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_______________________ Estudos Disciplinares Formação Geral Prof. Me. Bruno César Questão 24 – Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): alfabetização midiática e informacional e consequências da falta de letramento digital. (Enade 2015 – com adaptações). Leia o texto a seguir. A alfabetização midiática e informacional tem como proposta desenvolver a capacidade dos cidadãos de utilizar mídias, bibliotecas, arquivos e outros provedores de informação como ferramentas para a liberdade de expressão, o pluralismo, o diálogo e a tolerância intercultural, que contribuem para o debate democrático e a boa governança. Nos últimos anos, uma ferramenta de grande valia para o aprendizado, dentro e fora da sala de aula, têm sido os dispositivos móveis. Como principal meio de acesso à internet e, por conseguinte, às redes sociais, o telefone celular tem sido a ferramenta mais importante de utilização social das diferentes mídias, com apropriação de seu uso e significado, sendo, assim, uma das principais formas para o letramento digital da população. Esse letramento desenvolve-se em vários níveis, desde a simples utilização de um aplicativo de conversação com colegas até a utilização em transações financeiras nacionais e internacionais. WILSON, C. et al. Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores. Brasília: Unesco, 2013 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as asserções e a relação entre elas. I. Para ser considerada digitalmente letrada, a pessoa deve acessar as redes sociais por meio dos aparelhos celulares e dispositivos móveis. PORQUE II. Todas as pessoas letradas digitalmente desenvolvem as mesmas habilidades de comunicação e ação, que incluem desde a simples utilização de um aplicativo de conversação até a realização de transações financeiras nacionais e internacionais. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. B. As asserções I e II são proposições falsas. C. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa correta da I. D. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. E. A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. Análise das asserções. I – Asserção incorreta: Segundo o texto, “como principal meio de acesso à internet e (...) às redes sociais, o telefone celular tem sido a ferramenta mais importante de utilização social das diferentes mídias (...), sendo assim uma das principais formas para o letramento digital da população”. No entanto existem pessoas digitalmente letradas que não usam o celular nem as redes sociais. II – Asserção incorreta: De acordo com o texto, o letramento digital “desenvolve-se em vários níveis, desde a simples utilização de um aplicativo de conversação com colegas até a utilização em transações financeiras nacionais e internacionais”. Ou seja, as pessoas letradas digitalmente não desenvolvem, necessariamente, as mesmas habilidades de comunicação e ação. Alternativa correta: B. Questão 25 – Meio ambiente: desmatamento da Amazônia e suas consequências. Leia o texto e analise as afirmativas que seguem. A selva amazônica alimenta as torneiras em São Paulo Desmatamento da Amazônia reduz chuvas até em Buenos Aires. Nos últimos dois anos, muitos dos habitantes da Grande São Paulo (20 milhões de pessoas) começaram a se acostumar a captar água da chuva com baldes, a esfregar o chão com água da máquina de lavar roupas e a se levantar de madrugada, antes que as torneiras ficassem secas novamente, para encher as bacias e ter água para o dia seguinte. O estado mais rico do Brasil ficou imerso por uma crise hídrica que não previu ou não soube prevenir e observou como suas reservas foram secando paulatina e perigosamente diante de uma queda inesperada de precipitações. Os estados próximos, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, seguiram os passos do vizinho e muitos de seus habitantes também sofreram com o desabastecimento de água durante dias. No Nordeste do país, uma região maior, embora menos populosa, a seca não é nenhuma novidade, e, em épocas mais severas, multiplicam-se as imagens de famílias inteiras percorrendo dezenas de quilômetros em busca de algum poço de qualidade questionável ou esperando com a vista voltada às ruas, completamente dependentes da chegada de um caminhão-pipa. O problema explica-se pela falta de infraestrutura, de previsão e de uma cultura de consumo responsável. E também, claro, pela falta de chuvas, um fenômeno que os especialistas associam ao desmatamento do maior tesouro do Brasil (e do Planeta): a selva amazônica. As mordidas constantes do homem sobre a selva amazônica, um ecossistema único que mantém o ar úmido por até 3.000 km continente adentro, podem equiparar-se, em termos ambientais, a acabar com a nascente de um gigantesco rio. Calcula-se que 19% das chuvas da Bacia da Prata têm sua origem na umidade que a selva amazônica gera e que voa para o sul. As secas foram acompanhadas nos últimos anos de outros fenômenos climáticos extremos, como inundações, especialmente no sul do país, o que reforça a teoria dos especialistas sobre o papel da selva no equilíbrio climático da região. Com esse panorama, em que até o Rio de Janeiro terá de investir em obras que garantam o abastecimento, o Brasil tem uma má notícia: o desmatamento na Amazônia aumentou 16% este ano (2015) e chegou a 5.841 km2, uma área equivalente à metade do território de Porto Rico. Por outro lado, a boa notícia é que o Brasil já esteve pior: em 2004, foram destruídos 27.772 quilômetros quadrados. O objetivo para 2020 é não superar os 4.000 km². O desafio é enorme. Contra ele, estão principalmente os interesses da pecuária e dos agricultores. Os estados que concentram os maiores aumentos do desmatamento (Amazonas, Rondônia e Mato Grosso) beneficiaram-se, paradoxalmente, de recursos do Fundo Amazônia, nutrido pelo investimento estrangeiro e idealizado, precisamente, para reduzi-lo. Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/29/politica/. Acesso em 30 nov. 2015 (com adaptações). I. A seca na região nordeste, provocada pelo desmatamento da Amazônia, representa o maior problema para o país em termos demográficos, já que a área afetada é maior do que a no sudeste, além de o problema ser mais antigo. II. O desmatamento da Amazônia tem diminuído especialmente nos estados de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas, graças à ajuda de investimento estrangeiro. III. Embora ainda aconteça em níveis preocupantes, o desmatamento na Amazônia diminuiu se compararmos 2015 a 2004. É correto apenas o que se afirma em: A. I e II. B. II e III. C. I e III. D. II. E. III. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: Em termos demográficos, a seca no Sudeste é mais significativa do que a seca no Nordeste, pois essa primeira região concentra a maior parte da população. II – Afirmativa incorreta: O texto diz que "os estados que concentram os maiores aumentos do desmatamento (Amazonas, Rondônia e Mato Grosso) beneficiaram-se, paradoxalmente, de recursos do Fundo Amazônia, nutrido pelo investimento estrangeiro e idealizado, precisamente, para reduzi-lo". Logo, o desmatamento tem aumentado nesses três estados, mesmo com investimento estrangeiro. III – Afirmativa correta: Segundo o texto, "o desmatamento na Amazônia aumentou 16% este ano e chegou a 5.841 quilômetros quadrados, uma área equivalente à metade do território de Porto Rico. Por outro lado, a boa notícia é que o Brasil já esteve pior: em 2004, foram destruídos 27.772 quilômetros quadrados". Logo, o desmatamento diminuiu se compararmos os dados atuais aos de 2004, mas aumentou entre 2014 e 2015. Alternativacorreta: E. Questão 26 – Sociedade, cultura e arte: manifestações artísticas e formas de expressão popular. Considere a figura e o texto a seguir. Disponível em http://coletivodar.org/wp- content/uploads/2014/08/parede.jpg. Acesso em 04 mar. 2015. Se pensarmos nas características que dão identidade ao ato de pichar e de grafitar, veremos que ambos os segmentos se comunicam muito mais do que se imagina ou que, intencionalmente, por meio de alguns veículos de comunicação e poder (parte da mídia e Estado), se faz acreditar. A prática de pintar e escrever em paredes está presente na história da humanidade desde a chamada pré- história. De lá para cá, essa prática esteve inserida e foi influenciada por diferentes contextos históricos, culturais e geográficos. Vivemos ainda hoje num contexto de uma sociedade capitalista que impõe a uma grande parcela da população a situação de carência em diferentes aspectos. Muito nos chama a atenção a carência de recursos econômicos, mas, atrelada a ela, está a carência de bens simbólicos, de produção de representações e cultura. Os grafites e as pichações atuais nascem da necessidade humana da produção de representações que lhes é negada. Essa é uma característica comum a ambos e que leva a outras inevitáveis. São elas a transgressão – o grafite e as pichações devem transgredir o espaço urbano em sua estética e forma de organização e, assim, devem ser realizados sem autorização. Serem públicos – as pichações e os grafites têm que estar em público, por isso são feitos nas ruas, apropriando-se de qualquer suporte que a cidade ofereça. Isso ocorre pelo objetivo de proporcionar o acesso à arte ao maior número de pessoas, independentemente de etnia, gênero ou classe social. Também pela necessidade que os pichadores e os grafiteiros têm de serem vistos, serem reconhecidos pelo seu meio social e pela sociedade como um todo, ainda que, em alguns casos, de forma negativa, sanando assim, em parte, a invisibilidade a que muitas vezes estão submetidos por pertencerem, em geral, às camadas economicamente mais pobres da sociedade. Efemeridade – grafite e pichações, por ocuparem as ruas, os muros, estão sujeitos a todos os tipos de intervenção que se faça no mesmo espaço. Assim, são manifestações que tendem a permanecer pouco tempo onde estão. Thiago Santa Rosa, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, em entrevista ao Diário de Pernambuco. Disponível em http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida- urbana/2015/10/19/interna_vidaurbana,604348/pesquisador- estuda-o-universo-da-pichacao-e-da-grafitagem-no- recife.shtml. Acesso em 15 mar. 2016. I. A figura sugere que a pichação é uma forma de expressão popular, que dá voz àqueles que não dispõem dos meios de comunicação socialmente legitimados, o que também se confirma no texto. II. De acordo com o texto, pichação e grafite são manifestações transgressoras, realizadas em lugares proibidos, e, por isso, degradam o patrimônio público. III. Segundo o texto, os pichadores buscam reconhecimento, na tentativa de compensar a invisibilidade social a que estão submetidos. É correto o que se afirma somente em: A. I. B. II. C. III. D. I e III. E. I e II. Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta: A frase “parede branca, povo mudo" mostra a pichação como forma de expressão popular. O trecho "os grafites e as pichações atuais nascem da necessidade humana da produção de representações que lhes é negada” também mostra a pichação dessa forma. II – Afirmativa incorreta: O texto diz que "são elas a transgressão – o grafite e as pichações devem transgredir o espaço urbano em sua estética e forma de organização e, assim, devem ser realizados sem autorização". Nada é dito sobre pichações e grafites degradarem o espaço público. III – Afirmativa correta: Do texto, temos: "também pela necessidade que os pichadores e os grafiteiros têm de serem vistos, serem reconhecidos pelo seu meio social e pela sociedade como um todo, ainda que, em alguns casos, de forma negativa, sanando assim, em parte, a invisibilidade a que muitas vezes estão submetidos por pertencerem, em geral, às camadas economicamente mais pobres da sociedade". Alternativa correta: D. Questão 27 – Igualdade de gêneros: direito das jovens à educação formal, relações de poder entre homens e mulheres e discurso de Malala na ONU. (Enade 2015). Leia o texto a seguir. A paquistanesa Malala Yousafzai, de dezessete anos de idade, ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2014, pela defesa do direito de todas as meninas e mulheres de estudar. "Nossos livros e nosso lápis são nossas melhores armas. A educação é a única solução, a educação em primeiro lugar", afirmou a jovem em seu primeiro pronunciamento público na Assembleia de Jovens, na Organização das Nações Unidas (ONU), após o atentado em que foi atingida por um tiro ao sair da escola, em 2012. Recuperada, Malala mudou-se para o Reino Unido, onde estuda e mantém o ativismo em favor da paz e da igualdade de gêneros. Disponível em http://mdemulher.abril.com.br. Acesso em 18 ago. 2015 (com adaptações). A partir dessas informações, redija um texto dissertativo sobre o significado da premiação de Malala Yousafzai, na luta pela igualdade de gêneros. Em seu texto, aborde os seguintes aspectos: A. direito das jovens à educação formal; B. relações de poder entre homens e mulheres no mundo. Padrão de resposta. A. Até o século XX, na maior parte do mundo, as mulheres não iam à escola porque seu papel social era definido em função do casamento, da família e da procriação. Com a luta de movimentos e grupos, a mulher alcançou o direito à educação. A Declaração dos Direitos Humanos considera a educação um direito essencial de qualquer ser humano, mas ainda se veem países e regiões que colocam empecilhos à escolarização feminina. Nesse sentido, a luta de Malala é emblemática porque deu voz a milhões de jovens que não têm seu direito garantido por leis ou por costumes. B. Vivemos em um mundo patriarcal, seja no Ocidente ou no Oriente. A mulher, considerada o “segundo sexo”, sofre a socialização imposta pelos interesses masculinos. Uma forma de conscientizar as mulheres dos seus direitos e da luta por mudanças é a educação e, por isso, a atitude de Malala é importante. Questão 28 – População: números de habitantes nos estados brasileiros. Leia o texto e analise as afirmativas a seguir. Brasil tem mais de 202 milhões de habitantes, diz IBGE O Brasil ganhou no último ano 1.735.562 habitantes, média de 4,7 mil novos brasileiros por dia. Após romper a barreira de 200 milhões de pessoas em 2013, o país teve crescimento populacional de 0,86% em 12 meses e atingiu a marca de 202,7 milhões – mantendo-se como a 5º nação mais populosa do mundo, atrás de China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. Os dados foram divulgados pelo IBGE e são referentes a 1º de julho de 2014. Os números apontam para um crescimento mais expressivo da população nos municípios de médio porte, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes (1,12%). Em contrapartida, as capitais apresentaram estabilidade. Na avaliação da demógrafa Leila Eravatti, os municípios que compõem as regiões metropolitanas atraíram mais moradores por conta do elevado custo de vida nas capitais, principalmente a alta expressiva do valor do metro quadrado. São Paulo é o Estado mais populoso do país, com 44 milhões de habitantes – 88 vezes o número de pessoas que vivem em Roraima, o Estado menos populoso, com 496.936. Entre as capitais, São Paulo também lidera, com 11.895.593 pessoas (leia mais abaixo), à frente do Rio de Janeiro (6.453.682), Salvador (2.902,927), Brasília (2.852.372) e Fortaleza (2.571.896). O município que mais cresceufoi Nova Redenção (BA). A cidade registrou um avanço populacional de 10,87% (de 8.527 para 9.453 habitantes). Serra da Saudade (MG), com só 822 habitantes, é o município menos populoso do país. O menor crescimento foi registrado em Satuba (AL) taxa de -15,87%, passando de 15.737 para 13.241 pessoas. Quando o recorte é feito por região, o Sudeste aparece à frente com 85,1 milhões, seguido por Nordeste, 56,1 milhões; Sul, 29 milhões; Norte, 17,2 milhões; e Centro-Oeste, com 15,1 milhões. Disponível em http://www.metrojornal.com.br/nacional/brasil. Acesso em 29 ago. 2014. I. Cerca de 27% dos habitantes do estado de São Paulo residem na capital. II. A população da cidade de São Paulo é 1.200 vezes maior do que a população de Araguainha, no estado do Mato Grosso. III. A população da cidade do Rio de Janeiro é superior à soma das populações dos estados de Tocantins, Acre, Amapá e Roraima. Com base no texto, é correto o que se afirma apenas em: A. III. B. I e III. C. II e III. D. I. E. I e II. Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta: No estado de São Paulo, temos 44 milhões de habitantes e, na cidade de São Paulo, temos 12 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE apresentados no texto do enunciado. Para sabermos qual é o percentual de 12 milhões de habitantes em relação a 44 milhões de habitantes, fazemos o cálculo a seguir. %100.% PauloSãodeestadodoPopulação PauloSãodecapitaldaPopulação PauloSãodecapitalnaresidentes %100. 000.000.44 000.000.12 % PauloSãodecapitalnaresidentes %27% PauloSãodecapitalnaresidentes Concluímos que cerca de 27% dos habitantes do estado de São Paulo vivem na capital paulista. II – Afirmativa incorreta: A população da cidade de São Paulo não é 1.200 vezes maior do que a população de Araguainha. Na capital paulista, há 12 milhões de habitantes, e, em Araguainha, há 1.000 habitantes. A população de São Paulo é, portanto, 12.000 vezes a população de Araguainha. III – Afirmativa correta: Somando as populações dos estados de Tocantins, Acre, Amapá e Roraima, temos um total de 3.534.829 habitantes. Na cidade do Rio de Janeiro, temos 6.453.682 habitantes. Concluímos que a população da cidade do Rio de Janeiro é superior à soma das populações dos estados de Tocantins, Acre, Amapá e Roraima. Alternativa correta: B. Questão 29 – Sociodiversidade e multiculturalismo: relações de gênero, conquistas das mulheres e participação feminina na política. Leia o artigo de Mônica Sousa, filha do desenhista Mauricio de Sousa e inspiradora da personagem Mônica das histórias em quadrinhos. Em seguida, observe a tirinha. Somos todas donas da rua 08/03/2016 No começo, a Turminha era formada só de meninos: Franjinha, Cebolinha, Chico Bento. Até que começaram a perguntar para o meu pai: "Cadê as meninas?". Mauricio conhecia mais o universo dos garotos. Foi aí que ele começou a olhar em volta e percebeu que poderia se inspirar nas filhas. Em 1963, Mônica estreou na tirinha do Cebolinha e encantou todo mundo com um jeito que não era considerado exatamente feminino para a época. Ela era forte, decidida, dona da rua. Eu era também. Meu pai sempre me deixou ser do meu jeito, sem me limitar por ser menina. Para ele, minha autenticidade (e de todos nós, seus dez filhos) sempre foi importante. É só ver, nos gibis, as peculiaridades de cada personagem baseado em nós. Quando uma menina ou mulher é mais, digamos, assertiva, logo leva a fama de mandona. Mas, para mim, o que a Mônica sempre teve foi uma autoconfiança enorme, além de um grande sentimento de responsabilidade em relação a seus amigos. Meninas em todo o Brasil e em vários países do mundo se identificam com a dentucinha, cuja força maior não é a física: é a força de quem acredita em seus sonhos e capacidades. Na época em que a personagem nasceu, os anos 1960, as mulheres começavam a ganhar mais espaço no mercado de trabalho. No ano de publicação da primeira tirinha em que a Mônica aparece, a russa Valentina Tereshkova foi a primeira mulher a viajar ao espaço. Mas o caminho foi longo. Fazia pouco menos de três décadas que as brasileiras haviam conquistado o direito ao voto. Em 1964, foi criada a Magali, mais delicada, conciliadora (além de comilona, claro!). Mais alguns anos e chegou a Rosinha e tantas outras. Cada uma com seu jeito. Os meninos e meninas da Turma são diferentes? Com certeza. Mas brincam de casinha, de futebol, de viagem espacial, do que quiserem brincar. Juntos. E, como a Mônica nunca foi limitada pelo fato de ser menina, elas e eles também não são. Têm os mesmos direitos e oportunidades. São iguais na diferença. Como são, naturalmente, as crianças. Ou como deveriam ser. Mas as crianças, também naturalmente, seguem os exemplos dos adultos, não é? Por isso precisamos ser bons exemplos para eles. Pois é, em pleno século 21, ainda há muito a conquistar. Como diretora executiva de uma grande empresa, sou, do mesmo modo que a Mônica das historinhas, uma exceção. No Brasil, as mulheres ocupam apenas 5% das vagas nos conselhos das empresas e entre 8% e 16% dos cargos de alta liderança. Já temos uma mulher na Presidência, mas, no Congresso, são apenas 13 senadoras para um total de 81 vagas e 51 deputadas para 513 cadeiras na Câmara Federal. A nova geração tem a oportunidade de mudar esse quadro, com a nossa ajuda. A violência contra mulheres e meninas tem raízes na discriminação e na desigualdade e começa cedo, portanto, a prevenção precisa acompanhar esse fator desde a educação de meninos e meninas, a fim de promover relações de gênero mais respeitosas. Desde 2007, a Mônica é embaixadora do Unicef (Fundo das Nações Unidas pela Infância), emprestando sua força para defender os direitos das crianças e adolescentes. Neste ano de 2016, a Mauricio de Sousa Produções tem o orgulho de se tornar signatária dos princípios do ONU Mulheres. Fundamentada na visão de igualdade consagrada na Carta das Nações Unidas, a ONU Mulheres, entre outras questões, trabalha para a eliminação da discriminação contra as mulheres e meninas e a realização da igualdade entre mulheres e homens como parceiros e beneficiários do desenvolvimento, direitos humanos, ação humanitária e paz e segurança. Neste dia 8 de março, queremos mais que homenagens. Queremos respeito. Como a Mônica, as meninas podem ser as donas da rua e do mundo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/03/1747369- somos-todas-donas-da-rua.shtml. Acesso em 17 mar. 2016. Disponível em https://bit.ly/3oeBdKA. Acesso em 17 mar. 2016. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. De acordo com o texto, a personagem Mônica representou, na época da sua criação, uma expressão das conquistas das mulheres na nossa sociedade patriarcal. II. Segundo o texto, apesar dos avanços em relação à participação das mulheres na política, elas ocupam cerca de 11% das vagas do Congresso Nacional. III. Os quadrinhos contradizem o que é exposto no texto sobre os papéis e as características dos personagens, uma vez que o Cebolinha defende a divisão de tarefas de acordo com o sexo. É correto o que se afirma em: A. I, II e III. B. I e II, apenas. C. II e III, apenas. D. I e III, apenas. E. I, apenas. Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta: Do texto, temos: "meninas em todo o Brasil e em vários países do mundo se identificam com a dentucinha, cuja força maior não é a física: é a força de quem acredita em seus sonhos e capacidades". II – Afirmativa correta: O texto diz que, "no Congresso, são apenas 13 senadoras para um total de 81 vagas e 51 deputadas para 513 cadeiras na Câmara Federal". A porcentagem de senadoras é de 16%, pois: %100.% SenadonovagasdeNúmero senadorasdeNúmero senadoras %16%100. 81 13 % senadoras A porcentagem de deputadas é de 10%, pois: %100.% FederalCâmaranavagasdeNúmerodeputadasdeNúmero deputadas %10%100. 513 51 % deputadas Considerando o congresso como um todo, a porcentagem de mulheres é 11%, pois: %100.% SenadonovagasdeNúmeroFederalCâmaranavagasdeNúmero senadorasdeNúmerodeputadasdeNúmero mulheres %100. 81513 1351 % mulheres %11%100. 594 64 % mulheres Logo, as mulheres ocupam cerca de 11% das vagas no congresso. III – Afirmativa incorreta: Os quadrinhos mostram Mônica e Cebolinha brincando de casinha, com uma inversão de papéis em relação ao estereótipo aceito pela sociedade: Mônica chega do trabalho e Cebolinha está limpando a casa. Os quadrinhos apresentam uma crítica à divisão de trabalhos na qual o homem sai para trabalhar e a mulher é a única responsável pelos afazeres domésticos. Alternativa correta: B. Questão 30 – Sociedade e relações de trabalho: levantamento da renda familiar no Brasil. Analise o gráfico, com o levantamento da renda familiar no Brasil em 2013, e as afirmativas a seguir. Considere que o salário mínimo na época da pesquisa era de R$ 678. Disponível em https://bit.ly/3Gc3h7n. Acesso em 22 mar. 2016. I. Em 2013, a renda de 66% das famílias era de 3 salários mínimos. II. O fato de a soma dos percentuais indicados na pirâmide resultar em 96% mostra que o levantamento da renda mensal familiar foi incompleto. III. Pouco mais de um terço das famílias, em 2013, tinha renda mensal entre 2 e 5 salários mínimos. É correto o que se afirma em: A. I e III. B. II e III. C. III. D. I. E. I, II e III. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: Na época da pesquisa, em 2013, o salário mínimo era de R$ 678,00, conforme dito no enunciado. Logo, 3 salários mínimos seriam R$ 2.034,00, pois R$ 678,00 x 3 = R$ 2.034,00. Do gráfico, vemos que, em 2013, a renda de 66% das famílias era de até 3 salários mínimos (R$ 2.034,00). II – Afirmativa incorreta: O fato de a soma dos percentuais indicados na pirâmide resultar em 96% não mostra que o levantamento da renda mensal familiar foi incompleto, pois, no gráfico, não consta o percentual de famílias com renda superior a R$ 33.900,00. III – Afirmativa correta: Em 2013, 2 salários mínimos seriam R$ 1.356,00, pois R$ 678,00 x 2 = R$ 1.356,00, e 5 salários mínimos seriam R$ 3.390,00, pois R$ 678,00 x 5 = R$ 3.390,00. Do gráfico, vemos que, em 2013, a renda de 36% (20% + 16%) das famílias estava entre 2 e 5 salários mínimos (entre R$ 1.356,00 e R$ 3.390,00). A fração um terço corresponde ao percentual de, aproximadamente, 33%, pois: 1 1 % .100% 0,33.100% 33% 3 3 equivalente a Concluímos que, em 2013, mais de um terço das famílias tinha renda mensal entre 2 e 5 salários mínimos. Alternativa correta: C.
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