Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 AUDITORIA GERENCIAL NAS EMPRESAS 1 1. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 2 2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE AUDITORIA .................................. 5 3. ORIGEM DA AUDITORIA NO BRASIL............................................... 7 4. AUDITORIA GERENCIAL ................................................................... 8 5. AUDITORIA INTERNA ...................................................................... 11 5.1 Objetivos da Auditoria Interna ..................................................... 12 5.2 O Auditor ........................................................................................ 14 5.3 O Programa de Trabalho da Auditoria Interna ................................ 15 5.4 Os Passos da Auditoria Interna ...................................................... 16 5.5 Finalização do Trabalho ................................................................. 18 5.6 Evolução Técnica do Auditor .......................................................... 19 6. CONTROLES INTERNOS ................................................................. 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 28 Referência ................................................................................................. 29 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO A auditoria de gestão fornece uma análise profunda da empresa ou organismo auditor e, o mais importante, determina a aptidão da equipe, incluindo uma avaliação individual de cada executivo e sua adequação à estratégia da organização. Tal como diz Guzmán1, "Os governos e as instituições enfrentam, na atualidade, grandes desafios. Garantir que está obtendo o maior benefício possível dos fundos públicos que gastam em suas organizações é um deles. Outro, é o de convencer ao público de sua transparência e a capacidade de render contas, assim como o uso de adequadas práticas administrativas. O governo não só deve ser econômico, eficiente e eficaz como deve ser capaz de demonstrá-lo". No ambiente atual de agitação e turbulência tanto econômica quanto política, a auditoria de gestão deve converter-se em um instrumento ou ferramenta de avaliação da direção ou gestão em empresas ou organismos de qualquer natureza, setor ou tamanho. Às vésperas do fim do segundo milênio, um grupo importante de empresas, as públicas e as privadas, tem travado uma incessante luta na busca de um melhor posicionamento competitivo nos mercados regionais e internacionais. Em um ambiente empresarial sujeito aos efeitos das mudanças das variáveis externas não controláveis pela empresa, as organizações estão condicionadas 'a realização de revisões periódicas e sistemáticas dos procedimentos gerenciais utilizados, de modo que estes sejam adaptados às exigências do novo cenário econômico e social. O termo gestão pode ser tratado como sinônimo de administrar, envolvendo, em alto grau, o processo de tomada de decisões, o que, no setor público corresponde a cuidar de bens alheios; não só no que diz respeito ao gestor, senão também da organização ou entidade auditada. A distribuição em forma razoável dos recursos de que se dispõe, visa obter os melhores resultados da gestão. Para quem https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-92511999000200002&script=sci_arttext#nota1 4 dirige organizações do setor público, a tarefa principal é recolher impostos e, em troca, fornecer serviços e obras de caráter público sem desequilibrar a balança das receitas e despesas públicas. Tudo isso parece ser totalmente oposto ao que têm feito os gestores públicos contemporâneos, deixando o erário público em situação, no mínimo, delicada. Quando isto ocorre nas empresas do setor privado, produz-se a falência ou quebra, o que não pode acontecer no Estado. Este, longe de cumprir a sua missão de gestor eficiente e eficaz dos recursos públicos, culmina por ter a imperiosa necessidade de reconhecer a sua evidente incapacidade como gestor, dando início ao chamado processo de privatização das empresas do Estado como uma clara manifestação de inaptidão generalizada para a atividade gerencial ao redor do mundo inteiro, com rara exceções. 5 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE AUDITORIA O termo auditoria, que é de origem latina (vem de audire), foi usado pelos ingleses para rotular a tecnologia contábil da revisão (auditing), que hoje se tem um sentido mais abrangente. Definição de Auditoria, segundo Crepaldi: De forma bastante simples, pode-se definir auditoria como o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade. (CREPALDI, 2002, p. 23). Auditoria é uma verificação das transações, operações e procedimentos efetuados por uma entidade onde são examinados documentos, livros, registros, demonstrações e de quaisquer elementos de consideração contábil, objetivando a veracidade desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes e visando a apresentação de opiniões, críticas, conclusões e orientações. A auditoria consiste em controlar áreas-chaves nas empresas para que se possam evitar situações que provoquem fraudes, desfalques e subornos, por meio de verificações regulares nos controles internos específicos de cada organização. 6 Figura 1 Fonte: FUNPAI O termo auditor de origem latina (aquele que ouve, o ouvinte), que na realidade provém da palavra inglesa to audit (examinar, ajustar, corrigir, certificar), esse termo não é exclusivo do ramo contábil, usa-se a mesma nomenclatura em outras atividades diferentes, porém exercidas com objetivos similares. (WILLIAM, 1998). O Auditor é aquele que dá opiniões sobre as demonstrações financeiras (balanço patrimonial, demonstrações do resultado, entre outras) e que também contribui para a continuidade operacional de uma empresa. São trabalhadores que tem conhecimentos nas áreas de tesouraria, compras, vendas, custos, fiscal, legal e da contabilidade, que opinam sobre a situação da empresa mediante pareceres por eles emitidos. 7 ORIGEM DA AUDITORIA NO BRASIL A auditoria chegou no Brasil por volta da década de 1940, pois com as companhias multinacionais que aqui começaram a se instalar, os investidores tinham de receber garantias de que seus investimentos estavam sendo verificados pelos seus auditores. Firmas de auditoria abriram escritórios no Brasil, que foram se desenvolvendo junto com as companhias auditadas e tendo cada vez mais auditores brasileiros capacitados para o desempenhode suas funções sob a supervisão dos auditores estrangeiros. Na década de 1960 os auditores se organizaram em associações de classe que foi chamado “Instituto dos Contadores Públicos do Brasil”, já com uma estrutura respeitável, em 197l, seu nome foi mudado para “Instituto dos Auditores Independentes do Brasil”, depois foi legalmente reconhecido como IBRACON (Instituto Brasileiro de Contadores), através da Resolução n° 317, do Conselho Federal de Contabilidade e da Resolução n° 220, do Banco Central do Brasil, no ano de 1972, ambas as Resoluções. (MOTTA, 1992) As principais influências que possibilitaram o crescimento da auditoria no Brasil foram: Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras; Financiamento de empresas brasileiras mediante entidades internacionais; Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e diversificação de suas atividades econômicas; Evolução do mercado de capitais; Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972; e Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades Anônimas em 1976. 8 AUDITORIA GERENCIAL A Auditoria Gerencial visa evitar FRAUDES, ERROS, INEFICIÊNCIAS E CRISES nas empresas mediante o fortalecimento e verificação dos: Controles internos a serem utilizados pelas empresas para as operações envolvendo o ciclo de pagamentos: autorizações, solicitações de compras, ordens de compras, recebimentos das mercadorias, funções do Contas a Pagar e pagamentos (emissão de cheques, segregações de funções, conferências, etc.). Controles internos a serem utilizados pelas empresas para as operações envolvendo o ciclo de recebimento: pedido do cliente, faturamento, crédito e cobrança, expedição, contas a pagar, recebimento, contabilidade e auditoria. Controles internos envolvendo o ciclo de produção da empresa. Controles internos gerais de Contabilidade, Reconciliações bancárias, Segurança, Seguros Serviços administrativos e Sistemas. Controles e segurança de informação, medidas a serem tomadas objetivando evitar ataques de vírus, códigos hostis, ameaças físicas, tornando seguros os dados de informação, bem como medidas de segurança de rede, da WEB e de e-mails. Controles internos na área tributária, DCTF, Declaração de Renda, Lucro Real e retenções de IRRF, INSS, ISS, PIS e COFINS. I. Conceito Auditoria Gerencial consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional das empresas, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia, economicidade, efetividade e qualidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. 9 Ou seja, a Auditoria Gerencial consiste em avaliar as ações gerenciais, financeiras e econômicas, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia, gestão de gestos, efetividade e qualidade, procurando auxiliar a administração na gestão dos resultados almejados, por meio de recomendações que visem aprimorar as práticas, buscando a melhoria de controles evitando desperdícios e perdas. É uma revisão sistemática das atividades de uma organização ou de um segmento em relação aos objetivos específicos, para avaliar desempenho; identificar oportunidades com vistas a melhoria; e desenvolver recomendações, para melhorar ou promover o desempenho. II. Objetivos Comprovar a conformidade às diretrizes, políticas, estratégias e ao universo normativo; Avaliar os controles internos; Identificar procedimentos desnecessários ou em duplicidade e recomendar sua correção; Identificar as áreas críticas e riscos potenciais e proporcionar as bases para sua solução; Melhorar o desempenho e aumentar o êxito das organizações por meio de recomendações oportunas e factíveis; Avaliar as medidas adotadas para a preservação dos ativos e do patrimônio e para evitar o desperdício de recursos; Aferir a confiabilidade, segurança, fidedignidade e a consistência dos sistemas administrativos, gerenciais e de informações; Avaliar o alcance dos objetivos e metas identificando as causas de desvio do seu atingimento, quando houver; Identificar áreas que concorrem para aumento e/ou diminuição de custos e/ou receitas; Recomendar e assessorar a implantação de mudanças. 10 III. Natureza da Auditoria A auditoria não usurpa as funções administrativas de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Mesmo a função administrativa Controle permanece sob a responsabilidade do gestor, em face de disponibilidade da auditoria. Cabe ao administrador verificar o andamento dos trabalhos e das realizações, comparado com aquilo que tem em vista: objetivos, metas, orçamentos, etc. Detectados resultados inadequados ou menos favoráveis ao alcance daqueles objetivos, caberá sempre ao administrador a tomada de medidas corretivas atuais e futuras. O controle normalmente se faz mediante avaliação, comparação e extrapolações para a verificação de tendências. É de se supor que uma atividade de fluxo contínuo, por exemplo, o consumo de energia elétrica, ocorra proporcionalmente a um duodécimo do orçamento anual a cada mês do exercício contábil. Disparidades observadas por comparação poderão ser corrigidas caso existam controles formais. Cabe ao auditor apontar a inexistência desses controles, alertando para a impossibilidade de correção quando do esgotamento do exercício. A auditoria é por natureza uma função de assessoramento, aponta independentemente uma falha no sistema, sugestiona, mas não interfere nas decisões e atos da empresa. Não pode, portanto ser responsabilizada pelas falhas e erros, salvo se não tiver cumprido sua função de alertar sobre a inexistência de controle específico. A auditoria não tem poder de mando ou de decisão. Expõe, orienta, aconselha, emite parecer e opinião abalizada, exclusivamente, sobre o objeto de seu trabalho. A Auditoria Gerencial, quer seja exercida por integrantes da organização, sem vínculo de subordinação com a área auditada, ou terceirizada, desde que a empresa de auditoria não seja economicamente dependente de sua cliente, é um instrumento de assessoria ao administrador. 11 A auditoria trabalha totalmente baseada em amostragens estatísticas, mediante as quais o exame e a análise de determinado número de transações são suficientes para auferir um índice de certeza de correção. A auditoria gerencial adianta a tendência de se alcançar ou não os objetivos a despeito da correção formal. Leva em conta fatores como desperdício, ausência de controle, ofensas a princípios contábeis, tais como o da segregação de funções. O Controle Interno é exercido por órgão da estrutura interna, ou mediante contratação, com objetivos transcendentes ao cumprimento da lei. Almeja "proteger os bens, conferir a exatidão e a fidelidade dos dados contábeis, promover a eficiência e estimular a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas", conforme preceitua o AICPA. Assegurada a existência de controle e a obediência à lei, a Auditoria Gerencial concentra-se na economicidade em busca da eficiência e da eficácia. Como requisitos da Auditoria Gerencial inclui-se o planejamento adequado, a seleção das áreas, setores ou atividades a serem examinados, a escolha correta dos indicadores que são formas de representação quantificável de características de produtos e processos, utilizados para acompanhar e melhorar resultados ao longo do tempo. AUDITORIA INTERNA Há cerca de cinqüenta anos a auditoria interna vem sendo adotada por empresas de médio e grande porte como instrumento de gestão nos EstadosUnidos. Contudo, sua existência foi reconhecida por apenas há vinte anos. Na Europa, a prática da auditoria interna foi iniciada pelo Reino Unido, seguido pela Alemanha. Já as empresas portuguesas só recentemente adotaram esse imprescindível meio para melhoria dos seus negócios. No Brasil, a auditoria interna vem sendo adotada pelas empresas há anos, entretanto o seu reconhecimento deu-se apenas nos últimos anos, durante os quais atravessa um processo de transformação e especialização, deixando de adotar uma 12 postura fiscalizadora e punitiva e passando a uma postura técnica e de assistência à empresa. Outro fator é que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), aprovou apenas em 24 de março de 1995, a Norma Brasileira de Contabilidade da Auditoria Interna que tem o objetivo de expor o conhecimento do papel e as responsabilidades do auditor interno, além de determinar uma base para orientação e avaliação do desempenho dessa atividade. Diante do conjunto desses fatos, quanto ao reconhecimento da auditoria interna, tivemos a idéia de realizar o presente trabalho com o objetivo de oferecer uma visão geral sobre o relevante funcionamento da auditoria em uma empresa como meio de estímulo aos profissionais para este ramo da Contabilidade, já que esse tema vem ganhando uma crescente importância nos dias atuais. Portanto, a missão do auditor interno é proteger e servir organizações, público, acionistas, clientes, diretores e a alta administração das empresas. Isso é alcançado através do auxílio aos administradores e a empresa em geral, identificando as perdas e as suas causas, a falta de controle da qualidade e seus efeitos, a visualização das áreas onde a produtividade pode ser melhorada, uma análise acurada dos custos, enfim, uma auditoria voltada para a preservação tanto dos fatos como da integridade das empresas. Apesar da essência da missão corrente da auditoria interna permanecer a mesma, a forma como os auditores a cumprirão tende a mudar consideravelmente já que o processo evolutivo é algo contínuo. 1. Objetivos da Auditoria Interna Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, “a auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da Entidade”. 13 Essa atividade tem sua ótica voltada para o que o controle interno representa à organização de forma a possibilitar o desenvolvimento harmônico, seguro e adequado de todas as ações e permitir o reflexo aos setores e pessoal interessado nas informações. Vale lembrar que auditoria interna equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação dos controles internos, normalmente executado por um departamento especializado, ao passo que o controle interno se refere a procedimentos de organização adotados como planos permanentes da empresa para garantir a continuidade do fluxo de operações e informações proposto através do pessoal qualificado. Muitas vezes, as conseqüências de controles internos inadequados chamam a atenção da administração. As empresas devem ser preventivas e não reativas. Prevenção nem sempre é possível, mas minimização pode ser encontrada desde que todo o pessoal-chave envolvido na determinação de políticas, práticas e procedimentos estejam cientes e empenhados em acreditar nesse caminho. Ao concluir o estudo do controle interno, o auditor interno pode vir examinar as demonstrações financeiras de apenas uma conta, ou verificar o que as fraquezas e aberturas do controle interno permitem em relação a estas. Tem por enfoque os princípios de contabilidade aplicados, os aspectos legais e fiscais das demonstrações financeiras e os aspectos documentais das transições praticadas. As demonstrações financeiras devem expor, com clareza, a situação patrimonial e financeira da entidade em determinado momento. Cabe à auditoria convencer ao mais alto escalão da Entidade que pode auxiliá-la no crescimento dos negócios ao identificar os problemas e sugerir correções. Mas, para que isso ocorra a auditoria interna necessita: 14 1. Ter acesso irrestrito ao universo da empresa; 2. Fazer exames regulares dos segmentos da empresa para averiguação da efetividade do cumprimento das suas funções de planejamento, contabilização, custódia e controle; 3. Reportar prontamente ao pessoal que precisa ser informado sobre os resultados dos exames praticados pela auditoria e 4. Corrigir condições apontadas como deficientes até que se atinja disposição satisfatória. O serviço de auditoria implica o desenvolvimento de um planejamento com objetivos definidos, segundo roteiros, métodos, planos e programas a serem analisadas por passos e com sólidas bases técnicas. 2. O Auditor O auditor deve possuir: Capacidade para aplicação de normas, técnicas e procedimentos na realização da auditoria interna; Capacidade na área de princípios e técnicas contábeis ao fazer registros e relatórios financeiros; Conhecimento dos princípios de administração para verificar a relevância e a significação dos eventuais desvios e Conhecimento dos fundamentos de contabilidade, economia, direito comercial, impostos, finanças, métodos quantitativos e sistemas de processamento eletrônico de dados. A contabilidade capta, registra, acumula, resume e interpreta os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas da entidade de qualquer finalidade. As informações fornecidas pela contabilidade não se limitam à apresentação do balanço patrimonial e a demonstração do resultado, mas ao fornecimento de um fluxo contínuo de informações dos mais variados aspectos de gestão econômica, financeira e gerencial da entidade. 15 A administração dá a capacidade de resolver situações que possam ocorrer, reconhecer eventuais desvios relevantes e efetuar a pesquisa necessária para chegar a soluções viáveis. O planejamento tributário (impostos) passou a ser ponto fundamental para permitir o maior benefício à empresa, sendo adequado em função das alíquotas de impostos e possíveis reduções para o pagamento de impostos. Isso mostra a importância de um auditor ter conhecimento de impostos. O processamento eletrônico mostra a maior preocupação em adequar o sistema de controles internos de tal forma que os dados computadorizados sejam confiáveis e obtidos com critérios adequados, planejados de forma econômica e salvaguardos os direitos da própria empresa. Além disso, é importante que o auditor conquiste o respeito e confiança das pessoas cujo trabalho examina, mantendo relações cordiais e exclusivamente profissionais com as mesmas. Ele precisa ser uma pessoa com conduta correta, independente, confidente, equilibrada e saber colocar a palavra no tempo e local apropriado. 3. O Programa de Trabalho da Auditoria Interna É importante que o auditor tenha o conhecimento prévio dos itens a serem examinados para permitir sua visualização global e desta forma traçar a linha de conduta, os parâmetros a serem utilizados e até onde se deve realizar o trabalho. A execução do trabalho de auditoria é a parte mais complexa e abrangente uma vez que envolve todos os conhecimentos técnicos e administrativos do auditor. A mente aberta e a visão panorâmica do problema auxiliam a encontrar o melhor caminho e as formas de se atingir o objetivo. O auditor deve buscar as causas e as possíveis formas de solucioná-las e não se prender apenas aos efeitos. Essas informações serão valiosas e continuarão para maior eficiência e controle da entidade. 16 A preparação do programa de trabalho aborda os seguintes aspectos: 1. A familiarização que visa contemplar uma abordagem geral da tarefa através do conhecimento das normas gerais, controle e procedimentodo objeto em exame, revisão dos seus trabalhos e relatórios anteriores e análise da evolução das atividades; 2. Em seguida, o auditor deverá selecionar os testes específicos que serão aplicados nos itens selecionados, os quais devem ser anotados de maneira clara e ordenada nos papéis de trabalho para facilitar a execução dos testes e sua revisão; 3. Tanto os testes quanto os procedimentos a serem executados em relação às atividades selecionadas devem ser detalhados minuciosamente e 4. Finalmente, o auditor deverá concluir seu programa de trabalho, efetuando comentários sobre a tarefa feita; destacando os pontos relevantes de auditoria, elaborando recomendações específicas; concluindo sobre os resultados obtidos e evidenciando a revisão e atualização do programa. Segundo ATTIE (1992), esse “programa de trabalho procura encorajar o processamento ordenado do serviço e fornecer registro formal do que se pretende executar para chegar ao objetivo final, além disso, contribui para adequada supervisão do pessoal, visa também controlar o tempo e evidenciar o trabalho realizado”. Para desenvolver um programa de auditoria interna são fundamentais a flexibilidade na seleção e aplicação dos procedimentos e técnicas de auditoria e a diversificação das operações e atividades da empresa. 4. Os Passos da Auditoria Interna Os passos da auditoria são constituídos por: 1. Análise da afirmação 17 Tem o objetivo de identificar a origem e a natureza das afirmações através do auxílio de uma revisão analítica, que pode mostrar ao auditor a existência de maior importância que mereça maior atenção. Inicialmente, deve-se planejar o exame de auditoria onde convém determinar o objetivo de todo o conjunto e dos diversos setores detalhadamente. A partir do momento que o auditor entende o dado em afirmação, poderá estudar melhor seus procedimentos e até idealizar aplicações específicas de acordo com as circunstâncias. 2. Avaliação da afirmação O próximo passo é a avaliação da afirmação onde se determina os métodos e medidas compatíveis e suficientes para a coleta de provas. 3. Obtenção de elementos comprobatórios A obtenção de elementos comprobatórios implica a escolha e aplicação de testes dos procedimentos de auditoria. Os testes classificamse principalmente em testes de procedimentos e testes de saldos. Os testes de procedimento têm o objetivo provar a credibilidade dos procedimentos de controle adotados pela empresa e não a identificação do saldo correto das transações. E os testes de saldos destinam-se a certificar os seguintes aspectos: da existência real das transações e saldos; da correspondência das transações e saldos quanto a empresa e da correta avaliação e aferição dos saldos e transações. 4. Formação de opinião A última etapa é a formação de opinião onde o auditor deve estabelecer as conclusões sobre cada um dos itens examinados e analisar conjuntamente todas as conclusões parciais. Além disso, deve verificar se a conclusão do item em questão está correta e se caso não esteja, que perguntas têm de ser respondidas e que informação é necessária para ter certeza de que o auditor compreende a atividade em exame. 18 5. Finalização do Trabalho A finalização do trabalho compreende o acabamento de um produto final que envolve o fechamento dos papéis de trabalho e emissão do relatório de auditoria. O fechamento dos papéis de trabalho inclui os seguintes itens: revisão final de todo conteúdo; confronto final entre os trabalhos planejado e realizado baseado nos objetivos predeterminados e avaliação do pessoal que executou o trabalho. As funções do relatório de auditoria são comunicação, persuasão e quando necessário causar tomada de decisões corretivas. É fundamental que antes de transcrever estes eventos para os papéis de trabalho, o auditor tenha obtido e confirmado as informações, e à avaliação destes tenham sido pesados, medidos e raciocinados pelo auditor, para evitar informações desnecessárias, indevidas e inconseqüentes que redundem um acúmulo de serviço, custos inadequados e total falta de visão do objetivo principal. A opinião formada pelo auditor precisa estar inquestionavelmente apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos comprovados, evidências factuais e informações irreplicáveis. O relatório emitido deve ser criterioso e apresentado primeiramente aos interessados e após uma reunião formal, emitido a quem de direito. Jamais deve- se perder a chance de apresentá-lo no momento oportuno que cause maior impacto. O relatório é a oportunidade que a auditoria tem de mostrar a administração o que tem a oferecer a melhoria da empresa. Para que o auditor venda seu produto à empresa é preciso visão clara e objetiva da entidade, diagnóstico profissional de sua saúde e foco único sobre seus problemas. Além disso, tem que conhecer seu próprio produto sabendo do que ele é capaz de fazer e o conhecer o cliente e saber o que ele quer. Desta forma a administração se tornará dependente dos benefícios trazidos pelos novos tipos de relatórios e diagnósticos, elevando a auditoria à posição de 19 membro da administração executiva. A administração também pode aprender aceitar a precisão, a objetividade e o bom senso do auditor e a partir de então, transformar os relatórios de auditoria em necessidade. 6. Evolução Técnica do Auditor O processo evolutivo do auditor deve ser constante para não se tornar obsoleto em curto espaço de tempo. Essa atualização é obtida através do treinamento contínuo que visa o crescimento qualitativo da equipe, fornecendo novas habilidades para realizarem um trabalho melhor, ou condições para proceder a um novo trabalho. Comumente, as formas de educação utilizadas são: participações em debates, eventos na empresa, sessões de desenvolvimento técnico e gerencial, palestras dadas por outras organizações, exercícios de auto-desenvolvimento (além da busca por artigos e livros, tempo para assistir ou ouvir rádio ou fitas de vídeo, participação em convenções, livro de exercícios, leituras profissionais, etc). Importante estimular a equipe na busca do conhecimento por esforço próprio, além do treinamento através da pesquisa, seja beneficiando-se por uma já feita ou aperfeiçoandose ao realizar uma nova. A implantação de rodízios de trabalho reúne aspectos positivos a todo pessoal para obtenção do grau de conhecimento de maior amplitude. Para um plano de carreira é importante associar a experiência profissional em conjunto com a evolução técnica. Esse plano de carreira permite adicionar aos poucos conhecimento e técnica na formação do auditor, concedendo a todos os integrantes do quadro de auditoria condições e tempo para que tal evento ocorra. 20 CONTROLES INTERNOS Planejamento organizacional e todos os métodos e procedimentos adotados dentro de uma empresa, a fim de salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e o suporte dos dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a aderência às políticas definidas pela direção, com o objetivo de evitar FRAUDES, ERROS, INEFICIÊNCIAS e CRISES nas empresas. A Auditoria Gerencial avalia o nível de segurança dos controles internos existentes na empresa, sugere e recomenda a implementação ou melhoramento de mecanismos internos de prevenção. Também, funciona assessorando a administração da empresa ao identificar a inexistência, deficiência, falha ou não cumprimento do controle interno, para isso o Auditor deverá ter conhecimento da funcionabilidade e aplicação desses mecanismos na empresa. Esta obra visa abrir o raciocínio do Auditor para avaliar a segurança dos controles internos na organização. Aspectos Gerais 1. Devem ser: a) Úteis – quando salvaguarda os ativos da empresa e promove o bom desenvolvimento dos negócios, protegendo asempresas e as pessoas que nela trabalham; b) Práticos – quando apropriado ao tamanho da empresa e ao porte das operações, objetividade ao que controlar e simples na sua aplicação; c) Econômicos – quando o benefício de mantê-lo é maior que o seus custo (custo/benefício). 2. Importância 21 a) Salvaguardar o ativo – proteger os ativos de eventuais roubos, perdas, uso indiscriminado ou danos morais (imagem da empresa); b) Desenvolvimento do negócio – sistema de controle interno que permita a administração agir com a maior rapidez e segurança possível nas tomadas de decisões. c) Resultado das operações – fornecer à administração, em tempo hábil, informações que possibilitem o aproveitamento de todas as oportunidades de bons negócios, redução de custo e aumento do nível de confiança dos clientes e funcionários da empresa. d) Para que a empresa cumpra seus conceitos e finalidades Toda e qualquer empresa existe para cumprir com, no mínimo, três grandes fins: - cumprir com seu objetivo social – lucro, bem-estar da comunidade, formação política, etc; - atender às necessidades e expectativas de seus clientes; - proporcionar um ambiente rico e saudável para as pessoas que ali trabalhem, proporcionando condições para que essas pessoas possam aprimorar continuamente suas habilidades técnico profissionais e humanas e recompensando-as pelos seus desempenhos (seja mediante elogios, prêmios ou promoções). As pessoas devem saber como são avaliadas e participar desse processo. 3. Ambiente propício para existir um bom controle interno inclui: Princípios éticos e retidão e integridade dos funcionários e da empresa; Estrutura organizacional adequada; Comprometimento com a competência e a eficiência; Formação de uma cultura organizacional; Estilo e atitude exemplar dos administradores; Políticas e práticas adequadas de RH; Sistemas adequados. 22 4. O controle é exercido por meio de cinco atividades básicas: I. Segurança e proteção dos ativos e arquivos de informação. II. Documentação e registros adequados. III. Segregação de funções. IV. Procedimentos adequados de autorizações para o processamento das transações. V. Verificações independentes. 5. Tipos de controles internos A Exposição de Normas de Auditoria nº 29 (ENA 29) estabelece que o sistema de controle interno de uma empresa se decompõe em dois grupos de controle: os de natureza contábil e os de natureza administrativa. Os controles contábeis compreendem o plano de organização e todos os sistemas, métodos e procedimentos relativos a: A. Salva-guarda dos bens, direitos e obrigações; B. fidedignidade dos registros financeiros. Exemplos: Sistema de autorização e aprovação de transações Princípios de segregação de tarefas Controles físicos sobre os bens e informações Custódia de bens e direitos. Os controles administrativos compreendem o plano de organização, os sistemas, métodos e procedimentos pela direção com a finalidade de contribuir para: 23 Eficiência e eficácia operacional; Obediência a diretrizes, políticas, normas e instruções da administração. Exemplos: Programas de treinamento e desenvolvimento de pessoal; Métodos de programação e controle de atividades Sistemas de avaliação e desempenho Estudos de tempos e movimentos Os programas que uma empresa desenvolve para o treinamento e desenvolvimento de seu pessoal tem por finalidade contribuir para que tenhamos pessoas mais capacitadas, e tais pessoas, sendo mais e melhor capacitadas, tendem a provocar menor quantidade de erros durante a execução de suas funções, colaborando para maior qualidade do fluxo de transações da empresa. 24 Figura 2 Fonte: Oliveira, 2012. 25 6. FUNÇÕES DOS GERENTES/ADMINISTRADORES Para o bom andamento de uma política de controles internos na empresa é imprescindível que os gerentes e administradores, além de estilo e atitude exemplar, cumpram suas funções: a) Estabelecer objetivos/metas – o que se deseja atingir, em quando tempo e a que custos (quais os recursos necessários e suas estimativas de valores). Sistemática para o estabelecimento de objetivos/metas: Obter a participação das pessoas que, ao seu ver, estarão envolvidas; Expor as idéias e estar aberto a receber críticas, ponderações, sugestões. Pode-se vir a propor objetivos ainda mais audaciosos que aqueles que se pretendia atingir. Serão os objetivos de todos e não os seus, e terão maiores possibilidades de êxito. Formalizar com clareza, o que se pretende realizar/atingir; Definir em quanto tempo; Estabelecer como serão conduzidas as ações, deixando claro quem será responsável por quais ações e onde e quando elas deverão ter lugar; Indicar o custo que está disposto a incorrer para atingir o objetivo ( por exemplo deixar de sair de férias); Criar uma sistemática de controle que permita a você e aos demais saber, em momentos oportunos, como se estão saindo, possibilitando correções de rumo, sempre que necessário; Deixar claro o que dará em troca quando atingir o seu objetivo. b) Planejar – que é a determinação, o claro possível, de como iremos agir para viabilizar a consecução daqueles objetivos/metas. Planejar é, portanto, estabelecer as diretrizes, estratégias e políticas que nortearão o desempenho de todos na empresa, responsáveis pelo atingimento dos objetivos/metas. 26 c) Organizar – a colocação, a disposição dos recursos, conforme previstos no planejamento, para que se possa agir e cumprir com os objetivos-metas. Organizar é colocar o recurso certo, no lugar e no momento certo, sempre como determinado pelo planejamento. É deixar bem claro quem faz o que, por que, onde, quando e como. Compete à função de organizar deixar claro: O que deve ser feito; Quem é responsável pela execução; Quando e onde deverá ser executado; e Como fazer, como devem ser executados os procedimentos. d) Comandar – sem ação nada realiza. Assim, o comando é o meio de nos assegurarmos de que cada um cumprirá com o quanto lhe tenha sido designado. É fazer cumprir ordens dadas. e) Coordenar – é o aspecto mais humano do conjunto de funções. É saber orientar, ensinar, avaliar, premiar e, quando necessário, punir. É a harmonização do trabalho das pessoas, uma forma de transformar um grupo em uma equipe. Um grupo de trabalho se transforma em equipe quando o líder possuir for capaz de exercer adequada coordenação. f) Controlar – é a verificação do andamento dos trabalhos e das realizações, comparado com aquilo que tínhamos em vista (nossos objetivos, metas, orçamentos, etc.) e, quando detectado que algo se comporta de modo inadequado ao que pretendemos e /ou que os resultados menos favoráveis estão sendo alcançados, tomar as necessárias medidas de correção de rumo, atual e futuro. O Controle normalmente se faz mediante a avaliação, comparação de números ( quantidades, valores, percentagens, etc.). Existem três formas de controles: a) Prévio – controle exercido a partir da projeção dos dados reais e a comparação dos resultados prováveis contra aquele que pretendemos atingir; b) Durante o fato, é o controle exercido no momento da ocorrência de desvios, fraudes ou falhas; 27 c) Após o fato, o máximo que podemos fazer é tomar medidas para que o fato semelhante não venha a ocorrer. 28 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS A auditoria é fundamental nas empresas, pois podem se descobrir fraudes, erros, onde são verificados documentos, fichas, arquivos e as anotações que comprovem a legitimidade dos atos administrativos, com isso o auditor pode orientar e dar seu parecer ao administrador da situação da empresa. Existem fatos que apresentam o surgimentoda auditoria como provas arqueológicas entre a família real de Urukagina e o templo sacerdotal sobre inspeções e verificações de registros realizados e datam de mais de 4.500 anos antes de Cristo, como também relatos de práticas de auditoria realizadas nas províncias romanas através de cartas enviadas a Trajano (97-117 d.c.) escritas por um jovem chamado Plínio (61-112 d.c.). O surgimento da auditoria, segundo alguns autores mencionam em seus livros, surgiu primeiramente na Inglaterra, pois foi a primeira a criar a taxação do imposto de renda, baseados nos ganhos das empresas, era dominadora dos mares e controlava o comércio mundial e foi a primeira a possuir as grandes companhias de comércio. 29 3. Referência ARAÚJO, A. F. de. BARBOZA, R. J. GOMES, E. D. Auditoria: alguns aspectos a respeito de sua origem. Revista científica eletrônica de ciências contábeis- FAEG/FAEF e Editora FAEF, Ano VII – Número 13 – Maio de 2009. FRANCO, A. A. D. REIS, J. A. G. O papel da auditoria interna nas empresas. VI – Ciências Sociais Aplicadas. VIII Encontro Latino Americano de Iniciação Cientifica e IV Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba. GRATERON, I. R. G. Auditoria de gestão: utilização de indicadores de gestão no setor público. Cad. estud. N°. 21 São Paulo May/Aug. 1999. ____________, Auditoria Gerencial. POLUX Consultoria Empresarial. ____________, Auditoria Gerencial. Portal de auditoria. Pontos retirados da Obra Auditoria Gerencial. ____________, Controle interno. Portal de auditoria. Pontos retirados da Obra Auditoria Gerencial.
Compartilhar