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COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 Bibliografia sugerida Divisão da Gramática Normativa: 1. FONÉTICA E FONOLOGIA: a) Aparelho fonador b) Encontros vocálicos c) Encontros consonantais d) Dígrafos e) Sílaba f) Divisão silábica g) Ortografia e) Acentuação 2. MORFOLOGIA: a) Estrutura e formação de palavras b) Substantivo c) Adjetivo d) Pronome e) Artigo f) Numeral g) Verbo h) Preposição i) Conjunção j) Advérbio k) Interjeição 3. SINTAXE: a) de oração b) de período c) de concordância d) de regência e) emprego do acento grave f) de colocação g) pontuação PARTE ESPECIAL: a) Emprego do infinitivo b) Funções de alguns vocábulos especiais http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 c) Particularidades sobre alguns vocábulos d) Linguagem figurada – figuras e vícios de lingua- gem. 1. MORFOLOGIA (classes gramaticais): Substantivo Adjetivo Pronome Artigo Numeral Verbo Preposição Conjunção Advérbio Interjeição ESTUDO DO SUBSTANTIVO 1. Definição clássica: É a classe de palavra variável com a qual se deno- mina os seres em geral. Aqui, a palavra “ser” preci- sa ser entendida não só como aquilo que possui uma existência concreta (pedra, homem, carro, lua), mas também como aquilo que possui uma existên- cia imaginária (Saci, fada, Minotauro), abstrata (fé, alegria, tristeza), ou mesmo de comprovação discu- tível (anjo, alma, inferno). ESTUDO DO SUBSTANTIVO 1. Definição clássica: Por isso, classificam-se como substantivos as coisas, os sentimentos, as qualidades, as ações, os estados, considerados em si mesmos. * beleza * morte * casamento * vento * árvore * sonho * vida * vingança * cobre * água * Terra * símbolo ESTUDO DO SUBSTANTIVO 1. Classificação do substantivo Os substantivos podem ser classificados em: concretos, abstratos, próprios, comuns, simples, compostos, primitivos, deri- vados e coletivos. ESTUDO DO SUBSTANTIVO 1. Concretos e abstratos: Os primeiros indicam os seres que possuem existência própria independente dos demais seres, não importando se são reais ou imaginários. Já os segundos indicam os seres que dependem da existência de outros se- res para existi- rem. Estes últimos indicam qualidades, ações ou estados. * mesa – faca – lápis – apontador – lua – terra – mar * pânico – medo – tristeza – bondade – sonho ESTUDO DO SUBSTANTIVO 2. Próprios e comuns: Os próprios designam um ser específico, determinado dentre os outros de sua espécie. Já os comuns designam os seres de uma espécie de forma genérica. * rua – casa – flor – carro – aliança – cidade – rio * Pedro – Brasil – Nova Iorque – São Francisco – Jesus Cristo http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 ESTUDO DO SUBSTANTIVO 3. Simples e compostos: São simples os substan- tivos formados por um só elemento, um só radical. Já os compostos são constituídos por mais de um radical ou elemento formador. * terra – fruta – cavalo – pau * terra-cozida ; fruta-pão ; cavalo-vapor 4. Primitivos e derivados: Os primitivos são aque- les substantivos que não resultam de nenhuma ou- tra palavra pré- existente. Já os derivados, como o próprio nome já o denuncia, são os substantivos oriundos de outras palavras, ditas primitivas. * terra – pedra – mar – luz – folha * terraplanagem – pedreira – maremoto – luzeiro – folhagem ESTUDO DO SUBSTANTIVO 5. Coletivos: são os substantivos que, no singular, indicam uma coleção, um agrupamento, um conjun- to de seres da mesma espécie. Academia de literatos, de artistas, de sábios etc. Acervo de bens patrimoniais, de obras de arte etc. Cabido de cônegos de uma catedral Cacaria de cacos Cacho de uvas, de bananas etc. ESTUDO DO SUBSTANTIVO Observação: Há coletivos que são denominados de numéricos, pois representam quantidades numéricas exatas. Exemplos: * par conjunto com dois elementos * dúzia conjunto de doze elementos * lustro período de cinco anos * milhar conjunto de mil coisas * novênio período de nove anos * semestre período de seis meses ESTUDO DO SUBSTANTIVO Flexões dos substantivos Como palavras variáveis que são, os substanti- vos se flexionam em: gênero, número e grau. ESTUDO DO SUBSTANTIVO Flexões de gênero Em primeiro lugar, é importante dizer que o gê- nero é uma classificação puramente gramatical. Segundo o gênero, os substantivos são agrupados em masculinos e femininos. Em tese, são masculinos todos os substantivos aos quais se pode antepor o artigo definido masculino “o(s)”. Por outro lado, são femininos todos os que admitem o artigo definido feminino “a(s)”. ESTUDO DO SUBSTANTIVO Flexões de gênero Observação: Inúmeros são os procedimentos para a formação do feminino na língua portuguesa, e não há uma regra que consiga abarcar todas as situa- ções. Daí a quantidade exorbitante de substantivos os quais possuem formas totalmente diferentes para indicar o masculino e o feminino. Estes substantivos são denominados de “heterôni- mos”. Segue abaixo uma lista sucinta de tais subs- tantivos (tam- bém denominados de “biformes”, diga- se por conveniência) e seus respectivos femininos. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 ESTUDO DO SUBSTANTIVO Substantivos uniformes Um outro grande grupo de substantivos possui apenas uma única forma gráfica para designar tanto o masculino quanto o feminino – são os denomina- dos de UNIFORMES. Dividem-se em: a) Sobrecomuns – são substantivos que possuem uma única forma para o masculino e para o femini- no. Até o artigo que acompanha estes substantivos é comum aos dois gêneros. * o monstro * o cadáver http://www.cers.com.br/ www.cers.com.br 5 COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra * a criança * o sujeito Substantivos uniformes b) Comuns de dois gêneros – são substantivos que possuem uma única forma gráfica para os dois gêneros, mas se faz a distinção do masculino e do feminino pela utilização de artigos “o, a, os, as, um, uns, uma, umas”. * o/a cliente * o/a acrobata * o/a diplomata * o/a estudante * o/a artista * o/a agente Oposição entre o gênero e o sentido Muitos substantivos mudam de sentido quando têm seu gênero alterado. Diz-se, então, que houve um gênero aparente, já que a outra forma não re- presenta o sexo oposto, mas uma palavra com um significado totalmente diferente do significado da primeira. Observe: ESTUDO DO SUBSTANTIVO Oposição entre o gênero e o sentido o língua (o intérprete); a língua (órgão da fala) o caixa (funcionário); a caixa (receptáculo) o razão (livro mercantil); a razão (faculdade intelec- tual) o guarda (policial); a guarda (corporação, proteção) o guia (orientador); a guia (documento) o cura (padre) ; a cura (restabelecimento da saúde) o lotação (veículo) ; a lotação (capacidade) ESTUDO DO SUBSTANTIVO a) São masculinos o apêndice o alvará o aneurisma o champanha o charque (carne-seca, jabá) o clã o cônjuge o cós ESTUDO DO SUBSTANTIVO b) São femininos a abusão (engano, erro) a dinamite a acne a áspide (serpente) a omelete www.cers.com.br 6 COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra a omoplata a agravante (circunstância) a alface ESTUDO DO SUBSTANTIVO Substantivos que são masculinos ou femininos indistintamente São substantivos que são bastante usuais e que podem ser usados tanto como femininos quanto como masculinos. *o/a sabiá (ave) * o/a cataplasma *o/a suéte * o/a xérox * a/ousucapião * o/a diabete (ou diabetes) * o/a personagem ESTUDO DO SUBSTANTIVO Flexões de número O número é capacidade que possuem alguns nomes de indicar um ou mais seres ou coisas. Co- mo o gênero, a flexão de número é uma categoria gramatical. Em português, existem dois números gramaticais: o singular e o plural. ESTUDO DO SUBSTANTIVO 1. Em geral os substantivos formam o plural com o acréscimo da desinência “-s” ao singular. Isso frequentemente ocorre com os substanti- vos terminados em vogal ou em ditongo: Ex.: * casa casas * janela janelas * pé pés * prédio prédios * menino meninos * livro livros ESTUDO DO SUBSTANTIVO 2. Os substantivos terminados em “-ão” fazem o plural de três maneiras: a) Alguns simplesmente seguem a regra geral e acrescentam “-s” ao “-ão”: * mão mãos * cristão cristãos * grão grãos * chão chãos * irmão irmãos * vão vãos ESTUDO DO SUBSTANTIVO 2. Os substantivos terminados em “-ão” fazem o plural de três maneiras: b) Outros trocam o “-ão” por “-ães”: * escrivão escrivães * pão pães * cão cães *capitão capitães * alemão alemães * tabelião tabeliães ESTUDO DO SUBSTANTIVO 2. Os substantivos terminados em “-ão” fazem o plural de três maneiras: www.cers.com.br 7 COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra c) Um grande grupo troca o “-ão” por “-ões”: * leão leões * limão limões * balão balões * caixão caixões * mamão mamões * botão botões ESTUDO DO SUBSTANTIVO Observação importante!! Alguns substantivos terminados em “-ão” apresen- tam mais de uma forma para o plural. Observe abai- xo: * aldeão adeãos e aldeões * anão anão e anões * ancião anciãos, anciães e anciões * castelão castelãos e castelões * corrimão corrimãos e corrimões ESTUDO DO SUBSTANTIVO Alguns substantivos terminados em “-ão” apresen- tam mais de uma forma para o plural. Observe abai- xo: * ermitão ermitãos, ermitães e ermitões * guardião guardiães e guardiões ESTUDO DO SUBSTANTIVO * sultão sultães e sultões * verão verãos e verões * vilão vilãos, vilões e vilães ESTUDO DO SUBSTANTIVO Os substantivos terminados em “-n” fazem o plural tanto com o acréscimo de “-es” quanto com o acréscimo de “-s”. * próton prótones ou prótons * nêutron nêutrones ou nêutrons * hífen hífenes ou hifens * abdômen abdômenes ou abdômens * líquen líquenes ou liquens * elétron elétrones ou elétrons ESTUDO DO SUBSTANTIVO Plural dos substantivos compostos Os substantivos compostos apresentam um vas- to conjunto de regras especiais para a formação de seus plurais. Vários substantivos fogem das orienta- ções abaixo e apresentam uma forma própria, parti- cular para o seu plural. ESTUDO DO SUBSTANTIVO Exemplos: * couve-flor couves-flores * terça-feira terças-feiras * amor-perfeito amores-perfeitos ESTUDO DO SUBSTANTIVO www.cers.com.br 8 COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra 2ª regra: Substantivos compostos formados por palavra invariável mais uma palavra variável só o segundo elemento deverá ir para o plural. * abaixo-assinado abaixo-assinados * quebra-mar quebra-mares * ave-maria ave-marias ESTUDO DO SUBSTANTIVO 3ª regra: Substantivos compostos unidos por pre- posição só o primeiro elemento varia. * pé-de-moleque pés-de-moleque * joão-de-barro joões-de-barro * mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça * pôr-do-sol pores-do-sol *pimenta-do-reino pimentas-do-reino ESTUDO DO SUBSTANTIVO 4ª regra: Substantivos compostos em que o segun- do elemento delimita o primeiro só o primeiro elemento varia. * navio-escola navios-escola * peixe-boi peixes-boi *banana-maçã bananas-maçã ESTUDO DO SUBSTANTIVO * pau-brasil paus-brasil * caneta-tinteiro canetas-tinteiro * pombo-correio pombos-correio ESTUDO DO SUBSTANTIVO 5ª regra: Substantivos compostos formados por palavras repetidas ou palavras onomatopaicas (re- produção de sons das coisas, dos animais) só o segundo elemento se flexiona. * reco-reco reco-recos * pisca-pisca pisca-piscas * ruge-ruge ruge-ruges * tico-tico tico-ticos ESTUDO DO SUBSTANTIVO Plural dos substantivos diminutivos 6ª regra: São substantivos compostos invariáveis: * pãozinho pãezinhos * papelzinho papeizinhos ESTUDO DO SUBSTANTIVO Plural dos substantivos diminutivos * barzinho barezinhos * florzinha florezinhas * farolzinho faroizinhos www.cers.com.br 9 COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra Caracterização do substantivo: 1ª É uma classe de palavras variáveis, a qual geralmente vem acompanhada por determinantes. Logo... Uma classe morfológica acompanhada por determi- nantes é um substantivo ou uma palavra substanti- vada. * o louva-a-deus os louva-a-deus (invariável) * o saca-rolhas os saca-rolhas (invariável) * o arco-íris os arco-íris (invariável) ESTUDO DO SUBSTANTIVO Plural dos substantivos diminutivos Para a formação do plural dos substantivos diminu- tivos deve-se obedecer às seguintes orientações: 1º coloca-se o substantivo, sem os sufixos do diminutivo, no plural; 2º retira-se o “-s” do plural deste substantivo; 3º acrescenta-se o sufixo do diminutivo; 4º acrescenta-se o fonema “-s” que foi retirado; COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 Caracterização do substantivo: 1ª É uma classe de palavras variáveis, a qual geralmente vem acompanhada por determinantes. Logo... Uma classe morfológica acompanhada por determi- nantes é um substantivo ou uma palavra substanti- vada. Caracterização do substantivo: Exemplos: * Havia dois entrevistadores engraçados que fazi- am umas perguntas bobas. Exemplos: * Alguns homens nunca conseguirão implementar mais que três ideias ao longo da vida. * Ela usa meias verdades. Exemplos: * Ele encontra-se meio adoentada. * Tomamos muito sorvete. * O sorvete estava muito gelado. Caracterização do substantivo: Exemplos: * Já andei por longes terras. * Ele mora longe. * O próximo capítulo fala sobre o amor. * Fiquei próximo do local do acidente. Caracterização do substantivo: Exemplos: * Havia bastantes alunas no evento. * Elas falavam bastante. * Falou poucas, mas belas palavras http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 * Não aguentava mais os teus ais, as tuas lamú- rias, os teus „não-sei-pra-que-isso‟. Caracterização do substantivo: * Ele falou pouco. Questões Exemplos: * Aqueles dois jornais publicaram as notícias trágicas. * As casas da fazenda foram invadidas pelos ratos de um canavial próximo. Cuidado!!!! Não confunda!!! Caracterização do substantivo: Exemplos: 1.(FGV) Assinale a alternativa em que o termo indicado seja classificado como advérbio. A) mais (L.124) “...que dispõem de mais recursos e mais informações?” B) conforme (L.12) “...A despeito de sua natureza relativamente controversa, a ética tributária, ao me- nos conforme admite o senso comum, vincula-se à concepção e à prática de regras justas e razoáveis em matéria tributária. C) nenhum (L.41) “...Não causa estranheza o empresário afirmar, sem nenhum sentimento de culpa,...” D) Nada (L.4) “...Nada diferente do que ocorre em relação à acepção da ética em outros domínios da política e da economia.” E) demais (L.51) “A mais conhecida é o propósito ilícito de auferir vantagens em relação aos demais contribuintes.” 2.(FGV) Dentre as alternativas a seguir, uma não exerce papel adjetivo no texto I. Assinale-a. A) de periferia (L.1) B) de barro (L.1) “Pense num bairro de periferia, numa rua ainda de barro,numa pré-escola de terra batida...”C) segunda (L.7) “...onde foi inaugurada a segunda Casa de Leitura da capital.” D) com Internet (L.29) “Uma sala com Internet convida os jovens a outras leituras, com CDs, música e plástica.” E) Convidados (L. 36) O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos, convidados e imprensa se misturavam para ouvir histórias, receber a bênção e acompanhar os bre- víssimos discursos. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 ESTUDO DO ADJETIVO 1. Definição: É a classe de palavras variáveis que alteram a noção do substantivo atribuindo-lhe qualidades, características, aspectos gerais ou específicos, es- tados, modos de ser. ESTUDO DO ADJETIVO Resumidamente, o adjetivo é a classe que nomeia as qualidades e os estados atribuídos ao substanti- vo. * mulher desprestigiada * navio quebrado * porta aberta * casinhas brancas e amarelas ESTUDO DO ADJETIVO Observação: Como se referem a substantivos, os adjetivos – embora alguns sejam invariáveis – concordam em gênero e número com o substantivo. * Havia ideias falsas em todos os jornais brasilei- ros. ESTUDO DO ADJETIVO 2. O adjetivo também pode aparecer na função de substantivo e vice-versa. Veja: * Os feios também amam. * O cego quase caiu no buraco. * O perverso não possui escrúpulos. * O belo sempre se sobressai ESTUDO DO ADJETIVO Adjetivos simples e locuções adjetivas: * água serrana água da serra * casas urbanas casas da cidade * homem inescrupuloso homem sem escrú- pulos * calor infernal calor dos infernos ESTUDO DO ADJETIVO Adjetivos oracionais (oração adjetiva): * água da serra água que vem da serra * aluno estudioso aluno que estuda * homem traiçoeiro homem que trai ESTUDO DO ADJETIVO Adjetivos oracionais (oração adjetiva): Observação importante: O adjetivo em forma de oração (oração adjetiva) sempre é introduzido por um pronome relativo. ESTUDO DO ADJETIVO Formas de expressão do adjetivo: Frequentemente os particípios verbais exercem a função de um adjetivo – são os chamados adjetivos de base participial. Em vários casos, tais particípios representam orações adjetivas reduzidas. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 ESTUDO DO ADJETIVO * Ontem eu li um livro escrito por um primo. ( que foi escrito) * Ele é réu confesso. (que confessou) ESTUDO DO ADJETIVO Formação dos adjetivos Quanto à formação, os adjetivos podem ser: a) simples feio, branco, palmarense etc. b) compostos castanho-claro, luso-brasileira, surdo-mudo etc. c) primitivos belo, feio, bonito, amarelo etc. d) derivados decoroso, famoso, bonachão etc. ESTUDO DO ADJETIVO Formação dos adjetivos Adjetivos pátrios Há inúmeros adjetivos que se referem a países, regiões, continentes, estados, povos, raças. Estes adjetivos são denominados de “pátrios ou gentíli- cos”. ESTUDO DO ADJETIVO Formação dos adjetivos Adjetivos pátrios Alagoas alagoano Acre acriano ou acreano Água Preta água-pretense ESTUDO DO ADJETIVO Flexão dos adjetivos Assim como os substantivos, os adjetivos se flexionam em gênero, número e grau. 1. Flexões de gênero * ideia vã pensamentos vãos ESTUDO DO ADJETIVO B) Nos adjetivos compostos, só o último elemento se flexiona. * intervenção médico-cirúrgica intervenções mé- dico-cirúrgicas * acordo luso-latino-americano relações luso- latino-americanas * problema sócio-político soluções sócio- políticas * tratado franco-brasileiro tratados franco- brasileiros B) São invariáveis os adjetivos compostos formados de “cor + de + substantivo”. Observe: * blusa cor-de-rosa blusas cor-de-rosa * azulejos cor de musgo * suéter cor de café com leite suéteres cor de café com leite http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 5 ESTUDO DO ADJETIVO Como o adjetivo é a palavra que acompanha o substantivo a fim de qualificá-lo, a flexão em que este se encontra contamina a daquele, ou seja, o adjetivo geralmente se flexiona de acordo com o substantivo que ele determina. ESTUDO DO ADJETIVO Flexão dos adjetivos Observação: Nos exemplos, há a omissão da preposição "de" entre o primeiro substantivo e a palavra "cor". Logo, também seria gramaticalmente correta a seguinte escrita: ESTUDO DO ADJETIVO * luvas de cor de café Exemplos: * acordos feministas * bolachas gostosas ESTUDO DO ADJETIVO 2. Flexões de número A) Como já dissemos, o adjetivo acompanha o substantivo e com este concorda. Portanto, o adjeti- vo se flexionará em número de acordo com as re- gras que se utilizam para a flexão de número dos substantivos. * vestido azul vestidos azuis * prato espanhol pratos espanhóis * questão comum questões comuns * vestidos de cor de chocolate * meias de cor de rosa ESTUDO DO ADJETIVO Observação: Em outras construções, omitem-se as três palavras "de cor de", fazendo que o substantivo indicativo da cor modifique diretamente o substantivo cuja cor se quer indicar. Ainda neste caso, o substantivo indica- tivo da cor permanecerá invariável. ESTUDO DO ADJETIVO * luvas salmão omissão de "de cor de" * cetim rosa omissão de "de cor de" * fita creme omissão de "de cor de" * tecido laranja omissão de "de cor de” ESTUDO DO ADJETIVO C) São igualmente invariáveis os compostos formados de “adjetivo + substantivo”. * calça amarelo-ouro calças amarelo-ouro * terno verde-oliva ternos verde-oliva ESTUDO DO ADJETIVO Adjetivos adverbializados são adjetivos empre- gados na função de advérbio. Regra: http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 6 Quando empregados em função adverbial, os adje- tivos tornam-se invariáveis, ou seja, ficam no mas- culino e no singular. ESTUDO DO ADJETIVO Exemplos: * Vamos falar sério. * A justiça rápido se corrompe. * Ouvimos músicas puro clássicas. * Elas torciam forte. * As portas raro se abriam. ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau As flexões de grau apresentam a intensidade das qualidades atribuídas aos seres. Não se deve, pois, confundir com o grau dos substantivos, já que este tem por função indicar o tamanho dos seres. ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau I – O grau comparativo A grande característica do grau comparativo é a existência de dois seres postos numa relação de confronto. Nesta relação um dos seres se mostrará “inferior”, “superior” ou “igual” ao outro no que se refere a(s) sua(s) qualidade(s). Daí o grau compara- tivo poder ser: ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau I – O grau comparativo 1. De inferioridade (menos... que ou do que...) * Os argumentos orais apresentados eram menos consistentes do que a defesa escrita que fizera no início do processo. ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau I – O grau comparativo 2. De igualdade (tão... quanto, quão ou como...) * Todos os cavalos eram tão saudáveis quanto as éguas que tínhamos comprado no mês passado. ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau I – O grau comparativo 3. De superioridade (mais... que ou do que...) * O castelo era mais alto que a casa daquele em- presário. ESTUDO DO ADJETIVO I – O grau comparativo A) O grau comparativo se faz, como se percebeu, de forma analítica. Alguns adjetivos, entretanto, oriundos do latim, apresentam forma sintética para o comparativo. São eles: ESTUDO DO ADJETIVO Adjetivo Bom Mau Grande Pequeno Forma comparativa sintética Melhor Pior Maior Menor http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 7 ESTUDODO ADJETIVO O grau comparative Observação: Quando se comparam, no entanto, características de um mesmo ser, usam-se as for- mas analíticas destes mesmos adjetivos. Veja * A casa era mais grande do que arejada. * Ele era mais bom do que atencioso. ESTUDO DO ADJETIVO I – O grau comparativo Observação: Nas estruturas comparativas, é comum o verbo da oração comparativa vir oculto, elíptico pelo fato de ser o mesmo verbo da oração anteposta. ESTUDO DO ADJETIVO I – O grau comparative * Ela fala como um papagaio. * Ele age como se fosse o dono do negócio. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative Aqui os adjetivos expressam o grau mais eleva- do da característica atribuída ao substantivo. Divide- se em: 1. Superlativo absoluto aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao máximo a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras: ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlativo Aqui os adjetivos expressam o grau mais eleva- do da característica atribuída ao substantivo. Divide- se em: 1. Superlativo absoluto aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao máximo a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras: ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlativo A) De forma analítica (superlativo absoluto analí- tico) é obtido com o emprego de um advérbio de intensidade anteposto ao adjetivo. Geralmente se empregam os advérbios “muito, mui, bastante, mui- tíssimo, excessivamente, exageradamente”. ESTUDO DO ADJETIVO A questão era demasiadamente difícil. * Todos ficaram bastante perplexos. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative b) De forma sintética (superlativo absoluto sinté- tico) é obtido com o emprego dos sufixos “- íssimo”, “-imo” ou “-érrimo” ao adjetivo. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 8 * Ele sempre demonstrou atitudes benevolentíssi- mas. * Era um objeto sacratíssimo. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative 2. Superlativo relativo aqui o adjetivo atribuído ao substantivo é intensificado para mais ou para menos e posto numa relação comparativa com outro ser. Pode ser: A) Superlativo relativo de superioridade é obtido com o emprego dos elementos “o mais... de... (ou dentre...)”. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlativo Exemplos: * “Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala.” (Chico Buarque) * Ele sempre foi o mais inteligente dentre todos os alunos de sua escola. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative B) Superlativo relativo de inferioridade é obti- do com o emprego dos elementos “o menos... de... (ou dentre...)”. * Os rapazes observados pelo detetive eram os menos informados de todos os que ele já investi- gou. * Aquela menina deveria ser a menos sábia dentre seus coleguinhas da sala por causa do problema neurológico. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau As flexões de grau apresentam a intensidade das qualidades atribuídas aos seres. Não se deve, pois, confundir com o grau dos substantivos, já que este tem por função indicar o tamanho dos seres. ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau I – O grau comparativo A grande característica do grau comparativo é a existência de dois seres postos numa relação de confronto. Nesta relação um dos seres se mostrará “inferior”, “superior” ou “igual” ao outro no que se refere a(s) sua(s) qualidade(s). Daí o grau compara- tivo poder ser: ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau I – O grau comparativo 1. De inferioridade (menos... que ou do que...) * Os argumentos orais apresentados eram menos consistentes do que a defesa escrita que fizera no início do processo. ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau I – O grau comparativo 2. De igualdade (tão... quanto, quão ou como...) * Todos os cavalos eram tão saudáveis quanto as éguas que tínhamos comprado no mês passado. ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau I – O grau comparativo 3. De superioridade (mais... que ou do que...) * O castelo era mais alto que a casa daquele em- presário. ESTUDO DO ADJETIVO I – O grau comparative a) O grau comparativo se faz, como se percebeu, de forma analítica. Alguns adjetivos, entretanto, oriundos do latim, apresentam forma sintética para o comparativo. São eles: ESTUDO DO ADJETIVO ESTUDO DO ADJETIVO I – O grau comparative Observação: Quando se comparam, no entanto, características de um mesmo ser, usam-se as for- mas analíticas destes mesmos adjetivos. Veja: http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 * A casa era mais grande do que arejada. * Ele era mais bom do que atencioso. ESTUDO DO ADJETIVO I – O grau comparative Observação: Nas estruturas comparativas, é comum o verbo da oração comparativa vir oculto, elíptico pelo fato de ser o mesmo verbo da oração anteposta. ESTUDO DO ADJETIVO I – O grau comparative * Ela fala como um papagaio. * Ele age como se fosse o dono do negócio. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative Aqui os adjetivos expressam o grau mais eleva- do da característica atribuída ao substantivo. Divide- se em: 1. Superlativo absoluto aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao máximo a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras: ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative Aqui os adjetivos expressam o grau mais elevado da característica atribuída ao substantivo. Divide- se em: 1. Superlativo absoluto aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao máximo a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras: ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative a) De forma analítica (superlativo absoluto analí- tico) é obtido com o emprego de um advérbio de intensidade anteposto ao adjetivo. Geralmente se empregam os advérbios “muito, mui, bastante, mui- tíssimo, excessivamente, exageradamente”. ESTUDO DO ADJETIVO * A questão era demasiadamente difícil. * Todos ficaram bastante perplexos. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative b) De forma sintética (superlativo absoluto sintético) é obtido com o emprego dos sufixos “- íssimo”, “-imo” ou “- érrimo” ao adjetivo. * Ele sempre demonstrou atitudes benevolentíssimas. * Era um objeto sacratíssimo. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative 2. Superlativo relativo aqui o adjetivo atribuído ao substantivo é intensificado para mais ou para menos e posto numa relação comparativa com outro ser. Pode ser: a) Superlativo relativo de superioridade é obtido com o emprego dos elementos “o mais... de... (ou dentre...)”. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlativo Exemplos: * “Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala.” (Chico Buarque) * Ele sempre foi o mais inteligente dentre todos os alunos de sua escola. ESTUDO DO ADJETIVO II – O grau superlative b) Superlativo relativo de inferioridade é obtido com o emprego dos elementos “o menos... de... (ou dentre...)”. * Os rapazes observados pelo detetive eram os menos informados de todos os que ele já investi- gou. * Aquela menina deveria ser a menos sábia dentre seus coleguinhas da sala por causa do problema neurológico. ESTUDO DO ARTIGO 1. DEFINIÇÃO É a classe de palavra variável que, anteposta ao substantivo, determina-o ou indetermina-o. O artigo, portanto, interfere na extensão semânticado substantivo. ESTUDO DO ARTIGO Exemplos: * Por favor, pegue um livro para estudar. * Por favor, pegue o livro para estudar. * Ele gosta de fruta. * Ele gosta da fruta. CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS ESTUDO DO ARTIGO Emprego dos artigos definidos Regra principal: Em geral, usa-se o artigo definido com os substanti- vos tomados em sentido determinado, isto é, que tenham qualquer caracterização clara ou implícita. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 ESTUDO DO ARTIGO Emprego dos artigos definidos * As ruas daquela cidade estavam repletas de pan- fletos do candidato adversário. ESTUDO DO ARTIGO * "João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo." (Aluí- sio Azevedo) ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 1. Emprega-se o artigo definido antes de nomes próprios de países, regiões, continentes, mares, ilhas, desertos, montes, vulcões, rios, oceanos, lagos, arquipélagos. * o Paquistão * o Brasil * o Ártico * os Alpes * o Atlântico (oceano) * as Malvinas (ilhas) * o Atacama (deserto) * o Kilauea (vulcão) ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 2. Emprega-se o artigo definido antes de nomes indicadores de ideias abstratas, como "virtudes e vícios, faculdades e operações da alma, das ciências e das artes". * Ele sempre amou a justiça. * Ele sempre buscou a arquitetura. ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 3. Emprega-se o artigo definido antes de nomes de idiomas. * Ele fala muito bem o inglês. * Ainda não domino o alemão. ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 4. Emprega-se o artigo definido antes de nomes de designam, no singular ou no plural, espécies e gêneros. * O homem é o único ser racional do planeta. * As orquídeas valem muito no mercado externo. ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 5. Emprega-se o artigo definido antes de nomes de pessoas quando são usados no trato familiar para indicar afetividade, quando significam membros da mesma família ou quando tais no- mes vêm precedidos de qualificativos. * O Marcos arrebentou na prova de Química. * Ainda não falamos com o Antônio sobre o proble- ma. ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 6. Emprega-se o artigo definido antes dos no- mes dos pontos cardeais e colaterais, tanto no sentido próprio, como designando regiões. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 5 * Viajaram em direção ao oeste. * A casa tinha a frente para o nascente e os fundos para o poente. ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 7. Emprega-se o artigo definido antes dos no- mes designativos de festas religiosas e profa- nas. * o carnaval * a Páscoa * o Natal * a Quaresma * o São João ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 8. É facultativo o emprego do artigo definido antes de pronomes possessivos adjetivos. * seu livro / o seu livro * nossas considerações / as nossas considerações ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido 9. Emprega-se o artigo definido antes de nomes de sentidos opostos (antíteses): * Sr. João ficou entre a vida e a morte. * Tudo que nasce na terra o sol e a chuva criam. ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido Não se emprega o artigo definido 1. Antes de vocativos: • Vós, poderoso rei, bem sabeis a importância de vossas decisões. 2. Em provérbios, máximas, adágios e defini- ções: * Palavra de rei não volta atrás. * Galinha de olho torto procura poleiro cedo. ESTUDO DO ARTIGO Empregos particulares do artigo definido Não se emprega o artigo definido 3. Entre o pronome relativo "cujo" e suas flexões e o substantivo posposto. * Adquirimos dois livros cujas capas são de madei- ra. 4. Antes da palavra "casa" quando não acompa- nhada de determinante: * Vim de casa. * Passei em casa na parte da manhã. Empregos particulares do artigo definido Não se emprega o artigo definido 5. Antes dos nomes designativos dos meses do ano: * "Quando fevereiro chegar, saudade já não mata a gente." 6. Antes de substantivos empregados em senti- do geral ou indeterminado: * Ela nunca foi a teatro. * Jamais pisarei em estádio de futebol. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 6 Empregos particulares do artigo definido Não se emprega o artigo definido 7. Antes de formas de tratamento: * Enfim cheguei ao palácio, onde Sua Majestade me recebeu com graças. 8. Antes dos pronomes demonstrativos "este, esse, aquele" e suas variações: * Este carro é muito veloz. * Aquela camisa fica muito bem em você. Empregos particulares do artigo definido Observação: Não se contrai a preposição com o artigo quando este anteceder títulos de obras artísticas, de obras literárias, de jornais, de periódicos etc. Veja: * Lemos isto em “O Estado de São Paulo”. * Ele fará uma análise de “Os Lusíadas”. Empregos particulares dos artigos indefinidos Regra principal: Em geral, usa-se o artigo indefinido antes dos no- mes tomados em sentido vago e indeterminado. * "Levou Deus um dia em espírito ao Profeta Eze- quiel a Jerusalém, e o que viu o Profeta foi uma parede ou fachada em que estava um ídolo do zê- lo." Empregos particulares dos artigos indefinidos * Um cachorro é sempre um bom companheiro para o homem. * Ontem lemos apenas um capítulo do livro de ma- temática. Hoje precisamos ler no mínimo dois. ESTUDO DO NUMERAL 1. DEFINIÇÃO É a palavra variável que, acompanhando ou substituindo o substantivo, transmite uma noção de quantidade ou de ordem numérica. * Dois terços do Congresso Nacional votaram con- tra a medida. * João foi aprovado em centésimo quinquagésimo lugar. ESTUDO DO NUMERAL Considerações iniciais sobre os numerais 1. Os numerais geralmente são termos adjetivos, ou seja, acompanham o substantivo em função de ad- junto adnominal. Daí serem também chamados de "numerais adjetivos". Quando assumem a posição do substantivo, são denominados de "numerais substantivos", à semelhança dos pronomes. * No encontro havia dois mestres em Direito Consti- tucional. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 7 * " O presbítero Eurico era o pastor da pobre paró- quia de Cartéia. Descendente de uma antiga família bárbara.” Empregos particulares dos artigos indefinidos 1. Não se deve empregar artigo indefinido antes do adjetivo "outro": * Deve haver outro governo melhor do que este. 2. Por questão de estilo, deve-se evitar o empre- go do artigo indefinido antes de apostos explica- tivos: * "Recife, cidade de Pernambuco, é considerada a "Veneza brasileira". Empregos particulares dos artigos indefinidos 3. Pode-se antepor o artigo indefinido a um nu- meral cardinal para indicar aproximação numéri- ca: * Faz uns três anos que ela não dá notícias. Empregos particulares dos artigos indefinidos Observação: É importante não confundir os artigos indefinidos “um, uma” com os numerais “um, uma”. Exemplos: ESTUDO DO NUMERAL Classificação dos numerais De acordo com as suas funções, os numerais são classificados em: a) cardinais b) ordinais c) fracionários d) multiplicativos e) coletivos ESTUDO DO NUMERAL Regras gerais para o emprego dos numerais 1. Empregam-se os cardinais para a designação de datas e horas, como também para designar capítulos, parágrafos, folhas ou quaisquer divi- sões de uma obra. * Recife, 23 de junho de 2008. * EmSão Paulo, são 23h38min. ESTUDO DO NUMERAL Regras gerais para o emprego dos numerais Observações: a) Pode-se dizer corretamente: a páginas 25 ou na página 25; 14 de janeiro, a 14 de janeiro, em 14 de janeiro ou aos 14 de janeiro. Regras gerais para o emprego dos numerais Observações: b) Como já se disse, na computação dos dias dos meses empregam-se os numerais cardinais à exce- ção do primeiro dia de cada mês, para o qual se emprega o ordinal: primeiro de abril, primeiro de setembro etc. ESTUDO DO NUMERAL Regras gerais para o emprego dos numerais 2. Em alguns contextos, os cardinais são em- pregados em sentido indefinido. * Preciso lhe dizer duas palavras. (duas = algumas) * Já lhe disse isso mil vezes. (mil = várias) http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 8 ESTUDO DO NUMERAL Regras gerais para o emprego dos numerais 3. "Ambos" e "ambas" são considerados nume- rais duais, pois sempre se referem a um par de coisas ou de pessoas. Logo, "ambos os dois", "ambos de dois" são expressões pleonásticas e devem ser evitadas em linguagem formal. ESTUDO DO NUMERAL Regras gerais para o emprego dos numerais 4. Na designação de reis, papas, soberanos, séculos e partes de uma obra (capítulos, tomos etc), empregam-se os ordinais até o dez e os cardinais daí por diante. Se o numeral anteceder o substantivo, empregam-se os ordinais. ESTUDO DO NUMERAL Regras gerais para o emprego dos numerais * Século sexto * Capítulo segundo * João vinte e três * Século vinte e um Regras gerais para o emprego dos numerais 5. Na designação de artigos de leis, decretos, portarias, regulamentos etc, usam-se os ordinais até nove e os cardinais de dez em diante. Se o numeral vier anteposto, empregam-se os ordinais. 6. Ao lado das grafias “bilhão”, “trilhão” e “qua- trilhão”, existem as menos usuais, mas igual- mente corretas, “bilião”, “trilião” e “quatrilião”. Esses numerais não apresentam flexão de gênero apresentam-se tão somente sob a forma masculina. * Ninguém conseguiu acertar todas as questões dentre os 15 milhões de pessoas participantes. ESTUDO DOS PRONOMES 1. Definição: É a classe de palavra variável que substitui ou acompanha o substantivo é denominada de pro- nome. ESTUDO DOS PRONOMES 1. Definição: Como o adjetivo, o numeral e o artigo também são classes morfológicas que acompanham o subs- tantivo, podemos afirmar que a grande distinção entre estes e o pronome se dá pelo fato de o pro- nome situar o substantivo numa pessoa do discurso. Classificação dos pronomes: http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 9 Informações essenciais: ESTUDO DO NUMERAL Regras gerais para o emprego dos numerais * artigo segundo * inciso quarto * parágrafo nono * artigo vinte e três * inciso catorze * parágrafo doze Regras gerais para o emprego dos numerais I – Dentro dos pronomes pessoais, há pronomes átonos e pronomes tônicos. II – O fato de o pronome ser átono ou tônico interfere no emprego deste pronome. III – Todo pronome átono possui um correspon- dente tônico. IV – Os pronomes tônicos só podem ser usados quando antecedidos por uma preposição. * Não vá sem mim. * Nunca houve problemas entre mim e ela. V – Os pronomes átonos da 3ª pessoa “o, a, os, as, lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos os pronomes “ele, ela, eles, elas” prece- didos por preposição. * Ela nunca obedeceu aos avós. * Ela nunca obedeceu a eles. http://www.cers.com.br/ www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa - Aula 04 Rodrigo Bezerra 1 Informações essenciais: VI – Os pronomes “si, consigo” são reflexivos e só podem ser usados em referência a um sujeito ver- bal. * Ela sempre leva consigo os irmãos. * Joana nunca fala de si. Informações essenciais: VII – Os pronomes “conosco, convosco” só podem ser usados quando a informação finalizar neles. Se houver elemento de reforço, devem ser usadas as formas analíticas “com nós” e “com vós” respecti- vamente. * Os meninos irão conosco. * Os meninos irão com nós dois. Informações essenciais: VIII – Os pronomes “me, te, lhe, nos, vos, lhes” po- dem funcionar como verdadeiros pronomes posses- sivos. Isso ocorre quanto atribuem uma noção de posse a um determinado substantivo. * Quando o Papa chegou, o presidente beijou-lhe as mãos. * O vento despenteava-nos os cabelos. Informações essenciais: I – O pronome relativo QUE é denominado de relati- vo universal, pois pode ser tanto usado para pesso- as quanto para coisas, tanto para o singular quanto para o plural, tanto para o feminino quanto para o masculino. * Gostei da bolsa que você comprou. * Eu vi o homem que ganhou na loteria. Informações essenciais: II – O pronome relativo QUEM é denominado de relativo personativo, pois só pode ser usado em substituição a um ser personativo. * O médico em quem ele confia vai se aposentar. III – O pronome relativo ONDE só pode ser usado em relação a um lugar. Equivale a “em que” e varia- ções. Informações essenciais sobre o ONDE: 1. Até agora não sei ___________ vou passar as minhas férias. 2. Até agora não sei ___________ devo ir em mi- nhas férias. 3. Chegamos a uma região ___________ havia muitos imigrantes italianos. 4. No capítulo dois, __________ há uma descrição mais detalhada sobre o assunto, o autor... 5. “_________ você mora? _________ você foi mo- rar?” 6. “E por falar em saudade, ________ anda você? ________ andam esses olhos...? 7. “________ você estiver, não se esqueça de mim?” Informações essenciais: IV – Os pronomes relativos CUJO, CUJA, CUJOS, CUJAS são denominados de relativos possessivos, pois são usados para substituir termos que transmi- tem a noção de posse. Equivalem a “do qual, da qual, dos quais, das quais, seu, sua, seus, suas, dele, dela, deles, delas”. O CUJO e flexões rejeitam a posposição de artigos. 14(ESAF) Assinale a opção que apresenta pro- posta de substituição correta de palavra ou tre- cho do texto. Há sociedades que têm a vocação do crescimento, mas sem a vocação da espera. E a resultante, quando não é inflação ou crise do balanço de pa- gamentos, é uma só: juros altos. 14(ESAF – An.Tributário) Assinale a opção que apresenta proposta de substituição correta de palavra ou trecho do texto. b) “que têm a vocação do crescimento”(ℓ.1) por “cuja vocação de crescimento”. 22.(FCC – TRT 8ª) O texto está corretamente transcrito com lógica, correção e clareza, sem repetições desnecessárias, em: (A) “...o Parque Nacional de Galápagos, no Equa- dor, assinou um convênio com a ONG Sea Shepard e WWF para instalar um sistema de vigilância nes- ses barcos com menos de 20 toneladas de peso bruto, cuja a maioria trafegam na reserva. O sinal de rádio, que será captado por antenas em pontos estratégicos, será emitido por esse sistema.” Empregos inadequados do relativo “CUJO” e flexões: 1. (FCC – APOF/SP) A nostalgia que o autor mani- festa das viagens de trem, em cujas quase ninguém tinha pressa, participava do encanto das estaçõezi- nhas. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa - Aula 04 Rodrigo Bezerra 2 2. (FCC – APOF/SP) As estaçõezinhas de trem eram parte do encanto daquelas viagens aonde ninguém tinha pressa e por cujas o autor manifesta sua nostalgia. 3. (TRE/PI) Não são claras as fronteiras em cujas se deseja estabelecer uma objetiva distinção entre etnias. 4. (TRF 5ª) Muitos homens se valem da crença reli- giosa para se auto-sacrificarem em protesto político, em cujo também morrem vários inocentes. Observação sobre os pronomes de tratamento: a) Os pronomes de tratamento são pronomes que se referem à segunda pessoa do discurso. Entretan- to, exigem a concordânciaverbal na terceira pes- soa. Ademais, devem também ficar na terceira pes- soa todos os elementos que a tais pronomes se refiram. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa - Aula 05 Rodrigo Bezerra 1 I) Quanto à localização espacial do referente temos as seguintes orientações: a) Empregam-se “este, esta, isto e variações” quando o referente se encontra com o ser que fala. * Esta camisa aqui custou-me quarenta reais. I) Quanto à localização espacial do referente temos as seguintes orientações: b) Emprega-se “esse, essa, isso e variações” quando o referente se encontra próximo, perto de quem fala. * Quanto custou essa camisa que você está usan- do? I) Quanto à localização espacial do referente temos as seguintes orientações: c) Empregam-se “aquele, aquela, aquilo e varia- ções” quando o referente se encontra distante do ser que fala. * Aquele menino acolá passou em um concurso para juiz federal. II) Quanto à localização temporal do referente, temos as seguintes orientações: a) Empregam-se “este, esta, isto e variações” quando se faz referências a um tempo presente em relação à pessoa que fala. * Ainda este ano irei à Europa. II) Quanto à localização temporal do referente, temos as seguintes orientações: b) Empregam-se “esse, essa, isso e variações” quando se faz referências a um tempo passado ou futuro em relação à pessoa que fala. * O ano passado marcou minha vida. Nesse ano nasceu meu filho. II) Quanto à localização temporal do referente, temos as seguintes orientações: c) Empregam-se "aquele, aquela, aquilo e varia- ções" quando se faz referências a passado dis- tante em relação ao ser que fala. * Em 1980 a inflação era galopante. Naquele ano, viviam-se os últimos anos do milagre econômico brasileiro. III) Quanto à localização textual do referente, temos as seguintes orientações: a) Empregam-se “esse, essa, isso e variações” para retomar termos e informações já mencio- nados. Tais pronomes funcionarão como “ele- mentos de coesão referencial anafórica”. * A violência assola o pais de norte a sul. Esse pro- blema inviabiliza muitos negócios comerciais no Brasil. III) Quanto à localização textual do referente, temos as seguintes orientações: b) Empregam-se “este, esta, isto e variações” para antecipar termos e informações que ainda vão ser mencionados. Tais pronomes funciona- rão, portanto, como “elementos de coesão refe- rencial catafórica”. * O Brasil precisa disto: educação igualitária – de qualidade – para todos. III) Quanto à localização textual do referente, temos as seguintes orientações: c) Empregam-se “este, esta, isto e variações” para retomar, dentro de um período, o termo mais próximo, ou seja, o enunciado em segundo lugar, a fim de se evitar uma possível ambigüi- dade que os demonstrativos “esse, essa, isso e variações” poderiam gerar. Por outro lado, empregam-se “aquele, aquela, aquilo e variações” para retomar, dentro do pe- ríodo, o termo mais distante, ou seja, o enuncia- do em primeiro lugar. III) Quanto à localização textual do referente, temos as seguintes orientações: Exemplo: * Brasil e Argentina travaram novos acordos comer- ciais. Este exportará carnes nobres e importará frutas tropicais daquele. Emprego dos pronomes indefinidos QUALQUER "QUALQUER" só será pronome indefinido quan- do vier anteposto ao substantivo – neste caso equivalerá a "algum(ns) / alguma(s)". * Qualquer pessoa consegue fazer isso. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa - Aula 05 Rodrigo Bezerra 2 * Quaisquer dúvidas, dirijam-se à direção do even- to. Emprego dos pronomes indefinidos "TODO" é um indefinido, chamado por alguns gra- máticos de "coletivo universal". Possui as flexões "toda, todos, todas". É empregado de acordo com as seguintes orientações: a) É hodierna e frequentemente empregado no sin- gular, sem a presença de artigo definido, com a significação de “qualquer”. * Todo homem pode cometer um crime impensa- damente. Emprego dos pronomes indefinidos b) Embora haja posicionamentos contrários, pode também ser empregado no singular e an- teposto a substantivo precedido ou não de arti- go, significando "totalidade ou cada". * "Todo homem é mortal, mas o homem todo não é mortal". (Carlos Drummond de Andrade) Emprego dos pronomes indefinidos b) Emprega-se no singular e posposto a um substantivo para indicar a totalidade das partes: * Assim que chegamos, ele nos mostrou a casa toda. Emprego dos pronomes indefinidos ALGUM 4. O pronome indefinido "algum" emprega-se de acordo com as seguintes orientações: Emprego dos pronomes indefinidos ALGUM 4. O pronome indefinido "algum" emprega-se de acordo com as seguintes orientações: a) Anteposto ao substantivo assume frequente- mente valor positivo de "qualquer, um": * "Deste modo, viverei o que vivi, e assentarei a mão para alguma obra de maior tomo." (Machado de Assis) Emprego dos pronomes indefinidos ALGUM b) Anteposto ao substantivo, assume também o valor de "certo, um pouco de". * Por algum tempo esperou a projetada expedição de D. Pedro da Cunha, que pretendeu transportar ao Brasil a coroa portuguesa." (José de Alencar) Emprego dos pronomes indefinidos CERTO 5. Este vocábulo só será pronome indefinido quando vier anteposto a um substantivo. * "As outras escravas a contemplavam todas com certo interesse e comiseração." (Bernardo Guima- rães) Verbo (definição): Em sentido estrito, verbo é, pois, uma pala- vra variável capaz de exprimir "uma ação, um esta- do, um fenômeno da natureza ou um fato". Ainda podemos dizer que verbo é a palavra que apresenta o maior número de flexões: Elementos estruturais do verbo São os seguintes os elementos mórficos formadores do verbo: radical, vogal temática, tema e desinências modo-temporal e número-pessoal. Verbo Radical É o elemento mórfico verbal principal, pois contém a significação do verbo. Nos verbos, o radical repre- senta a parte imutável, que traz consigo a semânti- ca verbal. * cantar cant – ar * vender vend – er Verbo: Vogal temática É o elemento mórfico vocálico que se junta ao radi- cal para formar o tema verbal. Nos verbos, a vogal temática situa-se entre o radical e a desinência do infinitivo impessoal "-r". * cant A r * vend E r * sa I r Verbo: Tema É o conjunto formado pelo radical mais a vogal te- mática. Nos verbos, basta a retirada da desinência do infinitivo impessoal "-r" para se obter o tema. * falar fala * caber cabe * abrir abri Verbo: Desinências São elementos mórficos que se acoplam ao tema ou à forma infinita do verbo para indicar as flexões de modo, tempo, número e pessoal. Há em português duas desinências verbais: Verbo: Desinências a) Desinência modo-temporal Indica o modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e o tempo www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa - Aula 05 Rodrigo Bezerra 3 (presente, passado ou futuro) em que se encontra o verbo. * cantávamos canta – VA – mos (desinência que indica o "pretérito imperfeito do indicativo") Verbo: Desinências b) Desinência número-pessoal Indica o número (singular ou plural) e a pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) em que o verbo se encontra. * cantastes cantas – TES (desinência que indica a 2ª pessoa do plural – vós) Verbo : FLEXÕES: 1. Modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) 2. Tempo (presente, pretérito e futuro) 3. Pessoa (1ª, 2ª e 3ª) 4. Número (singular e plural) 5. Voz (ativa, passiva e reflexiva) Flexões de modo: I – INDICATIVO O modo indicativo é o modo da realida- de: serve para enunciar um fato ou um estado verdadeiros ou supostos verdadeiros, em ora- ções independentes ou dependentes, declarati- vas, interrogativas ou exclamativas, quer afir- mando, quer negando. Flexões de modo: I – INDICATIVO * "Quemcanta seus males espanta." (Provérbio) * "Em certos pontos não se encontrava viva alma na rua; (...) ;só os pretos faziam as compras para o jantar ou andavam no ganho."(Aluísio Azevedo) Flexões de modo: II – SUBJUNTIVO O modo subjuntivo (antigo "modo con- juntivo") é o modo próprio da incerteza, da pos- sibilidade, da dúvida, da futuridade, da vontade, do desejo, da esperança, da suposição, da con- cessão. Flexões de modo: II – SUBJUNTIVO * "Eu vou para Coimbra logo que esteja bom, e a menina da cidade fica em sua casa." (Camilo Caste- lo Branco) * "Não me parece bonito que o nosso Bentinho an- de metido nos cantos com a filha do Tartaruga." (Machado de Assis) Flexões de modo: III – IMPERATIVO O modo imperativo serve para expressar uma ordem, um preceito, um conselho, uma exortação, um pedido, um convite. Flexões de modo: III – IMPERATIVO * "Agora escutai e respondei sinceramente às mi- nhas perguntas." (A. Herculano) * "Guardai o meu sábado, porque ele deve ser san- to para vós." (Bíblia Sagrada) III – IMPERATIVO AFIRMATIVO (formação) A) Comprar um livro Imperativo 2ª pessoa __________________ Imperativo 3ª pessoa __________________ III – IMPERATIVO NEGATIVO (formação) A) Não comprar um livro Imperativo negativo 2ª pessoa ________________ Imperativo negativo 3ª pessoa ________________ www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO 2016 Língua Portuguesa – Aula 06 Rodrigo Bezerra 1 Flexões de tempo: * Presente do indicativo falo, bebo, parto. * Pretérito perfeito do indicativo falei, bebi, parti. * Pretérito imperfeito do indicativo falava, bebia, partia. * Pretérito mais-que-perfeito do indicativo falara, bebera, partira. * Futuro do presente do indicativo falarei, beberei, partirei. * Futuro do pretérito do indicativo falaria, beberia, partiria. Flexões de tempo: * Presente do subjuntivo fale, beba, parta. * Pretérito imperfeito do subjuntivo falasse, be- besse, partisse. * Futuro do subjuntivo partir, beber, partir. Flexões de tempo: * Infinitivo pessoal falarem, beberem, partirem * Gerúndio falando, bebendo, partindo. * Particípio falado, bebido, partido. 19.(Fiscal de Rendas/SP) A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é: A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodi- lemas teóricos, o professor visitante diz que medeia as sessões. B) No caso de ele propuser um abatimento no alu- guel, o proprietário exigirá contrapartidas. Emprego dos tempos e modos verbais: 1. Presente a) descrever um fato ou estado permanente: O Sol aquece a Terra. Maria é mãe de Jesus. As leis do Universo são imutáveis. b) indicar ação habitual ou que se pratica constante- mente: Maria fuma demais. Vou ao cinema todos os domingos. Emprego dos tempos e modos verbais: 1. Presente c) dar realismo a fatos passados: Cabral descobre o Brasil em 1500. Os bandeirantes abrem o sertão bra- sileiro e conquistam a terra. d) indicar futuro próximo (nesse caso, é geralmente acompanhado de um adjunto adverbial): Terminei meus negócios e sigo amanhã para Nova Iorque. Emprego dos tempos e modos verbais: 1. Presente e) substituir o imperativo, quando se deseja denotar mais um pedido do que uma ordem: Você me faz isso amanhã (= faça-me isso amanhã) . Emprego dos tempos e modos verbais: 2. Pretérito imperfeito O pretérito imperfeito indica uma ação pas- sada em relação ao momento em que se fala, porém presente em relação a outro fato passado. Emprego dos tempos e modos verbais: Emprega-se o pretérito imperfeito para: a) descrever fatos freqüentes ou repetidos no pas- sado: Quando era criança ia sempre à casa de vovó, onde brincava com Maria. b) designar fatos indicando continuidade no passado: As diversas tribos que habitavam o continente ame- ricano eram de cultura diferente; algumas caçavam e pescavam, ao passo que outras já tinham conheci- mento de agricultura. Emprego dos tempos e modos verbais: c) descrever pessoas, fatos ou coisas no passado: Ela parecia inteligente. O rio fazia uma pequena curva antes de cair em catarata. d) indicar época ou tempo no passado: Era época da seca quando José deixou o Nordeste. Eram seis ho- ras da tarde quando Ana telefonou. e) indicar, entre duas ou mais ações simultâneas, qual estava ocorrendo quando sobreveio a outra (nesse caso, o segundo verbo é geralmente usado no pretérito perfeito simples): Pedro entrava quando eu saí. Conversávamos quando a criança caiu. f) expressar freqüência, repetição, causa e conse- qüência (nesse caso, os verbos vêm ambos no pre- térito imperfeito): Eu saía quando ele entrava. g) descrever ação planejada e não realizada: Eu ia passear, mas começou a chover e desisti. Pretendí- amos falar com ele, mas não tivemos tempo. h) narrar fábulas, lendas ou contos, situando-os no passado (nesse caso, usa-se o pretérito imperfeito do verbo ser): Era uma vez um príncipe. .. Emprego dos tempos e modos verbais: 2. Pretérito imperfeito i) indicar um só fato preciso no passado, quando a época ou a data em que ocorreu a ação vem clara- mente mencionada: Duas horas depois de receber o telegrama, Geraldo partia do aeroporto de Congo- nhas. Passado o tempo exigido por lei, João se natu- ralizava. Emprego dos tempos e modos verbais: 3. Pretérito perfeito simples www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO 2016 Língua Portuguesa – Aula 06 Rodrigo Bezerra 2 O pretérito perfeito simples indica uma ação, geral- mente não habitual, concluída antes do ato de falar; o fato começou e terminou no passado, seja passado remoto ou próximo: Fui ao mercado hoje de manhã. Estive com ele em 1980. Emprego dos tempos e modos verbais: 4. Pretérito perfeito composto O pretérito perfeito composto indica a repetição ou a continuidade de um fato iniciado no passado e que ainda se realiza no presente, vindo acompanhado de adjuntos adverbiais como desde, ultimamente, esses dias etc.: * Tenho feito tudo por ele desde que quebrou o braço. Não temos tido sorte ultimamente. Emprego dos tempos e modos verbais: 5. Pretérito mais-que-perfeito simples O pretérito mais-que-perfeito simples ex- pressa um fato já concluído antes de outro também no passado. a) em situações formais na língua escrita: Viera es- pecialmente para o concerto. b) para substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo: Comportou-se como se fora (= fosse) senhora das terras. c) em certas frases exclamativas: Quem me dera ser rico! Emprego dos tempos e modos verbais: 5. Pretérito mais-que-perfeito simples O pretérito mais-que-perfeito composto é empre- gado, como o simples, para expressar um fato já con- cluído antes de outro também no passado. É usado na língua falada e, em geral, também na escrita: * Tinha vindo especialmente para o concerto. Emprego dos tempos e modos verbais: 6. Futuro do presente simples O futuro do presente simples é usado para indicar um fato futuro em relação ao momento em que se fala: Irei à praia neste fim de semana. Emprega-se tam- bém para: a) indicar fatos de realização provável, pois estão mediante certa condição: Se ele vier, falarei com ele. Emprego dos tempos e modos verbais: 6. Futuro do presente simples b) indicar incerteza, dúvida, suposição: Será possível uma coisa dessas? Estarei eu aqui pela providência divina? Emprego dos tempos e modos verbais: Observação O futuro do presente simples é comumente substituído, na língua falada, por locuções verbais (conjunto inseparável formado de um verbo auxiliar e de um principal usado no infinitivo, no particípio ou no gerúndio), como, por exemplo: O presente do indicativo do verbo haver, mais pre- posição de, mais infinitivo impessoal do verbo princi- pal para exprimir intenção: * Hei de falar com ele antes do fim do mês. Emprego dos tempos e modos verbais: 8. Futuro do presente composto O futuro do presente composto indica: a) ação futuraconsumada antes de outra também fu- tura: * Já teremos terminado o trabalho quando eles che- garem. b) possibilidade de uma ação já ter se consumado: * Já terão saído? Emprego dos tempos e modos verbais: 9. Futuro do pretérito simples Usa-se o futuro do pretérito simples: a) para indicar um fato futuro em relação a um fato passado: Ele prometeu a Maria que chegaria antes das seis. b) quando a oração subordinada revela um fato não realizado ou que talvez não se realize: Iríamos se ele permitisse. c) para exprimir incerteza ou dúvida sobre fatos pas- sados: Quem estaria lá? Ele teria uns vinte anos quando se casou. d) em certas orações exclamativas ou interrogativas que denotam surpresa ou indignação: Nunca agiría- mos dessa maneira! Seria possível uma calúnia des- sas? e) em tom polido, denotando desejo presente: Gos- tariam de ir conosco? Poderia emprestar-me esse li- vro? Emprego dos tempos e modos verbais: 10. Futuro do pretérito composto Emprega-se o futuro do pretérito composto para: a) indicar que um fato teria acontecido no passado mediante certa condição: Se Roberto estudasse teria tido boa nota. b) exprimir incerteza sobre fatos passados em ora- ções interrogativas: Quando teriam visto o fugi- tivo? www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 07 Rodrigo Bezerra 1 Emprego dos tempos e modos verbais: II – MODO SUBJUNTIVO 1. Presente O presente do subjuntivo indica presente ou futuro, dependendo do conteúdo semântico do verbo: * É pena que elas estejam doentes (presente). * Espero que eles venham (futuro). 2. Pretérito imperfeito do subjuntivo O pretérito imperfeito do subjuntivo indica uma ação simultânea ou futura em relação ao tempo do verbo da oração principal (que pode ser o pretérito perfeito simples, o pretérito imperfeito ou o futuro do pretérito do indicativo): 2. Pretérito imperfeito do subjuntivo * Duvidei que ele terminasse o trabalho. * Eu queria que ela fosse logo. 5. Futuro do subjuntivo O futuro simples do subjuntivo indica eventualidade no futuro, sendo que o verbo da oração principal pode estar no presente ou no futuro do presente do indicativo: * Posso levar o que quiser. * Poderei levar o que quiser. 01.(TRE/PR) “Há 40 anos, a mais célebre crítica de cinema dos Estados Unidos, Pauline Kael (1919-2001), publicava seu artigo mais famoso.” Considerado o acima transcrito, é correto afir- mar: (E) A forma verbal publicava foi empregada para denotar uma ação passada habitual ou repetida. 02.(TCE/SP) “Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a democra- cia ocidental com seus valores, na verdade, le- garam-nos apenas um valor fundamental: a sus- peita de si. Considerada a frase acima, em seu contexto, o ÚNICO comentário que o texto NÃO legitima é o seguinte: (B) A forma verbal “explique” é exigida por estar presente no enunciado uma ideia de possibilidade, não de certeza. 03. (FCC) A forma verbal que, além de correta- mente flexionada, indica fato passado anterior a outro, também passado, está grifada na frase: (A) Para que se precavissem os efeitos prejudiciais ao meio ambiente, interromperam-se as queimadas na região. (C) O especialista ativera-se à análise dos dados obtidos, para defender o programa de responsabili- dade ambiental. (D) Proporam-se medidas de combate à degrada- ção da floresta, porém os resultados danosos já haviam se instalado em toda a área. (E) Se não fosse imediatamente interrompido o cor- te das árvores, a região transformar-se-ia numa extensa área desertificada. Já adulto pela covardia, eu fazia o 1 que todos fa- zemos, quando somos grandes, e há diante de nós sofrimentos e injustiças: não queria vê-los; subia para soluçar lá no alto da casa, numa peça ao lado da sala de estudos, sob os telhados, uma salinha que cheirava a íris, também aromada por uma gro- selheira silvestre que crescia do lado de fora entre as pedras do muro e passava um ramo florido pela janela entreaberta. 4.(TJ/AL) A substituição da forma verbal “chei- rava” (L.5) por cheirasse prejudicaria a correção gramatical do texto. Dados do Cadastro Geral de Empregados e De- sempregados (CAGED) divulgados ontem pelo Mi- nistério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam para a criação de 554 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano, o que representa recorde histórico para esse período. A série de dados do CAGED tem início em 1992. 5.(TRT/RJ) Na frase que se inicia por “A série” (L.3), a substituição da forma verbal no presente pela forma correspondente no pretérito perfeito alteraria o sentido do texto. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 07 Rodrigo Bezerra 2 Correlações/articulações entre tempos e modos verbais (exemplos): 1. Sempre haverá quem preferirá ter-se omitido diante da violência de que venha a ser vítima. 2. Houve sempre quem preferisse omitir-se diante da violência de que tivesse sido vítima. 3. Há sempre quem prefere se omitir diante da vio- lência de que venha a ser vítima. 4. Havia sempre quem preferia se omitir diante da violência de que foi vítima. 5. Sempre há quem prefere se omitir diante da vio- lência de que venha a ser vítima. Correlações/articulações entre tempos e modos verbais (corrija as estruturas abaixo): 1. A pesquisa de Johnson analisou um fenômeno que constituísse uma verdadeira obsessão que ca- racterize o homem moderno: o fascínio pela TV. 2. Se não variassem de cultura para cultura, as re- gras de convívio terão alcançado, efetivamente, a chamada validade universal. 3. Sugere-se, nessa pesquisa, que o fato de nos aprisionarmos em nossa sala de TV fosse o respon- sável pela nossa predisposição a que cometêramos atos violentos. 4. Se de fato viéssemos a nos contentar com o que somos, as inúmeras janelas abertas pela TV não terão a mesma força de atração que as pesquisas demonstrassem. LOCUÇÕES VERBAIS Também chamadas de "perífrases verbais", as locuções verbais servem para denotar ideias aces- sórias da ação verbal, frequentemente não contem- pladas pelos tempos simples e compostos. a) Verbo auxiliar SER mais o PARTICÍPIO for- mação de locuções verbais da voz passiva de ação; * Eles foram atacados por várias abelhas enquanto caminhavam pela fazenda. b) Verbo auxiliar TER mais preposição DE mais INFINITIVO formação de locução verbal que denota "obrigação, compromisso, fato infalível". * O Brasil tem de ser um país menos desigual. c) Verbos auxiliares "COMEÇAR A, ENTRAR A, PASSAR A" mais INFINITIVO formação de lo- cuções verbais que indicam momento inicial de uma ação. * O trem começou a partir, e todos, emocionados, despediam-se dos soldados. d) Verbos auxiliares "ANDAR, ESTAR, FICAR, IR, VIR" mais GERÚNDIO formação de locuções verbais que indicam duração, continuação, progres- são. * Já vem chegando o inverno com seu frio, suas chuvas. e) Verbo auxiliar "DEVER" mais INFINITIVO formação de locução verbal que indica necessidade, obrigação. * " O almirante não deve falar assim... A pátria está logo abaixo da humanidade." (Lima Barreto) f) Verbo auxiliar IR mais GERÚNDIO formação de locução verbal que indica uma ação em decurso, em ocorrência, em desenvolvimento gradual. * " Meu coração é um almirante louco que abandonou a profissão do mar e que a vai relembrando pouco a pouco em casa a passear, a passear ..." (Fernando Pessoa) Classificação morfológica dos verbos Quanto à terminação Os verbos podem ser: 1ª CONJUGAÇÃO ar 2ª CONJUGAÇÃO er 3ª CONJUGAÇÃO ir Quanto à flexão ou à conjugação Os verbos podem ser REGULARES, IRREGULA- RES, DEFECTIVOS, ABUNDANTES e PRONOMI- NAIS. 1) Verbo regular é aquele cujo tema permanece invariável. Classificação morfológica dos verbos 2) Verbo irregular é aquele que não segue o para- digma regular desua conjugação. 3) Verbo defectivo é aquele que não apresenta todos os modos, tempos ou pessoas próprios dos verbos. 4) Verbo abundante é aquele que apresenta mais de uma forma de conjugação para certos tempos, modos ou pessoas. 5. Verbo pronominal é aquele que só é conjugado com o auxilio de um pronome pessoal oblíquo, áto- no. Classificação morfológica dos verbos Quanto à função Os verbos são classificados em AUXILIARES e PRINCIPAIS. 1. Verbo auxiliar é aquele que, empregado ao lado de uma forma nominal do verbo (infinitivo, gerúndio www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 07 Rodrigo Bezerra 3 ou particípio), formará as locuções verbais e os tempos compostos. Classificação morfológica dos verbos Quanto à função 2. Verbo principal é, como o próprio nome já o diz, aquele de significação plena e que funciona como núcleo de uma oração. Classificação morfológica dos verbos Quanto à formação Os verbos são classificados em PRIMITIVOS e DE- RIVADOS. 1. Verbo primitivo é aquele que não foi formado por nenhum outro verbo pré-existente. 2. Verbo derivado é aquele que foi formado a partir de outro verbo pré-existente. PARADIGMAS ESPECIAIS PARA A CONJUGA- ÇÃO VERBAL Conjugação de verbos derivados Regra: A conjugação do verbo derivado segue a conju- gação do seu verbo primitivo . Ex.: TER deter, reter, entreter, ater-se etc. PÔR compor, interpor, supor, apor etc. Conjugação dos verbos terminados nos hiatos - air sair, cair, abstrair -oer roer, moer, doer -uir possuir, constituir, restituir Regra: A 3ª pessoa do singular do presente do indicati- vo apresenta a desinência “i” e jamais “e” . www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO 2016 Língua Portuguesa – Aula 08 Rodrigo Bezerra 1 Conjugação dos verbos terminados no hiato “-ear” frear, pentear, veranear, passear, home- nagear, arrear, saborear, menear. Regra: Intercalam, por motivos fonéticos, um “i” intervo- cálico em sua desinência nas formas rizotônicas. Conjugação dos verbos terminados no hiato “-iar” variar, estagiar, abreviar, adiar, conciliar, copiar, desviar, guiar Regra: Seguem o paradigma de conjugação dos verbos da 3ª conjugação, isto é, conjugam-se normal- mente à exceção de M-A-R-I-O. Conjugação de verbos terminados nos hiatos “- oar” e “-uar” abençoar, voar, leiloar, continuar, suar, atenuar Regra: Apresentam a letra “E” em todas as formas do presente do subjuntivo Verbo ABENÇOAR (presente do subjuntivo) Que... EU ABENÇOE TU ABENÇOES ELE ABENÇOE NÓS ABENÇOEMOS VÓS ABENÇOEIS ELES ABENÇOEM Conjugação dos verbos “ver” e “vir” no futuro do subjuntivo VIR ≠ VER EU VIER EU VIR TU VIERES TU VIRES ELE VIER ELE VIR NÓS VIERMOS NÓS VIRMOS VÓS VIERDES VÓS VIRDES ELES VIEREM ELES VIREM Conjugação de verbos defectivos: 1º GRUPO Verbos que não possuem a 1ª pes- soa do singular do presente do indicativo. abolir, colorir, delinquir, demolir, exaurir (esgotar, acabar), extorquir, soer (costumar, acontecer com frequência), urgir (ser urgente), tinir (soar)”. Conjugação de verbos defectivos: 2º GRUPO Verbos que, no presente do indica- tivo, só possuem as pessoas “nós” e “vós”. reaver, precaver, aguerrir, adequar, empedernir (pe- trificar), remir (resgatar), fornir (abastecer, prover), fa- lir, embair (iludir, seduzir), adir (acrescentar, adicio- nar), renhir (disputar, pleitear) 01. Estão inteiramente corretas a forma e a flexão dos verbos na frase: A) A boa ficção não institue fantasias gratuitas; ela aprende o real por meio da mais fecunda imaginação. B) Embora muitos diverjam, não há por que não ad- mitir que um romance policial reuna vários atributos estéticos. C) Embora não sejam propriamente ficções, os bons documentários propisciam a abertura de novos hori- zontes do real. D) Se achamos que a vida dos afegãos não tem nada haver com a nossa, o autor lembra que a história de Amir conflue para a de muita gente. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO 2016 Língua Portuguesa – Aula 08 Rodrigo Bezerra 2 E) Muitos autores entremeiam realidade e imagina- ção em suas narrativas para proverem a ficção dos mais estimulantes atrativos. 02. Estão adequados o emprego e a flexão de to- das formas verbais na frase: A) Se as pesquisas bem realizadas sempre intervis- sem no comportamento das pessoas, o estudo ao qual se aplicou Johnson teria algum efeito sobre o público. B) Imergem da pesquisa de Johnson alguns dados reveladores quanto à ação da TV sobre nós, mas é possível que outros fatores hajam de modo determi- nante sobre o nosso comportamento. C) Quem revir as várias pesquisas sobre a relação entre TV e comportamento haverá de se deparar com resultados que talvez constituam motivo para algum alarme. D) Jamais conviu às emissoras de TV divulgar essas pesquisas, que quase sempre as encriminam como responsáveis pela multiplicação da violência social. E) Se as violências que provêem do hábito de assistir à TV se saneiassem por conta de alguma regulamen- tação governamental, seria o caso de pedir providên- cias às autoridades. 03. (FCC) A forma verbal que, além de correta- mente flexionada, indica fato passado anterior a outro, também passado, está grifada na frase: A) Para que se precavissem os efeitos prejudiciais ao meio ambiente, interromperam-se as queimadas na região. B) Após a derrubada da mata, sobreviram alterações significativas no clima de toda a área, antes coberta por ela. C) O especialista ativera-se à análise dos dados ob- tidos, para defender o programa de responsabilidade ambiental. D) Proporam-se medidas de combate à degradação da floresta, porém os resultados danosos já haviam se instalado em toda a área. E) Se não fosse imediatamente interrompido o corte das árvores, a região transformar-se-ia numa ex- tensa área desertificada. 04.(FCC) Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase: A) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem seus instintos, as relações sociais seriam mais harmoniosas. B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios coletivos quando não prescrita uma punição para quem viesse a menosprezá-los. C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que estes são justos, só os infligirá quem se valer de má fé. D) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratifi- car a sanção aplicada para que a punição injusta não constitue um argumento a favor da impunidade. E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe e nos dispormos a exercê-lo de fato, nenhum caso de impunidade será tolerado. 05.(FCC) Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase: A) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem seus instintos, as relações sociais seriam mais harmoniosas. B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios coletivos quando não prescrita uma punição para quem viesse a menosprezá-los. C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que estes são justos, só os infligirá quem se valer de má fé. D) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratifi- car a sanção aplicada para que a punição injusta não constitue um argumento a favor da impunidade. E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe e nos dispormos a exercê-lo de fato, nenhum caso de impunidade será tolerado. 06.(FCC) Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase: A) Não é verdade que os portugueses do século XV engulissem as vogais ou chiassem nas consoantes. B) Sempre serão bem-vindos os imigrantes que che- garem ao Brasil, em qualquer época, e trazerem para nós as marcas de sua língua e de sua cultura. C) Caso a incorporação de termos estrangeiros não convisse aos falantes de um idioma, estes não have- riam de os aproveitar. D) Se alguém rever os textos do português arcaico, se espantará com a profusãode termos que ainda frequentam a fala brasileira em muitas regiões do país. E) Foram-se somando ao português do Brasil, ao longo dos séculos, os traços que advieram das lín- guas dos que para cá emigraram. Advérbio(definição): É a classe de palavras invariáveis que, mo- dificando um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, transmitem-lhes alguma circunstância. * "Os meus doentes, senhora condessa, respondeu Carlos, não são bastante numerosos para formar uma quadrilha." www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO 2016 Língua Portuguesa – Aula 08 Rodrigo Bezerra 3 * "Ao despedir-se da pupila, Lemos apertou-lhe a mão: - Desejo-lhe que seja muito e muito feliz." Advérbio: Observação importante: A maioria dos advérbios terminados em "-mente" de- riva de adjetivos. Quando o adjetivo apresenta for- mas diferentes para os dois gêneros, o sufixo adver- bial "-mente" será acrescido à forma feminina do ad- jetivo. Advérbios terminados em “-mente”: * feliz felizmente * vaidoso vaidosamente * triste tristemente * ameaçador ameaçadoramente * fácil facilmente Advérbios terminados em “-mente”: * feliz felizmente * vaidoso vaidosamente * triste tristemente * ameaçador ameaçadoramente * fácil facilmente Advérbio: Observação importante: É possível transformar muitas expressões e locu- ções em advérbios – geralmente de "modo" ou de "tempo" –, formados com o sufixo adverbial "- mente". * O recurso foi interposto fora do tempo. extem- poraneamente, intempestivamente * Ele aprendia as lições pouco a pouco. gradati- vamente, paulatinamente Classificação dos advérbios Os advérbios são classificados de acordo com a circunstância que expressam. Assim, podem ser classificados em: a) de afirmação; b) de dúvida; c) de frequência; d) de intensidade (ou "de quantidade"); Classificação dos advérbios e) de tempo; f) de modo; g) de negação; h) de lugar. Locuções adverbiais Frequentemente os advérbios aparecem em portu- guês sob a forma locucional – são as denominadas "locuções adverbiais". Tais locuções são um conjunto de palavras, geralmente de núcleo substantivo e ge- ralmente encabeçadas por uma preposição, com va- lor circunstancial. Locuções adverbiais Exemplos: à força, a giros, às cegas, a esmo, a farta, a granel, à porta, à revelia, a seu talante, a cavalo, ao deus dará, à toa, às pressas, a pé, a pique, ao revés, a seu tempo, ao longe, ao vivo, à noite, às tontas, às ocul- tas, às escondidas, às vezes, ao acaso, com certeza, de repente, de cabo a rabo, de improviso, de cor, de forma alguma, de propósito, de primeiro, de relance, de soslaio, de vez em quando, de sobreaviso Adjetivos adverbializados Em muitas situações, empregam-se adjeti- vos em função adverbial. Neste caso, o adjetivo, à semelhança do advérbio, permanecerá invariável. * Acudiram algumas pessoas que próximo se encon- travam. Adjetivos adverbializados * "A fisionomia de Bento Simões reanimou-se. — Fa- lai claro uma vez ao menos, retrucou Rui Soeiro.” * "Para não cair foi-lhe preciso agarrar-se forte com ambas as mãos ao braço de Álvaro, arrimando-se em seu peito.” Observação importante: Há vários vocábulos na língua portuguesa que ora aparecem como advérbios, ora como prono- mes, adjetivos e numerais. Para se determinar a classe morfologia a que pertencem tais palavras, de- vem-se levar em conta os seguintes critérios: www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO 2016 Língua Portuguesa – Aula 08 Rodrigo Bezerra 4 Exemplos: * Ela usa meias verdades. * Ele encontra-se meio adoentada. * Tomamos muito sorvete. * O sorvete estava muito gelado. * Li os livros todos da biblioteca dele. * No acidente, ele ficou todo ensanguentado. * O próximo capítulo fala sobre o amor. * Fiquei próximo do local do acidente. CONJUNÇÃO Definição É a classe de palavra invariável que liga duas ora- ções entre si, estabelecendo um vínculo de coorde- nação ou de subordinação. CONJUNÇÃO Exemplos: * Os funcionários informaram ao chefe que a má- quina não estava funcionando bem. * O governo aumentou a taxa de juros e diminuiu o acesso ao crédito consignado. CONJUNÇÃO Classificação A principal classificação das conjunções leva em conta o significado da conjunção e a possibilidade de ela estabelecer "coordenação" ou "subordinação". Por este critério, as conjunções são classificadas em: CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES Coordenativas As conjunções coordenativas são aquelas que ligam orações que apresentam a mesma função na frase. De acordo com a relação que expressam, as conjunções coordenativas são classificadas em: 1. ADITIVAS Chamadas também de "copulativas" ou "aproximativas", as conjunções aditivas ligam duas orações, aproximando-as numa relação de soma, de adição. E, NEM, TAMBÉM, BEM ASSIM, BEM COMO, NÃO SÓ... MAS (TAMBÉM), NÃO SÓ... BEM COMO, QUE (=E). 2. ADVERSATIVAS São as conjunções que unem pensamentos ou ideias contrárias, opostas. A principal conjunção adversativa na língua portu- guesa é o "MAS". Apresentam também força adver- sativa os seguintes conectores: PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, NO ENTANTO, SENÃO, QUE (=MAS), AINDA AS- SIM 3. ALTERNATIVAS OU DISJUNTIVAS São con- junções que ligam ideias e pensamentos que se al- ternam ou que se excluem. OU, OU... OU, SEJA... SEJA, QUER...QUER, NEM... NEM, ORA... ORA, SEJA... SEJA. 4. CONCLUSIVAS OU ILATIVAS São as conjun- ções que introduzem orações, em um período coor- denado, as quais expressam uma conclusão, uma ilação em relação à primeira oração. LOGO, PORTANTO, POR ISSO, POIS (posposto ao verbo), ENTÃO, ASSIM, POR CONSEQUÊNCIA, CONSEQUENTEMENTE, CONSEGUINTEMENTE. 5. EXPLICATIVAS São conjunções que explanam na segunda oração o sentido da primeira oração ou uma explicação para a primeira. QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo), POR- QUANTO. COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 09 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES Subordinativas As conjunções subordinativas (também chama- das de "circunstanciais") ligam orações que exer- cem uma função sintática em relação a uma outra oração denominada de "principal ou subordinante". São dez as conjunções subordinativas: 1. CAUSAIS São conjunções que subordinam ideias em que se exprime a causa, o motivo, a ra- zão de ser da ideia principal. QUE, PORQUE, PORQUANTO, COMO (no início da oração = JÁ QUE), SE ( = JÁ QUE), DESDE QUE, POIS QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, UMA VEZ QUE, COMO QUER QUE, DE MODO QUE 2. CONCESSIVAS São conjunções que subordi- nam ideias em que se exprime uma ação contrária, oposta à ideia principal. QUE, EMBORA, CONQUANTO, AINDA QUE, POSTO QUE, BEM QUE, SE BEM QUE, QUANDO MESMO, POR MAIS QUE, POR MENOS QUE, POR POUCO QUE, MESMO QUE, EM QUE PESE, APESAR DE QUE. 3. CONFORMATIVAS São conjunções que su- bordinam ideias em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da ideia principal. COMO, CONFORME, CONSOANTE, SEGUNDO. 4. CONSECUTIVAS São conjunções que subor- dinam ideias em que se exprime o efeito, a conse- quência, o resultado do pensamento expresso na ideia principal. QUE (precedido de "TÃO, TAL, TANTO, TAMA- NHO), SEM QUE, DE MODO QUE, DE SORTE QUE, DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE. 5. CONDICIONAIS São conjunções que subordi- nam ideias que exprimem a condição, a hipótese, a probabilidade para a ideia principal do período. SE, CASO, CONTANTO QUE, SEM QUE, A NÃO SER QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A MENOS QUE. 6. COMPARATIVAS São conjunções que esta- belecem uma relação de comparação, de analogia com a ideia principal do período. COMO, ASSIM COMO, TAL E QUAL, TAL QUAL, MAIS QUE OU DO QUE, MENOS QUE OU DO QUE, TANTO QUANTO, FEITO (= COMO). 7. FINAIS São conjunções que estabelecem uma relação de fim (finalidade) com a ideia principal do período. QUE (= PARA QUE),PORQUE (= PARA QUE), PARA QUE, A FIM DE QUE. 8. PROPORCIONAIS São as conjunções que estabelecem uma relação de proporcionalidade em relação ao fato contido na oração subordinante. À MEDIDA QUE, À PROPORÇÃO QUE, AO PAS- SO QUE, QUANTO MAIS ... MAIS, QUANTO MAIS... MENOS, QUANTO MENOS... MAIS, QUANTO MENOS... MENOS. 9. TEMPORAIS São conjunções que estabele- cem o momento, o tempo da realização do fato con- tido na oração subordinante (principal). ENQUANTO, DESDE QUE, LOGO QUE, ASSIM QUE, MAL (=LOGO QUE), ANTES QUE, QUAN- DO. 10. INTEGRANTES São as conjunções que in- troduzem as orações substantivas, isto é, as ora- ções que exercem para a oração principal uma das seguintes funções: sujeito, objeto direto, objeto indi- reto, complemento nominal, aposto e predicativo. QUE, SE Conjunções correlatas são aquelas que se encontram bipartidas entre uma oração e outra. Exemplos: não só… mas também… não só… mas ainda... não só… senão também... não só… senão que... não só… bem como… PREPOSIÇÃO Definição É a categoria gramatical invariável que tem por fun- ção ligar entre si duas palavras, subordinando uma à outra, para introduzir determinadas circunstâncias ou indicar posse, referência, origem, atribuição, causa, efeito etc. Portanto, a preposição é a palavra invariável de caráter essencialmente relacional. PREPOSIÇÃO Observe: * Amanhã iremos à casa de Maria. * A criança se encontra com febre. Valores das preposições: * Ele sempre fala muito sobre política. * Ele morreu de fome. * Ele veio de Caruaru. * Todos se inclinaram para a frente. * Sairemos hoje com Maria. PREPOSIÇÃO http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 09 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 Classificação das preposições No português, as preposições são classificadas em "essenciais" (palavras que só desempenham o pa- pel estritamente de preposição) e "acidentais" (pa- lavras de outra classe gramatical que eventualmen- te se usam como preposições). Classificação das preposições a) São essenciais: a de perante ante desde por após em sem até entre sob com para sobre contra trás b) São acidentais: conforme (= de acordo com) consoante (= de acordo com) segundo (= de acordo com) como (= na qualidade de) durante salvo fora, afora exceto mediante (= por meio de) Menos tirante PREPOSIÇÃO Locuções prepositivas Em muitos casos, a função prepositiva é exerci- da por um conjunto de vocábulos que é finalizado por uma preposição. Neste caso, está-se diante das chamadas "locuções prepositivas". Geralmente tais locuções apresentam como núcleo um substan- tivo ou um advérbio. Locuções prepositivas Exemplos: abaixo de acerca de acima de a fim de além de à maneira de antes de até a ao lado de ao invés de ao redor de a par de apesar de a respeito de diante de Combinações e contrações das preposições Combinações e contrações das preposições * Ele foi um daqueles que sempre lutou pela pátria. * Ele deixou todos os bens para os filhos. INTRODUÇÃO À SINTAXE Conceitos essenciais 1. Frase: é todo enunciado lingüístico capaz de estabelecer um processo de comunicação, ou seja, é todo enunciado que possui sentido completo. INTRODUÇÃO À SINTAXE Conceitos essenciais Exemplos: * Meu Deus, ajude-me! * O presidente da empresa viajará amanhã para São Paulo. Conceitos essenciais Quanto ao sentido que expressam, as frases podem ser: a) Declarativas ou expositivas (apresentam uma declaração, um juízo de valor) b) Interrogativas (apresentam uma indagação, uma pergunta, um questionamento) Conceitos essenciais Quanto ao sentido que expressam, as frases podem ser: c) Imperativas (apresentam uma ordem, um man- damento, uma exortação) INTRODUÇÃO À SINTAXE Conceitos essenciais Quanto ao sentido que expressam, as frases podem ser: d) Exclamativas (apresenta uma admiração, uma repulsa, uma surpresa) e) Optativas (apresentam um desejo, uma aspira- ção) Num período, pode uma preposição unir-se à outra palavra, passando a constituir com ela um só vocábulo. Nessa ligação, se a preposição permane- ce com todos os seus fonemas, diz-se que há "combinação"; se houver perda de fonema para algum dos componentes, diz-se que há "contra- ção". PREPOSIÇÃO INTRODUÇÃO À SINTAXE Conceitos essenciais 2. Oração: é toda estrutura lingüística centrada em um verbo ou uma locução verbal. Podemos afirmar ser toda estrutura que se biparte em sujeito e predi- cado, e, excepcionalmente, só em predicado, quan- do a declaração se encerra em si mesma sem refe- rência particular a nenhum ser. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 09 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 Conceitos essenciais 3. Período: é a frase formada por uma ou mais ora- ções. Classifica-se, portanto, em: a) Simples: formado por uma única oração, deno- minada de oração absoluta. Haverá, por isso, um único verbo ou uma única locução verbal. b) Composto: formado por mais de uma oração. INTRODUÇÃO À SINTAXE Estudo do período simples – sintaxe da oração Hierarquia dos termos I - Termos essenciais da oração: SUJEITO PREDICADO Estudo do período simples – sintaxe da oração Hierarquia dos termos II – Termos integrantes da oração: OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO COMPLEMENTO NOMINAL AGENTE DA PASSIVA Estudo do período simples – sintaxe da oração Hierarquia dos termos III – Termos acessórios da oração: ADJUNTO ADNOMINAL ADJUNTO ADVERBIAL APOSTO Um termo regido por preposição não exercerá a função de núcleo de um sujeito. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 1. O enfoque nas soluções únicas dos problemas que enfrentamos empobrece, quase sempre, a qua- lidade mesma do raciocínio. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 2. Nas palavras dos piores contraventores ............................. (existir) insolentes alusões à mo- ralidade. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 3. Aqueles de quem não .......................... (advir) qualquer reação contra os desonestos acabam es- timulando a corrupção. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO SUJEITO INTRODUÇÃO À SINTAXE Estudo dos termos essenciais Exemplos: 4. ........................ (estar) nos traços da cultura brasi- leira, que são também estratégias de sobrevivência, uma forte inspiração para um ensino que ensine. Definição: É o termo sobre o qual se faz alguma declaração. É o termo sobre o qual o enunciado verbal recai. INTRODUÇÃO À SINTAXE SUJEITO Classificação (clássica): a) Simples um só núcleo b) Composto mais de um núcleo c) Oculto, elíptico ou desinencial presente da desinência verbal d) Indeterminado e) Oração sem sujeito Características do sujeito: a) Por ser um termo regente, não se deixa reger por preposição. Logo... ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 5. São muitas as pessoas a quem ........................ (poder) convencer uma proposta ampla, honesta e revolucionária para o nosso ensino. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 6. O despertar para a dialética e para as relações contrastantes ....................... (abrir) um caminho mais consequente para a reflexão e para a prática. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 10 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos:6. O despertar para a dialética e para as relações contrastantes ....................... (abrir) um caminho mais consequente para a reflexão e para a prática. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO 7. A entrada dos anos 2000 (TEM ou TÊM) trazido a reversão das expectativas de que haveria a inauguração de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO 8. O recrudescimento do conservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo, (TEM ou TÊM) representado fonte de frustração dos ideais historicamente buscados. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Observação: Em muitas orações, o sujeito é exercido pelo pro- nome relativo QUE ou por seus relativos corres- pondentes - O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 9. Somos o único povo da História que ainda man- tém um pouco da alegria do viver. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 10. No intervalo da conferência, surgiram várias ideias as quais induziram o palestrante a mudar o rumo de seu discurso. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Acompanhe: 1ª oração = Eu vi um gatinho 2ª oração = O gatinho subia no telhado. Junção das duas orações: Eu vi um gatinho QUE / O QUAL subia no telhado. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 11. São as possibilidades de enfoques alternativos o que importa nas operações que levam a soluções múltiplas. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 12. Quase ninguém, entre os que se .......................... (valer) do controle remoto, resiste à tentação de passar velozmente por todos os ca- nais de TV. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 13. O que nos mandamentos de Moisés se impõe como um dos princípios fundamentais é a necessi- dade de reconhecimento dos nossos limites. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Exemplos: 14. Quando o que .................................... (indicar) nossos caminhos são os apelos da voz interior, a escolha profissional não é aleatória. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO LEMBRE-SE!! CUIDADO!! NÃO SE ESQUEÇA!! Como o sujeito é um termo subordinante, não se deixa reger por preposição. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 10 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 CUIDADO!! 1. Está na hora da onça beber água. 2. Os pais compraram novos livros a fim dele estudar mais. 3. O motivo dos gregos legarem-nos apenas a desconfiança só agora se esclareceu. QUESTÃO: (Cespe/Unb – TRE/BA) “O que verdadeiramente interessa no caso é que, no processo, a indignação de Ramos, ape- sar de ele ter sido considerado um homem vio- lento, pareceu compreensível aos depoentes.” 7. O segmento “apesar de ele ter sido considerado um homem violento” pode ser corretamente substi- tuído pelo seguinte: apesar dele haver sido conside- rado um homem violento. ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO CUIDADO COM O SUJEITO “CONTEXTUAL”. Exemplo: “Das propriedades mágicas do objeto não advinha mal algum, pelo contrário: só trazia benefícios aos que dele se acercassem, apenas luzes benéficas irradiava.” Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: I – Intransitivos II – Transitivos: a) diretos b) indiretos c) diretos e indiretos (britransitivos) III – De ligação (relacionais ou copulativos) Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: I – Intransitivos São todos os verbos que, sozinhos, são capazes de transmitir a noção predicativa. Em outras palavras, são verbos que dispensam uma com- plementação. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: I – Intransitivos * No último encontro, ocorreram fatos dignos de notícia. * A chuva estiou na região sul. * O imigrante se dirigiu à embaixada dos Estados Unidos. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: I – Intransitivos (CUIDADO!! CUIDADO!! CUIDA- DO!!) * Ocorreram problemas na empresa. * Jamais aconteceriam aqueles contratempos se ela estivesse aqui. * Surgiu uma nova ideia na reunião. * Ainda existem pessoas honestas no Brasil. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Transitivos São aqueles que precisam de um termo que os complemente para que o sentido se perfaça, para que a compreensão da estrutura seja possível. Divi- dem-se em: Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Transitivos Diretos São os verbos que exigem termo complementar sem a obrigatoriedade de uma preposição necessá- ria, ou seja, pedem um complemento desprovido de preposição. O complemento desses verbos denomi- na-se “objeto direto”. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Transitivos Diretos * Nunca mais ele angariou fundos para aquela ONG. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 10 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 * Muitas lojas do centro da cidade vão baratear os preços neste final de semana. *Nunca mais eles viram os quadros a óleo que compraram na Europa. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Transitivos Indiretos São os verbos que exigem termo complementar regido (introduzido) por uma preposição necessária, obrigatória. O complemento desses verbos é deno- minado de “objeto indireto”. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Transitivos Indiretos * Eles dependem agora da sorte para que o produto de que precisam chegue a tempo. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Transitivos Indiretos *Durante muito tempo aquele povo guerreou contra os costumes do Ocidente. * Não convém aos iniciantes na carreira diplomática portar-se de maneira inadequada. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Transitivos Diretos e Indiretos São verbos que exigem dois tipos de complemento: um sem a preposição e outro com o auxílio de uma preposição. São denominados também de “biobjeti- vos” ou “bitransitivos”. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Transitivos Diretos e Indiretos *Ensinaram-lhe todos os preceitos de nossos ante- passados? *O diretor atribuiu o insucesso do grupo à inércia de alguns integrantes. Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Verbos de ligação Denominados também de “verbos copulativos” ou “verbos de relação”, são aqueles que, desprovidos de significação, servem como “ponte” entre o sujeito e uma determinada qualidade, denominada de “pre- dicativo”. Geralmente funcionam como “de ligação” os verbos “ser, estar, ficar, parecer, continuar e permanecer.” Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: II – Verbos de ligação *Eles estavam extremamente atrasados para a festa. *O Governo Federal deve estar atento às necessi- dades da população. Predicação Verbal (transitividade) Observação: Lembre-se de que a predicação verbal deve ser sempre avaliada levando-se em conta o CON- TEXTO em que o verbo se encontra. Predicação Verbal (transitividade) Veja: a) Minha proposta saiu vitoriosa da reunião. b) O carro virou na esquina com a rua Augus- ta. c) O carro virou, ao capotar, uma bancade re- vistas. d) O carro virou, após a capotagem, um monte de ferros retorcidos. e) Predicação Verbal (transitividade) f) Veja: g) e) Não convêm essas atitudes. h) f) Não convêm aos estudantes essas atitu- des. i) g) Já entregamos o relatório. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 10 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 j) h) Já entregamos o relatório ao diretor. 1) (FCC – Bco Brasil) A interiorização das uni- versidades federais e a criação de novos institu- tos tecnológicos também mudam a cara do Nor- deste... (3º parágrafo) O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase: A) A outra face do "novo Nordeste" está no campo. B) ... onde as condições são bem menos favoráveis ... C) ... que mexeram com a renda ... D) ... que mais crescem na região. E) ... que movimentam milhões de reais ... Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto direto É o termo que completa a significação dos verbos transitivos diretos sem o auxílio de uma preposição necessária, obrigatória. * Ele estreou a produção sob os protestos da popu- lação. * O alimento envenenou boa parte do reino. Exemplos: a) Vamos comprar o carro. Vamos comprá-lo. b) Pegaram o bandido. Pegaram-no. c) Ele fez os projetos. Ele fê-los. /ou/ Ele os fez. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto direto (característica importante): O objeto direto é frequentemente substituído dentro da frase pelos pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as”. Quando o verbo que os precede termina em “-r, -s, -z”, Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto direto (característica importante): tais pronomes assumem as formas “lo, la, los, las.” Se o verbo terminar em ditongo nasal “-ão, -õe, - am”, por exemplo, os pronomes assumirão as for- mas eufônicas “no, na, nos, nas”. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto direto (característica importante): http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 11 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto direto É o termo que completa a significação dos verbos transitivos diretos sem o auxílio de uma preposição necessária, obrigatória. * Ele estreou a produção sob os protestos da popu- lação. * O alimento envenenou boa parte do reino. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto direto (característica importante): O objeto direto é frequentemente substituído dentro da frase pelos pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as”. Quando o verbo que os precede termina em “-r, -s, -z”, Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto direto (característica importante): tais pronomes assumem as formas “lo, la, los, las.” Se o verbo terminar em ditongo nasal “-ão, -õe, - am”, por exemplo, os pronomes assumirão as for- mas eufônicas “no, na, nos, nas”. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto direto (característica importante): Exemplos: a) Vamos comprar o carro. Vamos comprá-lo. b) Pegaram o bandido. Pegaram-no. c) Ele fez os projetos. Ele fê-los. /ou/ Ele os fez. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto indireto É o termo que completa a significação de um verbo transitivo indireto com o auxílio de uma preposição obrigatória. Com os verbos bitransitivos (transitivos diretos e indiretos), o objeto indireto representa o ser a quem (ou “para quem”) o objeto direto se des- tina. * As ações do rapaz incorreram em grave erro judiciário. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto indireto * Jamais cederemos às tentações da vida. * Eles zombaram de nós. * As ideias levantadas pertenciam aos novos direto- res. * Dedicou sua vida aos doentes e aos pobres. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto indireto (característica importante): O objeto indireto introduzido pelas preposições A e PARA é frequentemente substituído pelos prono- mes oblíquos átonos LHE e LHES. * Eu obedeço a meus pais. Eu lhes obedeço. * Entregou tudo para a professora. Entregou-lhe tudo. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto indireto (característica importante): Quando o objeto indireto não é introduzido pelas preposições A ou para, deverá ser substituído pelos pronomes tônicos “ele, ela, eles, elas” regidos pela preposição que o verbo exige. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Objeto indireto (característica importante): * Eu creio em Deus. Eu creio nEle. * Ela depende dos tios. Ela depende deles. 1) (FCC) Está correto o emprego de ambos os pronomes sublinhados na frase: A) Não basta pensar na prevenção; exercer-lhe é o dever que nos compete. B) Se a violência é indiscriminada, devemos repu- diá-la, submetendo-a à execração pública. C) Quem aceita a barbárie, legitima-lhe; quem lhe rejeita, pede a punição do responsável. D) Diante das autoridades, devemos cobrá-las as providências para, nos casos de iminente violência, prevenir-lhes. E) Se te prevines, não precisarás preocupar-se com as situações sem remédio. 2) (FCC – TJ/PE – Analista Judiciário) Jeffrey Johnson realizou uma pesquisa, e o autor do http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 11 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 texto, ao comentar essa pesquisa, acrescentou a essa pesquisa elementos de sua convicção pes- soal, que tornam essa pesquisa ainda mais ins- tigante aos olhos do público. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, segundo a ordem em que se apresentam, por A) comentá-la - acrescentou-lhe - a tornam B) a comentar - lhe acrescentou - lhe tornam C) comentar-lhe - acrescentou-lhe - tornam-a D) comentá-la - acrescentou-a - tornam-na E) a comentar - acrescentou-lhe - tornam-lhe 3) (FCC – TRT 23ª região – Analista Judiciário) Se há iniciativa e astúcia na ação do homem injusto, não há iniciativa e astúcia no bom cida- dão que, apesar de indignado, não confere à iniciativa e à astúcia o mesmo valor que o mau reconhece na iniciativa e na astúcia. A) há elas - não as confere - reconhece nelas. B) as há - não lhes confere - nelas reconhece. C) as há - não confere-lhes - as reconhece. D) há as mesmas - não lhes confere - reconhece- lhes. E) há estas - não as confere - nelas reconhece. 4) (FCC) Encontraram um fóssil no Vale do Je- quitinhonha. Antes de removerem o fóssil para o centro de arqueologia, submeteram o mesmo ao tratamento indispensável a toda descoberta im- portante, fotografaram o fóssil e pediram segu- rança para poupar o fóssil da ação dos curiosos. A) o removerem - submeteram-lhe - o fotografaram - poupar-lhe B) o removerem - submeteram-no - fotografaram-no - poupá-lo C) removerem-no - o submeteram - o fotografaram - poupar-lhe D) removerem este - submeteram-lhe - lhe fotogra- faram - o poupar E) lhe removerem - submeteram-no - fotografaram- no - lhe poupar Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Complemento nominal É o termo integrante da oração que completa a sig- nificação de alguns nomes, sempre com o auxílio de uma preposição. Há três classes morfológicas que podem exigir complemento nominal: o substantivo, o adjetivo e o advérbio. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Complemento nominal Exemplos: *O amor a Deus deve ser incondicional. *O fumo é prejudicial à saúde. * O interpretador literal sempre procura ser fiel à letra da lei. Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais) Agente da passiva É o termo que na voz passiva analítica pratica a ação verbal, sempreintroduzido por uma preposi- ção. * Ele foi homenageado pelos pais. Classificação do predicado de uma oração Tipos de predicado: Predicado verbal * Alguns deixaram a sala mais cedo em virtude do calor. *Os dois filhos de Maria comeram bastante no al- moço. Classificação do predicado de uma oração Tipos de predicado: Predicado nominal É aquele em que aparece um “verbo de ligação” mais um “predicativo do sujeito”. O núcleo deste tipo de predicado está centrado num nome, o predicativo do sujeito. Classificação do predicado de uma oração Tipos de predicado: Predicado nominal *Todos ficaram imóveis diante daquela cena. *Jogadas aos pés dele estavam todas as cartas recebidas nos últimos seis meses. Classificação do predicado de uma oração Tipos de predicado: http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 11 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 Predicado verbo-nominal É aquele que possui dois núcleos – um verbo signi- ficativo (intransitivo ou transitivo) e um nome (predi- cativo do sujeito ou do objeto). Classificação do predicado de uma oração Tipos de predicado: Predicado verbo-nominal *Os representantes da ONU, exaustos, deixaram o salão principal. *A grande prosperidade fez o nosso melhor amigo orgulhoso. Classificação do predicado de uma oração Tipos de predicado: Predicado verbo-nominal *Os representantes da ONU, exaustos, deixaram o salão principal. *A grande prosperidade fez o nosso melhor amigo orgulhoso. Observações fundamentais: 1. Só se convertem para a voz passiva os verbos transitivos diretos e os verbos transitivos diretos e indiretos. Logo... 2. Os verbos intransitivos, os transitivos indiretos e os verbos de ligação são insusceptíveis de conver- são para a voz passiva. Questão 1) (FCC) NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: A) A orientação do nosso ensino deveria contemplar nossa fecundidade indisciplinada. B) Uma revolução na orientação do ensino brasileiro depende de uma combinação de múltiplas iniciati- vas. C) A leitura responsável de um texto sempre consi- derará a possibilidade de seus múltiplos sentidos. D) A maioria dos professores considera tão somente uma solução única para cada problema. E) O método dialético estimula, acima de qualquer certeza dogmática, a valorização das contradições. 02) (FCC – APOF/SP) NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: A) A retomada do desenvolvimento econômico po- derá propiciar o ingresso de muita gente no trabalho formal. B) Já identificaram as atividades informais como práticas de trabalho relacionadas à luta pela sobre- vivência. C) O trabalho informal leva o trabalhador à baixa remuneração e à privação de quaisquer garantias trabalhistas. D) O Brasil contava, no início da década de 1980, com 1/3 do total dos trabalhadores submetidos às atividades informais. E) A ocupação informal expõe o trabalhador às in- seguranças de uma ocupação inteiramente despro- tegida. Questão: 2) (FCC – TRT 9ª) A construção que NÃO admite transposição para voz passiva é: A) ...os que vivem na expectativa da felicidade ab- soluta. B) Os pensadores da antiguidade clássica deixa- ram-nos um tesouro. C) ...sigamos as coisas próximas D) E não invejemos os que estão mais alto... E) ...favorecem nossa esperança. Exemplos: 1. Muitos colegas estimam o João Conversão para a voz passiva... O João é estimado pelos colegas. Observação: O verbo auxiliar da voz passiva (SER, ESTAR) deve ser flexionado no mesmo tempo e no mesmo modo em que se encontra o verbo principal da voz ativa. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 11 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 Ex.: a) João compra o livro O livro É... b) João comprou o livro O livro FOI... c) João comprará o livro O livro SERÁ... d) Se comprasse o livro... Se o livro FOSSE... Exemplos: 2. O orvalho umedece as flores. Conversão para a voz passiva... As flores são umedecidas pelo orvalho. Observação: O verbo principal da voz ativa será posto na passiva na forma do particípio. Neste caso, o particípio se flexionará em gênero e número para concordar com o sujeito passivo. Ex.: a) João comprou dois livros. Dois livros foram COMPRADOS por João. Exemplos: 3. Ele já dominava muitos. Conversão para a voz passiva... Muitos já eram dominados por ele. Exemplos: 4. Ele me atrapalhou. Conversão para a voz passiva... Eu fui atrapalhado por ele. Exemplos: 5. O governo nos acompanha em nossas recei- tas. Conversão para a voz passiva... Nós somos acompanhados pelo governo em nossas receitas. Exemplos: 6. Acompanhá-las-ás durante a cirurgia? Conversão para a voz passiva... Elas serão acompanhadas por ti durante a cirurgia? Exemplos: 7. Eles devem comprar um novo carro ao final do ano. Conversão para a voz passiva... Um novo carro deve ser comprado por eles ao final do ano. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 12 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 Exemplos: 7. Eles devem comprar um novo carro ao final do ano. Conversão para a voz passiva... Um novo carro deve ser comprado por eles ao final do ano. Exemplos: 8. O governo tem feito muitos investimentos em saúde pública. Conversão para a voz passiva... Muitos investimentos em saúde pública têm sido feitos pelo governo. Exemplos: 9. Ele pode ter comprado todos os produtos nos EUA. Conversão para a voz passiva... Todos os produtos podem ter sido comprados por ele nos EUA. Exemplos: 10. Muitas mulheres foram atacadas pelo homem no evento. Conversão para a voz ativa... O homem atacou muitas mulheres no evento. Exemplos: 11. Todos os detalhes devem ter sido criados por ti. Conversão para a voz ativa... Tu deves ter criado todos os detalhes. Exemplos: 12. Menino, tu foste chamado aqui por quem? Conversão para a voz ativa... Menino, quem te chamou aqui? 01) Transpondo-se para a voz ativa a frase As ações repressivas passam a ser legitimadas pelo referendo da população, a forma verbal resultante será A) passa a legitimar. B) passam a legitimar. C) legitimam-se. D) têm passado a se legitimar. E) passam a legitimar-se. 02)Transpondo-se para voz passiva o segmento Para alimentar nossa insatisfação, a forma ver- bal resultante será A) seja alimentada. B) alimentemos. C) seria alimentada. D) tenha alimentado. E) fosse alimentado. Vozes verbais 03) Transpondo-se para a voz passiva a frase O desafio essencial será fazer respeitar a nossa condição de ser humano, o segmento sublinha- do será substituído por A) fazer com que respeitemos. B) fazermo-nos respeitados. C) ter feito respeitar. D) fazer ser respeitada. E) fizermos respeitá-la. 04)(TRT/RJ) Atente para as seguintes afirma- ções: II. Transpondo-se para a voz passiva a frase Socor- reu-me a filha adolescente, a forma verbal resultan- te será tendo-me socorrido. 5) (SEGAS) É impossível que nossos homens políticos não tenham conservado um resto de idealismo ... A forma verbal resultante da transposição da frase acima para a voz passiva é: A) conservassem. B) tenha sido conservado. C) fora conservado. D) tenham sido conservados. E) conservasse. 06.(TRF 5ª REGIÃO) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a responsabilidade de proteger pela via militar, a comunidade internacional [...] observe outro preceito ... http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 12 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: A) é observado. B) seja observado.C) ser observado. D) é observada. E) for observado. SUJEITO INDETERMINADO O sujeito indeterminado aparece quando não se deseja ou não se consegue determinar, identificar o autor da ação verbal. Existem duas situações em que um sujeito pode ser ou aparecer indeterminado: SUJEITO INDETERMINADO a) Com verbos na 3ª pessoa do plural, sem fazer referências a nenhum substantivo anteriormente ou posteriormente expresso, nem ao pronome pessoal do caso reto “eles”. * Imitaram o professor de Português na última aula. *”Dizem que sou louco!” SUJEITO INDETERMINADO b) Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação acompanhados da partícula “se”. Esta partícula funcionará como o “índice de indetermina- ção do sujeito”. O mais importante é notar que, neste caso, o verbo, obrigatoriamente, permanecerá na 3ª pessoa do singular. SUJEITO INDETERMINADO Exemplos: * No Brasil, já não mais se recorre a confiscos para a obtenção de fluxo de caixa. * Na apresentação dele, desconfiava-se dos acor- dos que ele propunha. *Tratava-se de problemas de difícil resolução. Distinção importante: Exemplos básicos: * -se carros usados. VENDER * -se apartamentos. ALUGAR * -se joias. COMPRAR Exemplos básicos: * -se carro usado. VENDER * -se apartamento. ALUGAR * -se joia. COMPRAR Outros exemplos: 1. Já quase não se .................. (ver), numa viagem de ônibus, passageiros ensimesmados, olhando vagamente pela janela. 2. Assim como ninguém vive sem o préstimo da água, não se superam os infortúnios sem o apoio de um amigo verdadeiro. Exemplos: 3. Caso se coloque as leis acima do homem, este reagirá passando a seguir os ditames da natureza. 4. Não se impute aos homens que desobedecem as leis impostas o qualificativo de rebeldes, ou o de irresponsáveis. Exemplos: 6. É preciso que se ......................... (conferir) às eleições muito mais que uma importância circuns- tancial. 7. Não se .................................. (atribuir) às mani- festações eleitorais o sentido maior de um sistema democrático. Exemplos: 8. ........................... (tratar) – se de pessoas que não possuem compromisso com a área social do gover- no. 9. ..........................-se (dever) aos ruidosos funcio- nários da limpeza pública a providência que fará esquecer que ali funcionou uma feira. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 12 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 Exemplos: 10. Não se ................... (dever) assistir a filmes que atentem contra a moral e os bons costumes. Estruturas oracionais “sem sujeito” Verbos impessoais Em muitas estruturas oracionais, apenas o predica- do encontra-se presente, uma vez que não se faz referências a nenhum tipo de ser que porventura pudesse praticar ou receber a ação verbal. Para tanto, empregam-se os verbos impessoais (usados na terceira pessoa do singular). São chamadas de ORAÇÕES SEM SUJEITO. Exemplos iniciais: 1. Aconteceram problemas na festa. Mas... Houve problemas na festa. 2. Ainda que ocorram imprevistos, nós iremos ao baile. Mas... Ainda que haja imprevistos, nós iremos ao baile. 3. Realizar-se-ão eventos para se debater o cresci- mento do Brasil no mundo. Mas... Haverá eventos para se debater o crescimento do Brasil no mundo. 4. Se existissem menos atos de violência, a vida seria mais agradável. Mas... Se houvesse menos atos de violência, a vida seria mais agradável. Cuidado!! Cuidado!! Em muitas situações, o verbo HAVER é empregado em locuções verbais. Nesse caso, teremos duas situações possíveis: Emprego do verbo HAVER em locuções verbais (situações possíveis): Emprego do verbo HAVER em locuções verbais (situações possíveis): Exemplos iniciais: 1. Devem existir ratos no porão. Mas... Deve haver ratos no porão. 2. Costumam ocorrer manifestações a favor da lega- lização da maconha. Mas... Costuma haver manifestações a favor da legaliza- ção da maconha. 3. Seria fundamental que pudessem acontecer mais aulas sobre direção defensiva. Mas... Seria fundamental que pudesse haver mais aulas sobre direção defensiva. Cuidado!! Não erre mais!! * Ainda hão de existir pessoas dispostas a dar a vida pelo social. * Aqueles pesquisadores haviam de descobrir novas formas de cura para aquela doença. * Chegamos à região onde haveriam de acontecer as oblações e os louvores. Exemplos extraídos de concursos públicos: 1. “... inclusive porque tinham havido já muitos co- mentários positivos para o grupo, vindos de reno- mado especialista.” 2. “Em qualquer notícia que provenha do nosso íntimo não mais ....................... (haver) de se ocultar as verdades que fingimos desconhecer.” Exemplos extraídos de concursos públicos: 3. Nas palavras dos piores contraventores ..................... (costumar) haver insolentes alusões à moralidade. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 12 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 4. Se tivessem havido firmes reações aos descala- bros dos canalhas, estes não desfrutariam, com sua falta de escrúpulo, de um caminho já aplainado. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 13 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 Exemplos extraídos de concursos públicos: 3. Nas palavras dos piores contraventores ..................... (costumar) haver insolentes alusões à moralidade. 4. Se tivessem havido firmes reações aos descala- bros dos canalhas, estes não desfrutariam, com sua falta de escrúpulo, de um caminho já aplainado. Estruturas oracionais “sem sujeito” * Já vão dar dez horas da noite e ele nem... Estruturas oracionais “sem sujeito” Outros casos CUIDADO!! CUIDADO!! NÃO CONFUNDA!! * A aula terminou HÁ dez minutos. (verbo HAVER) * A aula vai começar daqui A dez minutos. (preposi- ção) Outros casos Com verbos que exprimem fenômenos da natu- reza como “chover, ventar, nevar, coriscar, trovejar, relampejar, chuviscar etc”: * Ventou muito ontem naquela pequena cidade do interior. * Neva nas Serras Gaúchas durante os meses de inverno. Estruturas oracionais “sem sujeito” Outros casos Com os verbos “ser, estar, fazer, haver” usados com referência a tempo: * Já faz três anos que do Norte saímos. * Havia dez anos que o Governo Federal prometera a construção de uma nova ponte. *Vai para uns dois meses que ele iniciou o trata- mento e, até agora, nenhum resultado adveio. Estruturas oracionais “sem sujeito” Outros casos Com os verbos “ser, estar, fazer, haver” usados com referência a tempo: * São três horas da tarde. * Devem ser onze horas da noite. Estruturas oracionais “sem sujeito” Outros casos Cuidado!! Cuidado!! Cuidado!! Não é toda relação de tempo que forma oração sem sujeito. Em muitos casos, o tempo funciona como sujeito verbal. Estruturas oracionais “sem sujeito” Outros casos Exemplos: * Já passaram dez minutos, e ela não deu notícias. * Ainda faltam quinze minutos para o jogo ter início. Estruturas oracionais “sem sujeito” Outros casos CUIDADO!! CUIDADO!! EVITE O PLEONASMO!! * Eles chegaram HÁ duas horas atrás. Termos acessórios de uma oração (Noções essenciais) Adjunto adnominal É o termo acessório da oração que tem por finalidade a caracterização ou a determinação de um substantivo. • Aqueles dois jornais publicaram as notícias trágicas. * Os rapazes encontraram uma mulher perdida. • Aqueles dois jornais publicaram as notícias trágicas. * Os rapazes encontraram uma mulher perdida. Termos acessórios de uma oração(Noções es- senciais) Adjunto adverbial É o termo acessório da oração que, com ou sem preposição, refere-se a um verbo, a um adjeti- vo ou a um advérbio atribuindo-lhes alguma circuns- tância. Em sintaxe, o adjunto adverbial é exercido pelos advérbios e pelas locuções adverbiais. Termos acessórios de uma oração (Noções essenciais) Adjunto adverbial * Hoje o Presidente da República irá ao Congresso na parte da tarde para a obtenção de apoio. * Muitos hoje em dia morrem de fome por causa da insensibilidade de alguns. Adjunto adverbial (Classificação): http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 13 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 a) de lugar No país do carnaval, só samba quem tem dinheiro. b) de tempo Muitos direitos foram suspensos no tempo da ditadura brasileira. c) de concessão Apesar das circunstâncias, muitos obtiveram o diploma de bacharel. d) de assunto Eles só falavam sobre a derrota do time. e) de causa Durante a tempestade, muitas árvo- res caíram com o vento. f) de afirmação Certamente o presidente da empresa viajará para a Europa. g) de intensidade Falou muito, por isso ficou bastante rouco. h) de dúvida Talvez o time ganhe na próxima partida. i) de modo Deixou às escondidas o local e sorra- teiramente entrou no carro. j) de negação De modo algum nós aceitaremos as novas cláusulas. l) de matéria Construiu a porta de ferro. m) de meio Eles sempre vão de carro à casa dos parentes mais afastados. n) de finalidade Estudam bastante para a obten- ção do certificado. o) de condição Não conseguirás viajar sem o passaporte. p) de companhia O Presidente viajará para a Europa com todos os seus ministros. q) de conformidade Eles sempre dançam con- forme a música. Termos acessórios de uma oração (Noções essenciais) Adjunto adverbial Observação: Lembre-se de que a maioria das locuções adverbi- ais são introduzidas por preposição. A preposição é solicitada pela própria locução adverbial. Termos acessórios de uma oração (Noções essenciais) Adjunto adverbial * Deixou o emprego por moléstia grave. * Apesar das circunstâncias, muitos obtiveram o diploma de bacharel. Termos acessórios de uma oração (Noções essenciais) Aposto É o termo acessório cuja função é a de es- clarecer, explicar, identificar, especificar, resumir um outro termo. O termo a que o aposto se refere sem- pre será um substantivo ou termo substantivado, uma vez que a função do aposto é típica do subs- tantivo. Termos acessórios de uma oração (Noções essenciais) Aposto * O Amazonas, maior rio navegável do mundo, está poluído em algumas áreas. * Analista de artes e professor de computação, João Antônio aprecia também bons pratos à japo- nesa. Tipos de aposto: A) Aposto explicativo: é o mais comum. Como o próprio nome já enuncia, explica, esclarece o termo a que se refere. Vem sempre isolado por vírgula(s). * Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, consa- grou-se como um dos maiores jogadores de todos os tempos. • Em Pernambuco, um dos grandes produtores de açúcar do Brasil, a violência cresce diariamen- te. B) Aposto resumitivo ou recapitulativo: é aquele que “resume” uma seqüência de termos. Geralmen- te este tipo de aposto resume substantivos que exercem a função de sujeito. O aposto resumitivo é frequentemente exercido por um pronome indefini- do. * O mar, os céus, a terra, tudo apregoa a glória de Deus. * Dançar, nadar, brincar, nada lhe interessava. C) Aposto especificativo: é aquele que se refere a um substantivo de sentido geral particularizando-o, especificando-o, indicando-lhe a espécie à qual pertence. Este tipo de aposto dispensa a pontuação. * O iluminista Thomas Hobbes, autor de “Leviatã”, morreu em 1679. * A cidade de Palmares fica a cerca de 120Km da cidade de Recife. D) Aposto enumerativo: este tipo cria uma enume- ração ou indica uma quantidade do termo a que se refere. Este tipo de aposto faz uso freqüente dos dois pontos e, mais raramente, da vírgula e do tra- vessão. * Para um homem evoluir são necessárias três coi- sas: uma grande mulher, uma boa família e a presença de Deus. * Em sua viagem, Mário conheceu dois grandes expoentes da Literatura mundial: José Saramago e Antônio Cândido. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 13 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 O VOCATIVO É o termo da oração (não entra em nenhu- ma classificação uma vez que nem pertence ao sujeito nem ao predicado) cujo objetivo é interpelar, chamar, invocar alguém de forma mais ou menos enfática. * Maria, ó Maria, vem logo, não demores. *Afasta-te daqui, criatura nojenta! Sintaxe de período – noções essenciais: PERÍODO COORDENADO 1. Coordenadas aditivas são aquelas que ex- primem adição, soma de pensamentos, acréscimo de idéias, simultaneidade de ações. As principais conjunções aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda, senão também, bem co- mo, como também, que (=e). *Muitos deixaram o local consternados e foram para a delegacia. 1. Período simples Uma só oração Oração absoluta 2. Período composto Mais de uma oração Processos sintáticos para a formação do período composto 1. COORDENAÇÃO 2. SUBORDINAÇÃO 3. CORRELAÇÃO 4. PERÍODO MISTO OU COMPLEXO PERÍODO COORDENADO O período coordenado é aquele em que aparecem orações sintaticamente independentes umas das outras. Saliente-se que a independência é sintática, pois no período coordenado sempre existi- rá uma dependência semântica (=de sentido), de forma que a retirada de uma oração prejudica o sentido do enunciado. Por isso, diz-se que no perío- do coordenado há vínculo semântico, mas não há vínculo sintático. Como não existe o vínculo sintático, as ora- ções no período coordenado classificam-se pela presença ou não das conjunções coordenadas. Daí elas serem: a) Assindéticas quando não possuem conjun- ção, conectivo; apresentam-se justapostas. PERÍODO COORDENADO *Todos saíram mais cedo, foram para um barzinho próximo à faculdade. * "Raspou, achou, ganhou." PERÍODO COORDENADO b) Sindéticas quando se ligam às outras pelas conjunções coordenativas. As conjunções coorde- nadas são de cinco tipos e podem expressar as relações de “adição, alternância ou disjunção, opo- sição adversativa, conclusão e explicação”. Classificação das orações coordenadas sindéti- cas: PERÍODO COORDENADO 2. Coordenadas adversativas são aquelas que promovem oposição, ressalva, contraste. A idéia contida na oração adversativa se contrapõe à da oração assindética. As principais conjunções adversativas são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, ao passo que, não obstante, senão (=do contrário, mas sim, porém), antes (=mas, pelo contrário). * Aprecia frutos do mar, mas não gosta de lagosta. PERÍODO COORDENADO 2. Coordenadas adversativas são aquelas que promovem oposição, ressalva, contraste. A idéia contida na oração adversativa se contrapõe à da oração assindética. * Ele gosta muito da praia, entretanto não aprecia muito os vendedores ambulantes. * Não foi ao shopping, antes preferiu o velho futebol do sábado à tarde. 3. Coordenadas alternativas são aquelas que expressam uma alternância, uma disjunção. As principais conjunções alternativas são: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja, já... já, talvez... talvez. * Ora o rapaz levantava um braço, ora coçava a cabeça, ora se espremia na cadeira. * Quer ele falasse, quer ele ficasse calado, todos o recriminavam. 4. Coordenadas conclusivas são aquelas que exprimem uma conclusão, uma dedução lógica da idéia contida na oração precedente. As principais conjunções conclusivas são: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, por isso, por conseguinte. * Ele estudabastante, logo será aprovado em bre- ve. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 13 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 * A testemunha foi intimada, por conseguinte deve- ria comparecer. 5. Coordenadas explicativas são aquelas que justificam a informação da oração precedente; for- necem, portanto, uma explicação, um motivo. As principais conjunções explicativas são: que, porque, pois (anteposto ao verbo), porquanto. * Saia da sala agora, porque não aceito desaforos. * Não desanime, pois o ânimo é a alma do negócio. PERÍODO SUBORDINADO É aquele em que uma oração exercerá uma função sintática para a outra. Existirá, portanto, uma de- pendência semântica e sintática. FUNÇÕES SINTÁTICAS: a) Sujeito b) Objeto direto c) Objeto indireto d) Complemento nominal e) Aposto f) Predicativo g) Agente da passiva h) Adjunto adnominal i) Adjunto adverbial Observação: As funções sintáticas podem aparecer em forma simples (termo de uma oração) ou em forma de oração (oração subordinada). Vejamos alguns exemplos: * Não convém o retorno dele amanhã. Em forma de oração, teremos... Não convém que ele retorne amanhã. Vejamos alguns exemplos: * Todos eram favoráveis ao retorno dele amanhã. Em forma de oração, teremos... Todos eram favoráveis a que ele retornasse ama- nhã. Vejamos alguns exemplos: * Ele viajará pela manhã. Em forma de oração, teremos... Ele viajará quando amanhecer. Vejamos alguns exemplos: * O mais importante era o retorno dele amanhã. Em forma de oração, teremos... O mais importante era que ele retornasse ama- nhã. Vejamos alguns exemplos: * Não convém o retorno dele amanhã. Em forma de oração, teremos... Não convém que ele retorne amanhã. Vejamos alguns exemplos: * Todos precisam do retorno dele amanhã. Em forma de oração, teremos... Todos precisam de que ele retorne amanhã. CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES NO PERÍODO SUBORDINADO a) oração principal é aquela que rege a oração subordinada. b) oração subordinada é a oração que exercerá uma função sintática (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, predicativo, agente da passiva, adjunto adnominal ou adjunto adverbial) para uma outra oração a qual lhe servirá como oração principal. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS São denominadas de substantivas as ora- ções que exercem funções típicas do substantivo, quais sejam: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, predicativo e agente da passiva. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Observação importante: As orações subordinadas substantivas são geral- mente introduzidas pelas conjunções integrantes “QUE” ou “SE”. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS a) SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS São aquelas que exercem a função sintática de sujeito para a oração principal. Neste caso, o verbo da oração principal deverá estar na 3ª pessoa do singular, uma vez que todas as orações subordi- nadas substantivas subjetivas não passam de sujei- tos oracionais. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS a) SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS * Cumpre que todos façam a sua parte. *Anunciou-se que o novo pacote do governo entrará em vigor amanhã. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 13 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 5 ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS b) SUBSTANTIVAS OBJETIVAS DIRETAS São aquelas orações que exercem a função de objeto direto para um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto que se encontra na oração principal. * O governo anunciou que as novas medidas só entrarão em vigor no mês de março. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 14 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS c) Comparativas d) Concessivas * Nada obsta a que você estude mais esta noite. e) Conformativas * Avisei-o de que a nova diretoria assumirá na pró- f) Condicionais xima semana. g) Temporais h) Proporcionais ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS i) Finais ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS São denominadas de substantivas as orações que exercem funções típicas do substantivo, quais sejam: sujeito, objeto direto, objeto indireto, com- plemento nominal, aposto, predicativo e agente da passiva. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Observação importante: As orações subordinadas substantivas são geral- mente introduzidas pelas conjunções integrantes “QUE” ou “SE”. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS a) SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS São aquelas que exercem a função sintática de sujeito para a oração principal. Neste caso, o verbo da oração principal deverá estar na 3ª pessoa do singular, uma vez que todas as orações subordina- das substantivas subjetivas não passam de sujeitos oracionais. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS a) SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS * Cumpre que todos façam a sua parte. *Anunciou-se que o novo pacote do governo entrará em vigor amanhã. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS b) SUBSTANTIVAS OBJETIVAS DIRETAS São aquelas orações que exercem a função de objeto direto para um verbo transitivo direto ou tran- sitivo direto e indireto que se encontra na oração principal. * O governo anunciou que as novas medidas só entrarão em vigor no mês de março. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS c) SUBSTANTIVAS OBJETIVAS INDIRETAS São as orações que exercerão a função sintática de objeto indireto para um verbo transitivo indireto ou transitivo direto e indireto que se encontra na oração principal. As orações objetivas indiretas são sempre introduzidas por uma preposição. d) SUBSTANTIVAS COMPLETIVAS NOMINAIS São aquelas que exercem a função de comple- mento nominal para um nome que se encontra na oração principal. * Ele tem sempre a impressão de que vozes do outro mundo o chamam. * Os sem-terras desrespeitaram a recomendação de que não invadissem aquela parte da fazenda. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS e) SUBSTANTIVAS PREDICATIVAS São as orações que exercem a função de predi- cativo para a oração principal. Convém notar que na oração principal sempre aparecerá um verbo de ligação — geralmente o verbo “SER” — quando a oração subordinada for classificada como predicati- va. * O fundamental é que ele não desfaleça em sua fé. * Minha maior esperança era que o dinheiro fosse imediatamente liberado. f) SUBSTANTIVAS APOSITIVAS Exercem a função de aposto para um substanti- vo ou termo substantivado presente na oração prin- cipal. Geralmente a oração apositiva aparece depois de dois pontos ou, mais raramente, de vírgula. * O pai, preocupado, disse-lhe isto: estude bastante para suas provas, meu filho. * Diga-me agora uma coisa, este livro é para con- cursos públicos? ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As orações subordinadas adverbiais são aquelas que estabelecem circunstâncias várias para um fato contido na oração principal. Elas exercem, portanto, o papel de adjuntos adverbiais oracionais. * Se ela chegar, iremos ao shopping. * Já que estava doente, resolver não ir ao shopping. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Diagramação: FATO + CIRCUNSTÂNCIA ORAÇÕES ADVERBIAIS a) Causais b) Consecutivas http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 14 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 1. ADVERBIAIS CAUSAIS São aquelas que estabelecem a causa, o motivo para o fato (efeito) contido na oração principal. As principais conjunções subordinadas causais são: que, porque, já que, uma vez que, visto que, visto como, pois, como (= já que, visto que), porquanto. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 1. ADVERBIAIS CAUSAIS São aquelas que estabelecem a causa, o motivo para o fato (efeito) contido na oração principal. * Como o dinheiro não foi liberadoa tempo, usei o cheque especial. * Ele foi duramente punido porquanto a falta foi comprovada pelos peritos. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 2. ADVERBIAIS CONSECUTIVAS Estas orações indicam a consequência, o efeito de um fato (causa) contido na oração principal. As principais conjunções adverbiais consecutivas são: que (precedido dos termos intensificadores “tão, tal, tanto, tamanho”), que (= sem que), sem que, de modo que, de forma que, de sorte que, de maneira que. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 2. ADVERBIAIS CONSECUTIVAS Estas orações indicam a consequência, o efeito de um fato (causa) contido na oração principal. * Falou tanto que ficou rouco. * Não vai a um baile de formatura sem que não dance a noite toda. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 3. ADVERBIAIS CONCESSIVAS São as orações que indicam uma oposição, um óbice, um empeci- lho, um “algo” que poderia impedir a realização do fato contido na oração principal. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As principais conjunções subordinadas concessivas são: embora, apesar de que, mesmo que, ainda que, que, sem que (=embora não), conquanto, ainda quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 3. ADVERBIAIS CONCESSIVAS São as orações que indicam uma oposição, um óbice, um empeci- lho, um “algo” que poderia impedir a realização do fato contido na oração principal. * Fez todo o exercício sem que ninguém o ajudasse. * O conhecimento, que fosse muito, não atenuava, naquele momento, a angústia do rapaz. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 4. ADVERBIAIS CONDICIONAIS São orações que estabelecem uma condição para a realização do fato expresso na oração principal. As principais conjunções condicionais são: se, caso, a não ser que, desde que, contanto que, salvo se, sem que (= se não), a menos que. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 4. ADVERBIAIS CONDICIONAIS São orações que estabelecem uma condição para a realização do fato expresso na oração principal. * A não ser que a taxa de juros caia consideravel- mente, não adquiriremos mais produtos importados. * Caso o Governador não se manifeste sobre o ca- so, levaremos o problemas às raias judiciais. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 5. ADVERBIAIS CONFORMATIVAS São ora- ções que expressam uma conformação (correspon- dência, concordância, analogia ou identidade de forma, modo, tipo ou caráter) com um fato expresso na oração principal. As principais conjunções conformativas são: como, segundo, conforme, consoante. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 5. ADVERBIAIS CONFORMATIVAS São ora- ções que expressam uma conformação (correspon- dência, concordância, analogia ou identidade de forma, modo, tipo ou caráter) com um fato expresso na oração principal. * Elaboramos todo o projeto como nos orientava o manual. * A vida tem sempre seus perigos, segundo já nos dizia Guimarães Rosa. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 6. ADVERBIAIS COMPARATIVAS São orações subordinadas que estabelecem um processo de comparação entre dois elementos — um elemento estará na oração principal e o outro, na oração su- bordinada. A comparação poderá ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 14 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 As principais conjunções comparativas são: como, assim como, tal e qual, tal qual, mais que ou do que, menos que ou do que, tanto quanto, feito (= como). ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 6. ADVERBIAIS COMPARATIVAS * Não sei por que saiu correndo desesperadamente, feito um louco. * Ele deixou a sala sorrateiramente, como uma ser- pente que se esgueira no meio dos arbustos. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 7. ADVERBIAIS FINAIS São orações que indi- cam a finalidade, o objetivo, o alvo do fato contido na oração principal. As principais conjunções finais são: que, para que, a fim de que, porque (= para que, a fim de que). * A fim de que ela passasse mais rápido em um concurso, comprei inúmeros livros e apostilas. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 8. ADVERBIAIS TEMPORAIS São as orações subordinadas que expressam o tempo, o momento do fato contido na oração principal. As principais conjunções finais são: enquanto, quando, assim que, logo que, mal (=logo que, assim que), desde que, antes que, agora que, depois que, sem que (=antes que). ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 8. ADVERBIAIS TEMPORAIS * Todos o aplaudiram mal terminou sua palestra. * Desde que chegou, não parou de falar. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 9. ADVERBIAIS PROPORCIONAIS São orações que indicam uma concomitância, uma simultaneida- de, uma proporção com o fato expresso na oração principal. As principais conjunções proporcionais são: à medi- da que, à proporção que, ao passo que, quanto mais ... mais, quanto mais... menos, quanto me- nos... mais, quanto menos... menos. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 9. ADVERBIAIS PROPORCIONAIS * Quanto mais ela estuda mais dúvidas surgem. * À medida que o progresso avança, o meio- ambiente sofre com o uso excessivo de seus recur- sos. CIRCUNSTÂNCIAS ADVERBIAIS EXPRESSAS PELO INFINITIVO PREPOSICIONADO: CIRCUNSTÂNCIAS ADVERBIAIS EXPRESSAS PELO INFINITIVO PREPOSICIONADO: Exemplos: a) “A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.” b) Ao sair, feche a porta. c) Por só sair à noite, acabou adoecendo. CIRCUNSTÂNCIAS ADVERBIAIS EXPRESSAS PELO INFINITIVO PREPOSICIONADO: Exemplos: d) Para conseguir um novo emprego, resolveu fazer um curso de pós-graduação. 1.No início do parágrafo 2, o segmento que cor- responde a uma circunstância de tempo é: A) que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais. B) Segundo todos os testemunhos. C) o tesouro real asteca era magnífico. D) ao ser reunido diante dos espanhóis. E) formou três grandes pilhas de ouro. 2. Quando a bordo, e por não poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, ge- ralmente, com feijão frio, feito de véspera. Identificam-se nos segmentos grifados na frase acima,respectivamente, noções de: A) modo e consequência. B) causa e concessão. C) temporalidade e causa. D) modo e temporalidade. E) consequência e oposição. 3. A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre ou- tros. O segmento grifado na frase acima tem sentido: A) adversativo. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 14 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 B) de consequência. C) de finalidade. D) de proporção. E) concessivo. Cartão de Natal Pois que reinaugurando essa criança pensam os homens reinaugurar a sua vida e começar novo caderno, fresco como o pão do dia; pois que nestes dias a aventura parece em ponto de voo, e parece que vão enfim poder explodir suas sementes: (João Cabral de Melo Neto) 4. Pois que reinaugurando essa criança. O segmento grifado acima pode ser substituído, no contexto, por: A) Mesmo que estejam. B) Apesar de estarem. C) Ainda que estejam. D) Como estão. E) Mas estão. ORAÇÕES ADJETIVAS 1. Função sintática desempenhada pela oração adjetiva adjunto adnominal oracional. 2. Característica principal das orações adjetivas São introduzidas por um pronome relativo. 3. São conhecidas também como orações relativas. ORAÇÕES ADJETIVAS 4. Classificação das orações adjetivas: a) RESTRITIVAS A informação prestada pela oração adjetiva restritiva não se aplica a todos os seres ou todas as coisas pertencentes a um dado conjunto. O objetivo da oração é delimitar, é restringir o campo a que se refere a oração. Dispensam pontuação. ORAÇÕES ADJETIVAS 4. Classificação das orações adjetivas:a) RESTRITIVAS (palavras-chave): APENAS, SÓ, SOMENTE Ex.: O homem que fuma diminui seus dias de vida. ORAÇÕES ADJETIVAS Exemplos de orações adjetivas restritivas: a) Há pessoas cujo espírito é pobre. b) Pedra que rola não cria limo. c) Os animais que se alimentam de carne são cha- mados de carnívoros. d) Há saudades que a gente nunca esquece. ORAÇÕES ADJETIVAS Exemplos de orações adjetivas restritivas: a) Há pessoas cujo espírito é pobre. b) Pedra que rola não cria limo. c) Os animais que se alimentam de carne são cha- mados de carnívoros. d) Há saudades que a gente nunca esquece. ORAÇÕES ADJETIVAS 5. Classificação das orações adjetivas: a) EXPLICATIVAS A informação prestada pela oração adjetiva explica- tiva se aplica a todos os seres ou todas as coisas pertencentes a um dado conjunto ou se aplica a um ser ou coisa em sua totalidade. O objetivo da oração é envolver todos os seres ou coisas de um conjunto. Exigem pontuação. ORAÇÕES ADJETIVAS 4. Classificação das orações adjetivas: a) EXPLICATIVAS (palavras-chave): TUDO, TODO(s), TODA(s) ORAÇÕES ADJETIVAS 4. Classificação das orações adjetivas: Ex.: O sol, que é o centro do nosso sistema, perdeu calor nas últimas décadas. ORAÇÕES ADJETIVAS Exemplos de orações adjetivas explicativas: a) Deus, que é nosso pai, sempre nos ajuda nos momentos difíceis. b) “Olhou a caatinga amarelada, que o poente avermelhava.” c) A ave mais veloz do mundo é o avestruz, que chega a atingir uma velocidade de 120 km/h. d) A Capela Sistina, onde foram realizadas todas as eleições papais nos últimos séculos, tem acomoda- ções para apenas 80 participantes. e) Brasília, cuja fundação ocorreu em 1960, está hoje com um trânsito bastante complicado. ORAÇÕES ADJETIVAS Orações adjetivas (análise semântica): Observação: http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 14 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 5 Em muitas estruturas, a oração adjetiva pode ser tanto explicativa quanto restritiva. Nesse caso, a classificação e consequentemente a pontuação dependerão do sentido que lhe queira dar o falante. ORAÇÕES ADJETIVAS Orações adjetivas (análise semântica): Exemplos: a) A empresa possui 200 funcionários que moram em Olinda. b) A empresa possui 200 funcionários, que moram em Olinda. 01. Considere as frases abaixo. I. Os moradores de rua, que têm sido vítimas de violência, deverão ser recolhidos a um abrigo. II. Os discos antigos, que ele herdou de seu avô, estão muito bem conservados. III. Quem passa, distraidamente, por aquela rua talvez não note a beleza do velho casario. A exclusão das vírgulas alterará o sentido SO- MENTE do que está em: A) I. B) II. C) I e II. D) III. E) II e III. 02. Observe as frases abaixo: I. Os jovens da França, que se sentem marginali- zados, incendeiam automóveis nas ruas. II. A lógica da globalização, que espolia os mais fracos, é fria e calculista. III. Inútil tentar apagar as fogueiras, que continu- arão a se alastrar. A supressão das vírgulas alterará o sentido de: A) I, II e III. B) I e II, somente. C) II e III, somente. D) I e III, somente. E) II, somente. http://www.cers.com.br/ www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 15 Rodrigo Bezerra 1 03. Considere as seguintes frases: I. O autor lamenta a situação dos jovens de hoje, que vivem o tempo como uma espécie de presente contínuo. II. Ao final do século XIX, ocorreu o esquecimento dos mecanismos sociais que vinculam nossa expe- riência pessoal à das gerações passadas. III. Preservemos a memória do passado, cujas ex- periências encerram lições ainda vivas. A eliminação da vírgula acarretará alteração de sentido APENAS para o que está em: A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) I e III. 04. Em: “Queria que me ajudasses”, o trecho destacado pode ser substituído por: A) a sua ajuda B) a vossa ajuda C) a ajuda de vocês D) a ajuda deles E) a tua ajuda. 05. Assinale a alternativa cuja oração é predica- tiva: A) É claro que eles não virão B) Acontece que ela mentiu. C) Sabe-se que a notícia não é verdadeira D) Parece que tudo mudou E) O certo foi que tudo morreu. 06. Assinale a alternativa que apresenta uma oração subordinada substantiva apositiva. A) Ele falou: “eu o odeio”. B) Não preciso de você: sei viver sozinho C) Sabendo que havia um grande estoque de rou- pas na loja, quis ir vê-las, era doida por vestidos novos. D) Fez três tentativas, aliás, quatro. Nada conse- guiu. E) Havia apenas um meio de salvá-la: falar a ver- dade. 07. Quatro alternativas a seguir contêm orações destacadas que desempenham a mesma função. Assinale a alternativa que contêm a oração que não exerce a mesma função que as demais. A) É conveniente que você estude mais. B) Sua mãe quer que você vá ao mercado. C) Fazer a prova tranquilo é importante D) Bastava que você telefonasse ontem. E) Seria necessário a inflação parar de subir. 08. Na frase “Argumentei que não é justo que o padeiro ganhe festas”, as orações destacadas introduzidas por que são, respectivamente. A) ambas subordinadas substantivas objetivas diretas B) ambas subordinadas substantivas subjetivas C) subordinada substantiva objetiva direta e su- bordinada substantiva subjetiva D) subordinada substantiva objetiva direta e coor- denada assindética. E) Subordinada substantiva objetiva direta e su- bordinada substantiva predicativa. 09. Apesar de ter uma inteligência notável, não conseguia entender as razões alheias. Comece com: Tinha uma inteligência... A) portanto B) sendo que C) a fim de que D) no entanto E) desde que 10. “Ele assumiu a chefia do cargo, embora não estivesse preparado para isso. Comece com: Ele não estava... A) todavia B) de forma que C) porquanto D) desde que E) conforme 11. O valor semântico de concessão é expresso na seguinte alternativa: A)A experiência do gentio da terra terá sido, ainda neste caso, de inapreciável valor para os nossos práticos do sertão. B) Se é certo que os cursos de água puderam mui- tas vezes retardar a marcha dos sertanistas, sua ausência completa poderia determinar problemas de complicada solução. C) Pela configuração, pela coloração do terreno, por algum sinal só perceptível a olhos experimentados, sabem dizer com certeza a senda que há de levar a alguma remota aguada. D) O zelo que põem estes em localizar e descobrir água potável pode ser avaliado pelos vários e en- genhosos métodos que ainda hoje se empregam entre certas tribos com o mesmo fim. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 15 Rodrigo Bezerra 2 Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem depara-se com seus limites. 12. A oração iniciada por “ao dar vazão” (L.10) apresenta uma causa para o homem deparar-se “com seus limites” (L.13). No ano passado, a produção industrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%. Isso quer dizer que a produtividade cresceu sem neces- sidade de demissões de trabalhadores, como ocor- reu entre 1990 e 2003. 13. O termo “enquanto” (L.2) pode, sem prejuízo para a correção gramatical e para as informações originais do período, ser substituído por qualquer um dos seguintes: ao passo que, na medida que, conquanto. 14. "Se o pedaço de pau sair úmido, é sinal de que a perfuração dará o resultado desejado." Dentre as modificações impostas a essa frase, a que implica sensível alteração de seu significa- do original está na seguinte alternativa: A) Saindo úmido o pedaço de pau, é sinal de que a perfuração dará o resultado desejado. B) Caso saia úmido o pedaço de pau, é sinal de que a perfuraçãodará o resultado desejado. C) Conquanto saia úmido o pedaço de pau, é sinal de que a perfuração dará o resultado desejado. D) Uma vez que saia úmido o pedaço de pau, é sinal de que a perfuração dará o resultado deseja- do. SINTAXE DE CONCORDÂNCIA Sintaxe de concordância verbal Tipos de concordância 1. Gramatical ou nuclear feita com o núcleo do termo. 2. Atrativa ou semântica feita com o termo se- mântico mais próximo. 3. Ideológica ou siléptica feita com a ideia transmitida pelo termo. Sintaxe de concordância verbal Regra geral O verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito. * As mulheres subnutridas geram crianças com problemas. * Participarão do evento muitos professores. Quando o sujeito é formado por expressões parti- tivas ( uma parte de, a metade de, o grosso de, um grande número de, uma porção de, a maioria de etc) o verbo deverá concordar, no singular, com o núcleo dessas expressões ou com o termo da ex- pressão explicativa ou especificativa que as acom- panha. * Boa parte dos inscritos no último concurso irá / irão realizar a prova no centro da cidade. * Grande número de automóveis circula / circu- lam nas principais capitais brasileiras. Quando o sujeito é formado por um substantivo coletivo seguido de uma especificação, o verbo poderá concordar tanto o coletivo quanto com a especificação. * Um bando de aves selvagens SOBREVOA- VA/SOBREVOAVAM a cidade naquele instante. * Um grupo de arruaceiros INVADIU/INVADIRAM o clube durante a apresentação da banda. Quando o sujeito é formado por numerais percen- tuais ou fracionários seguidos de uma especifica- ção, o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com a expressão especificativa. * 32% de todo o dinheiro arrecadado será doado / serão doados para instituições de caridade. Quando o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de, menos de, coisa de, obra de, pas- sante de etc) seguidas de um numeral, o verbo concordará com este numeral que acompanha as expressões. * Perto de quinze manifestantes se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto. Quando o sujeito é o pronome relativo “QUE”, o verbo concordará com o termo antecedente. * De repente, apareceram muitos companheiros que apoiaram de imediato o protesto. Quando o sujeito é um pronome interrogativo, de- monstrativo ou indefinido no plural (Quais, Quan- tos, Alguns, Poucos, Muitos, Quaisquer etc), seguido de uma das expressões “de nós” ou “de vós”, o verbo poderá concordar tanto com o prono- me interrogativo, indefinido ou demonstrativo quanto com os pronomes “nós” ou “vós”. * Certamente muitos de vós PROPORÃO / PRO- POREIS mudanças para a nossa administração. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 15 Rodrigo Bezerra 3 * Eles perceberam que quaisquer de nós PODERI- AM / PODERÍAMOS resolver aquela situação. Observação importante: a) Se o pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido estiver no singular (Qual, Algum, Qual- quer etc), o verbo obrigatoriamente ficará no singu- lar. * Quem de nós, na mesma situação, não agiria daquele jeito? O pronome apassivador “SE” exige que o verbo (transitivo direto ou transitivo direto e indireto) concorde com o seu sujeito passivo. * Transmitiram-se-lhe novas informações sobre o caso investigado pela Polícia Federal. Os verbos intransitivos, os transitivos indiretos e os de ligação associados a um pronome “SE” ficam na terceira pessoa do singular. O “SE” funcio- nará como “índice de indeterminação do sujeito”. * Nunca mais se falou do esfacelamento do império russo. Quando o sujeito é formado por nomes próprios que só existem no plural (Estados Unidos, An- des, Patos, Minas Gerais, Alagoas, por exemplo), o verbo ficará no singular se estes nomes não vierem precedidos de artigo ou se o artigo esti- ver no singular. Caso apareça um artigo no plu- ral, a concordância será feita no plural. Estados Unidos ainda não encontrou uma saí- da para o Iraque. COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 16 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, é lícito que se concorde com o núcleo mais próximo desse sujeito ou, como nos orien- ta a regra geral, com ambos os núcleos. * Das indagações do novo funcionário adveio / ad- vieram uma nova idéia para a equipe e uma nova forma de pensar a empresa * Não convém / convêm aos iniciantes na carreira advocatícia nem a liberalidade dos anarquistas nem a seriedade dos monges. 6. As normas de concordância verbal encon- tram-se plenamente observadas na frase: C) Incluem-se entre as tantas vantagens que pro- porciona o trabalho assalariado a pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego. Quando o sujeito é formado por pessoas grama- ticais diferentes, obedece-se à seguinte lei de prevalência: * 1ª pessoa + 2ª pessoa = 1ª pessoa do plural (a primeira prevalece sobre a segunda) NÓS * 1ª pessoa + 3ª pessoa = 1ª pessoa do plural (a primeira prevalece sobre a terceira) NÓS * 2ª pessoa + 3ª pessoa = 2ª pessoa do plural (a segunda prevalece sobre a terceira) VÓS Exemplos: * O Ministro dos Esportes e eu, na próxima sema- na, inauguraremos um novo estádio de futebol. * Vossa tia e tu, quando toda a comitiva chegar, devíeis providenciar imediatamente um local para descanso. Quando os núcleos do sujeito são infinitivos não precedidos de determinante, o verbo concordará na terceira pessoa do singular. * Fazer exercícios regulares e dormir oito horas diárias faz bem à saúde. * Fumar e beber em ambiente de trabalho é termi- nantemente proibido. (FCC - TRE/MT – Analista) A concordância verbal está plenamente respeitada na frase: D) Construir prédios escolares não implicam mais do que acréscimos de espaço material para as ativi- dades de ensino. E) Admitir as imprecisões e as ambiguidades de forma alguma constituem, para o autor, qualquer entrave para os caminhos de raciocínio. Quando o sujeito é formado pelas expressões “Um e outro” ou “Nem um nem outro”, embora haja uma preferência para o plural, a concordância poderá ser feita tanto no singular quanto no plural. * Não adianta correr, pois nem um nem outro esca- pará / escaparão. * Um e outro participante da maratona alegou / alegaram que houve fraude na competição. Quando os núcleos do sujeito são unidos por “Nem... nem...”, o verbo da concordância poderá ficar tanto no singular quanto no plural. * Nem o Sport nem o Náutico ganhará / ganharão o torneio este ano. Quando os núcleos do sujeito são unidos pela preposição “COM”, o verbo da concordância pode- rá ficar no singular ou no plural. * O amigo com os seus melhores colegas foi / fo- ram tomar satisfações com o outro grupo em virtude do ocorrido. Concordância Nominal 1. Com os adjetivos compostos, somente o últi- mo elemento varia para concordar com o subs- tantivo a que se refere. * Ele fez duas intervenções médico-cirúrgicas. * Firmaram dois grandes acordos sino-franco- lusitanos. 2. O adjetivo, na função de adjunto adnominal, refere-se a mais de um substantivo: A) Se o adjetivo vier anteposto, concordará obriga- toriamente com o substantivo mais próximo: * Ele possuía monstruosas mãos e braços. * O bufê servia maravilhosas tortas e salgados. 2. O adjetivo, na função de adjunto adnominal, refere-se a mais de um substantivo: b) Se o adjetivo vier posposto, poderá concordar tanto com o substantivo mais próximo quanto com os dois substantivos no plural: * Após o tsunami, caminhou pelos becos e pelas ruas DESTRUÍDAS / DESTRUÍDOS pela força das águas. * Em um canto da sala, deixaram um sapato e uma sandália VELHA / VELHOS. 3. Quando, por outro lado, dois ou mais adjeti- vos estiverem se referindo a um único substan-tivo, admitem-se três possibilidades de concor- dância: * Sempre estudou profundamente - as línguas inglesa, francesa e italiana. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 16 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 - a língua inglesa, a francesa e a italiana. - a língua inglesa, francesa e italiana. 4. Quando o adjetivo estiver na função de predi- cativo de um sujeito composto, há duas possibi- lidades de concordância: a) Se vier posposto, o adjetivo concordará obri- gatoriamente no plural, prevalecendo o masculi- no se os gêneros dos substantivos forem dife- rentes: * A idéia e o pensamento tornaram-se obsoletos em virtude dos novos paradigmas. b) Se vier anteposto, o predicativo do sujeito poderá concordar com ambos os núcleos ou com o mais próximo. * Jogadas ao vento estavam as cartas e todos os documentos do escritório. OU * Jogados ao vento estavam as cartas e todos os documentos do escritório. Questão Julgue os itens abaixo de acordo com a corre- ção gramatical. C) No campo dos benefícios dos transgênicos está a maior produtividade e o menor uso de defensivos agrícolas. Por outro lado, passível de discussão e pendente de provas científicas estão os malefícios ao meio ambiente e à saúde do homem. 5. Quando o sujeito estiver na função de predi- cativo do objeto, devem-se observar as seguin- tes orientações: A) O adjetivo predicativo concordará normalmente em gênero e número com o objeto quando este for simples: * Encontraram todos os documentos do escritório revirados pelos bandidos. 5. Quando o sujeito estiver na função de predi- cativo do objeto, devem-se observar as seguin- tes orientações: b) Quando posposto, o adjetivo predicativo concor- dará no plural e no gênero prevalente com o objeto formado por mais de um núcleo. * Achou o monarca e a sua esposa simpáticos. c) Quando anteposto, o adjetivo predicativo do objeto poderá concordar tanto com o núcleo mais próximo quanto com todos os núcleos do objeto direto. * Ao sair, deixe bem FECHADOS / FECHADA a porta do quarto e os postigos da sala. 16.(Fiscal de Rendas SP 2013) Tomado o padrão culto escrito como referência, é correto afirmar: A) A concordância notada em uma história vene- rável (linha 6) está correta, assim como o está na frase "Quem aprecia a arte considera venerável, em todo e qualquer contexto, as histórias que os quadros oferecem". 1. As palavras “MESMO, PRÓPRIO, LESO, QUI- TE, OBRIGADO, INCLUSO, ANEXO, QUALQUER” concordam com a palavra a que se referem. * Elas próprias irão resolver o conflito. * As flores, elas mesmas desabrocham para si pró- prias. 2. As palavras “MEIO, BASTANTE, CARO, BA- RATO, MUITO, POUCO, LONGE” ora funcionam como advérbios – invariáveis, portanto -, ora funcionam como adjetivos, numeral – no caso da palavra „meio‟ – ou pronomes adjetivos, con- cordando com o termo a que se referem. * Paris é uma cidade muito cara para quem dispõe de poucos recursos. * Havia bastantes questões bastante difíceis na prova de Português. 4. A palavra “SÓ” ora funciona como advérbio – invariável – na acepção de “somente, apenas”, ora funciona como adjetivo, significando “sozi- nho”. Como adjetivo, concorda com o termo a que se refere. * Todos permaneceram sós na sala iluminada. * Pelo que nós sabemos, ela só vai se for de carro. 5. EXPRESSÕES FORMADAS DE VERBO “SER” + ADJETIVO: a) Quando o substantivo está empregado em senti- do geral, abstrato, não-específico – sempre aparece sem artigo, sem determinante – a expressão forma- da pelo verbo “ser” seguido de um adjetivo perma- necerá invariável. • Para quem gosta de cinema, é necessário pre- sença de filmes nacionais. * Salsa, segundo os cozinheiros, é bom pra tempe- ro. b) Quando o substantivo vem acompanhado por artigo ou por qualquer outro determinante, empre- http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 16 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 gado em sentido específico, não-geral, o adjetivo predicativo concordará com o seu sujeito. * São necessárias as novas alterações no contrato. • É proibida a permanência de pessoas neste lo- cal. 1.(FCC - TRE/MT – Analista) A concordância ver- bal está plenamente respeitada na frase: A) O enfoque nas soluções únicas dos problemas que enfrentamos empobrecem, quase sempre, a qualidade mesma do raciocínio. B) São as possibilidades de enfoques alternativos o que importam nas operações que levam a soluções múltiplas. C) Tanto na leitura como na escrita, levem-se em conta as variáveis de interpretação, que aprofundam o sentido do texto. 2. (FCC) A concordância está totalmente de acordo com a norma padrão da língua em: A) Acredito que as orientações dele, porque pare- cem pouco claro, não terão de serem seguidas an- tes de um esclarecimento maior. B) Considerou digna de ser encaminhada a julga- mento dos avaliadores a última versão do projeto- piloto, pois, se podem existir fragilidades, elas cer- tamente hão de ser mínimas. C) Elas se consideraram responsável pelo erro e julgaram legítimo as cobranças que lhe serão feitas de agora em diante. D) Dado as contingências do momento, os diretores houveram por bem atender aos prazos, e promete- ram reavaliar, tanto quanto fossem, as demais exi- gências do contrato. E) Devem fazer mais de três meses que não os vejo; tantos dias de afastamento poderia ser enten- dido como descaso, mas quero dizer que lhes dedi- co muito afeto. 3. O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Portanto não está correta a alternativa: A) Faltam ainda seis meses para o vencimento. B) Existem fortes indícios de melhoria geral. C) Não provém daí os males sofridos. D) Os fatos que perturbam são bem poucos. E) Serão considerados válidos tais argumentos? 4. Em uma das frases apresentadas nas opções seria correta a variação da concordância verbal. Assinale-a.: A) “A presença do Capitão-General causou grande rebuliço na sala.” B) “Bastavam-lhe a paz, a promessa”. C) “De nada valeram as lágrimas de Mariana, os gritos da mãe, os ataques do pai”. D) d. “As coisas eram tristes, frias e silenciosas, opacas e duras.” E) e. “Meu Deus, agora trouxeram flores, grandes vasos de flores”. 5. Indique a alternativa correta: A) Tratavam-se de questões fundamentais. B) Comprou-se terrenos no subúrbio. C) Precisam-se de datilógrafas. D) Reformaram-se terrenos E) Obedeceram-se aos severos regulamentos. 6. Num dos provérbios abaixo a concordância prescrita pela gramática foi desrespeitada. Indi- que-a: A) Não se apanham moscas com vinagre. B) Casamento e mortalha no céu se talha. C) Quem ama o feio bonito lhe parece. D) De boas ceias, as sepulturas estão cheias E) Quem cabras não tem e cabritos vende de algum lugar lhe vêm. 7. Assinale a opção em que a lacuna pode ser preenchida por qualquer das duas formas ver- bais indicadas entre parênteses. A) Um dos seus sonhos morrer na terra natal. (era, eram) B) Aqui não os sítios onde eu brin- cava. (existe – existem) C) Uma porção de sabiás na laranjeira (cantava, cantavam) D) Não em minha terra belezas natu- rais. (falta, faltam) E) Sou eu que morrer ouvindo o canto do sabiá (quero, quer) 8. Assinale a alternativa abaixo, cuja seqüência enumera corretamente as frases: (1) Concordância verbal correta. (2) Concordância verbal incorreta. ( ) Ireis de carro tu, vossos primos e eu. ( ) O pai ou o filho assumirá a direção do colégio. ( ) Mais de um dos candidatos se insultaram. ( ) Os meninos parecem gostarem dos brinquedos. ( ) Faz dez anos todos esses fatos. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 17 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 Sintaxe de regênciaObservação importante: A regência verbal é contextual, ou seja, depende do contexto em que o verbo se encontra. Observe... a) João cumpriu o seu dever. João cumpriu com todo o dever. b) Deus perdoa o pecado. Deus perdoa ao pecador. Deus perdoa o pecado ao pecador. c) Maria não procedeu bem na festa. Maria, seus argumentos não procedem. d) Ele assistiu às comemorações natalinas. Essa cláusula não mais assiste às consumidoras. e) Os noivos não precisaram de ninguém para a confecção do bolo. Os noivos ainda não precisaram a hora do casa- mento. Observações importantes: a) Os pronomes oblíquos “me, te, se, nos, vos” po- dem exercer as funções sintáticas de “objeto direto” e de “objeto indireto”. Ex.: * Eu quero dizer-te tantas coisas. * Eu não te vi ontem no shopping. Observações importantes: b) Os pronomes oblíquos “o, a, os, as” substituem o objeto direto da 3ª pessoa. Ex.: * Vou comprar o livro. Vou comprá-lo. * Entregaram o documento? Entregaram-no? Observações importantes: * Entregaremos o produto amanhã. Entregá-lo-emos amanhã. * Deixaram os filhos na escola. Deixaram-nos na escola. Observações importantes: c) Os pronomes oblíquos “lhe, lhes”, quando com- pletam verbos, exercem a função de “objeto indire- to” para verbos transitivos indiretos e verbos transi- tivos diretos e indiretos. Ex.: * Obedeça a seu pai. Obedeça-lhe. * Entregaram o documento à secretária? Entregaram-lhe o documento. Observações importantes: d) Os pronomes oblíquos da 3ª pessoa “o, a, os, as, lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos os pronomes “ele, ela, eles elas” precedidos de preposição. Ex.: * Obedeça a seu pai. Obedeça-lhe. Obedeça a ele. * Entregaram o documento à secretária? Entregaram-lhe o documento. Entregaram a ela o documento. d) Há verbos transitivos indiretos que não aceitam os pronomes “lhe, lhes” para o objeto indireto. Exi- gem as formas tônicas preposicionadas “a ele, a ela, a eles, a elas”. Ex.: a) Eles anuíram ao pacto. Eles anuíram a ele. b) Eles assistiram ao show. Eles assistiram a ele. Treino Substitua os termos grifados por prono- mes oblíquos. * Obedeça ao mestre. * Avisei o rapaz de que havia perigo. * Não vi a professora entrar. * Informei o chefe acerca de tudo. * Aludiram ao candidato. 1.(FCC) Está correto o emprego de ambos os pronomes sublinhados na frase: A) Não basta pensar na prevenção; exercer-lhe é o dever que nos compete. B) Se a violência é indiscriminada, devemos repu- diá-la, submetendo-a à execração pública. C) Quem aceita a barbárie, legitima-lhe; quem lhe rejeita, pede a punição do responsável. D) Diante das autoridades, devemos cobrá-las as providências para, nos casos de iminente violência, prevenir-lhes. E) Se te prevines, não precisarás preocupar-se com as situações sem remédio. 2.(FCC – TJ/PE – Analista Judiciário) Jeffrey Johnson realizou uma pesquisa, e o autor do texto, ao comentar essa pesquisa, acrescentou a essa pesquisa elementos de sua convicção pes- http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 17 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 soal, que tornam essa pesquisa ainda mais ins- tigante aos olhos do público. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, se- gundo a ordem em que se apresentam, por: A) comentá-la - acrescentou-lhe - a tornam B) a comentar - lhe acrescentou - lhe tornam C) comentar-lhe - acrescentou-lhe - tornam-a D) comentá-la - acrescentou-a - tornam-na E) a comentar - acrescentou-lhe - tornam-lhe 3.(FCC – TRT 23ª região – Analista Judiciário) Se há iniciativa e astúcia na ação do homem injus- to, não há iniciativa e astúcia no bom cidadão que, apesar de indignado, não confere à iniciati- va e à astúcia o mesmo valor que o mau reco- nhece na iniciativa e na astúcia. A) há elas - não as confere - reconhece nelas. B) as há - não lhes confere - nelas reconhece. C) as há - não confere-lhes - as reconhece. D) há as mesmas - não lhes confere - reconhece- lhes. E) há estas - não as confere - nelas reconhece. 4.(FCC) Encontraram um fóssil no Vale do Jequi- tinhonha. Antes de removerem o fóssil para o centro de arqueologia, submeteram o mesmo ao tratamento indispensável a toda descoberta im- portante, fotografaram o fóssil e pediram segu- rança para poupar o fóssil da ação dos curiosos. A) o removerem - submeteram-lhe - o fotografaram - poupar-lhe B) o removerem - submeteram-no - fotografaram-no - poupá-lo C) removerem-no - o submeteram - o fotografaram - poupar-lhe D) removerem este - submeteram-lhe - lhe fotogra- faram - o poupar E) lhe removerem - submeteram-no - fotografaram- no - lhe poupar 5. (FCC) “Os jovens bem que tentam, mas não se dá aos jovens a oportunidade de um trabalho que recompense os jovens pelos esforços des- pendidos.“ Evita-se a repetição de palavras da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, res- pectivamente, pelas formas: A) se dá a aqueles - recompense eles B) se dá a eles - recompense-lhes C) se lhes dá - os recompense D) se os dá - os recompense E) se dá a eles - recompense eles Regência de alguns verbos 1. ASSISTIR Apresenta quatro regências distintas: a) É verbo transitivo indireto na acepção de “ver, presenciar, estar atento a”. b) No sentido de “ajudar, prestar assistência, auxili- ar, socorrer” é indistintamente verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto. Como transitivo indireto exige a preposição “a”. c) Na acepção de “caber, pertencer direito ou obrigação” é um verbo transitivo indireto e exige a preposição “a”. 1. ASSISTIR * Nunca mais assisti a um bom jogo de futebol. * Durante o resgate, alguns transeuntes assistiram os/aos familiares das vítimas. * Ao dono do estabelecimento não assiste o direito de reclamar dos clientes mais exigentes. 2. CHEGAR, IR e DIRIGIR-SE Esses verbos possuem regências idênticas: No sentido de “atingir um determinado lugar, deslocar-se para” são, no padrão formal da lín- gua, verbos intransitivos. Exigem a presença de um adjunto adverbial de lugar introduzido, obri- gatoriamente, pela preposição “a”. 2. CHEGAR, IR e DIRIGIR-SE * Os três rapazes chegaram a casa totalmente exa- ustos. * O aeroporto a que ele chegou estava com vários vôos atrasados. * Amigo, aonde eu posso me dirigir para obter in- formações? 3. ESQUECER / LEMBRAR a) Os verbos “esquecer” e “lembrar” são transi- tivos diretos na acepção de “sair da lembrança ou vir à lembrança” respectivamente. Nessa acepção, também podem aparecer como transi- tivos indiretos pronominais (esquecer-se, lem- brar-se). O objeto indireto será precedido da preposição “de”. 3. ESQUECER / LEMBRAR * Ele ainda não esqueceu o acidente. / ou / http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 17 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 * Ele ainda não se esqueceu do acidente. * Ele lembrou o meu aniversário na última hora. / ou / * Ele se lembrou do meu aniversário na última ho- ra. 4. INFORMAR (ALERTAR*, NOTIFICAR*, AVI- SAR*, CIENTIFICAR* ANUNCIAR*) * Seguem a mesma regência do verbo informar. a) No sentido de “comunicar, dar esclarecimento” é geralmente usado como verbo transitivo direto e indireto. * Nós sempre os informamos sobre os problemas. * Nós sempre lhes informamos os problemas. * Avisaram ao dono do estabelecimento ontem à noite o assalto. * Avisaram o dono do estabelecimento ontem à noite sobre o assalto. 5. OBEDECER / DESOBEDECER a) Consolidaram-se em nossa Língua Portuguesa como verbos transitivos indiretos. O objeto indireto requera preposição “a”. 6. PAGAR e PERDOAR Esses verbos possuem uma regência bastante inte- ressante: a) São transitivos diretos quando o objeto direto é representado por “coisa”. b) São transitivos indiretos, exigindo a preposição “a” para o objeto indireto, quando este é represen- tado por “pessoa”. 7. VISAR c) Já no sentido de “desejar, pretender, ter em vista” é largamente usado como transitivo indireto, exigin- do a preposição “a”. Como transitivo indireto, rejeita os pronomes “lhe, lhes” para o objeto indireto. Acei- ta apenas as formas analíticas tônicas “a ele, a ela, a eles, a elas”. 7. VISAR Entretanto, nesse sentido (“desejar, pretender, ter em vista”) também pode ser empregado como tran- sitivo direto, embora poucas referências se façam a esta última regência. CESPE/UNB - STJ A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análi- se, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. CESPE/UNB - STJ Mantendo-se as ideias originalmente expressas no texto, assim como a sua correção gramatical, o complemento da forma verbal “visam” (L.8) poderia ser introduzido pela preposição “a”: ao controle. FGV – SEFAZ/RJ 16. A respeito da análise do texto, não é correto afirmar que: C) no trecho “que vise a minorar as desigualdades” (L.58-59), a regência do verbo VISAR está de acor- do com a norma culta, muito embora atualmente bons autores tenham avalizado o uso do verbo co- mo transitivo direto, nesse mesmo sentido. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1. Lembre-se de que o fato de um verbo ser transiti- vo direto não impede que seu nome cognato requei- ra uma preposição. Ex.: * Ela ama muito os filhos. * Ela tem um grande amor pelos filhos. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 2. Lembre-se também de há nomes cognatos que apresentam a mesma regência de seus verbos. Ex.: * Ela ainda depende do pai para sobreviver. * Ela ainda mantém uma grande dependência do pai para sobreviver. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 3. Há alguns verbos na língua portuguesa que po- dem ser transitivos diretos ou transitivos indiretos indistintamente, sem que haja alteração de sentido. Veja: OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: a) ATENDER b) RENUNCIAR c) PRESIDIR Emprego dos pronomes relativos e as regências verbal e nominal http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 17 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 4 1. QUE É denominado de “relativo universal”, porque se refere tanto a coisas quanto a pessoas. Seus equi- valentes variáveis são “a qual, o qual, as quais, os quais”. O relativo “que” só deve ser substituído por outro relativo em casos específicos. 2. QUEM É denominado de “relativo personativo”, pois só se refere a pessoas. Sempre virá precedido de uma preposição. 3. ONDE É denominado de “relativo locativo”, pois só é utili- zado para retomar e substituir termos que conte- nham a noção de “lugar”. Equivale a “em que” e variações. 4. O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS São os relativos que possuem as variações em gê- nero e número correspondentes ao pronome relati- vo “que”. 5. CUJO, CUJA, CUJOS, CUJAS São relativos utilizados para substituir termos que expressam noção de posse. Equivalem a “do qual, da qual, dos quais, das quais, seu, sua, seus suas, dele, dela, deles, delas) 6. QUANTO, QUANTA, QUANTOS, QUANTAS Estas palavras só serão consideradas pronomes relativos quando vierem antecedidas por um dos seguintes pronomes indefinidos “tudo, todo (a), to- dos (as)” 1. Ontem encontrei um rapaz. O rapaz poderá re- solver o problema com o computador. Junção... Ontem encontrei um rapaz QUE / O QUAL poderá resolver o problema com o computador. 2. O rapaz vai viajar para a Europa. Eu encontrei o rapaz ontem. Junção... O rapaz QUE / O QUAL ontem eu encontrei vai viajar para a Europa. http://www.cers.com.br/ www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 18 Rodrigo Bezerra 1 3. Trouxe a fruta. Você gosta da fruta. Junção... Trouxe a fruta ______________ você gosta. 4. Assisti à cena final daquele filme. A cena me deixou emocionado. Junção... Assisti à cena final daquele filme __________ me deixou emocionado. 5. O médico viajou para a Europa. Eu confio nesse médico. Junção... O médico _____________________ eu confio viajou para a Europa. 6. A ponte era pênsil. Água poluídas corriam sob a ponte. Junção... A ponte _____________ águas poluídas corriam era pênsil 7. A missa foi boa. Eu assisti à missa. Junção... A missa _______________ eu assisti foi boa. 8. Os filmes são muito bons. Eu não me lembro dos nomes dos filmes. Junção... Os filmes __________ nomes não me lembro são muito bons.. 9. O professor deixou o departamento de física. Eu confiava bastante nas teorias desse profes- sor. Junção... O professor __________ teorias eu confiava bas- tante deixou o departamento de física. 10. O professor deixou o departamento de física. Eu me referi às teorias desse professor Junção... O professor __________ teorias eu me referi deixou o departamento de física. 11. A vida é uma engrenagem misteriosa. Nós nos deixamos esmagar pelos dentes dessa en- grenagem. Junção... A vida é uma engrenagem __________ dentes nós nos deixamos esmagar. 1. Está correto o emprego do elemento subli- nhado na frase: A) A relação significativa cuja se demonstrou na pesquisa se dá entre o comportamento violento e a audiência à TV. B) A insubordinação básica em que se refere o au- tor do texto derivaria da insatisfação dos nossos recalcados desejos. C) A invenção moderna mais astuciosa, de cujos efeitos trata o autor do texto, teria sido não a do cinema, mas a da TV. D) O hábito do zapping, com cujo nos acostuma- mos, é um dos responsáveis pela abertura rápida de janelas sobre o nosso devaneio. E) A conclusão de que nossa sala é uma jaula, com que chegou o autor do texto, não deixa de ser bas- tante provocadora e radical. 2. Assinale a alternativa em que a regência ver- bal não siga o padrão culto de linguagem. A) A inscrição no concurso implica a aceitação das normas do edital. B) Todos os servidores devem obedecer às leis que os regem. C) Preferiu a poltrona à cadeira. D) Eu avisei-lhes da necessidade de se revisar o documento. E) Eles anuíram à decisão. 3. A frase em que a regência está totalmente de acordo com o padrão culto é: A) Esperavam encontrar todos os documentos que os estudiosos se apoiaram para descrever a viagem de Colombo. B) Estavam cientes de que teriam muito a fazer para conseguir os registros de que dependiam. C) Encontraram-se referências à coerção que mari- nheiros mais experientes faziam contra os mais novos que trabalhassem mais arduamente. D) Foram informados que esboços da inóspita regi- ão circundada com imensas pedras podiam ser consultados. E) Havia registro de uma insatisfação em que os insurretos às atitudes arbitrárias de um navegante foram impedidos de lhe inquirir. 4.Em Você se lembra do rosto dela naquele ins- tante?, obedeceu-se às regras de regência ver- bal. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. A) Prefiro questões de gramática do que de inter- pretação. B) Aspiraram à vaga de piloto da companhia aérea. C) Os médicos assistiram o paciente. D) Perdoamos-lhes as dívidas. E) Pagaram-lhe bem. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 18 Rodrigo Bezerra 2 5.Por meio de uma carta, os funcionários _______________ aos superiores. Com respeito à regência, a forma verbal que preenche adequadamente a lacuna acima é: A) chamaram. B) convidaram. C) cumprimentaram. D) pressionaram. E) responderam. 6. A regência verbal está conforme à gra- mática normativa na alternativa: A) Quero-lhe muito bem e vou assistir a seu casa- mento.B) Logo que lhe encontrar, aviso-lhe do ocorrido. C) Juliano desobedecia seus pais, mas obedecia ao professor. D) João namora com Maria mas prefere mais seus amigos de bar do que ela. E) Ele esqueceu do compromisso e não pagou ao médico 7. Aponte a alternativa em que a regência do verbo pagar contaria a norma culta. A) Aliviando-se de um verdadeiro pesadelo, o filho pagava ao pai a promessa feita no início do ano. B) O empregado pagou-lhe as polias e tachas roí- das pelas ferrugem para amaciar-lhe a raiva. C) Pagou-lhe a dívida, querendo oferecer-lhe uma espécie de consolo. D) O alto preço dessa doença, paguei-o com as moedas de meu hábil esforço. E) Paguei-o, com ouro, todo prejuízo que sofrera com a destruição da seca. 8. Assinale a frase correta: A) Prefiro mais um asno que me leve que um cavalo que me derrube B) O cargo que aspiras, se conquista, não se ganha C) Sua afirmação de agora redunda com o que an- tes disse D) As do Nordeste são as frutas que mais gosto. E) O bom amigo carregou-o, como a uma criança. 9. Assinale a alternativa que está de acordo com a norma culta: A) Visei a um passaporte e fui viajar. B) Aspirei ao perfume e achei-o delicioso C) Perdoo aos teus erros, pois acho-os bem huma- nos D) Ensino a você as regras do bem viver. E) Eu lhe vi e você não me viu EMPREGO DO ACENTO GRAVE – A CRASE Definição Crase é a junção, a fusão, a contração de dois “as” (A + A). Em geral, a crase ocorre com a contra- ção da preposição A com os artigos definidos A ou AS. Conclusão 1. Só há crase diante de substantivos femininos explícitos ou implícitos. Logo... Não há crase diante de nomes masculinos. Perceba: a) Maria gosta de comprar bombons a granel. b) Temos almoço comercial a partir de R$ 10,00. c) Ele realizou o projeto a contragosto. d) O juiz não está a par do processo. e) Ela faz tudo a bel-prazer. Regras práticas para a verificação: I – TROCAR O FEMININO POR UM MASCULINO CORRESPONDENTE * Se aparecer O, OS sem crase diante do femini- no. * Se aparecer AO, AOS com crase diante do feminino. II – TROCAR O VERBO REGENTE PELOS VER- BOS “VIR” OU “ESTAR”: * Se aparecer DE, EM sem crase diante do femi- nino. * Se aparecer DA, NA com crase diante do femi- nino. III – TROCAR O ARTIGO “A(S)” PELO ARTIGO “UMA(S): * Se aparecer UMA, UMAS (apenas) sem crase diante do feminino. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 18 Rodrigo Bezerra 3 * Se aparecer A UMA, A UMAS com crase diante do feminino. Regras práticas para a verificação: Exemplos: a) Estou com sono; prefiro a cama _____ sala. b) O conhecimento dele está ligado ______ bon- dade da professora. Regras práticas para a verificação: a) Ele falará tudo ______ professora. b) Emitiremos notas fiscais correspondentes ______ duas últimas prestações. Regras práticas para a verificação: Exemplos: e) Na aula, chegou _____ conclusão de que não valia levar adiante aquela experiência. f) Em seus comentários, reportou-se _____ Roma dos césares. Regras práticas para a verificação: g) Nas minhas férias, fui _______ Manaus. h) Isso se aplica também ______ frase de Irene. I — Casos obrigatórios 1. Recebe o acento grave o “a” inicial das locuções adverbiais (à noite, à tarde, à beça, à revelia, à deri- va, à farta, à vista, à primeira vista, à hora certa, à esquerda, à direita, à toa, à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, às vezes, às escondidas, às avessas, às claras, às pressas, à vontade, às ocul- tas etc) formadas por núcleo feminino. I — Casos obrigatórios 1. Recebe o acento grave o “a” inicial das locuções prepositivas (à custa de, à força de, à beira de, à espera de, à vista de, à guisa de, à semelhança de, à frente de, à razão de, à cata de, à roda de, à mer- cê de, à base de, à moda de, à maneira de etc) e conjuntivas (à medida que, à proporção que), for- madas por núcleo feminino. Exemplos: a) À medida que estuda, aprende mais. b) Ele voltará à noite. c) Não se deve sair às pressas de uma festa; é descortês. d) Senhor taxista, por favor, vire à direita. e) João enricou à custa alheia. Cuidado!! Não confunda!! a) A noite chegou à fazenda. b) À noite chegou à fazenda. c) Ficamos à procura dele por duas horas. d) A procura dele deixou-nos muito cansados. I — Casos obrigatórios 2. Recebe o acento grave o “a” inicial dos pronomes demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo, a(s)” quando o termo regente exigir a preposição “a”. Exemplos: a) Jamais irás àquele lugar. b) O prefeito assistia àquilo sem reações. c) Atribuiu àquela coordenadora os prejuízos que obteve naquele mês. I — Casos obrigatórios 3. Recebe acento grave o “a” das locuções adverbi- ais “à moda de” e “à maneira de”. Freqüentemente essas expressões aparecem subtendidas, mas, ainda assim, o acento grave será de rigor sobre o “a”. I — Casos obrigatórios * Na festa, todos estavam vestidos à Luís XV. * Gostava de pratos à brasileira. I — Casos obrigatórios 4. Haverá crase antes de numerais que expressem horas exatas. * Todos chegaram às 9h30min. * Nosso jogo só terá início às 21h45min. I — Casos obrigatórios 5. Se o termo regente exigir a preposição “a”, sem- pre haverá crase diante de nomes locativos (nomes de países, continentes e algumas cidades) que acei- tarem a presença de um artigo. * No próximo ano, faremos uma excursão à Argenti- na. * Quando ele chegou à Itália, imediatamente ligou para a mãe. II — Casos facultativos 1. Diante de pronomes possessivos femininos no singular quando o termo regente exigir a preposição “a”. * Ele desistiu de viajar devido A / À sua doença. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 18 Rodrigo Bezerra 4 * Para explicar as mãos inchadas, menti A / À minha mãe. II — Casos facultativos Observação: Se o pronome possessivo estiver no plural, não haverá mais um caso de crase facultativa. Veja: * Jamais me submeterei passivamente _______ tuas ordens. II — Casos facultativos 2. Diante da preposição “até”, uma vez que esta preposição pode aparecer sob a forma da locução “até a”. *Emocionado, ele se comoveu até AS / ÀS lágrimas. II — Casos facultativos 3. Diante de nomes próprios femininos, quando o termo regente exigir a preposição “a”. * Nada do que ele fizesse agradaria A / À Maria. * Entregou todos os bens A / À Joana. Casos proibitivos (nunca ocorre crase): 1. Diante de verbos. 2. Diante de palavras masculinas. 3. Diante de pronomes pessoais retos, oblíquos e de tratamento, à exceção de “senhora, senho- rita, dona e madame.” 4. Diante de artigos indefinidos. 5. Diante dos pronomes indefinidos, dos interro- gativos, dos demonstrativos “este, esta, estes, estas, esse, essa, esses, essas e isso” e dos relativos, à exceção de “a qual e as quais”. 6. Diante de um “a” no singular o qual precede uma palavra no plural; palavra esta usada em sentido geral e indeterminado. 7. Diante de expressões formadas por palavras repetidas como, por exemplo, “gota a gota, pon- ta a ponta, dia a dia, frente a frente, uma a uma, cara a cara, corpo a corpo, lado a lado etc”. Casos proibitivos (exemplos): * Começava ____ escurecer. * Estamos dispostos ______ trabalhar. * Isto cheira ____ vinho. * Entrega _______ domicílio. * Vim _____ mando de meu patrão. Casos proibitivos (exemplos): * Não vai _____ festas nem _____ reuniões. * Ele se dirigiu _____ pessoas estranhas. * A quem se diriam palavras de amor tão belas? * Escrevi ____ algumas colegas. * Diariamente chegam turistas _____ esta cidade. Casos proibitivos (exemplos): * O conflito levou o país _____ uma situação terrí- vel. * Solicito _____ Vossa Senhoria o obséquio de... * Recorreram _____ mim. * Tomou o remédio gota _____ gota. * Dia ____ dia, a empresa foi crescendo.III - Casos especiais 1. Ocorrerá crase diante da palavra “casa” sem- pre que vier acompanhada de determinantes. Veja: * Ele se dirigiu à velha casa de seus avós. Observação: Se não houver determinação, não haverá crase diante da palavra “casa”. * Voltei a casa triste e atirei-me sobre a cama. III - Casos especiais 2. Ocorrerá crase diante da palavra “terra” quando vier determinada. Quando usada como antônimo de “bordo” a palavra “terra” dispensa determinantes, logo não ocorrerá a crase. * Eles voltaram a terra totalmente exaustos. * Depois de longa viagem, eles desceram a terra. III - Casos especiais Observação: Se vier determinada, ocorrerá crase com a palavra TERRA. * Voltamos à terra de nossos antepassados. III - Casos especiais 3. Com a palavra “distância”, ocorrerá crase sempre que vier acompanhada de determinan- tes. A locução adverbial “a distância” poderá ser craseada quando se quiser ressaltar o valor ad- verbial da locução. * Todos ficaram à distância de vinte metros do local do acidente. III - Casos especiais 4. Ocorrerá crase com os pronomes relativos “a qual e as quais” sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. * Esta é a pessoa à qual ele se referiu durante o café da manhã. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 18 Rodrigo Bezerra 5 1.O uso do sinal da crase é injustificável em: A) Lembrem-se às autoridades de terem sempre em mente o valor da prevenção. B) Não cabe às pessoas de boa fé repudiar medi- das de prevenção ao crime. C) É penoso assistir às cenas de violência que se multiplicam nas metrópoles. D) Atribui-se às medidas preventivas uma eficácia maior que a da repressão. E) À inteligência da prevenção opõem-se aqueles que preferem a força da repressão. 2. Ainda que riqueza [...] à custa do trabalho es- cravo ... A sociedade colonial no Brasil [...] desenvolveu- se [...] à sombra das grandes plantações de açúcar ... Do mesmo modo que nas frases acima, está correto o emprego da crase em: A) defender à unhas e dentes. B) combate à fome. C) vendas à prazo. D) escrito à lápis. E) avião à jato. 3. Não deixa de ser paradoxal o fato de o cres- cimento da descrença, que parecia levar ...... uma ampliação da liberdade, ter dado lugar ...... escalada do fundamentalismo religio- so, ...... que se associam manifestações profun- damente reacionárias. Preenchem corretamente as lacunas da frase aci- ma, na ordem dada: A) a − à − à B) a − à − a C) à − a − a D) a − a − à E) à − à − a 4. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de crase em: A) Não me reporto à impunidade de um caso parti- cular, mas àquela que se generaliza e dissemina a descrença na justiça dos homens. B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delin- qüentes, sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes são levadas à barra dos tribunais. C) O autor do texto faz menção à uma série de prin- cípios de interdição, à qual teria proveniência na vontade divina. D) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de im- punidade, à descabida proliferação de maus exem- plos de conduta social. E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode dei- xar de trabalhar para que não se furtem às sanções os mais poderosos. 5. Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, respeitado o padrão culto escrito, a única alternativa correta é: A) O processo de urbanização levou à transferir atividades dos setores de subsistência, de baixo valor de mercado, para atividades mais modernas, que envolvem mais capital e mais tecnologia. Mas isso ocorreu sem novos requisitos à novas estraté- gias educacionais. B) Essa foi uma estratégia que serviu ao Brasil e a maioria dos países inseridos na turma dos remedia- dos. C) O estudo dá ênfase à educação e às telecomuni- cações, ajudando à entender por que o Brasil cres- ce pouco em comparação à outras nações de eco- nomia emergente. D) O país tem de fazer a transição à um sistema que premie o desempenho de professores e que garanta à todos os alunos talentosos resultados de excelência em exames internacionais. E) Vimos uma estratégia equivocada à época da reserva de informática. O país pagou um preço, porque a reserva não gerou “campeões nacionais” e ainda deixou os usuários atrasados em relação à população de outros países. 6. Marque a opção que preenche corretamente as lacunas. Completamente excluídos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miseráveis são reduzidos _____ uma condição subumana. Seu único horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivência. No lixão do Valparaíso, ____ poucos quilômetros de Brasília, ____ gente disputando os restos com os animais. A) à, a, a, há, há B) a, à, à há, a C) a, a, a, a, há D) à, a, a, à, há E) a, à, à, há, a 7. Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase em: A) Ao aludir a tropa de choque dos artistas moder- nos, o poeta-crítico mostrou-se alinhar à uma ten- dência da linguagem da época. B) Não cabe à crítica apenas dar valor a uma de- terminada obra de arte; cabe a ela, igualmente, aspirar à orientação do artista, em suas futuras ini- ciativas. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 18 Rodrigo Bezerra 6 C) Entre a poesia e a crítica de arte, Manuel Bandei- ra se refere àquela com mais carinho, pois foi como poeta que deu impulso maior à imaginação. D) Convidado a colaborar como crítico de arte, o poeta não se fez de rogado e se entregou a essa tarefa com ânimo e expectativa. E) Nem sempre é dada a quem compõe ou pinta a compreensão necessária para atribuir à crítica a utilidade que esta pode ter. 8. Quanto à necessidade ou não do sinal de cra- se, a frase inteiramente correta é: A) Diante de um grande edifício, assistimos à uma espécie de filme, se ficarmos à observar o movi- mento das luzes e das sombras nas janelas. B) Ao se assistir as cenas do documentário, sente- se, a medida que o tempo vai passando, uma gran- de familiaridade com as personagens entrevistadas. C) Assiste à todas as pessoas o direito de se julga- rem únicas, mas nem por isso superiores as que têm uma vida aparentemente banal. D) Ao entrevistar as pessoas que moram no edifício Master, impôs-se à equipe de Eduardo Coutinho o desafio de as deixar à vontade. E) Quando se está frente à frente com uma pessoa a quem faremos perguntas, é preciso que se dê a ela a possibilidade de corresponder a nossa fran- queza. 9. A paisagem do Norte do país já fascinou ...... muitos, como o fotógrafo Marcel Gautherot, que por décadas voltou repetidamente ...... Região, disposto ...... captar parte de sua essência. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: Preenchem corretamente as lacunas da frase aci- ma, na ordem dada: A) a - a - à B) à - a - a C) a - à - a D) à - à - à E) à - a - à 10.(FCC) A erupção de um vulcão provocou per- das ......... economia europeia bem superiores ....................... trazidas pelos atentados terroris- tas de 2001, fato que obrigou a ONU ........... criar um plano internacional de redução dos riscos de acidentes. A) a - aquelas - a B) a - àquelas - à C) à - aquelas - a D) à - aquelas - à E) à - àquelas - a 11. Observam-se plenamente as regras que re- gulamentam o emprego do sinal de crase em: A) Se uma forma de reação ao humor é rir à soca- pa, outra forma, contrária àquela, é rir às escânca- ras. B) O humor não pede licença à ninguém para se fazer presente, nem recorre à normas de boa con- duta para se justificar. C) Assiste à toda gente o direito de não se rir de uma piada, mas não cabe à nenhuma pessoa impe- dir que alguém a conte. D) O humorista requisitou àquela senhora para con- tracenar com ele, mas, afeita à defender o “politica- mente correto”, ela se recusou. E) É à partir das reações de alguém à ação do hu- mor que podemos chegar à alguma conclusão sobreo seu caráter pessoal. 12.“Faz-se necessária uma ação conjunta entre o Estado e a sociedade no combate a todas as violações dos Direitos Humanos, principalmente no que diz respeito à tortura. Qual das alternati- vas abaixo não pode substituir o trecho grifado? A) naquelas que tangem à tortura. B) quando elas fazem referência à tortura. C) naquilo que concerne à tortura. D) nos casos que se aplicam à tortura. E) naquelas em que se utiliza à tortura. SINTAXE DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL Posições típicas (nomenclatura): 1. Próclise pronome oblíquo antes do verbo 2. Ênclise pronome oblíquo depois do verbo 3. Mesóclise pronome oblíquo no meio do verbo AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 1ª MÁXIMA: Não se inicia período com pronome oblíquo átono. 2ª MÁXIMA: Em português formal, não se admite uma ênclise a um verbo no futuro. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 18 Rodrigo Bezerra 7 Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucio- ná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto. (CESPE/UNB – STF) A função sintática exercida por “a mim mesmo”, em “Tratarei a mim mesmo” (L.14-15) corresponde a me e, por essa razão, também seria gramaticalmente correta a seguinte redação: Tratarei-me. 01(ESAF – Auditor Fiscal) Assinale a opção que apresenta coerência com as ideias do texto e correção gramatical. a) Seria errôneo afirmar que nem o empenho maior do pensamento filosófico grego sujeitaria-se ao ob- jetivo de querer trocar os limites do acaso pelo al- cance da racionalidade. b) Em suma, o que se pode falar, com propriedade, é no direito ao bem estar social, como condição para a consecução da felicidade pessoal, já que a felicidade, a rigor só atingiria-se indiretamente. d) Enfim, poderia-se apenas falar, com propriedade, no direito ao bem estar social como condição para a realização da felicidade pessoal, pois a rigor, a feli- cidade só é indiretamente alcançada. AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 3ª MÁXIMA: Em português formal, toda ênclise a um verbo no infinitivo é correta, ainda que exista um fator de próclise. 7.(FCC – Perito do INSS) O único segmento gri- fado que NÃO está empregado em conformidade com o padrão culto escrito é: A) Não é muito agradável estar com aqueles meus primos, porque eles falam ininterruptamente de si. B) Esse é o tipo de questão que você terá de resol- ver com nós mesmos. C) A fim de não encontrá-lo no consultório, deixei para ir no dia seguinte. D) Ele preencheu o formulário de modo inadequado, é onde o coordenador chamou sua atenção. E) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o rosto afilado e claro. I – A PRÓCLISE O pronome oblíquo átono ficará proclítico ao verbo por causa dos seguintes fatores que o atra- em: a) Palavras de valor negativo (não, nunca, ja- mais, ninguém, nada, nem (= e nem) etc. * Jamais nos consideraremos melhores do que os outros. b) Advérbios e pronomes indefinidos. * Aqui se faz, aqui se paga. * Nem sempre se enxergam as disparidades do mundo contemporâneo. I – A PRÓCLISE Observação: Se houver pausa depois do advérbio, o pronome ficará enclítico. Se o verbo estiver no futuro, emprega-se a mesóclise. * Enfim, encontrei-o na Estação da Luz. * Amanhã, encontrar-me-ei com o Luís Antônio para uma conversa de negócios. I – A PRÓCLISE c) Pronomes relativos (que, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, quem etc). * As informações, que te deram, parece terem me- xido com o teu íntimo. I – A PRÓCLISE d) Pronomes demonstrativos (este, esta, isto, aquele, aquela, aquilo etc). * Tudo aquilo lhe passou despercebido. * Esta me contou uma versão esquisita do caso. Aquele nos disse totalmente o contrário desse ai. I – A PRÓCLISE e) Conjunções subordinadas (quando, se, já que, porque, embora, enquanto, como, à medida que etc.) * À medida que se estuda, aprende-se mais. * Enquanto me diziam aquilo, eu permanecia imó- vel. I – A PRÓCLISE f) Verbo no gerúndio precedido da preposição “em”. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 18 Rodrigo Bezerra 8 * Em se tratando de finanças, procure o sr. João Alberto. * Em se pensando em viagens, é sempre bom pro- curar uma boa empresa de turismo. I – A PRÓCLISE g) Conjunção coordenativa alternativa. * Ou se casa comigo, ou se casa com o meu primo. I – A PRÓCLISE Além desses fatores, a próclise é de rigor: a) Nas orações exclamativas e nas optativas (orações que exprimem desejo): * Que Deus te proteja. * Bons ventos os levem em paz! b) Nas orações interrogativas em que haja pro- nomes interrogativos: * Quem vos falou sobre o problema dela? c) Com verbos no infinitivo pessoal precedido de preposição: * Demiti os dois funcionários por se queixarem de- mais. II – A MESÓCLISE A mesóclise consiste na colocação do pro- nome oblíquo átono no meio do verbo. Isso ocorre apenas com dois tempos do modo indicativo: o fu- turo do presente e o futuro do pretérito, pois se trata de dois tempos compostos. II – A MESÓCLISE * Compraria o carro se eu pudesse. = Comprá-lo-ia se eu pudesse. * Encontrá-lo-á deitado numa rede bem vistosa à varanda da casa grande. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 19 Rodrigo Bezerra 1 II — Casos facultativos 1. Diante de pronomes possessivos femininos no singular quando o termo regente exigir a pre- posição “a”. * Ele desistiu de viajar devido A / À sua doença. * Para explicar as mãos inchadas, menti A / À minha mãe. II — Casos facultativos Observação: Se o pronome possessivo estiver no plural, não haverá mais um caso de crase facultativa. Veja: * Jamais me submeterei passivamente _______ tuas ordens. II — Casos facultativos 2. Diante da preposição “até”, uma vez que esta preposição pode aparecer sob a forma da locução “até a”. *Emocionado, ele se comoveu até AS / ÀS lágrimas. II — Casos facultativos 3. Diante de nomes próprios femininos, quando o termo regente exigir a preposição “a”. * Nada do que ele fizesse agradaria A / À Maria. * Entregou todos os bens A / À Joana. Casos proibitivos (nunca ocorre crase): 1. Diante de verbos. 2. Diante de palavras masculinas. 3. Diante de pronomes pessoais retos, oblíquos e de tratamento, à exceção de “senhora, senhorita, dona e madame.” 4. Diante de artigos indefinidos. 5. Diante dos pronomes indefinidos, dos interrogati- vos, dos demonstrativos “este, esta, estes, estas, esse, essa, esses, essas e isso” e dos relativos, à exceção de “a qual e as quais”. 6. Diante de um “a” no singular o qual precede uma palavra no plural; palavra esta usada em sentido geral e indeterminado. 7. Diante de expressões formadas por palavras repetidas como, por exemplo, “gota a gota, ponta a ponta, dia a dia, frente a frente, uma a uma, cara a cara, corpo a corpo, lado a lado etc”. Casos proibitivos (exemplos): * Começava ____ escurecer. * Estamos dispostos ______ trabalhar. * Isto cheira ____ vinho. * Entrega _______ domicílio. * Vim _____ mando de meu patrão. Casos proibitivos (exemplos): * Não vai _____ festas nem _____ reuniões. * Ele se dirigiu _____ pessoas estranhas. * A quem se diriam palavras de amor tão belas? * Escrevi ____ algumas colegas. * Diariamente chegam turistas _____ esta cidade. Casos proibitivos (exemplos): * O conflito levou o país _____ uma situação terrí- vel. * Solicito _____ Vossa Senhoria o obséquio de... * Recorreram _____ mim. * Tomou o remédio gota _____ gota. * Dia ____ dia, a empresa foi crescendo. III - Casos especiais 1. Ocorrerá crase diante da palavra “casa” sem- pre que vier acompanhada de determinantes.Veja: * Ele se dirigiu à velha casa de seus avós. Observação: Se não houver determinação, não haverá crase diante da palavra “casa”. * Voltei a casa triste e atirei-me sobre a cama. 2. Ocorrerá crase diante da palavra “terra” quando vier determinada. Quando usada como antônimo de “bordo” a palavra “terra” dispensa determinantes, logo não ocorrerá a crase. * Eles voltaram a terra totalmente exaustos. * Depois de longa viagem, eles desceram a terra. Observação: Se vier determinada, ocorrerá crase com a palavra TERRA. * Voltamos à terra de nossos antepassados. 3. Com a palavra “distância”, ocorrerá crase sempre que vier acompanhada de determinan- tes. A locução adverbial “a distância” poderá ser craseada quando se quiser ressaltar o valor ad- verbial da locução. * Todos ficaram à distância de vinte metros do local do acidente. 4. Ocorrerá crase com os pronomes relativos “a qual e as quais” sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. * Esta é a pessoa à qual ele se referiu durante o café da manhã. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 19 Rodrigo Bezerra 2 1.O uso do sinal da crase é injustificável em: A) Lembrem-se às autoridades de terem sempre em mente o valor da prevenção. B) Não cabe às pessoas de boa fé repudiar medi- das de prevenção ao crime. C) É penoso assistir às cenas de violência que se multiplicam nas metrópoles. D) Atribui-se às medidas preventivas uma eficácia maior que a da repressão. E) À inteligência da prevenção opõem-se aqueles que preferem a força da repressão. 2. Ainda que riqueza [...] à custa do trabalho es- cravo ... A sociedade colonial no Brasil [...] desenvolveu- se [...] à sombra das grandes plantações de açúcar ... Do mesmo modo que nas frases acima, está correto o emprego da crase em: A) defender à unhas e dentes. B) combate à fome. C) vendas à prazo. D) escrito à lápis. E) avião à jato. 3. Não deixa de ser paradoxal o fato de o cres- cimento da descrença, que parecia levar ...... uma ampliação da liberdade, ter dado lugar ...... escalada do fundamentalismo religio- so, ...... que se associam manifestações profun- damente reacionárias. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: A) a − à − à B) a − à − a C) à − a − a D) a − a − à E) à − à − a 4. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de crase em: A) Não me reporto à impunidade de um caso parti- cular, mas àquela que se generaliza e dissemina a descrença na justiça dos homens. B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delin- qüentes, sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes são levadas à barra dos tribunais. C) O autor do texto faz menção à uma série de prin- cípios de interdição, à qual teria proveniência na vontade divina. D) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de im- punidade, à descabida proliferação de maus exem- plos de conduta social. (E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar de trabalhar para que não se furtem às san- ções os mais poderosos. 5. Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, respeitado o padrão culto escrito, a única alternativa correta é: A) O processo de urbanização levou à transferir atividades dos setores de subsistência, de baixo valor de mercado, para atividades mais modernas, que envolvem mais capital e mais tecnologia. Mas isso ocorreu sem novos requisitos à novas estraté- gias educacionais. B) Essa foi uma estratégia que serviu ao Brasil e a maioria dos países inseridos na turma dos remedia- dos. C) O estudo dá ênfase à educação e às telecomuni- cações, ajudando à entender por que o Brasil cres- ce pouco em comparação à outras nações de eco- nomia emergente. D) O país tem de fazer a transição à um sistema que premie o desempenho de professores e que garanta à todos os alunos talentosos resultados de excelência em exames internacionais. E) Vimos uma estratégia equivocada à época da reserva de informática. O país pagou um preço, porque a reserva não gerou “campeões nacionais” e ainda deixou os usuários atrasados em relação à população de outros países. 6. Marque a opção que preenche corretamente as lacunas. Completamente excluídos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miseráveis são reduzidos _____ uma condição subumana. Seu único horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivência. No lixão do Valparaíso, ____ poucos quilômetros de Brasília, ____ gente disputando os restos com os animais. A) à, a, a, há, há B) a, à, à há, a C) a, a, a, a, há D) à, a, a, à, há E) a, à, à, há, a 7. Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase em: A) Ao aludir a tropa de choque dos artistas moder- nos, o poeta-crítico mostrou-se alinhar à uma ten- dência da linguagem da época. B) Não cabe à crítica apenas dar valor a uma de- terminada obra de arte; cabe a ela, igualmente, aspirar à orientação do artista, em suas futuras ini- ciativas. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 19 Rodrigo Bezerra 3 C) Entre a poesia e a crítica de arte, Manuel Bandei- ra se refere àquela com mais carinho, pois foi como poeta que deu impulso maior à imaginação. D) Convidado a colaborar como crítico de arte, o poeta não se fez de rogado e se entregou a essa tarefa com ânimo e expectativa. E) Nem sempre é dada a quem compõe ou pinta a compreensão necessária para atribuir à crítica a utilidade que esta pode ter. 8. Quanto à necessidade ou não do sinal de cra- se, a frase inteiramente correta é: A) Diante de um grande edifício, assistimos à uma espécie de filme, se ficarmos à observar o movi- mento das luzes e das sombras nas janelas. B) Ao se assistir as cenas do documentário, sente- se, a medida que o tempo vai passando, uma gran- de familiaridade com as personagens entrevistadas. C) Assiste à todas as pessoas o direito de se julga- rem únicas, mas nem por isso superiores as que têm uma vida aparentemente banal. D) Ao entrevistar as pessoas que moram no edifício Master, impôs-se à equipe de Eduardo Coutinho o desafio de as deixar à vontade. E) Quando se está frente à frente com uma pessoa a quem faremos perguntas, é preciso que se dê a ela a possibilidade de corresponder a nossa fran- queza. 9. A paisagem do Norte do país já fascinou ...... muitos, como o fotógrafo Marcel Gautherot, que por décadas voltou repetidamente ...... Região, disposto ...... captar parte de sua essência. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: A) a - a - à B) à - a - a C) a - à - a D) à - à - à E) à - a - à 10.(FCC) A erupção de um vulcão provocou per- das ......... economia europeia bem superiores ....................... trazidas pelos atentados terroris- tas de 2001, fato que obrigou a ONU ........... criar um plano internacional de redução dos riscos de acidentes. A) a - aquelas - a B) a - àquelas - à C) à - aquelas - a D) à - aquelas - à E) à - àquelas - a 11. Observam-se plenamente as regras que re- gulamentam o emprego do sinal de crase em: (A) Se uma forma de reação ao humor é rir à soca- pa, outra forma, contrária àquela, é rir às escânca- ras. B) O humor não pede licença à ninguém para se fazer presente, nem recorre à normas de boa con- duta para se justificar. C) Assiste à toda gente o direito de não se rir de uma piada, mas não cabe à nenhuma pessoa impe- dir que alguém a conte. D) O humorista requisitou àquela senhora para con- tracenar com ele, mas, afeita à defender o “politica- mente correto”, ela se recusou. E) É à partir das reações de alguém à ação do hu- mor que podemos chegar à alguma conclusão sobre o seu caráter pessoal. 12.“Faz-se necessária uma ação conjunta entre o Estado e a sociedade no combate a todas as violações dos Direitos Humanos, principalmente no que diz respeito à tortura. Qualdas alternati- vas abaixo não pode substituir o trecho grifado? A) naquelas que tangem à tortura. B) quando elas fazem referência à tortura. C) naquilo que concerne à tortura. D) nos casos que se aplicam à tortura. E) naquelas em que se utiliza à tortura. SINTAXE DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL Posições típicas (nomenclatura): 1. Próclise pronome oblíquo antes do verbo 2. Ênclise pronome oblíquo depois do verbo 3. Mesóclise pronome oblíquo no meio do verbo AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 1ª MÁXIMA: Não se inicia período com pronome oblíquo áto- no. AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 19 Rodrigo Bezerra 4 2ª MÁXIMA: Em português formal, não se admite uma ênclise a um verbo no futuro. Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucio- ná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto. (CESPE/UNB – STF) A função sintática exercida por “a mim mesmo”, em “Tratarei a mim mesmo” (L.14-15) corresponde a me e, por essa razão, também seria gramaticalmente correta a seguinte redação: Tratarei-me. 01(ESAF – Auditor Fiscal) Assinale a opção que apresenta coerência com as ideias do texto e correção gramatical. a) Seria errôneo afirmar que nem o empenho maior do pensamento filosófico grego sujeitaria-se ao ob- jetivo de querer trocar os limites do acaso pelo al- cance da racionalidade. 3 - Constitui uma continuidade gramaticalmente correta e coerente com a argumentação do texto o seguinte parágrafo: b) Em suma, o que se pode falar, com propriedade, é no direito ao bem estar social, como condição para a consecução da felicidade pessoal, já que a felicidade, a rigor só atingiria-se indiretamente. d) Enfim, poderia-se apenas falar, com propriedade, no direito ao bem estar social como condição para a realização da felicidade pessoal, pois a rigor, a feli- cidade só é indiretamente alcançada. AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 3ª MÁXIMA: Em português formal, toda ênclise a um verbo no infinitivo é correta, ainda que exista um fator de próclise. 7.(FCC – Perito do INSS) O único segmento gri- fado que NÃO está empregado em conformidade com o padrão culto escrito é: A) Não é muito agradável estar com aqueles meus primos, porque eles falam ininterruptamente de si. B) Esse é o tipo de questão que você terá de resol- ver com nós mesmos. C) A fim de não encontrá-lo no consultório, deixei para ir no dia seguinte. D) Ele preencheu o formulário de modo inadequado, é onde o coordenador chamou sua atenção. E) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o rosto afilado e claro. I – A PRÓCLISE O pronome oblíquo átono ficará proclítico ao verbo por causa dos seguintes fatores que o atraem: a) Palavras de valor negativo (não, nunca, ja- mais, ninguém, nada, nem (= e nem) etc. * Jamais nos consideraremos melhores do que os outros. b) Advérbios e pronomes indefinidos. * Aqui se faz, aqui se paga. * Nem sempre se enxergam as disparidades do mundo contemporâneo. Observação: Se houver pausa depois do advérbio, o pronome ficará enclítico. Se o verbo estiver no futuro, emprega-se a mesóclise. * Enfim, encontrei-o na Estação da Luz. * Amanhã, encontrar-me-ei com o Luís Antônio para uma conversa de negócios. c) Pronomes relativos (que, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, quem etc). * As informações, que te deram, parece terem me- xido com o teu íntimo. d) Pronomes demonstrativos (este, esta, isto, aquele, aquela, aquilo etc). * Tudo aquilo lhe passou despercebido. * Esta me contou uma versão esquisita do caso. Aquele nos disse totalmente o contrário desse ai. e) Conjunções subordinadas (quando, se, já que, porque, embora, enquanto, como, à medida que etc.) * À medida que se estuda, aprende-se mais. * Enquanto me diziam aquilo, eu permanecia imó- vel. f) Verbo no gerúndio precedido da preposição “em”. * Em se tratando de finanças, procure o sr. João Alberto. * Em se pensando em viagens, é sempre bom pro- curar uma boa empresa de turismo. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 19 Rodrigo Bezerra 5 g) Conjunção coordenativa alternativa. * Ou se casa comigo, ou se casa com o meu primo. I – A PRÓCLISE Além desses fatores, a próclise é de rigor: a) Nas orações exclamativas e nas optativas (orações que exprimem desejo): * Que Deus te proteja. * Bons ventos os levem em paz! b) Nas orações interrogativas em que haja pro- nomes interrogativos: * Quem vos falou sobre o problema dela? c) Com verbos no infinitivo pessoal precedido de preposição: * Demiti os dois funcionários por se queixarem de- mais. II – A MESÓCLISE A mesóclise consiste na colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo. Isso ocorre apenas com dois tempos do modo indicativo: o futuro do presente e o futuro do pretérito, pois se trata de dois tempos compostos. * Compraria o carro se eu pudesse. = Comprá-lo-ia se eu pudesse. * Encontrá-lo-á deitado numa rede bem vistosa à varanda da casa grande. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 20 Rodrigo Bezerra 1 II – A MESÓCLISE A mesóclise consiste na colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo. Isso ocorre apenas com dois tempos do modo indicativo: o futuro do presente e o futuro do pretérito, pois se trata de dois tempos compostos. * Compraria o carro se eu pudesse. = Comprá-lo-ia se eu pudesse. * Encontrá-lo-á deitado numa rede bem vistosa à varanda da casa grande. III – A ÊNCLISE O pronome oblíquo átono ficará enclítico ao verbo nas seguintes circunstâncias: a) Quando o verbo iniciar o período: * Conta-me logo tudo que sabes, Marcílio. b) Com o verbo no gerúndio, desde que não forme locução verbal ou que não esteja precedi- do da preposição “em” ou de qualquer elemento de atração. * Não farei mais a reunião, disse ele levantando-se rapidamente. c) Com verbos no imperativo afirmativo. * Deixe a sala agora e entregue-se aos estudos se quiser ser aprovado no final do ano. d) Com verbos no infinitivo regidos da preposi- ção “a”, em se tratando dos pronomes oblíquos vocálicos “o, a, os, as”, os quais assumirão, obrigatoriamente, as formas “lo, la, los, las”. * Jamais me recusaria a recebê-los. IV – COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS NAS LOCUÇÕES VERBAIS A partir de agora, vamos usar o conhecimento aci- ma para posicionar corretamente os pronomes oblí- quos dentro das locuções verbais. O assunto não é difícil, mas você precisa estar bem atento às orien- tações abaixo. IV – COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS NAS LOCUÇÕES VERBAIS 1. Verbo auxiliar + infinitivo: * Os homens devem amar uns aos outros. (se) Os homens se devem amar uns aos outros. Os homens devem-se amar uns aos outros. Os homens devem amar-se uns aos outros. Os homens devem se amar uns aos outros. 2. Verbo auxiliar + gerúndio: * Os olhos da personagem foram enchendo de lá- grimas. (se) Os olhos da personagem se foram enchendo de luz. Os olhos da personagem foram-se enchendo de luz. Os olhos da personagem foram enchendo-se de luz. Os olhos da personagem foram se enchendo de luz. 3. Verbo auxiliar + particípio: * O time tem dado muitas decepções. (nos) O time nos tem dado muitas decepções. O time tem-nos dado muitas decepções. O time tem nos dado muitas decepções. 1.(FCC – TJ/PE – Analista Judiciário) Jeffrey Johnson realizou uma pesquisa, e o autor do texto, ao comentar essa pesquisa, acrescentou a essa pesquisa elementos de sua convicção pes- soal, que tornam essa pesquisa ainda mais ins- tigante aos olhos do público. Evitam-se as viciosas repetiçõesda frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, se- gundo a ordem em que se apresentam, por: A) comentá-la - acrescentou-lhe - a tornam B) a comentar - lhe acrescentou - lhe tornam C) comentar-lhe - acrescentou-lhe - tornam-a D) comentá-la - acrescentou-a - tornam-na E) a comentar - acrescentou-lhe - tornam-lhe 2.(FCC – TRT 23ª região – Analista Judiciário) Se há iniciativa e astúcia na ação do homem injus- to, não há iniciativa e astúcia no bom cidadão que, apesar de indignado, não confere à iniciati- va e à astúcia o mesmo valor que o mau reco- nhece na iniciativa e na astúcia. A) há elas - não as confere - reconhece nelas. B) as há - não lhes confere - nelas reconhece. C) as há - não confere-lhes - as reconhece. D) há as mesmas - não lhes confere - reconhece- lhes. E) há estas - não as confere - nelas reconhece. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 20 Rodrigo Bezerra 2 3. (FCC) “Os jovens bem que tentam, mas não se dá aos jovens a oportunidade de um trabalho que recompense os jovens pelos esforços des- pendidos.“ Evita-se a repetição de palavras da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, res- pectivamente, pelas formas: A) se dá a aqueles - recompense eles B) se dá a eles - recompense-lhes C) se lhes dá - os recompense D) se os dá - os recompense E) se dá a eles - recompense eles PONTUAÇÃO Bases da pontuação: 1ª Pontuar é uma necessidade sintática, ou seja, ocorre em função de termos e orações deslocados dentro da estrutura oracional. Ex.: * O Código de Processo Civil, prevê em seu art. 273 a tutela antecipada... * O dispositivo constitucional acima transcrito, forta- lece o artigo 543, §3º, da CLT, ... 2ª Pontuar pode alterar o sentido e a função sin- tática de um termo ou de uma oração. Ex.: * Ninguém entende Maria. * Ninguém entende, Maria * Todos irão até o chefe. * Todos irão, até o chefe. Observação importante: Os sinais de – pontuação seguintes podem ser geralmente trocados uns pelos outros sem que isso provoque erro gramatical ou alteração semântica: , ; : – ( ) (Questão FCC – Técnico Câmara dos Deputados) A alteração nos sinais de pontuação está incor- reta na frase: a) ...deve aumentar em uma década, conforme o IBGE, alcançando um índice semelhante ao dos japoneses... - ...deve aumentar em uma década – conforme o IBGE –, alcançando um índice semelhante ao dos japoneses... b) ...ao dos japoneses (que, por sua vez, terão atingido uma expectativa de 85 anos). - ...ao dos japoneses que, por sua vez, terão atingido uma expectativa de 85 anos. c) ...será produzida por um fenômeno muito mais complexo: o progresso da medicina em novos campos. - ...será produzida por um fenômeno muito mais complexo – o progresso da medicina em novos campos. d) ...nos próximos anos (numa contraposição ao “baby boom” pós-II Guerra Mundial) - ...nos próximos anos – numa contraposição ao “baby boom” pós-II Guerra Mundial – e) O Brasil deve alcançar a nona posição nesse ranking. - O Brasil, deve alcançar a nona posição nesse ranking. Emprega-se a vírgula entre termos: 1) Para separar termos coordenados assindéticos (sem ligação por conectivo), de mesma função sin- tática, que formam, muitas vezes, enumerações. * Deparamo-nos em nossa viagem com uma paisa- gem paradisíaca na qual se viam o sol, algumas nuvens, o mar ao longe, alguns coqueiros e duas casas numa restinga. Emprega-se a vírgula entre termos: Observação: Quando o último elemento de uma série enumerati- va vier precedido da conjunção “e”, a vírgula é dis- pensada. * As mulheres voluntariosas, as soberanas podero- sas e as artistas não encontravam espaço no show. A esfera da ciência pode parecer hostil às metáfo- ras. Afinal de contas, a ciência ocupar-se-ia da bus- ca e da representação do conhecimento, o que, para muitos, só pode ser literal: um remédio ou um tratamento médico são coisas concretas que podem ser vistas ou ingeridas; uma ponte é uma constru- ção de verdade, do mundo real; do mesmo modo, muitos outros avanços científicos são coisas concre- tas que afetam diretamente a vida das pessoas. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 20 Rodrigo Bezerra 3 (CESPE/UNB) A substituição do sinal de ponto e vírgula depois de “ingeridas” (L.5) e de “real” (L.6), por vírgulas pre- servaria as regras de pontuação e a coerência, a clareza e a objetividade do texto. Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrá- tica da justiça; são instituições públicas sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões eco- nômicas. (CESPE/UNB) O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no último período sintático do texto, apresenta a dupla função de deixar claras as relações sintático-semânticas marcadas por vírgulas dentro do período e deixar subentender “Modernidade” (L.16) como o sujeito de “é sistema” (L.17), “são instituições” (L.18) e “é o controle” (L.19). Emprega-se a vírgula entre termos: 2) Para isolar vocativos: * “Mas olha, meu Telmo, torno a dizer-to: eu não sei como hei de fazer para te dar conselhos.” 3) Para separar os adjuntos adverbiais locucionais (de grande extensão) deslocados dentro da estrutu- ra oracional. * “Desde as quatro horas da tarde, no calor e silên- cio do domingo de junho, o Fidalgo da Torre (...) trabalhava.” * Na história recente do Brasil, as grandes mudan- ças políticas têm sido grandes e graves. Observações: a) Os adjuntos adverbiais formados por um só vo- cábulo – e mesmo os adjuntos adverbiais locucio- nais, de pequena extensão – dispensam a vírgula, salvo se se quiser conferir-lhes ênfase. * Iremos hoje ao shopping. * Todos em princípio discordam do que ele disse. b) Os adjuntos adverbiais terminados no sufixo “- mente” seguem a regra de pontuação dos adjuntos adverbiais simples: ou não se põe nenhuma vírgula, ou se isola o advérbio com vírgula(s) para conferir- lhe ênfase ou alterar-lhe a semântica. * No que eles estavam todos de acordo é que ela era extraordinariamente bela. Exemplos a) Embora sejamos tentados, frequentemente, a qualificar como cruel ou maldoso o comportamento de certos animais, o fato é que, para eles, só há os instintos. b) A indignação de muita gente não transpõe na maioria dos casos, o âmbito das conversas priva- das, e assim, os valores éticos acomodam-se no plano raso de um discurso, que não leva à ação. c) Via de regra o abuso de poder constitui um caso difícil de ser apurado, uma vez que, o próprio agen- te do delito, costuma exercer forte influência, na investigação dos fatos. Emprega-se a vírgula entre termos: 4) Para isolar apostos explicativos: * “Vós fostes o aio e amigo de meu senhor... de meu primeiro marido, o Senhor D. João de Portugal...” * “O Dr. Camargo, médico e velho amigo da casa, foi ter com Estácio.” 5) Para isolar o predicativo do sujeito deslocado dentro da estrutura oracional quando o verbo não é de ligação. * Triste com a notícia, o rapaz deixou a sala em silêncio. * O governo, contente com a redução da inflação, interveio junto ao Banco Central para que este dimi- nua a taxa SELIC. 6) Para separar expressões explicativas, conclusi- vas e retificativas, interpostas na oração como “isto é, a saber, ou seja, por exemplo, ou melhor, outros- sim, com efeito, assim, então, por assim dizer, além disso, ademais etc”. * “Quaresma fez o “Tangolomango”, isto é, vestiu uma velha sobrecasaca do general...” A vírgula entre orações (casos): 1) Para separar orações coordenadas assindéticas. * “Entregou a espingarda a sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos...” * “Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumi- ram-se.” 2) Emprega-se a vírgula para separar as orações coordenadassindéticas, exceto as introduzidas pelo conectivo aditivo “e”. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 20 Rodrigo Bezerra 4 * “... as duas janelas estavam cerradas, mas sentia- se fora o sol faiscar nas vidraças...” * “Não freqüentava botequins, nem fazia noitadas.” A vírgula entre orações (casos): Observação: É obrigatório o emprego da vírgula antes do “e” aditivo quanto esta conjunção ligar orações que apresentam sujeitos diferentes. Observação: * Sendo um dos mais preparados, se não o mais competente, começou dizendo que cada um dos que ali estavam tinha condições de chegar aonde quisesse, e que as metas pessoais poderiam ser manifestadas dali a pouco. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 1 A vírgula entre orações (casos): 2) Emprega-se a vírgula para separar as orações coordenadas sindéticas, exceto as introduzidas pelo conectivo aditivo “e”. * “... as duas janelas estavam cerradas, mas sentia- se fora o sol faiscar nas vidraças...” * “Não frequentava botequins, nem fazia noitadas.” A vírgula entre orações (casos): Observação: É obrigatório o emprego da vírgula antes do “e” aditivo quanto esta conjunção ligar orações que apresentam sujeitos diferentes. A vírgula entre orações (casos): Observação: * Sendo um dos mais preparados, se não o mais competente, começou dizendo que cada um dos que ali estavam tinha condições de chegar aon- de quisesse, e que as metas pessoais poderiam ser manifestadas dali a pouco. A vírgula entre orações (casos): 3) Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas: * “Aquele olhar profundo, que parecia despedir os fogos surdos de uma labareda oculta, incutia nela um desassossego íntimo.” A vírgula entre orações (casos): 4) Para separar orações subordinadas adverbi- ais desenvolvidas quando antepostas à oração principal ou intercaladas nela. * “Logo que começou a revolver os papéis, a mão do médico tornou-se mais febril.” * O conselheiro, embora não figurasse em nenhum grande cargo do Estado, ocupava elevado lugar na sociedade. Observação: É facultativa a pontuação quando as orações adverbiais estão situadas após a oração principal. * O Governo Federal aumentou os juros a fim de que o consumo da classe média se mantenha baixo. * Eles partirão logo cedo, se não chover. A vírgula entre orações (casos): 5) Para separar as orações reduzidas (de gerún- dio, de infinitivo e de particípio) adverbiais e adjetivas quando antepostas à oração principal ou intercaladas nela. * “Hoje, pensando melhor, acho que servi de alívio.” * Acabada a balada, retiraram-se os convidados. A vírgula entre orações (casos): 6) Para separar orações intercaladas. * “Venha, acudiu ele, venha o grande o homem.” * Cão que ladra, diz o dito popular, não morde. NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA a) Entre o sujeito e o seu verbo quando juntos, ainda que um preceda ao outro. b) Entre o verbo e o(s) seu(s) complemento(s) quando juntos, ainda que um preceda ao outro. c) Entre o nome (substantivo, adjetivo ou advér- bio) é o seu complemento quando estão juntos. NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA d) Entre o nome (substantivo) e o seu adjunto adnominal. e) Entre o nome e a oração subordinada adjetiva restritiva. f) Entre a oração principal e a oração subordina- da substantiva, salvo a oração subordinada substantiva apositiva. NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA (Exemplos): a) Não é fácil, submeter-se ao equilíbrio entre o direito e o dever, pois, a tendência é de um lado, valorizar o direito, e de outro minimizar o dever que lhe corresponde. b) Primeiro, inventamos a literatura e em segui- da o cinema, mas nenhum desses meios, teria alcançado influenciar-nos tanto como a TV. NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA (Exemplos): c) O fato de imaginarmos que há uma dimensão além das nossas paredes, é decisivo, para que reconheçamos na TV, o poder de abrir tantas janelas. d) Quando menino ignorava o que fosse: “fiscal de rendas”, preocupando-me mais em ajudar meu pai, a carregar uma pesada maleta de cou- ro. EMPREGA-SE O PONTO E VÍRGULA 1) Para separar orações coordenadas de consi- derável extensão, principalmente quando em qualquer destas proposições já existe pausa mais fraca assinalada por vírgula. EMPREGA-SE O PONTO E VÍRGULA * A porta ficava à direita da grande coluna de entra- da do templo budista; a sala do mestre localizava-se depois dessa porta. * Nada se comparava ao devaneio sentido naquele momento da sessão de psicoterapia; e contava-me tudo sem restrições. Emprego dos sinais de pontuação 01.(FCC) Está inteiramente adequada a pontua- ção do seguinte período: (A) Embora sejamos tentados, frequentemente, a qualificar como cruel ou maldoso o comportamento de certos animais, o fato é que, para eles, só há os instintos. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 2 (B) Por mais que difiram entre si, as constituições, nenhuma delas deixa-se reger, por princípios que desfavoreçam, ou impeçam algum equilíbrio nas relações sociais. (C) Via de regra o abuso de poder constitui um caso difícil de ser apurado, uma vez que, o próprio agen- te do delito, costuma exercer forte influência, na investigação dos fatos. (D) É muito comum nas conversas mais informais, os indivíduos se referirem a casos públicos de im- punidade, tomando-os como justificativas, de seus delitos pessoais. (E) Não é fácil, submeter-se ao equilíbrio entre o direito e o dever, pois, a tendência é de um lado, valorizar o direito, e de outro minimizar o dever que lhe corresponde. 02.(FCC – TRF 5ª Região) Está inteiramente cor- reta a pontuação do seguinte período: (A) De acordo com Marilena Chauí – a autora do texto –, é preciso desconfiar das afirmações que, aparentemente óbvias, não resistem a uma análise mais concreta e mais rigorosa. (B) De acordo com Marilena Chauí, a autora do texto: é preciso desconfiar das afirmações que aparentemente óbivias, não resistem a uma análise, mais concreta e mais rigorosa. (C) De acordo com Marilena Chauí, a autora do texto; é preciso: desconfiar das afirmações que, aparentemente óbvias não resistem, a uma análise mais concreta, e mais rigorosa. (D) De acordo com Marilena Chauí, a autora do texto, é preciso desconfiar, das afirmações, que aparentemente óbvias não resistem a uma análise, mais concreta e mais rigorosa. (E) De acordo com Marilena Chauí, – a autora do texto - é preciso desconfiar das afirmações, que, aparentemente óbvias não resistem a uma análise mais concreta e, mais rigorosa. 03. (FCC) Está inteiramente adequada a pontua- ção do seguinte período: (A) Nada – a não ser livros e móveis – deixou meu pai como legado, ao contrário de vários colegas seus, cujo espólio assumia consideráveis propor- ções. (B) Não obstante, fosse músico e sensível, meu pai era objetivo e firme em suas decisões de bem fisca- lizar, o que devessem ao fisco os contribuintes. (C) Quando menino ignorava o que fosse: “fiscal de rendas”, preocupando-me mais em ajudar meu pai, a carregar uma pesada maleta de couro. (D) Não tenho dúvida – o fato de ter cultivado tantos amigos, e granjeado o respeito de todos, é prova suficiente, de que ele teve uma vida digna. (E) Crêem muitos, que o serviço público é algo mesquinho e vicioso, a esses digo que desconhe- cem o real sentido do que significa: ser um servidor do povo. 04.(FCC – TJ/RJ) Está plenamente correta a pon- tuação do seguinte período: (A) Confessando não sem ironia, que entende de arquitetura, o cronista Rubem Braga, mestre do gênero propõe uma receita de casa, em que o po- rão, área frequentemente desprezada, ganha ares de profundidade e mistério. (B) Confessando, não sem ironia, que entende de arquitetura o cronista, Rubem Braga, mestre do gênero, propõe uma receita de casa, em que,o porão, área frequentemente desprezada, ganha ares de profundidade e mistério. (C) Confessando não sem ironia que entende de arquitetura, o cronista Rubem Braga, mestre do gênero, propõe: uma receita de casa em que, o porão área frequentemente desprezada, ganha ares de profundidade, e mistério. (D) Confessando, não sem ironia que, entende de arquitetura, o cronista Rubem Braga – mestre do gênero – propõe uma receita, de casa, em que o porão (área frequentemente desprezada), ganha ares de profundidade e mistério. (E) Confessando, não sem ironia, que entende de arquitetura, o cronista Rubem Braga, mestre do gênero, propõe uma receita de casa em que o po- rão, área frequentemente desprezada, ganha ares de profundidade e mistério. 05.(FCC – TRT/RS) A única frase NÃO pontuada corretamente é: (A) À beira de um ano novo − e quase à beira do outro século −, a imprensa discutia ainda a mesma questão, crucial, sem dúvida, que ocupara por dé- cadas o espírito dos homens públicos. (B) Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o saudei; olhei-o, porém, fixamente, e sorri, é verda- de, mas como se fosse para alguém a quem se cumprimenta só por obrigação. (C) A mais alta delas andava rapidamente; a outra, cantando e sorrindo, fazia dos passos um modo de brinquedo, então bastante em moda entre os mais jovens. (D) É minha opinião, que não se deve falar mal de ninguém; e menos ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes querendo ou não, estão a nosso serviço cotidianamente. (E) Só muito tempo depois de sua partida (vejam o que é a indecisão imposta pelo medo!), compreendi que era só uma mudança de bairro, e então prometi que a visitaria logo. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 3 6. (PMT 2008) O emprego da vírgula logo após “passado” (L.1) justifica-se por isolar o adjunto adverbial de tempo anteposto à oração principal. ACENTUAÇÃO E ORTOGRAFIA Classificação dos vocábulos quanto à sílaba tônica: Oxítonos (ou agudos) são os vocábulos cuja sílaba tônica recai na última, como em: café, timi- dez, papel etc. Paroxítonos são os vocábulos cuja sílaba tônica recai na penúltima, como em: amizade, beleza, austero, cível, exegese, rubrica, látex etc. Proparoxítonos são os vocábulos cuja sílaba tônica recai na antepenúltima, como em: lâmpa- da, ágape, álibi, pântano, ômega, êxodo etc Regras para a acentuação gráfica: Monossílabos A(S) chá, Brás, pá, gás, más, trás, fás, zás, má. E(S) lê, crê, rês, fé, pés, dê, mês, três, rés, lés. O(S) dó, nó, vó, pó, pôs, cós, vós, nós. Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 1ª regra Em português, acentuam-se – com acento agudo – os vocábulos oxítonos que termi- nam em “a, e, o” abertos, e – com acento circunfle- xo – os vocábulos que terminam em “e, o” fechados, seguidos ou não de “s”. Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 1ª regra (exemplos): A(S) maracujá, cajá, vatapá, maracá, babá, Amapá E(S) rapé, chulé, recém, café, jacaré, dendê, cortês O(S) cocoricó, trisavô, caritó, cipó, complô, pro- pôs Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 2ª regra Em português, acentuam-se – com acento agudo – o “e” da terminação “em” ou “ens” dos vocábulos oxítonos compostos de mais de uma sílaba. Ex.: AMÉM – TAMBÉM – PARABÉNS – VINTÉM Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS Observação: Perceba que os monossílabos e os vocábulos paroxítonos terminados em “em” e “ens” não são acentuados. * cem * vem * tem * trem Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 3ª regra Em português, acentuam-se – com acento agudo – os vocábulos oxítonos terminados nos ditongos abertos “éi, ói, éu". Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 3ª regra (exemplos): a) ÉI anéis, coronéis, papéis, réis, fiéis, ba- charéis. a) ÓI sóis, anzóis, herói, caubói, rói, dói, do- dói. a) ÉU céu, réu, véu, chapéu, escarcéu, foga- réu. Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 3ª regra (observações): a) Perceba que os oxítonos terminados em “z, r, l, i, u” não são acentuados. * capaz * bisturi * feliz * cuscuz * amar * suor * caju * caracol Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 3ª regra (observações): www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 4 b) Com base na regra de acentuação dos oxíto- nos, acentuam-se as formas verbais oxítonas terminadas em “a, e, o”. * repor + o repô-lo * julgarão + os julgá-los-ão * amaria + a amá-la-ia Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 3ª regra (observações): c) Com o advento do Novo Acordo Ortográfico de 1990, não mais se acentuam os ditongos “ei, oi” dos vocábulos paroxítonos. Para ficar bem esclarecido: esses ditongos não serão acentua- dos quando estiverem na penúltima sílaba. Regras para a acentuação gráfica: OXÍTONOS 3ª regra (observações): * ideia * colmeia * paranoico * jiboia * dicroico * alcateia * heroico * diarreia * boia * estreia * europeia * claraboia * Geleia * colmeia * assembleia Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS 1ª regra Em português, acentuam-se os vocábu- los paroxítonos terminados em “ã, ãs, ão, ãos". * ímã * órfãs * órgão * órfãos * Dólmã * ímãs * gimnopógão Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS 2ª regra Em português, acentua-se – com acento agudo quando aberta e com acento circunflexo quando fechada – a sílaba tônica dos vocábulos paroxítonos terminados em “i, is, us”. Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS * beribéri * bônus * ônus * lápis * táxi * biquíni * júri * íris Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS 3ª regra Em português, acentuam-se os vocábu- los paroxítonos terminados em “l, n, r, x, ps”. Usa-se o acento agudo para o “a, e, o” abertos e o acento circunflexo para o “e, o” fechados. Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS * túnel * alúmen * córtex * bíceps * aljôfar * âmbar * cânon * fênix * Vômer * afável * açúcar * hífen Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS 3ª regra (cuidado!!) ITEM ITENS HIFEN HIFENS Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS 4ª regra Em português, acentuam-se os vocábu- los paroxítonos terminados em “um, uns”. * álbum * médium * álbuns * médiuns * fórum * fóruns * lábrum * árum Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS 5ª regra Em português, acentuam-se, com agudo ou circunflexo se a sílaba for aberta ou fechada respectivamente, os vocábulos paroxítonos termi- nados em ditongos orais. Regras para a acentuação gráfica: PAROXÍTONOS * ágeis * jóquei * pusésseis * túneis * história * água * Imóveis * variáveis * pênseis Regras para a acentuação gráfica: PROPAROXÍTONOS Regra Em português, acentuam-se todos os vocábulos proparoxítonos. Com acento agudo, as vogais “a, e, o” abertas. Com acento circunflexo, as vogais fechadas “e, o” e as vogais “a, e, o” quando seguidas de “m” ou “n”. Regras para a acentuação gráfica: www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 5 PROPAROXÍTONOS última único tímido máquina sólidas mágico lágrima sábado Regras para a acentuação gráfica: HIATOS Regra Recebem acento agudo as vogais “i” e “u” tônicas dos vocábulos, seguidas ou não de “s”, quando formam hiato com a vogal anterior. Regras para a acentuação gráfica: HIATOS * faísca * saúde * abaçaí * absenteísmo * açaí * miúdo * areísco * aziúme * babuíno * raízes * caraíba * ciúme Regras para a acentuação gráfica: HIATOS (Observações): a) Não se coloca o acento agudo no “i” e no “u” quando, precedidos de vogal que com eles não forma ditongo, são seguidos de “l, m, n, r, z” que não iniciam sílabas. * contribuinte * juiz * paul *retribuirdes * ruim * cairmos Regras para a acentuação gráfica: HIATOS (Observações): b) Igualmente não se coloca o acento agudo no “i” e no “u” tônicos dos hiatos quando forem seguidos de “nh”. * rainha * ladainha * tainha * ventoinha * campainha * abecoinha Regras para a acentuação gráfica: HIATOS (Observações): c) Em muitas formas verbais, o “i” e o “u” figu- ram em hiato com a vogal anterior. Portanto, devem receber acento agudo. Observe: Regras para a acentuação gráfica: HIATOS (Observações): * eu atraí * tu atraíste * eu caí * tu caíste * eu concluí * eu saía Regras para a acentuação gráfica: HIATOS (Observações): d) Em virtude do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, firmado em 1990, não mais recebem o acento circunflexo os hiatos tônicos “ee” e “oo”. Portanto, assim devem ser escritos: Regras para a acentuação gráfica: HIATOS (Observações): * voo * coo * abotoo * enjoo * creem * veem * leem * deem Regras para a acentuação gráfica: Acentos diferenciais: Com o advento do Novo Acordo Ortográfico da Lín- gua Portuguesa, firmado em 1990, desapareceu a maioria dos acentos diferenciais. Permanecem, entretanto, os seguintes acentos diferenciais: Regras para a acentuação gráfica: Acentos diferenciais: 1) “Pôde” (3ª pessoa do singular do pretérito perfei- to do indicativo) para distinguir da correspondente forma do presente do indicativo “pode”. Regras para a acentuação gráfica: Acentos diferenciais: 2) “Pôr” (forma verbal infinita) para distinguir da forma homógrafa “por” (preposição). 3) Facultativamente, pode-se grafar “fôrma” (subs- tantivo) ou “forma” (substantivo, 3ª pessoa do sin- gular do presente do indicativo ou 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo). Regras para a acentuação gráfica: Acentos diferenciais: 4) Facultativamente, pode-se grafar “dêmos" (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo) para se distinguir da correspondente forma do pretérito per- feito do indicativo “demos” . Regras para a acentuação gráfica: Regra especial – verbos “ter”, “vir” e seus deri- vados 1ª regra Acentua-se, com acento circunflexo, a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “ter” e “vir”. Regras para a acentuação gráfica: Regra especial – verbos “ter”, “vir” e seus deri- vados www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 6 Regras para a acentuação gráfica: Regra especial – verbos “ter”, “vir” e seus deri- vados 2ª regra Acentua-se, com acento agudo, a 3ª pessoa do singular e com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos deri- vados de “ter” e “vir”, como “abster, ater-se, reter, deter, conter, entreter, manter, advir, convir, intervir, provir, desavir, sobrevir” etc. Regras para a acentuação gráfica: Regra especial – verbos “ter”, “vir” e seus deri- vados Regras para a acentuação gráfica: Considerações finais 1) Com no Novo Acordo Ortográfico, assinado em 1990, o trema deixa de existir sobre os gru- pos “GUE, GUI, QUE, QUI”. Portanto, os vocábu- los que apresentam tais ditongos devem ser sem o trema. Observe: * linguiça * cinquenta * tranquilo * frequência Orientações ortográficas: 1. Cuidado com os parônimos: Orientações ortográficas: 1. Cuidado com os homônimos: a) Homógrafos heterofônicos: a) Homógrafos heterofônicos: * leste (verbo) ≠ leste (substantivo) * colher (verbo) ≠ colher (substantivo) * apoio (verbo) ≠ apoio (substantivo) Orientações ortográficas: 1. Cuidado com os homônimos: b) Homófonos heterográficos: * apreçar ≠ apressar * bucho ≠ buxo * cerrar ≠ serrar Orientações ortográficas: 1. Cuidado com os homônimos: b) Homófonos homográficos (homônimos perfei- tos): b) Homófonos homográficos (homônimos perfei- tos): * cedo (verbo) ≠ cedo (advérbio) * livre (adjetivo) ≠ livre (verbo) * somem (v. somar) ≠ somem (v. sumir) Orientações ortográficas: 1. Lembre-se dos vocábulos cognatos: * terra terraço, terremoto, terrestre, território * ferro ferreiro, ferrar, ferradura, ferramenta www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 7 Orientações ortográficas: 1. Cuidado com as formas variantes: * ALUGUEL ALUGUER ou * ASSOBIAR ASSOVIAR ou Orientações ortográficas: * COISA COUSA ou * LOURO LOIRO ou * ESPARGIR ESPARZIR ou Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade” 1ª regra: Emprega-se o sufixo “-idade” quando o adjetivo finalizar em “-ar”. Ex.: Singular singular idade Exemplar exemplar idade Complementar complementar idade Díspar dispar idade Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade” 2ª regra: Emprega-se o sufixo “-edade” quando o adjetivo finalizar em “-ário” e “-ório”. Nesse caso, elimina-se o “o” do adjetivo. Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade” Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade” 2ª regra: Emprega-se o sufixo “-edade” quando o adjetivo finalizar em “-ário” e “-ório”. Nesse caso, elimina-se o “o” do adjetivo. Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade” Notório notori edade Voluntário voluntari edade Contrário contrari edade Vário vari edade Emprego do sufixo diminutivo “-inho”: Rosa rosinha Lápis lapisinho Asa asinha Chinês chinesinho Emprego do sufixo diminutivo “-inho”: Agora... Mão mãozinha Flor florzinha Café cafezinho Emprego do sufixo diminutivo “-inho” – forma- ção do plural: Papel papelzinho papeizinhos Bar barzinho barezinhos Animal animalzinho animaizinhos Emprego do sufixo “-izar”: Hospital hospitalizar Canal canalizar Divino divinizar Suave suavizar Emprego do sufixo “-izar”: Agora... Análise analisar Liso alisar Pesquisa pesquisar Correlações ortográficas: ND NS Suspender suspensão Compreender compreensão GRED GRESS Progredir progressão, progressivo Regredir regressão, regressivo Correlações ortográficas: PRIM PRESS Imprimir impressão Reprimir repressão www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 8 TER TENÇÃO Conter contenção Obter obtenção Emprego do hífen entre vocábulos Quando une vocábulos, o hífen, em muitos casos, servirá como um sinal de conotatividade, pois indi- cará que os elementos unidos por ele não estão empregados em seus sentidos originais, mas passa- ram a compor um novo conceito, uma nova ideia. Veja: Emprego do hífen entre vocábulos a) mesa-redonda b) casca-grossa c) criado-mudo d) pão-duro Emprego do hífen entre vocábulos 1) Para indicar a ênclise dos pronomes oblíquos átonos às formas verbais. a) Entregou-me b) Hei de comprá-lo Emprego do hífen entre vocábulos 2) Em vocábulos compostos, formados por “substantivo + substantivo”, nos quais o segun- do substantivo indique forma, finalidade ou tipo. a)decreto-lei b) homem-robô c) ideia-mãe Emprego do hífen entre vocábulos 3) Nas palavras compostas que designam es- pécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro ele- mento. a)couve-flor b) erva-do-chá c) cobra-d’água Emprego do hífen com prefixos 1) Nas formações em que o segundo elemento começa por “h”, ou seja, não importa o prefixo: se o segundo elemento iniciar-se por “H”, deve- -se empregar o hífen. Observe: a) pré-história b) extra-humano c) sub-hepático Emprego do hífen com prefixos 2) Nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo ele- mento. Observe: a) micro-ondas b) arqui-inimigo c) anti-inflamatório Emprego do hífen com prefixos 3) Nas formações com os prefixos “hiper-, su- per-, inter-”, quando o segundo elemento iniciar- se por“r”, além, é óbvio, do “H” já mencionado. a) hiper-reativo b) super-resistente c) inter-regional Emprego do hífen com prefixos 4) Nas formações com os prefixos “ex-, pós-, pré-, pró-, sota-, soto-, vice-, vizo-”, isto é, esses prefixos sempre serão usados com hífen. a) pré-datado b) pós-graduação c) ex-presidente Emprego do hífen com prefixos 5) Com o prefixo “sub-”, haverá hífen sempre que o vocábulo iniciar-se “b, h, r”. a) sub-base b) sub-rotina c) sub-humano Não se emprega o hífen 1) Nos vocábulos derivados por prefixação, cujo prefixo terminar em vogal e o segundo elemento iniciar-se por consoante. Caso o segundo ele- mento inicie por “r” ou “s”, estas consoantes devem ser duplicadas. a) semicírculo b) extracorpóreo c) suprassumo Não se emprega o hífen 2) Nos vocábulos derivados por prefixação, cuja vogal final do prefixo é diferente da vogal inicial do segundo elemento. a) antieconômico www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22 Rodrigo Bezerra 9 b) semiárido c) autoestrada Não se emprega o hífen 3) Nos vocábulos formados por palavras com- postas, cuja noção de composição, em certa medida, se perdeu, uma vez que tais palavras passaram a compor um sentido único, individua- lizado. a) paraquedas b) pontapé c) sobremesa Ortografia e Acentuação 01. Está correta a grafia de todas as palavras na frase: (A) Não constitui uma primasia dos animais a satis- fação dos impulsos instintivos: também o homem regozija-se em atender a muitos deles. (B) As situações de impunidade inflingem sérios danos à organização das sociedades que tenham a pretensão da exemplaridade. (C) É difícil atingir uma relação de complementari- dade entre a premênsia dos instintos naturais e a força da razão. (D) Se é impossível chegarmos à abstensão com- pleta da satisfação dos instintos, devemos, ao me- nos, procurar constringir seu poder sobre nós. (E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade das sanções, de modo que a cada delito corresponda uma justa punição. 02. Está correta a grafia de todas as palavras do seguinte comentário sobre o texto: (A) Uma das iniciativas encontornáveis da cidadania está em se ezercer a consciência crítica, aplicada aos fatos da realidade. (B) Recusando os privilégios dos que se habituaram a viver em grupos autônomos, o texto propõe o acesso de todos a todas as instâncias sociais. (C) Ninguém deve se ezimir de cobrar do Estado a prezervação do princípio de igualdade como um direito básico da cidadania. (D) Constitue dever de todos manter ou readquirir a crença em que seja possível a vijência social dos princípios da igualdade e da solidariedade. (E) O que se atribue a um cidadão, como direito básico, deve constituir-se em direito básico de todos os cidadãos, indescriminadamente. COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 NOÇÕES ESSENCIAIS EM MORFOLOGIA – O SUBSTANTIVO DEVER DE CASA 1. Dentre as frases abaixo, escolha aquela em que há, de fato, flexão de grau para o substanti- vo. A) Moravam num casebre, à beira do rio. B) O advogado deu-me seu cartão. C) Deparei-me com um portão, imenso e suntuoso D) A abelha, ao picar a vítima, perde seu ferrão. E) A professora distribui as cartilhas a todos os alunos. 2. Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos casa- grande, flor-de-cuba, arco-íris e beija-flor. A) casa-grandes, flor-de-cubas, os arco-íris, beijas- flor B) casas-grandes, flores-de-cuba, arcos-íris, beijas- flores C) casas-grande, as flor-de-cubas, arcos-íris, os beija-flor D) casas-grande, flores-de-cuba, arco-íris, beijas- flores E) casas-grandes, flores-de-cuba, os arco-íris, bei- ja-flores 3. O plural de fogãozinho e cidadão é: A) fogãozinhos e cidadãos. B) fogãosinhos e cidadãos. C) fogõezinhos e cidadãos. D) fogõezinhos e cidadões. E) fogõesinhos e cidadões. 4. Assinale a alternativa em que há gênero apa- rente na relação masculino/feminino dos pares. A) boi – vaca B) homem – mulher C) cobra macho – cobra fêmea D) o capital – a capital E) o cônjuge (homem) – o cônjuge (mulher) 5. Numa das frases seguintes, há uma flexão de plural totalmente errada. Assinale-a. A) Os escrivães serão beneficiados por essa lei. B) O número mais importante é o dos anõezinhos. C) Faltam os hífens nesta relação de palavras. D) Fulano e Beltrano são dois grandes caráteres. E) Os réptis são animais ovíparos. 6. Viam (*) junto aos (*) do jardim. A) papelsinhos, meios-fios B) papeizinhos, meios-fios C) papeisinhos, meio-fios D) papelzinhos, meio-fios E) papeizinhos, meio-fios 7. Assinale a alternativa incorreta A) Borboleta é substantivo epiceno. B) Rival é comum de dois gêneros C) Omoplata é substantivo masculino. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 01 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 D) Vítima é substantivo sobrecomum. E) n.d.a 8. Indique a alternativa em que só aparecem substantivos abstratos. A) tempo, angústia, saudade, ausência esperança, imagem B) angústia, sorriso, luz, ausência, esperança, inimizade C) inimigo, luto, luz, esperança, espaço, tempo D) angústia, saudade, ausência, esperança, inimizade E) espaço, olhos, luz, lábios, ausência, esperança, angústia. 9. Das opções a seguir, assinale a que apresenta um substantivo que só tem uma forma no plural. A) guardião B) espião C) peão D) vulcão E) cirurgião 10.Numere a Segunda coluna de acordo com o significado das expressões da primeira coluna e assinale a alternativa que contém os algarismos na seqüência correta (1) o óleo santo ( ) a moral (2) a relva ( ) a crisma (3) um sacramento ( ) o moral (4) a ética ( ) o crisma (5) a unidade de massa ( ) a grama (6) o ânimo ( ) o grama A) 6, 1, 4, 3, 5, 2 B) 6, 3, 4, 1, 2, 5 C) 4, 1, 6, 3, 5, 2 D) 4, 3, 6, 1, 2, 5 E) 6, 1, 4, 3, 2, 5 http://www.cers.com.br/ www.cers.com.br 3 NOME DO CURSO Disciplina – Aula 00 Professor GABARITO 1. A 2. E 3. C 4. D 5. D 6. B 7. C 8. D 9. B 10. D www.cers.com.br 4 NOME DO CURSO Disciplina – Aula 00 Professor COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 NOÇÕES ESSENCIAIS EM MORFOLOGIA – O ADJETIVO DEVER DE CASA 1. “Talvez seja bem que o proprietário de imóvel possa desconfiar de que ele não é tão imóvel assim. A palavra destacada é, respectivamente: A) substantivo e substantivo B) substantivo e adjetivo C) adjetivo e verbo D) advérbio e adjetivo E) adjetivo e advérbio. 2. Assinale a opção em que o vocábulo gíria está empregado com valor adjetivo: A) “O aparecimento da gíria, como um fenômeno de grupo.” B) “A gíria surge como um signo de grupo.” C) “Seja a gíria dos marginais ou da polícia.” D) “A linguagem gíria servirá como elemento identificador”. E) “Assumindo a forma de uma gíria comum” 3. O termo em destaque é um adjetivo desem- penhando a função de um substantivo em: A) “O coitado está se queixando dela e com toda a razão.” B) É uma palavra assustadora.” C) “num joguinho aceita-se até o cheque frio.” D) “Ele é o meu braço direito, doutor”. E) “Entre Ter um caso e um casinho a diferença, às vezes, é a tragédia passional.” 4. Há exemplo de adjetivo substantivado em: A) “É de sonho e de pó” B) “Minha mãe, solidão.” C) “O meu pai foi peão. D) “Só queria mostrar.” E) “O destino de um só.” 5. Assinale a opção em que a mudança na or- dem dos termos pode alterar o sentido funda- mental da expressão: A) própria usina – usina própriaB) eminentes físicos – físicos eminentes C) rápido desfecho – desfecho rápido D) parcelas ponderáveis – ponderáveis parcelas. E) separação rígida – rígida separação 6. Numa das alternativas abaixo uma das locu- ções está incorretamente relacionada com o adjetivo. Assinale-a: A) digital (de dedo) B) hepático (de estômago) C) capital (de cabeça) D) plúmbeo (de chumbo) E) pétreo (de pedra) 7. Assinale a opção em que a locução destaca- da tem valor adjetivo: A) “Via aos pés o lago adormecido”. B) “O menino de propósito afrontou a vertigem” http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 C) “Enquanto o Barão de pé, na margem sorria com orgulho”. D) “Conhecido a força de atração do abismo”. E) “A idéia de vingança agora o enchia de horror”. 8. “...onde predomina o corte de cabelo afro- oxigenado.” A concordância do adjetivo destacado acima com o substantivo a que se refere manteve-se correta em: A) cabelos afros-oxigenado B) cabeleiras afras-oxigenadas C) cabelos afros-oxigenados. D) cabeleiras afra-oxigenadas. E) cabelos afro-oxigenados. 9. Marque a opção em que o adjetivo está flexionado corretamente: A) Aquela planta tem as folhas verde-escura. B) Aquela planta tem as folhas verdes-escura. C) Aquela planta tem as folhas verdes-escuras. D) Aquela planta tem as folhas verde-escuras. 10. O plural de terno azul-claro e terno verde-mar é: A) ternos azuis-claros; ternos verdes-mares. B) ternos azuis-claros; ternos verde-mar C) ternos azul-claro; ternos verde-mar D) ternos azul-claros; ternos verde-mar E) ternos azuis-claros; ternos verde-mar http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 02 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 GABARITO 1. B 2. D 3. A 4. E 5. A 6. B 7. D 8. E 9. D 10.D http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 1 NOÇÕES ESSENCIAIS EM MORFOLOGIA – ADJETIVO, ARTIGO E NUMERAL DEVER DE CASA – AULA 03 1. Em “A torre é muito alta”, a expressão desta- cada é: A) superlativo relativo de superioridade B) superlativo absoluto sintético C) comparativo de superioridade D) superlativo absoluto analítico E) comparativo relativo 2. Assinale a frase incorreta quanto à flexão do grau do adjetivo. A) Que tristezas são mais ruins que as nossas? B) A proposta era mais boa do que má. C) A proposta era mais má do que boa. D) Minha casa é mais grande do que pequena. E) João é mais inteligente do que sensível. 3. Assinale a frase em que o adjetivo está no grau superlativo relativo de superioridade. A) Estes operários são capacíssimos. B) O quarto estava escuro como a noite. C) Não sou menos digno de meus pais. D) Aquela mulher é podre de rica. E) Você foi o amigo mais sincero dos que eu tive. 4. Aponte a alternativa incorreta quanto à cor- respondência entre a locução e o adjetivo. A) glacial (de gelo); ósseo (de osso) B) fraternal (de irmão); argênteo (de prata) C) farináceio (de farinha); pétreo (de pedra) D) viperino (de vespa); ocular (de olho) E) ebúrneo (de marfim); insípida (sem sabor) 5. Das frases abaixo, apenas uma apresenta adjetivo no comparativo de superioridade, assinale-a. A) A palmeira é a mais alta árvore deste lugar. B) Guardei as melhores recordações daquele dia. C) A Lua é maior que a Terra. D) Ele é o maior aluno de sua turma. E) O mais alegre dentre os colegas era Ricardo. 6. Indique a alternativa em que não é atribuída a ideia de superlativo ao adjetivo: A) É uma ideia agradabilíssima. B) Era um rapaz alto, alto, alto. C) Saí de lá hipersatisfeito. D) Almocei tremendamente bem. E) É uma moça assustadoramente alta. 7. Assinale a alternativa em que há um erro quanto ao emprego do artigo: A) Li a notícia no Estado de S. Paulo B) Li a notícia em O estado de S. Paulo C) Essa notícia, eu vi em A Gazeta D) Vi essa notícia em A gazeta. E) Foi em o Estado de S. Paulo que li a notícia. http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 2 8. Não está assinalado artigo em: A) “Não há dúvida que as línguas se aumentam...” B) “... alteram com o tempo e as necessidades...” C) “...as necessidades dos usos e costumes.” D) “...afirmar que a sua transplantação para a Amé- rica...” E) “A este respeito a influência do povo é decisiva. 9. Assinale a alternativa em que a palavra subli- nhada não tem valor de adjetivo. A) A malha azul estava molhada. B) O sol desbotou o verde da bandeira. C) Tinha os cabelos branco-amarelados. D) As nuves tornavam-se cinzentas. E) O mendigo carregava um fardo amarelado. 10. Indique o item em que os numerais estão corretamente empregados: A) O papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro B) Após o parágrafo nono, virá o parágrafo décimo. C) Depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo. D) Antes do artigo dez, vem o artigo nono E) O artigo vigésimo segundo foi revogado http://www.cers.com.br/ COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aula 03 Rodrigo Bezerra www.cers.com.br 3 GABARITO 1. D 2. A 3. E 4. D 5. C 6. D 7. A 8. E 9. B 10. D http://www.cers.com.br/ www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 04 Rodrigo Bezerra 1 1) Das alternativas abaixo, apenas uma preenche de modo correto as lacunas da frases. Assinale-a: Quando saíres, avisa-nos que iremos ... . Meu pai deu um livro para ... ler. Não se ponha entre ... e ela. Mandou um recado para você e ... . A) Contigo, eu, eu, eu. B) Com você, mim, mim, mim C) Consigo, mim, mim, eu. D) Consigo, eu, mim, mim E) Contigo, eu, mim, mim 2. Foram divididos ........... próprios os trabalhos que ............. em equipe. A) Conosco, se devem realizar B) Com nós, devem-se realizar C) Conosco, devem realizar-se D) Com nós, se devem realizar E) Conosco, devem-se realizar 3. “Este é um assunto entre.................. . Não tem nada a ver .................... .” Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas. A) Eu e ele, contigo B) Eu e ele, consigo C) Mim e ele, com você D) Mim e ele, consigo E) Mim e ti, consigo 4. Em “Pretendo falar _____ para saber informa- ções sobre o _____ próximo livro, pelo que mui- to _____ agradeço”, as lacunas serão correta- mente preenchidas pelos pronomes: A) contigo – seu – te B) consigo – seu – lhe C) convosco – vosso – o D) com V. Ex.a – vosso – o E) com V. S.a – seu – lhe 5. Dadas as sentenças: 1. Ela comprou um livro para mim ler. 2. Nada há entre mim e ti. 3. Alvimar, gostaria de falar consigo. Verificamos que está (estão) correta(s): A) apenas a sentença n.o 1. B) apenas a sentença n.o 2. C) apenas a sentença n.o 3. D) apenas as sentenças n.os 1 e 2. E) todas as sentenças. 6. Destaque a frase em que o pronome relativo está empregado corretamente: A) É um cidadão em cuja honestidade se pode con- fiar. B) Feliz é o pai cujo os filhos são ajuizados. C) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe custou uma fortuna. D) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei terminar meu quadro. E) Os jovens, cujos pais conversam com eles, pro- meteram mudar de atitude. 7. Considere os enunciados a seguir: I. O senhor não deixe de comparecer. Precisamos de seu apoio. II. Você quer que te digamos toda a verdade? III. Vossa Excelência conseguiu realizar todos os vossos intentos? IV. Vossa Majestade não deve preocupar-se unica- mente com os problemas dos seus auxiliares dire- tos. Verifica-se que há falta de uniformidade no emprego das pessoas gramaticais nos enunciados: A) II e IV B) III e IV C) I e IV D) I e III E) II e III 8. Em “... os que creem queé possível distinguir de modo absoluto o bem do mal...”, a palavra grifada classifica-se, morfologicamente, como: A) pronome pessoal oblíquo átono de 3.a pessoa do plural B) artigo definido plural C) artigo indefinido plural D) pronome demonstrativo plural E) pronome indefinido plural 9. A carta vinha endereçada para ............ e para ............; .............é que a abri. A alternativa que completa corretamente os espaços pontilhados é: A) Mim, tu, por isso B) Mim, ti, porisso C) Mim, ti, por isso D) Eu, ti, porisso www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 04 Rodrigo Bezerra 2 E) Eu, tu, por isso 10. O pronome átono tem valor possessivo em: A) À criança, diga-lhe sempre a verdade. B) Àquela hora já lhe havia entregue o dinheiro. C) Deixe-me falar de minhas preocupações. D) Escutou-lhe a voz e ficou aguardando a chegada do amigo. E) Mandei-o sair antes que os estranhos chegas- sem. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 04 Rodrigo Bezerra 3 GABARITO OFICIAL: 1) E 2) D 3) C 4) E 5) B 6) A 7) C 8) D 9) C 10) D www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 05 Rodrigo Bezerra 1 1. Identifique a oração em que a palavra certo é pronome indefinido. A) Certo perdeste o juízo. B) Certo rapaz te procurou. C) Escolheste o rapaz certo D) Marque o conceito certo E) Não deixe o certo pelo errado. 2. Por favor, passe ............... caneta que está aí perto de você; ............... aqui não serve para ........... desenhar. A alternativa que completa corretamente os es- paços pontilhados é: A) aquela, esta, mim B) esta, esta, mim C) essa, esta, eu D) essa, essa, mim E) aquela, essa, eu 3. No trecho: “O presidente não recebeu nin- guém, não havia nenhuma fotografia sorridente dele, nenhuma frase imortal, nada que fosse supimpa”, tem-se: A) quatro pronomes adjetivos indefinidos. B) dois pronomes adjetivos indefinidos e dois pro- nomes substantivos indefinidos. C) um pronome substantivo indefinido e três prono- mes adjetivos indefinidos. D) quatro pronomes substantivos indefinidos. E) um pronome adjetivo indefinido e três pronomes substantivos indefinidos. 4. Assinale a alternativa em que a palavra desta- cada exerce a função de pronome adjetivo. A) Partiu sem ao menos dizer-me adeus. B) Poderíamos reconhecê-lo como um dos nossos mártires. C) Aquela não foi uma obra de arte, mas esta será? D) Leio muito, porém não o que me desagrada. E) Sempre serei assim, mesmo que não me aceites. 5. (UEL-PR) O suspeito do sequestro falava de forma evasiva, sem encarar os policiais, negan- do o seu envolvimento com o caso e dizendo desconhecer o local onde se achariam a vítima e o dinheiro do resgate. As palavras destacadas na frase são, respecti- vamente: A) pronome substantivo, advérbio de lugar, prono- me reflexivo. B) pronome adjetivo, pronome relativo, pronome apassivador. C) pronome substantivo, advérbio de lugar, prono- me apassivador. D) pronome adjetivo, pronome relativo, pronome reflexivo. E) pronome adjetivo, advérbio de lugar, pronome apassivador. 06. (Fuvest/FGV-SP) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas. Tomo a liberdade de levar ao conhecimento de V. EX.a que os …………... que ……..... foram encami- nhados defendem causa justa e ficam a depender tão somente de ............ decisão para que sejam atendidos. A) abaixos-assinados, lhe, sua B) abaixos-assinados, vos, vossa C) abaixo-assinados, lhe, sua D) abaixo-assinados, vos, vossa E) abaixo-assinados, lhe, vossa 7. (UEL-PR) Para ……….. poder terminar a arru- mação da sala, guardem …………. material em outro lugar até que eu volte a falar ………….. , dizendo que já podem entrar. A) eu, seu, com vocês B) eu, vosso, convosco C) eu, vosso, consigo D) mim, seu, com vocês E) mim, vosso, consigo 8. Nos trechos: “... aquelas cores todas não existem na pena do pavão...” “... este é o luxo do grande artista,...” “Ele me cobre de glórias...” Sob o ponto de vista morfológico, as palavras destacadas são, respectivamente: A) pronome demonstrativo, pronome demonstrativo, pronome pessoal. B) pronome indefinido, pronome indefinido, prono- me pessoal. C) pronome demonstrativo, pronome demonstrativo, pronome relativo. D) pronome indefinido, pronome demonstrativo, pronome relativo. E) pronome relativo, pronome demonstrativo, pro- nome possessivo. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 05 Rodrigo Bezerra 2 9. Assinale o item em que há ERRO no emprego do pronome pessoal: A) Recebidas as mangas, os meninos as repartiam irmãmente entre si. B) Sempre me presenteava livros, dizendo-me que era para eu adquirir o hábito da leitura. C) Estas deliciosas balas de mangarataia, eu as trouxe para ti levares ao Píndaro. D) Os altruístas pensam menos em si e mais nos outros. E) Leve o jornal consigo, Acácio. Já o li desde cedo. 10. Na oração “Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos”, os termos destaca- dos são respectivamente: A) adjetivo e pronome. B) pronome adjetivo e adjetivo. C) pronome substantivo e pronome adjetivo. D) pronome adjetivo e pronome indefinido. E) adjetivo anteposto e adjetivo proposto. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 05 Rodrigo Bezerra 3 GABARITO OFICIAL: 1) B 2) C 3) B 4) B 5) B 6) C 7) A 8) A 9) C 10) B www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 06 Rodrigo Bezerra 1 01. O emprego e a articulação dos tempos ver- bais estão inteiramente adequados na frase: A) Conviria que você venha nos visitar apenas na semana que vem, quando já não estaríamos preo- cupados com o vestibular que fizermos na próxima terça-feira. B) Mal aportou, o navio fora submetido a uma rigo- rosa inspeção da alfândega, em virtude da suspeita da carga contrabandeada que talvez ele trouxe em seus porões. C) Não me parece justo que você vem agora argu- mentar com razões que até ontem jamais invocou, revelando um oportunismo que já seja tão conheci- do. D) Na próxima semana iremos estar atendendo a sua solicitação, estaremos lhe telefonando para comunicar a decisão final da empresa. E) Tão logo saibamos o resultado do teste a que você ontem se submeteu, entraremos em contato, para não prolongar a agonia de sua expectativa. 02. Está correta a articulação entre os tempos verbais na frase: A) Seria preferível que os empregadores deem mais atenção aos jovens. B) Para que sua liberdade venha a ser afirmada, os jovens terão de experimentar novos caminhos. C) À medida que se vão confrontando com os valo- res dos pais, os filhos tinham sentido a necessidade de afirmar os seus próprios. D) Espera-se que a futura geração não vá enfrentar as mesmas dificuldades que se imporiam à geração passada. E) Talvez nunca se tenha desprestigiado tanto a sabedoria dos ancestrais quanto viesse a ocorrer a em nossa época. 03. Os tempos e os modos verbais estão corre- tamente empregados e adequadamente articula- dos na frase: A) Tempos haverá em que coubessem a todos, indistintamente, ficar exercendo o direito inalienável da crítica. B) Quando se é movido pela necessidade econômi- ca ou pela velha vaidade humana, não houve como recusarum convite para que se fosse exercer a crítica. C) Mantive por algum tempo uma seção diária no jornal, onde fizesse de tudo para defender os ideais dos artistas modernos. D) Não fora a necessidade, a que se veio somar alguma presunção, talvez Manuel não tivesse acei- tado o convite que lhe fizeram. E) À medida que fosse exercendo sua atividade de crítico, Manuel Bandeira tinha constatado que o ofício era bem mais penoso do que imaginasse. 04. Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase: A) Predadores não sentirão a menor culpa a cada vez que matarem uma presa, pois sabem que sua sobrevivência sempre dependerá dessa atividade. B) Se predadores hesitassem a cada vez que tive- ram de matar uma presa, terão posto em risco sua própria sobrevivência, que depende da caça. C) Nunca faltarão exemplos que deixassem bem claro o quanto é fácil que nos viessem a associar aos animais, em nossas ações “desumanas”. D) Por trás dessas ações assassinas sempre houve um motivo simples, que estará em vir a preservar uma determinada espécie quando se for estar transmitindo o material genético. E) Ao paralisar a lagarta com veneno, a vespa terá depositado seus ovos nela, e as larvas logo se ali- mentariam das entranhas da lagarta, que nada po- derá ter feito para impedi-lo. 05. Estão corretamente empregados e flexiona- dos todos os verbos da frase: A) Quando o poder executivo atribue-se a iniciativa de legislar, frustam-se irremediavelmente as expec- tativas de equilíbrio entre os poderes. B) É preciso que se discernam bem entre o justo e o injusto, antes de se formular conceito mais duradou- ro de justiça. C) Quanto mais definições do que é justo se propo- rem aos juristas, mais questões serão levantadas pelos filósofos. D) Não contribui para o debate que se vier a estabe- lecer sobre a justiça qualquer posição que seja dis- criminatória. E) Benvindo seja todo e qualquer avanço que provir da discussão dos valores humanos, como o da jus- tiça. 06. O verbo grifado está corretamente flexionado na frase: A) Veem sendo adotadas medidas para a reprodu- ção de músicas sem o pagamento dos respectivos direitos autorais. B) Na disputa jurídica, os artistas reaveram o direito de receber os valores decorrentes da divulgação de sua obra. C) Grandes indústrias intermediam os interesses dos compositores, firmando-se no mercado com extraordinários lucros. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 06 Rodrigo Bezerra 2 D) Alguns amigos do cantor proporam-se a financiar a gravação de suas músicas, na certeza de sucesso imediato. E) O disco manteve-se em primeiro lugar nas ven- das durante semanas, garantindo a recuperação dos gastos da produção. 07. Está correta a articulação entre os tempos e modos verbais na frase: A) No século XIX, a luta de muitos abolicionistas incluía, entre as metas que perseguiam, a de que viessem a integrar-se os planos da ética, da eco- nomia e do progresso social. B) Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do século XIX, que eles incluíssem entre suas metas a integração que deverá haver entre os planos da ética, da economia e do progresso social. C) Era de se espantar que muitos abolicionistas do século XIX, que têm incluído entre suas metas um progresso em vários níveis, já consideravam o de- senvolvimento sob uma ótica mais complexa do que a nossa. D) Essa visão triangular, que o autor nos recomen- da que retomássemos, consiste em que eram aten- didas, simultaneamente, as questões sociais, mo- rais e econômicas. E) Joaquim Nabuco tinha a convicção de que a al- mejada visão triangular permitisse que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades humanas. 08. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase: A) Se Cabral tivesse gritado alguma coisa quando houvesse de avistar o monte Pascoal, certamente não foi “terra à vista”. B) Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas tornava-se comum e traços de um passa- vam a impregnar o outro. C) À mistura dessas influências tinham vindo se somar as imigrações, que gerassem diferentes so- taques. D) Mas o grande momento de constituição de uma “língua brasileira” passou a estar sendo o século XVIII, quando se explorara ouro em Minas Gerais. E) A língua começou a uniformizar e a ficar expor- tando traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais que a exploração de ouro teve de estar criando. 09. Está correta a flexão de todas as formas ver- bais na frase: A) Não é verdade que os portugueses do século XV engulissem as vogais ou chiassem nas consoantes. B) Sempre serão bem-vindos os imigrantes que chegarem ao Brasil, em qualquer época, e trazerem para nós as marcas de sua língua e de sua cultura. C) Caso a incorporação de termos estrangeiros não convisse aos falantes de um idioma, estes não ha- veriam de os aproveitar. D) Se alguém rever os textos do português arcaico, se espantará com a profusão de termos que ainda frequentam a fala brasileira em muitas regiões do país. E) Foram-se somando ao português do Brasil, ao longo dos séculos, os traços que advieram das lín- guas dos que para cá emigraram. 10.Está correta a flexão de todas as formas ver- bais na frase: A) Ao longo do tempo, os corruptos nem sempre se desaviram com as instituições; pelo contrário, mui- tos souberam usá-las em benefício próprio. B) Em respeito à ética, se os interesses particulares se contrapuserem aos públicos, devem prevalecer estes, e não aqueles. C) Caso não detêssemos boa parte dos nossos ímpetos destrutivos, nenhuma sociedade conhece- ria um momento sequer de estabilização. D) Quando os estados nacionais não interveem nas instituições corrompidas, a ordem social tende a fragilizar-se cada vez mais. E) Se tivessem prevalecido as boas causas pelas quais nossos antepassados haveram de lutar, esta- ríamos hoje numa sociedade mais justa. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 06 Rodrigo Bezerra 3 GABARITO OFICIAL 1. E 2. B 3. D 4. A 5. D 6. E 7. A 8. B 9. E 10. B www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 07 Rodrigo Bezerra 1 1. Estão corretos o emprego e a forma dos ver- bos na frase: A) Ainda que retêssemos apenas lembranças feli- zes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência. B) Se a adolescência nos provisse apenas de mo- mentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice. C) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro? D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervir na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida. E) Sempre conviu ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje pou- cos idosos conseguem fazer-se ouvido. 2. Estão corretos o emprego e a forma dos tem- pos verbais na seguinte frase: A) O leitor que vir a percorrer crônicas do velho Braga estará sabendo atestar o valor de permanên- cia dessas páginas. B) O grande cronista falava do que lhe aprouver, confiante na riqueza da matéria oculta de cada ce- na, de cada fragmento da vida cotidiana com que se depare. C) Não conveio a Rubem Braga aceitar a suposta fatalidade de ser um gênero “menor”, pois decidiu valer-se da crônica como veículo de alta expressão literária. D) Desafortunado o leitor que não reter das crônicas de Rubem Braga as lições de poesia e de estilo, que o escritor soubesse ministrar a cada texto. E) Da obra de Rubem Braga advira um prestígio que o gênero da crônica jamais gozara anteriormen- te, considerada que fosse como simples leitura de entretenimento. 3. É preciso corrigir a flexão de uma forma ver- bal em: A) Deveríamosrechaçar tudo o que se interpusesse como obstáculo ao processo que desencadeásse- mos em nossa auto-análise. B) O que provier de uma imagem fabricada trará graves empecilhos ao reconhecimento do nosso rosto, quando nos detivermos diante de um espelho verdadeiro. C) Uma vez que não nos conviu nos afastarmos dos subterfúgios ilusórios, também não nos convirá en- frentar nossa imagem num espelho verdadeiro. D) Muitos descreem da possibilidade de uma indivi- duação; julgam-na uma quimera, têm-na como um desejo que nasce para não ser atendido. E) Mesmo sendo difícil alcançar o absoluto sucesso que premie nosso esforço de individuação, não há por que não persistirmos em nossa autoanálise. 4. Nas frases: 1. "ACELERE, feminista!" 2. "Talvez a saída SEJA fazer como um amigo meu." 3. "Na menor brecadinha, SERIA uma batida na certa." 4. "... deixei que todas PAGASSEM a conta inteira." os verbos em maiúsculo estão, respectivamente, no: A) imperativo afirmativo; presente do subjuntivo; futuro do pretérito do indicativo; pretérito imperfeito do subjuntivo; B) imperativo afirmativo; imperativo afirmativo; futu- ro do presente do indicativo; presente do indicativo; C) presente do indicativo; presente do subjuntivo; futuro do pretérito do indicativo; pretérito imperfeito do subjuntivo; D) presente do subjuntivo; imperativo afirmativo; futuro do pretérito do indicativo; pretérito imperfeito do subjuntivo; E) imperativo afirmativo; presente do subjuntivo; futuro do pretérito do indicativo; presente do indica- tivo. 5. "Cale-se ou expulso a senhora da sala". Assinale a alternativa em que conjuga erradamente o imperativo: A) cala-te / não te cales B) cale-se / não se cale C) calemo-nos / não nos calemos D) calai-vos / não vos calais E) calem-se / não se calem 6. "Veem o que lá não está". Assinale a forma errada do imperativo afirmativo: A) Vê tu o que lá está B) Veja você o que lá está C) Vejamos nós o que lá está D) Vejais vós o que lá está E) Vejam vocês o que lá está 7. Se o Ocidente se ...................... de assumir suas responsabilidades e se organismos inter- nacionais não ...................... para evitar uma pos- sível guerra, ...................... todos pela sorte do continente africano. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 07 Rodrigo Bezerra 2 A) abstiver - intervierem - receemos B) abster - intervierem - receemos C) abstiver - intervirem - receemos D) abster - intervirem - receiemos E) abstiver - intervirem - receiemos 8. Assinale a forma errada do imperativo: A) põe-te na ponta dos pés / não te ponhas na pon- ta dos pés B) ponha-se na ponta dos pés / não se ponha na ponta dos pés C) ponhamos-nos na ponta dos pés / não nos po- nhamos na ponta dos pés D) ponhais-vos na ponta dos pés / não vos ponhais na ponta dos pés E) ponham-se na ponta dos pés / não se ponham na ponta dos pés 9. Em "Se aceitas a comparação, distinguirás...", se a forma "aceitas" for substituída por aceitas- ses, a forma "distinguirás" deverá ser alterada para A) vais distinguir. B) distinguindo. C) distingues. D) distinguirias. E) terás distinguido. 10. Se você não ...................... o que sacou da minha conta e se eu não ...................... meu crédi- to junto à gerência, ...................... responder a um processo. A) repuser - reaver - caber-lhe-á B) repuser - reouver - caber-lhe-á C) repor - reouver - couber-lhe-á D) repor - reaver - caber-lhe-á E) repuser - reouver - couber-lhe-á www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 07 Rodrigo Bezerra 3 GABARITO OFICIAL 1) C 2) C 3) C 4) A 5) D 6) D 7) A 8) D 9) D 10) B www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 08 Rodrigo Bezerra 1 1. O professor, ..................... que alguém ..................... resultados negativos, ..................... a tempo. A) receando - previsse - interveio B) receiando - prevesse - interveio C) receiando - previsse - interviu D) receando - prevesse - interviu E) receando - previsse - interviu 2. Daquela escola ..................... recursos para que os funcionários se ..................... contra no- vas crises e ..................... a cantina. A) provieram - precavissem - provissem B) provieram - precavessem - provessem C) proviram - precavessem - provessem D) proviram - precavissem - provissem E) provieram - precavissem – provessem 3. "Ó tu que vens de longe, ó tu que vens cansa- da, entra, e sob este teto encontrarás carinho". Na terceira pessoa do plural escreveríamos as- sim: A) Ó elas que veem de longe, ó elas que veem can- sadas, entrão, e sob este teto encontrarão carinho. B) Ó elas que veem de longe, ó elas que veem can- sadas, entram e sob este teto encontrareis carinho. C) Ó elas que vêm de longe, ó elas que vêm cansa- das, entrem e sob este teto encontrarão carinho. D) Ó elas que vem de longe, ó elas que vem cansa- das, entrem e sob este teto encontrarão carinho. E) Ó elas que vêm de longe, ó elas que veem can- sadas, entrão e sob este teto encontrareis carinho. 4. Assinalar a alternativa que completa correta- mente as lacunas das seguintes orações: I. Nós_____a Brasília e_____a Praça dos Três Po- deres. II. O professor_____a prova a pedido do aluno. III. _____eles os objetos que haviam perdido? A) vimos - viemos - reveu - reouveram B) revimos - vimos - reviu - reaveram C) viemos - vemos - reveu - reouveram D) vimos - viemos - reviu - reaveram E) viemos - vimos - reviu - reouveram 5. Preencha os espaços da frase transformada com as formas adequadas dos verbos assinala- dos na frase original. Original: Para você "vir" à Cidade Universitária é preciso "virar" à direita ao "ver" a ponte da Alvarenga. Transformada: Para tu _______ à Cidade Universitária é preciso que ________ à direita quando ________ a ponte da Alvarenga. A) vir - vire - ver. B) vires - vires - veres. C) venhas - vires - vejas. D) vir - viras - ver. E) vires - vires - vires. 6. "Quanto a mim, se 'vos disser' que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, 'acreditai-o', que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, 'podeis crê-lo', é a realidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, 'duvidai' um pouco da asser- ção, e 'não a aceiteis' sem provas." Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões entre aspas, passam a ser: A) lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvi- dem; não a aceitem. B) lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvi- dam; não a aceitem. C) lhe disser; acreditam-no; podem crer-lhe; duvi- dam; não a aceitam. D) lhe disserem; acreditam-no; possam crê-lo; duvi- dassem; não a aceiteis. E) lhes disser, acreditem-o; podem crê-lo; duvidem; não lhe aceitem. 7. Assinalar a alternativa que preenche correta- mente as lacunas da seguinte frase: Quando você ..... seu irmão, .....-o aqui para nos ..... A) ver, traze, cumprimentarmos; B) vir, traga, cumprimentarmos; C) vir, traze, comprimentarmos, D) ver, traga, cumprimentarmos; E) ver, traze, comprimentarrnos. 8. Assinalar a ÚNICA frase cuja forma verbal esteja correta: A) Se vocês não prestarem atenção vocês não vêm o cometa; B) Se ele vir, entregue-lhe a encomenda; C) Quando você o vir, dê-lhe os parabéns; D) Cuidado que eles veem chegando; E) Eles crêm em tudo. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 08 Rodrigo Bezerra 2 9. Indique a alternativa em que há erro gramati- cal: A) Quando você reouver o carro, estará "depena- do". B) Bom seria que vocês se contivessem em seus desejos.C) Perdi dinheiro mas o reouve. D) É necessário que você se precaveja contra con- taminações. E) Eu me comprouve em olhar apenas. 10. Indique a alternativa em que há erro gramati- cal: A) Eles se entreteram, contando piadas. B) Entrevi uma solução em todo este emaranhado. C) Para que não caiais em tentação, rezai. D) Ele se proveu do necessário e partiu. E) Quando o vir de novo, reconhecê-lo-ei. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Dever de Casa 08 Rodrigo Bezerra 3 GABARITO OFICIAL 1) A 2) B 3) C 4) E 5) E 6) A 7) B 8) C 9) D 10) A www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 09 e 10 Rodrigo Bezerra 1 COMEÇANDO DO ZERO DEVER DE CASA – AULAS 09 E 10 DESAFIO Identifique o sujeito das estruturas abaixo e flexione adequadamente o verbo da concordância. Ao final, confira o gabarito e os comentários. 1. ............................... (dever) agradar aos ruidosos passageiros toda essa parafernália eletrônica, que os dispensa de refletir sobre si mesmos. 2. Não .............................. (convir) a muita gente esses momentos únicos de reflexão, que uma via- gem de ônibus podia propiciar. 3. O que há de mais terrível nas cenas de violência transmitidas pela TV .................................. (estar) nas reações de indiferença de alguns espectadores. 4. Para as pessoas mais sensatas, .................................. (implicar) sérios riscos a drástica divisão entre pessimistas e otimistas. 5. A qualquer pessoa .................................. (poder) ocorrer, neste tempo de radicalismos, argumentos em favor da mais pessimista expectativa histórica. 6. Caso não sejam possíveis meios éticos para que avancemos por um caminho, cada um dos nossos passos .................................. (haver) de ser ilegíti- mo. 7. Uma das marcas dessas transmissões jornalísti- cas ........................... (estar) nas semelhanças que guardam com as imagens de um jogo eletrônico. 8. Mesmo que não ................................... (criar) outros efeitos, esse tipo de transmissão já seria nocivo por implicar a banalização da violência. 9. Não ................................ (caber) aos médicos adeptos da ética contextual a produção de consolos mentirosos, mas o oferecimento de um apoio verda- deiro. 10. As pessoas a quem se ................................ (di- rigir) esse tipo de telejornalismo são vistas mais como consumidores de entretenimento do que como cidadãos. 11. A escolha entre dois sistemas éticos, por vezes atuantes na mesma pessoa, ............................... (costumar) caracterizar um genuíno dilema moral. 12. Se tudo o que as câmeras captassem .................................. (chegar) até nós, sem uma edição maliciosa, nossas reações seriam bem ou- tras. 13. É natural que ....................... (ferir) o orgulho do povo cubano as exortações publicadas na revista britânica. 14. Que dúvida ....................... (ter) propalado os adversários de Cuba sobre seu sistema de saúde? 15. A quantas dúvidas ..................... (ter) dado mar- gem o sistema de saúde de Cuba? 16. O justo enfrentamento de todas as situações de conflitos sociais ........................... (constituir) uma das características da democracia. 17. Não ............................... (dever) satisfazer a um cidadão, numa democracia, apenas os direitos que lhe cabem como eleitor. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 09 e 10 Rodrigo Bezerra 2 Respostas e comentários: 1. DEVE (dever) agradar aos ruidosos passageiros toda essa parafernália eletrônica, que os dispensa de refletir sobre si mesmos. Comentário: O sujeito é o termo TODA ESSA PA- RAFERNÁLIA ELETRÔNICA, cujo núcleo é o termo PARAFERNÁLIA; por isso, o verbo ficou no singu- lar. 2. Não CONVÊM (convir) a muita gente esses mo- mentos únicos de reflexão, que uma viagem de ônibus podia propiciar. Comentário: O sujeito é o termo ESSES MOMEN- TOS ÚNICOS DE REFLEXÃO; por isso, o verbo CONVIR deve ir para o plural. 3. O que há de mais terrível nas cenas de violência transmitidas pela TV ESTÁ (estar) nas reações de indiferença de alguns espectadores. Comentário: O sujeito para o verbo ESTAR é o pronome demonstrativo neutro O = AQUILO; por isso, o verbo ESTAR deve ficar no singular. 4. Para as pessoas mais sensatas, IMPLICA (impli- car) sérios riscos a drástica divisão entre pessimis- tas e otimistas. Comentário: O termo “a drástica divisão entre pes- simistas e otimistas” funciona como sujeito comple- xo para o verbo IMPLICAR; o núcleo deste sujeito é apenas o termo DIVISÃO que se encontra no singu- lar, o que exige que o verbo IMPLICAR fique tam- bém no singular. 5. A qualquer pessoa PODEM (poder) ocorrer, nes- te tempo de radicalismos, argumentos em favor da mais pessimista expectativa histórica. Comentário: O núcleo do sujeito é o termo ARGU- MENTOS que, por estar no plural, exige que o verbo da concordância também fique no plural. 6. Caso não sejam possíveis meios éticos para que avancemos por um caminho, cada um dos nossos passos HÁ ou HAVERÁ (haver) de ser ilegítimo. Comentário: O sujeito é o termo CADA UM que, como locução pronominal indefinida no singular, exige que o verbo da concordância também fique no singular. 7. Uma das marcas dessas transmissões jornalísti- cas ESTÁ (estar) nas semelhanças que guardam com as imagens de um jogo eletrônico. Comentário: O sujeito é o termo UMA DAS... Nesse caso, o núcleo é o numeral UM que exige o verbo da concordância no singular. 8. Mesmo que não ................................... (criar) outros efeitos, esse tipo de transmissão já seria nocivo por implicar a banalização da violência. Comentário: O sujeito para o verbo CRIAR é con- textual. Deve-se percebê-lo pela leitura de todo o período. Perceba que é o termo ESSE TIPO DE TRANSMISSÃO que funciona como sujeito total para o verbo CRIAR. O núcleo do sujeito é o subs- tantivo TIPO que, por estar no singular, exige que o verbo da concordância também fique no singular. 9. Não CABE (caber) aos médicos adeptos da ética contextual a produção de consolos mentirosos, mas o oferecimento de um apoio verdadeiro. Comentário: O sujeito é o termo “a produção de consolos mentirosos” com núcleo formado pelo substantivo PRODUÇÃO. Por isso, o verbo CABER deve ficar no singular. 10. As pessoas a quem se DIRIGE (dirigir) esse tipo de telejornalismo são vistas mais como consu- midores de entretenimento do que como cidadãos. Comentário: O sujeito é o termo ESSE TIPO DE TELEJORNALISMO com núcleo no singular “TIPO”. Logo, o verbo DIRIGIR deve ficar no singular para concordar com o núcleo no singular. 11. A escolha entre dois sistemas éticos, por vezes atuantes na mesma pessoa, COSTUMA (costumar) caracterizar um genuíno dilema moral. Comentário: Temos um sujeito complexo/total que é o termo “A escolha entre dois sistemas éticos”. O núcleo é o termo no singular ESCOLHA; logo, o verbo deve ficar no singular. 12. Se tudo o que as câmeras captassem CHE- GASSE (chegar) até nós, sem uma edição malicio- sa, nossas reações seriam bem outras. Comentário: O sujeito para o verbo CHEGAR, mais uma vez, é o pronome demonstrativo neutro O = AQUILO. Por isso, o verbo CHEGAR deve ser flexi- onado no singular. 13. É natural que FIRAM (ferir) o orgulho do povo cubano as exortações publicadas na revista britâni- ca. Comentário: O sujeito para o verbo FERIR é o ter- mo “as exortações publicadas na revista britânica”, com núcleo (exortações) no plural. Por isso, o verbo deve ir para o plural. 14. Que dúvida TÊM (ter) propalado osadversários de Cuba sobre seu sistema de saúde? Comentário: O sujeito para o tempo composto TER + PROPALAR é o termo complexo “OS ADVERSÁ- RIOS DE CUBA”. Como o núcleo se encontra no www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Língua Portuguesa – Aulas 09 e 10 Rodrigo Bezerra 3 plural “ADVERSÁRIOS”, o verbo da concordância deve ir para o plural. 15. A quantas dúvidas TEM (ter) dado margem o sistema de saúde de Cuba? Comentário: Já neste período, o sujeito é o termo O SISTEMA DE SAÚDE DE CUBA, cujo núcleo é o termo SISTEMA. Como o núcleo se encontra no singular, o verbo deve ficar no singular também. 16. O justo enfrentamento de todas as situações de conflitos sociais CONSTITUI (constituir) uma das características da democracia. Comentário: Temos um enorme sujeito complexo ou total: O justo enfrentamento de todas as situa- ções de conflitos sociais. Mas é um sujeito simples, com núcleo no singular “ENFRENTAMENTO”. Lo- go, o verbo da concordância deve ficar no singular. 17. Não DEVEM (dever) satisfazer a um cidadão, numa democracia, apenas os direitos que lhe ca- bem como eleitor. Comentário: O sujeito do verbo SATISFAZER é o termo DIREITOS. Por isso, o verbo auxiliar DEVER vai para o plural. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 11 Rodrigo Bezerra 1 DEVER DE CASA - “COMEÇANDO DO ZERO” AULA 11 1. “E agora, José? A festa acabou A luz apagou O povo sumiu A noite esfriou...” (Carlos Drummond de Andrade) Em relação aos verbos destacados, pode-se afirmar que: A) os verbos são todos transitivos diretos e estão no pretérito imperfeito. B) os verbos são todos transitivos diretos, em- bora o objeto direto não esteja expresso; e o verbos estão no pretérito perfeito. C) o primeiro e o segundo verbo são transitivos diretos e os últimos são transitivos indiretos e estão no pretérito mais-que-perfeito. D) todos os verbos destacados são intransitivos e estão no pretérito perfeito. 2. Em relação a frase “Os gatos pretos pulam a cerca.”, podemos afirmar que: A) o sujeito é composto B) o verbo é transitivo direto C) o objeto é indireto D) o predicado é nominal E) o predicado é verbo-nominal. 3. “... e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse”, As palavras destacadas têm respectivamente, funções sintáticas de: A) objeto indireto, objeto direto, objeto direto. B) objeto direto, objeto direto, objeto direto C) objeto direto, predicativo do sujeito, objeto direto D) objeto indireto, objeto indireto, objeto indire- to E) objeto direto, adjunto adverbial, objeto dire- to. 4. “Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito, mas ninguém me ouviu.” (Machado de Assis) A função sintática das palavras doente, grito, nin- guém, me é respectivamente: A) sujeito, objeto direto, objeto direto, objeto indireto. B) objeto direto, sujeito, objeto direto, sujeito. C) sujeito, objeto indireto, sujeito, objeto direto D) objeto indireto, objeto direto, sujeito, objeto direto E) sujeito, objeto direto, sujeito, objeto direto 5. Examinar as três frases abaixo e indicar onde ocorre tanto objeto direto como objeto indireto. I. Míriam pediu dinheiro ao pai II. A cozinheira ofereceu torta de maçã à dou- tora. III. O geneticista confessou tudo à psiquiatra. A) Em I e II apenas B) Em I e III apenas C) Em II e III apenas D) Em todas E) Em II apenas 6. “Sorvete kibon decora sua cozinha. E dá nome às latas.” Os termos destacados são respectiva- mente: A) sujeito, objeto direto, objeto indireto B) objeto direto, sujeito, objeto direto C) sujeito, objeto direto, objeto direto D) sujeito, sujeito, objeto indireto E) objeto direto, sujeito, objeto direto 7. Para classificar os verbos do trecho abaixo quanto à sua predicação, preencha os parênte- ses, obedecendo à seguinte instrução: A) intransitivo B) transitivo direto C) transitivo indireto D) transitivo direto e indireto “Viveras ( ) e para sempre, / na terra que aqui afo- ras ( ): e terás ( ) enfim tua roça.” A alternativa que contém s sequência correta é: A) a, a, b. B) a, b, b. C) b, a, b. D) b, d, c. E) b, b, b. 8. Analise o predicado dos períodos abaixo e em seguida assinale a alternativa correta: I. Paulo está adoentado II. Paulo está no hospital. A) O predicado é verbal em I e II B) O predicado é nominal em I e II C) O predicado é verbo-nominal em I e II D) O predicado é verbal em I e nominal em II E) O predicado é nominal em I e verbal em II www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 11 Rodrigo Bezerra 2 9. Examine as três frases abaixo: I. As questões de física são difíceis II. O examinador deu uma entrevista ao repór- ter do jornal. III. O candidato saiu do exame cansadíssimo. Os predicados assinalados nas três frases são: A) respectivamente, verbo-nominal, nominal, verbal. B) respectivamente, nominal, verbal, verbo- nominal C) todos nominais D) todos verbais E) todos verbo-nominais. 10. Nas opções abaixo, o verbo destacado faz parte de um predicado verbal, exceto: A) “Quando as pessoas chegavam, os donos da casa estavam à porta, à espera.” B) “Não que fosse praxe. Simplesmente cos- tume.” C) “Mas se os donos ali não estivessem, as conversas começavam na sala.” D) “Ficavam um pouco de pé, costurando uns rabos de assuntos...“ E) “O café era servido à chegada e quase no fim...” www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Português – Aula 11 Rodrigo Bezerra 3 GABARITO: 1) D 2) B 3) A 4) E 5) D 6) A 7) A 8) E 9) B 10) B