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Analise da demonstrações contábeis

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
AULA 1
18/06/2022 22:29 UNINTER 
Prof? Aline Andrade Barbosa da Silva 
 
CONVERSA INICIAL 
Com este material, pretendemos a assimilação de temáticas-chave de nossos estudos. Nesta 
aula, especificamente, queremos que sejam capazes de compreender a importância da estrutura, 
análise e interpretação das demonstrações contábeis e as demonstrações e informações contábeis 
obrigatórias e não obrigatórias. De igual modo, trataremos sobre a diferenciação entre medidas 
GAAP e não GAAP, e o método empregado para realização da ADC. Bom aprendizado! 
CONTEXTUALIZANDO 
Martins, Diniz e Miranda (2020) afirmam que a Contabilidade pode ser compreendida como uma 
espécie de modelo de representação simplificada da realidade econômico-financeira de uma 
entidade. Tal ciência tem como objetivo funcional atender as demandas de diversos usuários, os quais 
se utilizam da informação contábil para a tomada de decisões. 
Como estudado anteriormente, a Contabilidade se utiliza de quatro técnicas para alcance de 
seus objetivos, a saber: 1) Escrituração; 2) Demonstrações Contábeis; 3) Auditoria; e 4) Análise das 
Demonstrações Contábeis. Esta última é pontuada pelos autores mencionados anteriormente como 
uma prática de investigação, que visa concluir a posição da empresa de acordo com a necessidade 
específica dos seus utilizadores informacionais. 
Evidentemente, cada usuário da contabilidade possui um interesse. Sendo assim, o objetivo da 
ADC pode se tratar do retorno do investimento para investidores; da capacidade de honrar 
compromissos futuros para credores por empréstimo; como também da política de incentivos fiscais 
para o Governo e seus órgãos reguladores. 
Com vistas à realização da tarefa correta pelos analistas das demonstrações contábeis, é que se 
faz imprescindível que este tenha pleno conhecimento das normas de contabilidade, faça a 
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escrituração dos fatos administrativos com desenvoltura pela movimentação do patrimônio da 
entidade, assim como tenha conhecimento dos meios de apuração do resultado do exercício, saiba 
preparar as demonstrações contábeis e tenha ciência da estrutura de cada uma delas. 
Sendo assim, de modo a atender às expectativas de informação dos seus usuários, é que a ADC 
surge como uma ferramenta que capacita o analista a ser um interpretador dos empreendimentos 
societários, de modo a utilizar a linguagem dos negócios (contabilidade) para tanto. Diante disso, 
seguimos para tratar da importância da estrutura, análise e interpretação de demonstrações. 
TEMA 1 - IMPORTÂNCIA DA ESTRUTURA, ANÁLISE E 
INTERPRETAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES 
As demonstrações contábeis são instrumentos de prestação de contas e de fornecimento de 
informações econômico-financeiras e servem de fundamento para a avaliação de investimento ou 
para concessão de crédito. Em face disso, é importante que sua estrutura seja conforme a exigência 
da legislação. Além disso, os demonstrativos financeiros são relevantes meios de gerir a empresa, 
pois facilita a tomada de decisão mais segura e evita riscos desnecessários. 
Uma estrutura correta viabiliza o manejo correto dos relatórios financeiros, como também 
permite que a análise das demonstrações contábeis seja feita em base confiável. A relevância da 
análise das demonstrações financeiras emergidas da contabilidade subside no processo gerencial, em 
que se torna possível tomar decisões mais assertivas para o negócio. Assim, os relatórios de análise 
necessitam ser elaborados de maneira transparente e objetiva, de forma a considerar metas 
predefinidas, para que sejam melhor interpretados por seus usuários. 
Nesse contexto, torna-se pertinente a interpretação dos demonstrativos contábeis, fruto da 
própria análise. A Análise das Demonstrações captura dados constantes nas respectivas 
demonstrações, com a finalidade de calcular índices. Estes tornam viáveis a avaliação de solvência, da 
estrutura patrimonial e da expectativa de gerar lucros por parte da entidade. 
Por meio da ADC, é possível verificar a performance da gerência econômico-financeira da 
companhia em relação a períodos anteriores, de modo a compará-los com objetivos 
predeterminados. 
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Ademais, a ADC permite a realização de confronto com as perspectivas dos segmentos ou da 
região em que a empresa está inserida, de maneira a fornecer uma visão mais ampla aos gestores 
que tomam decisões de financiamento e investimentos, assim como a implantação de medidas em 
contextos de mercado não favoráveis. 
Para Alves e Laffin (2018), as análises colaboram não apenas para a avaliação e tomada de 
decisão pela empresa, como também para a análise da competitividade do segmento, para, assim, 
fazer uma melhor avaliação do mercado. 
Sabemos que os demonstrativos contábeis são peças elaboradas com dados oriundos dos 
registros contábeis da organização. Por conta disso, faz-se necessário para análise destes que o 
analista conheça em detalhes os elementos componentes. De posse desse conhecimento, será 
possível analisar, interpretar e elaborar pareceres sobre as demonstrações contábeis. 
Em virtude disso, há necessidade de se aprender primeiro noções básicas de contabilidade, para 
somente depois ministrar os conteúdos específicos de análise das demonstrações contábeis. 
TEMA 2 - DEMONSTRAÇÕES E INFORMAÇÕES (RELATÓRIOS, 
PARECERES) CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS 
De acordo com os arts. 176 e 177 da Lei n. 6.404/1976, o conjunto de demonstrações contábeis 
obrigatórias que devem ser divulgadas ao final de cada exercício financeiro pelas sociedades 
anônimas e sociedades de grande porte são: a) balanço patrimonial; b) demonstração dos lucros ou 
prejuízos acumulados ou demonstração das mutações do patrimônio líquido; c) demonstração do 
resultado do exercício; d) demonstração dos fluxos de caixa; e e) demonstração do valor adicionado. 
O pronunciamento técnico n. 26, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis de acordo 
com international Accounting Standard (IAS) n. 1, adiciona como compulsória a demonstração do 
resultado abrangente. Nas próximas linhas, detalharemos os conceitos e casos práticos de cada um 
dos relatórios contábeis obrigatórios para melhor entendimento. 
2.1 BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial (BP) é uma das mais relevantes demonstrações contábeis e retrata 
qualitativa e quantitativamente a posição financeira e patrimonial de uma entidade em dado 
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momento (Silva, 2019). Os elementos listados nessa demonstração são: Ativo, Passivo e Patrimônio 
Líquido. As contas similares desses grupos podem ser agrupadas, contanto que se indique a natureza 
da informação e não ultrapasse 10% do valor do grupo de contas a que se refere. 
O Ativo é composto pelos bens e direitos da empresa e está subdivido nos seguintes 
componentes: Ativo Circulante, que são aqueles que podem ser realizados até 12 meses após a data 
de divulgação do balanço, e os demais ativos são classificados no Ativo não Circulante, segregado 
em: i) realizável a longo prazo; ii) investimentos; iii) imobilizado; e iv) intangível. 
O realizável a longo prazo é constituído, por exemplo, de derivados de vendas, adiantamentos 
ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou investidores, que não 
sejam relativos à atividade usual da companhia. 
Já os investimentos tratam-se, por exemplo, das participações permanentes em outras 
sociedades. O imobilizado, por sua vez, é composto por bens corpóreos designados para a 
manutenção das atividades da companhia. Por fim, o intangível é representado pelo conjunto de 
bens incorpóreos da entidade, tais como marcas, patentes, licenças, softwares, franquias, fundo de 
comércio adquirido, direitos autorais e direitos de propriedadesindustriais e de serviço. 
O Passivo é definido como sendo a obrigação presente, resultante de eventos passados, cuja 
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de fluir benefícios econômicos para a 
entidade. O CPC n. 26, que trata da Apresentação das Demonstrações Contábeis, classifica os itens do 
passivo na categoria circulante quando: espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional 
normal da entidade; está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; deve ser 
liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço; ou a entidade não tem direito 
incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos 12 meses após a data do balanço 
(Silva, 2019, p. 46). 
O Patrimônio Líquido é formado por cinco contas principais: 1) capital social que trará a 
discriminação do capital subscrito reduzido do montante a integralizar; 2) reservas de capital e de 
Lucros, em que se contém as seguintes reservas: i) reserva legal; ii) reservas para contingências; iii) 
reservas estatutárias; iv) reservas de lucros a realizar; e v) reserva de incentivos fiscais; 3) ajustes de 
avaliação patrimonial; 4) prejuízos acumulados; e 5) ações em tesouraria, que se trata das ações 
readquiridas da própria companhia. Após a elucidação desses conceitos relativos ao BP, 
apresentamos um desenho da demonstração, a fim de fixar o conteúdo da estrutura. 
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Figura 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial 
PASSIVO + PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
 
 
 
 
 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
E, 
Ativo não Passivo não Circulante 
Circulante 
DR Patrimônio Líquido 
Realizável a Longo P 4 
Capital Social 
Prazo 
: (-) Gastos com Emissão de 
Investimento 
Ações 
Imobilizado cão 
Reserva de Capital 
Intangiível 
Reservas de Lucros 
(-) Ações em Tesouraria 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Ajustes Acumulados de 
Conversão 
Prejuízos Acumulados 
Fonte: elaborado a partir de Silva, 2019. 
Vejamos um caso prático de Balanço Patrimonial da Companhia Ambev do exercício de 2020. 
Figura 2 - Balanço Patrimonial: Ambev 20201 
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2.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
REivo 
Agivo circutanto 
Aivo não cireulario 
 
 
o passivo 
 
Patrimônio liquido 
 Patrimônio liquido do controladoras: E o- rã irotadore: imônio Siquido 
iquido 
UNINTER 
ate 
 
 
125.136,86 
 
 
J3478,0 
 
 
Fonte: Ambev, 2020. 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apurar o rédito 
(lucro/prejuízo) das empresas. O resultado é calculado com base na dedução de receitas e despesas 
do período. As receitas são os aumentos nos benefícios econômicos na figura de saída de recursos 
ou aumento de ativos e diminuição de passivos. 
E as despesas são os decréscimos nos benefícios econômicos sob a forma de aumento de ativos 
ou diminuição de ativos. Ambas as classificações também não podem ser resultantes de transações 
com os sócios e devem ser estimadas em base confiável. A seguir, podemos visualizar a estrutura de 
uma DRE de uma companhia que divulga seus relatórios financeiros em Bolsa de Valores. 
Figura 3 — Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício 
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Resultado consolidado Conversão IAS Crescimento % Pe 
R5 j Escopo de Moeda Impacto de SM Reportado Orgânico Orgânico 
 
 
OL espesas) operacion 
Luera oparacional VEBIT ajustado) 
lte antes do EBIT O recoman R e 
 
TES 
Atribuido a Ambev 
Atribuido a não controladores 
Lucro liquido ajustado 
ais 
 
289,1 
 
 
13,4% 
 
529% 
 
 
 
Atribuido a Ambav 
EBITDA ajustado E.924,7 2.106,0 12,5 [EO (38) B93,2 29,1% 0,1% 
Resultado consolidado Conversão IAS 29 Crescimento % 
4 Escopo de Moeda Impacto de 8M Reportado 
 Lucro liquido” 
Atribuido a Ambev 
Lucro liquido ajustado 
atribuido a Ambev 
“EBITDA ajusta do 
 
q 3.618. 
(1.:190,3) 
 
 
iZiBss CAMA 
11.780,0 11.379,4 
Atribuido a não controladores 408,4 352.5 
12.549,9 124043 3,6% 
12.139,0 11.745,41 3,2% 
DidaT A 2r330 + A889 (22828) MEG Dam ain 
Fonte: Ambev, 2020. 
2.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE 
A demonstração do Resultado Abrangente apresenta as receitas e despesas e outras mutações 
ocorridas no Patrimônio Líquido decorrentes de transações com os sócios. Os resultados abrangentes 
comportam: ganhos e perdas atuariais em planos de pensão; ganhos e perdas oriundos de conversão 
de demonstrações contábeis 
x 
à moeda estrangeira; ajuste de avaliação patrimonial relativo aos 
ganhos e perdas na remensuração de ativos mantidos para venda e ajuste de avaliação patrimonial 
relativo à efetiva parcela de ganhos e perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa. A 
estrutura do demonstrativo mencionado pode ser visualizada na figura a seguir. 
Figura 4 — Estrutura da Demonstração do Resultado Abrangente 
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(Reais Mil) 
UNINTER 
 
Códigoda Descrição da Conta Acumulado do Atual Acumulado do Exercicio 
Conta Exercicio Anterior 
01/01/2020 à 31/03/2020 DID TIZ0ÃA à 31/03/2049 
401 Lucro Liquido do Periodo 1.081.784 2.661.850 
4.02 Outros Resultados Abrangentes 7.643.051 -210.631 
34.02.01 Ganhos (perdas) na Conversão de Operações no Exterior 7.6TB.TTS «183.221 
84.02.02 Reconhecimento Integral de Ganhos (perdas) Atuariais -4.688 3.095 
40203 Hedge Fluxo de Caixa - Ganhos (Perdas) Reconhecido no a99812 422 403 
Patrimônio Liguido 
94.02.04 Hedge Fluxo de Caixa - Ganhos (Perdas) Excluldo do -455. 868 437.227 
Patrimônio Liguido & Incluído no Resultado 
34.02.07 Hedge de investimento - opção de venda concedida sobre «ET4.574 «5.681 
participação em controlada 
4.03 Resultado Abrangente do Período B.734.835 2451.2198 
2.4 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
Fonte: Ambev, 2020. 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa é um dos principais relatórios para fins gerenciais (Marion, 
2019, p. 51). Companhias abertas são obrigadas a publicar esse demonstrativo, como também 
companhias fechadas com patrimônio líquido acima de 2 (dois) milhões de reais. 
A DFC apresenta as variações ocorridas em caixas e equivalentes de caixa por meio de 
pagamentos e recebimentos, segregados conforme a atividade: operacional, de investimentos e de 
financiamento. Uma exemplificação desse relatório contábil-financeiro é evidenciada adiante. 
Figura 5 — Demonstração dos Fluxos de Caixa 
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RS TANHÕES 41 ST TEM RM 
Lucro liquido do periodo 4.H8,0 688,4 12.158,3 THA 
Depreciação, amortização e impairment 1.264,11 1.384,2 46752 SABIA 
Perda por impairmeni nas contas E receber, nos esioques e nas demais contas a receber 4a 5,8 148,3 206,1 
Aumento!(redução) nas provisões e beneficios a funcionários 388,1 73, 507,7 207 
Resultado financeiro liquido 1.584,3 CLLO4O, Sh 3.105,6 2434 d 
Perda/(ganho) ne venda de imobilizado e intangiveis (14,7) IB3,8) (73,8) (78,8) 
Despesa com pagamentos baseados em ações 461 40,8 205,7 206,7 
Imposto de renda e contribuição social (463,5) 1.573,80 TEd,7 762,5 
Participação nos resultados de controladas, coligadas e empreendimentos controlados em conjunto 11,2 8,4 22.3 “aa 
Outros ifens que não afetam o cama incluídos no lucro (287,0) (583,1) (1.080,7) (768,8) 
Fluxo de caixa das atividades operacionais antes do capital de giro e provisões 745,0 BISh >0.035,4 
(Aurmentojiredução no contas E receber e demais contas a receber (875,0) (208711 (B4B,B) 
(Aumentoliredução nos estoques (100,5) (548,2) (1.303,04) 
Aumento'(redução) no contas a pagar e demais contas a pagar I.484,3 124,1 3iME8 
Geração de calxa das atividades operacionais q.043,8 8.928,2 >1.933,0Juros pagos (68,1) (314,4) (758,8) 
Juros recebidos t$d,0 5B.B a203 
Dividendos recebidos 1a Ez az 13,8 
Imposto de renda e coniribuição social pagos 508,1 (287,3) (2035, (IB42,) 
Fluxo de caixa das atividades operacionais 6a, 8.395,6 18.381,3 18.855,80 
Proventos da venda de imobilizado e inianglveis 1238 6a,0 108,0 
Proventos da venda de operações em subsidiárias 1,8 
Aquisição de imobilizado e intangíveis (2.008,0) (1384 4) (4.682,7) 
Aquisição de subsidiárias, líquido de caixa adquirido (188) (24,8) (431,5) 
Aquisição da outros investimentos (18,6) (17) (19,1) 
(Aplicação financeiraW proventos liquidos de titulos de divida 12 [288,4 ULTEMÇ3) 
Proventos/(aquisição) de outros afívos, liquidos 
Fluxo de caixa das atividades de investimento (LMHZT) (1.650,0) (E.700,6) 
Aumento de capital 
Aumento!(redução) de capital em não controladores (28,0) 0 
Proventos/|recompra) de ações (15/03 (1,3) (7d) 
Aquisição da participação de não controladores (0,0) 5) 
Proventos de empréstimos 4,0 184,1 046,1 27679 
Liquidação de emprestimos (1.216,93) (LMHB2) (2.352,7) (2.0442,8) 
Cana liguido de cusios financeiros, exceto juros U1.316,0) (EOTA,5) (2.021,80) (2.871,5) 
Pagamenio de passivos de arrendamento (1734) (110,1) (537,2) (458,5) 
Dinidendos e juros gobre 0 capiai próprio pagos [PBS 18.680,04 (7.871,3) (B.850,3) 
Fluxo de caixa de atividades financeiras (10.348,0) (8.578,0) (12:283,5) (B.602,0) 
Aumentoljredução) liquido no Caixa e equivalentes de caixa E — (26258) (20355) 1.2582 3452 
Caixa e equivalentes de caixa (liquido da conta garantida) no início do periodo 15.016,9 20.981,6 11.463,5 11.900,6 
Efeito de variação cambial em caixa e equivalente de caixa (450,5) (1.055, (822,1) 1.735,5 
Caixa e equivalentes de caixa [liquido da conta garantida) no final do periodo 11.900,56 17.080,3 11.900,56 17.080,3 
 
Fonte: Ambev, 2020. 
2.6 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
A Demonstração do Valor Adicionado apresenta a riqueza gerada e sua distribuição entre 
empregados, governo, acionistas e financiadores de capital. Sua utilidade se respalda na visão 
macroeconômica que essa demonstração traz, pois o valor adicionado representa a contribuição da 
empresa no Produto Interno Bruto nacional. Dito isso, apresentamos a estrutura da DVA da 
Companhia Ambev. 
Figura 6 — Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado 
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Receitas 11.125.902 12.258 097 
Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 11.095 318 121482812 
Outras Receitas 37.323 80.109 
Provisão/Reversão de Créds. Liquidação Duvidosa Bar -3.824 
Insumos Adquiridos de Terceiros -5.155.088 =4 555.468 
Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos -4.223.557 «4.054.548 
Materiais. Energia, Servs. de Terceiros e Outros -B13. 783 -B91.412 
Perda/Recuperação de Valores Ativos 17.748 -8.508 
Valor Adicionado Bruto a.970.814 7.303.528 
Retenções -592.615 -574.563 
Depreciação, Amortização e Exaustão 592.615 -574.563 
Valor Adicionado Líquido Produzido 5.378.188 6.728.566 
Vir Adicionado Recebido em Transferência 587.516 1.422.125 
Resultado de Equivalência Patrimonial 330.713 1.180.189 
Receitas Financeiras 238 812 228.959 
Outros 17.991 17.877 
Valor Adicionado Total a Distribuir 5.865.715 8.151.091 
Distribuição do Valor Adicionado 5.865.715 8.151.091 
Pessoal 535.085 515.891 
Remuneração Direta 368.842 389.518 
Beneficios 52. 434 48412 
FGT.s. 24.288 22.470 
Outros 90.411 77.591 
Impostos, Taxas e Contribuições 3.663.315 a4PrATA 
Federais 793.658 1.122.932 
Estaduais 2.864.326 3.344.247 
Municipais E33 4.995 
Remuneração de Capitais de Terceiros E74.6M1 501.076 
Juros 674.631 500.837 
Aluguéis o 238 
Remuneração de Capitais Próprios 1.091.784 2.661.850 
Lusras Retidos / Prejuízo do Periodo 1.091.784 2.661.850 
Fonte: Ambev, 2020. 
Após esses breves conceitos, seguimos para a apresentação das Demonstrações e Informações 
Contábeis não obrigatórias. 
TEMA 3 - DEMONSTRAÇÕES E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NÃO 
OBRIGATÓRIAS 
As sociedades anônimas de capital aberto têm integrado um contexto muito frágil devido ao 
número recorrente de escândalos contábeis. A fim de contornar esse cenário, as empresas têm 
acionado a divulgação das demonstrações não obrigatórias, com vistas a atingir uma visão de 
empresa transparente pelos usuários da informação. 
Ademais, há por parte do mercado financeiro uma exigência cada vez maior para que as 
entidades adotem uma posição de clareza das suas divulgações (Silva, 2019). Na sequência, 
https://univirtus.uninter.com/avalweb/roa/ 11/32
18/06/2022 22:29 UNINTER 
explicaremos as definições atinentes aos principais demonstrativos e informações não obrigatórias, 
de modo a incluir, igualmente, Relato Integrado e Global Reporting Initiative (GRI). 
3.1 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DOS RECURSOS 
Com o advento da Lei n. 11.638/2008, a publicação da Demonstração das Origens e Aplicações 
dos Recursos deixou de ser compulsória. A DOAR indica os fluxos financeiros que aumentaram ou 
diminuíram o Capital Circulante Líquido. Os acrescimentos representam as origens, e os decréscimos 
as aplicações de recursos. A composição da DOAR, conforme preconizava a lei societária, pode ser 
visualizada na figura a seguir. 
Figura 6 — Estrutura da Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos 
 
ORIGENS DOS RECURSOS 
 
e Lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados de 
exercícios futuros. 
e Realização do capital social e contribuições para reservas de capital. 
e Recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da redução do ativo realizável a 
longo prazo e da alienação de investimentos e direitos do ativo imobilizado. 
 
APLICAÇÃO DOS RECURSOS 
 
Dividendos distribuídos. 
e Aquisição de direitos do ativo imobilizado. 
e Aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido. 
Redução do passivo exigível a longo prazo. 
 
EXCESSO OU INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS EM RELAÇÃO ÀS APLICAÇÕES 
 SALDOS DE ATIVO E PASSIVO CIRCULANTE, MONTANTE E SALDO DE CAPITAL 
Fonte: elaborado a partir de Silva, 2017. 
3.2 BALANÇO SOCIAL E RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE 
O Balanço Social, também conhecido como Relatório de Sustentabilidade ou Relatório da 
Responsabilidade Social, é um fruto da Contabilidade Social e deve ser divulgado anualmente pela 
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empresa que busca evidenciar aos usuários um conjunto de informações associadas aos projetos 
ambientais e ações sociais. 
De acordo com Colares et al. (2012), o BS contém sete seções. A primeira diz respeito à base de 
cálculo para indicadores de sustentabilidade. A segunda seção refere-se aos indicadores sociais 
internos, em que se demonstra os dispêndios da entidade com o corpo funcional. 
Na sequência, os indicadores sociais externos retratam a participação da empresa na sociedade 
por vias de educação, cultura, saúde, saneamento, entre outros. A quarta parte está associada aos 
indicadores ambientais que representam o montante de investimentos sustentáveis com a produção 
interna e projetos externos. 
No quinto componente, são detalhados os indicadores do corpo funcional. O sexto item contém 
informações importantes acerca da prática de cidadania. Finalmente, a sétima parte separa um 
campo para informações de natureza qualitativa, no que diz respeito à responsabilidade social 
corporativa, ética e transparência. 
Figura 7 - Estrutura do Balanço Social 
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2019 2018 
1 - BASE DE CÁLCULO 
NE 30 Receita Liquida - RL 4.029.142 3.625.333 
2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS % Sobre RL % Sobre RL 
NE 31.2 Remuneração dos administradores 3.649 0,1 5.808 0,2Remuneração dos empregados 239.068 5,9 242.288 6,7 
a RRaçÃO tOLDARO IEA ÇÃO 33.718 0,8 30.721 0,8 
& outros) 
Encargos sociais compulsórios 79.321 20 83.446 23 
Plano previdenciário 21.446 0,5 22.791 0,6 
Saúde (plano assistencial) 46.485 1,2 43.835 1,2 
Capacitação e desenvolvimento 
a ;1 , profiasional 2.099 O 2.013 0,1 
ess Provisão-para participação nos lucros 34.031 0,8 19.365 0,5 
elou resultados 
NE 30.2 Indenizações trabalhistas 10.845 pa 19.812 0,5 
(1) Outros benefícios 3.691 0,1 3.389 0,1 
Total 474.353 11,8 473.468 13,1 
3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS % Sobre AL % Sobre AL 
Cultura 3.358 0,1 3.093 0,1 
Saúde e saneamento 797 0,0 1.399 0,0 
Esporte 797 0,0 770 0,0 
Outros 20.505 0,5 20.895 0,6 
Programa de Acessibilidade - - 493 oo 
Doações diversas (Projeto Fatura Solidária) - - 22 0,0 
P&D - somente recolhimentos 18.356 0,5 18.234 0,5 
FIA (Fundo do Idoso e Adolescente) 797 Go 770 0,0 
Fundo do idoso 797 00 70 0.0 
Total das contribuições para a sociedade 26.457 0,6 26.157 0,7 
Tributos (excluídos encargos sociais) 941.997 23,4 957.913 26,4 
Total 967.454 24,0 984.070 27,1 
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2019 2018 
4 - INDICADORES AMBIENTAIS % Sobre RL % Sobre RL 
Investimentos relacionados às operações 
da 51.062 13 31.237 D,9 
Investimentos em programas e/ou 
jotos externos 161 2,0 175 0,0 
Total 51.223 13 31.412 0,9 
(2) Quantidade de sanções ambientais 1 1 
Valor das sanções ambientais [R$ mil) 227 544 
Metas ambientais 2019 Metas 2020 
- encaminhar 70% dos residuos industriais E pride pl mata Eis 
para E pese nda d () cumpre de O a 50% (1 cumpre de O a 50% 
. TE e EE a a a e [| cumpre de 51% a 75% | () cumpre de 51% a 75% 
eba da a ia [x] cumpre de 76% a 100% | (x) cumpre de 76% a 100% 
para reciclagem 
 
NE - Nota Explicativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2019 2018 
5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL (inclui controladas) 
Empregados no final do poriodo 1.636 1.677 
Admissões durante o período 3 2z2 
Escolaridade dos ampregados(as): Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres 
Total superior e extensão universitária 1.138 830 309 1.053 77" 282 
Total 2º grau 490 46 4a 622 553 ES 
Total 1º grau 7 8 o z 2 o 
De 18 até 30 anos (exclusivel 56 76 
Da 30 atá 45 anos (exclusive) 892 817 
De 45 até 60 anos lexclusive) 642 547 
60 anos ou mais 46 43 
Mulheres que trabalham na empresa 348 351 
% Mulheres em cargos gerenciais: 
em relação ao nº total de mulheres 9,2 83 
em relação ao nº total de gerentes 23,5 22,0 
Negrostas) que trabalham na 
201 203 
% Negros(as) em cargos gerenciais: 
em relação Bo nº total de negrostas) 3,0 3.4 
 
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5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL linclui controladas) 
 
Dependentes 2127 2.158 
tal Terceirizados 767 704 
(41 — Aprendizies) 19 17 
(4) Estagiários(as) E] 32 
Nº de prossssos trabalhistas sm 893 
andamento no final do exercício 820 
Nº de processos trabalhistas 190 234 
encerrados no exercício 
 
6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL 
 
Relação entre a maior & a menor remuneração 
19 19 
na empresa 
- Número total de acidentes de trabalho 32 32 
- tinclui acidentes com contratados) 
 
 
2019 Meta 2020 
Os projetos sociais e amblentais desenvolvidos É - 2a ESC CCE 
a Direção e gerências Direção e gerências 
pela empresa foram definidos por 
Os padrões de seguranca e salubridade no 
pe na - Todos + Cipa Todos + Cipa 
ambiente de trabalho foram definidos por: 
Quanto à liberdade sindical, ao direito de 
a E a ms : Incentivaráã e seguirá a 
negociação coletiva e à representação interna Incentiva e segue a OIT 
dos trabalhadores, a empresa: OIT 
A previdência privada contempla: Todos Todos 
A partici ão dos | Itad participação dos lucros ou resultados Todos Todos 
contempla: 
Na seleção dos fomecedores, os mesmos 
padrões éticos e de responsabilidade social e São exigidos Serão exigidos 
ambiental adotados pela empresa: 
Fonte: Copel, 2020. 
3.3 EBITDA 
EBITDA constitui a sigla para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, cuja 
tradução significa Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações (LAJIDA). Sua 
veiculação no território brasileiro é voluntária, mas normalmente é realizada pela maior parte das 
companhias abertas. 
A finalidade do EBITDA consiste em evidenciar o potencial de geração operacional de caixa que 
uma empresa é capaz de produzir, antes de levar em conta o custo de empréstimos ou 
financiamentos. Em outros termos, o EBITDA considera que parte das receitas de vendas podem 
ainda não ter sido recebidas, e parte das compras ainda não terem sido pagas. Isso significa que se 
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todas as operações fossem à vista, o LAJIDA representaria o valor do caixa produzido pelos ativos, 
anteriores à receita e despesas financeiras e dos impostos sobre o lucro. 
No cenário brasileiro, por meio da Instrução CVM 527, a Comissão de Valores Mobiliários 
brasileira visa uniformizar a divulgação do EBITDA, Tal norma demonstra que a apuração da medida 
deve ser divulgada com base nos números fornecidos nas demonstrações contábeis, conforme o 
pronunciamento técnico CPC n. 26, que trata da Apresentação das Demonstrações Contábeis. Em 
vista disso, não podem participar do cálculo do indicador valores que não estejam nas 
demonstrações contábeis, principalmente, na Demonstração do Resultado do Exercício. 
Vejamos um exemplo de divulgação do EBITDA da companhia paranaense de energia: 
Figura 8 — Divulgação do EBITDA da companhia paranaense de energia 
Consolidado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em R$ milhões 2019 2018 
Lucro liquido |.270,4 B/0,5 
IRPJ e CSLL diferidos 142,5 15,2) 
IRPJ e CSLL 190,7 370,9 
Despesas (receitas) financeiras, líquidas 465,7 a78,3 
Lajir/Ebit 2.069,4 1.654,3 
Depreciação e Amortização 537,0 339,9 
Lajida/Ebitda 2.606,3 1.994,2 
Receita Operacional Líquida - ROL 4.028,1 3.625,93 
Margem do Ebitda% (Ebitda - ROL) 64,7% 55,0% 
 
Fonte: Copel, 2021. 
O EBITDA da companhia, em 2019, foi de R$2.606,30, de modo a representar um acréscimo de 
30,7% em relação a 2018, com R$1.994,20. 
3.4 RELATO INTEGRADO 
Sob a iniciativa do movimento internacional, conhecido como Accounting for Sustainability (A4S), 
e da Global Reporting Initiative (GRI) foi constituído o International Integrated Reporting Council (IRC). 
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A missão do IIRC é liderar o processo de criação da estrutura conceitual para auxiliar as organizações 
no processo de integração das informações financeiras, sociais, ambientais, entre outras. 
O Relato integrado proporciona uma abordagem mais objetiva e efetiva ao desenvolvimento de 
relatórios corporativos, de modo a aumentar a qualidade da informação fornecida aos detentores de 
capital financeiro. Também permite a destinação de capital de forma mais eficaz e mais proveitosa. 
Assim, o Relato integrado é um processo baseado em pensamento integrado, que resulta em um 
relatório integrado periódico por uma organização sobre a geração de valor ao longo do tempo e as 
respectivas comunicações sobre aspectos da geração de valor (curto, médio e longo prazo). 
À preocupação básica do RI consiste em evidenciar o alinhamento da empresa com o modelo de 
sustentabilidade vigente. No RI, a geração de valor é descrita de acordo com os seguintes itens: 
Figura 9 — Geração de Valor no Relato Integrado 
Capital 
social Capital Capital 
Intelectual PR oUtIge] pa Humano financeiro 
relacionamentos ade gt 
Fonte: Copel, 2020. 
Crédito: dizain/shutterstock; thodonal88/shutterstock; Trueffelpix/shutterstock; VectorMine/shutterstock; bsd 
studio/shutterstock; e pogonici/shutterstock.O objetivo fundamental do RI consiste em explicar aos fornecedores de capital financeiro como 
uma companhia que gera valor ao longo do tempo. Um relato integrado traz benefícios para todos 
os usuários que dele se utilizem, tais como colaboradores, clientes, legisladores, reguladores, 
fornecedores, por exemplo. 
A Estrutura Internacional do RI adota uma visão baseada em princípios. A ideia é achar um 
equilíbrio que evidencie a grande quantidade de circunstâncias de diversas entidades e que permita 
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um grau razoável de comparabilidade entre empresas para atender importantes necessidades de 
informação. 
O RI não impõe indicadores de desempenho específicos, metodologias de mensuração ou 
evidenciação de assuntos individuais, mas abrange um reduzido número de exigências a ser 
aplicadas antes que o RI possa ser entendido como alinhado à Estrutura. 
O RI pode ser construído para atender as necessidades de órgãos reguladores, como também 
pode ser um relatório independente ou ser uma parte distinta de outro relatório. Deve englobar, 
provisoriamente, uma declaração dos responsáveis pela governança da entidade, para fins de 
explicação. 
Recentemente, em janeiro de 2021, o IIRC divulgou revisões da estrutura do RI para viabilizar 
relatórios mais eficazes e úteis no processo de tomada de decisões. Esta foi a primeira revisão 
proposta desde 2013. 
Saiba Mais 
Saiba mais acessando o framework do Relato Integrado pelo link. 
Disponível em: <http://relatointegradobrasilcom.br/home/framework/>. Acesso em: 1 fev. 
2022. 
3.5 GLOBAL REPORTING INITIATIVE 
Esta é uma organização internacional não governamental, com sede em Amsterdã, na Holanda, 
que tem como meta expandir mundialmente regras para elaboração de relatórios de sustentabilidade 
divulgados de forma optativa. O modelo adotado pela GRI é o único formato aceito 
contemporaneamente para publicação de balanços dessa natureza (Silva, 2020). 
O Relatório de Sustentabilidade (GRI) é um instrumento relevante destinado à gerência 
apropriada de indicadores do tripé da sustentabilidade (ambiental, social e econômico) dentro das 
organizações. A GRI desenvolve e melhora progressivamente a Estrutura de Relatórios de 
Sustentabilidade, além de criar competência para sua adoção, cujo elemento principal consiste nas 
Diretrizes para Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade divulgada em 2002. 
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Mesmo não sendo um relatório obrigatório, há pelo menos cinco razões que levam a maior 
parte das entidades a utilizar a GRI em seus relatórios anuais, sejam eles integrados, de 
sustentabilidade ou de outros tipos. A primeira consiste no reconhecimento global, haja vista a 
metodologia GRI ter se espalhado mundialmente. 
Assim, divulgar utilizando essa metodologia constitui uma garantia de que a estrutura e os 
indicadores (denominados na metodologia de itens de divulgação), sejam reconhecidos por 
investidores e outras partes interessadas em qualquer território nacional. 
À segunda razão é porque a GRI facilita a comparação dos resultados. Por ser adotado em quase 
todos os países e segmentos, mantendo o mesmo conjunto de itens e informações, a metodologia 
viabiliza que a companhia possa confrontar seu desempenho com outras empresas no mesmo 
cenário nacional, setor, de maneira a facilitar o processo benchmarking, ou seja, o processo de 
avaliação da companhia referente à concorrência, por meio do qual é realizada uma comparação do 
desempenho, ações e processos de cada empresa. 
O terceiro motivo consiste em aprimorar a gestão da sustentabilidade. A metodologia GRI não se 
atém a um formato para divulgação dos resultados. Ao contrário, o principal objetivo é melhorar a 
gestão mediante a divulgação e transparência. 
Além disso, ajuda na identificação e gestão de impactos. Um dos exercícios fundamentais 
promovidos pelo relato da sustentabilidade empregando a metodologia GRI é de mapear os 
principais impactos da companhia, com foco na gestão e nos resultados sobre a sociedade e o 
ambiente, ao longo de toda a cadeia de valor. Em vista disso, compreender seus efeitos e como são 
administrados são o ponto inicial para uma gestão sustentável de um empreendimento. 
Por fim, a GRI identifica o mapeamento e contribuição dos stakeholders (usuários interessados 
nas informações divulgadas). Compreender quem são eles e estabelecer uma linha de comunicação é 
primordial para que a companhia seja capaz de estabelecer soluções que sejam sustentáveis. 
O objetivo do relatório de sustentabilidade é auxiliar os negócios empresariais e os governos do 
cenário mundial a compreenderem e administrarem corretamente o impacto que causam no mundo 
em termos de mudanças climáticas, direitos humanos, governança e bem-estar social. 
As informações do relatório apresentam bons canais para a construção de uma sociedade e 
economia que colabore com todos. A prática de relatar o desempenho de sustentabilidade auxilia a 
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identificar e gerenciar cenários de riscos nas companhias, além de melhorar as relações com 
stakeholders e criar uma imagem mais positiva. 
Os elementos que devem ser apresentados são quatro. O primeiro capítulo é constituído do 
“Prefácio: o Desenvolvimento Sustentável e o Imperativo de Transparência”. Esse capítulo consiste em 
uma breve introdução sobre a organização GRI, a definição de desenvolvimento sustentável e as 
proposições do modelo de Relatório de Sustentabilidade. 
O segundo capítulo trata da “Introdução: Visão Geral da Elaboração de Relatórios de 
Sustentabilidade”. Nessa parte é definida a finalidade de um relatório de sustentabilidade, 
orientações sobre a estrutura de relatórios GRI, orientações sobre as diretrizes e sua aplicação na GRI. 
O terceiro capítulo, por sua vez, é a “Parte 1: Definição de Conteúdo, Qualidade e Limite do 
Relatório”. Esse capítulo trata dos princípios que garantem a qualidade do relatório. 
O quarto capítulo, denominado “Parte 2: Conteúdo do Relatório”, aborda o perfil, desempenho 
econômico, desempenho ambiental, desempenho social, práticas trabalhistas e trabalho docente, 
entre outros. Por fim, o último capítulo trata do “Esclarecimentos Gerais sobre a Elaboração de 
Relatórios”, tais como coleta de dados, forma, periodicidade e verificação. 
Depois dessas definições sobre as demonstrações obrigatórias e não obrigatórias, a 
continuidade desta aula pontuará acerca das medidas GAAP e non-GAAP, adotadas pela análise das 
demonstrações contábeis. 
TEMA 4 - MEDIDAS GAAP E NON-GAAP 
Medidas GAAP são aquelas que estão de acordo com os princípios de contabilidade, bem como 
as normas delas emanadas. Para estes estudos, citam-se os indicadores de liquidez, endividamento, 
de rentabilidade e de atividade. 
Já as medidas non-GAAP consistem em indicadores de desempenho ajustados das medidas 
contábeis. Estas, não obrigatórias e provenientes da Contabilidade Gerencial, podem ser 
exemplificadas pelo volume de vendas, mix de mercado, número de clientes e EBITDA. 
Há várias distinções entre as duas medidas. Os indicadores GAAP seguem um padrão e podem 
ser utilizados para comparar entidades, já os indicadores non-GAAP não seguem regras herméticas e 
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são mais trabalhosos de serem empregados para comparação. 
Ademais, as medidas non-GAAP não ponderam efeitos não recorrentes e não desembolsáveis no 
resultado das companhias. De igual modo, as medidas GAAP são auditáveis e as medidas non-GAAP 
são não auditáveis, por não acompanharem as normas dos US GAAP ou IFRS. 
Os GAAP outorgam um nível de uniformidade às empresas que possuem operações e políticas 
caracterizadas pela heterogeneidade essencial. Dessa forma, nem sempre é possível captar 
informaçõesda performance da empresa, de modo a surgir uma lacuna que demanda o surgimento 
de indicadores personalizados de desempenho. Assim, aparecem as medidas non-GAAP, como 
opções associadas à rentabilidade das entidades que estão à margem dos princípios de contabilidade 
geralmente aceitos. 
Os indicadores non-GAAP incluem e excluem certos itens do resultado que são ditos como 
transitórios ou não monetários, de modo a não considerar ganhos ou despesas que não estão 
relacionadas às atividades básicas da companhia ou que não modificam o caixa durante o período. 
Por isso, tais indicadores são publicados sem obrigatoriedade. Na sequência, veremos a abordagem 
de algumas dessas medidas. 
No cenário atual, a maior parte da discussão no que diz respeito a tais medidas referem-se à 
qualidade e intenção dos gestores com a sua divulgação. Estudos revelaram duas principais razões 
que justificam a publicação. A primeira seria a liberdade de escolha dos gestores, a qual envolve a 
capacidade deles em serem altruístas. A ideia por trás dessa escolha é trazer informações mais 
detalhadas para os investidores potenciais. 
A segunda motivação relaciona-se ao oportunismo, isto é, os administradores podem resolver 
dar maior destaque aos indicadores non-GAAP nos demonstrativos financeiros com a ideia de alterar 
a percepção dos acionistas. Ademais, existe uma reincidência em retirar diferentes elementos ao 
apurar os indicadores non-GAAP. Isso pode atrapalhar a compreensão pelos investidores. 
Assim, as medidas non-GAAP contribuem com os gestores com a oportunidade de redefinição 
de ganhos GAAP, de modo a excluir receitas e despesas que podem se realizar no futuro, fato que 
representa informações adicionais sobre a natureza lucrativa (Doyle; Jennings; Soliman, 2013). 
4.1 INDICADORES GAAP 
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4.1.1 Índices de liquidez 
Os índices de liquidez demonstram a realidade financeira de uma entidade face aos 
compromissos financeiros e indicam sua capacidade de sanar dívidas, de maneira a assinalar também 
a perspectiva de continuidade. São quatro os índices de liquidez: a) liquidez corrente; b) índice de 
liquidez seca; c) liquidez imediata; e d) liquidez geral. Vejamos suas respectivas definições e fórmulas 
de cálculo a seguir. 
A liquidez corrente sinaliza quanto a companhia possui de recursos de curto prazo (Ativo 
Circulante) para cada real de obrigações de curto prazo (Passivo Circulante), ou seja, a capacidade de 
pagamento no curto prazo e sua expectativa em financiar suas demandas por capital de giro. Nesse 
caso, se o índice for superior a 1, isso indica que o Capital Circulante líquido será positivo e que 
haverá de capacidade de honrar as obrigações de curto prazo por meio dos recursos de curto prazo. 
A utilidade desse tipo de indicador está na combinação dele com outros índices, a fim de 
ratificar as conclusões obtidas pelos analistas, que analisará tendências para os próximos anos da 
realidade econômico-financeira da entidade. Apesar disso, há uma fraqueza nesse tipo de indicador, 
pois este não consegue capturar as diferenças temporais existentes entre constituintes do Ativo 
Circulante e Passivo Circulante. 
Em outras palavras, o índice não leva em consideração se um título vencerá em poucos meses, 
em relação a outra conta que também foi utilizada na base de cálculo do indicador. Outro ponto 
descrito por Martins, Diniz e Miranda (2020) é que o índice de liquidez corrente sofre consequências 
dos métodos de avaliação de ativos, em especial, o de estoques. 
Com vistas a suprir essa deficiência, foi criado o índice de liquidez seca, que indica a parte das 
dívidas de curto prazo que poderiam ser extintas por meio de componentes de maior liquidez no 
ativo, isto é, sem considerar os estoques. 
Da mesma forma que a liquidez corrente, o índice de liquidez seca é largamente utilizado pelos 
analistas das demonstrações contábeis e seu proveito cresce com o emprego de outros indicadores, 
para verificar projeções das empresas e compará-las com outras de mesmo segmento. No entanto, as 
contas a receber (Ativo Circulante) podem representar valores altos, de maneira a incorrer em uma 
falha desse índice. Sendo assim, surge o índice de liquidez imediata. 
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O índice de liquidez imediata demonstra a parte das obrigações de curto prazo que poderiam 
ser pagas instantaneamente por meio de saldos de caixa e equivalentes de caixa. Esse índice sofre 
interferências temporais, tendo em vista que o numerador é mais passível de transformar-se em 
dinheiro do que as obrigações de curto prazo - que podem levar mais tempo para serem pagas. O 
indicador também pode ser relevante para a análise de bancos comerciais, haja vista o volume de 
saques e depósitos em dado período. 
Por fim, o índice de liquidez geral que indica o quanto a empresa possui de recursos de curto e 
longo prazo (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) para cada valor de obrigações de curto e 
longo prazo (Passivo + Passivo não Circulante). De acordo com Martins, Diniz e Miranda (2020), tal 
índice evidencia o potencial de saldar compromissos futuros da empresa. 
4.1.2 Estrutura patrimonial 
Os índices empregados na análise de estrutura patrimonial instituem relações entre recursos 
próprios e de terceiros. O objetivo consiste em mostrar a dependência da organização frente a 
recursos de terceiros. Os índices dessa análise são: i) endividamento; ii) composição do 
endividamento; iii) imobilização do PL; e iv) imobilização dos recursos não correntes. 
O índice de endividamento evidencia quanto a entidade possui de obrigações com terceiros 
(Passivo + Passivo não Circulante) para cada montante de capital próprio (Patrimônio Líquido). Tal 
indicador sinaliza a dependência que a entidade tem frente a terceiro. 
A análise do endividamento pode ser baixa, razoável ou ruim. Mas também é necessário analisar 
a qualidade da dívida, tendo em vista que pode se tratar de endividamento alto com custo baixo e, 
portanto, um investimento lucrativo. Entretanto, endividamentos altos de curto prazo podem 
interferir na rentabilidade da empresa, inclusive na sua continuidade. 
Martins, Diniz e Miranda (2020) declaram que a composição do endividamento é interessante 
para investigar a solvência da empresa, isto é, a capacidade da empresa de pagar o que deve. Tal 
índice demonstra quanto da dívida total (Passivo Circulante + Passivo não Circulante) com terceiros é 
exigível no curto prazo (Passivo Circulante). Assim, uma companhia com menores níveis de 
endividamento no curto prazo certamente oferecerá menores riscos. 
O índice de imobilização do Patrimônio Líquido indica a parte do capital próprio que está 
aplicada em ativos de baixa liquidez — Imobilizados, Investimentos ou Ativos Intangíveis. São ativos 
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de baixa liquidez os Ativos não Circulante deduzidos dos ativos realizáveis a longo prazo. A ideia aqui 
é financiar o Ativo Circulante com capital próprio para minimizar a dependência de recursos de 
terceiros. 
A Imobilização de Recursos não Correntes demonstra o percentual de recursos de longo prazo 
utilizados nos itens de ativos de menor grau de liquidez, tais como imobilizado, investimentos e 
intangível. Esse índice, quando superior a 1, significa que a empresa está imobilizando recursos de 
curto prazo (Passivo Circulante). 
4.2 INDICADORES NON-GAAP 
Em face do exposto, os indicadores non-GAAP são métricas alternativas na maioria dos casos de 
lucratividade, que supostamente enriquecem as informações financeiras que os investidores recebem 
sobre o desempenho de uma empresa. Dito de outra forma, são informações adicionais gratuitas 
para fornecer insights sobre a empresa. 
São exemplos de indicadores non-GAAP o volume de vendas, o mix de vendas,clientes perdidos, 
custos de perdas de materiais e EBITDA. Reforçamos que o material não esgota as medidas não 
obrigatórias, mas apenas coloca as mais relevantes para este estudo. 
4.2.1 Volume de vendas 
O volume de vendas é um indicador que ajuda a auxiliar na avaliação da taxa de clientes 
atendidos e indica a quantidade de itens vendidos dentro de certo momento em confronto com 
outras janelas de tempo. A atividade que intensifica as análises do volume de vendas são o adequado 
controle da entrada de fluxo de caixa, bem como a elaboração de relatórios detalhados sobre vendas 
realizadas. 
Nessa linha de pensamento, qual a relação entre volume de vendas e margem de contribuição? 
Qual a vantagem existente em utilizar esses dois indicadores? Como isso pode ser importante para o 
comércio varejista? 
Saiba Mais 
Conheça sete indicadores de desempenho do varejista <https://www.pricefy.com.br/blog/co 
nheca-7-indicadores-de-desempenho-do-varejista>. Acesso em: 29 jan. 2022. 
https://univirtus.uninter.com/avalweb/roa/ 25/32
18/06/2022 22:29 UNINTER 
4.2.2 Mix de mercado 
Consiste na atuação da empresa em dois ou mais nichos de mercado, haja vista a possibilidade 
de um nicho ser passível de enfraquecimento ao longo do tempo. Kotler e Keller (2012) declaram que 
as principais formas de nicho de mercado são as que se seguem. 
e Especialista em usuário final: a empresa tem como especialidade atender um certo tipo de 
consumidor final. 
e Especialista de nível vertical: a empresa tem como especialidade algum nível da cadeia de 
valor-distribuição. 
e Especialista em porte de cliente: a empresa tem como centralidade vender a clientes de 
pequeno, médio ou grande porte. 
e Especialista em cliente específico: a empresa limita a venda a um ou a alguns clientes. 
e Especialista geográfico: a empresa realiza suas vendas apenas em certa localidade, região ou 
área do mundo. 
e Especialista em produto ou em linha de produtos: a empresa tem como especialidade a 
venda de um produto ou de uma linha de produtos. 
e Especialista em atributos do produto: a empresa tem especialidade de produzir certo tipo de 
produto ou característica de produto. 
e Especialista em customização: a empresa personaliza seus produtos para cada cliente. 
e Especialista em preço-qualidade: a empresa atua nos extremos de baixa ou de alta qualidade 
no segmento. 
e Especialista em serviço: a empresa dispõe-se a ofertar um ou mais serviços que não são 
prestados por outras organizações. 
e Especialista em canal: a empresa se especializa em atingir apenas um canal de distribuição. 
Dessa maneira, ao conhecer um nicho de mercado específico, a companhia estimulará uma 
vivência diferenciada do consumidor com seus produtos. Isso permite que empresa ganhe valor de 
mercado e ampliará a visibilidade de sua marca. 
4.2.3 Clientes perdidos 
Também conhecido como Churn Rate, é um indicador relacionado ao pós-venda em que se 
verifica a quantidade de clientes perdidos, sob a forma de perda na receita mensal do período. 
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Vejamos um exemplo: 
Em junho de 2020, uma universidade tem 60.000 estudantes de graduação e pós-graduação. 
Com a crise pandêmica, 1.500 discentes evadiram da graduação, por falta de condições em arcar com 
a mensalidade. 
Dessa forma, o Churn Rate (número de clientes perdidos) dessa escola para o mês de junho do 
referido ano é: 1.500/60.000 x 100 = 2,5%. Mas quando chegou em julho de 2020 a universidade 
teve 2.000 novos matriculados na graduação? Para isso, existe o Churn Rate Negativo. 
O Churn negativo seria: [60.000 —- 60.500/ 60.000] x 100 = (-500/60.000) x 100 = 0,0083333 
x 100 = -0,83333%. 
4.2.4 Custo de perdas de materiais 
Os indicadores de perdas de materiais são indicadores de estoque que buscam converter a 
avaliação de desempenho do estoque em valores. Os principais interessados nesse indicador são os 
gestores das organizações, tendo em vista que estes podem indicar grande volume de recursos 
desperdiçados e, consequentemente, compromete as vendas da empresa. 
As perdas podem acontecer por elementos, tais como fraudes, roubo, erros na armazenagem 
dos itens estocados, excesso de estoque, prazo de validade, avarias, entre outros. Para calcular esse 
indicador de estoque, temos o seguinte exemplo: 
Perdas = estoque total - total de vendas - estoque atual 
Para manter o indicador de custos de perdas de materiais baixo, é salutar investir em 
ferramentas que melhorem a estrutura do setor e uma gerência eficaz dos estoques. 
TEMA 5 - MÉTODO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS: OBSERVAÇÃO, EXAME E INTERPRETAÇÃO 
Nesta parte da aula, será sintetizado o método proposto por Martins, Diniz e Miranda (2020) 
para análise das demonstrações contábeis. Os passos contemplados para isso são observação, exame 
e interpretação e serão explicados de forma objetiva a seguir. 
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5.1 OBSERVAÇÃO 
A observação trata-se da leitura das demonstrações, a fim de constatar se as informações são 
confiáveis, isto é, se a contabilidade e gestão da empresa são conhecidas pelo analista por sua 
qualidade no conhecimento técnico. Posteriormente, o analista deve conhecer com profundidade o 
segmento de negócio, tendo em vista que isso é crucial para a compreensão do que ocorre com a 
empresa. Nesse caso, deve-se conhecer a legislação e as normas que regulam seu setor, a política 
econômica do período de análise investigado, como também o impacto trazido para o contexto em 
que a entidade está inserida. 
Em seguida, determinam-se as contas ou grupo de contas que mais se sobressaem nos 
demonstrativos contábeis, pelo valor, representatividade ou magnitude. A ideia nessa etapa é 
identificar anomalias que ocorreram no patrimônio empresarial. Aqui é válido utilizar-se de notas 
explicativas para eventuais esclarecimentos das contas identificadas. Assim, o processo de 
observação é um dos mais importantes, pois permite o relato da situação financeira, se realizada de 
forma eficaz. 
5.2 EXAME 
O exame consiste em fornecer sentido lógico ao que foi observado. Para tanto, é feita a 
padronização e simplificação das demonstrações contábeis, com reclassificações das contas e síntese 
de contas de valores menos significativos. Para Martins, Diniz e Miranda (2020, p. 74), 
também é importante que os valores constantes nas peças contábeis sejam convertidos em uma 
moeda de poder aquisitivo constante, para que os efeitos inflacionários sejam expurgados e 
mantido o poder aquisitivo da moeda, notadamente quando se trabalha com períodos mais longos. 
Os tipos de análise financeira podem ser classificados tanto quanto ao local, tanto quanto ao 
método de análise. No que tange ao local, têm-se a análise externa e a interna. A primeira consiste na 
análise de demonstrativos por pessoas de fora da entidade, tais como credores, investidores e 
agências governamentais e possui algumas limitações, como o fato de não poder ser realizada de 
maneira minuciosa. 
Já a segunda é feita por pessoas de dentro da empresa, ou seja, por funcionários e gestores da 
empresa. Como sabemos, tais usuários terão mais informações acerca da empresa. Essa análise é 
mais consistente, haja vista que é desenvolvida com base no registro completo de informações. 
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No tocante ao método utilizado pela análise, existem três tipos de análise: horizontal, vertical e 
horizontal conjugada com a vertical. A análise horizontal é desempenhada em função de vários anos. 
A análise vertical, por conseguinte, é realizada para verificar a situação de uma conta ou grupo 
dentro de um determinado ano. A análise horizontal quando combinada com a vertical é executada 
por meio da verificação de uma conta ou grupo de contas ao longo de certo número de anos. 
Os instrumentosoriginados pela etapa de exame são os índices, que são relevantes à 
averiguação do desempenho anterior da empresa analisada. Estes servem para fornecer indícios do 
estado econômico-financeiro, por meio da relação entre dois índices e podem ser expressos por 
razão pura (proporção entre duas contas ou grupos), multiplicador (para medir quantas vezes uma 
conta é maior do que outra) e percentagem (para indicar quantos por cento uma conta representa de 
outra). 
Cada método adotado para o exame possui privilégios. Em vista disso, cabe ao analista decidir 
qual é o mais adequado e pertinente para sua situação. 
5.3 INTERPRETAÇÃO 
A interpretação constitui a descoberta de significado do exame. Não basta saber calcular os 
índices, mas é de suma importância saber como fazer a leitura destes, a fim de usá-la para o processo 
decisório. Segundo Martins, Diniz e Miranda (2020), há várias formas de interpretar os índices: a) um 
único índice: quando é analisado apenas um indicador; b) grupos de índice: quando é desenvolvida 
com base em grupos de índices; c) comparação histórica e sazonalidade: quando é feita com 
fundamento em informações históricas, com vistas a verificar tendências; d) comparação de índices 
entre e dentro da empresa; e) comparação com outras empresas; e f) comparação com a própria 
empresa. 
TROCANDO IDEIAS 
Para realizar a análise das demonstrações contábeis, é necessário o conhecimento das dinâmicas 
das demonstrações contábeis e dos índices dela provenientes. Os indicadores GAAP e non-GAAP são 
uma nomenclatura recente e estão adequados aos princípios de contabilidade geralmente aceitos e 
às práticas de gestão, respectivamente. 
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18/06/2022 22:29 UNINTER 
Enquanto os indicadores GAAP da ADC são os clássicos da literatura contábil da área, como 
endividamento, liquidez, entre outros, os indicadores non-GAAP são as medidas fornecidas pela 
Contabilidade Gerencial. Em face disso, qual a principal diferença entre as medidas GAAP e non- 
GAAP? A resposta prevista pode ser encontrada na próxima seção Na Prática. 
NA PRÁTICA 
Resposta esperada: as medidas GAAP seguem um padrão e podem ser utilizadas para confrontar 
companhias de diversos segmentos, as medidas non-GAAP não seguem regras e são mais difíceis de 
serem empregadas para confrontação de desempenhos empresariais. 
FINALIZANDO 
Este material teve como objetivo apresentar os conceitos iniciais pertinentes à análise das 
demonstrações contábeis. Estamos chegando ao final da nossa aula, que apresentou os tipos de 
demonstrações contábeis, tipos de informações não obrigatórias e tipos de medidas GAAP e non- 
GAAP, As temáticas tratadas durante a aula foram as que se seguem. 
e Importância da estrutura, análise e interpretação de demonstrações. 
e Demonstrações e informações (relatórios, pareceres) contábeis obrigatórias. 
e Demonstrações e informações contábeis não obrigatórias. 
e Medidas GAAP e non-GAAP. 
e Método de Análise das Demonstrações Contábeis: observação, exame e interpretação. 
Aprendemos apenas os conceitos introdutórios e estamos somente começando! Futuramente, 
estudaremos sobre as Análises Vertical e Horizontal, bem como a interpretação dos índices de 
liquidez e de endividamento e a Geração de Valor ao acionista. Bons estudos e até a próxima! 
REFERÊNCIAS 
ALVES, A.; LAFFIN, N. H. F. Análise das contas financeiras. Grupo A, 2018. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/*/books/9788595027428/>. Acesso em: 29 jan. 2021. 
https://univirtus.uninter.com/avalweb/roa/ 30/32
18/06/2022 22:29 UNINTER 
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. 
Disponível em: <http:/Awww.planalto.gov.br/ccivil 03/leis//6404compilada.htm>. Acesso em: 29 jan. 
2022. 
BRASIL. Lei n. 11.638, de 15 de dezembro de 1976. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/leis//[6404compilada.htm>. Acesso em: 29 jan. 2022. 
COLARES, A. €. V. et al. O balanço social como indicativo socioambiental das empresas do Índice 
de Sustentabilidade Empresarial da BM&F Bovespa. Revista de contabilidade do mestrado em 
ciências contábeis da UERJ, v. 17, p. 83-100, 2012. 
COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1): apresentação 
das demonstrações contábeis. Brasília, DF, v. 2, 2011. 
DOYLE, J.; JENNINGS, J.; SOLIMAN, M. Do managers define non-GAAP earnings to meet or beat 
analyst forecasts?. Journal of Accounting and Economics, 56 (1), 40-56, 2013. 
MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
MARTINS, E.; DINIZ, J. A.; MIRANDA, G. J. Análise didática das demonstrações contábeis. 3. ed. 
São Paulo: Atlas, 2020. 
- Análise avançada das demonstrações contábeis: uma abordagem crítica. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2020. 
SILVA, A. A. da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis. 5. ed. São 
Paulo: Atlas, 2019. 
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
AULA 2
19/06/2022 12:57 UNINTER 
 
Prof? Aline Andrade Barbosa da Silva 
CONVERSA INICIAL 
Olá, caros alunos e alunas! Esta aula objetiva apresentar a análise vertical e horizontal, assim 
como os índices de liquidez e de estrutura patrimonial (endividamento), detalhados em suas 
dinâmicas e metodologias. Esperamos que você possa adquirir as habilidades necessárias não 
somente da parte técnica (cálculos dos índices), mas também da interpretação do significado deles. A 
aula abordará os seguintes temas: 
e Análise vertical; 
Análise horizontal; 
Índices de liquidez; 
Índices de estrutura patrimonial; e 
Geração de valor ao acionista. 
Um excelente aprendizado! 
CONTEXTUALIZANDO 
Conforme Silva (2019), durante a análise das demonstrações, o analista pode empregar várias 
dinâmicas: a) diferenças absolutas; b) análise horizontal; c) análise vertical; d) análise por índices e 
quocientes; e e) metodologias complementares. A análise por quocientes é o processo de análise 
mais adotado pelos analistas das demonstrações financeiras. Os quocientes são índices originados 
por meio da comparação entre contas ou grupos de contas (Moura, 2020, p. 43). Assim, quanto maior 
a demanda do usuário, maior a quantidade de índices para analisar. 
Geralmente, a análise por meio de índices ocorre com o emprego de quocientes de 
endividamento, liquidez e rentabilidade. Mas sempre que as análises de quocientes não forem 
conclusivas, um número mais amplo de quocientes pode ser retirado das demonstrações contábeis. 
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19/06/2022 12:57 UNINTER 
Dessa forma, a interpretação pode ser isolada, conjunta ou por meio de comparação com 
quocientes-padrão. A análise por quocientes deve ser desenvolvida por meio da criação de série 
passada de índices, calculados mediante associação entre contas que pertencem a demonstrações 
contábeis. 
As diferenças absolutas são desenvolvidas por meio de planilhas e devem constituir-se na etapa 
inicial da análise. Esse método verifica as diferenças mais acentuadas, de modo a confrontar duas 
situações por vez, com cálculo das diferenças absolutas entre os valores em dinheiro de uma mesma 
conta ou grupos de contas de um período para outro. 
A análise horizontal, denominada por muitos autores como análise de tendências, é 
desenvolvida a partir da análise da sucessão gradual de uma conta ou grupo de contas no decorrer 
de diversos períodos. A finalidade dessa análise está nas consequências e não, necessariamente, nas 
causas das alterações nas contas. Finalmente, a análise vertical, chamada, igualmente, de análise de 
estrutura das demonstrações, é útil para descobrir certas causas, ainda que primárias, das variações 
nas contas. 
Face ao exposto, passamos a explicação metodológica da análise vertical, bem como de sua 
interpretação.TEMA 1 - ANÁLISE VERTICAL 
A análise vertical (AV) é um processo de análise que visa verificar a participação de cada conta ou 
grupos de contas em um mesmo período. Nessa análise, é constatada a variação de cada conta em 
relação a outra conta-base no mesmo ano. À comparação realizada pode ser entre contas da mesma 
empresa ou de diferentes segmentos. A AV objetiva verificar a expressão de cada componente dos 
relatórios contábeis, de maneira a confrontá-los como a respectiva base. Vejamos como isso funciona 
na prática. 
Figura 1 — Análise Vertical 
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19/06/2022 12:57 UNINTER 
Pd ( 5174) x 100 
a " . (Montante da Conta) 
Número — indice = X 100 
(Montante da Base) . 
(1778 /.,44) x 100 
5174 
ITEMYPERÍODO ] , Av Ed Av || + AV | 
| ATIVO 
Ativo Circulante 3.396,00 65.6 3.615,00 Gr,o 4 341,00 71.7 
Caixa e equivalentes de caixa 303,00 s.9 436,00 8.2 sã88. 00 9.7 
Aplicações Financeiras 763,00 14,7 765.00 14,4 1.157.000 19,7 
Contas a Receber 1.445,00 27,0] | 1.603,00 30,1 1.624,00 | 268 
Estoque Matéria-prima 200,00 3.9 180,00 3.4 210.00 3.5 
Estoque Produtos em 
Elaboração 12.00 0.2 14.00 0.3 13.00 U.2 
Estoque Produtos Acabados 480,00 7,3 350,00 S.o RR] 8.1 
Impostos a Recuperar 190,00 3, 260,00 a, 253,00 a, 
Despesas Antecipadas 3.00 2,1 7.00 0.1 6.00 01 
| ativo Não Circulante 1.778,00 24,4]| 1.711,00 | 32,1|| 1.716,00 | 28,3 
Ativo Realizável a Longo 
Prazo 187,00 3,6 210,00 3.º 226,00 3,7 
Investimentos 156.00 3.0 118,00 2.2 106,00 1.8 
Imobilizado 918.00 17.7 831.00 15.6 860.00 14.2 
(-) Depreciação 
Intangivel 517.00 10,0 552,00 10,4 524,00 BR, 
+ “ 
| TOTAIS || 5.1 *4,00 700,0 5.326,00 | 100,0 6.057,00 | 100,0 
Fonte: Extraído de Martins, Diniz e Miranda, 2020. 
O Balanço Patrimonial apresenta três períodos. Conforme se observa, o valor-base para cada um 
dos períodos consiste no somatório do ativo, passivo e patrimônio líquido, que corresponde a 100. 
Para chegar ao número-índice, divide-se cada conta por essa base. Por exemplo, a análise vertical 
acima demonstra que o ativo circulante corresponde a 65,6% (3.396/5.174) do total-base no período 
1. Nos períodos seguintes, assume o comportamento de alta, de modo a atingir os patamares de 
67,9% (3.615/5.326) e 71,7% (4.341/6.057). Ademais, a conta caixa e equivalentes de caixa evoluiu ao 
longo dos períodos que significa que há uma alocação maior de recursos no ativo circulante em 
relação ao ativo total, Isso, sem dúvidas, é um fator positivo, mas notem também que pode estar 
havendo uma dificuldade da empresa em aplicar recursos ociosos. 
https://univirtus.uninter.com/avalweb/roa/ 
Figura 2 — Análise vertical 
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PASSIVO 
Passivo Circulante 1.026,00 1.260,00 1.522,00 
Forecedores 269,00 320,00 372,00 
Obrigações Sociais e | 
Trabalhistas 178.00 195,00 217,00 
Contas a Pagar 128,00 227,00 157,00 
Empréstimos 451,00 518,00 776,00 
Passivo Não Circulante 1.349,00 945,00 853,00 
Financiamentos 1.349,00 945,00 853,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.799,00 3.121.00 3.682,00 
Capital 1.740,00 1.884,00 1.043,00 
Reservas de Capital 271,00 | 250,00 251,00 
Reservas de Lucros 788,00 987,00 1.488,00 
TOTAIS 5.174,00 5.326,00 6.057,00 
 
Fonte: Extraído de Martins, Diniz e Miranda, 2020. 
Na análise vertical dos passivos, verificamos que o grupo de maior proporção é o do Patrimônio 
Líquido, com 54,1% (2.799/5.174) no período 1, 58,6% (3.121/5.326) no período 2 e 60,8% 
(3.682/6.057) no período 3. Em referência às contas, o capital social corresponde a 33,6% 
(1.740/5.174) do total-base no período 1, 35,4% (1.884/5.326) no período 2 e 32,1% (1.943/6.057) no 
período 3, que demonstra que ocorreu um aumento no investimento dos sócios ou acionistas na 
empresa e, em todos os casos, o comportamento da conta é o de maior representatividade, ou seja, 
mais de 30% do endividamento da empresa deriva do capital social, sendo o endividamento por 
capital próprio (patrimônio líquido) correspondente a 60,8% (3.682/6.057) do endividamento total. 
No período 2, a conta de menor significância é obrigações sociais e trabalhistas, com 3,7% 
(195/5.326). Diferentemente do período 3, cuja conta de menor expressão é contas a pagar. Além 
disso, observa-se uma tendência regressiva para o passivo não circulante, com quedas sucessivas ano 
a ano do endividamento com terceiros a longo prazo. 
Segundo Martins, Diniz e Miranda (2020), a análise vertical pode ser usada em todas as 
demonstrações, mas ganha mais importância na demonstração do resultado do exercício, visto que 
há vários itens que podem ser calculados em relação às vendas, por exemplo. Tal análise viabiliza uma 
demonstração célere da evolução das participações, sobretudo nas receitas auferidas. 
Passados esses apontamentos acerca da análise vertical, seguimos para uma visão geral de outra 
análise: a análise horizontal. 
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TEMA 2 - ANÁLISE HORIZONTAL 
UNINTER 
A análise horizontal (AH) é um processo que visa constatar a evolução das contas e, de igual 
forma, dos grupos de contas mediante a apuração de índices. Tal análise pode ser evolutiva (voltada 
para o futuro) ou retrospectiva (voltada para o passado) e é de suma importância para a construção 
de uma série temporal, com vistas a verificar tendências. 
Para o desenvolvimento da AH, em princípio, estabelecemos uma data-base, em geral, a 
demonstração mais distante, que será representada pelo valor 100. Para apurar os valores dos índices 
das demonstrações posteriores, faz-se apenas uma regra de três, de modo a ter como parâmetro a 
data-base. Vejamos um exemplo prático a seguir. 
Figura 3 — Cálculos da análise horizontal 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
ITEM PERÍODO 
 
| aTIvO 
Axivo Circulante 100,0 
 
 
 
Cama e equivalentes de coxa g PETER TT y a a ; 
Aplicações Financeiras FEI. 00 100,0 765,00 TDQ,3 157,00 TS 1,6 
Contas a Receber 1.445,00 100,0 1.603,00 110,5 624.00 112.4 
Estoque Matéria-prima 200.00 | 100,0 180,00 20,0 210,00 | 105,0 
Estoque Produtos em 
Elaboração 12.00 100,0 14.00 TTG.7 13.00 108,3 
Estoque Produtos Acabados 4go,00 100,0 350,00 72,5 490,00 102,1 
Impostos a Recuperar 150,00 100,0 260,00 136.8 253.00 133,2 
Despesas Antecipadas 3.00 100,0 7.00 233,3 5.00 200,0 
Ativo Não Circulante 1.778,00 | 100,0 1.711,00 6,2 716,00 96,5 
Ativo Realizável a Longo 
Prazo 187.00 100,0 210,00 112.3 226,00 120,9 
Investimentos 156.00 | 100.0 118,00 75.6 106.00 67,9 
imobitizrodeo 218,00 100,0 891,00 CO, > SED, 00 99,7” 
Intame rel 517.00 190,0 s52,00 106,8 524,00 101,4 
TOTAIS 5. 174,00 100,0 3.326,00 [OZ, 037,00 EA! 
 
Fonte: Extraído de Martins, Diniz e Miranda, 2020. 
Como demonstra o balanço patrimonial apresentado, todos os valores do momento 1 equivalem 
a 100, período-base. Para calcular os números-índices, é necessário dividir o montante referente à 
conta ou grupo de contas pelo montante do ano-base e, posteriormente, multiplica-se por 100. 
Temos a análise horizontal de que a conta caixa e equivalentes de caixa corresponda a 106,4 
(3.615/3.396), no período 2 e 127,8 (4.341/3.396) no período 3, em relação ao período 1. 
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 3.615 
Montante do Período — 3.396 
 x 100 = 106,4 
 Número — índice = 
 Montante da Data — base 4341 
SEDE x 100 = 127,8 
 
 
Já para calcular a variação, é necessário subtrair 1 e multiplicar o valor obtido por 100 do índice 
 
 
obtido. 
3615 (019/2396 1) x 100 
Variação da Conta = AM -1)X 100 
(Montante da Data-Base) [EE] 
e — 1) x 100 
 
 
Nesse caso, podemos afirmar que a conta caixa e equivalentes de caixa sofreu uma variação de 
6,4% ((3.615/3.396) — 1) x 100%) e 27,8% ((4.341/3.396) — 1) x 100%), respectivamente. Podemos 
perceber que a conta de variação mais expressivaé a de despesas antecipadas no período 2, a 
variação nesse momento foi de 100% ((7/3) — 1) x 100%). Entretanto, a menor variação do ativo é 
verificada na conta investimentos, com 32,1% ((4.341/3.396) — 1) x 100%). No passivo, isso ocorre com 
a conta financiamentos, que sofreu uma variação de 36,8% ((4.341/3.396) — 1) x 100%). 
Figura 4 — Análise horizontal — cálculo de números-índices 
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PASSIVO | AH 1 AH 2 AH 3 
Passivo Circulante Chiang RE | |. : 
Fornecedores | TO TODO! ISSDO TISO/ | SIZD0| 1383 
Obrigações Sociais e 
Trabalhistas 178,00 | 100,0 | 195,00 | 109,6 | 217,00 | 121,9 
Contas a Pagar 128,00 | 100,0 | 227,00 | 177,3 157,00 | 122,7 
Empréstimos 451,00) 100,0 | 518,00 | 114,09 776,00 | 172,1 
Passivo Não Circulante 1.349,00 | 100,0 945,00 | 70,1 853,00 | 63,2 
Financiamentos 1.349,00 | 100,0 945,00 70,1 853,00 63,2 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.199,00 | 100,0 | 3.121,00 | 111,5 3.682,00 | 131,5 
Capital 1.740,00 | 100,0 1.884,00 | 108,3 1.943,00 | 111,7 
Reservas de Capital 271,00 | 100,0 | 250,00 92,3 251,00 02,6 
Reservas de Lucros | 788,00 | 100,0 987,00 | 125,3 1.488,00 | 188,8 
TOTAIS 5.174,00 | 100,0 | | 5.326,00 | 102,9 | | 6.057,00 | 117,1 
Fonte: Extraído de Martins, Diniz e Miranda, 2020. 
Já no passivo, a conta de variação mais relevante é contas a pagar, com 77,3% ((227/128) — 1) x 
100%). E, no patrimônio líquido, a reserva de lucros possui variação de 88,8% ((1.488/788) — 1) x 100) 
e a menor alteração ocorreu com as reservas de capital, com 7,7% ((250/271) - 1) x 100%) de 
variação. 
Notem que essa análise permite identificar duas coisas: os números-índices e a variação de cada 
conta. Mas não permite identificar, por exemplo, o porquê dessas variações. Essa limitação suscita o 
emprego de outras formas de análise, com fins de fornecer subsídios para uma análise dos 
demonstrativos mais completa. 
TEMA 3 - ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
Os índices de liquidez são adotados para análise da capacidade de pagamento da empresa, ou 
seja, a capacidade de assumir compromissos futuros de curto, longo ou prazo imediato, com 
fundamento na solvência da organização. Para além da situação financeira da empresa, demonstra-se 
por meio desses índices a expectativa de continuidade dela. Silva (2017, p. 144) afirma que o analista 
deve avaliar, em conjunto com a liquidez, a qualidade e os graus de conversibilidade para moeda 
corrente dos direitos e das dívidas. 
Como vimos anteriormente, são quatro índices relacionados à análise de liquidez: a) liquidez 
corrente ou liquidez comum; b) liquidez imediata ou instantânea; c) liquidez geral ou total; e d) 
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liquidez seca ou prova ácida. Vejamos a seguir as dinâmicas de interpretação desses índices. 
3.1 LIQUIDEZ CORRENTE 
O índice de liquidez corrente demonstra a capacidade de pagamento da empresa no curto 
prazo. Em outras palavras, ele indica o quanto a empresa possui em dinheiro, bens e em direitos 
realizáveis no curto prazo, relacionando-os com as obrigações a serem sanadas no curto prazo. Esse 
é o índice mais empregado para calcular a “saúde” financeira da empresa. 
Sabemos que a liquidez corrente é calculada pela relação entre ativo circulante e passivo 
circulante. 
, Ativo Circulante 
LiguidezCorrente=>——— DT 
Passivo Circulante 
À interpretação desse índice é para cada real de dívida que a organização possui no curto prazo, 
há quantos reais de recebíveis realizáveis também no curto prazo, por isso, de forma geral, e 
analisando especificamente a capacidade de pagamento, quanto maior melhor. Dessa maneira, se o 
índice de liquidez for maior que 1, isso significa que o capital circulante líquido (ativo circulante — 
passivo circulante) será positivo, e assim a empresa estará apta a cobrir todos os seus pagamentos 
por meio dos seus recebimentos de curto prazo, como também terá o potencial de financiar suas 
demandas por capital de giro. 
Apesar da relevância do índice, há algumas limitações na liquidez corrente. Dentre elas podemos 
citar: i) não indica a qualidade dos itens do ativo circulante (como estoques superavaliados, 
obsoletos, considera a conta de clientes totalmente recebível ignorando eventual inadimplência; ii) 
não sinaliza se os recebimentos se realizarão dentro do prazo de pagamento da empresa; e iii) 
podem existir distorções provocadas pelos critérios de avaliação dos estoques. Assim, verifica-se uma 
precisão maior para o índice quando há um equilíbrio entre os índices prazo médio de rotação de 
estoques e prazo médio de recebimento das vendas. É importante ressaltar que a análise de liquidez 
também deve ser acompanhada da análise de tendências. Isso ocorre porque duas empresas podem 
apurar o mesmo índice, mas possuírem realidades complemente diferentes. Vejamos um exemplo de 
apuração desse indicador. 
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Figura 5 — Balanço patrimonial BRF — 3º Trimestre 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO Controladora Consolidada 
CIRCULANTE NE | 30.09.21 31.12.20 30.09.21 31.12.20 
Caixa e equivalentes de caixa 4 | 4.231.435 | 3.876.139; | 6.889.844; | 7.576.625 
Títulos e valores mobiliários 5 318.893 312.515 343.182 314.15 
Contas a receber de clientes e outros recebíveis | 6 | 8.781.558 | 5.254.064 | 3.586.751 | 4.136.421 
Estoques 7 | 7.158067; | 5.161.261 | 9.258.921 6.802.759 
Ativos biológicos 8 | 2.569.929; | 2.044.288; | 2.668.065 | 2.129.010 
Tributos a recuperar 9 776456 812.338 883.740 899.120 
Tributos a recuperar sobre o lucro 9 46.383 28.888 94.936 43.840 
Instrumentos financeiros derivativos 24 | 79921; 361.315 83.144 377.756 
Caixa restrito 24.529 1 24.529 
Ativos mantidos para venda 5.000 15.637 21.773 186.025 
Total do ativo circulante 24.295.491 | 18.215.168.. | 24.242.226 | 22.911.984 
Passivo Controladora Consolidada 
CIRCULANTE NE | 30.09.21 31.12.20 30.09.21 31.12.20 
Empréstimos e financiamentos 15 | 2.421.940 811.919 2.861.250 | 1.059.984 
Fornecedores 16 | 9.822.746 | Bas6231 | dia *” | 8.996.206 
Fornecedores risco sacado 17 | 1.889.219 | 1.452.637 | 1.889.219; | 1.452.637 
Passivo de arrendamento 18 | 367.085 302.946 485.905 383.162 
Salários, obrigações sociais e participações 949.188 860.836 1.003.089 940.816 
Obrigações tributárias 213.438 268.347 372.343 395.630 
Instrumentos financeiros derivativos 24 | 185.270 378.543 186.147 384.969 
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 21 | 1.046.122 860.889 1.050.188 865.338 
 
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Benefícios a empregados 20 | 114.938 114.938 125.312 125.230 
Adiantamentos de partes relacionadas 30 | 14.250.968 | 8.960.394 - - 
Passivos diretamente relacionados a ativos mantidos para . . . . 21718 
venda 
Outros passivos circulantes 247.447 335.137 1.183.243 814.638 
Total do passivo circulante 31.608.361 | 22.502.817 | 20.233.893 | 15.440.328 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não circulante 
Realizável a longo prazo 
Títulos e valores mobiliários 5 14.966 15.044 375.906 344.577 
Contas a receber de clientes e outros recebíveis | 6 41.550 49.569 41.886 49.864 
Tributos a recuperar 9 | 4.734.542 | 4.868.219 | 4.743.657 | 4.868.198 
Tributos a recuperar sobre o lucro 9 54.327 54.123 59.864 54.859 
Tributos diferidos sobre o lucro 10 | 2.454.669 | 2.068.769 | 2.505.005 | 2.109.064 
Depósitos judiciais 11 | 539.770 553.276 543.106 553.341 
Ativos biológicos 8 | 1.310.156 | 1.154.726 | 1.382.832 | 1.221.749 
Créditos com partes relacionadas 30 340 315 - - 
Instrumentos financeiros derivativos 24 2.139 234 2.139 234 
Caixa restrito 1 24.357 1 24.357 
Outros ativos não circulantes 71.152

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