Buscar

Gabarito_Direito_Civil__Sucessoes_B2_V3_DI_88325_original

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disciplina: Direito Civil - Sucessões
Modelo de Prova: INTERATIVAS
Tipo de Prova: B2
Versão da Prova: 3
Código da Prova: 88325
Questão Resposta
correta
Gabarito Comentado
1 A
A colação e a redução das disposições testamentárias tem como intuito
preservar a legítima. Contanto com as palavras de Pereira (2011, p. 372), é
possível compará-las da seguinte forma:
Colação: na colação, tem-se em
vista restabelecer a igualdade das
legítimas dos herdeiros
necessários, ainda quando as
liberalidades se compreendam no
âmbito da meação disponível do
doador. Assenta-se, teoricamente,
na vontade presumida do morto, de
modo que, respeitada a legítima,
ele, no ato da liberalidade, pode
dispensar o donatário da colação.
Redução das disposições
testamentárias: a redução tem a
finalidade de fazer com que as
liberalidades se contenham dentro
da metade disponível, quer
beneficie algum herdeiro, quer
favoreça um estranho. A redução é
de ordem pública e, por isso, não
pode ser dispensada pelo testador.
Logo, “a finalidade (i) está relacionada à colação e a finalidade (ii) está
relacionada à redução das disposições testamentárias”.
Fonte: PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 18. Ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2011.
2 E
Consoante estabelece o art. 6.º do CC, a personalidade civil da pessoa
natural termina com a morte, presumindo-se esta, com relação aos
ausentes, no momento em que a lei autoriza a abertura da sucessão
definitiva. Extinta a personalidade civil, desaparece a capacidade de direito.
Por isso, a sucessão se abre no momento da morte, sendo a herança desde
logo transmitida aos herdeiros legítimos ou testamentários. Assim, a
aquisição da herança não se dá no processo de inventário quando o juiz
homologa a partilha de bens ou quando o respectivo formal é levado ao
registro, ou mesmo quando é lavrada a escritura de partilha, mas sim no
momento da morte. A doutrina denomina “princípio da saisine” a regra que
estabelece o momento da morte como sendo aquele em que se transfere a
herança aos sucessores.
3 E
Sobre as assertivas indicadas, observe as seguintes informações: 
- A indicação do herdeiro testamentário ou legatário pode se dar por meio de
obrigação pura ou com o ensejo de elemento acidental (BRASIL, 2002, art.
1897), podendo ser condicional, vinculando-se os efeitos da cláusula a um
evento futuro e incerto; a modo ou encargo, em que é imposto um ônus para
que a liberalidade produza efeitos; ou apenas uma mera justificativa que,
com feição subjetiva, motiva a destinação. Mas, é vedado ao testador impor
um termo, isto é, um evento futuro e certo no testamento, sob pena de ser
considerado ineficaz (BRASIL, 2002, art. 1898), ressalvado apenas a
possibilidade de ser previsto em caso de disposições fideicomissárias (sobre
as quais estudaremos a seguir).
- Dispõe o art. 1.899, do Código Civil (BRASIL, 2002), que quando a cláusula
testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que
melhor assegure a observância da vontade do testador, o que, inclusive,
encontra amparo no art. 112, também do Código Civil (BRASIL, 2002).
- Ao testador é permitido testar de forma negativa, isto é, estabelecer que
determinado objeto não deve ser entregue a certo herdeiro ou legatário,
cabendo ele aos herdeiros legítimos (BRASIL, 2002, art. 1.908). 
Logo, a sequência correta é F – V – F.
4 A
Regras da sucessão legítima:
O cônjuge pode concorrer com descendente e com ascendente;Devem ser
analisadas todas as classes de herdeiros;
Dentro de mesma classe, o herdeiro de grau mais próximo exclui o herdeiro
de grau mais remoto.Quando, na mesma classe, há mais de um herdeiro, o
de grau mais próximo exclui o de grau mais remoto, salvo o direito de
representação.
Assim, há duas maneiras diferentes de suceder: uma por direito próprio e a
outra por direito de representação.Atenção: não confundir as maneiras de
suceder com as maneiras de partilhar que são: por cabeça ou por estirpe
Código Civil de 2002.
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos
herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem
compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o
testamento caducar, ou for julgado nulo.
5 D
O direito de acrescer é tratado pelos arts. 1941 a 1946, do Código Civil,
apresentando-se como uma disposição conjunta, em que são chamados
vários herdeiros ou legatários, coletivamente, para a fruição dos bens do
testador, ou de uma certa porção delas, sendo possível, assim, que o
testador indique dois ou mais herdeiros, de modo que, na ausência ou na
impossibilidade de um deles aceitar, o outro receberá sua parte (CATEB, p.
238 e 239), conforme diz o art. 1941, do Código Civil (BRASIL, 2002). Isso
pode ocorrer no caso de morte de um dos herdeiros testamentários
conjuntamente nomeados ou do legatário antes do testador; de renúncia ou
exclusão de um dos herdeiros ou legatários; ou ainda em caso de
inocorrência da condição instituída que acondiciona os efeitos da disposição
testamentária. Imagine que Antônio estipula em seu testamento: “deixo para
Paulo e para Pedro 50% dos meus bens”. Pelo teor desta disposição,
presume-se que à Paulo caberá 25%, e à Pedro 25%. Mas, se Paulo vem a
falecer antes de Antônio, Pedro receberá a parte de Paulo, cabendo-lhe,
portanto, todo 50%. 
Logo, somente é possível afirmar que a resposta correta é: “No seguinte
exemplo: se A estipula em seu testamento: “deixo para B e para C 50% dos
meus bens” e C vem a falecer antes de A, B receberá a parte de C,
cabendo-lhe, portanto, todo 50%”.
6 D
A alternativa correta é a que indica que todas as assertivas são verdadeiras,
vejamos:
I – A renúncia é o instituto em que o herdeiro declara expressamente que
não aceita a herança a que tem direito, abrindo mão de sua titularidade. O
herdeiro não é obrigado a receber a herança, podendo recusá-la, ato que
não criará nenhum direito, pois será considerado como se nunca tivesse
existido.
II – A aceitação direta é feita pelo próprio herdeiro, já a indireta é alguém que
faz por aquele, podendo ser os seus sucessores, seu tutor, mandatário, ou
ainda o seu credor. a) sucessores: se o herdeiro falecer antes de dizer se
aceita a herança, seu direito de aceitar passa aos seus herdeiros, valendo a
aceitação destes como se daquele tivesse partido. b) tutor ou curador: o
incapaz por idade ou mental, pode ter sua herança aceita pelo curador ou
tutor, desde que o juiz autorize. c) mandatário: a aceitação feita por
procurador, com poderes especiais específicos. d) credor: ao saber da
herança, podem estes mediante autorização judicial, notificar o herdeiro para
à aceitação.
III – A renúncia bem como a aceitação são irrevogáveis, sendo definitiva e
produzindo os efeitos jurídicos desde que o herdeiro torna-se renunciante.
No entanto, ambas podem ser anuladas, se verificado vício de
consentimento por erro, dolo ou coação, de acordo com o que dispõe o
artigo 171, II do Código Civil.
 
O artigo 1804 do Código Civil, disciplina a transmissão definitiva: “Aceita a
herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura
da sucessão, parágrafo único: A transmissão tem-se por não verificada
quando o herdeiro renuncia à herança’’.
7 A
A alternativa que está correta é a que menciona que “excluirá da herança os
integrantes das demais classes, salvo se houver renúncia.”, vejamos:
Os herdeiros legítimos e que, potencialmente, tenham capacidade e
legitimidade para serem chamados a suceder por força da lei assim serão
chamados, sendo que a existência de um herdeiro em determinada classe
excluirá da herança os integrantes das demais classes, salvo se houver
renúncia, uma vez que a renúncia é o instituto em que o herdeiro declara
expressamente que não aceita a herança a que tem direito, abrindo mão de
sua titularidade e, em havendo é considerado como se nunca tivesse
existido.
8 A
Pensando nas garantias dadas ao herdeiro de que ele receberá o quinhão
que lhe é devido, o legislador estabeleceu também a garantia dos quinhões
hereditários.Embora a situação de universalidade se extingue com a
partilha, ficando cada herdeiro circunscrito aos bens do seu quinhão
(BRASIL, 2002, art. 2.023), não se encerra a necessidade de ser mantida a
igualdade dos quinhões de cada herdeiro, de acordo com o título que
possuem (DIAS, 2015, p. 611). 
Logo, o trecho apresentado se refere à “garantia dos quinhões hereditários”. 
Fonte: DIAS, Maria Berenice. Manual de Sucessões. Ed. Revista dos
Tribunais, 3ª ed., 2015.
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília,
DF: 10 jan. 2002. Disponível em: . Acesso em: 18 jul. 2017
9 C
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
Institui o Código Civil
Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos
outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se
aos da subseqüente.
10 A
A alternativa correta é a que indica que apenas a I e III são verdadeiras,
porquanto a assertiva II é falsa, vejamos:
I – Aninha e Carlinhos neto também herdarão, haja vista a existência do
direito de representação. Como Carlinhos era pré-morto o direito de
representação se estende aos seus filhos Aninha e Carlinhos Neto
partilhando a herança com a tia Maria, conforme artigo 1835 do Código Civil:
“Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no
mesmo grau.”
II – Maria será a única herdeira dos bens deixados por Carlos, uma vez que
no momento do óbito era a única descendente viva, pois no direito
sucessório os herdeiros de graus mais próximos excluem os de graus mais
remotos. Sendo Carlinhos pré-morto em relação ao de cujus o direito de
representação se estende aos seus filhos Aninha e Carlinhos Neto que
partilharão a herança com a tia Maria, conforme artigo 1835 do Código Civil:
“Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no
mesmo grau.”
III – Maria receberá como herança 50% do patrimônio total do espólio,
enquanto Aninha e Carlinhos Neto receberão 25% cada um do patrimônio
total do espólio. É a divisão por cabeça e por estirpe. Enquanto Maria
receberá por cabeça os sobrinhos receberão por estirpe, conforme artigo
1835 do Código Civil: “Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça,
e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou
não no mesmo grau.”

Continue navegando