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Aula 01 Sintaxe da oração Pontuação Equivalência e transformação de estruturas

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Aula 01
Português p/ PM-DF (Soldado) - Com videoaulas
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror
Português para PMDF 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 1 
 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 86 
Aula 1: Sintaxe da oração. Pontuação. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. O que é sintaxe? 1 
2. Pontuação com adjunto adverbial “solto” 18 
3. Palavras denotativas 40 
4. Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal 25 
5. O que devo tomar nota como mais importante? 65 
6. Lista das questões apresentadas 66 
7. Gabarito 87 
 
Olá, pessoal! 
 Gostaria de agradecer por sua presença no curso. Digo a você somente 
uma coisa: se estiver motivado a estudar bastante, sua aprovação é certa!!!!! 
 Procuraremos elucidar a você tudo aquilo que é necessário para a prova. 
Vale ressaltar que a banca não cobra muitas questões envolvendo a 
sintaxe da oração pura e simplesmente, mas a base desse conhecimento vai 
nos ajudar bastante mais à frente, por isso inseri questões de outras bancas 
para não termos dúvidas e assim estudarmos com foco na prática. 
Falaremos da sintaxe da oração, com a seguinte pergunta: 
O que é sintaxe? 
A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. Cabe 
entender basicamente que uma oração deve ter um verbo e este verbo 
normalmente se flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e 
relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. 
Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na 
estrutura SVO (sujeitoĺverboĺcomplemento). 
1. O candidato realizou a prova. 
 2. duvidou do gabarito. 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 4. tem certeza de sua aprovação. 
 5. viajou. 
 6. estava tranquilo. 
 
 
 sujeito 
predicado 
Português para PMDF 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 1 
 
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Agora, vamos identificar os principais termos da oração. Veja a relação 
do verbo dentro do predicado. Nas frases de 1 a 4, os verbos “realizou”, 
“duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam dos vocábulos posteriores para terem 
sentido na oração, por exemplo: realizou o quê?, duvidou de quê?, enviou o 
quê? a quem?, tem o quê? 
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para 
terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o 
complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não 
consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa 
forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” 
e “certeza” completam o sentido destes verbos. 
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um 
obstáculo. Havendo uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a 
preposição, o trânsito é livre, direto. 
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o 
termo que vem em seguida é seu complemento verbal direto. Já o 
complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o trânsito está dificultado 
(indireto) tendo em vista a preposição “de”. 
Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é 
chamado de transitivo direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida 
pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é transitivo indireto (VTI) e seu 
complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos pelo 
verbo: um(direto) e outro(indireto). 
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o 
complemento verbal direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal 
indireto é o objeto indireto(OI). 
 
Como entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois 
necessita de um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo 
de “Regência”, pois ele exige, rege o complemento. Se é um verbo que exige, 
é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo na gramática que trabalha 
só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), a qual 
aprofundaremos nas próximas aulas. Mas agora cabe apenas entender a 
estrutura abaixo. 
Veja: 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
 2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
 
Regência Verbal 
sujeito predicado 
Português para PMDF 
Teoria e exercícios comentados 
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Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter 
transitividade. Nomes como certeza, obediência, dúvida, longe, perto, fiel, etc 
são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para 
terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a 
alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é 
fiel a algo ou a alguém. 
 
Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual 
é chamado de complemento nominal (CN). 
 
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito 
na frase; por exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante, 
podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome “longe” deixou de ser 
transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por 
isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o 
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. 
 
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do 
verbo. Se há um nome que exige complemento, então temos a Regência 
Nominal. Veja a frase 4: 
 
 
 
 
 4. O candidato tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
 
 
 
 
Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A 
expressão “de sua aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o 
nome “certeza”: certeza de sua aprovação. 
 
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para 
descobrirmos quais preposições iniciam o complemento nominal. 
 
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 
(VTD + OD + CN). 
 
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum 
complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura 
posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas 
circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o 
candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como 
viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o 
valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas 
há mais e veremos isso adiante. Então veja como ficaria: 
sujeito predicado 
Regência Nominal 
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O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho. 
 
 
 
 
O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode 
aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos 
inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, poderíamos inserir o 
adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”. 
 
Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e 
sem transitividade (VI). Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, 
dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do predicado, 
assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura: 
 
Predicado verbal = VTD + OD 
 VTI + OI 
 VTDI + OD + OI 
 VI 
 
Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbiale 
complemento nominal em todos eles. 
 
Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação. 
Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. 
O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se 
flexiona de acordo com ele. O verbo “estava” serve para ligar esta 
característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo 
que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. 
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se 
flexiona de acordo com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o 
predicativo seria “tranquila". A essa flexão de um predicativo em relação ao 
sujeito damos o nome de Concordância Nominal. Na gramática, há um 
capítulo só para a concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação 
ao sujeito é um dos pontos principais, mas isso veremos em nossas próximas 
aulas. 
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu 
predicado é chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: 
Predicado Nominal = VL + predicativo 
O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também 
pode fazer parte do predicado verbo-nominal; e isso será visto adiante. Por 
enquanto, é importante entender a seguinte estrutura: 
sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv 
tempo 
Adj Adv 
modo 
Adj Adv 
causa 
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1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
4. tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
5. viajou. 
 VI 
6. estava tranquilo. 
 VL + predicativo 
 
 
 
 
 
 
É muito importante perceber que entre os termos básicos acima, não há 
vírgula. 
 Vamos praticar um pouco?!!! 
 
Questão 1: FBN 2013 – Assistente Administrativo (banca FGV) 
Os verbos de estado podem significar estado permanente, estado transitório, 
mudança de estado, aparência de estado e continuidade de estado. Assinale a 
alternativa em que o valor dado ao verbo sublinhado está incorreto. 
(A) “Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros 
cada vez mais vorazes de velocidade,...” / mudança de estado. 
(B) “Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei 
encantada!” / continuidade de estado. 
(C) “E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio...” / estado 
permanente. 
(D) “Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha...” / aparência 
de estado. 
Comentário: Vimos na teoria que o verbo “virou” tem sentido de mudança de 
estado, que o verbo “é” tem sentido de estado permanente e que o verbo 
“parecia” tem sentido de estado aparente. Assim, restou a alternativa (B) 
como a errada, pois “fiquei” transmite o sentido de mudança de estado, e não 
continuidade. 
Gabarito: B 
 
 
sujeito predicado 
Concordância verbal 
Concordância nominal 
Regência verbal 
Regência nominal 
Predicado 
Nominal 
Predicado 
Verbal 
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Questão 2: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV) 
Sobre a estrutura sintática do período “Quem vive e estuda problemas, ajuda 
a achar soluções” a única alternativa com uma afirmação correta é 
(A) o período é composto por coordenação. 
(B) o pronome “quem” exerce a função de sujeito. 
(C) o termo “problemas” exerce a função de predicativo. 
(D) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto. 
(E) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes. 
Comentário: A alternativa (A) está errada e veremos na aula posterior que 
este período, apesar de possuir a conjunção coordenativa “e” iniciando a 
segunda oração, não é composto apenas por coordenação, mas também por 
subordinação haja vista a última oração ser subordinada. 
 A alternativa (B) é a correta, haja vista que os verbos “vive” e “estuda” 
fazem referência ao sujeito “Quem”. 
 A alternativa (C) está errada, pois o termo “problemas” é objeto direto 
dos verbos “vive” e “estuda”. Assim, entendemos a hipótese de alguém viver 
problemas e os estudar. Com base nisso, também sabemos que a alternativa 
(E) está errada. 
 A alternativa (D) está errada, pois o termo “soluções” é objeto direto do 
verbo “achar”. 
Gabarito: B 
 
Questão 3: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV) 
Como surgiu a linguagem humana? Galileu, junho 2008 
Embora não exista uma resposta fechada para a pergunta, há alguns 
experimentos e teorias que sugerem que o início do processo se deu entre os 
antepassados do Homo Sapiens, há 1,5 milhão de anos. A hipótese mais 
considerada pelos especialistas para o início da linguagem é a antropológica. 
Segundo ela, o processo resultou da necessidade do homem, além de se 
comunicar socialmente, garantir sua sobrevivência. (adaptado) 
No texto, a norma culta NÃO é rigorosamente respeitada no seguinte 
segmento: 
(A) “há alguns experimentos e teorias”; 
(B) “há 1,5 milhão de anos”; 
(C) “o processo resultou da necessidade do homem”; 
(D) “o início do processo se deu”; 
(E) “além de se comunicar socialmente”. 
Comentário: A questão cobrou seu conhecimento de que não pode haver 
contração de preposição com o artigo diante de sujeito. Isso ocorre porque o 
sujeito não deve ser preposicionado. Isso é fácil perceber em construções, por 
exemplo, com o pronome “eu”. Veja bem: você falaria 
“Esta na hora deu sair” ou “Está na hora de eu sair”? 
 Com o pronome “eu” fica fácil perceber que o sujeito não pode ser 
contraído a uma preposição, pois sabemos que quem saiu fui eu, e não “deu”, 
concorda? 
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 Porém, quando há uma terceira pessoa, como “ele”, muita gente se 
esquece dessa máxima e acaba deixando a contração diante de sujeito: “Está 
na hora dele sair”. Essa construção não está rigorosamente de acordo com a 
norma culta. O certo seria: “Está na hora de ele sair”. 
 Veja que a alternativa (C) apresenta contração diante do sujeito “o 
homem”. Assim, o certo é: 
... resultou da necessidade de o homem (...) garantir sua sobrevivência. 
Gabarito: C 
 
Questão 4: CBTU 2014 Assistente de Manutenção (banca Consulplan) 
Sobre a estruturação sintática do período, “Regimes de exceção perpetuam 
privilégios, disseminam a injustiça, atrasam o desenvolvimento, 
comprometem as perspectivas de emancipação [...]”, é correto afirmar que 
A) é composto por quatro formas verbais, logo, quatro orações. 
B) o sujeito dos verbos não foi explicitado em nenhuma das orações. 
C) os verbos são intransitivos, por isso não exigem complemento verbal. 
D) os verbos não exigem complemento verbal, já que são transitivos diretos. 
Comentário: Esta questão nos cobra a ideia de que cada oração 
necessariamente terá um verbo. Assim, a alternativa (A) é a correta, pois o 
período é constituído dos verbos “perpetuam”, “disseminam”, “atrasam” e 
“comprometem”. Como são quatro verbos, então há quatro orações. 
 A alternativa (B) está errada, pois esses verbos possuem como sujeito o 
termo “Regimes de exceção”. Assim, o sujeito foi explicitado. 
 A alternativa (C) está errada, pois os verbos “perpetuam”, 
“disseminam”, “atrasam” e “comprometem” são transitivos diretos, eles 
possuem os complementos verbais “privilégios”, “a injustiça”, “o 
desenvolvimento” e “as perspectivas de emancipação”, respectivamente. 
 A alternativa (D) está errada, pois os verbos “perpetuam”, 
“disseminam”, “atrasam” e “comprometem”, justamente por serem transitivos 
diretos, exigem os complementos verbais“privilégios”, “a injustiça”, “o 
desenvolvimento” e “as perspectivas de emancipação”, respectivamente. 
Gabarito: A 
 
Questão 5: CBTU 2014 Assistente de Manutenção (banca Consulplan) 
No trecho “Nesse contexto está a advocacia, [...]”, observa-se que a ordem 
dos termos está invertida, pois, se tivessem organizados na ordem direta, a 
frase seria 
A) Está a advocacia nesse contexto. 
C) Nesse contexto a advocacia está. 
B) Está nesse contexto a advocacia. 
D) A advocacia está nesse contexto. 
Comentário: A ordem direta é o sujeito, seguido do verbo e seus possíveis 
complementos. No trecho original, há o adjunto adverbial “Nesse contexto”, o 
verbo intransitivo “está” e o sujeito “a advocacia”. Assim, todos os termos 
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estão invertidos. A ordem natural está expressa na alternativa (D). Veja: 
A advocacia está nesse contexto. 
 sujeito + verbo + adjunto adverbial 
Gabarito: D 
 
Questão 6: Campos-RJ 2012 Analista Legislativo (banca Consulplan) 
Considere o seguinte trecho: “... o ser humano é guiado por dois 
comportamentos básicos...”. Em qual das alternativas o termo destacado 
apresenta a mesma função sintática do termo sublinhado na frase anterior? 
A) “… há sempre uma dose de reflexão em cada um dos seus atos.” 
B) “… que atormentam o homem se embaralham e se cruzam…” 
C) “... mas pode-se melhorar a capacidade de raciocínio com a prática...” 
D) “... mas sempre explode dentro dele.” 
E) “... que cada indivíduo se torne autônomo...” 
Comentário: A alternativa (A) está errada. Veremos, na aula de 
concordância, que o verbo “haver”, no sentido de “existir”, não tem sujeito. 
Assim, o termo não preposicionado “uma dose de reflexão” é o objeto direto. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo “atormentam” é transitivo 
direto e o termo “o homem” é o objeto direto. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “melhorar” é transitivo direto 
e o termo “a capacidade de raciocínio” é o objeto direto. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “explode”, neste contexto, é 
intransitivo e o termo “dentro dele” é o adjunto adverbial de lugar. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “se torne” é de ligação, 
“autônomo” é o predicativo e o termo “cada indivíduo” é o sujeito. 
Gabarito: E 
 
Questão 7: Prefeitura Camaçari – 2010 – Analista (banca AOCP) 
Assinale a alternativa que NÃO apresenta a análise correta dos verbos. 
(A) "Há desconfiança em cima dos diretores e professores.” (verbo transitivo 
direto) 
(B) “Reconheço que a carga burocrática para os diretores é muito pesada.” 
(verbo de ligação) 
(C) “...qualquer compra exige três orçamentos...” (verbo transitivo direto) 
(D) "Diminuiu muito a papelada." (verbo transitivo direto) 
(E) “...mandar a planilha de bens patrimoniais ao setor de bens...” (verbo 
transitivo direto e indireto) 
Comentário: Veremos nas próximas aulas que o verbo “haver”, no sentido de 
existir, ocorrer, é transitivo direto e não possui sujeito. Por isso “desconfiança” 
é o objeto direto, e a alternativa (A) está correta. 
 A alternativa (B) está correta, pois “ser” é verbo de ligação. Note que 
“pesada” é o predicativo do sujeito. 
 A alternativa (C) está correta, pois “qualquer compra” é o sujeito, 
“exige” é verbo transitivo direto e “três orçamentos” é o objeto direto. 
 A alternativa (D) é a errada, pois o verbo “Diminuiu”, neste contexto, é 
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intransitivo. Seu sujeito é a expressão “a papelada” e “muito” é o adjunto 
adverbial de intensidade. Para se ter certeza disso, mude esse sujeito para o 
plural: Diminuíram muito as papeladas. Note que o verbo se flexionou de 
acordo com o seu sujeito. 
 A alternativa (E) está correta, pois o termo “a planilha de bens 
patrimoniais” é o objeto direto e “ao setor de bens” é o objeto indireto. Por 
esse motivo, o verbo “mandar” é transitivo direto e indireto. 
Gabarito: D 
 
Questão 8: Prefeitura Londrina 2011 Administrador (banca Consulplan) 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
Em “E, no entanto, as pessoas ainda sujam, e muito as cidades 
impunemente.”, o sujeito do verbo “sujam” é “as cidades”. 
Comentário: O verbo “sujam” é transitivo direto, o seu sujeito é “as pessoas” 
e o objeto direto é “as cidades”. Por isso, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 9: Prefeitura Camaçari – 2010 – Analista (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Mais do que salário, violência e espaço físico 
inadequado, a principal queixa dos diretores da rede municipal de São Paulo é 
o excesso de burocracia. A constatação foi feita em pesquisa do Sinesp 
(sindicato da categoria), que entrevistou em março 373 gestores. Destes, 53% 
se queixaram que gastam mais tempo com papéis e formulários do que com 
atividades pedagógicas – reuniões com os professores, por exemplo. Segundo 
os dirigentes, o problema é agravado pela falta de funcionários nas escolas. 
Salário foi apontado por 3% da amostra como um dos principais problemas; 
9% citaram violência e insegurança; e 38%, deficiências físicas das escolas. 
“Salário foi apontado por 3% da amostra como um dos principais problemas; 
9% citaram violência e insegurança; e 38%, deficiências físicas das escolas.” 
No texto, o sujeito da forma verbal citaram é 
(A) amostra, que também é o sujeito de 38%. 
(B) salário, que é retomado por 3% da amostra. 
(C) gestores, que é substituído, no texto, por dirigentes. 
(D) principais problemas, que é ‘retomado por 9%. 
(E) violência e segurança, mesmo sujeito de 38%. 
Comentário: O verbo “citaram” está flexionado no plural, tendo em vista a 
expressão “9%”. Assim, literalmente, este termo é o sujeito daquele verbo. 
 Mas a questão ampliou essa ideia. Contextualmente, o termo “9%” 
retoma o substantivo “dirigentes”, e este é sinônimo contextual de “gestores”. 
Essas palavras evidenciaram uma cadeia coesiva, evitando a repetição 
desnecessária do termo “gestores”. 
 Por isso, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
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Cabe agora aprofundarmos um pouco mais na relação dos termos para 
entendermos melhor a pontuação. Para isso, vamos ver a aplicação do verbo 
intransitivo. 
Intransitivo: Verbo que não exige complemento verbal. 
 Adoeci. 
 Fui à praia. 
verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar 
predicado verbal 
 
Na realidade, há dois tipos de verbos intransitivos. 
O primeiro diz respeito àquele que não exige nenhum termo que 
complemente seu sentido, como “Adoeci.”; “Juvenal morreu.”; “Um vendaval 
ocorreu.”. Esses verbos não necessitam de termo que os complete. Esse tipo 
de intransitividade mostra que o verbo por si só já transmite o sentido 
necessário; podendo o autor acrescentar termos acessórios para transmitir 
mais clareza ou ser mais pontual no sentido, por exemplo: “Adoeci por causa 
do mau tempo.”; “Juvenal morreu anteontem.” e “Um vendaval ocorreu 
aqui.”. 
Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que 
produza sentido. Se alguém diz que vai, tem que dizer que vai a algum 
lugar. Se alguém diz que voltou, tem que continuar a fala mostrando de 
onde voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de intransitividade com a 
transitividade indireta; mas há uma diferença muito grande, pois o termo que 
completa o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente 
circunstâncias de lugar ou modo. Veja: 
Vou a São Paulo. Vim de Manaus. Estou bem. 
O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele não transmite 
valores circunstanciaisde lugar ou de modo, sentidos que são demonstrados 
nos vocábulos “a São Paulo”, “de Manaus” e “bem”. Quando se quer saber se 
há circunstância de lugar ou modo, faz-se a pergunta “Onde?”, “Como?”, 
respectivamente. Assim, é importante notarmos os valores dos adjuntos 
adverbiais, que são demonstrados em sua maioria no uso das preposições, as 
quais serão enfatizadas a seguir. Didaticamente, podemos dividir o adjunto 
adverbial em dois tipos: 
Adjunto adverbial solto: O problema ocorreu, naquela tarde de sábado. 
Adjunto adverbial preso: Eu estou bem. 
 Eu estou em São Paulo. 
 Eu vim de São Paulo. 
Caro aluno, esta divisão dos adjuntos adverbiais é apenas didática, não é 
cobrada em prova dessa forma, mas entendermos isso é importante para a 
pontuação. Veja que não é comum vermos vírgula separando adjuntos 
adverbiais presos, como as três últimas frases. Já com o adjunto adverbial 
solto, é natural inserir a vírgula. Veja: 
O problema ocorreu, naquela tarde de sábado. 
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Adjunto adverbial: É o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o 
advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância qualquer. Abaixo listei para você o 
nome da palavra (morfologia) e a função que esta palavra desempenha na 
oração (sintaxe). 
 
 
morfologia artigo + substantivo verbo advérbio de 
intensidade 
 
 
 Os atletas correram muito. 
 
sintaxe 
adj adn + núcleo verbo intransitivo adjunto 
adverbial de 
intensidade 
 sujeito predicado verbal 
 período simples 
 
 
 
morfologia pronome + substantivo verbo + advérbio 
 de intensidade 
adjetivo 
 
 
 Seu projeto é muito interessante. 
 
sintaxe 
adj adn + núcleo VL + adj adverbial 
 de intensidade 
Predicativo do sujeito 
 sujeito predicado nominal 
 período simples 
 
 
 
morfologia artigo + substantivo verbo + advérbio de 
 intensidade 
advérbio 
 
 
 O time jogou muito mal. 
 
sintaxe 
 adj adn + núcleo VI + adj adverbial 
 de intensidade 
adjunto 
adverbial de 
modo 
 sujeito predicado verbal 
 período simples 
Observações: 
a) O adjunto adverbial pode ser representado por um advérbio, uma 
locução adverbial ou um pronome relativo (que será visto nas próximas aulas). 
Deixei o embrulho aqui. (advérbio) 
À noite conversaremos. (locução adverbial) 
A empresa onde trabalhei faliu. (pronome relativo) 
 b) Pode ocorrer elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de 
tempo e modo: 
Aquela noite, ela não veio. (Naquela noite) 
Domingo ela estará aqui. (No domingo) 
Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (De ouvidos atentos) 
Principais valores das locuções adverbiais, a depender da preposição e 
das locuções prepositivas nocionais: 
 
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1. assunto: 
sobre: conversar sobre política; falar sobre futebol. 
quanto a: Não nos expressamos quanto à fatalidade do acidente. 
2. causa: 
a: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a pedido 
dos amigos. 
ante: Ante os protestos, recuou da decisão. (Perceba que não há preposição 
“a” após “ante”. Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.) 
com: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação. 
de: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade. 
devido a: Encontrou seu futuro, devido a muito esforço. 
diante de: Diante de tais ofertas, não pude deixar de comprar. 
em consequência de: Em consequência de seu estudo eficaz, passou 
em primeiro lugar. 
em virtude de: Em virtude de muitas vaias, o show foi interrompido. 
em face de: O que o salvou, em face do perigo, foi sua habitual calma. 
(em virtude de) 
graças a: Graças ao estudo, passou no concurso. 
por: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem 
Esta preposição também pode ser entendida como em favor de: morrer pela 
pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu. Assim, não deixa de possuir 
valor causal. 
 
3. companhia: 
com: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos. 
4. concessão (contraste, oposição) 
apesar de: Foi à praia apesar do temporal. 
Obs.: Ocorre quando há uma oposição em relação ao verbo. Não se vai, 
normalmente, à praia em dia de temporal. 
com: Com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro. 
malgrado: Malgrado a chuva, fomos ao passeio. 
5. condição: 
Sem: Sem o empréstimo, não construiremos a casa. 
6. conformidade: 
a: puxar ao pai; escrever ao modo clássico; sair à mãe. 
conforme: Agiu conforme a situação. 
por: tocar pela partitura; copiar pelo original. 
7. lugar: 
a: (destino - em correlação com a preposição de): de Santos a 
Guarujá; daqui a Salvador. 
Obs.: Usa-se indiferentemente à/na página. Ex.: A notícia está à/na 
página 28 do jornal. Usa-se ainda a páginas, mas não as páginas ou às 
páginas. Ex.: A notícia está a páginas 28 do jornal. 
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ante: A verdade está ante nossos olhos; 
até: indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando 
substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da 
preposição a: 
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou 
Caminharam até à entrada do estacionamento. 
de: (relação de origem): vir de Madri. 
desde: dormir desde lá até cá. 
em: (estático): ficar em casa; o jantar está na mesa. 
Observação: 
O uso da preposição “em” com verbos ou expressões de 
movimento caracteriza coloquialidade (o que deve ser evitado na norma 
culta): chegar em casa, ir no supermercado, voltar na escola, levar as 
crianças na praia, dar um pulo na farmácia, etc. O correto é: chegar a 
casa; ir ao supermercado; voltar à escola; levar as crianças à praia; ir à 
farmácia. 
defronte: Ela mora defronte à igreja. 
em frente a: Em frente à escola estava ele. 
entre: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os 
aprovados. 
para: ir para Madri; apontar o dedo para o céu. 
perante: (posição em frente); perante o juiz, negou o crime. [Não use 
preposição “a” após “perante”: “perante a Deus”, “perante à juíza”. O correto é “perante 
Deus”, “perante a juíza”, “perante a menina”(a=artigo)] 
por: ir por Bauru, morar por aqui. 
sob: (posição inferior): ficar sob o viaduto. 
sobre: (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz; 
flutuar sobre as ondas; (direção): ir sobre o adversário. 
trás: no português atual, a preposição trás não é usada isoladamente; 
atua, sempre, como parte de outras expressões: nas locuções adverbiais “para 
trás” e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva 
“por trás de” (ficar por trás do muro). 
8. modo: 
a: bife à milanesa; jogar à Telê Santana. 
com: andar com cuidado; tratar com carinho. 
de: olhar alguém de frente, ficar de pé. 
em: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês. 
por: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por 
alto o que aconteceu. 
sem: indica a relação de ausência ou desacompanhamento: estar sem 
dinheiro; 
sob: sair sob pretexto não convincente. 
9. tempo: 
com: (simultaneidade): o povo canta, com os soldados, o Hino 
Nacional; com o tempo os frutos amadurecem. 
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de: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite; de 
pequenino é que se torce o pepino. 
desde: desde ontem estou assim. 
em: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em 
minutos, no ano 2000. 
entre: ela virá entre deze onze horas. 
para: ter água para dois dias apenas; para o ano irei a Salvador; lá 
para o final de dezembro viajaremos. 
por: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela 
manhã. 
sob: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II. 
 Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por 
outra, sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis 
alguns exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em 
frente a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto 
a/com/de. 
Questão 10: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV) 
“O governo foi acusado de estar encabeçando uma indústria de multas, devido 
ao grande número de notificações aplicadas”. 
As alternativas a seguir apresentam conectivo adequado para a substituição de 
“devido a”, à exceção de uma. Assinale-a. 
(A) “por causa do”. 
(B) “em função do”. 
(C) “em razão do”. 
(D) “graças do”. 
(E) “em virtude do”. 
Comentário: Vimos que “devido a” é uma locução prepositiva que transmite 
valor de causa. O mesmo ocorre com “por causa de”, “em função de”, “em 
razão de”, “em virtude de” e também com “graças a”. Note que esta locução 
termina com a preposição “a”, e não “de”, como sugere a alternativa (D), a 
qual está errada. 
Gabarito: D 
 
Questão 11: Câmara M Recife 2014 – Assistente Administrativo (banca FGV) 
“Isso se dá graças à tecnologia de informação”; a frase abaixo em que a 
expressão “graças a” está mal empregada é: 
(A) O Brasil progride graças a sua agricultura. 
(B) Os EUA são ricos graças ao trabalho de seu povo. 
(C) O automóvel derrapou graças ao óleo na pista. 
(D) O terrorismo não progrediu graças às reações. 
(E) O Brasil ganhou a Copa graças a seus bons jogadores. 
Comentário: A locução prepositiva “graças a” tem valor de causa. Mas 
devemos observar que “graças” tem relação a um benefício. Assim, não pode 
ser empregado como uma causa de tom negativo. 
 Na alternativa (A), a locução prepositiva “graças a” inicia o adjunto 
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adverbial de causa com um tom positivo, pois se entende que a agricultura 
contribuiu para a progressão do Brasil. 
 Na alternativa (B), a locução prepositiva “graças a” inicia o adjunto 
adverbial de causa com um tom positivo, pois se entende que o povo 
contribuiu com seu trabalho para a riqueza dos EUA. 
 Na alternativa (C), a locução prepositiva “graças a” inicia o adjunto 
adverbial de causa com um tom negativo, pois o óleo na pista causou um 
problema, uma derrapagem. Assim, devemos trocar “graças a” por qualquer 
uma das locuções prepositivas causais, como “devido a”, “por causa de” etc. 
 Na alternativa (D), a locução prepositiva “graças a” inicia o adjunto 
adverbial de causa com um tom positivo, pois se entende que as reações não 
deixaram o terrorismo progredir. 
 Na alternativa (E), a locução prepositiva “graças a” inicia o adjunto 
adverbial de causa com um tom positivo, pois se entende que os bons 
jogadores contribuíram para que o Brasil ganhasse a copa. 
Gabarito: C 
 
Questão 12: MAPA – 2014 – Agente Administrativo (banca Consulplan) 
Na expressão “Os cômodos são ridiculamente pequenos!”, o termo em 
destaque está diretamente ligado ao adjetivo “pequenos” e estabelece, na 
frase, uma relação de sentido de 
A) meio. B) causa. C) modo. D) intensidade. 
Comentário: Note que podemos entender que os cômodos são muito 
pequenos. Assim, há um advérbio de intensidade, cuja função sintática é 
adjunto adverbial de intensidade. Assim, a alternativa correta é a (D). 
 Você poderia ter ficado na dúvida quanto à possibilidade de ser modo, 
tendo em vista a terminação em “mente”, porém nem sempre essa terminação 
marcará o modo. Neste contexto, por exemplo, é fácil perceber a ideia de 
intensidade pela troca pelo advérbio “muito” ou “bastante”, ok?! 
Gabarito: D 
 
Questão 13: Pref Poço Redondo 2010 Assistente Social (banca Consulplan) 
No trecho “Os eventos, com efeito, são percebidos pelo repórter...”, NÃO 
acarreta mudança de sentido e/ou INCORREÇÃO gramatical a alteração: 
A) Com efeito, os eventos são percebidos pelo repórter... 
B) Os eventos com efeito, são percebidos pelo repórter... 
C) Os eventos com, efeito, são percebidos pelo repórter... 
D) Com efeito, os eventos, são percebidos pelo repórter... 
E) Os eventos com efeito são percebidos pelo repórter... 
Comentário: O termo “com efeito” é o adjunto adverbial de modo, o qual 
modifica a locução verbal “são percebidos” (Os eventos são percebidos 
como?). Por estar intercalado, recebe dupla vírgula. 
 Na alternativa (A), houve a antecipação desse adjunto adverbial, por 
isso recebeu vírgula e mantém o mesmo sentido. Assim, esta é a alternativa 
correta. 
 Como sabemos que esta expressão deve ficar separada por dupla 
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vírgula, eliminamos as alternativas (B) e (C). 
 Na alternativa (D), note o grosseiro erro da inserção de vírgula entre o 
sujeito “os eventos” e a locução verbal “são percebidos”. 
 Para analisarmos a alternativa (E), devemos entender que é normal um 
adjunto adverbial de pequena extensão, como o desta frase, ficar intercalado 
sem vírgulas, e não há erro gramatical nisso. Mas, no caso desta frase, 
perceba que a retirada da dupla vírgula fez com que a expressão “com efeito” 
deixasse de se ligar à locução verbal “são percebidos”, à qual era transmitida 
a circunstância de modo. Sem as vírgulas, esta expressão passou a 
caracterizar o substantivo “eventos”, sendo o seu adjunto adnominal. 
 Assim, há mudança de sentido. Não é qualquer “evento”, são aqueles 
que possuem efeito. Veja a diferença sintática e, por consequência, 
semântica: 
Os eventos, com efeito, são percebidos pelo repórter 
 sujeito + adj adv modo + loc verbal + agente da passiva 
 
 
Os eventos com efeito são percebidos pelo repórter 
 Sujeito loc verbal + agente da passiva 
 
 
Gabarito: A 
 
Questão 14: Prefeitura S.L. 2010 Advogado (banca Consulplan) 
A expressão destacada está corretamente analisada em: 
A) Cassem-se os direitos políticos dos analfabetos e semianalfabetos e 
pronto: cortou-se o mal pela raiz. (agente da passiva) 
B) No período colonial, só podiam eleger e ser eleitos os “homens bons”, 
curiosa e maliciosa expressão que transpõe um conceito moral – o de 
“bom” – para uma posição social. (objeto direto) 
C) A parte menos informada do eleitorado é em tese a mais sujeita à 
manipulação. (objeto indireto) 
D) Isso quer dizer que, para bem funcionar, exige crítica. (sujeito) 
E) No período colonial, só podiam eleger e ser eleitos os “homens bons”, 
curiosa e maliciosa expressão que transpõe um conceito moral – o de 
“bom” – para uma posição social. (adjunto adverbial de tempo) 
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque a expressão “pela raiz” é o 
adjunto adverbial de lugar (cortar o mal por onde?) 
 A alternativa (B) está errada, porque entendemos que somente os 
homens bons podiam eleger e podiam ser eleitos. Assim, “os ‘homens bons’” é 
o sujeito, e não o objeto direto. 
 A alternativa (C) está errada, porque o adjetivo “sujeita” exige o 
complemento nominal “à manipulação”. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “exige” é transitivo direto e o 
termo “crítica” é o objeto direto. Note que alguém exige a crítica, não é a 
crítica que exige algo. 
 A alternativa (E) é a correta, pois “No período colonial” transmite valor 
adjunto adnominal 
adjunto adnominal 
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de tempo, por isso é o adjunto adverbial de tempo. 
Gabarito: E 
 
Questão 15: Prefeitura C. V. 2010 Agente Comunitário (banca Consulplan) 
A expressão em destaque exerce, no trecho transcrito, a função sintática de: 
Quando eu passo no subúrbio 
Eu muito bem 
Vindo de trem de algum lugar 
A) Adjunto adnominal. B) Adjunto adverbial. 
C) Complemento nominal. D) Objeto direto. 
E) Objeto indireto. 
Comentário: Na oração “Eu muito bem Vindo de trem de algum lugar ”, o 
termo sublinhado é constituído do adjunto adverbial de intensidade “muito” e 
do adjunto adverbial de modo “bem”. Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 16: IBGE 2010 Codificador Censitário (banca Consulplan) 
“Segundo a pesquisa, isso significa que, naquele ano, 32,8 milhões de 
residências estavam em condições adequadas (57%).” A palavra “segundo” no 
trecho em destaque pode ser substituída, mantendo o mesmo sentido, por: 
A) De acordo com. B) Apesar de que. C) Contudo. 
D) Desta forma. E) Portanto. 
Comentário: O termo “Segundo a pesquisa” é um adjunto adverbial de 
conformidade. Como está deslocado, há vírgula. O mesmo sentido é 
preservado com a substituição da preposição acidental “Segundo” pela locução 
prepositiva “De acordo com”. 
Gabarito: A 
 
 
Questão 17: Pref Lagarto – 2011 – Médico (banca AOCP) 
Assinale a alternativa cuja expressão destacada NÃO funciona como sujeito. 
(A) “Sobre a evasão, o estudo mostra que o estudante deixa a escola...” 
(B) “O bullying não faz parte do levantamento...” 
(C) “Violência diminui chance de aluno ir bem na escola, diz estudo...” 
(D) “Tese de doutorado mostra que evasão escolar aumenta a criminalidade.” 
(E) “Essas escolas ficam, principalmente, em regiões ‘mais conturbadas’...” 
Comentário: Note que sujeito é o termo que não está preposicionado, é o 
termo de quem o verbo fala. Além disso, o verbo se flexiona de acordo com o 
sujeito. 
 Por esse motivo, a expressão “Sobre a evasão” possui a preposição 
“Sobre”, portanto, esta expressão não é o sujeito, mas sim adjunto adverbial 
de assunto. 
 Note que os termos “O bullying”, “Violência”, “Tese de doutorado” e 
“Essas escolas” não estão preposicionados e forçam o verbo a se flexionar de 
acordo com eles. 
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Gabarito: A 
 
 Vimos os valores semânticos dos adjuntos adverbiais e exercitamos, 
agora verificaremos a pontuação. 
 
Pontuação com adjunto adverbial “solto” 
É marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois 
este termo pode movimentar-se para o início, para o meio ou para o fim da 
oração. Essa mobilidade é percebida nos termos soltos, os quais não são 
exigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a circunstância. Isso 
é notado principalmente nos advérbios de lugar, tempo e modo; nos advérbios 
que modificam toda a oração (e não somente um termo); e nas locuções 
adverbiais: 
O custo de vida é bem alto em Brasília. 
Em Brasília, o custo de vida é bem alto. 
O custo de vida, em Brasília, é bem alto. 
O custo de vida é bem alto, em Brasília. 
 
 
 
 
 
Prefeitos de várias cidades foram a Brasília. 
A Brasília prefeitos de várias cidades foram. 
Prefeitos de várias cidades a Brasília foram. 
 
Naturalmente, você já percebeu o problema. 
Sim, eu sei. 
 
Quando a locução adverbial solta for de grande extensão e estiver 
antecipada da oração ou no meio dela, a vírgula será obrigatória. Se 
estiver no final, a vírgula será facultativa. 
Antes da última rodada, o time já se dizia campeão. 
O time, antes da última rodada, já se dizia campeão. 
O time já se dizia, antes da última rodada, campeão. 
O time já se dizia campeão, antes da última rodada. 
O time já se dizia campeão antes da última rodada. 
Questão 18: TJ RJ 2015 Técnico (banca FGV) 
ANTES QUE A FONTE SEQUE 
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014 
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o 
empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar, em 
sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia eram 
não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua bela 
Esta locução adverbial de 
lugar não é exigida pelo 
verbo, por isso se considera 
um termo solto, o qual pode 
receber vírgula. Compare 
com a seguinte. 
Esta locução adverbial de 
lugar é exigida pelo verbo, 
por isso não se considera 
termo solto, ela pode se 
mover na oração, mas não 
recebe vírgula. 
Os advérbios referem-se a 
toda a oração. 
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carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais 
lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e onipresente 
cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua 
inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de 
desperdício explícito nas cidades e no campo. E também na timidez de 
políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do 
mineral. 
Quanto ao emprego ou omissão da vírgula, houve afastamento da orientação 
gramatical em: 
(A) “na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o 
empolgado escrivão da frota de Cabral,...”; 
(B) “não conteria a euforia ao anunciar, em sua célebre epístola ao rei Dom 
Manuel, que as águas da nova colônia eram não só muitas, mas 
“infindas”; 
(C) “só não imaginava Caminha que com sua bela carta de apresentação da 
ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos poderia estar 
lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de 
esbanjamento...”; 
(D) “cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício 
explícito nas cidades e no campo”; 
(E) “e também na timidez de políticas públicas direcionadas à preservação e 
ao bom uso das reservas do mineral”. 
Comentário: A questão pede que identifiquemos onde houve erro gramatical 
pelo uso ou pela falta de vírgula. 
 A alternativa (A) está certa, porque “na deslumbrada primeira visão da 
nossa terra” é um adjunto adverbial antecipado, por isso está isolado de 
vírgula. A expressão “o empolgado escrivão da frota de Cabral” é o aposto 
explicativo, por isso está separado por dupla vírgula. 
 A alternativa (B) está correta, pois o adjunto adverbial de lugar de 
grande extensão “em sua célebre epístola ao rei Dom Manuel” está 
intercalado, por isso está separado por dupla vírgula. Veremos na próxima 
aula que a expressão correlativa “não só... mas...” admite vírgula. 
 A alternativa (C) é a errada, pois o adjunto adverbial causal “com sua 
bela carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos 
ancestrais lusitanos” é de grande extensão e está intercalado, por isso deve 
ficar entre duas vírgulas. 
 A alternativa (D) está correta, pois a omissão da vírgula se dá porque 
não há termo explicativo que exija vírgula, além de o adjunto adverbial 
composto “nas cidades de no campo” encontrar-se após a estrutura básica. 
Assim, não há exigência de vírgula. 
 A alternativa (E) está correta, pois não pode haver vírgula entre os 
termos básicos da oração. Exatamente por isso não foi inserida a vírgula. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
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Questão 19: CM Caruaru 2015 Técnico Legislativo (banca FGV) 
O que é dengue? 
É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica 
apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica à 
noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos do vírus 
da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o inícioé 
súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a 
sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e 
vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do 
sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, 
algum tipo de sangramento, em geral no nariz ou nas gengivas. A dengue não 
é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. 
(www.sobiologia.com.br) 
As opções a seguir apresentam termos sublinhados que podem trocar de 
posição sem modificar o sentido original da frase, à exceção de uma. 
Assinale-a. 
(A) “É comum a sensação de intenso cansaço,...”. 
(B) “É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite...”. 
(C) “e, por vezes, náuseas e vômitos”. 
(D) “Podem aparecer manchas vermelhas na pele,...”. 
(E) “que pica apenas durante o dia”. 
Comentário: Esta questão cobra, além da sintaxe da oração, a reescritura de 
frases, com o deslocamento de palavras. Tal deslocamento, com termos 
sintáticos de núcleos paralelos, normalmente não faz mudar o sentido. Os 
elementos paralelos são os chamados termos compostos. 
 Na alternativa (A), há o substantivo “cansaço” precedido do adjetivo 
“intenso”. Assim, pode haver o deslocamento desses vocábulos sem mudar o 
sentido: “de intenso cansaço” ou “de cansaço intenso”. 
 Nas alternativas (B) e (C), também não há mudança de sentido, pois o 
termo “a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, 
náuseas e vômitos” é o sujeito composto, isto é, os núcleos estão paralelos, 
por isso não há relação de dependência entre eles. Assim, fica fácil perceber 
que não haverá mudança de sentido com o deslocamento de tais termos: 
“É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, 
náuseas e vômitos” 
ou 
“É comum a falta de apetite, a sensação de intenso cansaço e, por vezes, 
náuseas e vômitos”. 
e 
“É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, 
náuseas e vômitos” 
ou 
“É comum a falta de apetite, a sensação de intenso cansaço e, por vezes, 
vômitos e náuseas”. 
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 Na alternativa (D), também não há mudança de sentido, pois ocorre o 
adjunto adverbial de lugar, o qual modifica a locução verbal transitiva direta 
“podem aparecer”. Assim, tal adjunto adverbial pode ficar após o objeto direto 
ou próximo a essa locução verbal, sem comprometer o sentido original. Veja: 
“Podem aparecer manchas vermelhas na pele,...”. 
ou 
“Podem aparecer na pele manchas vermelhas...”. 
 A alternativa (E) é a que apresenta mudança de sentido com o 
deslocamento do advérbio “apenas”, haja vista que ele modifica o adjunto 
adverbial “durante o dia”, isto é, pica somente durante o dia, não pica à noite. 
Já com o deslocamento do advérbio “apenas” para antes do verbo, 
obrigatoriamente passaria a modificar a ação verbal “pica”. Assim, passamos a 
entender que o inseto somente pica durante o dia, não faz outra coisa. Ou até 
podemos entender uma amenização do risco, como uma simples picada. Veja: 
“que pica apenas durante o dia”. (somente durante o dia) 
“que apenas pica durante o dia”. (somente pica ou simplesmente pica) 
Gabarito: E 
 
Questão 20: Compesa PE 2014– Técnico em Contabilidade (banca FGV) 
“Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves, nas quais 
os operários reivindicavam jornada de trabalho de oito horas diárias. Essa 
reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples: se o dia tem 24 
horas, deveria ser dividido logicamente em três partes de oito horas – uma 
para o trabalho, outra para descanso e lazer e outra para o estudo”. 
Assinale a opção em que a troca dos elementos provoca alteração de sentido. 
(A) “Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves...” 
(B) “...nas quais os operários reivindicavam jornada de trabalho de oito horas 
diárias” 
(C) “Essa reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples...” 
(D) “Essa reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples...” 
(E) “Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves” 
Comentário: Na alternativa (A), o deslocamento dos termos sublinhados não 
provoca mudança de sentido, pois o adjunto adverbial “nos Estados Unidos” 
modifica o verbo e ele pode ficar após o seu objeto direto. Veja: 
“Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves...” 
ou 
“Em abril de 1886, eclodiram diversas greves nos Estados Unidos...” 
 Nas alternativas (B) e (C), o deslocamento dos termos sublinhados não 
provoca mudança de sentido, pois os sujeitos “os operários” e “Essa 
reivindicação” podem se posicionar também após os seus respectivos verbos. 
Veja: 
“...nas quais os operários reivindicavam jornada de trabalho de oito horas 
diárias” 
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ou 
“...nas quais reivindicavam os operários jornada de trabalho de oito horas 
diárias” 
 “Essa reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples...” 
ou 
“Baseava-se essa reivindicação em um raciocínio muito simples...” 
 Na alternativa (D), o reposicionamento do substantivo e seu adjetivo 
também não oferece mudança de sentido. Compare: 
“Essa reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples...” 
ou 
“Essa reivindicação baseava-se em um muito simples raciocínio...” 
 A alternativa (E) é a que apresenta a mudança de sentido com o 
reposicionamento, pois o substantivo “greves”, quando precedido do adjetivo 
“diversas”, tem o sentido várias greves, muitas greves. Com o posicionamento 
desse adjetivo para depois do substantivo “greves”, passa-se ao valor 
semântico de greves variadas, isto é, de motivos diferentes ou de classes 
profissionais diferentes. Compare: 
“Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves” 
“Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos greves diversas” 
Gabarito: E 
 
Questão 21: Compesa PE 2014– Técnico em Contabilidade (banca FGV) 
“Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves”. 
Assinale a opção que indica a forma de reescrever esse segmento do texto 
que mostra pontuação inadequada. 
(A) Em abril de 1886 eclodiram nos Estados Unidos diversas greves. 
(B) Em abril de 1886 eclodiram, nos Estados Unidos, diversas greves. 
(C) Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos, diversas greves. 
(D) Eclodiram nos Estados Unidos, em abril de 1886, diversas greves. 
(E) Em abril de 1886, eclodiram, nos Estados Unidos, diversas greves. 
Comentário: Vimos que o adjunto adverbial ao final da oração tem vírgula 
facultativa. Se for de grande extensão e estiver antecipado, a vírgula é 
obrigatória. Mas não se preocupe com o fato de ser de grande ou pequena 
extensão, haja vista que as gramáticas não delimitam o número de palavras 
para esta classificação. E a própria questão já sinalizou isso para você, pois 
inseriu o adjunto adverbial “Em abril de 1886” antecipado em duas 
alternativas sem vírgula. Assim, podemos entender como de pequena 
extensão e a vírgula é facultativa. 
 O mesmo ocorre com o adjunto adverbial intercalado “nos Estados 
Unidos”, o qual pode ser entendido como de pequena extensão, assim cabe a 
dupla vírgula ou a sua omissão. Porém, não pode haver somente uma. 
Justamente foi isso ocorreu na alternativa (C), por isso ela é a errada. Veja a 
correção: 
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Em abril de 1886, eclodiram, nos Estados Unidos, diversas greves. 
ou 
Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves. 
Gabarito: C 
 
Questão 22: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV) 
“A comunicaçãoé uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos 
números de acidentes” 
Assinale a alternativa que apresenta a reescritura do segmento de texto acima 
que não respeita as regras do emprego de vírgulas. 
(A) Na batalha cotidiana pela queda dos números de acidentes, a 
comunicação é uma arma poderosa. 
(B) A comunicação, na batalha cotidiana pela queda dos números de 
acidentes, é uma arma poderosa. 
(C) A comunicação é, na batalha cotidiana pela queda dos números de 
acidentes, uma arma poderosa. 
(D) Uma arma poderosa, na batalha cotidiana pela queda dos números de 
acidentes, é a comunicação. 
(E) É a comunicação, uma arma poderosa, na batalha cotidiana pela queda 
dos números de acidentes. 
Comentário: Veja que a expressão “Na batalha cotidiana pela queda dos 
números de acidentes” é um adjunto adverbial, “a comunicação” é o sujeito, 
“é” é verbo de ligação e “uma arma poderosa” é o predicativo. 
 Sabendo-se que não pode haver vírgula entre o sujeito, o verbo e o 
predicativo, temos certeza de que a alternativa (E) é a errada. Veja a 
correção: 
É a comunicação uma arma poderosa, na batalha cotidiana pela queda dos 
números de acidentes. 
Gabarito: E 
 
Questão 23: Prefeitura Londrina 2011 Administrador (banca Consulplan) 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
“No período escravocrata, a aristocracia saía a passear sempre com as mãos 
livres...” O uso da vírgula depois de “escravocrata” justifica-se por separar 
termo deslocado. 
Comentário: O termo “No período escravocrata” é um adjunto adverbial de 
tempo, o qual se encontra antecipado, por isso ocorreu a vírgula. 
Gabarito: C 
 
Questão 24: Prefeitura C. V. 2010 Agente Comunitário (banca Consulplan) 
“No Brasil, o uso do fogo com efeitos devastadores sobre a vegetação veio 
mesmo com a exploração do nosso território pelos colonizadores.” No trecho 
anterior, a vírgula ( , ) foi utilizada para: 
A) Marcar termos deslocados. 
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B) Denotar entusiasmo e alegria. 
C) Finalizar uma interrogativa direta. 
D) Dar início a uma sequência que esclarece uma ideia anterior. 
E) Marcar uma interrupção da sequência lógica da frase. 
Comentário: Note que o termo “No Brasil” é o único que está separado por 
vírgula. Como ele transmite uma circunstância de lugar, esse termo é o 
adjunto adverbial de lugar que se encontra antecipado na oração e por isso 
está separado por vírgula. 
Gabarito: A 
 
Questão 25: Prefeitura S.L. 2010 Advogado (banca Consulplan) 
No texto, não se provoca erro ou alteração de sentido ao se: 
A) Inserir uma vírgula antes e outra depois da expressão “em tese” em “A 
parte menos informada do eleitorado é em tese a mais sujeita à 
manipulação”. 
B) Inserir uma vírgula depois da expressão “em tese” em “A parte menos 
informada do eleitorado é em tese a mais sujeita à manipulação”. 
C) Colocar “é em tese” entre vírgulas em “A parte menos informada do 
eleitorado é em tese a mais sujeita à manipulação”. 
D) Eliminar a vírgula depois da palavra “funcionar” em “Isso quer dizer que, 
para bem funcionar, exige crítica”. 
E) Colocar uma vírgula depois do termo “conclusão” em “A conclusão é que o 
problema não está no eleitorado.”. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, porque “em tese” é um adjunto 
adverbial de pequena extensão. Assim, a vírgula é facultativa, mesmo quando 
este termo está intercalado. Note que não há mudança de sentido. 
 A alternativa (B) está errada, pois o adjunto adverbial intercalado de 
pequena extensão pode ficar sem nenhuma vírgula ou com dupla vírgula. 
Somente uma implicará erro gramatical. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “é” não faz parte do adjunto 
adverbial. Assim, colocá-lo neste termo intercalado traria prejuízo gramatical, 
por inserir vírgula entre sujeito e predicado. 
 A alternativa (D) está errada, pois a estrutura adverbial “para bem 
funcionar” está intercalada, por isso não se pode retirar uma das vírgulas. 
Veremos na próxima aula que esta é uma oração subordinada adverbial de 
finalidade. 
 A alternativa (E) está errada, pois não se pode inserir vírgula entre 
sujeito e verbo. 
Gabarito: A 
 
Palavras denotativas: 
Há palavras semelhantes aos advérbios, mas que não constituem 
circunstâncias. São as chamadas palavras denotativas. Veja algumas 
importantes. 
 
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1. Designação: eis: 
Eis o homem! 
Esta construção admite que o substantivo posterior seja substituído pelo 
pronome oblíquo átono o, na forma Ei-lo! 
2. Exclusão: exceto, senão, salvo, menos, tirante, exclusive, ou melhor 
etc. 
 Voltaram todos, menos André. 
 Roubaram tudo, salvo o telefone. 
3. Limitação: só, apenas, somente, unicamente: 
Só Deus é imortal. Apenas um livro foi vendido. 
A possibilidade de cobrança em prova é na interpretação de texto. 
Quando se inserem as palavras só, somente, apenas; há o recurso textual 
chamado palavra categórica. Ele transmite uma ideia veemente do autor, que 
não abre caminhos para outra possibilidade. Isso dirige a interpretação de 
texto. Veja: 
Só o rico ganha. O dinheiro chega apenas à classe nobre. 
 Compare com as estruturas sem essas palavras categóricas: 
O rico ganha. O dinheiro chega à classe nobre. 
Naturalmente, você observou que o sentido mudou significativamente. 
Na prova normalmente o texto sugere algo de maneira geral, com a segunda 
construção. Já, na interpretação de texto, a banca inclui a palavra categórica 
para o candidato perceber o erro. 
4. Explicação, explanação ou exemplificação: a saber, por exemplo, 
isto é, como, ou melhor etc. 
Eram três irmãos, a saber, Pedro, Antônio e Gilberto. 
Lá, no inverno, usa-se roupa pesada, como sobretudo e poncho. 
Os elementos do mundo físico são quatro, a saber: terra, fogo, água e ar. 
Esses valores são normalmente separados por vírgula ou dois-pontos. 
Pode-se ter em mente que, quando se explica, quer-se ratificar, confirmar 
argumentos; então isso pode ser cobrado numa interpretação de texto ou no 
uso da pontuação. 
5. Inclusão: mesmo, além disso, ademais, até, também, inclusive, 
ainda, sobretudo, aliás etc. 
Até o professor riu-se. Ninguém veio, mesmo o irmão. 
I - Costumam-se ficar entre vírgulas as estruturas além disso, 
também, inclusive, ainda. Normalmente a banca insere apenas uma das 
vírgulas e isso torna o texto errado. 
Ele disse, inclusive que não viria hoje. (errado) 
Ele disse, inclusive, que não viria hoje. (certo) 
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 II – Cumpre lembrar que não se pode confundir o valor de mesmo 
(inclusão), mesmo (pronome demonstrativo de valor adjetivo), advérbio de 
afirmação/certeza e valor de concessão/contraste. 
 O primeiro não se flexiona e pode ser substituído por até, inclusive: 
 Mesmo ela realizou as atividades. 
 O segundo flexiona-se e diz respeito a um reforço reflexivo, equivalendo 
a sozinha: 
 Ela mesma realizou as atividades. 
 O terceiro não se flexiona e serve para ratificar, confirmar uma ação, 
equivalendo-se a sim, com certeza: 
 Ela realizou mesmo as atividades. 
 O quarto será visto mais detidamente nas orações subordinadas 
adverbiais concessivas. Ele transmite contraste e faz subentender a conjunção 
embora, apesar de: 
 Mesmo sem falar, todos entenderam sua reprovação às opiniões. 
6. Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes etc. 
Comprei cinco, aliás, seis livros. Correu, isto é, voou até nossa casa. 
Para a banca é importante notar a ideia de correção ao que foi dito 
anteriormente e por isso a expressão deve ficarseparada por vírgula(s). Note 
que a expressão “isto é” também foi vista como explicação (ratificação), por 
isso deve-se ter muito cuidado com o contexto. 
7. Situação: mas, então, pois, afinal, agora, etc. 
Mas que felicidade. Então duvida que se falasse latim? 
Pois não é que ele veio. Afinal, quem tem razão? 
Posso mostrar-lhes o sítio; agora, vender eu não vendo. 
 A banca pergunta se os vocábulos “Mas”, “Então” e “Pois”, nestes casos, 
possuem valor de oposição, conclusão e explicação, respectivamente. Pode-se 
notar claramente que não; estes vocábulos apenas motivam o início do 
discurso, como ocorre com o coloquialismo “Hum...”, “senão vejamos”, etc. 
8. Expletivo e realce: é que; lá, cá, só, ora, que, mesmo, embora. 
Nós é que somos brasileiros. Eu sei lá! 
Eu cá me arranjo. Vejam só que coisa! 
Ora, decidamos logo o negócio. Oh! Que saudades que tenho! 
É isso mesmo. Vá embora! 
Normalmente as palavras expletivas ocorrem por motivo de ênfase e 
estilo; mas o vocábulo “ora” geralmente inicia uma consideração do autor, 
uma avaliação que pode também ser entendida como conclusão. 
9. Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem: 
 Felizmente não me machuquei. 
 Ainda bem que o orador foi breve! 
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Questão 26: DPE RO 2015 Analista Contábil (banca FGV) 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e 
generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e 
promoção. Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar 
à internação, há uma série de outras menos severas, como a advertência, a 
prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, que são 
frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade, 
mesmo em casos em que isso não se justifica. Os poderes públicos, inclusive o 
Judiciário, estão em dívida com a sociedade por conta da inobservância do 
estatuto em sua integralidade. 
Nesse segmento do texto 2 há duas ocorrências sublinhadas do vocábulo 
“mesmo”; sobre essas ocorrências, é correto afirmar que: 
(A) ambas equivalem ao sentido de inclusão; 
(B) só a primeira ocorrência indica concessão; 
(C) só a segunda ocorrência indica concessão; 
(D) só a primeira ocorrência indica inclusão; 
(E) só a segunda ocorrência indica inclusão. 
Comentário: Veja que a palavra “mesmo” pode ser substituída pelas palavras 
de inclusão “até” ou “inclusive”: 
Até quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar à internação, 
há uma série de outras menos severas, como a advertência, a prestação de 
serviços à comunidade e a liberdade assistida, que são frequentemente 
ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade, até em casos em 
que isso não se justifica. 
 Assim, há uma noção de inclusão nas duas ocorrências e a alternativa 
correta é a (A). 
 Note que não há uma ideia de contraste, por isso não conseguimos 
subentender as palavras “embora” ou “apesar de”. 
Gabarito: A 
 
Questão 27: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV) 
Fragmento do texto: Superinteressante, 2009 
 Sempre existiram jovens e velhos. Mas a noção de juventude que a 
gente tem é bem mais recente: começou nos EUA e na Europa dos anos 20. 
Foi quando as universidades se tornaram comuns e atrasaram a idade em que 
as pessoas casavam e tinham filhos. De uma hora para outra, cada vez mais 
gente passava a desfrutar esse intervalo que quase não existia antes: o limbo 
entre a infância e a vida adulta para valer. Um limbo, aliás, que fica cada vez 
mais longo. 
“Um limbo, aliás, que fica cada vez mais longo”. 
O termo “aliás” equivale semanticamente a diferentes expressões; no caso do 
texto, seu significado é: 
(A) de outra maneira; 
(B) do contrário; 
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(C) além do mais; 
(D) não obstante; 
(E) a propósito. 
Comentário: A questão explora o valor da palavra denotativa de inclusão 
“aliás”. Note que tal palavra pode ter outros valores em outros contextos, 
como o de retificação, por exemplo. Mas, neste contexto, entendemos que o 
autor reforça a ideia anterior e lhe acrescenta que o limbo entre a infância e a 
fase adulta fica cada vez mais longo. 
 Naturalmente você ficou em dúvida entre a alternativa (C) e (E), pois, 
ao inserirmos as expressões “além do mais” e “ a propósito”, mantemos a 
coerência na argumentação. 
 Mas a questão pediu a alternativa que mantém o mesmo sentido. Veja 
que a expressão “a propósito” tem o sentido de “oportunamente”, 
“convenientemente”, sentido que não é percebido no trecho original com a 
expressão “aliás”. 
 Veja bem: nós até poderíamos inserir tal expressão mantendo a 
coerência nos argumentos, mas mudaríamos o sentido original. 
 Na realidade, a expressão “aliás”, por transmitir neste contexto uma 
ideia de inclusão, cabe a expressão “além do mais” para se preservar o 
sentido. 
Gabarito: C 
 
Questão 28: Funarte 2014– Administrador (banca FGV) 
“...na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra 
sem que volte para lá, isto é, para cá”. 
Nesse segmento, a expressão “isto é” tem a função de: 
(A) acrescentar uma informação que confirma algo dito anteriormente; 
(B) apresentar uma informação que contrasta com outra anterior; 
(C) corrigir uma informação já passada; 
(D) explicar uma informação anteriormente dada; 
(E) expressar uma oposição parcial a uma informação dada antes. 
Comentário: Vimos que “isto é” pode ser uma expressão denotativa de 
explicação ou de retificação. Assim, você poderia ter ficado na dúvida entre as 
alternativas (B), (C) e (D). 
 Mas veja que o autor não quis corrigir a informação anterior, nem 
reforçar o contraste. Na realidade, ele quis explicar que “Gonçalves Dias” 
estava no exílio. Assim, estava fora do Brasil. Então, ele rogava a Deus que 
não permitisse que ele morresse sem voltar para sua terra natal: o Brasil. 
Como o autor do texto está no Brasil falando sobre Gonçalves Dias, ele 
explicou que a expressão “para lá” de Gonçalves Dias é o “para cá” em relação 
ao autor. 
 Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
 
 
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Questão 29: Câmara M Recife 2014 Assistente Administrativo (banca FGV) 
A guerra on-line como ocorre hoje, ou seja, transmitida em tempo real, 
mobiliza as pessoas e se torna assunto de conversas, tema de programas 
transmitidos na televisão, objeto de comentaristas e especialistas de 
diferentes áreas. Enfim, a guerra “do outro” passa a ser a guerra de todos. 
A expressão “ou seja”, presente no texto, tem o papel de: 
(A) explicar; (B) justificar; (C) corrigir; 
(D) ampliar; (E) enumerar. 
Comentário: Vimos que “ou seja” pode ser uma expressão denotativa de 
explicação ou até de retificação. Mas neste contexto fica claro que a expressão 
iniciada por “ou seja” (transmitida em tempo real) explica a expressão 
anterior “A guerra on-line”. Assim, a alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 30: Câmara M Recife 2014 Assistente Administrativo (banca FGV) 
A guerra on-line como ocorre hoje, ou seja, transmitida em tempo real, 
mobiliza as pessoas e se torna assunto de conversas, tema de programas 
transmitidos na televisão, objeto de comentaristas e especialistas de 
diferentes áreas. Enfim, a guerra “do outro” passa a ser a guerra de todos. 
A expressão “ou seja”, presente no texto, tem o papel de: 
(A) explicar; (B) justificar; (C) corrigir; 
(D) ampliar; (E) enumerar. 
Comentário: Vimos que “ou seja” pode ser uma expressão denotativa de 
explicação ou até de retificação. Masneste contexto fica claro que a expressão 
iniciada por “ou seja” (transmitida em tempo real) explica a expressão 
anterior “A guerra on-line”. Assim, a alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 31: Pref Osasco 2014– Agente de Trânsito (banca FGV) 
Fragmento do texto: PARA REDUZIR RISCOS É PRECISO TER CONTROLE 
 Para reduzir riscos dentro das empresas e diminuir possíveis problemas 
com as fiscalizações, as Micro e Pequenas Empresas devem implementar 
controle de suas atividades administrativas e financeiras, as mais rígidas 
possíveis: 
 1. Organize sua empresa, um nível de organização deve ser mantido 
dentro da empresa, isso implica em definição clara de cada função e tarefas 
executadas, controle de estoque e caixa com boletins e relatórios diários e 
prestações de contas por parte dos responsáveis por esses setores, regras; 
 2. Controle das senhas, todas as senhas devem ser trocadas no mínimo 
a cada três meses. 
“Controle das senhas, todas as senhas devem ser trocadas no mínimo a cada 
três meses”; o segmento colocado após a vírgula, em relação ao segmento 
anterior, expressa: 
(A) conclusão; 
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(B) retificação; 
(C) concessão; 
(D) consequência; 
(E) explicação. 
Comentário: Veja que podemos subentender a expressão explicativa “ou 
seja” imediatamente após a vírgula. Veja: 
Controle das senhas, ou seja, todas as senhas devem ser trocadas no mínimo 
a cada três meses. 
 Assim, fica mais claro que o segmento sublinhado tem um sentido 
explicativo em relação à expressão anterior. 
Gabarito: E 
 
Questão 32: Prefeitura São Gonçalo – 2011 Auditor Adm (banca CEPERJ) 
O segmento “...de que a África foi mesmo o berço da humanidade.” poderia 
ser reescrito, com coerência e sem alteração de sentido, por: 
A) de que mesmo o berço da humanidade foi a África 
B) de que o mesmo berço da humanidade foi a África 
C) de que o berço, mesmo da humanidade, foi a África 
D) de que o berço da humanidade foi mesmo a África 
E) de que mesmo a África foi o berço da humanidade 
Comentário: Veja que o deslocamento do vocábulo “mesmo” altera sua 
relação gramatical e semântica. 
 Primeiro, devemos perceber que o vocábulo “mesmo” tem vários valores 
gramaticais e semânticos: 
 1. Pode ser advérbio de certeza: 
Ele foi mesmo navegar (realmente ele foi navegar). 
 2. Pode ser palavra denotativa de inclusão: 
Mesmo ele foi navegar (“Até ele foi navegar”, “Inclusive ele foi navegar”). 
a) Este valor denotativo de inclusão se estende a adverbial temporal em 
construções como “Antes mesmo de você sair, ela chegou”. 
b) Também se estende a valor adverbial concessivo: “Mesmo seco, sentiu 
frio”. 
 3. Pode ser adjetivo (igual, idêntico): 
Eles tiveram as mesmas oportunidades na vida. 
 4. Pode ser pronome demonstrativo de reforço reflexivo. Neste caso 
pode ser substituído por “próprio”: 
Ela mesma pegou o timão e saiu a navegar. (ela própria...) 
 No texto original, “mesmo” relaciona-se com o verbo, sendo um 
advérbio de certeza: “a África foi realmente o berço da humanidade”. 
 Na alternativa (A), pelo deslocamento, a palavra “mesmo” é denotativa 
de inclusão: de que inclusive o berço da humanidade foi a África. 
 Na alternativa (B), pelo deslocamento, a palavra “mesmo” é adjetivo: 
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de que o idêntico berço da humanidade foi a África. 
 Na alternativa (C), pelo deslocamento, a palavra “mesmo” é denotativa 
de inclusão: de que o berço, inclusive da humanidade, foi a África. 
 A alternativa (D) é a correta, pois “mesmo” relaciona-se com o verbo, 
sendo um advérbio de certeza: “de que o berço da humanidade foi realmente 
a África”. 
 Na alternativa (E), pelo deslocamento, a palavra “mesmo” é denotativa 
de inclusão: de que até a África foi o berço da humanidade. 
Gabarito: D 
 
Questão 33: Prefeitura São Gonçalo – 2011 Analista (banca CEPERJ) 
No trecho “O leitor médio brasileiro só alcança o nível dos autores de 
entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades.”, não determina 
alteração semântico-sintática e problema de coesão ou de coerência deslocar 
a palavra destacada no trecho, do seguinte modo: 
A) Só o leitor médio brasileiro alcança o nível dos autores de entretenimento 
puro, de autoajuda ou curiosidades. 
B) O leitor médio brasileiro alcança só o nível dos autores de entretenimento 
puro, de autoajuda ou curiosidades. 
C) O leitor médio brasileiro alcança o nível, só dos autores de entretenimento 
puro, de autoajuda ou curiosidades. 
D) O nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades 
só alcança o leitor médio brasileiro. 
E) Só o nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou 
curiosidades alcança o leitor médio brasileiro. 
Comentário: A palavra “só” tem o sentido de “somente”, “apenas”. É uma 
palavra denotativa de limitação. Nesta questão, basta observar qual expressão 
ou palavra é limitada por ela. 
 Na frase original, esta palavra se liga ao verbo “alcança”, limitando-o. 
 Por isso, a alternativa (B) é a correta, pois houve apenas o 
deslocamento da palavra “só” para depois do verbo “alcança”, preservando o 
sentido de limitação deste verbo. 
 Na alternativa (A), a palavra denotativa limita o substantivo “leitor”. 
Assim, muda o sentido: 
Apenas o leitor médio brasileiro alcança o nível dos autores de 
entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades. 
 Na alternativa (C), a palavra denotativa limita a expressão “dos autores 
de entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades”. Assim, muda o 
sentido: 
O leitor médio brasileiro alcança o nível, apenas dos autores de 
entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades. 
 Na alternativa (D), a reordenação da oração fez com que mudasse o 
sujeito e o predicado. Assim, há, inevitavelmente, mudança de sentido. 
 
Português para PMDF 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 1 
 
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O nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades só 
alcança o leitor médio brasileiro. 
 Na alternativa (D), a reordenação da oração fez com que mudasse o 
sujeito e o predicado. Além disso, a palavra denotativa passa a limitar o 
substantivo “nível”. Assim, muda-se o sentido 
Apenas o nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou 
curiosidades alcança o leitor médio brasileiro. 
Gabarito: B 
 
Questão 34: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) 
Fragmento do texto: O processo de globalização e a mundialização aos quais 
as organizações têm sido submetidas vêm demandando a reação a questões 
relacionadas com o tripé da sustentabilidade, ou seja, com mudanças sociais, 
econômicas e ambientais, o que vem modificando a maneira como essas 
empresas se relacionam com o mundo ao seu redor. Segundo Andrew W. 
Savitz, na obra A empresa sustentável, as empresas “mais bem gerenciadas, 
grandes e pequenas, estão reagindo a esses desafios”. Esse processo de 
mudança tem sido acelerado com o advento da tecnologia da informação, 
principalmente com a Internet. 
A locução em caixa alta no trecho “OU SEJA, com mudanças sociais, 
econômicas e ambientais” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por 
todas as relacionadas abaixo, EXCETO por: 
A) isto é; B) em suma; C) vale dizer; D) a saber; E) ou melhor. 
Comentário: Note que as palavras denotativas “ou seja”, “isto é”, “vale 
dizer”, “a saber” e “ou melhor” transmitem valor explicativo. 
 Já a expressão “em suma” traduz valor de síntese, resumo. Assim, o 
sentido difere dos demais. 
Gabarito: B 
 
Questão 35: IBASCAF – 2010 – Advogado (banca Dom Cintra) 
A frase abaixo em que a negação em negrito tem valor praticamente

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