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Yahanna Estrela Medicina – UFCG SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE III POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA - PNAB HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL ✓ Começo do século, Rio de Janeiro, quadro sanitário caótico doenças acometendo a população, varíola, malária, febre amarela; ✓ Modelo de intervenção campanhista – erradicar doenças; ✓ 1920 – Criação da Lei Eloy Chaves – primeiro modelo de previdência social, as caixas de aposentadoria e pensão (CAPS); ✓ 1930 – Unificação das CAPS em institutos de aposentadorias e pensões (IAPS); ✓ 1967 – Implantação do INPS; ✓ 1978 – Criação do INAMPS; ✓ 1975 – A crise, o modelo de saúde previdenciário começa a mostrar suas falhas; ✓ 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde – Saúde direito de todos, dever do Estado; lançou as bases da reforma sanitária e do SUDS ✓ 1988 – Promulgação da nova Constituição → Saúde direito de todos e dever do Estado. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA ✓ A política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiencia acumulada por conjunto de atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas do governo (PNAB, 2011); ✓ Atenção básica = Atenção primária. ✓ No seu artigo 1, a PNAB considera esses termos, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a associar a ambas os princípios e diretrizes definidas. ✓ No seu artigo 2, a PNAB define a atenção básica como o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. PRINCÍPIOS DO SUS E DA RAS A SEREM OPERACIONALIZADOS NA APS ✓ Universalidade; ✓ Integralidade; ✓ Equidade o Igualdade X Equidade: é necessário levar em consideração a desigualdade para tratar de forma diferente os desiguais. ✓ Nenhuma condição deve resultar na exclusão do atendimento. ✓ São de responsabilidade sanitária da equipe de atenção básica os moradores transitórios (ciganos, estrangeiros, etc) mesmo sem cartão do SUS, por exemplo. ✓ No Brasil, a APS é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. ✓ A APS deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede se Atenção à Saúde. FUNÇÕES NAS REDES ✓ Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária; ✓ Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais; ✓ Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários por meio de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. Para isso, é necessário incorporar ferramentas e dispositivos de gestão do cuidado, tais como: gestão das listas de espera (encaminhamentos para consultas especializadas, procedimentos e exames), prontuário eletrônico em rede, protocolos de atenção organizados sob a lógica de linhas de cuidado, discussão e análise de casos traçadores; ✓ Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. ATRIBUTOS E DIRETRIZES DA APS ✓ Acessibilidade e acolhimento (porta de entrada preferencial e porta aberta); ✓ Territorialização e responsabilização sanitária; ✓ Vínculo e adscrição de clientela; ✓ Cuidado longitudinal; ✓ Coordenação do cuidado; ✓ Responsabilização; ✓ Humanização → cuidado centrado na pessoa; ✓ Participação Social; ✓ Trabalho em Equipe Multiprofissional. MACETE PARA DIRETRIZES DA PNAB “Rui Tudo Por Causa do Rei Louco Com Ossos Profundos” Regionalização e hierarquização, territorialização, população adscrita, cuidado centrado na pessoa, resolutividade, longitudinalidade do cuidado, coordenação do cuidado, ordenação da rede e participação da comunidade. ✓ As Unidades Básicas de Saúde – instaladas perto de onde as pessoas mora, trabalham, estudam e vivem – desempenham um papel central na garantia à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade. ✓ A estratégia foi iniciada em junho de 1991, com a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). ✓ Em 1994, por iniciativa do MS, foram formadas as primeiras equipes de PSF, incorporando e ampliando a atuação dos ACS. ✓ Em 1997, programa de agentes comunitários de saúde. ✓ A estratégia ESF se consolidou em 2006. ✓ 2017 → última atualização da PNAB. ✓ Previne Brasil → programa de financiamento atual da aps. Ele estabelece indicadores para que o financiamento venha. É realizado a cada quatro meses. Para se entrar no programa, é necessário que 100% da população esteja cadastrada. Por exemplo: Proporção de gestantes com pelo menos seis consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 12ª semana de gestação; Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV; Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado; Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS; Proporção de crianças de um ano de idade vacinadas na APS contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo B e poliomielite inativada; Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no semestre; Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre. ✓ PMAQ → era antigo financiamento da APS, tendo sido extinto em 2019. PRINCIPAIS AVANÇOS NA PNAB ✓ A capilaridade e a expansão da cobertura Saúde da Família (1ª onda), Mais Médicos (2ª onda); ✓ O crescimento do financiamento federal da atenção básica (100% nos últimos 4 anos); ✓ Priorização pelo MS e pelo governo; ✓ O esforço de contemplar diferentes realidades/públicos/necessidades; ✓ Ampliação e novas diretrizes do Telessaúde; ✓ Médicos pelo Brasil. VÍDEO AULA PNAB ✓ Atenção básica = Atenção primária. ✓ A ESF é a estratégia prioritária, porém não é a única. ✓ A PNAB reconhece que existem outras estratégias, porém, elas são de caráter temporário, pois depois viram estratégia de saúde da família. RESPONSABILIDADES ✓ Responsabilidades comuns dos entes: garantir o funcionamento e atendimentos nas normas na AB. Fazer valer a PNAB. ✓ Responsabilidade da união: garantir recursos federais, parcerias, unificar as diretrizes e estratégias. ✓ Responsabilidade dos estados: garantir recursos estaduais, sistema de informação e relatórios, estratégias. ✓ Responsabilidade do município: executar a PNAB, enviar relatórios, garantir controle social e recursos municipais. TIPOSDE UNIDADES E EQUIPAMENTOS DE SAÚDE ✓ Unidade básica de saúde ✓ Unidade básica de saúde fluvial ✓ Unidade odontológica móvel ✓ Funcionamento (recomendação e flexibilidade) 5 dias da semana, 12 meses do ano, 40 horas semanais. o Pode-se ter o Programa Saúde na Hora → com essa portaria, é possível aderir ou não a um horário estendido, como a noite ou final de semana. ✓ ESF: 2000 a 3500 pessoas. ✓ Em local visível, próximo a entrada: deve-se ter identificação e horário de atendimento; mapa de abrangência, com cobertura de cada equipe; identificação do gerente da atenção básica no território e dos componentes de cada equipe da UBS; relação de serviços disponíveis e detalhamento das escalas de atendimento de cada equipe. ✓ Tipos de equipe: o ESF (médico, enfermeiro, auxiliar/técnico de enfermagem e AC, podendo ter agente comunitário de endemias, o ACE, e profissionais da saúde bucal). Cada ACS fica responsável por 750 pessoas. o EAB (médico, enfermeiro, auxiliar/técnico e enfermagem). É complementar (carga horária diferente → 10 horas, 3 profissionais por categoria e a soma da CH deve ser de 40h semanais). ▪ A portaria 2539/19 substitui a EAB pela Equipe de atenção primária (EAP), composta apenas por médico e enfermeiro. A EAP pode atender em dois regimes de CH: 20h (50% da população) e 30h (75% da população). o ESB – equipe atuante na AB (cirurgião dentista e técnico em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde bucal). Atuam na AB e na ESF. o NASF-AB – complementa a equipe AB, participando e integrando, afim de atender as demandas locais. É formada por outros profissionais → multiprofissional. Médico acupunturista, assistente social, educador físico, farmacêutico, fonoaudiologista, fisioterapeuta, ginecologista, homeopata, nutricionista, pediatra, psiquiatra, terapia ocupacional, geriatria, clinica médica, médico do trabalho, veterinário, sanitarista. Houve a extinção das tipologias do NASF. Então o gestor pode dividir os profissionais do NASF em outras equipes, por exemplo. o EACS – integra a AB. o Equipes de AB para populações específicas: para comunidade ribeirinha (14 dias mensais), para famílias fluviais, consultório na rua (30h semanais), para população privada de liberdade. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS ✓ Atribuições comuns: ligado ao modelo da atenção básica de busca ativa e visitas domiciliares; ✓ Atendimento humanizado e ético (acolhimento e vínculo). ✓ Educação, mapeamento, sistema de informação, cadastro, modificações, segurança do paciente, etc. ✓ Atribuições do médico: I. Realizar atenção à saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade; II. Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, etc). III. Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; IV. Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico deles; V. Indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; VI. Contribuir, realizar e participar das atividades de educação permanente de todos os membros da equipe; VII. Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USB.
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