causa Básica da Morte : É doença ou lesão
que iniciou a cadeia de acontecimentos
patológicos que conduziram diretamente à
morte ou às circunstâncias do acidente ou
violência que produziu a lesão fatal.
Óbito • É o desaparecimento permanente de
todo sinal de vida, em um momento qualquer
depois do nascimento, sem possibilidade de
ressuscitação, conforme definição da
Organização Mundial da Saúde
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Mulher em Idade Fértil (MIF)
• Definição Internacional – Óbitos de mulheres
entre 15 e 49 anos.
• Definição Brasileira – Óbitos de mulheres
entre 10 e 49 anos.
TAXA DE MORTALIDADE MATERNA •
“Razão, Taxa ou Coeficiente de mortalidade
materna é o indicador utilizado para conhecer
o nível de morte materna (...) calculado pela
relação do n.º de mortes maternas ou de
mulheres durante a gestação ou até 42 dias
após o término da gestação,
independentemente da duração ou da
localização da gravidez. É causada por
qualquer fator relacionado ou agravado pela
gravidez ou por medidas tomadas em relação
a ela” (Laurenti, 2000). • “Número de óbitos
femininos por causas maternas, por 100 mil
nascidos vivos, na população residente em
determinado espaço geográfico, no ano
considerado” (OPAS, 2002)
Causas de morte materna
28,5% Hipertensão
20,6 Outras causas
16,2% Hemorragia
15,1% Doenças maternas
11,9% Abortamento
7,7% Infecção Puerperal
Brasil 77% em relação ao mundo de mortes
gestantes por covid sendo a maior parte negra
é vítima de dispneia e insuficiência
respiratória.
Altas taxas encontradas se configuram em um
grave problema de saúde pública, atingindo
desigualmente as regiões brasileiras, com
maior prevalência entre mulheres das classes
sociais com menor ingresso e acesso aos
bens sociais.
OMS:
Segundo a OMS (Organização Mundial de
Saúde), “morte materna” é todo falecimento
causado por problemas relacionados à
gravidez ou ao parto ou ocorrido até 42 dias
depois.
A OMS considera: – aceitável o índice de 10
mortes maternas para cada 100 mil nascidos
vivos; – médio o índice entre 10 e 49 mortes;
– alto o índice entre 50 e 100 mortes e, –
Muito alto acima de 100, muito alto.
RAZÃO DE ÓBITOS MATERNOS POR
100.000 NASCIDOS VIVOS
➢ >100 MUITO ALTO
➢ 50-100 ALTO
➢ 10-50 MÉDIO
➢ <10 BAIXO
No Brasil, a taxa oficial de mortalidade
materna é de 69 mortes de mulheres para
cada 100 mil nascidos vivos. • Mas, sabe-se
que esse número não reflete a realidade, pois
nem todas as mortes são registradas como
tendo causas relacionadas à gravidez ou ao
parto. Segundo o critério usado pelo UNICEF
(Fundo das Nações Unidas para a Infância), o
número real de mortes no Brasil é o triplo do
oficialmente registrado.
A mortalidade materna reflete a qualidade de
vida de uma região, especialmente os
cuidados prestados à assistência à saúde da
população feminina.
– Fatores sociais como idade, raça, estado
civil, escolaridade e padrão socioeconômico
são descritos em vários estudos,
demonstrando que existe população mais
vulnerável e com maior risco de complicações.
– mulheres nos extremos de idade são as que
apresentam o maior risco para o óbito
materno.
– a razão de mortalidade materna é maior
entre mulheres negras. Esses dados podem
ser explicados pela maior associação de
patologias hipertensivas, dificuldade de
acesso aos serviços de saúde e pela baixa
qualidade da assistência.
enf_sara
– mulheres com padrão econômico mais baixo
apresentavam maior razão de mortalidade
materna, devido dificuldade de acesso aos
serviços de saúde e a qualidade da
assistência prestadaFatores relacionados
• O parto por cesárea aumentou o risco de
morte materna quando comparado ao parto
vaginal.
– Este risco aumentado foi associado a
tromboembolismo, infecção puerperal e
complicações anestésicas.
• Outros fatores são considerados, também,
facilitadores do risco de óbito materno, entre
eles, o intervalo interpartal inferior a dois anos,
a desnutrição e a obesidade maternas e o
início tardio do pré-natal, após a 24ª semana.
• Além desses, a superlotação dos hospitais, a
dificuldade de acesso aos serviços de saúde,
a falta de habilitação profissional no
atendimento, o atraso no diagnóstico e,
consequentemente, no tratamento adequado,
também são fatores contribuintes para a morte
materna.
O Brasil não cumpriu o compromisso de
chegar em 2015 com no máximo 35 óbitos
maternos a cada 100 mil nascimentos, apesar
de ter registrado uma queda de 43% de
mortes de mulheres vítimas de complicações
durante a gravidez ou o parto entre 1990 e
2013, agora de 2016 e 2030, como parte dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), a meta é reduzir a taxa global de
mortalidade materna para menos de 70 por
cada 100 mil nascidos vivos.
Redução devido a implantação de
estratégias(melhoria da Atenção à Saúde da
Mulher) :
1. Programa de Humanização do Parto e
do Nascimento (PHPN) – 2000;
2. Comitês de Mortalidade Materna –
2004;
3. Pacto Nacional pela Redução da
Mortalidade Materna - 2004
Pacto Nacional pela Redução da
Mortalidade Materna
– Articular programas governamentais, como
os de Saúde da Mulher, da Criança, do
Adolescente, Programa de Saúde da Família,
Urgência e Assistência Farmacêutica;
– Estimular a participação dos conselhos
estaduais e municipais de saúde na definição
de conteúdos e estruturação do pacto
nacional;
– Qualificar e humanizar a atenção ao parto,
ao nascimento e ao aborto legal;
– Assegurar à gestante o direito ao
acompanhamento antes, durante e depois do
parto, incluindo alojamento conjunto;
– Garantir que mulheres e recém-nascidos
não sejam recusados nos serviços de saúde e
que sejam assistidos até a transferência para
outra unidade;
– Dar às mulheres acesso ao planejamento
familiar;
– Apoiar ações de suporte social para
gestante e recém nascidos de risco.
PRINCIPAL ESTRATÉGIA MS:
REDE CEGONHA, instituída no SUS em
2011.que prevê o fortalecimento da rede de
assistência à saúde materno infantil, visando
assegurar à mulher o direito ao planejamento
reprodutivo e à atenção humanizada durante a
gravidez, o parto e o puerpério, bem como à
criança o direito ao nascimento seguro e ao
crescimento e desenvolvimento saudáveis.
06/01/2022 – Para garantir mais acesso e cuidado
às mulheres e crianças no Sistema Único de Saúde
(SUS), o Governo Federal, por meio do Ministério
da Saúde lançou, o Cuida Mais Brasil. – Governo
irá repassar, no primeiro ano do programa, R$ 194
milhões para atuação de médicos pediatras e
ginecologistas-obstetras junto às equipes de Saúde
da Família e de Atenção Primária
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HEMOCOMPONENTES
Transfusão de Hemocomponentes
“Os benefícios da transfusão devem superar
os riscos”
• Hemocomponentes: produtos oriundos do
sangue total ou do plasma, obtidos por meio
de processamento físico;
• Hemovigilância: conjunto de procedimentos
de vigilância que abrange todo o ciclo do
sangue, com o objetivo de obter e
disponibilizar informações sobre eventos
adversos ocorridos nas suas diferentes
etapas, para prevenir seu aparecimento ou
recorrência, melhorar a qualidade dos
processos e produtos e aumentar a segurança
do doador e receptor;
O sangue após centrifugação pode resultar
em :
➔ Plasma e Plaquetas
➔ Leucócitos
➔ Hemácias
Reação Transfusional (RT)
• reação adversa: efeito ou resposta
indesejada à doação ou ao uso terapêutico do
sangue ou componente que ocorra durante ou
após a doação e transfusão e a elas
relacionadas. Em relação ao doador, será
sinônimo de reação à doação e, em relação
ao receptor, será sinônimo de reação
transfusional;
• Terapêutica sujeita a efeitos adversos e que
pode colocar a vida do paciente em risco.
Classificações das RT:
TEMPO DE APARECIMENTO DO QUADRO
CLÍNICO OU LABORATORIAL
➔ IMEDIATAS: ocorrem durante o ato
transfusional ou até 24 hs após o
início da transfusão;
➔ TARDIAS: ocorrem após 24 hs do
início da transfusão.
QUANTO À GRAVIDADE DA REAÇÃO
➔ GRAU 1 ou LEVE: ausência de risco à
vida, sem comprometimento de órgão
ou função;
➔ GRAU 2 ou MODERADA : leva à
morbidade no longo prazo , ou quando
há necessidade de hospitalização ou
prolongamento ; deficiência ou
incapacidade persistente ; ou quando
há necessidade de intervenção
médica;
➔ GRAU 3 ou GRAVE : ameaça à vida e
intervenção médica obrigatória;
➔ GRAU 4 ou ÓBITO: óbito atribuído à
transfusão
QUANTO AO MECANISMO
FISIOPATOLÓGICO:
➔ IMUNES: há comprovação do
mecanismo antígeno –anticorpo na
reação transfusional ;
➔ NÃO IMUNES : não há mecanismo
imunológico envolvido na reação.
Reações Transfusionais Imediatas:
Imunes:
● Reação hemolítica aguda imune
● Reação febril não hemolítica (RFNH)
● Reação alérgica
● Lesão pulmonar aguda relacionada à
transfusão (TRALI)
Não-Imunes:
● Sobrecarga circulatória relacionada à
transfusão (TACO)
● Reação por contaminação bacteriana
● Reação hipotensiva
● Hemólise não imune
● distúrbios metabólicos
● Dor aguda relacionada à transfusão
● Hipotermia
● Embolia gasosa
PREVENÇÃO
• Infusão deve ser lenta nos primeiros 10
minutos;
• Monitoramento dos sinais vitais pré
transfusão, após os primeiros 10 minutos ;
• Atenção redobrada aos pacientes
anestesiados, inconscientes: monitorizar
sinais vitais, volume e coloração da diurese e
a instabilidade hemodinâmica ;
Sinais e Sintomas nas RT
• Aumento Da Taxa Inicial Em 1ºc Ou Mais;
• Febre;
• Tremores E/Ou Calafrios ;
• Dor Torácica E/Ou Lombar;
• Dor No Local Da Infusão;
• Sangramento Anormal;
• Cefaléia;
• Náuseas/Vômitos;
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• Dispnéia/Sibilos/Tosse/Cianose;
• Pápulas/ Exantemas;
• Prurido
RT Imune - REAÇÕES ALÉRGICAS
● REAÇÃO URTICARIFORME:
• Ocorrem em cerca de 1-3% das transfusões
; • Mediada pela imunoglobulina classe E (IgE)
que atribui a liberação de histamina;
• Diagnóstico clínico caracterizado por pápulas
, prurito, rash de pele;
• Tratamento com anti alérgico e/ou anti
histamínicos
● REAÇÃO ANAFILÁTICA:
• Incidência de 1 para cada 20.000- 50.000
transfusões;
• Sinais e sintomas : tosse, dispneia,
broncoespasmo , hipo ou hipertensão, rubor,
calafrios, ;
• A presença de anticorpo anti IgA em
receptores com deficiência dessa
imunoglobulina;
• Diagnóstico clínico;
O que fazer?
➔ Interromper a transfusão,
➔ Manter acesso venoso periférico com
SF 0,9%(para hemodiluição o plasma
do paciente),
➔ Chamar a equipe médica.
➔ Geralmente o tratamento é com
epinefrina e por vezes corticoide, O2
ou máscara com reservatório e em
casos mais graves, intubação
orotraqueal ;
REAÇÃO FEBRIL NÃO HEMOLÍTICA
(RFNH)
• É o incidentes transfusionais imediatos com
maior número de notificações ;
• Concentrado de Hemácias (CH) é o tipo de
hemocomponente envolvido na maioria das
reações transfusionais, considerando que é
distribuído em maior quantidade, quando
comparado aos demais hemocomponentes;
• As RFNH não são ameaçadoras, PORÉM, a
avaliação clínica imediata é importante, pois
pode excluir outras causas da febre. • Deve-se
investigar se a reação pode ser decorrente da
transfusão, à doença ou ao tratamento;
Sintomas
• Aumento de 1ºC ou mais em relação à
temperatura inicial da transfusão, febre,
calafrios, sensação de frio ;
• Os sintomas podem ocorrer durante a
transfusão ou até 4 horas após.
• Se a bolsa ainda estiver transfundindo e, os
sintomas forem antes do final da transfusão:
parar imediatamente a transfusão, manter o
acesso venoso com SF0,9%, chamar equipe
médica, coletar cultural da bolsa e do
paciente;
• Coletar nova amostra do paciente para
repetir as provas de compatibilidade; •
Medicar o paciente conforme a orientação
médica;
REAÇÃO HEMOLÍTICA AGUDA IMUNE
• Hemólise intravascular das hemácias
incompatíveis;
• Erros de identificação do receptor ou de
amostras coletadaspara os testes pré
transfusionais são as principais causas desta
RT ;
• Extremamente grave , com mau prognóstico
diretamente relacionado ao volume de
hemácias infundido e das medidas tomadas;
• Geralmente causada por incompatibilidade
ABO, amostra ou bolsa errada.
Sinais e Sintomas
• Caracterizado por dor
torácica/abdominal/flancos , dor no local da
infusão, hipotensão grave , febre, calafrios ,
hemoglobinúria e sensação de morte
iminente;
• Pode haver evolução para IRA (Insuficiência
Renal Aguda) e CIVD (Coagulação
Intravascular Disseminada);
• Interromper a transfusão;
• Manter acesso venoso com SF0,9%;
• Conferir os dados da bolsa com a pulseira do
paciente;
• Atenção para a manutenção de uma diurese
de 100ml/hora nas primeiras 24hs;
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LESÃO PULMONAR AGUDA
RELACIONADA À TRANSFUSÃO (TRALI)
• É uma lesão pulmonar aguda que pode ter
início durante a transfusão e em até 6 horas
após término da transfusão.
• A gravidade é variável;
• Ativação de neutrófilos nos capilares
pulmonares que induzem uma lesão pulmonar
aguda.
Sinais e Sintomas
• Inicio súbito de hipoxemia : spO2 < 90% em
ar ambiente,
• taquipnéia,
• cianose,
• hipoxemia,
• hipotensão
RT Não-Imune
SOBRECARGA VOLÊMICA – TACO
• Mais comum em crianças, idosos, pacientes
com anemia crônica normovolêmica,
pacientes com ICC e IRA;
• Pacientes que recebem volumes excessivos
de hemocomponentes
Sinais e Sintomas
• Taquipnéia,
• dispneia,
• cianose,
• taquicardia,
• hipertensão
• Interromper a transfusão
• Manter acesso venoso com SF 0,9%;
• Elevar cabeceira ;
• Instalação de O2 por cateter, óculos ou
máscara;
• Dependendo da gravidade do quadro, pode
necessitar de intubação orotraqueal.
TEMPO INFUSIONAL
CH = concentrado de hemácias: eritrócitos
que permanecem na bolsa depois que esta é
centrifugada e o plasma extraído para uma
bolsa-satélite;
• 1h30min a 4hs
CP = concentrado de plaquetas: suspensão
de plaquetas em plasma, preparado mediante
dupla centrifugação de uma unidade de
sangue total ou por aférese de doador único;
• 5min a 30 min
CRIO= crioprecipitado: fração de plasma
insolúvel em frio, obtida a partir do plasma
fresco congelado, contendo glicoproteínas de
alto peso molecular, principalmente fator VIII,
fator XIII e fibrinogênio;
• 30min a 1 h
PF= plasma fresco: plasma separado de uma
unidade de sangue total por centrifugação, ou
obtido por aférese
• 30 min a 2 hs
RESOLUÇÃO - RDC N° 34, DE 11 DE
JUNHO DE 2014
Dispõe sobre as Boas Práticas no Ciclo do
Sangue.
• Parágrafo único. A transfusão deve ser
acompanhada pelo profissional que a instalou
durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira
do leito.
• Art. 144. O serviço de saúde que realiza
procedimento transfusional deve manter, no
prontuário do receptor, os seguintes registros
relativos à transfusão:
I - data;
II - horário de início e término;
III - sinais vitais no início e no término;
IV - origem e identificação das bolsas dos
hemocomponentes transfundidos;
V - identificação do profissional que a realizou;
VI - registro de reações adversas, quando for
o caso
enf_sara
IMUNIZAÇÃO
A imunização é o processo pelo qual uma
pessoa se torna imune ou resistente a uma
doença infecciosa, normalmente pela
administração de uma vacina.
• As vacinas estimulam o próprio sistema
imunológico do corpo a proteger a pessoa
contra infecções ou doenças posteriores.
Vacinas
• ERRADICADA
– A varíola foi considerada erradicada no dia 8
de maio de 1980 pela Organização Mundial da
Saúde (OMS).
• ELIMINADA
– Poliomielite: O poliovírus 2 e 3 foram
eliminados e estão erradicados na maioria dos
países ocidentais, porém ainda não em todo o
mundo.
• CONTROLADA
– Sarampo: O sarampo havia sido eliminado,
porém após duas décadas fora de circulação
endêmica no país, em 2019 foi reintroduzido
devido a falta de vacinação da população.
– Difteria: É uma infecção grave que acomete
o nariz e a garganta. A presença de
membranas no trato respiratório que se
destacam pode levar a insuficiência
respiratória aguda e morte. A toxina produzida
pela bactéria causadora da difteria pode
também agir a distância, levando a quadros
de miocardite (inflamação do músculo do
coração) e neurite (inflamação de nervos).
– Tétano: Infecção grave causada por bactéria
que causa espasmos musculares dolorosos. É
comum acontecerem fraturas devido a essas
contrações musculares. Mesmo com todo o
acesso a cuidados hospitalares, 50% das
pessoas com tétano evoluem para a morte em
nossos dias.
– Rubéola: Infecção viral contagiosa,
caracterizada por erupção vermelha na pele.
Seu maior risco é quando acomete uma
gestante suscetível, podendo infectar o feto e
causar a Síndrome da Rubéola Congênita
(SRC). Na SRC, o bebê pode nascer com má
formação cardíaca, surdez, cegueira devido a
catarata congênita e apresentar atraso do
desenvolvimento neuropsicomotor.
Doenças evitáveis com a vacinação (TODAS
DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA)
– Tuberculose;
– Difteria;
– Tétano;
– Coqueluche;
– Poliomielite;
– Influenza (Gripe);
– Hepatite A;
– Hepatite B;
– Sarampo;
– Caxumba;
– Rubéola;
– Varicela;
– Infecções por Haemophilus influenzae tipo b
(Hib);
– Doença Pneumocócica;
– Meningite causada pelos sorogrupos A, B,
C, W e Y;
– Febre amarela;
– Rotavírus;
– Infecções e cânceres causados pelo
papilomavírus humano (HPV).
• COVID-19
HISTÓRIA
• O inglês Edward Jenner, em 1796 observou
que as vacas tinham nas tetas feridas iguais
às provocadas pela varíola no corpo de
humanos.
• Ao observar que as mulheres responsáveis
pela ordenha quando expostas ao vírus
humano tinham uma versão mais suave da
doença, ele recolheu o líquido que saía destas
feridas e o passou em cima de arranhões que
ele provocou no braço de um garoto.
• O menino teve um pouco de febre e algumas
lesões leves, tendo uma recuperação rápida.
• A partir daí, o cientista pegou o líquido da
ferida de outro paciente com varíola e
novamente expôs o garoto ao material.
• Semanas depois, ao entrar em contato com
o vírus da varíola, o pequeno passou sem
sintomas pela doença.
• Foi descoberta assim a propriedade de
imunização.
➢ O termo "vacina" seria, portanto, derivado
de "vaca"
IMUNIZAÇÃO
É a capacidade do organismo reconhecer o
agente causador da doença e produzir
anticorpos a partir da doença adquirida ou por
meio da vacinação, ficando protegido
temporária e permanentemente.
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IMUNIZAÇÃO ATIVA = VACINA
A proteção produzida pelo sistema imune da
própria pessoa geralmente é permanente.
O próprio organismo reage e produz o
anticorpo, isso significa que o organismo está
funcionando perfeitamente.
A imunização ativa é produzida por um
componente exógeno. Produz uma imunidade
e memória imunológica semelhante à infecção
natural, mas sem os riscos da doença.
IMUNIZAÇÃO PASSIVA=
IMUNOGLOBULINAS E SOROS
Proteção transferida de uma pessoa (ou
animal) para outras, ou seja, de outro
organismo para outro. A proteção é
temporária por um tempo indeterminado.
Ex.: Mãe – filho (8° mês de gestação quando a mãe
toma vacina Dupla adulto) vacina DT passa para o
bebê e evita que ele tenha o tétano umbilical e na
mãe o tétano puerperal ou neonatal. Ação - pela via
placentária Hemoderivados e imunoglobulinas
Proteção temporária
Ex.: Leite materno como anticorpo natural até o 6º
mês de vida.
CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS
Vacinas vivas atenuadas
• Compostas de microrganismos vivos
atenuados em laboratório, que devem ser
capazes de multiplicarem-se no organismo
hospedeiro para que possa ocorrer a
estimulação de uma resposta imune.
• Essa resposta imune ao microrganismo
atenuado é idêntica à produzida pela infecção
natural, pois o sistema imune é incapaz de
diferenciar entre uma infecção pelo
microrganismo vacinal e o microrganismo
selvagem.
• A multiplicação do microrganismo vacinal
não costuma ser capaz de causar doença.
– Exemplos de vacinas vivas atenuadas:
Sarampo, caxumba, rubéola, pólio- Sabin,
febre amarela, varicela e BCG .
– Administração: Oral e IM
– Contra indicadas para imunodeprimidos e
gestantes
Vacinas inativadas (morta)
• Compostas de microrganismos inativados, o
que significa que estes não mais seencontram vivos, logo incapazes de
multiplicarem-se.
• Necessidade de adjuvantes!!!(substâncias
químicas derivadas de mertiolate (MMR),
mercúrio (Influenza) ou alumínio (HPV, HBV),
óleos (lipossomas) )
• Administração: IM
• Necessidade de doses de reforço
– Exemplos de vacinas inativadas: DPT,hepatite A,
hepatite B, raiva, pólio-Salk, pneumococo,
meningococo, influenza, haemophilus do tipo-b,
febre tifóide, cólera, COVID-19 (CoronaVac).
Vacinas produzidas por recombinação
genética
• As produzidas através de técnicas modernas
de biologia molecular e engenharia genética.
• Os progressos no fabrico de vacinas e a
necessidade de simplificar os programas de
vacinação, tem conduzido à combinação de
vacinas contra agentes diferentes.
• Estas vacinas dizem-se combinadas ou
polivalentes. e são designadas em função do
número de componentes.
– Por exemplo, a DTP é trivalente, a DTP-Hib é
tetravalente, a pentavalente garante a proteção
contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e
contra a bactéria haemophilus influenza tipo b,
responsável por infecções no nariz, meninge e na
garganta.
Vacina Viral Recombinante
• Vetores virais recombinantes (VVR) são
constituídos por vírus não patogênicos,
altamente atenuados, que são capazes de
produzir antígenos de outros patógenos
quando inoculados em indivíduos vacinados.
• Vários VRRs já foram desenvolvidos nos
últimos anos, tais como Orthomyxovírus,
Adenovírus, Poxvírus e Influenza.
• Por serem vetores vivos, indivíduos
imunizados com estes vetores desenvolvem
ampla gama de respostas imunológicas.
– COVID -19 (AstraZeneca e Janssen)- O
adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado
geneticamente para que seja inserido o gene da
proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2.
Vacina de RNA mensageiro (mRNA)
• Carregam uma parte do código genético do
vírus que contém as instruções para que as
células do corpo produzam determinadas
proteínas. Ou seja, elas atuam introduzindo
nas células do organismo a sequência de
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RNA mensageiro que contém a fórmula para
que essas células produzam uma proteína
específica do agente que se quer imunizar.
• Uma vez que essa proteína seja produzida
dentro das nossas células, ela é exposta ao
nosso sistema imunológico que reconhece
essas estruturas como estranhas e ativa as
células de defesa para agirem contra ela.
– COVID-19 (Pfizer)
NÚMERO DE DOSES DE UMA VACINA
• As vacinas vivas atenuadas geralmente
produzem imunidade prolongada com uma
única dose; exceção à vacina oral da
poliomielite.
• As vacinas inativadas requerem múltiplas
doses para produzir imunidade e,
eventualmente, necessitam de uma dose de
reforço para a manutenção da imunidade.
Intervalo entre doses de uma mesma
vacina
• Não existe um intervalo máximo entre as
doses de uma mesma vacina. Assim sendo,
apesar de cada vacina possuir seu próprio
intervalo de tempo recomendável entre as
doses.
• No caso desse intervalo ter sido
ultrapassado, não existe a indicação de se
reiniciar nova vacinação e deve-se administrar
as doses subsequentes da vacina.
• Por outro lado, a não obediência do intervalo
mínimo permitido entre as doses pode implicar
em redução da eficácia da vacina.
• Intervalo mínimo e intervalo ideal.
SE JÁ TEM DOSE ATRASADA, NUNCA
COMEÇAR ESQUEMA DO ZERO, SÓ
COMPLETAR O ESQUEMA!!!!!
Aplicação simultânea e não simultânea de
diferentes vacinas
Não existe contraindicação à administração
simultânea de quaisquer vacinas.
A administração não-simultânea de diferentes
vacinas deve seguir os seguintes intervalos
entre elas:
● Duas vacinas vivas atenuadas
Esperar 2 semanas.
EVENTOS ADVERSAS DAS VACINAS
• Reações locais =são as mais frequentes e
incluem dor, edema e eritema no sítio de
injeção.
Essas reações geralmente são leves e
autolimitadas.
• Reações sistêmicas = incluem febre,
mal-estar, rash cutâneo, mialgias, cefaleia e
anorexia.
Esses sintomas são considerados como uma
“doença” leve provocada pela multiplicação do
microrganismo da vacina.
CONTRAINDICAÇÕES GERAIS À
VACINAÇÃO:
• Alergia grave a uma dose prévia da vacina
• Alergia grave a um dos componentes da
vacina
• Doença aguda moderada à grave
➢ Observação: As vacinas contra influenza
(gripe) e febre amarela não são
recomendadas a indivíduos alérgicos à
proteína do ovo de galinha.
● Contraindicações às vacinas vivas
atenuadas :
• Gravidez
• Imunossupressão
• Transfusão recente de produtos
sanguíneos
● Contraindicações à vacinação BCG:
• Todas relativas às vacinas vivas
atenuadas
• Criança com peso < 2 Kg
CUIDADOS COM IMUNOBIOLÓGICOS
1. Prazo de validade
2. Conservação (Temperatura)
3. Transporte
4. Armazenamento
5. Dose
6. Coloração da Vacina
7. Diluição
8. Tempo de Validade após diluição
REDE DE FRIO CONSERVAÇÃO DOS
IMUNOBIOLÓGICOS
Rede de Frio
• Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo
de armazenamento, conservação,
manipulação, distribuição e transporte dos
imunobiológicos do Programa Nacional de
Imunizações, e deve ter as condições
adequadas de refrigeração, desde o
laboratório produtor até o momento em que a
vacina é administrada.
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CONSERVAÇÃO
• Nível Nacional, Central e Estadual: Câmaras
frias a - 20º C
• Nível Regional e Municipal: Freezer a – 20º
C
• Nível Local: geladeiras entre +2º C a +8º C
!!!
➔ Laboratório produtor
● Instância local câmara fria
Transporte caixa térmica
● Instância estadual camera fria e freezers
Transporte caixa térmica
● Instância regional geladeira e freezers
Transporte caixa térmica
● Instância Local geladeira e caixa
➔ Bebezinho S2
Equipamentos
Refrigeradores ou geladeiras são
equipamentos de uso doméstico que na Rede
de Frio são destinados à estocagem de
imunobiológicos em temperaturas positivas +
2 ºC e + 8º C!!!! sem sofrer perda de potência
( em armazenamento)
Geladeira Ordem:
Congelador: gelo reciclável(serve caso falte
energia)
1. Primeira prateleira: vacinas que
podem ser submetidas a temperatura
negativa (bandejas perfuradas)
2. Segunda prateleira: Termômetro com
maxima e minima (em pé ou fixado
com barbante)
Vacinas que podem ser submetidas a
temperaturas negativas
3. Terceira prateleira: estoque de vacinas
soros e diluentes
Prateleira inferior : garrafas com água e
corante
Não colocar nada na porta !!!
NÃO COLOCAR COMIDA JUNTO NÉ
GENTE ;)
Não devem ser usadas geladeiras duplex
(evaporadores separados do restante) e/ou
frigobar. O evaporador desse tipo de geladeira
não é elemento de segurança contra as
bruscas elevações de temperatura em caso
de defeito ou falta de energia elétrica, vez que
não se localiza no compartimento destinado
ao armazenamento.
• O congelador do frigobar não produz gelo na
quantidade necessária, bem como não possui
espaço físico suficiente para armazenamento
de bobinas de gelo reciclável. Desta forma,
não dá segurança contra as bruscas
elevações de temperatura em caso de defeito
ou falta de energia elétrica. E ainda a
espessura do isolamento das paredes do
frigobar facilita a troca de calor com o
ambiente externo.
Caixa Térmica
São equipamentos manter a temperatura de
conservação dos imunobiológicos entre +2°C
e +8°C por um determinado período de tempo.
É recomendável as de poliuretano
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Bobinas de Gelo Reciclável - GELOX
São constituídas por um frasco plástico
(geralmente polietileno), contendo hidroxietil
celulose em concentração comestível,
conservante e água (gelo reciclável de gel); ou
apenas água e conservante (gelo reciclável de
água).
COMO COLOCAR NA CAIXA TÉRMICA?
1. retirar do freezer estando entre -15°C
a -20°C
2. Colocar gelo em mesa até
desaparecer névoa Monitorando com
termômetro
3. Colocar uma no fundo, nos 4 lados,
colocar caixa de imunobiológico e um
gelox de “tampa”
TERMÔMETRO MÍNIMA E MÁXIMA
Filete Azul: de um lado Mínima do outro
Maxima
Mercúrio: T momento
CONTROLE TERMÔMETRO CABO
EXTENSÃO
Coluna de mercúrio, cada traço 1°C tem cabo
extensor com sensor/bulbo
5 CALENDÁRIOS VACINAIS
1. CRIANÇA
2. ADOLESCENTE
3. ADULTO
4. GESTANTE
5. IDOSO
PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DAS
VACINAS
1. profissional certo
2. usuário certo
3. triagem certa
4. momento certo
5. higienedas mãos
6. vacina certa
7. apresentação e validade certa
8. segunda e agulha certa
9. dose certa
10. via de administração certa
11. tempo de administração ceto
12. orientação pós-vacinal certa
13. registro certo
14. descarte certo
CUIDADOS NA VACINAÇÃO
• Posicionamento e conforto: acomodar
confortavelmente o cliente, de forma segura
conforme a idade, nível de atividade e local de
administração.
• Medidas para minimizar a dor: intervenções
psicológicas (distração), por meio de músicas,
livros, ingestão de líquidos com sabor doce ou
a amamentação, sequência de injeções
(realizar a mais dolorosa por último),
estimulação tátil.
• Medidas para minimizar sinais flogísticos à
vacina: compressão de água fria nas primeiras
24 horas.
• Medidas para evitar sangramentos
pós-vacinação: comprimir com algodão seco
por cinco minutos após aplicação da vacina.
SALA DE VACINA
• Aproveitar oportunidades;
• Usar o bom senso
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Estatuto da Criança e do
Adolescente
Adolescência: período de grandes mudanças
biológicas e psicossociais. Maior
vulnerabilidade dos adolescentes a ISTs, uso
de drogas e violência sexual.
LEI Nº 8.069 DE 13 DE JULHO DE 1990
• Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências.
– Constituição Federal garantiu vários Direitos
aos cidadãos, inclusive às crianças.
1990 = ECA, reforçou, organizou e detalhou
os direitos que têm a ver com a criança e o
adolescente.
1979 : Elaboração da Convenção sobre os
Direitos da Criança e do Adolescente da ONU.
1985 : Fim da Ditadura Militar e Movimento
Nacional dos meninos e meninas de rua.
1987 : Elaboração da emenda “Criança
prioridade Nacional”
1989 ; Convenção sobre os Direitos da
Criança e do Adolescente da ONU
1990 : Elaboração do Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA)
• O ECA, ou Lei 8.069 de 1990, é um conjunto
de normas jurídicas que complementa o artigo
227 da Constituição Brasileira.
• Instaurou direitos para todas as crianças e
adolescentes, entendendo-os como sujeitos
de direitos e garantindo um atendimento
integral, que leva em conta as diversas
necessidades desse público.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre
doze e dezoito anos de idade.
** Criança : 0 a 12 anos(11 anos,11meses e
29 dias)
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei,
aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de
idade.
OMS: adolescência como a 2ª década da vida:
10 a 19 anos e juventude como período entre
15 e 24 anos de idade.
Código Civil: 18 anos para a prática de todos
os atos da vida civil. A maioridade civil poderá
ser alcançada para maiores de 16 anos em
face de alguns atos (emancipação,
casamento, exercício de emprego público
efetivo, etc...)
Lei 8.080/90
– III - preservação da autonomia das pessoas
na defesa de sua integridade física e moral;
– IV - igualdade da assistência à saúde, sem
preconceitos ou privilégios de qualquer
espécie;
– V - direito à informação, às pessoas
assistidas, sobre sua saúde;
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de
todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção
integral de que trata esta Lei,
assegurando-lhes, por lei ou por outros meios,
todas as oportunidades e facilidades, a fim de
lhes facultar o desenvolvimento físico, mental,
moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a
efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e
à convivência familiar e comunitária.
Art. 11. É assegurado acesso integral às
linhas de cuidado voltadas à saúde da criança
e do adolescente, por intermédio do SUS,
observado o princípio da equidade no acesso
a ações e serviços para promoção, proteção e
recuperação da saúde.
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito
à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de
desenvolvimento e como sujeitos de direitos
civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na
inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral da criança e do adolescente,
abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, ideias
e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
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Direitos Fundamentais
1. Direito à Vida e à Saúde
2. Direito à Liberdade, ao Respeito e à
Dignidade
3. Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
4. Direito à Educação, à Cultura, ao
Esporte e ao Lazer
5. Direito à Profissionalização e à
Proteção no Trabalho
Recomendações do MS
• Qualquer exigência, como a obrigatoriedade
da presença de um responsável para
acompanhamento no serviço de saúde, que
possa afastar ou impedir o exercício pleno do
adolescente de seu direito fundamental à
saúde e à liberdade, constitui lesão ao direito
maior de uma vida saudável.
• Caso a equipe de saúde entenda que o
usuário não possui condições de decidir
sozinho sobre alguma intervenção em razão
de sua complexidade, deve, primeiramente,
realizar as intervenções urgentes que se
façam necessárias, e, em seguida, abordar o
adolescente de forma clara a necessidade de
que um responsável o assista e o auxilie no
acompanhamento.
Recomendações gerais FEBRASGO
(Federação Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia)
O médico deve reconhecer o adolescente
como indivíduo progressivamente capaz e
atendê-lo de forma diferenciada.
A ausência dos pais ou responsáveis não
deve impedir o atendimento médico do jovem,
seja em consulta de matrícula ou nos
retornos.
Em situações consideradas de risco (por
exemplo: gravidez, abuso de drogas, não
adesão a tratamentos recomendados,
doenças graves, risco à vida ou à saúde de
terceiros) e frente à realização de
procedimentos de maior complexidade (por
exemplo, biópsias e intervenções cirúrgicas),
torna-se necessária a participação e o
consentimento dos pais ou responsáveis.
Recomendações PN DST/Aids
Situações em que os exames anti-HIV estão
indicados para adolescentes:
No caso de adolescente, este pode decidir
sozinho pela realização do exame, desde que
o profissional de saúde avalie que ele é capaz
de entender o seu ato e conduzir-se por seus
próprios meios.
O adolescente deverá ser estimulado a
compartilhar o que lhe acontece com os seus
responsáveis ou com adulto(s) em quem
confie e que possa servir-lhe de suporte.
Código de ética do médico
– É vedado ao médico:
Art. 103 – Revelar segredo profissional
referente a paciente menor de idade, inclusive
a seus pais ou responsáveis legais, desde que
o menor tenha capacidade de avaliar seu
problema e de conduzir-se por seus próprios
meios para solucioná-los, salvo quando a não
revelação possa acarretar danos ao paciente.
Código de Ética do Profissional de
Enfermagem
– Art. 27 - Respeitar e reconhecer o direito do
cliente de decidir sobre sua pessoa, seu
tratamento e seu bem-estar.
– Art. 28 - Respeitar o natural pudor, a
privacidade e a intimidade do cliente.
– Art. 29 - Manter segredo sobre fato sigiloso
de que tenha conhecimento em razão de sua
atividade profissional, exceto nos casos
previstos em Lei.
Garantir direitos ao adolescente (menores de 18
anos), nos serviços de saúde, independente da
presença de seus responsáveis, é elemento
indispensável para a melhoria da qualidade da
prevenção, assistência e promoção de sua saúde
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Segurança do Paciente e
Administração de
Medicamentos
Portaria Nº 529/2013 – Criação do PNSP
Conceitos relacionados a segurança do
paciente:
Segurança do paciente : a redução do risco
de danos desnecessários relacionados com
os cuidados de saúde, para um mínimo
aceitável
Dano à saúde: qualquer lesão física ou
psicológica, sofrimento, prejuízo à estrutura ou
função do corpo e até mesmo morte.
Incidente: Eventos que levam ou têm a
possibilidade de causar danos não
intencionais ao paciente.Evento adverso: incidente que resulta em
dano ao paciente.
quase eventos/quase erros/near-miss:
Incidente que não chega ao paciente
Tipos de Acidente:
Administração clinica: erros na passagem
de plantão, transferência de cuidados,
identificação do paciente, alta
Procedimento clínico: erros em intervenções
e procedimentos, diagnósticos, contenção
física
Infecções associadas aos cuidados de
saúde: infecção relacionadas a feridas pós
operatórias, sondas e cateteres
Medicações e Fluidos EV: erros na
prescrição, via de administração,medicamento
fora da validade e reação medicamentosa
Sangue e Hemoderivados: paciente errado,
quantidade errada, hemoderivado errado,
reação transfusional
Comportamento (paciente ou profissional):
agressão física ou verbal, imprudência,
evasão, falta ao trabalho
Acidentes do paciente: quedas, lesões
físicas em geral
BÔNUS: outros tipos:
➔ Documentação
➔ Dieta/alimentação
➔ Oxigénio/gás/vapor
➔ Dispositivo/equipamento médico
➔ Infraestrutura/edifício/instalações
METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA
DO PACIENTE
1. Identificação correta do paciente;
2. Comunicação efetiva entre os profissionais
da saúde;
3. Melhorar a segurança na prescrição, no uso
e na administração de medicamentos;
4. Cirurgia segura;
5. Reduzir o risco de infecções associadas ao
cuidado de saúde;
6. Reduzir o risco de quedas e lesões por
pressão.
Identificação correta do paciente
Garantir que o paciente seja corretamente
identificado, principalmente antes da
realização de procedimentos com algum grau
de risco (exemplo: administração de
medicação ou hemocomponente, coleta e
realização de exames e procedimentos
cirúrgicos). Prevenir o risco: evitar que
procedimentos sejam realizados no paciente
errado.
Comunicação efetiva entre os profissionais
da saúde
Garantir que as informações sobre um
paciente sejam adequadamente comunicadas
entre os membros da equipe profissional.
Prevenir o risco: evitar a fragmentação do
cuidado, perdas de informação e passagem
de informações equivocadas
Melhorar a segurança na prescrição, no
uso e na administração de medicamentos
Garantir que os medicamentos sejam
prescritos, administrados pela via correta, na
dose certa, para o paciente correto. Prevenir o
risco: administração inadequada do
medicamento. Observar reações não previstas
e agir prontamente.
Cirurgia segura
Utilizar os checklists para garantir que a
cirurgia seja feita no paciente, no órgão,
região corporal correta, checando os recursos
e procedimentos. Prevenir os riscos: cirurgia
em paciente e local errado, perda de
instrumental ou gaze dentro da incisão.
Reduzir o risco de infecções associadas ao
cuidado de saúde
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Instituir a correta higiene das mãos e a
esterilização de produtos e materiais. Prevenir
risco: contaminações e infecções.
Reduzir o risco de quedas e lesões por
pressão
Utilizar recursos estruturais, práticas
ambientais e envolver o paciente para reduzir
a possibilidade de queda. Prevenir riscos:
Aplicar práticas de prevenção de lesão por
pressão (exemplo: mudança de decúbito
periódica).
ERRO DE MEDICAÇÃO:
Falha não intencional no processo de
tratamento farmacológico que leva ou tem
potencial para prejudicar o paciente
PROCESSO DA MEDICAÇÃO:
1. Prescrição
O médico deve prescrever um apropriado
medicamento para uma determinada situação
clínica, levando em consideração os fatores
individuais do paciente.
O prescritor deve selecionar a via de
administração, a dose, o tempo e o regime de
administração mais adequados.
ERROS:
Conhecimento inadequado sobre as
indicações, contra indicações, interações e
incompatibilidades medicamentosas podem
ocasionar uma prescrição inadequada de um
medicamento.
Falhas em considerar fatores físicos,
cognitivos, emocionais e sociais, como
alergias, gravidez e comorbidades podem
ocasionar o erro de prescrição de um
medicamento.
Medicamento prescrito para o paciente errado.
Medicamento prescrito na dose errada.
Medicamento prescrito na via de
administração errada.
Medicamento prescrito na frequência errada.
Não ter prescrito o medicamento conforme a
indicação clínica.
2. Dispensação
O farmacêutico irá transcrever e verificar a
prescrição médica e em seguida, escolherá o
medicamento e documentar o processo
ERROS:
Dispensação do medicamento errado (tipo de
medicamento errado ou para via de
administração ou dose erradas)
Dispensação do medicamento para o paciente
errado
Dispensação do medicamento no horário
errado.
Não ter sido dispensado o medicamento.
3. Administração
Administrar um medicamento inclui ter
disponível um medicamento certo, na dose
certa, para a via certa e na validade correta. A
administração dos medicamentos ainda inclui
a necessidade de verificar se o paciente
apresenta alergias ou reações adversas aos
medicamentos prescritos.
ERROS:
Medicamento administrado no paciente
errado.
Medicamento administrado na dose errada.
Medicamento administrado na via de
administração errada.
Medicamento administrado no horário errado.
Medicamento ter sido infundido no tempo
errado.
Não administrar o medicamento.
Documentação inadequada quanto à
administração do medicamento.
4. Monitoramento
Avaliar clinicamente o paciente no intuito de
determinar as alterações orgânicas em
decorrência do medicamento administrado.
ERROS:
Falha de monitoramento quanto aos efeitos
colaterais ou adversos após ter sido
administrado um medicamento ou mesmo
durante a infusão de um medicamento.
Multifatorial:
Fatores relacionados aos pacientes:
diversas comorbidades, uso contínuo e
simultâneo de vários medicamentos,
prescrição de medicamentos realizados por
mais de um médico (cópia e cola), pacientes
com prejuízos cognitivos, pacientes com
falhas de comunicação, pacientes
inconscientes, crianças e recém nascidos e
pacientes que não falam ou não entendem o
mesmo idioma do profissional de saúde.
Fatores relacionados aos profissionais:
enf_sara
inexperiência profissional e/ou falta de
conhecimento, situações de emergência,
excesso de atividades, múltiplas interrupções,
cansaço, falta de vigilância, falha nas rotinas
de dupla checagem das medicações, falha de
comunicação e de cooperação na equipe de
trabalho.
Fatores relacionados ao local de trabalho:
ausência de cultura de segurança,
armazenamento inadequado dos
medicamentos (medicamentos com nomes
similares ou aparência similar armazenados
em locais próximos), ausência de sistemas
eletrônicos de compartilhamento de dados
clínicos dos pacientes.
Fatores relacionados aos medicamentos:
similaridades dos medicamentos quanto a
grafia ou aparência, dificuldade na leitura das
informações dos medicamentos (nome dos
medicamentos, dose, via de administração e
validade).
Fatores relacionados aos equipamentos:
conectores similares para diferentes vias de
administração dos medicamentos, uso
inadequado de dispositivos eletrônicos de
infusão (BI)
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
● Revisão técnica das prescrições
verificação de possíveis discrepâncias
referentes às doses máxima e mínima,
intervalo de administração, via de
administração incompatível, interações
medicamentosas graves, possibilidades de
sugestão de alternativas terapêuticas para
itens em falta, duplicidade farmacêutica,
dados que geram dúvida, entre outros.
● Aprazamento
planejamento dos horários e intervalos de
administração de medicamentos,
normalmente realizado pela equipe de
enfermagem, e serve como a primeira revisão
da prescrição.
● Distribuição e dispensação de
medicamentos
atividade normalmente realizada pelo
farmacêutico.
● Ambiência/comunicação
ambiente limpo e seguro (boa iluminação,
baixo nível de ruídos, boa ventilação, espaço
físico e mobiliário/materiais adequados e uso
das precauções padrão de higiene. Os
medicamentos perigosos devem ser
armazenados separadamente
● Relação com o paciente
Oferecer conhecimento ao paciente sobre o
medicamento, seu uso, via de administração,
reações adversas, são orientações que
contribuem com a segurança e incentivam o
autocuidado.
● Preparo e administração de
medicamento
A administração de medicamentos exige
conhecimento técnico científico,

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