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enf_sara Exame Físico Dados objetivos Levantamento das condições globais física e psicológica. Posição do examinador: à direita do paciente ou em outra posição que lhe permita examinar de forma adequada 4 sentidos: visão, tato, audição e olfato. Posições do paciente de acordo se: ● não permaneça em posições desconfortáveis por muito tempo; ● favoreça o exame físico completo ● respeite privacidade ● avaliar o estado do paciente pelo seu grau de dependência durante o exame. Tipos de posições: ● Ortostática ou em pé Indicação: Exame neurológico. pés um pouco afastados, superiores estendidos , peso fica distribuído ● Sentada sentado ,mãos repousando sobre as coxas. ● Decúbito dorsal deitado com ventre para cima, MMII( ligeiramente fletidas) e MMSS(estendidos) relaxados, relaxa abdome ● Decúbito Ventral deitado com ventre para baixo, MMII relaxados( ligeiramente fletidas) e mãos sob a testa ● Decúbito Lateral Direito deitado com o lado direito para baixo, pernas levemente fletidas, braço direito em abdução, o lado esquerdo para cima e o braço repousando sobre a face lateral da coxa. ● Decúbito Lateral Esquerdo deitado com o lado esquerdo para baixo, pernas levemente fletidas, braço esquerdo em abdução, o lado direito para cima e o braço repousando sobre a face lateral da coxa. ● Posição litotômica (assemelha a ginecologica) Indicações: Cirurgia ou exames de períneo, reto, vagina e bexiga. Decúbito dorsal, com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados, coxas flexionadas sobre o abdômen, afastadas uma da outra e as pernas sobre as coxas.Uso de suportes comum. ● Posição Genu-peitoral Indicações: exames vaginais e retais. Ajoelhado sobre a cama com os joelhos afastados, as pernas estendidas e o peito apoiado sobre a cama. A cabeça deve estar lateralizada, apoiada sobre os braços. ● Posição de Sims Indicações: exames vaginais, retais, clister e lavagem intestinal. decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada no travesseiro.Corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o braço esquerdo esticado para trás, de forma a permitir que parte do peso do corpo fique apoiado sobre o peito. MMII devem estar flexionados ● Posição Trendelenburg decúbito dorsal horizontal, com o corpo num plano inclinado, cabeça mais baixa que corpo. ● Posição de Fowler Indicações: Para alimentação e em patologias respiratórias, de modo geral. Decúbito dorsal, elevar a cabeceira ângulo de 45 graus. Passo Propedêuticos Utiliza Se sentidos que podem ser ampliados com instrumentos. 1. Inspeção: usa-se a visão Tipos: ➔ estática : paciente parado(contorno,cor) ➔ dinâmica: fala pra ele realizar movimentos(amplitude respiratória) enf_sara Pode ser : Panorâmica(todo corpo)ou localizada(um sistema específico) Avalia: aspecto, a cor, a forma, o tamanho e o movimento de segmentos, presença de lesões cutâneas, cateteres, sondas…nível de consciência, estado nutricional, postura, higiene, tipo de fala observação do estado geral ● Estado geral: descrever a aparência do paciente classificando-a em bom estado geral, regular estado geral ou mal estado geral., ● Nível de consciência: observar lucidez, diálogo avaliando conexão dos assuntos. Consciente: acordado, alerta, responde adequadamente a estimular verbais, orientada em tempo e espaço. Inconsciente: sono profundo, não emite som verbal, não interage. ● Estado nutricional: observar a aceitação da dieta por via oral, se é por sonda ou se faz uso de algum suporte nutricional. Observar nível de hidratação, caquexia, obesidade,... ● Linguagem: comunicação do paciente (verbal ou gestual), afonia, disártrico, taquilalia ou fala pastosa. ● Movimentação e postura: deambula? Cadeira de rodas?, Posição que mais prefere ficar e em qual refere dor ?. Coloração da pele, mucosa e hidratação: palidez, descamação, prurido, icterícia, verificar a consistência e integridade. ● Higiene: sujidades e odores (roupas também). É importante ter : ➔ iluminação adequada, expor a região e saber o que é normal. Pupilas : normais isocóricas e reagente com contorno regular ● isocóricas: têm tamanhos iguais ● anisocóricas: têm tamanhos diferentes ★ fotorreagentes: reagem à luz (diminuem de tamanho) ★ não reagentes: não reagem na presença da luz ● mióticas: estão diminuídas ● midriáticas: estão dilatadas Inspeção Precórdio Decúbito dorsal, com o tórax exposto. Ictus cordis ou choque de ponta – 5º espaço intercostal E, na linha hemiclavicular. Pulsações epigástricas e supra-esternais são frequentemente visualizadas em indivíduos normais. Inspeção Estática do tórax Pode-se avaliar tegumento, do tecido celular subcutâneo, da musculatura , dos ossos e das articulações , devem- se esquadrinhar os seguintes elementos: pele e suas alterações; presença de cicatrizes, especialmente de toracotomia, drenagem torácica e mastectomia e suas descrições; presença e localização de fístulas; sistema venoso visível normalmente e circulação venosa colateral; presença de edema; presença de atrofias musculares; alterações ósseas e articulares Formato do tórax: Bônus: Barril : DPOC Funil: Sopro (causa) Inspeção Dinâmica do tórax 1. Observar os movimentos respiratórios 2. Frequência respiratória (12 a 20 rpm) 3. Amplitude (respiração superficial ou profunda) 4. Ritmo (relação entre inspiração e expiração) 5. Uso de musculatura acessória Retração ou tiragem intercostal Padrões Respiratórios Eupneia: 12-20 rpm normal Taquipneia: >24 rpm Bradipneia: <10rpm Hiperventilação: Frequências e profundidade aumentadas Hipoventilação: Respiração superficial e irregular Apneia: cessação da respiração Bônus: CHEYNE-STOKES :incursões que aumentam progressivamente de amplitude até o seu máximo, aí diminui até a apneia. ATÁXICA OU DE BIOT: irregular com apneia enf_sara KUSSMAUL: respiração ruidosa, apneia na inspiração, expiração ruidosa e apneia na expiração. Inspeção Gastrointestinal Contorno e Forma do abdome: Plano, Globoso, Escafóide(magreza) e Protuberante/ascítico. Pulsações Abdome: Movimentos respiratórios, pulsações e movimentos peristálticos visíveis. 2. Palpação : tato e pressão Toque avalia textura, volume, forma, espessura, consistência, flutuações, frêmitos, sensibilidade tátil e dolorosa, elasticidade, temperatura, localização dos órgãos, presença de edemas, massas. Pode ser : superficial e profunda Tipos: 1) Mão espalmada 2) Sobrepondo as mãos 3) Polpa digitais e ventral dos dedos 4) Pinça usando polegar e indicador 5) Dorso dos dedos 6) Digito-pressão(cacifo ou godet: edema) 7) Punti Pressão: agulha sensibilidade 8) Fricção algodão: sensibilidade Palpação do Precórdio Verificar a presença de frêmitos, que representam o fluxo turbulento de sangue pelas válvulas cardíacas. Frêmitos - são percebidos como vibrações finas, semelhantes às vibrações observadas na “garganta de um gato miando” – são a tradução palpável dos sopros cardíacos. A sua pesquisa : mão espalmada sobre o precórdio, usando a palma da mão para melhor sentir as vibrações. Palpação sistema respiratório ; Objetivo: avaliar desvios traqueais dor, massas, excursão respiratória e frêmito toracovocal 1) Palpação de linfonodos ➔ Cervicais ➔ Supraclaviculares ➔ Axilares 2) Palpação de traqueia 3) Excursão respiratória – estimativa da expansão torácica; observação do movimento torácico durante a respiração 4) Frêmito Tóraco-Vocal (FTV) - Vibração na parede torácica resultante da propagação do som ao longo da árvore brônquica Frêmito tátil (ou toracovocal), vibração do movimento do ar através da parede torácica durante a fonação. Os sons gerados pela laringe são transmitidos através dos brônquios até a parede torácica, onde são sentidos como vibrações.Comece no ápice pulmonar e papel de um lado para o outro. Palpação Abdominal Superficial e Profunda Fígado, baço(normal não sente) e manobras Bônus: Sinais de Giordano(avaliar cálculo renal) Sinal Jobert (região hepática) Sinal de Murphy(colecistite) Sinal de Blumberg(apendicite) 3. Percussão Tato e audição Golpes leves, planejados, articulados e direcionados para delimitarórgãos, detectar coleção de líquido ou ar e perceber formações fibrosas teciduais. Golpes dão origem a vibrações sonoras que têm características próprias quanto à intensidade, timbre e tonalidade. Determina se os tecidos subjacentes estão cheios de ar, líquido ou material sólido. Deve-se comparar um lado com o outro ● Som maciço (cabeceira da cama / parede / bloco de madeira) transmite a sensação de dureza e resistência, é encontrado em regiões desprovidas de ar. É decorrente da percussão de regiões sólidas. EX: coxa (músculo), fígado, coração, baço e rins. Anormal no pulmão : pneumonia lobar ou tumor enf_sara ● Som Submaciço É a variação de som maciço, ocorre devida presença de ar em quantidade restrita. EX: parênquima pulmonar é um órgão sólido – infecção de um lobo pulmonar. Anormal no pulmão : derrame pleural ● Som Timpânico ( caixa vazia / pequeno tambor) é encontrado em cavidades fechadas, recobertas por membranas flexíveis, que contêm ar. Acompanha a sensação de elasticidade. EX: intestinos e traube (fundo do estômago). Anormal no pulmão : grande pneumotórax Hipersonoridade: enfisema ● Som Pulmonar (colchão de mola / caixa com pedaços de isopor / livro grosso colocado sobre a mesa). Resultado das vibrações pulmonares e das respectivas vias aéreas transmitidas à parede torácica Tipos: 1) Direta (pontas dos dedos) 2) Dígito-digital: galopeira borda ungueal do dedo médio da mão D na superfície da 2ª falange do dedo médio ou indicador da mão E. (que golpeia : PLEXOR que é golpeado: PLEXÍMETRO) 3) Punho- percussão : mão fechada 4) Borada da mão 5) Piparote: avaliar ascite(mão espalmada de um lado do ABd e dá um peteleco do outro lado pra ver se sente vibrações) Abdominal: Inicia-se levemente no QID, prosseguindo-se nos demais quadrantes, no sentido horário, até percorrer toda área abdominal. 4. Ausculta audição vibração das suas estruturas na superfície corporal, como na avaliação dos ruídos respiratórios, cardíacos, circulatórios e intestinais. Direta - é executada por aplicação direta da orelha ao corpo. Indireta – é a que utiliza o estetoscópio. Outro tipo de esteto é o de opinar (obstetrícia). Estetoscópio- Introduzido por Laennec na metade do século XIX. Onde empregamos a ausculta? Nos pulmões (murmúrios vesiculares), coração (bulhas cardíacas), vasos (sopros), abdome (ruídos hidroaéreos no intestino e peristalse no estômago). Características: ● Frequência : +: +agudo ● Altura : alto ou baixo ● Qualidade : sopro e borbulhante ● Duração : curta, média e longo Realizada em: ambiente silencioso, paciente em posição adequada a área a ser auscultada deve ser descoberta. Ausculta cardíaca: proporciona os sons cardíacos - bulhas cardíacas, do enchimento ventricular e do fluxo sanguíneo através das valvas cardíacas, bem como do ritmo. Deve ser realizada com o paciente relaxado e com o precórdio descoberto. ● Foco Aórtico: 2 espaço intercostal D ● Foco Pulmonar 2 espaço intercostal E ● Tricúspide 4 Espaço intercostal E ● Mitral 5 espaço intercostal esquerdo Ausculta Pulmonar: O examinador é capaz de avaliar três elementos: Características dos ruídos respiratórios (Murmúrios Vesiculares); Presença de ruídos adventícios (crepitações, roncos, sibilos); Característica da voz falada e sussurrada Ausculta Abdominal : antes da palpação ou percussão. Podem ser variáveis. Sempre inicio pelo QID Frequência 5 a 30 vezes/min Auscultar: 15 a 20 seg/quadrante Borborigmo: ronco Ruídos hidroaéreos (presentes, hiperativos, hipoativos e ausentes ) Exame : 1. Posição 2. lava as mãos 3. luva 4. unhas curtas 5. aquecer as mãos Instrumentos 1.Esfigmomanômetro 2.Estetoscópio 3.Relógio 4.Termômetro 5.Foco de luz/ lanterna 6.Espátula 7.Régua e fita métrica 8.Luvas 9.Algodão e gaze 10.Balança enf_sara Ética Profissional A ética, em especial, numa perspectiva profissional, é o eixo central das condições de sobrevivência do sistema atual. Ética profissional refere-se aos comportamentos relativos ao paciente, ao patrão e aos colegas de trabalho. Há uma expectativa, portanto, da sociedade pelo cumprimento do papel do profissional. Código de ética do profissional de Enfermagem (CEPE) É um conjunto de normas a serem cumpridas pelo profissional de enfermagem. Ética é um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo o bem estar social, ou seja, a ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL as atitudes permitidas e não permitidas. está no campo da moral porque seu teor é prático. É um estatuto do comportamento profissional esperado. como deve agir o profissional para garantir a integridade da profissão, trata do ato de fazer bem feito o que deve ser realizado profissionalmente. Fornece elementos para o pensar e o agir do profissional diante de si mesmo e do outro, mas com pouca abertura para que sejam seguidos de forma rigorosa, dado o seu caráter imprescritível. As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais da categoria e as pessoas que dependem daquele profissional. Profissionalismo. Nesse sentido, a competência, a responsabilidade e o compromisso são atitudes necessárias que marcam de maneira muito forte o ser profissional. Competência domínio do conhecimento teórico e prático da técnica que se especializou. o profissional deve buscar continuamente conhecimento para dominar de maneira qualificada a sua profissão Responsabilidade está relacionada à capacidade profissional de escolher caminhos que devem ser tomados no processo decisório, quer em sua vida profissional. É o dever de arcar com as consequências do próprio comportamento ou do comportamento de outras pessoas. É a qualidade de responder por seus atos individual e socialmente. Compromisso desenvolver uma relação baseada em valores sólidos consigo mesmo e com o seu local de trabalho. cumprir com os deveres que são esperados pelas contrapartes da profissão. ter uma relação de pertencimento ao lugar onde vive, ou seja, ter uma relação muito forte profissionalmente com as pessoas e com o lugar onde está inserido. DEONTOLOGIA (grego déontos = o que é obrigatório, necessário) É uma filosofia que significa ciência do dever e da obrigação. O conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de uma determinada profissão, ou seja, cada profissional deve ter a sua deontologia própria para regular o exercício da profissão, e de acordo com o Código de Ética de sua categoria. Na enfermagem o Conselho Federal de Enfermagem-COFEn e o Conselho Regional de Enfermagem-COREn irão nortear e elaborar as normas deontológicas da profissão. Diceologia Significa o conjunto dos direitos de uma determinada classe social. O termo `` diceologia'' ou ``diceologia (do grego = dikaio + logía) está relacionado, portanto, aos estudos dos direitos profissionais. Enfermagem e Ética A enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu contexto e circunstâncias de vida. Codigo de etica enfermagem: Instrumento legal; • Reúne um conjunto de normas, princípios morais e direitos relativos à profissão e ao seu exercício; enf_sara • Exprime o que é esperado dos profissionais e foi definido por enfermeiros com base no compromisso com a sociedade; • A sociedade entende que o enfermeiro possui capacidade técnica- científica e humana de desempenhar suas funções; Princípios Fundamentais A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade, atuando na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitoséticos e legais. O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população. O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética. Disposto em: ● capítulos e artigos ● finalidade: melhor direcionar os profissionais em sua conduta Os capítulos são: 1.Princípios fundamentais: comprometimento da enfermagem com a saúde, respeito a vida, dignidade, justiça capítulos 2.Direitos; recusar a executar atividades que não seja de sua competência, atualizar conhecimentos técnicos, científicos e culturais capítulos 3.Responsabilidade: assistência livre de danos ao paciente ● Imperícia: incompetência, não possuir habilidade ● Negligência: desleixo, descuido ● Imprudência: que não agem com moderação e comedimento capítulos 4.Deveres: exercer a enfermagem com justiça, sem discriminação de qualquer natureza capítulos 5. Proibições: negar assistência, abandonar o paciente no meio do tratamento capítulos 6. Deveres disciplinares: cumprir normas dos conselhos Federal e Regional capítulos 7. Infrações e penalidades: infração do código de ética com multa, advertência , censura como penalidades Os profissionais de enfermagem devem adotar uma postura ética e, de modo reflexivo, devem buscar conhecimento, trabalhando os dilemas e conflitos éticos que emergem no processo de trabalho, e participar dos processos decisórios. Bônus : Resolução 509/2016 Enfermeiro Responsável Técnico (ERT) é o profissional de Enfermagem de nível superior, que tem sob sua responsabilidade o planejamento, organização, direção, coordenação, execução e avaliação dos serviços de Enfermagem, a quem é concedida, pelo Conselho Regional de Enfermagem, a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Resolução 509/2016 Enfermeiro Responsável Técnico (ERT) é o profissional de Enfermagem de nível superior, que tem sob sua responsabilidade o planejamento, organização, direção, coordenação, execução e avaliação dos serviços de Enfermagem, a quem é concedida, pelo Conselho Regional de Enfermagem, a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Enfermeiro não deve deixar os profissionais de enfermagem sem supervisão, direta ou indireta, colocando esses em possível risco profissional por ausência de amparo técnico e legal para seu exercício, podendo incorrer em possíveis eventos ocasionados por imperícia, negligência, imprudência ou omissão. Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou de seu representante legal na tomada de decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança, tratamento, conforto, bem-estar, realizando ações necessárias, de acordo com os princípios éticos e legais. Art. 15 - Prestar assistência de enfermagem sem discriminação de qualquer natureza. Art. 81 - Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu exercício profissional a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo. enf_sara Classificação de risco -processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. Desse modo, o atendimento ao indivíduo deve ser priorizado segundo sua gravidade clínica, e não conforme a ordem de chegada ao serviço. O enfermeiro tem sido o profissional indicado para avaliar e classificar o risco dos usuários que procuram os serviços, devendo ser orientado por um protocolo direcionador. A Classificação de Risco não é um instrumento de diagnóstico de doença. Seu objetivo principal é estabelecer uma hierarquia conforme a gravidade, determinar a prioridade clínica para o atendimento e não pressupor exclusão, mas sim a estratificação. Habilidades: ● promover escuta qualificada, ● avaliar, ● registrar correta e detalhadamente a queixa, trabalho em equipe, ● raciocínio clínico ● agilidade mental para a tomada de decisões ● capacidade para encaminhar na rede. Objetivos: ✓ Avaliar o usuário logo na sua chegada, humanizando o atendimento; ✓ Descongestionar a unidade de saúde; ✓ Reduzir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o usuário seja visto precocemente de acordo com a sua gravidade; ✓ Determinar a área de atendimento dos usuários (consultório medico ou de enfermagem, sala de observação ou de urgência; sala de verificação de sinais vitais etc. ✓ Informar os tempos de espera conforme o risco e a vulnerabilidade; ✓ Retornar informações ao usuário, acompanhante e/ou familiar, sobre a previsão do atendimento, a realização do exame ou outras informações importantes. ➢ Estratificação ❖ Estratificar significa agrupar, segundo uma ordem, um critério. ❖Estratificar, em doenças crônicas, significa reconhecer que as pessoas têm diferentes graus de risco/vulnerabilidade e, portanto, têm necessidades diferentes. ❖Para estratificar, é preciso identificar os riscos de cada indivíduo, que podem ser considerados como leve, moderado ou alto, segundo classificações diversas. Acolhimento ➢ Acolhimento é uma ferramenta, que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazêlo: faz parte de todos os encontros do serviço de saúde. ➢ Acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. ➢ Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde. Protocolos de CR ➢No Brasil, o primeiro protocolo de classificação de risco aprovado pelo Ministério da Saúde foi a Cartilha de Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco, lançada em 2004 pela Política Nacional de Humanização (PNH). ➢Em 2009 foi lançada a Cartilha de Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência. Acolhimento e CR ➢Uma das ferramentas apontadas para serem utilizadas concomitantes ao acolhimento são os protocolos capazes de: ◦ classificar e priorizar os atendimentos, ◦ diminuir o tempo de espera, ◦ diminuir o risco de agravamento do caso ➢Existem no mundo vários protocolos de Classificação de Risco com destaque para os seguintes: enf_sara 1. Australiano (Australasian Triage Scale - ATS); 2. Canadense (The Canadian Emergency -CTAS); 3. Norte Americano (Emergency Severity Index -ESI); 4. Andorá (Modelo de Andorrá del thialge -MAT); 5. Manchester (Manchester Triage System MTS). Por meio da Portaria Nº 2.048, de 2002, o Ministério da Saúde recomenda a utilização de escalas/protocolos que estratificam o risco do paciente em diferentes níveis em todo o território nacional, para padronizar o processo de acolhimento com classificação de risco, o que torna esse sistema fidedigno, válido e confiável. - Manchester Classificação de Risco de Manchester ➢Trata-se de uma classificação de risco baseada em cores que determinam o grau de prioridade para o primeiro atendimento. ➢A partir das queixas do paciente e de exame clínico básico, o profissional consegue definir o nível de prioridade de atendimento médico e classifica o paciente com cores. ➔ Urgência/ Emergência = 5 cores ( vermelho, laranja, amarelo, verde e azul) ➔ Atenção Básica = 4 cores ( vermelho, amarelo, verde e azul) ➢A cor vermelha: indica situação de emergência e aponta que o cliente necessita de atendimento imediato. Choque, risco de morte, PCR, respiração ineficaz, perfusões e hemorragias ➢A cor laranja: revela situação muito urgente e sinaliza que o cliente deve ser prontamente atendido, o que deve ocorrer em, no máximo, 10 minutos. Não forma frases, taquicardia, alteração consciência, dor pré-cordial ou cardíaca ➢A cor amarela: classifica que o indivíduo necessita de atendimento urgente, mas sua situação clínica não é considerada emergencial, visto que esse pacienteapresenta condições para aguardar o atendimento (no máximo 60 minutos – 1 hora). crise asma dor de cabeça ou abdominal, ferimentos menores pânico ➢A cor verde: atribui-se esta cor para os casos pouco urgentes, caracterizados por situações clínicas menos graves, que possibilitam que o paciente aguarde o atendimento (no máximo 120 minutos – 2 horas). Pequenas lesões e fraturas fechadas, dor abdominal sem alterações nos ssvv, vômito diarréia e desidratação ➢A cor azul: são os casos não urgentes, de menor complexidade e que podem ser acompanhados em ambulatórios ou consultórios médicos. O atendimento desse paciente deve acontecer no período máximo de 240 minutos (4 horas) Dor leve, escoriações, contusões, procedimentos simples(curativo e receitas) É importante ressaltar que a utilização de protocolos para embasar a classificação de risco oferece respaldo científico e legal para a atuação segura dos enfermeiros. Trata-se de um processo de acolhimento com classificação, no qual a escuta é o elemento fundamental, o que possibilita um atendimento mais humanizado à população, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. enf_sara Registros de Enfermagem São essenciais para o processo do cuidar. Possibilita: ➔ comunicação segura entre os profissionais de enfermagem e a equipe ➔ esclarecimento de processos éticos e judiciais ➔ avaliação da qualidade da assistência Finalidade: Partilha de informações : estabelece uma efetiva comunicação Garantia de qualidade: serve como fonte de subsídios para a avaliação da assistência prestada (comitê interno hospitalar); Relatório permanente : registro escrito em ordem cronológica da enfermidade e cuidados oferecidos, desde o surgimento do problema até a alta / óbito /transferência hospitalar; Evidência legal : documento legal tanto para o paciente/equipe. Cada pessoa que escreve no prontuário de um paciente é responsável pela informação ali anotada; ● Como documento legal, os registros somente terão valor se forem datados e assinados e, evidentemente, se forem legíveis e não apresentarem rasuras. ● A ausência de registros, ou realizados de forma incompleta, indica uma má qualidade da assistência de enfermagem. Ensino e pesquisa : os registros do paciente contêm um grande número de informações e podem constituir uma fonte alternativa de dados; Auditoria :análise das atividades realizadas pela equipe de enfermagem por meio do prontuário do paciente. Resolução Cofen n. 429/12 – Dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte – tradicional ou eletrônico. Resolução Cofen 311/07 – Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem DIREITOS = Art. 68 Registrar no prontuário, e em outros documentos próprios da enfermagem, informações referentes ao processo de cuidar da pessoa. RESPONSABILIDADES E DEVERES = Art. 72 Registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva e completa. PROIBIÇÕES = Art. 35 Registrar informações parciais e inverídicas sobre a assistência prestada Art. 42 Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro. Portaria MS n. 1.820/2009 – Carta dos direitos dos usuários da saúde Art. 3º Toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no tempo certo para resolver o seu problema de saúde. III–Acesso a qualquer momento, do paciente ou terceiro por ele autorizado, a seu prontuário e aos dados nele registrados, bem como ter garantido o encaminhamento de cópia a outra unidade de saúde, em caso de transferência. IV–Registro atualizado e legível no prontuário, das seguintes informações: a) motivo do atendimento e/ou internação, dados de observação clínica, evolução clínica, prescrição terapêutica, avaliações da equipe: b) dados de observação e da evolução clínica; c) prescrição terapêutica; d) avaliações dos profissionais da equipe; e) procedimentos e cuidados de enfermagem; f) quando for o caso, procedimentos cirúrgicos e anestésicos, odontológicos, resultados de exames complementares laboratoriais e radiológicas; g) quantidade de sangue recebida e dados que garantam a qualidade do sangue, como origem, sorologias efetuadas e prazo de validade; h) identificação do responsável pelas anotações; i) outras informações que se fizerem necessárias. Anotação de Enfermagem Dados Brutos enf_sara Toda equipe de enfermagem realiza referente ao momento dados pontuais registra uma observação Evolução de Enfermagem Dados Analisados Privativo do enfermeiro Referente ao período de 24h Dados processados Registra reflexão e análise dos dados Evolução de Enfermagem Atividade Privativa do Enfermeiro!!!!! Componentes do Processo de Enfermagem. É o relato diário ou periódico das mudanças enquanto está sob assistência profissional Avaliação global do plano de cuidados. Deve abranger: ● estado geral neurológico, respiratório, circulatório, digestivo, nutricional, locomotor e geniturinário; ● Procedimentos invasivos Entubações orotraqueais, traqueostomias, sondagens nasogástrica e enteral, cateterizações venosas, drenos, cateteres; ● Cuidados prestados aos pacientes higienizações, aspirações, curativos, troca de drenos, cateteres e sondas, mudanças de decúbito, apoio psicológico e outros; ● Descrição das eliminações secreções traqueais, orais e de lesões, débitos gástricos de drenos, de ostomias, fezes e diurese, quanto ao tipo, consistência, odor e coloração; ● Deve ser realizada diariamente últimas 24 horas, baseando - se nas respostas diante das intervenções preestabelecidas por meio da prescrição de enfermagem,bem como quanto aos protocolos em que o paciente está inserido, mantido ou sendo excluído; ● Deve ser refeita , em parte ou totalmente na vigência de alteração no estado do paciente indicar o horário de sua alteração; ● Resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes; ● Problemas novos identificados ● Linguagem clara, concisa e exata , com ausência de códigos pessoais e abreviaturas desconhecidas. O enfermeiro deve reunir dados sobre as condições anterior e atuais do paciente e família para, mediante análise, emitir um julgamento; mudanças para piora ou melhora do quadro, manutenção das situações ou surgimento de novos problemas. É indispensável na aplicação do processo de enfermagem, pois está presente em todas as fases do processo. instrumento valorativo de grande significado na assistência de enfermagem ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM São registros ordenados, efetuados pela enfermagem. Finalidade: ● Fornecer informações a respeito da assistência prestada. ● Assegura a comunicação entre os membros da equipe de saúde e garante a continuidade das informações nas 24 horas, sendo indispensável para a compreensão do paciente de modo global A quantidade e principalmente a qualidade das anotações de enfermagem: interesse da equipe multiprofissional e necessidade de consulta.Fornecem bases para direcionar a terapêutica, os cuidados, a realização de novos diagnósticos. Dicas: ● Preencher com data e hora as anotações do turno/diariamente. ● Anotar imediatamente após a prestação do cuidado, recebimento de informação ou observação de intercorrências; ● Anotar informações completas, de forma objetiva, para evitar a possibilidade de dupla interpretação; ● Não usar termos que dêem conotação de valor (bem, mal, muito, bastante, entre outros); ● Deixar claro na anotação se a observação foi feita pela pessoa que enf_sara anota ou se é informação transmitida pelo paciente, familiar ou outro membro da equipe de saúde; ● Não rasurar a anotação por ter essa valor legal; no caso de engano, usar "digo", entre vírgulas; ● Cuidar das abreviaturas; ● Assinar após o final da última frase. ● Não deixar espaço entre a anotação e a assinatura Deve abranger todos os cuidados prestados como : ➔ Verificação dos sinais vitais ➔ Administração das medicações prescritas ➔ Dor, náuseas ou vômitos ➔ Banho (leitoou aspersão, c/ ou s/ auxílio) ➔ Troca de curativos (tipo, local, aberto ou fechado) ➔ Aceitação da dieta ➔ Intercorrências ➔ Todos os cuidados prestados; ➔ Respostas dos pacientes às ações que foram realizadas; ➔ Preparos para: cirurgia, exames, tratamentos, etc.; ➔ Ações que foram realizadas de rotina ou em função de intercorrências ou ordens médicas, tais como: medicação fora do horário, restrições, etc. ➔ Sinais e sintomas relatados pelo paciente ou identificados através da simples observação; ➔ Comportamento, reações do paciente frente aos estímulos (verbais, de movimentação à dor, etc.); ➔ Medidas de segurança, como proteção contra agravos ambientais, identificação de alergias, entre outros, etc.; ➔ Condições de sondas, drenos, cateteres, curativo, etc.; ➔ Aceitação de líquidos, alimentação, eliminação, sono e repouso, obtidos durante a entrevista; ➔ Transferência de setor, com data, horário e resumo das condições do paciente; ➔ Data e horário de punção venosa ou sondagens. Ao realizar as evoluções e as anotações de enfermagem, a equipe adquire um conhecimento individual de cada paciente. Interfere de maneira positiva em seu tratamento, pois muitas considerações descritas podem dispensar exames desnecessários, além de outros benefícios, como o respaldo de seu trabalho, valorização do serviço, contribuição com o trabalho da Equipe de saúde e principalmente com o tratamento do paciente. enf_sara Mortalidade Materna Norte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. • É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. • Não é considerada Morte Materna a que é provocada por fatores acidentais ou incidentais. Considerada uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, devido o fato de: Ser evitável em 92% dos casos; Por ocorrer, sobretudo, em países em desenvolvimento • Ilustra a baixa qualidade da atenção obstétrica • Assistência ao Planejamento Familiar prestadas às mulheres Morte Materna pode ser : ● Obstétrica: direta ou indireta : tardia ● Não obstétrica DIRETA – Complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas. – Gravidez terminada em aborto – Ex: aborto infectado – Transtornos hipertensivos da gravidez, parto ou puerpério – Ex: pré-eclâmpsia, eclâmpsia, hipertensão prévia com pré-eclâmpsia sobreposta – Outros transtornos maternos relacionados com a gravidez – Ex: hemorragia, complicações venosas na gravidez, ITU. Complicações do Trabalho de Parto e Parto – Ex: hemorragia da segunda metade, complicações de anestesia – Complicações relacionadas com o puerpério – Ex: infecção puerperal, complicações venosas no Puerpério, embolia amniótica. INDIRETA – Doenças que existiam antes da gestação ou que se desenvolveram durante esse período, NÃO provocadas por causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. – Afecções anteriores da mãe complicando a gravidez, parto ou puerpério – Ex: hipertensão prévia, diabete mellitus, cardiopatias, hemoglobinopatias etc. – Doenças infecciosas e parasitárias da mãe complicando a gravidez, parto ou puerpério – Ex: sífilis, tuberculose, malária, hepatites etc. – Tétano obstétrico e Doenças causadas pelo HIV TARDIA – Morte de uma mulher, devido a causas obstétricas diretas ou indiretas, que ocorre num período de 43 a 364 dias após o fim da gravidez. ➢0BS: Esses óbitos NÃO são incluídos no cálculo da razão de mortalidade materna. • NÃO OBSTÉTRICA – Resultante de causas incidentais ou acidentais não relacionadas à gravidez e seu manejo Morte Materna • DECLARADA – Quando as informações registradas na DO permitem classificar o óbito como materno. • NÃO DECLARADA – Quando as informações registradas na DO não permitem classificar o óbito como materno. – Apenas com os dados obtidos na investigação é que se descobre tratar-se de morte materna. • MASCARADA (PRESUMÍVEL) – Aquela cuja causa básica, relacionada ao estado gravídico puerperal, não consta na DO por falhas no preenchimento. – Consta apenas a causa terminal das afecções ou a lesão que sobreveio por último na sucessão de eventos que levou a morte, ocultando o óbito materno. – Exemplos: AVC, causa desconhecida, embolia pulmonar, peritonite, pneumonia, IRA (insuf. Resp. Aguda), IAM, EAP, (edema agudo de Pulmão) crise convulsiva, septicemia. Causa Básica da Morte : É doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte ou às circunstâncias do acidente ou violência que produziu a lesão fatal. Óbito • É o desaparecimento permanente de todo sinal de vida, em um momento qualquer depois do nascimento, sem possibilidade de ressuscitação, conforme definição da Organização Mundial da Saúde enf_sara Mulher em Idade Fértil (MIF) • Definição Internacional – Óbitos de mulheres entre 15 e 49 anos. • Definição Brasileira – Óbitos de mulheres entre 10 e 49 anos. TAXA DE MORTALIDADE MATERNA • “Razão, Taxa ou Coeficiente de mortalidade materna é o indicador utilizado para conhecer o nível de morte materna (...) calculado pela relação do n.º de mortes maternas ou de mulheres durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela” (Laurenti, 2000). • “Número de óbitos femininos por causas maternas, por 100 mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado” (OPAS, 2002) Causas de morte materna 28,5% Hipertensão 20,6 Outras causas 16,2% Hemorragia 15,1% Doenças maternas 11,9% Abortamento 7,7% Infecção Puerperal Brasil 77% em relação ao mundo de mortes gestantes por covid sendo a maior parte negra é vítima de dispneia e insuficiência respiratória. Altas taxas encontradas se configuram em um grave problema de saúde pública, atingindo desigualmente as regiões brasileiras, com maior prevalência entre mulheres das classes sociais com menor ingresso e acesso aos bens sociais. OMS: Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), “morte materna” é todo falecimento causado por problemas relacionados à gravidez ou ao parto ou ocorrido até 42 dias depois. A OMS considera: – aceitável o índice de 10 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos; – médio o índice entre 10 e 49 mortes; – alto o índice entre 50 e 100 mortes e, – Muito alto acima de 100, muito alto. RAZÃO DE ÓBITOS MATERNOS POR 100.000 NASCIDOS VIVOS ➢ >100 MUITO ALTO ➢ 50-100 ALTO ➢ 10-50 MÉDIO ➢ <10 BAIXO No Brasil, a taxa oficial de mortalidade materna é de 69 mortes de mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. • Mas, sabe-se que esse número não reflete a realidade, pois nem todas as mortes são registradas como tendo causas relacionadas à gravidez ou ao parto. Segundo o critério usado pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o número real de mortes no Brasil é o triplo do oficialmente registrado. A mortalidade materna reflete a qualidade de vida de uma região, especialmente os cuidados prestados à assistência à saúde da população feminina. – Fatores sociais como idade, raça, estado civil, escolaridade e padrão socioeconômico são descritos em vários estudos, demonstrando que existe população mais vulnerável e com maior risco de complicações. – mulheres nos extremos de idade são as que apresentam o maior risco para o óbito materno. – a razão de mortalidade materna é maior entre mulheres negras. Esses dados podem ser explicados pela maior associação de patologias hipertensivas, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e pela baixa qualidade da assistência. enf_sara – mulheres com padrão econômico mais baixo apresentavam maior razão de mortalidade materna, devido dificuldade de acesso aos serviços de saúde e a qualidade da assistência prestadaFatores relacionados • O parto por cesárea aumentou o risco de morte materna quando comparado ao parto vaginal. – Este risco aumentado foi associado a tromboembolismo, infecção puerperal e complicações anestésicas. • Outros fatores são considerados, também, facilitadores do risco de óbito materno, entre eles, o intervalo interpartal inferior a dois anos, a desnutrição e a obesidade maternas e o início tardio do pré-natal, após a 24ª semana. • Além desses, a superlotação dos hospitais, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, a falta de habilitação profissional no atendimento, o atraso no diagnóstico e, consequentemente, no tratamento adequado, também são fatores contribuintes para a morte materna. O Brasil não cumpriu o compromisso de chegar em 2015 com no máximo 35 óbitos maternos a cada 100 mil nascimentos, apesar de ter registrado uma queda de 43% de mortes de mulheres vítimas de complicações durante a gravidez ou o parto entre 1990 e 2013, agora de 2016 e 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a meta é reduzir a taxa global de mortalidade materna para menos de 70 por cada 100 mil nascidos vivos. Redução devido a implantação de estratégias(melhoria da Atenção à Saúde da Mulher) : 1. Programa de Humanização do Parto e do Nascimento (PHPN) – 2000; 2. Comitês de Mortalidade Materna – 2004; 3. Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna - 2004 Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna – Articular programas governamentais, como os de Saúde da Mulher, da Criança, do Adolescente, Programa de Saúde da Família, Urgência e Assistência Farmacêutica; – Estimular a participação dos conselhos estaduais e municipais de saúde na definição de conteúdos e estruturação do pacto nacional; – Qualificar e humanizar a atenção ao parto, ao nascimento e ao aborto legal; – Assegurar à gestante o direito ao acompanhamento antes, durante e depois do parto, incluindo alojamento conjunto; – Garantir que mulheres e recém-nascidos não sejam recusados nos serviços de saúde e que sejam assistidos até a transferência para outra unidade; – Dar às mulheres acesso ao planejamento familiar; – Apoiar ações de suporte social para gestante e recém nascidos de risco. PRINCIPAL ESTRATÉGIA MS: REDE CEGONHA, instituída no SUS em 2011.que prevê o fortalecimento da rede de assistência à saúde materno infantil, visando assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada durante a gravidez, o parto e o puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. 06/01/2022 – Para garantir mais acesso e cuidado às mulheres e crianças no Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde lançou, o Cuida Mais Brasil. – Governo irá repassar, no primeiro ano do programa, R$ 194 milhões para atuação de médicos pediatras e ginecologistas-obstetras junto às equipes de Saúde da Família e de Atenção Primária enf_sara HEMOCOMPONENTES Transfusão de Hemocomponentes “Os benefícios da transfusão devem superar os riscos” • Hemocomponentes: produtos oriundos do sangue total ou do plasma, obtidos por meio de processamento físico; • Hemovigilância: conjunto de procedimentos de vigilância que abrange todo o ciclo do sangue, com o objetivo de obter e disponibilizar informações sobre eventos adversos ocorridos nas suas diferentes etapas, para prevenir seu aparecimento ou recorrência, melhorar a qualidade dos processos e produtos e aumentar a segurança do doador e receptor; O sangue após centrifugação pode resultar em : ➔ Plasma e Plaquetas ➔ Leucócitos ➔ Hemácias Reação Transfusional (RT) • reação adversa: efeito ou resposta indesejada à doação ou ao uso terapêutico do sangue ou componente que ocorra durante ou após a doação e transfusão e a elas relacionadas. Em relação ao doador, será sinônimo de reação à doação e, em relação ao receptor, será sinônimo de reação transfusional; • Terapêutica sujeita a efeitos adversos e que pode colocar a vida do paciente em risco. Classificações das RT: TEMPO DE APARECIMENTO DO QUADRO CLÍNICO OU LABORATORIAL ➔ IMEDIATAS: ocorrem durante o ato transfusional ou até 24 hs após o início da transfusão; ➔ TARDIAS: ocorrem após 24 hs do início da transfusão. QUANTO À GRAVIDADE DA REAÇÃO ➔ GRAU 1 ou LEVE: ausência de risco à vida, sem comprometimento de órgão ou função; ➔ GRAU 2 ou MODERADA : leva à morbidade no longo prazo , ou quando há necessidade de hospitalização ou prolongamento ; deficiência ou incapacidade persistente ; ou quando há necessidade de intervenção médica; ➔ GRAU 3 ou GRAVE : ameaça à vida e intervenção médica obrigatória; ➔ GRAU 4 ou ÓBITO: óbito atribuído à transfusão QUANTO AO MECANISMO FISIOPATOLÓGICO: ➔ IMUNES: há comprovação do mecanismo antígeno –anticorpo na reação transfusional ; ➔ NÃO IMUNES : não há mecanismo imunológico envolvido na reação. Reações Transfusionais Imediatas: Imunes: ● Reação hemolítica aguda imune ● Reação febril não hemolítica (RFNH) ● Reação alérgica ● Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI) Não-Imunes: ● Sobrecarga circulatória relacionada à transfusão (TACO) ● Reação por contaminação bacteriana ● Reação hipotensiva ● Hemólise não imune ● distúrbios metabólicos ● Dor aguda relacionada à transfusão ● Hipotermia ● Embolia gasosa PREVENÇÃO • Infusão deve ser lenta nos primeiros 10 minutos; • Monitoramento dos sinais vitais pré transfusão, após os primeiros 10 minutos ; • Atenção redobrada aos pacientes anestesiados, inconscientes: monitorizar sinais vitais, volume e coloração da diurese e a instabilidade hemodinâmica ; Sinais e Sintomas nas RT • Aumento Da Taxa Inicial Em 1ºc Ou Mais; • Febre; • Tremores E/Ou Calafrios ; • Dor Torácica E/Ou Lombar; • Dor No Local Da Infusão; • Sangramento Anormal; • Cefaléia; • Náuseas/Vômitos; enf_sara • Dispnéia/Sibilos/Tosse/Cianose; • Pápulas/ Exantemas; • Prurido RT Imune - REAÇÕES ALÉRGICAS ● REAÇÃO URTICARIFORME: • Ocorrem em cerca de 1-3% das transfusões ; • Mediada pela imunoglobulina classe E (IgE) que atribui a liberação de histamina; • Diagnóstico clínico caracterizado por pápulas , prurito, rash de pele; • Tratamento com anti alérgico e/ou anti histamínicos ● REAÇÃO ANAFILÁTICA: • Incidência de 1 para cada 20.000- 50.000 transfusões; • Sinais e sintomas : tosse, dispneia, broncoespasmo , hipo ou hipertensão, rubor, calafrios, ; • A presença de anticorpo anti IgA em receptores com deficiência dessa imunoglobulina; • Diagnóstico clínico; O que fazer? ➔ Interromper a transfusão, ➔ Manter acesso venoso periférico com SF 0,9%(para hemodiluição o plasma do paciente), ➔ Chamar a equipe médica. ➔ Geralmente o tratamento é com epinefrina e por vezes corticoide, O2 ou máscara com reservatório e em casos mais graves, intubação orotraqueal ; REAÇÃO FEBRIL NÃO HEMOLÍTICA (RFNH) • É o incidentes transfusionais imediatos com maior número de notificações ; • Concentrado de Hemácias (CH) é o tipo de hemocomponente envolvido na maioria das reações transfusionais, considerando que é distribuído em maior quantidade, quando comparado aos demais hemocomponentes; • As RFNH não são ameaçadoras, PORÉM, a avaliação clínica imediata é importante, pois pode excluir outras causas da febre. • Deve-se investigar se a reação pode ser decorrente da transfusão, à doença ou ao tratamento; Sintomas • Aumento de 1ºC ou mais em relação à temperatura inicial da transfusão, febre, calafrios, sensação de frio ; • Os sintomas podem ocorrer durante a transfusão ou até 4 horas após. • Se a bolsa ainda estiver transfundindo e, os sintomas forem antes do final da transfusão: parar imediatamente a transfusão, manter o acesso venoso com SF0,9%, chamar equipe médica, coletar cultural da bolsa e do paciente; • Coletar nova amostra do paciente para repetir as provas de compatibilidade; • Medicar o paciente conforme a orientação médica; REAÇÃO HEMOLÍTICA AGUDA IMUNE • Hemólise intravascular das hemácias incompatíveis; • Erros de identificação do receptor ou de amostras coletadaspara os testes pré transfusionais são as principais causas desta RT ; • Extremamente grave , com mau prognóstico diretamente relacionado ao volume de hemácias infundido e das medidas tomadas; • Geralmente causada por incompatibilidade ABO, amostra ou bolsa errada. Sinais e Sintomas • Caracterizado por dor torácica/abdominal/flancos , dor no local da infusão, hipotensão grave , febre, calafrios , hemoglobinúria e sensação de morte iminente; • Pode haver evolução para IRA (Insuficiência Renal Aguda) e CIVD (Coagulação Intravascular Disseminada); • Interromper a transfusão; • Manter acesso venoso com SF0,9%; • Conferir os dados da bolsa com a pulseira do paciente; • Atenção para a manutenção de uma diurese de 100ml/hora nas primeiras 24hs; enf_sara LESÃO PULMONAR AGUDA RELACIONADA À TRANSFUSÃO (TRALI) • É uma lesão pulmonar aguda que pode ter início durante a transfusão e em até 6 horas após término da transfusão. • A gravidade é variável; • Ativação de neutrófilos nos capilares pulmonares que induzem uma lesão pulmonar aguda. Sinais e Sintomas • Inicio súbito de hipoxemia : spO2 < 90% em ar ambiente, • taquipnéia, • cianose, • hipoxemia, • hipotensão RT Não-Imune SOBRECARGA VOLÊMICA – TACO • Mais comum em crianças, idosos, pacientes com anemia crônica normovolêmica, pacientes com ICC e IRA; • Pacientes que recebem volumes excessivos de hemocomponentes Sinais e Sintomas • Taquipnéia, • dispneia, • cianose, • taquicardia, • hipertensão • Interromper a transfusão • Manter acesso venoso com SF 0,9%; • Elevar cabeceira ; • Instalação de O2 por cateter, óculos ou máscara; • Dependendo da gravidade do quadro, pode necessitar de intubação orotraqueal. TEMPO INFUSIONAL CH = concentrado de hemácias: eritrócitos que permanecem na bolsa depois que esta é centrifugada e o plasma extraído para uma bolsa-satélite; • 1h30min a 4hs CP = concentrado de plaquetas: suspensão de plaquetas em plasma, preparado mediante dupla centrifugação de uma unidade de sangue total ou por aférese de doador único; • 5min a 30 min CRIO= crioprecipitado: fração de plasma insolúvel em frio, obtida a partir do plasma fresco congelado, contendo glicoproteínas de alto peso molecular, principalmente fator VIII, fator XIII e fibrinogênio; • 30min a 1 h PF= plasma fresco: plasma separado de uma unidade de sangue total por centrifugação, ou obtido por aférese • 30 min a 2 hs RESOLUÇÃO - RDC N° 34, DE 11 DE JUNHO DE 2014 Dispõe sobre as Boas Práticas no Ciclo do Sangue. • Parágrafo único. A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que a instalou durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira do leito. • Art. 144. O serviço de saúde que realiza procedimento transfusional deve manter, no prontuário do receptor, os seguintes registros relativos à transfusão: I - data; II - horário de início e término; III - sinais vitais no início e no término; IV - origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos; V - identificação do profissional que a realizou; VI - registro de reações adversas, quando for o caso enf_sara IMUNIZAÇÃO A imunização é o processo pelo qual uma pessoa se torna imune ou resistente a uma doença infecciosa, normalmente pela administração de uma vacina. • As vacinas estimulam o próprio sistema imunológico do corpo a proteger a pessoa contra infecções ou doenças posteriores. Vacinas • ERRADICADA – A varíola foi considerada erradicada no dia 8 de maio de 1980 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). • ELIMINADA – Poliomielite: O poliovírus 2 e 3 foram eliminados e estão erradicados na maioria dos países ocidentais, porém ainda não em todo o mundo. • CONTROLADA – Sarampo: O sarampo havia sido eliminado, porém após duas décadas fora de circulação endêmica no país, em 2019 foi reintroduzido devido a falta de vacinação da população. – Difteria: É uma infecção grave que acomete o nariz e a garganta. A presença de membranas no trato respiratório que se destacam pode levar a insuficiência respiratória aguda e morte. A toxina produzida pela bactéria causadora da difteria pode também agir a distância, levando a quadros de miocardite (inflamação do músculo do coração) e neurite (inflamação de nervos). – Tétano: Infecção grave causada por bactéria que causa espasmos musculares dolorosos. É comum acontecerem fraturas devido a essas contrações musculares. Mesmo com todo o acesso a cuidados hospitalares, 50% das pessoas com tétano evoluem para a morte em nossos dias. – Rubéola: Infecção viral contagiosa, caracterizada por erupção vermelha na pele. Seu maior risco é quando acomete uma gestante suscetível, podendo infectar o feto e causar a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). Na SRC, o bebê pode nascer com má formação cardíaca, surdez, cegueira devido a catarata congênita e apresentar atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Doenças evitáveis com a vacinação (TODAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA) – Tuberculose; – Difteria; – Tétano; – Coqueluche; – Poliomielite; – Influenza (Gripe); – Hepatite A; – Hepatite B; – Sarampo; – Caxumba; – Rubéola; – Varicela; – Infecções por Haemophilus influenzae tipo b (Hib); – Doença Pneumocócica; – Meningite causada pelos sorogrupos A, B, C, W e Y; – Febre amarela; – Rotavírus; – Infecções e cânceres causados pelo papilomavírus humano (HPV). • COVID-19 HISTÓRIA • O inglês Edward Jenner, em 1796 observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. • Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus humano tinham uma versão mais suave da doença, ele recolheu o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço de um garoto. • O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida. • A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. • Semanas depois, ao entrar em contato com o vírus da varíola, o pequeno passou sem sintomas pela doença. • Foi descoberta assim a propriedade de imunização. ➢ O termo "vacina" seria, portanto, derivado de "vaca" IMUNIZAÇÃO É a capacidade do organismo reconhecer o agente causador da doença e produzir anticorpos a partir da doença adquirida ou por meio da vacinação, ficando protegido temporária e permanentemente. enf_sara IMUNIZAÇÃO ATIVA = VACINA A proteção produzida pelo sistema imune da própria pessoa geralmente é permanente. O próprio organismo reage e produz o anticorpo, isso significa que o organismo está funcionando perfeitamente. A imunização ativa é produzida por um componente exógeno. Produz uma imunidade e memória imunológica semelhante à infecção natural, mas sem os riscos da doença. IMUNIZAÇÃO PASSIVA= IMUNOGLOBULINAS E SOROS Proteção transferida de uma pessoa (ou animal) para outras, ou seja, de outro organismo para outro. A proteção é temporária por um tempo indeterminado. Ex.: Mãe – filho (8° mês de gestação quando a mãe toma vacina Dupla adulto) vacina DT passa para o bebê e evita que ele tenha o tétano umbilical e na mãe o tétano puerperal ou neonatal. Ação - pela via placentária Hemoderivados e imunoglobulinas Proteção temporária Ex.: Leite materno como anticorpo natural até o 6º mês de vida. CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS Vacinas vivas atenuadas • Compostas de microrganismos vivos atenuados em laboratório, que devem ser capazes de multiplicarem-se no organismo hospedeiro para que possa ocorrer a estimulação de uma resposta imune. • Essa resposta imune ao microrganismo atenuado é idêntica à produzida pela infecção natural, pois o sistema imune é incapaz de diferenciar entre uma infecção pelo microrganismo vacinal e o microrganismo selvagem. • A multiplicação do microrganismo vacinal não costuma ser capaz de causar doença. – Exemplos de vacinas vivas atenuadas: Sarampo, caxumba, rubéola, pólio- Sabin, febre amarela, varicela e BCG . – Administração: Oral e IM – Contra indicadas para imunodeprimidos e gestantes Vacinas inativadas (morta) • Compostas de microrganismos inativados, o que significa que estes não mais seencontram vivos, logo incapazes de multiplicarem-se. • Necessidade de adjuvantes!!!(substâncias químicas derivadas de mertiolate (MMR), mercúrio (Influenza) ou alumínio (HPV, HBV), óleos (lipossomas) ) • Administração: IM • Necessidade de doses de reforço – Exemplos de vacinas inativadas: DPT,hepatite A, hepatite B, raiva, pólio-Salk, pneumococo, meningococo, influenza, haemophilus do tipo-b, febre tifóide, cólera, COVID-19 (CoronaVac). Vacinas produzidas por recombinação genética • As produzidas através de técnicas modernas de biologia molecular e engenharia genética. • Os progressos no fabrico de vacinas e a necessidade de simplificar os programas de vacinação, tem conduzido à combinação de vacinas contra agentes diferentes. • Estas vacinas dizem-se combinadas ou polivalentes. e são designadas em função do número de componentes. – Por exemplo, a DTP é trivalente, a DTP-Hib é tetravalente, a pentavalente garante a proteção contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. Vacina Viral Recombinante • Vetores virais recombinantes (VVR) são constituídos por vírus não patogênicos, altamente atenuados, que são capazes de produzir antígenos de outros patógenos quando inoculados em indivíduos vacinados. • Vários VRRs já foram desenvolvidos nos últimos anos, tais como Orthomyxovírus, Adenovírus, Poxvírus e Influenza. • Por serem vetores vivos, indivíduos imunizados com estes vetores desenvolvem ampla gama de respostas imunológicas. – COVID -19 (AstraZeneca e Janssen)- O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2. Vacina de RNA mensageiro (mRNA) • Carregam uma parte do código genético do vírus que contém as instruções para que as células do corpo produzam determinadas proteínas. Ou seja, elas atuam introduzindo nas células do organismo a sequência de enf_sara RNA mensageiro que contém a fórmula para que essas células produzam uma proteína específica do agente que se quer imunizar. • Uma vez que essa proteína seja produzida dentro das nossas células, ela é exposta ao nosso sistema imunológico que reconhece essas estruturas como estranhas e ativa as células de defesa para agirem contra ela. – COVID-19 (Pfizer) NÚMERO DE DOSES DE UMA VACINA • As vacinas vivas atenuadas geralmente produzem imunidade prolongada com uma única dose; exceção à vacina oral da poliomielite. • As vacinas inativadas requerem múltiplas doses para produzir imunidade e, eventualmente, necessitam de uma dose de reforço para a manutenção da imunidade. Intervalo entre doses de uma mesma vacina • Não existe um intervalo máximo entre as doses de uma mesma vacina. Assim sendo, apesar de cada vacina possuir seu próprio intervalo de tempo recomendável entre as doses. • No caso desse intervalo ter sido ultrapassado, não existe a indicação de se reiniciar nova vacinação e deve-se administrar as doses subsequentes da vacina. • Por outro lado, a não obediência do intervalo mínimo permitido entre as doses pode implicar em redução da eficácia da vacina. • Intervalo mínimo e intervalo ideal. SE JÁ TEM DOSE ATRASADA, NUNCA COMEÇAR ESQUEMA DO ZERO, SÓ COMPLETAR O ESQUEMA!!!!! Aplicação simultânea e não simultânea de diferentes vacinas Não existe contraindicação à administração simultânea de quaisquer vacinas. A administração não-simultânea de diferentes vacinas deve seguir os seguintes intervalos entre elas: ● Duas vacinas vivas atenuadas Esperar 2 semanas. EVENTOS ADVERSAS DAS VACINAS • Reações locais =são as mais frequentes e incluem dor, edema e eritema no sítio de injeção. Essas reações geralmente são leves e autolimitadas. • Reações sistêmicas = incluem febre, mal-estar, rash cutâneo, mialgias, cefaleia e anorexia. Esses sintomas são considerados como uma “doença” leve provocada pela multiplicação do microrganismo da vacina. CONTRAINDICAÇÕES GERAIS À VACINAÇÃO: • Alergia grave a uma dose prévia da vacina • Alergia grave a um dos componentes da vacina • Doença aguda moderada à grave ➢ Observação: As vacinas contra influenza (gripe) e febre amarela não são recomendadas a indivíduos alérgicos à proteína do ovo de galinha. ● Contraindicações às vacinas vivas atenuadas : • Gravidez • Imunossupressão • Transfusão recente de produtos sanguíneos ● Contraindicações à vacinação BCG: • Todas relativas às vacinas vivas atenuadas • Criança com peso < 2 Kg CUIDADOS COM IMUNOBIOLÓGICOS 1. Prazo de validade 2. Conservação (Temperatura) 3. Transporte 4. Armazenamento 5. Dose 6. Coloração da Vacina 7. Diluição 8. Tempo de Validade após diluição REDE DE FRIO CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Rede de Frio • Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações, e deve ter as condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é administrada. enf_sara CONSERVAÇÃO • Nível Nacional, Central e Estadual: Câmaras frias a - 20º C • Nível Regional e Municipal: Freezer a – 20º C • Nível Local: geladeiras entre +2º C a +8º C !!! ➔ Laboratório produtor ● Instância local câmara fria Transporte caixa térmica ● Instância estadual camera fria e freezers Transporte caixa térmica ● Instância regional geladeira e freezers Transporte caixa térmica ● Instância Local geladeira e caixa ➔ Bebezinho S2 Equipamentos Refrigeradores ou geladeiras são equipamentos de uso doméstico que na Rede de Frio são destinados à estocagem de imunobiológicos em temperaturas positivas + 2 ºC e + 8º C!!!! sem sofrer perda de potência ( em armazenamento) Geladeira Ordem: Congelador: gelo reciclável(serve caso falte energia) 1. Primeira prateleira: vacinas que podem ser submetidas a temperatura negativa (bandejas perfuradas) 2. Segunda prateleira: Termômetro com maxima e minima (em pé ou fixado com barbante) Vacinas que podem ser submetidas a temperaturas negativas 3. Terceira prateleira: estoque de vacinas soros e diluentes Prateleira inferior : garrafas com água e corante Não colocar nada na porta !!! NÃO COLOCAR COMIDA JUNTO NÉ GENTE ;) Não devem ser usadas geladeiras duplex (evaporadores separados do restante) e/ou frigobar. O evaporador desse tipo de geladeira não é elemento de segurança contra as bruscas elevações de temperatura em caso de defeito ou falta de energia elétrica, vez que não se localiza no compartimento destinado ao armazenamento. • O congelador do frigobar não produz gelo na quantidade necessária, bem como não possui espaço físico suficiente para armazenamento de bobinas de gelo reciclável. Desta forma, não dá segurança contra as bruscas elevações de temperatura em caso de defeito ou falta de energia elétrica. E ainda a espessura do isolamento das paredes do frigobar facilita a troca de calor com o ambiente externo. Caixa Térmica São equipamentos manter a temperatura de conservação dos imunobiológicos entre +2°C e +8°C por um determinado período de tempo. É recomendável as de poliuretano enf_sara Bobinas de Gelo Reciclável - GELOX São constituídas por um frasco plástico (geralmente polietileno), contendo hidroxietil celulose em concentração comestível, conservante e água (gelo reciclável de gel); ou apenas água e conservante (gelo reciclável de água). COMO COLOCAR NA CAIXA TÉRMICA? 1. retirar do freezer estando entre -15°C a -20°C 2. Colocar gelo em mesa até desaparecer névoa Monitorando com termômetro 3. Colocar uma no fundo, nos 4 lados, colocar caixa de imunobiológico e um gelox de “tampa” TERMÔMETRO MÍNIMA E MÁXIMA Filete Azul: de um lado Mínima do outro Maxima Mercúrio: T momento CONTROLE TERMÔMETRO CABO EXTENSÃO Coluna de mercúrio, cada traço 1°C tem cabo extensor com sensor/bulbo 5 CALENDÁRIOS VACINAIS 1. CRIANÇA 2. ADOLESCENTE 3. ADULTO 4. GESTANTE 5. IDOSO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DAS VACINAS 1. profissional certo 2. usuário certo 3. triagem certa 4. momento certo 5. higienedas mãos 6. vacina certa 7. apresentação e validade certa 8. segunda e agulha certa 9. dose certa 10. via de administração certa 11. tempo de administração ceto 12. orientação pós-vacinal certa 13. registro certo 14. descarte certo CUIDADOS NA VACINAÇÃO • Posicionamento e conforto: acomodar confortavelmente o cliente, de forma segura conforme a idade, nível de atividade e local de administração. • Medidas para minimizar a dor: intervenções psicológicas (distração), por meio de músicas, livros, ingestão de líquidos com sabor doce ou a amamentação, sequência de injeções (realizar a mais dolorosa por último), estimulação tátil. • Medidas para minimizar sinais flogísticos à vacina: compressão de água fria nas primeiras 24 horas. • Medidas para evitar sangramentos pós-vacinação: comprimir com algodão seco por cinco minutos após aplicação da vacina. SALA DE VACINA • Aproveitar oportunidades; • Usar o bom senso enf_sara Estatuto da Criança e do Adolescente Adolescência: período de grandes mudanças biológicas e psicossociais. Maior vulnerabilidade dos adolescentes a ISTs, uso de drogas e violência sexual. LEI Nº 8.069 DE 13 DE JULHO DE 1990 • Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. – Constituição Federal garantiu vários Direitos aos cidadãos, inclusive às crianças. 1990 = ECA, reforçou, organizou e detalhou os direitos que têm a ver com a criança e o adolescente. 1979 : Elaboração da Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da ONU. 1985 : Fim da Ditadura Militar e Movimento Nacional dos meninos e meninas de rua. 1987 : Elaboração da emenda “Criança prioridade Nacional” 1989 ; Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da ONU 1990 : Elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) • O ECA, ou Lei 8.069 de 1990, é um conjunto de normas jurídicas que complementa o artigo 227 da Constituição Brasileira. • Instaurou direitos para todas as crianças e adolescentes, entendendo-os como sujeitos de direitos e garantindo um atendimento integral, que leva em conta as diversas necessidades desse público. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. ** Criança : 0 a 12 anos(11 anos,11meses e 29 dias) Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. OMS: adolescência como a 2ª década da vida: 10 a 19 anos e juventude como período entre 15 e 24 anos de idade. Código Civil: 18 anos para a prática de todos os atos da vida civil. A maioridade civil poderá ser alcançada para maiores de 16 anos em face de alguns atos (emancipação, casamento, exercício de emprego público efetivo, etc...) Lei 8.080/90 – III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; – IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; – V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do SUS, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. enf_sara Direitos Fundamentais 1. Direito à Vida e à Saúde 2. Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade 3. Direito à Convivência Familiar e Comunitária 4. Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer 5. Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho Recomendações do MS • Qualquer exigência, como a obrigatoriedade da presença de um responsável para acompanhamento no serviço de saúde, que possa afastar ou impedir o exercício pleno do adolescente de seu direito fundamental à saúde e à liberdade, constitui lesão ao direito maior de uma vida saudável. • Caso a equipe de saúde entenda que o usuário não possui condições de decidir sozinho sobre alguma intervenção em razão de sua complexidade, deve, primeiramente, realizar as intervenções urgentes que se façam necessárias, e, em seguida, abordar o adolescente de forma clara a necessidade de que um responsável o assista e o auxilie no acompanhamento. Recomendações gerais FEBRASGO (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) O médico deve reconhecer o adolescente como indivíduo progressivamente capaz e atendê-lo de forma diferenciada. A ausência dos pais ou responsáveis não deve impedir o atendimento médico do jovem, seja em consulta de matrícula ou nos retornos. Em situações consideradas de risco (por exemplo: gravidez, abuso de drogas, não adesão a tratamentos recomendados, doenças graves, risco à vida ou à saúde de terceiros) e frente à realização de procedimentos de maior complexidade (por exemplo, biópsias e intervenções cirúrgicas), torna-se necessária a participação e o consentimento dos pais ou responsáveis. Recomendações PN DST/Aids Situações em que os exames anti-HIV estão indicados para adolescentes: No caso de adolescente, este pode decidir sozinho pela realização do exame, desde que o profissional de saúde avalie que ele é capaz de entender o seu ato e conduzir-se por seus próprios meios. O adolescente deverá ser estimulado a compartilhar o que lhe acontece com os seus responsáveis ou com adulto(s) em quem confie e que possa servir-lhe de suporte. Código de ética do médico – É vedado ao médico: Art. 103 – Revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-los, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente. Código de Ética do Profissional de Enfermagem – Art. 27 - Respeitar e reconhecer o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu tratamento e seu bem-estar. – Art. 28 - Respeitar o natural pudor, a privacidade e a intimidade do cliente. – Art. 29 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional, exceto nos casos previstos em Lei. Garantir direitos ao adolescente (menores de 18 anos), nos serviços de saúde, independente da presença de seus responsáveis, é elemento indispensável para a melhoria da qualidade da prevenção, assistência e promoção de sua saúde enf_sara Segurança do Paciente e Administração de Medicamentos Portaria Nº 529/2013 – Criação do PNSP Conceitos relacionados a segurança do paciente: Segurança do paciente : a redução do risco de danos desnecessários relacionados com os cuidados de saúde, para um mínimo aceitável Dano à saúde: qualquer lesão física ou psicológica, sofrimento, prejuízo à estrutura ou função do corpo e até mesmo morte. Incidente: Eventos que levam ou têm a possibilidade de causar danos não intencionais ao paciente.Evento adverso: incidente que resulta em dano ao paciente. quase eventos/quase erros/near-miss: Incidente que não chega ao paciente Tipos de Acidente: Administração clinica: erros na passagem de plantão, transferência de cuidados, identificação do paciente, alta Procedimento clínico: erros em intervenções e procedimentos, diagnósticos, contenção física Infecções associadas aos cuidados de saúde: infecção relacionadas a feridas pós operatórias, sondas e cateteres Medicações e Fluidos EV: erros na prescrição, via de administração,medicamento fora da validade e reação medicamentosa Sangue e Hemoderivados: paciente errado, quantidade errada, hemoderivado errado, reação transfusional Comportamento (paciente ou profissional): agressão física ou verbal, imprudência, evasão, falta ao trabalho Acidentes do paciente: quedas, lesões físicas em geral BÔNUS: outros tipos: ➔ Documentação ➔ Dieta/alimentação ➔ Oxigénio/gás/vapor ➔ Dispositivo/equipamento médico ➔ Infraestrutura/edifício/instalações METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE 1. Identificação correta do paciente; 2. Comunicação efetiva entre os profissionais da saúde; 3. Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; 4. Cirurgia segura; 5. Reduzir o risco de infecções associadas ao cuidado de saúde; 6. Reduzir o risco de quedas e lesões por pressão. Identificação correta do paciente Garantir que o paciente seja corretamente identificado, principalmente antes da realização de procedimentos com algum grau de risco (exemplo: administração de medicação ou hemocomponente, coleta e realização de exames e procedimentos cirúrgicos). Prevenir o risco: evitar que procedimentos sejam realizados no paciente errado. Comunicação efetiva entre os profissionais da saúde Garantir que as informações sobre um paciente sejam adequadamente comunicadas entre os membros da equipe profissional. Prevenir o risco: evitar a fragmentação do cuidado, perdas de informação e passagem de informações equivocadas Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos Garantir que os medicamentos sejam prescritos, administrados pela via correta, na dose certa, para o paciente correto. Prevenir o risco: administração inadequada do medicamento. Observar reações não previstas e agir prontamente. Cirurgia segura Utilizar os checklists para garantir que a cirurgia seja feita no paciente, no órgão, região corporal correta, checando os recursos e procedimentos. Prevenir os riscos: cirurgia em paciente e local errado, perda de instrumental ou gaze dentro da incisão. Reduzir o risco de infecções associadas ao cuidado de saúde enf_sara Instituir a correta higiene das mãos e a esterilização de produtos e materiais. Prevenir risco: contaminações e infecções. Reduzir o risco de quedas e lesões por pressão Utilizar recursos estruturais, práticas ambientais e envolver o paciente para reduzir a possibilidade de queda. Prevenir riscos: Aplicar práticas de prevenção de lesão por pressão (exemplo: mudança de decúbito periódica). ERRO DE MEDICAÇÃO: Falha não intencional no processo de tratamento farmacológico que leva ou tem potencial para prejudicar o paciente PROCESSO DA MEDICAÇÃO: 1. Prescrição O médico deve prescrever um apropriado medicamento para uma determinada situação clínica, levando em consideração os fatores individuais do paciente. O prescritor deve selecionar a via de administração, a dose, o tempo e o regime de administração mais adequados. ERROS: Conhecimento inadequado sobre as indicações, contra indicações, interações e incompatibilidades medicamentosas podem ocasionar uma prescrição inadequada de um medicamento. Falhas em considerar fatores físicos, cognitivos, emocionais e sociais, como alergias, gravidez e comorbidades podem ocasionar o erro de prescrição de um medicamento. Medicamento prescrito para o paciente errado. Medicamento prescrito na dose errada. Medicamento prescrito na via de administração errada. Medicamento prescrito na frequência errada. Não ter prescrito o medicamento conforme a indicação clínica. 2. Dispensação O farmacêutico irá transcrever e verificar a prescrição médica e em seguida, escolherá o medicamento e documentar o processo ERROS: Dispensação do medicamento errado (tipo de medicamento errado ou para via de administração ou dose erradas) Dispensação do medicamento para o paciente errado Dispensação do medicamento no horário errado. Não ter sido dispensado o medicamento. 3. Administração Administrar um medicamento inclui ter disponível um medicamento certo, na dose certa, para a via certa e na validade correta. A administração dos medicamentos ainda inclui a necessidade de verificar se o paciente apresenta alergias ou reações adversas aos medicamentos prescritos. ERROS: Medicamento administrado no paciente errado. Medicamento administrado na dose errada. Medicamento administrado na via de administração errada. Medicamento administrado no horário errado. Medicamento ter sido infundido no tempo errado. Não administrar o medicamento. Documentação inadequada quanto à administração do medicamento. 4. Monitoramento Avaliar clinicamente o paciente no intuito de determinar as alterações orgânicas em decorrência do medicamento administrado. ERROS: Falha de monitoramento quanto aos efeitos colaterais ou adversos após ter sido administrado um medicamento ou mesmo durante a infusão de um medicamento. Multifatorial: Fatores relacionados aos pacientes: diversas comorbidades, uso contínuo e simultâneo de vários medicamentos, prescrição de medicamentos realizados por mais de um médico (cópia e cola), pacientes com prejuízos cognitivos, pacientes com falhas de comunicação, pacientes inconscientes, crianças e recém nascidos e pacientes que não falam ou não entendem o mesmo idioma do profissional de saúde. Fatores relacionados aos profissionais: enf_sara inexperiência profissional e/ou falta de conhecimento, situações de emergência, excesso de atividades, múltiplas interrupções, cansaço, falta de vigilância, falha nas rotinas de dupla checagem das medicações, falha de comunicação e de cooperação na equipe de trabalho. Fatores relacionados ao local de trabalho: ausência de cultura de segurança, armazenamento inadequado dos medicamentos (medicamentos com nomes similares ou aparência similar armazenados em locais próximos), ausência de sistemas eletrônicos de compartilhamento de dados clínicos dos pacientes. Fatores relacionados aos medicamentos: similaridades dos medicamentos quanto a grafia ou aparência, dificuldade na leitura das informações dos medicamentos (nome dos medicamentos, dose, via de administração e validade). Fatores relacionados aos equipamentos: conectores similares para diferentes vias de administração dos medicamentos, uso inadequado de dispositivos eletrônicos de infusão (BI) ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO ● Revisão técnica das prescrições verificação de possíveis discrepâncias referentes às doses máxima e mínima, intervalo de administração, via de administração incompatível, interações medicamentosas graves, possibilidades de sugestão de alternativas terapêuticas para itens em falta, duplicidade farmacêutica, dados que geram dúvida, entre outros. ● Aprazamento planejamento dos horários e intervalos de administração de medicamentos, normalmente realizado pela equipe de enfermagem, e serve como a primeira revisão da prescrição. ● Distribuição e dispensação de medicamentos atividade normalmente realizada pelo farmacêutico. ● Ambiência/comunicação ambiente limpo e seguro (boa iluminação, baixo nível de ruídos, boa ventilação, espaço físico e mobiliário/materiais adequados e uso das precauções padrão de higiene. Os medicamentos perigosos devem ser armazenados separadamente ● Relação com o paciente Oferecer conhecimento ao paciente sobre o medicamento, seu uso, via de administração, reações adversas, são orientações que contribuem com a segurança e incentivam o autocuidado. ● Preparo e administração de medicamento A administração de medicamentos exige conhecimento técnico científico,
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