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cinesiologia VI

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Fundamentos de 
Cinesiologia Aplicados 
à Educação Física
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Eric Leal Avigo
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
• Aspectos Gerais da Cinética Linear
• Grandezas Físicas Associadas à Força e ao Movimento
• Torques e Alavancas
• Equilíbrio e Estabilidade
 · Permitir ao aluno conhecer os principais aspectos da cinética, mais 
especificamente a cinética linear, bem como os efeitos das forças no 
movimento do ser humano e de objetos utilizados por ele na prática 
de atividade física e esportes.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Seja bem-vindo(a) às nossas discussões sobre fundamentos de Cinesiologia 
aplicados à Educação Física!
Saiba que esta Disciplina tem como propósito o estudo dos princípios da Ana-
tomia aplicados à execução do movimento humano e dos fatores mecânicos 
internos e externos associados à execução desse movimento; conhecer a des-
crição da terminologia de movimento adotada por profissionais da área da 
saúde e visão geral dos aspectos cinesiológicos e biomecânicos que são utiliza-
dos na análise do movimento humano; além de lhe proporcionar momentos 
de leitura – textual e audiovisual – e reflexão sobre os temas que serão aqui dis-
cutidos, contribuindo com sua formação continuada e trajetória profissional.
Esta Disciplina está organizada em seis unidades, cujo eixo principal será 
conhecer os conceitos da Cinesiologia e Biomecânica, e relacioná-los às 
análises de movimentos dos executantes durante as aulas de Educação Física 
e prática de atividades físicas; criar meios de análise dos movimentos dos 
executantes nas aulas de Educação Física e durante a prática de atividades 
físicas; aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos à atuação profissional; 
além de adequar os movimentos conforme a capacidade e necessidades 
individuais dos executantes. Isso é o que você encontrará nas próximas 
unidades, está preparado(a) para embarcar nesta viagem de estudos sobre o 
movimento do corpo humano?
ORIENTAÇÕES
Conceitos de Cinética para Análise 
do Movimento Humano
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Contextualização
Qual o efeito das forças no movimento humano? É possível que exista movimento 
em um corpo e/ou objeto se não houver nenhuma força atuando sobre eles? Por 
que seria importante estudar os efeitos das forças no movimento?
Acredite, as forças são muito mais importantes do que imaginamos! Sem elas 
não andaríamos, correríamos, realizaríamos qualquer habilidade motora, qualquer 
movimento, seja o mais simples possível. Existem forças internas e externas 
atuando sobre o ser humano. A forças internas você já conhece, podemos resumi-
las principalmente às contrações musculares. Já as forças externas são muitas 
e apesar de certamente você também conhecer algumas delas, ao longo desta 
Unidade abordaremos esse assunto com mais detalhes.
Fonte: iStock/Getty Images
Como arremessar uma bola mais longe? Dentre as possibilidades, você 
provavelmente responderia: colocando mais força sobre ela. Como andar, correr, 
locomover-se de forma mais rápida? Dentre as possibilidades, provavelmente em 
sua resposta haveria algum aspecto de força relacionado, como correr colocando 
mais força para impulsão. Como saltar mais alto ou mais longe? Não há dúvidas 
que mais uma vez você associaria colocar mais força para um melhor desempenho. 
Força vai muito além de atividade física e esporte, pense nas tarefas do dia a dia, 
em praticamente tudo os aspectos de força estão envolvidos, afinal, vida é sinônimo 
de movimento e sem força não há possibilidade de movimento!
Pense em uma possibilidade de movimento sem que haja alguma força 
envolvida. Assim, as forças são importantes de serem estudadas, principalmente 
por profissionais que lidam com o movimento humano.
Mergulhe em nossa última Unidade de estudos com empenho e dedicação, pois 
é hora de encerrar os conteúdos em cinesiologia com chave de ouro.
6
7
Aspectos Gerais da Cinética Linear
Mecanicamente, podemos definir movimento como a mudança de posição de um 
corpo ou objeto no espaço. O ser humano se movimenta para mudar a posição de 
partes do corpo (segmentos) ou do corpo todo no espaço a fim de interagir com os 
objetos, com outras pessoas e com o ambiente. Para que o movimento de um objeto 
ou de um corpo ocorra, é necessária a atuação de uma força que seja suficiente para 
gerar esse movimento. Mas, o que é força? Como podemos definir força?
Importante!
Força pode ser defi nida como a interação entre dois objetos na forma de tração ou 
tensão, compressão ou empurrão e atração. Simplifi cadamente, força também pode 
ser defi nida como um empurrão ou um puxão. Toda força pode gerar, alterar e parar 
um movimento. Por exemplo, quando um jogador de futebol chuta uma bola que está 
parada na marca do pênalti o contato ou interação entre o pé do jogador e a bola faz 
com que essa bola entre em movimento (o pé gera movimento da bola). Um jogador de 
voleibol quando defende a bola cortada pelo oponente muda a direção da bola, ou seja, 
altera sua trajetória. Por fi m, quando o goleiro agarra uma bola chutada pelo atacante 
ele interage com a bola, parando o movimento da mesma.
Importante!
Além de gerar, alterar ou parar um movimento, a força também pode gerar a 
deformação de um ou de ambos os objetos. Quando uma bola de tênis entra em 
contato com a raquete, ambas – a bola e as cordas da raquete – se deformam 
temporariamente. Após o término do contato entre a bola e a raquete os dois 
objetos retornam aos seus tamanhos a formas originais. Isso ocorre devido às 
propriedades elásticas apresentadas pela maioria dos objetos. Em muitos casos a 
força exercida pode ultrapassar certo limite – elástico – e a deformação de um ou 
ambos objetos podem se tornar permanentes.
O matemático inglês Isaac Newton (1642-1727) elaborou três leis de movimento, 
além da lei de gravitação universal, baseado nos efeitos das forças sobres os corpos 
e/ou objetos. Muitas ideias sobre Mecânica (e cálculo) surgiram durante um retiro 
de dois anos na fazenda de sua família, devido à peste na Inglaterra que causou o 
fechamento temporário da Universidade de Cambridge, onde Newton trabalhava 
como professor. As três leis de movimento mais conhecidas como as três leis de 
Newton formam a base para a mecânica moderna.
A primeira Lei de Newton, batizada como a “Lei da inércia” assume que um 
corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme (velocidade 
constante), em linha reta, a não ser quando influenciado por uma força externa 
capaz de modificá-lo. Baseado nessa Lei, dois pontos importantes para nós podem 
ser destacados: (1) é necessária força para mudar o estado de movimento de um 
corpo ou objeto; (2) objetos em movimento tendem a permanecer em movimento. 
Obviamente, qualquer pessoa que se movimenta ou que induz movimento em 
7
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
algum objeto utilizado na Educação Física e esporte, é fruto de uma força que atua 
sobre ela, bem como uma força agindo sobre esse objeto, ou seja, se nenhuma 
força resultante atua não haverá movimento.
A Lei de Newton que expressa a relação entre força e movimento é conhecida 
como “Lei da aceleração” ou segunda Lei do movimento de Newton. De acordo 
com essa Lei: “A mudança do movimento de um objeto é proporcional à força 
aplicada sobre ele e ocorre na direção de uma linha reta na qual a força é aplicada”. 
Ainda, a 2a Lei de Newton também pode ser enunciada como: “A força resultante 
que atua sobre um corpo é proporcional ao produto da massa pela aceleração por 
ele adquirida”. Em termos matemáticos, definimos que F = m . a, onde F é a força, 
m é a massa do objeto e a é a aceleração adquirida pelo mesmo devido à aplicação 
da força. A unidade de medida da força é kg . m/s2, ou seja, quilogramas metro 
por segundo ao quadrado, o que foi chamado de Newton em homenagem a Isaac 
Newton. Assim,1 N é equivalente a 1 kg . m/s2.
Relação Força – Movimento
Lei da aceleração (2ª Lei de Newton)
A mudança de movimento de um objeto é proporcional à força e é feita na 
direção de uma linha reta na qual a força é aplicada.
F = m ⋅ [(vf – vi)/∆t]
F = m.a
Unidade de medida:
m = kg
a = m/s2
F = kg ⋅ m/s2
1 kg ⋅ m/s2 = 1N (Newton)
Várias forças podem atuar em objeto ao mesmo tempo, conforme é representado 
a seguir (Figura 1). O resultado é uma força única (força resultante), que reflete as 
magnitudes e direções das forças atuando no objeto.
Box Box
BoxBox
5 N 5 N
5 N
5 N5 N 5 N 3 N
5 N
2 N
2 N
2 N
2 N
2 N
2 N
( 1 ) ( 3 )
( 4 )( 2 )
Figura 1 – Exemplos de forças em diferentes direções e sentidos atuando sobre um corpo ou objeto
8
9
Assim, para entendermos os efeitos de uma 
ou mais forças aplicadas a um objeto temos 
que saber da quantidade de força aplicada 
(magnitude), a direção em que a força é aplicada 
(força resultante); o ponto de aplicação, ou seja, 
o local onde a força é aplicada sobre o objeto, a 
linha de ação, ou seja, a linha reta que se estende 
através do ponto de aplicação e infinitamente 
ao longo da direção da força e, finalmente, a 
orientação da linha de ação de uma força que 
fornece informação sobre o ângulo de aplicação 
da força com relação à superfície do objeto. Essas 
propriedades de uma força são exemplificadas a 
seguir (Figura 2):
A terceira Lei de Newton, denominada “Lei 
da ação-reação” assume que para toda ação 
há sempre uma reação igual em magnitude e 
oposta em direção.
Vetor 
(magnitude e direção)
Linha de ação
Ponto de aplicação
Ângulo 
de tração
Figura 2 – Propriedades de uma força 
(contração muscular) agindo na 
articulação do cotovelo
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Dois pontos importantes precisam ser destacados: (1) as forças resultam em 
forças de “reação” que agem no corpo; e (2) para cada força aplicada pelo corpo 
a um objeto, o objeto aplica uma força igual contra o corpo. Um exemplo simples 
dessas forças de reação atuando no movimento humano é uma pessoa que corre 
impulsionando seu corpo a partir do contato dos pés com o solo. A partir da força 
exercida pela pessoa contra o chão uma força de reação oposta age contra ela 
na sola do seu tênis a impulsionando para frente. Outros exemplos poderiam ser 
citados, tais como uma pessoa que salta, quanto mais a mesma empurra o chão, 
mais o chão a “empurrará” de volta; uma pessoa que rebate uma bola com uma 
raquete, a força que ela exerce sobre a bola também é devolvida contra a raquete, 
sendo que o movimento, obviamente, acontece no corpo (bola) com menor massa. 
Alguns desses exemplos são ilustrados a seguir (Figura 3):
ação reação
 
Figura 3 – Exemplos da terceira Lei de Newton na Educação Física e esporte
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
9
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Conforme já abordado em outras unidades, cinética é a área da Física que 
investiga os efeitos das forças sobre o movimento de um corpo ou objeto. As 
forças de reação, em função das suas características, podem ser classificadas como 
forças de contato e forças de não contato (ou de atração). A seguir abordaremos 
a força de não contato que é mais importante para o movimento humano, a força 
da gravidade.
Força de Contato: Gravidade
Importante!
A força de não contato ou de atração principal é a força da gravidade, que pode ser 
definida como uma força que faz com que dois corpos sejam atraídos um em direção ao 
outro, sendo essa força diretamente proporcional à massa dos dois corpos e inversamente 
proporcional ao quadrado da distância entre eles. Essa força é a que mantém a Lua 
próxima da Terra. Da mesma forma, a força da gravidade é a força que mantém ou tende 
a manter os corpos no chão; é a força que faz com que a bola lançada para cima retorne 
e bata no chão.
Importante!
Newton trouxe contribuições muito importantes a partir de suas três leis de 
movimento e da Lei da gravitação universal, em seu retiro na fazenda da família, 
após observar o movimento das maçãs que caiam de uma árvore, algo que só 
acontecia por conta de uma força externa de não contato, a força da gravidade 
agindo sobre elas.
Figura 4 – Representação da queda das maçãs observadas por Newton, 
algo que impulsionou suas ideias sobre a força da gravidade
Fonte: iStock/Getty Images
O peso de um corpo representa a ação da força da gravidade sobre esse corpo e é 
calculada como a massa desse corpo (m) multiplicado pela aceleração de um corpo 
devido à ação da gravidade (g). Assim, a equação que define o peso de um objeto 
é P = m . g.
10
11
Importante!
Qual seria o peso de um objeto de 10 kg na superfície da Terra? Sabendo que o valor 
de g na superfície do planeta Terra é de 9,81 m/s2, o peso desse objeto no planeta 
Terra é de 98 N. Mas por que a unidade de medida de peso é Newtons? Porque peso é 
uma força que representa a ação da força da gravidade sobre um objeto. Qual seria o 
peso desse mesmo objeto de 10 kg na Lua? E em Marte? É diferente do peso do objeto 
na Terra? A resposta é sim. Mas por quê? A Lua, por ter uma massa menor que a Terra, 
atrai os corpos com uma força menor e isso pode ser determinado pela aceleração 
de um objeto imposta pela força da gravidade da Lua. Da mesma forma, em Marte, 
o peso desse objeto será menor que o peso do objeto na Terra. Mas menor quanto? 
Sabendo que a aceleração devido à gravidade na Lua é igual a 1,62 m/s2 e em marte 
é de 3,71 m/s2, o peso do objeto de 10 kg na Lua é igual a 16,2 N e em Marte é igual a 
37,1 N; bem menor que o peso desse objeto na Terra, 98,1 N. 
Trocando ideias...
Se alguém lhe perguntar qual é o seu peso corporal, o que você responderia? 
Muitos, mesmo depois dessa explicação responderia, por exemplo: “Eu peso 76 
kg”. Qual é o problema dessa afirmação? Quando o indivíduo diz que pesa 76 kg, 
na verdade ele está querendo dizer que a massa corporal dele é de 76 kg. Massa 
e peso são duas grandezas físicas relacionadas, mas diferentes. Massa é definida 
como a quantidade de matéria que compõe um corpo e tem como unidade de 
medida no sistema internacional (SI) o quilograma (kg). Já o peso representa a ação 
da força gravitacional sobre um corpo e tem como unidade de medida Newtons 
(N). A massa é constante, ou seja, é a mesma na Lua, na Terra, em Marte, no 
espaço. Já o peso de um corpo muda em função do campo gravitacional onde esse 
corpo se encontra. Por fim, a massa é uma grandeza física escalar, que é definida 
simplesmente pela sua magnitude e o peso é uma grandeza vetorial, definida pela 
sua magnitude, sentido e direção.
Grandeza escalar: aquela que é defi nida apenas utilizando um número (magnitude) e uma 
unidade de medida. Exemplos: massa, temperatura, volume, área, tempo.
Grandeza vetorial: aquela que somente fi ca caracterizada quando conhecemos, pelo 
menos, uma direção, um sentido, um número (magnitude) e uma unidade.
Ex
pl
or
Tabela 1 – Diferenças entre massa e peso
Massa Peso
É uma grandeza escalar. É uma grandeza vetorial.
É uma característica do corpo, e não depende da 
posição nem local em que ele se encontra. 
Depende do campo gravitacional
Exemplo: seu peso na Lua é diferente do seu peso 
em Marte, que é diferente do seu peso na Terra.
É medida em quilogramas – “kg” (SI) É medido em Newtons – “N” (SI)
11
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Conceitos associados ao peso e à massa são centro de gravidade e centro de 
massa, respectivamente. O Centro de Gravidade (CG) ou baricentro é definido 
como um ponto imaginário em torno do qual o peso do corpo está igualmente 
distribuído em todas as direções. O CG é o ponto onde a força da gravidade age 
sobre o corpo. Um corpo girando livre no espaço também gira ao redor do seu CG.
Sustentação
Arrasto
Empuxo
Peso
Figura 5 – Exemplos da localização do centro de gravidade em diferentes objetos
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Já o Centro de Massa (CM) é definido como um ponto imaginárioem torno 
do qual a massa do corpo está distribuída uniformemente e é considerado o ponto 
de equilíbrio do corpo. Na maioria dos casos, o CM e o CG são localizados no 
mesmo ponto do corpo e, por essa razão, pode-se utilizar os termos de maneira 
intercambiável, mesmo que indiquem conceitos diferentes.
Figura 6 – Exemplos da localização do centro de massa em diferentes objetos
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
12
13
A localização do CM no corpo humano varia com a idade, sexo e composição 
corporal. Ela também pode variar em função da posição assumida pelo corpo. 
Na posição anatômica de referência, a altura do CM a partir do solo é de 
aproximadamente 56% dessa altura para os homens e 54% dessa altura para as 
mulheres. Por exemplo, a altura do CM de um homem com 1,75 metros de estatura 
é 0,98 metros e de uma mulher de mesma estatura é 0,945 metros. Com relação 
à posição do CM na direção mediolateral, o mesmo se localiza na linha média do 
corpo, linha essa que divide os lados direito e esquerdo do corpo. Por fim, com 
relação à posição do CM na direção anteroposterior, o mesmo se localiza cerca de 
2,5 cm à frente do maléolo lateral do tornozelo.
 
 
Figura 7 – Exemplos da localização do centro de massa no movimento humano
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
13
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Forças de Contato
Em algum momento da sua vida você já deve ter ouvido alguém dizer que “dois 
corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo”. Isso 
realmente é verdade. Quando um corpo tenta ocupar o lugar de um outro corpo no 
espaço, esse corpo, de algum modo, reage à força imposta por esse outro corpo. 
Assim, podemos dizer que um corpo reage ao contato do outro. As figuras (8) a 
seguir são autoexplicativas e exemplificam que dois corpos não podem ocupar o 
mesmo espaço. Essa relação entre os corpos pode ser resumida pela terceira Lei 
de Newton, ou Lei da ação e reação: “Para cada ação, existe uma reação igual e 
contrária. Quando um corpo exerce uma força sobre outro, este segundo corpo 
exerce uma força de reação que é igual em magnitude e contrária em direção sobre 
o primeiro corpo”
Figura 8 – Dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, conforme a Lei da ação-reação de Newton
Fonte: iStock/Getty Images
Importante!
As forças de reação podem ser decompostas em componentes. A componente de força 
que atua perpendicularmente à superfície de contato entre os corpos em contato é 
chamada de força de reação normal (N). Já a componente que age paralelamente à 
superfície de contato entre dois objetos é chamada de força de atrito. A Figura a seguir 
representa essas duas forças.
Importante!
Figura 9 – Representação das forças de contato normal e de atrito
14
15
A força de reação normal é definida como a componente de força que atua 
perpendicularmente (contra) a superfície de contato. A força de reação normal 
é equivalente ao peso de um objeto em magnitude, mas contrária em direção, 
quando este objeto se encontra parado em uma superfície plana. Da mesma 
forma, a força de reação normal é equivalente à força que aplicamos em uma 
parede, mas contrária em direção quando fazemos um exercício de alongamento 
do gastrocnêmio (Figura 10). Já quando seguramos um copo, a força normal é 
equivalente à somatória das forças aplicadas pelas pontas dos dedos sobre o copo.
5 N 5 N
 
Figura 10 – Exemplos da força de contato normal: força exercida sobre a parede em 
um alongamento e força exercida sobre um copo que é segurado pelos dedos
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Quando andamos, corremos ou saltamos, aplicamos força contra o solo e o 
solo responde aplicando a mesma quantidade de força que aplicamos sobre ele, 
mas em sentido contrário. Quando essa força for perpendicular à superfície de 
contato entre o pé e o chão, chamamo-la de força de reação normal. Quando 
estamos parados, essa força é equivalente ao peso do nosso corpo. Quando 
nos movimentamos, essa força pode se apresentar menor ou maior que o peso 
corporal. Quando estamos andando e corremos, essa força é maior que o peso 
corporal, quando tocamos o calcanhar no chão após o balanço da perna (impacto) 
e quando propulsionamos nosso corpo para cima para iniciarmos o balanço da 
perna (movimento da perna para frente no ar) no final da fase de apoio. Já quando 
aplicamos um movimento para realizar um salto vertical, temos que executar uma 
força que equivale aproximadamente a três vezes para que possamos sair do chão 
direcionando nosso corpo para cima. Por outro lado, quando aterrissamos, temos 
que lidar com forças normais que podem chegar a cinco vezes o peso corporal e 
essa força deve ser dissipada ou amortecida pelos músculos do nosso corpo para 
não causar lesões nos ossos e articulações.
A força de atrito é uma componente da força de reação que atua paralelamente 
na interação das superfícies em contato de dois objetos. Essa força atua na direção 
oposta àquela do movimento real ou iminente e que impede ou dificulta um objeto 
de deslizar sobre o outro. A força de atrito é um produto da força de reação normal 
(N) e do coeficiente de atrito (μ). A força de reação normal foi mencionada anterior-
mente. Já o coeficiente de atrito expressa a dificuldade das superfícies de dois corpos 
em contato de deslizar uma em relação à outra. Essa dificuldade está relacionada ao 
grau de entrelaçamento das superfícies em contato. Quanto mais imperfeitas ou irre-
15
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
gulares são as superfícies dos objetos em contato, maior o coeficiente de atrito. Vale 
ressaltar que o coeficiente de atrito não é baseado nas características de apenas uma 
das superfícies em contato – e sim da interação das duas superfícies.
Força 
Normal
Força 
de atrito
Força 
de peso
Força 
Motriz
Imagem ampliada 
do ponto indicado
Figura 11 – Representação da relação entre força de contato normal 
e força de atrito, bem como ao que se refere ao coeficiente de atrito
Na verdade, para cada interação entre superfícies, existem dois valores de coefi-
ciente de atrito, um chamado de coeficiente de atrito estático e outro como coeficiente 
de atrito cinético ou dinâmico. O estático representa o coeficiente de atrito quando há 
relação entre as superfícies quando os objetos em contato estão parados (em repouso). 
O cinético representa o valor do coeficiente de atrito quando os objetos em contato 
estão em movimento, um em relação ao outro. Praticamente em todos os casos, o 
coeficiente de atrito cinético é sempre maior que o coeficiente de atrito estático.
Tabela 2 – Exemplos de coeficientes de atrito estático e cinético (dinâmico)
Superfícies em Contato Estático (ms) Cinético (mk)
Teflon com Teflon 0,04 0,04
Borracha no Concreto (molhado) 0,30 0,25
Borracha no Concreto (seco) 1 0,8
Aço no Aço 0,74 0,57
Metal em Metal (lubrificado) 0,15 0,06
Articulações Sinoviais 0,01 0,003
Pranchas de esqui (sobre neve molhada) 0,14 0,1
Gelo em Gelo 0,1 0,03
Madeira em Madeira (Áspera) 0,5 0,4
Importante!
Em atividades como andar e correr o atrito entre o calçado e a superfície (solo) deve 
ser apropriado. Se o atrito for baixo, a pessoa tende a escorregar, se o atrito for alto, a 
pessoa tende a tropeçar. Por exemplo, as chuteiras usadas por jogadores de futebol são 
utilizadas para evitar que a pessoa escorregue, pois os cravos aumentam o coeficiente 
de atrito entre a sola da chuteira e a grama. Porém, o aumento do atrito pode provocar 
lesões quando o pé fica preso na grama durante uma jogada. Podemos ainda ver a 
aplicação da força de atrito em vários esportes. Por exemplo, o goleiro usa luvas para 
aumentar o coeficiente de atrito entre a mão e a bola. A bola de basquetebol tem uma 
superfície áspera e cheia de pequenos pontos ressaltados para aumentar o coeficiente 
de atrito entre a bola e a mão a fim de evitar que escorregue durante o recebimento de 
um passe. Pense e descreva outros exemplos sobre a relação entre o atrito eo esporte.
Você Sabia?
16
17
A força elástica também pode ser considerada uma força de reação. A força 
elástica pode ser definida como uma força de restauração – uma força que faz com 
que o material retorne ao seu tamanho original após este mesmo ser deformado 
(aumentar ou diminuir de comprimento). Uma mola quando não há força sendo 
aplicada sobre ela tem um comprimento de repouso. Quando uma força é exercida 
sobre essa mola, comprimindo-a ou alongando-a, tende a fazer uma força para 
voltar ao seu tamanho original. A essa força de restauração damos o nome de força 
elástica. Essa força depende da mudança no comprimento (∆S) e da constante 
elástica (k) que representa a rigidez do objeto.
Materiais com propriedades elásticas são usados como ferramentas para 
a realização de exercícios visando o fortalecimento muscular. Por exemplo, 
atualmente, a realização de exercícios com fitas elásticas é uma tendência em locais 
de prática esportiva. Pode-se usar essas fitas elásticas também na escola para esse 
fim. Tubos de látex de baixo custo usados em hospitais também podem ser usados 
para realização de exercícios utilizando a força elástica como resistência.
 
Figura 12 – Exemplos de força elástica
Fonte: iStock/Getty Images
Os nossos músculos também possuem propriedades elásticas. Quando alongamos 
os músculos, tendem a retornar ao seu comprimento de repouso. A propriedade 
elástica dos músculos é garantida pela presença de tecido conjuntivo elástico que 
forma o endomísio, epimísio e perimísio que envolvem as fibras, feixes de fibras 
(fascículos) e o músculo como um todo, respectivamente. Em muitos movimentos 
que realizamos diariamente, fazemos uso dessa força elástica gerada pelos músculos. 
Por exemplo, quando andamos, corremos, saltamos e arremessamos, alongamos 
os músculos em determinado momento e esse alongamento faz com que o músculo 
armazene força elástica que é restituída ou devolvida em forma de força quando 
o músculo encurta para gerar força. Assim, a força total que o músculo produz 
para realizar esses movimentos pode ser produzida de forma ativa, por meio da 
contração muscular; e de forma passiva, por meio da força elástica.
17
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
 
Figura 13 – Exemplos de força elástica no movimento humano
Fonte: iStock/Getty Images
Grandezas Físicas Associadas à 
Força e ao Movimento
Grandezas físicas diretamente associadas à força e ao movimento e que devem 
ser mencionadas são impulso, momento linear, trabalho e potência. Impulso é 
definido como o produto da força e tempo de ação da força (I = Fxt). A unidade 
de medida do impulso é Newtons-Segundo (N.s). Por exemplo, podemos calcular 
o impulso que “impulsiona” e que leva uma bola a realizar um movimento. Para 
isso, precisamos saber quanta força é aplicada em uma bola e qual é o tempo de 
aplicação dessa força (tempo de contato entre o pé e a bola). Da mesma forma, 
podemos calcular o impulso que leva uma pessoa a saltar mais alto. Para isso, 
temos que calcular a força média aplicada durante o movimento do salto e o tempo 
que essa força foi aplicada. 
Outra grandeza física relacionada à força é o momento linear. Momento 
linear é definido como a quantidade de movimento que um corpo possui e é 
calculado multiplicando a massa do corpo pela velocidade de movimento (Q = 
mxv). A unidade de medida de momento linear é quilograma-metro por segundo 
(kg.m/s). Uma pessoa de massa 70 kg correndo com velocidade constante de 5 
m/s possui momento linear de 350 kg.m/s. Se essa pessoa se choca de frente 
com outra pessoa de 100 kg, correndo a uma velocidade de 3 m/s resultaria em 
um movimento na direção da pessoa de 70 kg, pois apresenta um momento linear 
maior que a pessoa de 100 kg. Existe uma relação direta entre impulso e momento. 
Na verdade, podemos dizer que o impulso resulta em momento linear ou impulso é 
igual a variação de momento linear. Observe essa relação, matematicamente:
18
19
F m a
a v t
F m v t
F t m v
I F t
Q m v
I Q
= ×
=
= × ( )
× = ×
= ×
= ×
=
/
/
Assim, uma pessoa que gera mais impulso durante um movimento para o salto 
vertical saltará mais alto, pois a quantidade de movimento ou momento linear 
gerada será maior.
Para mais informações e exemplos sobre a relação de impulso e momento linear, inclusive 
como utilizar as fórmulas matemáticas, você pode acessar um dos livros da Referência 
básica desta Unidade (HALL, 2009), especifi camente o capítulo 12, sobre cinética linear do 
movimento humano.
Ex
pl
or
Trabalho mecânico é definido como o produto entre a força aplicada (F) e o 
deslocamento (d) gerado por essa força (τ = Fxd). A unidade de medida de trabalho 
é Newton-Metro, mas é chamada de Joule em homenagem a James Joule, um 
físico britânico que descobriu a relação entre o calor e o trabalho mecânico.
25kg 25kg
2m
Figura 14 – Representação do trabalho mecânico no levantamento de peso
Fonte: iStock/Getty Images
Qualquer movimento que realizamos é consequência do trabalho mecânico 
produzido. Realmente, o trabalho só existe se há a realização de movimento. 
Quando fazemos força em um objeto de forma isométrica, embora a força seja 
produzida, não há produção de trabalho, pois não há deslocamento do objeto 
onde essa força é aplicada. Trabalho mecânico pode ocorrer como resultado de 
uma troca de energia. Por exemplo, em uma máquina a vapor, a energia térmi-
ca causada pelo aquecimento da água se transforma em energia mecânica para 
mover um trem, navio ou um tear de uma tecelagem. A energia gerada para con-
trair nossos músculos (eletroquímica pela quebra do ATP) será transformada em 
energia mecânica (trabalho mecânico) que gerará um movimento de segmentos 
corporais adjacentes.
19
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Potência mecânica pode ser definida como “taxa de mudança do trabalho” e, 
deste modo, pode ser calculada como o trabalho mecânico dividido pelo tempo 
(P =τ/t.). A unidade de medida de potência mecânica é Watts (W), em homenagem 
ao engenheiro escocês James Watt.
Assim, se realizo um mesmo trabalho mecânico em um tempo menor, posso 
dizer que sou mais “potente”. Por exemplo, se levanto uma barra de 500 N por 2 
metros, produzo um trabalho mecânico de 1.000 J. Se esse trabalho é realizado 
em 0,5 segundos, gero uma potência mecânica média de 2.000 W. Se esse mesmo 
trabalho for produzido em 2 segundos, a potência será de 500 W.
A potência instantânea pode ser calculada também pelo produto entre a força 
aplicada no objeto e a velocidade instantânea desse objeto (P = Fxv). Atividades 
de alta intensidade, tais como corridas e saltos necessitam que os músculos sejam 
capazes de gerar força rapidamente, ou seja, que produzam potência. Chutes, 
arremessos e lançamentos para alcançarem longas distâncias também precisam 
que os músculos contraiam e gerem força de forma rápida, que produzam grandes 
magnitudes de potência muscular.
Torques e Alavancas
Quando aplicamos força em um objeto e esse objeto gira ao redor de um eixo, 
temos que ter em mente que a força aplicada é apenas parcialmente responsável 
pelo movimento (angular) do objeto ao redor desse eixo. Pense na simples ação 
de abrir uma porta. Por que será que a maçaneta da porta fica na posição oposta 
à dobradiça (eixo de rotação para os movimentos da porta) e não ao lado desta? 
A sua resposta certamente seria “porque eu preciso fazer menos força” quando 
se encontra longe da maçaneta. E por que será que isso ocorre, haja vista que a 
massa da porta não muda ou não há ninguém do outro lado tentando manter a 
porta fechada? A grandeza física que está relacionada à geração de movimentos de 
objetos ao redor de um eixo de rotação é o torque ou momento linear.
Figura 15 – Representação do movimento angular de uma porta com forças 
aplicadas em diferentes distâncias em relação ao eixo de rotação (dobradiça)
20
21
Importante!
Torque (ou momento de força) pode ser defi nido como o efeito rotatório de uma força aoredor de um eixo de rotação. Especifi camente, torque é o produto da força e da distância 
entre o ponto de aplicação da força e o eixo de rotação (T = Fxd). A unidade de medida de 
torque no SI é unidade de força por unidade de distância, ou seja, Newton-Metro (Nm). Para 
descrever o torque completamente é preciso informar a magnitude desse torque, o eixo de 
rotação e o sentido de aplicação do torque. Quando o movimento ocorre no sentido horário, 
o torque é considerado negativo e quanto gera movimento no sentido anti-horário, o torque 
é considerado positivo.
Importante!
O conceito de torque se torna um pouco mais complicado, pois ele depende não 
só da magnitude ou quantidade de força aplicada e da distância entre o ponto de 
aplicação dessa força e o eixo de rotação. O torque também depende do ângulo de 
aplicação dessa força em relação à superfície do objeto. Especificamente, o torque 
depende da força aplicada sobre um objeto, que é efetivamente utilizada para fazê-
lo girar em torno de um eixo. Apenas a componente de força perpendicular (90°) 
à superfície do objeto o faz girar. Por exemplo, se uma força é aplicada com um 
ângulo de 30° com relação à superfície do objeto, apenas a metade dessa força 
será usada para gerar movimento de rotação desse objeto ao redor de um eixo de 
rotação. A outra metade da força será usada ou para pressionar ou para retirar o 
objeto do eixo de rotação, dependendo da direção da força aplicada.
Vejamos o exemplo a seguir. Suponhamos que uma pessoa aplica 10 N de 
força a 3 metros de distância do eixo de rotação. Se essa força for aplicada 
perpendicularmente (A) à superfície do objeto, o torque gerado será de 30 N.m 
(T = Fxd, T = 10x3, T = 30 N.m). Agora, se esta mesma quantidade de força for 
aplicada a 3 metros de distância com relação ao eixo de rotação, mas com um 
ângulo de 30° em relação à superfície do objeto, o torque não será mais de 30 
N.m, mas sim de 15 N.m (B).
Figura 16 – Representação do movimento angular de uma porta com 
forças aplicadas em ângulos diferentes (A = 90º, B = 30º)
21
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Para melhor compreendermos os 
efeitos de um torque, precisamos re-
tomar alguns conceitos de Física no 
Ensino Médio, especificamente a par-
te da Mecânica que trata de alavancas. 
Segundo Arquimedes de Siracusa, um 
cientista grego da Antiguidade, uma 
alavanca grande o suficiente e um 
ponto de apoio são capazes de mover 
o mundo. Mas o que é uma alavanca?
Figura 17 – Representação de um sistema 
de alavanca segundo Arquimedes
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Importante!
Alavanca é uma máquina simples que consiste de uma haste (barra) rígida, de um eixo 
de rotação no qual essa haste vai girar ao redor, e de uma força potência e uma força de 
resistência que são aplicadas sobre essa haste. Uma haste ou barra rígida por si não é uma 
alavanca. O que faz essa haste se tornar uma alavanca é o uso dela como uma máquina 
simples e a presença do eixo de rotação e de forças sendo aplicadas sobre ela. O corpo 
humano pode ser considerado um sistema de alavancas. No caso, os ossos funcionam 
como hastes rígidas, as articulações como eixo de rotação, a força (F) é gerada pelos 
músculos e a resistência (R) pode ser simplesmente o peso do segmento corporal ou o 
peso e mais uma força externa aplicada nessa haste.
Importante!
As alavancas podem ser classificadas em três tipos distintos, de acordo com a 
posição relativa do eixo, força e resistência. (1) As alavancas onde a força e a 
resistência são aplicadas em lados opostos ao eixo são chamadas de alavancas de 
primeira classe ou interfixas. Gangorra, tesoura, 
pé de cabra são exemplos de alavancas de primeira 
classe. (2) As alavancas onde a força e a resistência 
são aplicadas do mesmo lado, mas onde o ponto 
de aplicação da força está mais distante do eixo de 
rotação quando comparado ao ponto de aplicação 
da resistência são chamadas de alavanca de 
segunda classe ou inter-resistentes. Exemplos de 
alavanca de segunda classe são: carrinho de mão, 
chave de roda, quebra-nozes, abridor de garrafa. 
(3) Por fim, as alavancas onde a força (potência) e 
a resistência estão posicionadas do mesmo lado 
com relação ao eixo, mas com a força posicionada 
mais próxima deste são chamadas de alavancas de 
terceira classe ou interpotentes. Exemplos de 
alavanca de terceira classe são: vassoura, vara de 
pesca, remo e pá.
F
Eixo
R
Figura 18 – Representação de um 
sistema de alavanca no corpo humano
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
22
23
 
F
F
F
Equilíbrio
Arco de
movimento
A
A
R
R
Figura 19 – Exemplos dos três tipos de alavancas: interfi xa 
(1º classe), inter-resistente (2º classe) e interpotente (3º classe)
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Resumidamente, pode-se dizer que quando em um sistema de alavancas o eixo 
está no meio, o tipo de alavanca é interfixo; quando a resistência está no meio, 
o tipo de alavanca é inter-resistente; e quando a força (potência) está no meio, 
o tipo de alavanca é interpotente. A posição relativa do eixo, força e resistência 
de uma alavanca definirá sua eficiência mecânica. A eficiência de uma alavanca 
na produção de força é caracterizada pela sua Vantagem Mecânica (VM), que 
é definida pela razão entre Braço de momento de Força (BF) e Braço de 
momento de Resistência (BR), ou seja, o BF dividido pelo BR (VM = BF / BR). 
BF é a distância entre o ponto de aplicação da força e o eixo de rotação. Já BR é 
a distância entre o ponto de aplicação da resistência e o eixo de rotação.
Quando o BF for igual ao BR, a VM é igual a 1. Uma vantagem mecânica igual 
a 1 significa que para mover uma alavanca na direção da aplicação da força, essa 
deve ser maior que a resistência. Já para manter a alavanca em equilíbrio, ou seja, 
sem movimento, a magnitude da força deve ser igual ao da resistência. Nesse caso, 
não existe uma vantagem mecânica de fato.
BF BR
Resistência
5m 5m
VM=1
Figura 20 – Representação de uma VM=1 (ausência de vantagem)
23
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Quando a vantagem mecânica for maior do que 1 (VM>1), a magnitude da força 
utilizada pode ser menor que o valor da resistência para que a alavanca se mova 
na direção da aplicação da força. Quanto maior esse valor de VM, menor será a 
necessidade de geração de força para se mover uma resistência.
Por exemplo, se a vantagem mecânica for igual a 4 e a resistência a ser levantada 
for equivalente a 98,1 N (m = 10 kg) a força necessária para mover essa resistência 
na direção da aplicação da força será de aproximadamente 24,6 N, o que equivale 
2,5 kgf (quilograma-força). Todavia, o bônus referente à necessidade de menor 
produção de força vem com um ônus. Quando a vantagem mecânica for maior 
do que 1, invariavelmente a amplitude de movimento linear no ponto de aplicação 
da força também será maior do que a amplitude de movimento linear do ponto de 
aplicação da resistência. No caso do exemplo anterior, se a vantagem mecânica 
for igual a 4 e se quiser fazer com que o movimento linear do ponto de aplicação 
da resistência seja de 10 cm, deve-se realizar um movimento linear no ponto de 
aplicação da força de 40 cm, ou seja, 4 vezes mais.
Figura 21 – Representação de uma VM>1 (situação de vantagem)
Por fim, quando você tem uma alavanca com vantagem mecânica menor do que 
1 (VM<1), significa que você terá que fazer mais força que o valor da resistência 
para mover essa alavanca na direção da aplicação dessa força. Com isso, podemos 
dizer que a vantagem mecânica menor do que 1 não é uma vantagem e sim uma 
“desvantagem” mecânica.
Porém, depende do que se pretende, nem tudo é desvantagem, pois há sim 
uma vantagem nesse tipo de alavanca. O ponto positivo ou bônus desse tipo de 
alavanca seria que a amplitude de movimento no ponto de aplicação da força 
é invariavelmente menor que a amplitude de movimento no ponto de aplicação 
da resistência. Assim, suponhamos que se tenha uma alavancacom vantagem 
mecânica de 0,2 (VM = 0,2) e uma resistência de 98,1 N para movimentar com 
24
25
essa alavanca. Para mover essa alavanca teria que fazer 5 vezes mais força que 
o valor da resistência (o inverso de 0,2 é 5), ou seja, teria que exercer uma força 
maior que 490,5 N. Porém, se se quisesse mover essa resistência por 50 cm, teria 
que mover 10 cm no ponto de aplicação da força.
Figura 22 – Representação de uma VM<1 (situação de desvantagem)
Importante!
As vantagens mecânicas de uma alavanca de primeira classe podem ser menores, 
maiores ou iguais a 1, ou seja, as posições relativas da força e da resistência, quem 
está mais próximo ou distante do eixo, que defi nirá se é uma situação de vantagem ou 
desvantagem mecânica. No caso de as distâncias serem iguais (ausência de vantagem), 
vencerá quem exercer maior magnitude de força no sistema. Já as alavancas de segunda 
classe sempre apresentarão vantagens mecânicas maiores do que 1, afi nal, por estar no 
meio, a resistência sempre estará mais próxima do eixo e, consequentemente, seu braço 
de momento sempre será menor. Nesse caso, as forças necessárias para movimentar 
as alavancas de segunda classe sempre poderão ser menores do que as resistências 
agindo sobre a alavanca. Por fi m, as alavancas de terceira classe sempre apresentarão 
vantagens mecânicas menores que 1, afi nal, por estar no meio, a força (potência) sempre 
estará mais próxima do eixo e, consequentemente, seu braço de momento sempre será 
menor e, desse modo, as forças necessárias para se mover as alavancas de terceira classe 
sempre serão maiores que os valores das resistências.
Importante!
Primeira classe
Interfixa
VM = 1
>1
<1
Segunda classe
Interesistente
VM>1
Terceira classe
Interpotente
VM<1
Qual seria a relação entre torque e alavancas?
Ex
pl
or
25
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
O movimento gerado em uma alavanca ocorre em função do torque gerado pela 
aplicação da força e pela aplicação da resistência. Se o torque maior for gerado pela 
força, ocorrerá um movimento angular da alavanca na direção da força aplicada. 
Se o torque maior for gerado em função da resistência, um movimento dessa 
alavanca em direção da aplicação resistência ocorrerá. No exemplo a seguir, qual 
seria o sentido do movimento da alavanca? No sentido da força (ou anti-horário), 
ou da resistência (ou horário)? Ou não haveria movimento? Por quê?
Figura 23 – Exemplo da relação torque x alavanca
Nesse caso, não haveria movimento, pois essa alavanca encontra-se em 
equilíbrio, ou seja, o torque gerado pela resistência é igual ao torque gerado pela 
força: 20 N.m (T = Fxd, T = 10x2 e T = 20x1). Lembre-se, torque é o produto da 
força e da distância entre o ponto de aplicação da força e do eixo de rotação, que 
no caso é o BF ou o BR.
Importante!
Feitas essas considerações, podemos voltar ao que mais nos interessa: qual seria a 
aplicação do conceito de torque e alavancas no movimento humano?
Trocando ideias...
Os movimentos do nosso corpo no espaço (lineares ou translacionais) dependem 
dos movimentos angulares realizados pelos segmentos corporais ao redor das 
articulações. Mencionamos anteriormente que o corpo humano é um complexo 
sistema de alavancas, onde os ossos são as hastes rígidas, as articulações os eixos 
de rotação, as forças são aplicadas pelos músculos e as resistências podem ter 
origem nas forças externas que atuam nesse corpo (e.g., peso do segmento e do 
halter que a pessoa carrega com esse segmento). Assim, em qualquer movimento 
que realizaremos devemos gerar torque muscular (em função das forças produzidas 
pelos músculos) para vencermos o torque gerado pela resistência.
Torque muscular é o que cria o efeito de rotação para que nossos membros se 
movimentem ao redor das articulações. Grande parte das alavancas do corpo 
humano são de terceira classe, ou seja, estão em situação de desvantagem mecânica. 
Isso quer dizer que sempre temos que produzir mais força que a magnitude da força 
da resistência.
26
27
No caso dos seres humanos nem tudo é desvantagem, esse fato tem lá suas 
vantagens. Lembremos que em uma alavanca de terceira classe há a necessidade 
de se gerar mais força do que a magnitude de resistência em função da vantagem 
mecânica desse tipo de alavanca ser menor que 1. Porém, a amplitude de 
movimento é maior onde essa resistência está sendo aplicada. Assim, pode-se dizer 
que no “design” do corpo humano foi priorizada a amplitude de movimento e não 
a necessidade de força que esse movimento geraria. Obviamente, se a maioria dos 
sistemas de alavanca do corpo humano está em desvantagem (VM<1), os músculos 
sempre precisarão gerar maior quantidade de força por sua contração muscular, se 
comparado às cargas (forças) de resistência que agem sobre o corpo, entretanto, 
isso vem a ser recompensado pela grande amplitude de movimento concedida à 
maioria de articulações do nosso corpo.
Na verdade, o corpo humano possui os três tipos de alavancas, destacando-se, é 
claro, por uma maior quantidade de alavancas interpotentes ou de terceira classe. 
Alavancas de segunda classe são raras no corpo humano, mas é algo que pode ser 
encontrado na articulação do tornozelo, por exemplo, se estamos em pé e fazemos 
o movimento de flexão plantar. Nessa situação de alavanca inter-resistente, o eixo 
encontra-se no ponto de apoio dos pés no chão (articulação metatarsofalangiana), 
a resistência está no meio pois é a força peso (massa x aceleração da gravidade) do 
corpo que se concentra em seu cento de massa, e a força (potência) é gerada pelos 
músculos posteriores da perna (gastrocnêmio e sóleo).
Força
Eixo Resistência
Figura 24 – Alavanca de segunda classe (inter-resistente) no corpo humano
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Já as alavancas interfixas ou de primeira classe não são assim tão raras no corpo 
humano, mas não existem em grande quantidade como as alavancas interpotentes. 
Os movimentos de flexão, extensão e hiperextensão que acontecem no pescoço 
movimentando a cabeça para frente e para trás são exemplos de alavancas interfixas. 
No caso, a articulação do “pescoço” é o eixo que está no meio, os músculos 
extensores e flexores (como o esplênio da cabeça e o esternocleiodomastóideo) 
geram força (potência) e estão posicionados em uma extremidade, enquanto o 
“peso da cabeça” é a resistência posicionada na extremidade oposta. A Figura a 
seguir exemplifica os três tipos de alavancas no corpo humano:
27
UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Figura 25 – Exemplos dos três tipos de alavancas: interfixa (1º classe), 
inter-resistente (2º classe) e interpotente (3º classe) no corpo humano
Fonte: Adaptado pelo autor
Para mais informações e exemplos sobre torques e alavancas no corpo humano, inclu-
sive como calcular o torque muscular, você pode acessar um dos livros da Referência 
básica desta Unidade (HALL, 2009), especificamente o capítulo 13, sobre equilíbrio e 
movimento humano.
Ex
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or
Equilíbrio e Estabilidade
Importante!
Equilíbrio é um estado em que todas as forças e torques estão balanceados. Um corpo 
completamente imóvel encontra-se em equilíbrio estático. Um corpo em movimento 
encontra-se em equilíbrio dinâmico. Mecanicamente, um corpo se encontra em 
equilíbrio quando todas as forças e torques agindo sobre e/ou produzidas por esse corpo 
estão balanceadas, ou seja, a somatória de todas as forças e torques agindo sobre esse 
corpo é igual a zero (∑F e ∑T = 0). Já estabilidade pode ser definida como a capacidade 
de um corpo ou objeto retornar ao seu estado de equilíbrio ou à posição original após ser 
deslocado (perturbado). Consequentemente, estabilidade está relacionada à capacidade 
de resistir à perda de equilíbrio.
Importante!
Alguns fatores influenciam o equilíbrio e a estabilidade. Dentre eles podemos 
destacar cinco: (1) massa; (2) força de atrito; (3) altura do centro de gravidade; 
(4) tamanho da base de suporte; e (5) linha de projeção na basede suporte. 
Esses fatores serão sucintamente descritos a seguir:
28
29
1. Quanto maior a massa de um objeto, maior a sua inércia e, consequentemente, 
maior seria a força e o torque necessários para causar perda de equilíbrio 
e perturbar e estabilidade desse objeto. Porém, quanto maior a massa do 
objeto maior a dificuldade desse objeto em retomar o equilíbrio após uma 
perturbação (menor estabilidade);
Figura 26 – Infl uência da massa corporal no equilíbrio e estabilidade
Fonte: iStock/Getty Images
2. Quanto maior a magnitude da força de atrito entre as superfícies de 
dois corpos em contato, maior a força necessária para iniciar e manter o 
movimento, ou seja, maior o equilíbrio e a estabilidade;
Figura 27 – Infl uência da força de atrito no equilíbrio e estabilidade
Fonte: iStock/Getty Images
3. Quanto mais baixo o centro de gravidade de um corpo, maior a sua 
estabilidade. Assim, a estabilidade de um corpo é inversamente proporcional 
à altura do seu centro de gravidade;
CG
Figura 28 – Infl uência da altura do centro de gravidade no equilíbrio e estabilidade
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
4. Quando maior a área da base de suporte, maior é a estabilidade de um 
corpo. Essa área é limitada pelas regiões mais externas de contato entre o 
corpo e a(s) superfície(s) de apoio;
 
Figura 29 – Influência do tamanho da base de suporte no equilíbrio e estabilidade
Fonte: iStock/Getty Images
5. Um corpo é mais estável se a linha de projeção vertical do centro de 
gravidade estiver dentro da base de apoio. Quanto mais próxima a proje-
ção do centro de gravidade estiver dos limites da base de suporte, maior é 
o grau de instabilidade de um corpo. Toda vez que a linha de projeção do 
centro de gravidade ultrapassa a área da base de suporte, o corpo encon-
tra-se em desequilíbrio.
Figura 30 – Influência da linha de projeção do centro de gravidade no equilíbrio e estabilidade
Para mais informações e exemplos sobre equilíbrio e estabilidade, bem como os fatores que 
os influenciam, você pode acessar um dos livros da Referência básica desta Unidade (HALL, 
2009), especificamente o capítulo 13, sobre equilíbrio e movimento humano.
Ex
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Biomecânica Básica
HALL, S. Biomecânica Básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
Cinesiologia Clínica e Anatomia
LIPPERT, L. S. Cinesiologia Clínica e Anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013.
 Vídeos
O Salto Campeão de Fabiana Murer e Curiosidades do Salto com Vara
https://youtu.be/dpYwcMp92To
Análise Biomecanica do Salto em Altura
https://youtu.be/KiMZXVbbq-k
Lançamento de Dardo: Analise Biomecanica
https://youtu.be/G5u-MF5lI1g
A Receita para o Salto em Distância Perfeito
https://youtu.be/-2_c85LYiAI
 Leitura
Atlas Fotográfico de Anatomia
COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de Anatomia. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2009.
https://goo.gl/4ppM6u
Manual de Cinesiologia Estrutural
FLOYD, R. T. Manual de Cinesiologia Estrutural. 16. ed. Barueri, SP: Manole, 2011.
https://goo.gl/vdKG4S
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UNIDADE Conceitos de Cinética para Análise do Movimento Humano
Referências
HALL, S. J. Biomecânica Básica. 5. ed. São Paulo: Manole, 2009.
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. Bases biomecânicas do movimento humano. 2. ed. 
Barueri, SP: Manole, 2008.
MCGINNIS, P. M. Biomecânica do esporte e do exercício. Porto Alegre, RS: 
Artmed, 2015.
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