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MEDICINA DE MAMÍFEROS - clinica de silvestres

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MEDICINA DE MAMÍFEROS
· Classe mammalia: grupo de animais vertebrados, caracterizados pela presença de glândulas mamárias e pelos distribuídos por quase todos os biomas do planeta
· São geralmente quadrúpedes e adaptados para a locomoção terrestre, mas existem mamíferos com habilidade para a vida no mar, no ar, nas árvores e no subsolo
· São classificados em três subclasses: Allotheria (sem espécies atualmente vivas, extintos), Prototheria (monotremados) e Theria (infraclasse Metatheria, dos marsupiais, e Eutheria, dos placentários)
· Glândulas mamárias com função muito importante de produção de leite e nutrição 
· Os pelos têm que aparecer durante alguma fase do desenvolvimento, mas nem sempre está na forma final do animal 
· Os morcegos são mamíferos com membros anteriores diferenciados em aves, para voo
· Existem animais adaptados para escalada, que são arborícolas 
· Muita diversidade, com mais de 5 milhões de espécies descritas – adaptadas a uma variedade de ambientes 
· Como exemplo de monotremados temos o ornitorrinco, que são indivíduos que colocam ovos, assim como outras classes de animais 
· Nos placentários (a esmagadora maioria), o desenvolvimento embrionário acontece completamente dentro do útero materno – nos marsupiais (gambás, cangurus) parte ocorre dentro do útero e parte no marsúpio, que é uma bolsa que as fêmeas apresentam 
· Características fisiológicas e anatômicas muito parecidas com os animais domésticos estudados ao longo de todo o curso – homeotérmicos, circulação dupla, cuidados parentais (ajuda na adaptação a diferentes ambientes) 
· Existem diversas ordem de mamíferos 
Supraordem Xenartha 
· Se acredita que sejam todos derivados de um ancestral, com característica fossoriais (cavar buracos para se abrigar, como os tatus, com grandes garras), com uma carapaça revestida por escamas ossificadas – evolução com fusão de vértebras 
· Mamíferos placentários
· Sem dentes ou com dentes pouco desenvolvidos – alguns possuem molares
· Presença de garras nos dedos 
· Metabolismo bastante lento – movimentação lenta, temperatura mais baixa, FC e FR menor
· Alguns tem focinho longo – tatus e tamanduás 
· Essa lentidão do metabolismo é prejudicial quando se tem ação humana, como em queimadas, porque o animal não consegue fugir, tendo ainda o pelo, que piora 
· Representada pelos tamanduás, tatus e bichos preguiça 
Ordem Cingulata – família Dasypodidae
 = Cinquilata são os tatus, Vermilingua os tamanduás e Folivoras as preguiças
· Várias espécies de tatus 
· Primitivo grupo de mamíferos 
· Caracterizados por ter o corpo revestido por escudos dérmicos, que cobrem cabeça, dorso e laterais – em algumas espécies, também recobrem membros e cauda, como se fosse uma carapaça (mas é diferente dos quelônios, com placas ossificadas, em sua estrutura e anatomia)
· Compreende 9 gêneros, com 21 espécies de tatus – 5 gêneros e 11 espécies são nativos, silvestres
· O tolypeutes tricinctus é o tatu bola, que é endêmico no Brasil, ou seja, só tem aqui – por isso foi a mascote da copa 
· O tatu bola tem a característica única de se fechar na forma de uma bola, para se proteger dos predadores 
· O priodontes maximus ou tatu canastra também ocorre no Brasil, sendo importante no ponto de ser ameaçada de extinção – espécie com maiores animais desse grupo, podendo chegar até 45 kgs, sendo típicos da américa do Sul, com perda grande de população por perda de habitat e caça (hoje em dia, está mais confinado nas regiões centrais do brasil)
· Olhos pequenos, orelhas com formato arredondado, focinho longo, alguns dentes molares pouco desenvolvidos no fundo da cavidade oral, garras bastante desenvolvidas (hábitos de cavar, fazendo tocas, que são importantes na termorregulação
· A temperatura deles é mais baixa e a umidade das tocas ajuda na termorregulação – levar isso em conta na manutenção em cativeiro, porque o ato de cavar é bastante importante, por isso é obrigatório ter terra, mas pode-se fazer uma mistura de areia, terra e raízes, para dar mais firmeza na formação das tocas 
· No cativeiro, a temperatura deve ser muito bem controlada, para que ele não desenvolva estresse 
· Algumas espécies são noturnas, mas outras são diurnas
· Os dentes são muito primitivos, pouco adaptados a alimentação de alimentos duros – os insetos (invertebrados) são a base da alimentação da grande maioria das espécies
· Muitos deles são onívoros, se alimentando de matéria vegetal, invertebrados e pequenos vertebrados 
· Os insetos são a base da alimentação da grande maioria das espécies 
· É bastante difícil ter informações sobre as exigências desses animais em relação a nutrição e ambiente, porque são animais pouco mantidos em cativeiro, pela própria dificuldade de manter esses indivíduos, que sofrem de alterações nutricionais e acabam apresentando algumas doenças, justamente por conta da escassez de informações e porque são animais com hábitos fossoriais, se escondendo, então não muito mantidos ao longo da história
· São animais tímidos, que preferem fugir e se esconder do perigo, mas que se tiverem que atacar, vão fazer isso com as unhas, que são bastante poderosos – cuidado na contenção, com imobilização dos membros/dígitos, podendo usar uma fita crepe ou esparadrapo nas unhas 
· No cativeiro, é importante que eles tenham um ambiente que consigam fazer a toca, para se proteger e manter o hábito da espécie – precisamos lembrar que ele gosta de cavar e muitas vezes por fugir por um buraco embaixo da terra, então as paredes devem ser profundas e cimentadas, para que não haja escape, e o piso não pode ser abrasivo, para não dar lesão nos membros 
· Os principais problemas que acometem os indivíduos dessa espécie são: degradação dos ambientes naturais, atropelamentos (lentos), queimadas e caça 
· São muito caçadas, inclusive comidos, por algumas populações, o que afeta o ambiente, desequilibrando a cadeia alimentar, além de poderem ser reservatórios de doenças, inclusive de zoonoses 
· No cativeiro, os maiores problemas são os associados a erros de manejo e alimentação – insuficiência de desgaste dos dentes, impactação gastrointestinal (são curiosos, podendo ingerir a terra), obstruções (corpos estranhos), alta suscetibilidade à deficiência de vitamina K (distúrbios de coagulação, hemorragias difusas)
· São animais de hábitos solitários 
Ordem Pilosa –subordem Folivora
· Ordem das preguiças 
· Família Bradypodidae que só tem o gênero Bradypus – 3 garras
· Família megalonychidae que só tem o gênero Choloepus – 2 garras
· A diferença entre esses dois gêneros é o número de garras nos membros – preguiça de três ou dois dedos 
· O gênero Bradypus tem três espécies: preguiça de Bentinho (restrita a região amazônica), preguiça comum (praticamente em todo Brasil) e preguiça de coleira (endêmica da região de Mata Atlântica, vulnerável a extinção)
· O gênero Choloepus tem duas espécies, chamadas de preguiça real, que acontecem no Brasil e outros países da América do Sul
· Baixo metabolismo basal, que pode em parte ser explicado pelo tipo de dieta, que é exclusivamente folívora (lembrar disso no cativeiro)
· Bastante afetados por questões que acometem o meio ambiente, por serem lentos e peludos, o que os torna suscetíveis a predação, queimadas, atropelamentos 
· Saem ao solo para migrar de uma árvore para a outra, onde ele se mantém 
· Animais de hábitos arborícolas, que se mantém principalmente na região de dossel (copa) das árvores, onde são feitas todas as funções biológicas (alimentação, reprodução, descanso, cuidado com os filhotes, ingestão de água)
· Descem pouquíssimas vezes das árvores, apenas em momentos específicos, como para urinar e defecar, o que acontece a cada 2 a 7 dias, ou quando precisam atravessar de uma árvore para a outra, sem que exista um galho para fazer essa conexão
· Animais folívoros estritos – herbívoros 
· Manutenção em cativeiro é difícil porque comem folhas específicas
· Exigem alta quantidade de fibras e baixa quantidade de carboidratos na dieta
· A dieta folívora tem relação com o metabolismo mais baixo– temperatura próxima de 34ºC, FC e FR baixas 
· Por serem arborícolas, possuem algumas adaptações anatômicas, como presença de garras bastantes desenvolvidas e afiadas, usadas para movimentação (e também para a defesa) 
· Também se defendem com os dentes, mas só apresentam molares e eles são primitivos
· Cativeiro existe um espaço de manutenção amplo, de pelo menos 20 m² e de pelo menos 3 m de altura, com disponibilidade de galhos e árvores, para que o animal possa escalar 
· Os comedouros e bebedouros não devem ficar no solo, mas em altitude, porque eles ingerem folhas do dossel das árvores e água que se acumula nas folhas 
· Seu pelo tem origem ventral, indo em direção dorsal, diferentemente do que é comum para os mamíferos – tem função fisiológica de não permitir o acúmulo de água em períodos de chuva, para não encharcar o animal, o que poderia comprometer sua termorregulação 
· São animais de hábitos solitários – só encontrados em casais no momento da reprodução
· Filhote permanece com a mãe até os 6 meses e depois fica independente 
· Pouco conhecimento sobre as necessidades nutricionais da espécie 
· Animais muito suscetíveis a distúrbios digestivos e problemas nutricionais no cativeiro, principalmente, diarreia, constipação e timpanismo 
· Pelame abriga uma grande variedade de invertebrados, como larvas de mariposas, mariposas, besouros, como componentes do microambiente, além de algas, que muitas vezes tornam o pelo esverdeado, o que também pode ajudar na camuflagem – um ecossistema na superfície corporal 
- Animais ficam em região de dossel das árvores
- Forma que as preguiças se locomovem, de forma lenta e dificultosa
· Animais que se locomovem entre árvores, descendo apenas para defecar e atravessar – como são muito lentos são suscetíveis a queimadas, traficantes, atropelamentos...
Ordem Pilosa – subordem Vermilingua
· Língua comprida, que lembra o formato de um verme 
· Orelhas pequenas e arredondadas, olhos pequenos, focinho longo 
· Não apresentam dentes 
· Secreção bastante viscosa na língua que ajuda na captura de insetos (fonte primária de alimentação)
· Abrange duas famílias: Myrmecophagidae (tamandua mirim e bandeira) e Cyclopedidae
· O tamanduá mirim também é conhecido como tamanduá de colete, presente não só no Brasil, mas em outras regiões da América do Sul 
· Encontrados em praticamente todos os biomas do Brasil, mas existem algumas diferenças no padrão de coloração nas espécies, dependendo da localização – puxando para o dourado, amarelo mais forte...
· Garras bastante fortes, com relações com os hábitos (arborícolas) e procura de alimento – única forma que usa de defesa 
- Tamanduá-bandeira, que está ameaçado de extinção, em parte por suas características, que sofre muito com queimadas, pela lentidão e quantidade de pelos 
· Tamanduá bandeira atinge maturidade sexual por volta dos dois anos e tem só uma cria por ano, então é ainda mais difícil ter uma população rapidamente disponível nos ambientes
- Representante da família da família Cyclopedidae, que é o menor de todos os tamanduás, com distribuição basicamente por todas as florestas tropicais da América Central 
- Muitos tamanduás, em cativeiro, em condições de estresse, vão apresentar uma secreção ocular de coloração esbranquiçada leitosa, que não é necessariamente indicativo de um processo infeccioso, mas de estresse, por contenção física, manutenção em cativeiro ou outros estressores – posição do abraço do tamanduá, que ele usa para defesa
· Dieta insetívora, baseada principalmente na ingestão de cupins e formigas – disponibilizar cupinzeiros em cativeiro 
· Em cativeiro, existe uma dieta bastante preconizada que acaba sendo utilizada de forma geral para tamanduá bandeira e tamanduá mirim, constituída de leite de baixa lactose, ovos, carne moída limpa (sem tecido fibroso, porque isso pode causar lesões na língua), verduras, ração comercial para gato e suplementação com vitaminas e minerais, principalmente vit.K, porque eles são predispostos a hipovitaminose K – papinha pastosa ou granulosa, que deve ser oferecida de uma a duas vezes por dia
· Comedouros adaptados a formação cônica do focinho dos tamanduás 
· No caso dos tamanduás mirim, fornecer a alimentação elevada, porque são animais arborícolas
· Fornecer espaço para escalada – cuidado porque muitas vezes podem escalar o recinto e sofrer quedas, com lesões
· No cativeiro, acometidos por doenças infecciosas ou não, parasitárias (inclusive, ectoparasitas)
· Acometidos por carrapato gigante, do gênero Amblyomma 
· Muitos são suscetíveis a hipovitaminose K no cativeiro, com presença de sangramentos espontâneos em volta dos olhos e nos coxins – suplementar a dieta 
· Hipovitaminose K por baixa ingestão ou algum tipo de má absorção
· Pode ocorrer outros tipos de hipovitaminoses e hipervitaminoses – controlar na dieta
· Em tamanduás mirins, pode ocorrer em cativeiro deficiência de taurina, pela baixa ingestão, podendo causar alterações respiratórias, ascite, cardiomegalia e intolerância ao exercício – rações de felino
· Traumatismos em língua são comuns pela consistência da dieta, como carnes fibrosas, gerando dor, salivação excessiva e diminuição da ingestão – inspecionar 
· Podem ter distúrbios do TGI, como impactação 
· Podem ter problemas nas unhas (todos os xenartros, principalmente, os tatus), como sangramentos, infecções – erro de contenção e substratos inadequados 
· São bastante sensíveis à ivermectina, com alterações neurológicas, podendo até gerar óbito – aplicação contraindicada
Ordem Didelphimorphia
· Faz parte da subclasse Theria e da infraclasse Marsupialia
· Animais marsupiais 
· Uma única família, a Didelphimorphia, representada pelos gambás, cuícas e caticas 
· Disponibilização ampla no Brasil, em floresta amazônica e atlântica 
· 16 gêneros e 55 espécies no Brasil 
- O nome deriva de origem grega – dois ventres
· Gestação em duas etapas, a primeira dentro do útero, variando em torno de 14 dias, dependendo da espécie, e a segunda (última) dentro do marsúpio, que está presente nas fêmeas, por mais aproximadamente 45 dias, até o desenvolvimento completo 
· Dimorfismo sexual – apenas a fêmea tem marsúpio
· Depois da fecundação, o desenvolvimento embrionário ocorre no útero da mãe e depois a fêmea entra em trabalho de parto, fazendo uma movimentação jogando a cauda para frente, o que permite uma aproximação do períneo do marsúpio, e os filhotes que recém saíram do útero, sobem pelo ventre da mãe e se instalam no marsúpio
· Dentro do marsúpio, existem estruturas muito semelhantes a tetos, que nutrem o filhote com leite e o filhote, mesmo muito pequeno, já consegue fazer o movimento de sucção 
· Dentro do marsúpio, o animal fica com os olhos e ouvidos fechados e ele vai se ligar a um teto, onde vai ficar fixado até o final da gestação 
· Conforme os filhotes vão se desenvolvendo eles vão ganhando certa autonomia para sair do marsúpio, buscar seu alimento e voltar para ser protegidos, até o momento em que eles estão grandes e saem para ficar no ninho
· Conforme os filhotes vão se desenvolvendo, a fêmea carrega seus filhotes nas costas, até que eles tenham sua própria anatomia 
· Os didelphideos machos tem testículo em uma porção mais cranial do que o pênis, que é duplo, para se adaptar a anatomia da fêmea, que possui três vaginas (duas laterais, onde encaixam o pênis e tem a articulação e uma central, por onde ocorre a passagem dos filhotes)
· Hábitos arborícolas, em geral
· Presença de Hálux, que são dedinhos que permitem o movimento de escalada
· Animais geralmente onívoros, que se alimentam de uma variedade de vegetais, frutos, pequenos vertebrados, carne, etc
· Papel biológico muito importante – além de serem presas de predadores maiores, são importantes dispersores de sementes 
- Interior do marsúpio, que serve para nutrição, manutenção da temperatura corporal e proteção, mostrando o teto, em que se fixam os filhotes 
- Não necessariamente tem mau cheiro – confusão com o cangambá da direita, que é exótico e apresenta uma glândulaque exala um cheiro característico bastante forte, para afastar os predadores (isso não acontece com os gambás daqui do Brasil)
· Podem ser reservatórios de doenças, inclusive zoonoses, inclusive a raiva
· Olfato e audição bastante desenvolvida
· Hábitos noturnos – visão noturno
· Dentição com 50 dentes – se defende atacando (cuidado com a manipulação, contendo adequadamente o crânio, de preferência com luvas de procedimento embaixo de luvas de raspa)
· Bastante estressados 
· Cauda preênsil, que pode se enrolar ao redor do braço de quem contém – jaleco fechado 
· Não apresentam sintomatologia para raiva, sendo reservatórios – cuidado com o manejo 
· Geralmente, vão chegar no atendimento por conta de acidentes – animais adultos sofrendo acidentes, como ataques por cães domésticos (ambiente próximo, podendo invadir e até serem confundidos com ratos), então traumas são muito comuns, eletrocussão também, porque são animais arborícolas, que podem escalar podes e se locomover nos fios 
· Muitas vezes acontece óbito de uma fêmea por essa alta suscetibilidade ao trauma e essa fêmea está com o marsúpio cheio – lida com neonatos 
· Os filhotes em cativeiro, quando já estão com olhos e ouvidos abertos, tem prognóstico de sobrevivência bons – mas quando chegam ainda sem pelos, com olhos fechados, é muito difícil a sobrevivência
· Existem receitas para aleitamento artificial dos filhotes – fórmula misturada de sucedâneo comercial para cães e gatos com uma gema de ovo crua e uma colher de mel 
· Administração a cada hora ou a cada duas horas no início – conforme vai crescendo, vai aumentando 
· Gostam de ficar todos juntinhos, porque estão acostumados com o marsúpio
· Mimetizar o marsúpio, deixando todos juntos, com controle de temperatura e colocação de bichinhos de pelúcia ou toalhas 
· Preparar a fórmula toda vez ou armazenar em geladeira, até no máximo um dia, aquecida no momento da oferta 
· Costumam se adaptar bem ao manejo de aleitamento artificial
· É importante que a cada mamada se faça uma estimulação da região genitoanal, para estimular a defecação, evitando alterações gastrointestinais, como impactação, constipação, timpanismo
· Sempre manter o aquecimento, porque eles facilmente entram em desidratação e perda de temperatura 
· A hidratação é feita pela oferta da fórmula – conforme vão se desenvolvendo, coloca água a disposição e outros alimentos, como carne
· Os animais podem apresentar canibalismo quando há falta de alimento e altos níveis de estresse, sendo comum nessas situações – não tem a menor relação com o consumo de carne 
· A desidratação dos filhotes pode se manifestar com olhos secos e boquinha ressecada, como se estivesse suja – podemos usar os parâmetros que usamos para os domésticos, para avaliar a condição geral
· Podemos fazer aquecimento com bolsas térmicas
· Pode ser necessário fazer fluido, que pode ser aquecida 
· Manter temperatura e controlar a umidade para garantir o desenvolvimento e bem estar dos filhotes até o momento da soltura 
· É muito comum filhotes terem desidratação (separação da mãe, umidade insuficiente, fornecimento de sucedâneo muito concentrado), hipotermia (agora está exposto ao tempo pela perda da mãe, ainda não tem capacidade suficiente de termorregulação), hipoglicemia (dieta inadequada, frequência irregular da alimentação) processos de gases e diarreias (dieta inadequada) 
· A principal doença metabólica que pode ocorrer é semelhante a que acontece nos répteis, com deficiência de cálcio na dieta, por conta do fornecimento de carne que tenha uma relação de cálcio e fósforo inadequado, indisponibilizando o cálcio, podendo gerar um hiperparatiroidismo nutricional secundário, que gera desenvolvimento incorreto dos ossos e maior predisposição a fraturas 
Ordem Carnivora
· Corresponde a uma ordem de mamíferos placentários, chamados de carnívoros, encontrados em praticamente todo o mundo, que possuem características que os adaptam a sua alimentação, que engloba a ingestão de carne de outros animais 
· Apresentam garras e dentes adaptados ao corte, dilaceração de carne e esmagamento de ossos
· Alguns são totalmente dependentes da alimentação com carne e alguns são onívoros 
· Os grandes predadores são representados pelos canídeos e pelos felídeos 
Família Canidae
· Abrangem cães domésticos, cães selvagens e outros, como lobos, coiotes, raposas
· Presença de cauda longa e dentes adaptados a dilaceração de carne e esmagamento de ossos 
· Em geral, apresentam o olfato e a audição mais desenvolvidos do que a visão
· Podem ter hábitos noturnos ou diurnos, dependendo da espécie
· A grande maioria é onívora 
· No Brasil, temos 6 espécies silvestres, apesar de algumas também poderem acontecer em outras regiões fora do território nacional 
· Indivíduos bastante semelhantes
· Adaptados a corrida de resistência, para a caça
· Em geral, apresentam 5 dedos nos membros torácicos e 5 nos pélvicos
· Se apoiam nos dígitos durante a locomoção
· Unhas não retráteis 
· Dentes longos, proeminentes e pontiagudos, adaptados a predação
· Alguns indivíduos dessa família são considerados como ameaçados de extinção: cachorro do mato de orelha curta, lobo guará e graxaim do campo
· Cachorro do mato de orelha curta
· Atelocynus microtis
· Tamanho médio
· Peso em média de 9-10 kgs na vida adulta
· Presença de orelhas muito curtas, que deram seu nome
· Região de face bastante alongada 
· Habita regiões florestais, especialmente da Amazônia
· Hábitos solitários e noturnos
· Coloração bastante característica acinzentada, que ajuda na diferenciação das outras espécies 
· Dieta mais generalistas – insetos,, mamíferos, frutas, aves, peixes, fibras vegetais, anfíbios, répteis 
 Cachorro do mato
· Cerdocyon thous
· Tamanho médio 
· De 4,5-8,5 kgs
· Coloração um pouco mais acinzentada 
· Normalmente vive e caça em pares, mas eventualmente podem ser encontrados sozinhos
· Encontrados em várias regiões brasileiras
· Não está ameaçado de extinção
· Predominância de alimentos de origem vegetal na dieta 
· Lobo guará
· Chysocyon brachyurus 
· Maior canídeo brasileiro 
· Pode chegar de 95-115 cm
· De 20-30kgs
· Membros bastante alongados, podendo chegar até 90 cm de comprimento 
· Orelhas longas, largas
· Pelagem de coloração avermelhada bastante característica, com presença de uma crina preta
· A poção interior do membro também tem coloração preta
· Na ponta da cauda, no interior do pavilhão auricular e em cervical próximo a face com pelagem branca
· Presente desde o Nordeste até parte do RS
· Existe aqui em região de mata atlântica
· Preferência por campos abertos, como cerrados, mas podem ser encontrados em alguns tipos de floresta
· Geralmente são encontrados sozinhos ou em pares
· Hábitos noturnos 
· Dependendo da região em que habitam, sua área de vivencia pode chegar a até 80 km², o que é importante quando se vai fazer estudo de campo com esses indivíduos
· Fazem demarcação de território, o que é importante em suas características de sociabilidade
· Maior predominância de itens vegetais na dieta – estudos com amostras fecais observou que 60% era proveniente de produtos de origem vegetal, mas essa proporção se modifica nos meses mais secos, com maior consumo de itens de origem animal 
· Consome bastante um vegetal conhecido como fruta do lobo, seguido por roedores e aves – ter esse conhecimento é bastante importante, assim como o requerimento nutricional de cada espécie, porque chegam na clínica, por traumatismos (atropelamento é o principal problema), precisando ser mantido por um período em cativeiro e se essa informação no é conhecida, pode ocorrer de fazer uma alimentação inadequada 
· Só carne, presas ou ração para cão pode dar problemas digestivos
· Cuidado no cativeiro, com relação aos tipos de alimento
· São ameaçados de extinção
· Muita proteína na dieta (apenas carne ou ração de cachorro) pode gerar cistinúria (cistina na urina)
· Graxaim do campo 
· Psudolopex gymnocercus
· Porte médio 
· Certo grau de dimorfismo sexual, porque os machos tendem a ser um pouco maiores· Aspecto geral de raposinha
· Focinho mais triangular
· Cauda longa e bastante peluda
· Orelhas triangulares largas e relativamente grandes
· Peso varia de 4-8 kgs para macho e de 3-6 kg para fêmeas 
· Coloração bastante característica da parte dorsal da cabeça que tende a ser mais avermelhada e a pelagem ventral um pouco mais clara 
· Muitas vezes apresentam uma faixa mais escura na faixa dorsal do dorso que se estende até a cauda, que tem sua ponta preta – identificação da espécie
· Encontrados mais ao sul, como RG e costa de SC
· Preferem habitats abertos, como campos e regiões arbustivas, em vez de arbóreas
· Bastante tolerantes a presença humana, por isso são comuns em regiões rurais, o que pode gerar problema, porque eles são bastante adaptados à caça de animais de produção, sendo alvejados por produtores 
· Hábitos solitários
· Atividade mais crepuscular e noturno, mas podem modificar um pouco esse comportamento quando próximo a área de convivência com outros canídeos
· Dieta mais generalista 
· Raposa do campo
· Pseudolopex vetulus
· Menor canino brasileiro
· Parece uma raposinha
· Apresentam certo dimorfismo sexual, sendo o macho maior do que as fêmeas 
· Peso varia de 2,5-4 kg nos machos e de 3-3,6 kg nas fêmeas
· Orelhas triangulares, largas 
· Pelagem da região do dorso e da parte superior da cabeça é mais acinzentada e a região ventral é mais amarelada – extremidade da cauda é preta
· Endêmico no Brasil
· Bastante associado aos locais mais secos – bastante encontrado em região nordeste, mas tem ampla distribuição 
· Hábitos noturnos
· Podem ser encontrados sozinhos, as vezes em pares e eventualmente até em pequenos grupos familiares, de poucos indivíduos
· O que acontece geralmente é que os filhotes acabam acompanhando os pais, formando pequenos grupos sociais
· Dieta mais equilibrada, com aproximadamento metade da dieta de origem animal e a outra metade de origem vegetal 
· Cachorro-vinagre
· Speothos venaticus
· Aparência distinta dos outros canídeos – corpo alongado, cabeça mais larga e focinho, cauda, membros e orelhas relativamente curtos em relação ao corpo
· Orelhas curtas e arredondadas
· Peso de 5-8 kgs 
· Cor da pelagem é um pouco variável, de acordo com o indivíduo, indo de mais escuro até mais claro, eventualmente mais avermelhado ou amarelado
· O de distribuição mais ampla, desde o Panamá até a Artgentina (exceto a colombia)
· Habitats generalistas – ampla distribuição 
· Ameaçados de extinção 
· Consegue colocar em diversos tipos de ambientes, como florestas mais fechadas ou regiões mais abertas 
· Não são frequentemente encontrados em regiões de pasto e plantações 
· Os mais sociáveis entre si, vivendo em grupos familiares, construído de um casal e de até 3 gerações de crias, mas alguns machos acabam de dispersando depois de se tornarem adultos 
· Pico de atividade logo cedo de manhã e outro no início da noite
· A fonte principal do cachorro vinagre é o tatu galinha – estudo da ingestão e das fezes
Características gerais 
· Hábitos onívoros, com exceção do cachorro vinagre, que é exclusivamente carnívoro 
· É importante saber a alimentação de cada um para conseguir adaptar um cardápio no cativeiro, para garantir suas características
· Tentar fornecer a parte animal da dieta com itens de consistência mais dura, que consigam realizar atrito na superfície dos dentes, para sua limpeza, mantendo eles livres de placas bacterianas e prevenindo a ocorrência de doenças periodontais 
· De preferência, fornecer presas inteiras, inclusive com os ossos, para fornecer o atrito 
· Nas vísceras, existem componentes também importantes na nutrição
· Pode-se usar presas vivas, no intuito de enriquecimento ambiental também, no sentido da caça e atividade, que é importante para animais mantidos em cativeiro
· A proveniência dos alimentos é importante – presas oriundas de criadouros idôneos
· Recintos devem respeitar a características desses indivíduos de hábitos mais solitários – superlotações podem gerar estresse e comprometer a saúde desses animais
· Existe uma normativa do IBAMA, que especificar as características que o recinto deve ter, inclusive de área
· Para o lobo guará, a área mínima para manutenção de 2 indivíduos é de 200 m² - para os outros, 30 m² já é o suficiente (quanto maior, melhor, para que o animal tenha mais interação com o ambiente, podendo se exercitar)
· Se preconiza que o recinto tenha uma área de cambiamento, que é uma outra região dentro do recinto, que apresenta uma porta em guilhotina, onde o animal pode ser confinado, para realizar manejo do recinto (limpeza, colocação dos alimentos, troca de água), para que não haja risco de ataque ao ser humano 
· Recomenda-se que a área tenha um tanque de pelo menos 1 m² e que seja revestido com substrato, como grama ou alguma vegetação mais rasteira 
· Em regiões mais frias, o cambiamento deve ser aquecido e se tiver filhotes tem que ser revestido com material mais macio 
· Para os cachorros vinagre é importante que se tenha os mesmos cuidados que com os tatus, porque eles gostam de tocas, podendo cavar buracos e escapar do recinto 
· É possível trabalhar com contenção física ou química, dependendo das características de cada espécie
· Para contenção física, podemos usar puçás (rede) ou cambão 
· A contenção com cambão tem que ser muito bem-feita, com um indivíduo preparado, para não gerar estresse e sufocamento
· Contenção física para procedimento mais rápido, mais simples, como aplicação de medicamentos 
· É possível fazer medicações orais, desde que o animal esteja se alimentando, para não correr risco que ele não faça a ingestão ou subdose
· O protocolo de contenção química varia com cada vet, mas é muito usada ketamina + xilazina (cuidado com bradicardia) – a Helo gosta de Keta + midazolam 
· A contenção química tem que acontecer quando se precisa fazer um procedimento que demande mais tempo, em um animal mais bravo – avaliar cada caso 
· Para fazer a contenção química, podemos usar a contenção física (para fazer a injeção) ou o uso de dardos, com zarabatana ou pistola/rifle
· Tomar cuidado com o uso da pistola, porque a pressão que o dardo vai sair tem que ser muito bem controlada, para não causar ferimentos – depende do tamanho do animal 
· O dardo tem mais qualidade em uma espécie maior do que em uma pequena, pelo risco de perfurar algum órgão interno, causar alguma hemorragia interna, fraturas de membros ou outras lesões 
- Contenção física de um lobo guará com alterações neurológicas, por traumatismo (atropelamento), que chegou bem prostrada – focinheira para proteção, enquanto é realizado o exame físico e como o animal está desmaiado, não está usando um cambão (mas ainda tem que tomar cuidado)
· Contenção e exame físico bem semelhante ao dos cães domésticos 
· A colheita de material e a avaliação também é bem semelhante a dos cães, mas levando em consideração os padrões de cada indivíduo – lembrar que os animais de vida livre devem ter referências de vida livre e os de cativeiro devem ter referencias de cativeiro 
· Os principais processos patológicos: de longe, ganham os traumatismos (por conta disso, muitos dos tratamentos são cirúrgicos), mas também doenças infecciosas (cinomose, parvovirose, raiva e leishmaniose visceral – mesma dos cachorros domésticos, com mesmos sinais clínicos, sem tratamento, por serem virais, com mesma terapia dos cães)
· Animais que são frequentemente atropelados 
· Muito comuns fraturas em lobos guará, por conta do tamanho dos membros 
· Avaliar se tem sangramento anal, sugerindo hemorragias internas
· Muitas vezes são afetados no processo de transporte, como indo molhado e chegando em hipotermia, ou indo embaixo do sol, chegando hipertermico 
· Normalmente, é de emergência, principalmente, associados a traumatismo 
· Pela invasão humana dos habitats, isso predispõe o contato entre animais silvestres e domésticos, mesmo que não haja contato direto, podendo ter contaminação, com transmissão de doenças entre eles 
· Também podem ser acometidos por sarna sarcóptica, carrapatos, pulgas,outros ectoparasitas, além de endoparasitas (Dioctophyma renale comum em lobos guará, se instalando nos rins e consumindo o parênquima renal)
· Prevenção com quarentena de pelo menos 30 dias, quando os animais chegam, para que ele possa se adaptar, se possa tratar eventuais doenças, sendo necessária a avaliação clínica completa (hemograma, bioquímicos séricos, sorologia para cinomose, parvovirose, raiva e leishmaniose, coproparasitológico e todos os outros exames possíveis para garantir que o animal não tem quadros infecciosos que possam passar para outros animais)
· Existem protocolos de vacinação, principalmente contra cinomose e parvovirose, usando vacinas com vírus inativado (morto – para que não aconteça reversão da virulência, com o animal apresentando a doença)
· O ideal é fazer a vacina específica para cada doença, mas elas não existem no Brasil, então existem protocolos que podem ser adotados dependendo do local de recepção dos animais e existem vacinais mais e menos recomendadas para uso nesses indivíduos 
· Protocolo de vacinação bastante similar ao dos cães – primeira vacina entre 45-60 dias, repetindo mais 2 doses, com intervalo de 30 dias e adultos ainda não vacinados recebem 2 doses, com intervalos de 30 dias e indivíduos já vacinados recebem revacinação anual
Família Felidae
· Também pertence à ordem carnívora
· Abrange felídeos domésticos e selvagens
· Animais com características bastante diversas com relação ao peso corporal (desde 1,5 kg até 300 kgs), mas a anatomia e a fisiologia são bastante similares
· Especializados na captura de presas vivas
· Presença de garras, geralmente, retráteis
· Dentes adaptados a captura de presas e dilaceração e maceração da presa, já preparando para a digestão 
· No brasil, 8 espécies silvestres, pertencentes a 3 gêneros (Leopardus, Panthera e Puma)
· Jaguatirica
· Leopardus pardalis 
· Porte médio
· Peso varia de 7-16 kgs 
· Características que a diferenciam em relação a pelagem, que é curta e marcada com os ocelos na forma de rosetas, que na lateral se unem e formam listras horizontais, que ocorrem em cadeias paralelas
· De forma geral, apresentam a região ventral mais clara, muitas vezes com pintas negras
· Cauda curta
· Anéis pretos na cauda 
· Como a maioria dos felídeos brasileiros, apresenta na porção atrás da orelha uma mancha branca redonda, que ajuda na camuflagem 
· Hábitos solitários
· Atividade predominantemente noturna
· Machos geralmente apresentam uma área de vida maior do que as fêmeas 
· Assim como várias outras espécies de felinos silvestres, são boas de escalada – predam pelo solo e em cima de árvores
· Gostam de tocas para dormir, no período da manhã – respeitar no cativeiro 
· Gato do mato pequeno 
· Leopardus tigrinus
· Menor felino silvestre do Brasil 
· Características estruturais, anatômicas, de proporção corporal são muito semelhantes ao dos gatos domésticos
· Muitas vezes confundidos com gatos domésticos
· Média de 2,2 a 2,4 kgs – alguns um pouco maiores
· Em geral, os machos são maiores do que as fêmeas
· Padrão de coloração e de distribuição dos ocelos é bastante variável de indivíduo para indivíduo
· Coloração esbranquiçada no ventre
· Quando comparado com os gatos maracajá, tem a cauda mais curta e ocelos menores e presentes em números maiores 
· Distribuição não é muito bem definida, mas ele tem maior preferência por florestas úmidas
· Gato do mato grande
· Leopardus geoffoyi
· Porte médio, um pouco maior do que o gato maracajá 
· Peso oscila entre 2-6 kgs, com média de aproximadamente 3,9 kgs
· Padrão de manchas bastante característico, porque não forma rosetas – tem pintas, distribuídas, as vezes aos pares, pela superfície corporal 
· Habitam uma grande variedade de ambientes
· Distribuição um pouco mais limitada no Brasil nas áreas do RS e na área limítrofe entre Bolívia e MS – também acontece em algumas áreas florestadas do pantanal e outras regiões 
· Gato palheiro 
· Leopardus colocolo 
· Um dos felídeos selvagens menos estudados
· Porte pequeno, bem semelhante ao do gato doméstico
· Se assemelha bastante ao gato doméstico 
· Peso varia de 1,7 a 3,7 kgs
· Características específicas de presença de pelos longos, focinho largo (comparado aos outros), listras escuras na porção mais distal dos membros e pelagem de coloração homogênea, sem manchas
· Se distribui por uma grande variedade de habitats no Brasil
· Preferência por áreas abertas, como campos e cerrado 
· Gato maracajá 
· Leopardus wiedii
· Porte menor, quando comparada a jaguatirica e um pouco menor do que o gato do mato grande
· Olhos marcadamente grandes e protuberantes
· Focinho bastante saliente
· Cauda bastante grande, chegando a 70% do tamanho do corpo – usa como contrapeso, para equilíbrio do corpo 
· Peso que varia de 2,6 a 4,9 kgs 
· Pelagem mais longa
· Padrão dos ocelos bastante variável entre os indivíduos
· Em geral, as rosetas são largas, completas e bem espaçadas – ajuda a diferenciar da jaguatirica e do gato do mato pequena
· Hábitos solitários e noturnos
· Fortemente associado a habitat florestal, se distribuindo em diversas regiões de florestas 
· Onça pintada
· Pantera onca 
· Maior felídeo das américas 
· Tamanho da cabeça bastante grande, em comparação com outros indivíduos da mesma família
· Podem pesar em torno de 40-100 kgs, dependendo da região 
· Macho maior do que a fêmea
· Corpo completamente revestido por pintas negras, que formam rosetas, que em geral, são grandes, mas assumem diversos tamanhos e apresentam um ou mais pontos negros no interior
· Hábitos solitários
· Geralmente fica no solo, mas também é ótima escaladora e nadadora e mergulhadora
· Área de vida bastante variável entre 10 e 259 km²
· Peso médio das presas é de 48 kg – importante levar em conta no manejo em cativeiro, no planejamento do ambiente
· Antigamente, acontecia por todo território brasileiro, mas atualmente está mais restrito a região norte até o leste do maranhão, estando presente em algumas regiões centrais, pantanais e áreas isoladas do sul e sudeste
· Habita geralmente áreas de vegetação densa, com suprimento abundante de água, que por isso tenham presas em quantidade suficiente para sua vegetação 
· Suçuarana 
· Puma concolor 
· Segunda maior espécie de felídeo brasileiro
· Machos ligeiramente maiores do que as fêmeas
· Peso variando de 52-73 kgs
· Membros bastante fortes
· Cauda longa 
· Região ventral esbranquiçada em comparação com a região dorsal, de coloração mais homogênea e variável 
· Em geral, apresentam uma mancha branca ao redor da boca
· Focinho róseo 
· Olhos nos filhotes são mais azulados, mas vão ficando amarelados, conforme vai chegando na vida adulta
· Hábitos solitários 
· Terrestres, mas conseguem fazer escalada
· Atividade noturna predominante, mas também diurna
· Bastante adaptada a diferentes ambientes e climas
· No brasil, acontece na floresta amazônica, mas também em regiões de campos e matos, cerrado, catinga, mata atlântica, entre outras regiões
· Ameaçado de extinção, porque sofre grande pressão de caça, principalmente, próximo de fazendas, por conta da invasão de criações para alimentação
· Por se adaptarem bem nessas regiões mais próximas do ser humana, também sofrem com atropelamento 
· Gato mourisco 
· Puma yagouaroundi 
· Do mesmo gênero da Susuarana 
· Características bastantes particulares de cabeça pequena, corpo longo e esguio, orelhas pequenas e lembra um pouco os mustelídeos (foinha, furão...), com cauda bastante longa 
· Porte de pequeno a médio
· Peso médio de 5,2 kgs
· Patas curtas
· Coloração uniforme, que pode ser variável, principalmente, de marrom enegrecida, acinzentada e eventualmente vermelho amarelado
· Hábitos solitários 
· Terrestres, mas também escala para se alimentar no topo das árvores 
· Atividade mais diurna, mas ocasionalmente, noturna
· Habitat bastante variado, incluindo regiões de cerrado, caatinga, floresta tropical, subtropical
· Bastante flexível a ocupar diferentes ambientes – bem observado em áreas de plantio
· Não se adapta muito bem ao cativeiro, sofrendo por condiçõesde estresse 
· Muito frequente em cativeiro o arrancamento de pêlos, com áreas de perda de pêlos – alteração comportamental
· Em geral, os pequenos felídeos se alimentam de pequenos mamíferos, aves, répteis, até insetos e peixes – os grandes felídeos já tem preferência por mamíferos de médio a grande porte 
· Pela invasão de habitats, são frequentemente vistos atacando criações de animais domésticos, sendo alvejado pelos produtores 
Características gerais 
· Em cativeiro, a alimentação deve levar em consideração sua alimentação natural, para não gerar distúrbios metabólicos ou falhas de nutrientes
· Existe a possibilidade de oferta de ração comercial de felinos do tipo premium de gatos domésticos, mas muitas vezes é bastante caro e o animal acaba se habituando a essas situações, sofrendo de limitação a caça, muitas vezes não expressando seus comportamentos naturais e sofrendo de estresse 
· Podem não aceitar muito bem a ração para gatos 
· Muitas vezes, é ofertado presas vivas ou recém abatidas – controle zoosanitário, proveniente de criadouros comerciais conhecidos, que levem em conta os protocolos de biossegurança
· Muitas vezes se usa carne bovina ou de frango, de custo mais baixo e aceitação melhor 
· A carne bovina em natura pode vir contaminada com Toxoplasma, causando infecção – levar em consideração o local de proveniência do alimento, que deve vir de estabelecimentos idôneos certificados pelo SIF
· Na tentativa de controle da toxoplasmose pode-se fazer o congelamento da carne, inativando o agente infeccioso – mas ela deve ser descongelada antes de fornecer 
· Muitas vezes a carne não oferece uma relação adequada de cálcio e fósforo, com maior quantidade de fósforo do que de cálcio, com sequestro do cálcio, pela ligação, que indisponibiliza o cálcio de exercer as funções metabólicas – animal entrando em processos de deficiência de cálcio, com alterações do crescimento e deformações ósseas em filhotes e enfraquecimento dos ossos e ocorrência de fraturas espontâneas em adultos 
· A quantidade de vitaminas, em especial, a vitamina A também é muito pobre na carne, além de faltar alguns aminoácidos muito importantes para esses felinos, como a taurina
· Se for usar carne, suplementar esses nutrientes
· Levar em consideração que esses animais passam muito tempo do seu dia caçando, buscando alimento, e no cativeiro, ele está em um espaço restrito, com atividade restrita, muitas vezes acontecendo sobrepeso e obesidade, além de outras condições metabólicas – trabalhar com enriquecimento ocupacional, para que o animal exerça as atividades físicas de busca de alimento, escalada, nado, movimentação, com melhora de ambiente (recursos de enriquecimento ambiental), além de sempre trabalhar com a taxa metabólica basal (oferecer os nutrientes necessários para manutenção do peso)
· É importante que se disponibilize algum tipo de capim, porque quando ingeridos, eles provocam êmese, que ajuda na limpeza do trato digestório, porque muitas vezes o animal acaba ingerindo grande quantidade de pelo 
· Existe instrução normativa do IBAMA para os recintos, com área mínima para cada espécie 
· A altura mínima desses recintos tem que ser de 3 m, porque eles escalam – deve fornecer recursos para isso 
· Preocupação com o tipo de vegetação, poleiros, troncos, cuidado com pisos abrasivos, presença de grama ou vegetação rasteira, áreas de descanso, plataforma elevada de madeira para esconderijo e tanques para ingestão de água (pode usar peixes para enriquecimento ambiental), área de cambeamento 
· Nos pequenos felídeos, podemos fazer contenção física com puçás ou caixa de contenção e se o procedimento for mais demorado ou o animal for mais estressado, segue com a contenção química 
· Grandes felídeos existem contenção química pelo risco de lesão – equipe deve estar bastante preparada, porque eles podem causar lesões graves e morte, geralmente usando dardos, com anestésicos, em zarabatana, rifle, com os mesmos cuidados expostos nos canídeos 
· Exame físico muito semelhante ao dos felinos domésticos – diagnósticos, exames complementares também (levar em conta os parâmetros normais para cada espécie)
· Processos patológicos: traumas, alterações nas unhas, doenças dentárias, doenças infecciosas (PIF, FIV, FeLV, raiva, cinomose, panleucopenia, rinotraqueíte, calicivirose, etc – mesmos dos gatos domésticos), neoplasias, obesidade, hiperparatireoidismo secundário nutricional (observação)
· Traumatismos geralmente levam os animais ao centro de reabilitação e triagem
· Em cativeiro, alterações nas unhas, por ausência de desgaste ou substrato inadequado
· Prevenção de doenças infecciosos com programas de controle sanitário e parasitárias, imunização, controle de vetores e de animais sinantrópicos
· Importante quarentena de pelo menos 30 dias quando o animal entra no plantel, com avaliação criteriosa e realização de todos os exames possíveis

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