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Massoterapia 2022 (1)

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MASSOTERAPIA
2022
1
HISTÓRICO E CONCEITO DE MASSAGEM
A massagem como terapia evoluiu de um dos nossos mais instintos desejo de tocar e ser tocado. Tocamo-nos uns aos outros por muitas razões: para mostrar amor, oferecer segurança, mas também para nos sentimos melhor. Como espécie, podemos existir sem muitas coisas, mas o contato físico não é uma delas.
A história da massagem é interessante. Até a idade média, teve um papel vital nos cuidados de saúde. É uma das mais antigas terapias do mundo e foi popular entre os Gregos e Romanos. Na época, a Igreja Católica considerou-a pecaminosa, tinha uma imagem negativa. Hoje os terapeutas esforçam para desfazer esta imagem que duraram tantos anos.
A 1ª massagem realizada pelo homem pré-histórico era com pomadas e ervas para esfregar no corpo. Essas porções, consideradas curativas, promoviam bem-estar e protegiam contra lesões ou infecções.
Os chineses registram em suas literaturas que a massagem era usada como método de cura desde 3.000 a.C. Os Hindus em 1800 a.C. indicavam a massagem para reduzir peso, ajudar dormir e relaxar. Eles eram mais interessados em higiene do que em saúde, a massagem era combinada com banhos e lavagens.
Hipócrates (o pai da medicina, 460 – 380 a.C.) afirmou que podia melhorar a função articular e aumentar com sessões diárias de massagem.
Uma observação importante que ele fez foi de que a massagem deveria ser feita com manobras na direção do coração e não na direção dos pés. Foi algo que surpreendeu a todos uma vez que nada se sabia sobre a circulação sanguínea naquela época.
O ginasta Sueco Per Henrik Ling (1776 - 1839) se tornou terapeuta e foi o criador da massagem terapêutica (Sueca). A massagem Sueca complementa o tratamento convencional dos doentes crônicos e ajuda a recuperação de várias patologias. É a combinação de massagem e exercícios.
No Reino Unido, John Grosvernor (1742-1823), cirurgião e professor de Medicina, Universidade de Oxford, ensinavam às enfermeiras as técnicas da massagem. John afirmava que a massagem evitava cirurgias em muitas doenças e acelerava a cicatrização dos tecidos e das articulações pela ação de fricção e do atrito.
No século XIX, a massagem já não era ensinada pelos médicos e nem exercida em hospitais. Antes, as enfermeiras eram as especialistas nas técnicas. O número de mulheres praticando a massagem cresceu tanto que surgiram na época escolas para esse fim. Surgiram consultórios particulares que, além da massagem, ofereciam banhos turcos (lavagem corporal). Com o passar do tempo, a reputação da massagem foi caindo e surgiram as chamadas “casas de massagem”.
Em Berlim, o Sueco Per Henri (1813) fundou o Instituto Central de Ginástica. Com requinte e a prática da massagem sueca, ela começou a ganhar respeito.Nos Estados Unidos
Os responsáveis pela massagem nos Estados Unidos foram os irmãos George Henry Taylor (1821-1896) e Chareles Fayette Taylor (1826-1899). Em 1824, foi publicado o 1ª livro sobre o assunto, escrito em inglês, pelo Dr. Gragham, Boston, Massachutets.
O Sr. Robert Jones salientou e utilizou a massagem para avaliar a dor após tratamento cirúrgico na 2ª Guerra Mundial.
No século passado, o Dr. Henry Pahrling reintroduziu a massagem como recurso terapêutico nos meios médicos de todo o mundo.
Atualmente o reconhecimento de que a massagem possui grandes virtudes terapêuticas possibilitou a ampliação de novas escolas e comprovados os seus benefícios durante toda a sua história.
A massoterapia, fazendo uso das técnicas de maneira lógica, coerente e harmoniosa, tem a função de reequilibrar, tonificar, relaxar e alongar o corpo. Observe abaixo algumas técnicas utilizadas:
Massagem Clássica, Sueca ou Relaxante: é o tipo de massagem mais comum nos países ocidentais. Consiste em fazer pressão, sempre no sentido do fluxo sanguíneo, em diferentes pontos do corpo.
Drenagem Linfática: A drenagem linfática é uma técnica de massagem que trabalha o sistema linfático, estimulando-o a trabalhar de forma rápida, movimentando a linfa até os gânglios linfáticos. Essa técnica foi desenvolvida em 1932 pelo terapeuta dinamarquês Vodder e sua esposa e, posteriormente, foi aprimorada tornando-se popular.
Massagem Estética, Modeladora ou Redutora: A Massagem Estética é uma técnica que utiliza manobras rápidas e intensas sobre a pele, utilizando pressão através de movimentos de amassamento e deslizamento. Entre os principais benefícios estão à melhora da oxigenação dos tecidos, a quebra da cadeia de gordura e a melhora do tônus muscular.
Massagem Esportiva: no século VII a.C, a massagem esportiva era utilizada com o objetivo de preparar os competidores para as provas de força. Agora sua aplicação, com manobras fortes, rápidas e profundas, aumenta a velocidade, força e resistência e evita rupturas e torções;
Shiatsu, Do-in: tiveram origem no Japão como terapia para tratar mente, corpo e espírito segundo a Medicina Tradicional Chinesa. Podem ser utilizados os dedos, as palmas das mãos, os cotovelos, os braços e até os pés para exercer a pressão em pontos que, ao serem pressionados, tonificarão ou sedarão a energia dos órgãos correspondentes. São todos pontos de reequilíbrio energético;
Reflexologia: desenvolvida pela fisioterapeuta Eunice Ingham, a reflexologia, inicialmente chamada de terapia zonal, utiliza técnicas de pressão em algumas zonas que correspondem a regiões reflexas do corpo humano, tais como os pés e mãos;
Massagem Ayurvédica: Há cerca de 6000 (seis mil) anos atrás, a ciência da Ayurveda começou na Índia. A massagem ayurvédica é uma vigorosa massagem que estimula os músculos e a circulação, liberando as toxinas presas aos músculos e tecidos. Contando com alguns alongamentos, proporciona uma maior flexibilidade do corpo e mobilidade nas articulações, possibilitando o circuito livre da energia vital.
Massagem Tailandesa: comumente chamada de Thai massagem, tem um enfoque mais energético que físico. Dentre a imensa rede de canais sutis (sen) por onde circula energia vital eles utilizam terapeuticamente 10 principais. Através de pressões profundas ao longo destes sen, alongamentos musculares, manipulações articulares e torções buscam-se liberar os bloqueios e estagnações da energia vital.
Massagem de Pedras Quentes: A Terapia das Pedras Quentes é, clinicamente, a aplicação de termoterapia, em que a condução do calor é transmitida ao corpo através de pedras plutônicas formadas na parte baixa do vulcão. A energia que provém das pedras penetra profundamente nos músculos, permitindo a limpeza, a desobstrução e a normalização do fluxo energético, que tem nos meridianos o seu principal meio de condução do ki (energia), obtendo-se então, a homeostase orgânica e energética.
Massagem Aromaterapeutica: nome dado aos tratamentos realizados pelo uso e aplicação correta dos óleos essenciais obtidos das plantas. Os tratamentos realizados com a combinação da aromaterapia e massagem trazem e mantêm uma intensa e constante sensação de bem-estar, além de beneficiar a saúde, a vitalidade e promover a melhora da textura da coloração da pele;
Cromoterapia: tratamento realizado com o auxílio das cores para influenciar visualmente os sentidos.
EFEITOS E INDICAÇÕES DA MASSAGEM
ASPECTOS GERAIS
Embora a massagem dos tecidos moles tenha sido aperfeiçoada ao longo de milhares de anos, existe um número relativamente pequeno de estudos científicos sobre seus efeitos e eficácia. Apenas em uma época recente temos observado um grande interesse na mensuração objetiva dos efeitos da massagem.
A massagem dos tecidos moles exerce três efeitos básicos: mecânicos, fisiológicos e psicológicos.
De fato, os principais efeitos da massagem são mecânicos, que por sua vez produz efeitos fisiológicos e psicológicos.
EFEITOS MECÂNICOS
Os movimentos de compressão, tração, estiramento e fricção exercem evidentes efeitos mecânicos nos tecidos. Essas forças mecânicas exercem efeitos mobilizadores de amolecimento e estiramento sobre a pele, tecido subcutâneo, vísceras e músculos.
Movimentos de alisamento com pressão crescente “empurra”o sangue venoso e a linfa presentes nos vasos, promovendo boa circulação e melhora do edema, assim como pode promover mobilização do conteúdo intestinal.
As manobras realizadas sobre a caixa torácica têm o efeito mecânico de liberar o muco aderente à árvore brônquica e, ajudado pela gravidade, auxilia na remoção do escarro pelas vias aéreas superiores.
A pressão comprime tecidos moles e distorce as redes de receptores nas TNL. Desta maneira ocorre um reflexo axonal que estimula receptores na pele, músculos, tendões, ligamentos, cápsula articular e órgãos, gerando inibição da dor e relaxamento.
EFEITOS MECÂNICOS
Promove movimento de:
· linfa
· sangue venoso edema
· conteúdo intestinal conteúdo de hematomas muco
Promove mobilização de:
· fibras musculares
· massas musculares
· tendões
· pele e tecido subcutâneo
· tecido cicatricial
· aderências
EFEITOS FISIOLÓGICOS
EFEITOS NA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA E LINFÁTICA
Com os músculos relaxados, eles passam a constituir uma massa mole contendo vasos cheios de líquido. Qualquer pressão aplicada deve empurrar o líquido dos vasos na direção da aplicação da pressão.
A massagem vigorosa e estimulante resulta em elevações significativas no fluxo sanguíneo.
A pressão leve produz dilatação temporária nos capilares enquanto pressão mais intensa promove dilatação mais prolongada. Então pode-se convir que os capilares ficam mais irrigados.
A vasodilatação pode melhorar a troficidade celular local, aumentar trocas entre os meios celular e sanguíneo, aporte de oxigênio e nutricional, eliminação dos resíduos do metabolismo e do gás carbônico.
Alisamento superficial melhora a circulação cutânea, especialmente o fluxo de veias e linfáticos. Auxiliando na nutrição do tecido, remoção de catabólitos e drenagem de líquido intersticial.
Manobras de massagens particularmente leves aplicadas no sentido dos trajetos dos vasos linfáticos superficiais permitem acelerar o fluxo de retorno linfático, sendo úteis em casos de edema para auxiliar na reabsorção.
O sangue fluindo para a região melhorarão o metabolismo, uma vez que o suprimento de oxigênio e nutrientes é reforçado.
EFEITOS NO METABOLISMO E PROCESSO DE CURA.
Considerando que a massagem tem efeitos profundos no sistema circulatório e linfático, parece evidente que pode ter utilidade na estimulação do processo de cicatrização, tanto na fase aguda como crônica.
EFEITOS NO TECIDO MUSCULAR
Um músculo fadigado por alguma forma de trabalho será restaurado de forma mais rápida e completa pela massagem, em comparação somente com o repouso.
A massagem pode causar relaxamento, que se expressa por um aumento do comprimento dos músculos. Técnicas de tapotamento facilitam e estimulam a contração muscular devido os disparos dos fusos musculares. Impede formação de aderências e fibrose, e até mesmo a ruptura de pequenas aderências em músculos imobilizados, lesionados e desnervados.
A massagem promove ao músculo melhor estado de nutrição, flexibilidade e vitalidade, porém, a massagem não impede a atrofia de um músculo desnervado, nem aumenta os tônus muscular e muito menos não fornece hipertrofia.
EFEITOS NOS OSSOS E ARTICULAÇÕES
A eficácia e rapidez do crescimento do tecido ósseo fraturado depende da circulação eficiente da área. Portanto a massagem favorece o aumento da circulação e indiretamente melhora a irrigação no foco de fratura.
A massagem por fricção profunda objetiva a ruptura do tecido cicatricial nos ligamentos, bursas, cápsula articular e tendões, evitando aderências nessas estruturas e restaurar a amplitude de movimento normal da articulação.
EFEITOS NA DOR
Teoria das comportas: o sinal recebido do toque e pressão chega até a medula e impede que a informação da dor chegue primeiro.
A informação da dor é transmitida por fibras de pequeno calibre, enquanto as dos mecanoceptores são por fibras calibrosas. Desta forma os impulsos viajam mais rapidamente até a medula, inibindo a dor.
Os efeitos inibidores acontecem quando a repetição constante da mesma manobra, lenta e suave, leva a acomodação por aumentar o limiar de percepção do novo estímulo. O tono muscular é reduzido, o espasmo muscular é aliviado e, consequentemente, a dor também.
O efeito mais generalizado da massagem é, efetivamente, descontrair o corpo e a mente, aliviando a tensão. O seu efeito calmante e tranquilizante têm ajudado em casos de ansiedade, pois há uma estimulação de endorfinas, tipo de substância química que se encontra no cérebro e que produz propriedades tranquilizantes e analgésicas.
A palavra endorfina significa morfina endógena, isto é, morfina produzida naturalmente pelo nosso corpo. É um hormônio anti-stress, cuja função é aliviar a dor e a tensão.
EFEITOS VISCERAIS
A massagem no abdômen por amassamento, vibrações, deslizamento no sentido do trânsito intestinal é efetiva na estimulação do peristaltismo para promover a evacuação de flatos e fezes do intestino grosso, facilitando função excretora em casos de prisão de ventre.
EFEITOS SOBRE A PELE
A passagem constante das mãos sobre a pele removerá células superficiais mortas e permitirá que as glândulas sebáceas se liberem da obstrução e funcionem melhor. Associado a circulação melhorada que essas estruturas adquirem após a massagem, o efeito notável é, com frequência, um aspecto mais lubrificado e maior sensibilidade da pele. Além do mais a hiperemia causada facilita a permeabilidade de agentes, substâncias, óleos e medicamentos juntamente com as manobras de massagens.
EFEITOS FISIOLÓGICOS GERAIS
· aumento da circulação sanguínea e linfática
· aumento do fluxo de nutrientes
· remoção de catabólitos e metabólitos
· estimulação do processo de cicatrização
· resolução de edema e hematoma
· aumento dos movimentos articulares
· aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo
· aumento da produção de endorfinas endógenos
· alívio da dor
· facilitação da atividade muscular
· estimulações de funções viscerais
· promoção do relaxamento geral e local.
EFEITOS PSICOLÓGICOS
RELAXAMENTO FÍSICO
Para que um músculo relaxe, ou todo o corpo é necessário que a pessoa seja capaz de minimizar o impulso cerebral para os músculos. Técnicas de massagem auxiliam este mecanismo nas pessoas.
ALÍVIO DO ESTRESSE
À medida que a massagem promove o relaxamento físico, também ajuda a reduzir a ansiedade e tensão devido a maior liberação de endorfinas pelo SNC. Provoca um relaxamento generalizado nos estados de tensão, insônias, nervosismo geral e ansiedade, criando uma sensação de bem-estar geral e diminuição de stress.
ALÍVIO DA DOR
A dor tem importantes alicerces fisiológicos, porém há necessidade da mente em controlar esta percepção. A massagem auxilia tanto no âmbito fisiológico como psicológico.
ESTIMULAÇÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA
Certos tipos de massagem são bastantes estimulantes, produzindo forte sensação de revigoramento. Além do que, cerca o psicológico do atleta para diminuir a ansiedade antes do evento e aumentar sua concentração para a prática esportiva.
SENSAÇÃO GERAL DE BEM-ESTAR
O conjunto da inibição da dor, relaxamento e alívio do estresse faz com que a massagem gere sensação de leveza e bem-estar físico.
· CONTRA INDICAÇÕES GERAIS
· Infecções agudas em: articulações, músculos, pele, tecido subcutâneo
· Doenças de pele em estado ativo: queimaduras, cortes, sangramento, psoríase, fungos. Câncer – pode favorecer metástases
· Áreas com hiperalgias graves: pancadas recentes, cortes, inflamação aguda. Doenças de vasos sanguíneos: tromboflebites
· Varizes graves Hemofílicos.
· Estômago e bexiga cheios Tuberculose
· Lesões ósseas em curso de consolidação – caloósseo
ANATOMIA HUMANA
Anatomia humana é o campo da biologia responsável por estudar a forma e a estrutura do organismo humano, bem como as suas partes. O nome anatomia origina-se do grego ana, que significa “parte”, e tomnei, que significa cortar, ou seja, é a parte da biologia que se preocupa com o isolamento de estruturas e seu estudo.
A anatomia utiliza, principalmente, a técnica conhecida como dissecação, que se baseia na execução de cortes que permitemuma melhor visualização das estruturas do organismo. Essa prática é muito realizada nos cursos da área da saúde, tais como medicina, odontologia e fisioterapia.
A história da anatomia humana
Acredita-se que as primeiras dissecações em seres humanos tenham acontecido no século II a.C., por intermédio de Herófilo e Erasístrato, em Alexandria. Após esse período, a área ficou praticamente estagnada, principalmente em decorrência da pressão da Igreja, que não aceitava esse tipo de pesquisa.
Os estudos na área retornaram com maior força durante o Renascimento, destacando-se, nesse período, as obras de Leonardo da Vinci e Andreas Vesalius. Aquele ganhou notoriedade na anatomia por seus espetaculares desenhos do corpo humano, nos quais trabalhou por 15 anos. Para a feitura deles, esse importante artista fez vários estudos, participando, inclusive, de dissecações.
O estudo da anatomia humana é bastante antigo, mas estagnou-se por muito tempo devido a fatores religiosos.
O primeiro atlas de anatomia, o De humani corporis fabrica, foi produzido, em 1543, por Vesalius, atualmente considerado o pai da anatomia moderna. Seu livro quebrou falsos conceitos e contribuiu para um aprofundamento maior na área, marcando, assim, sua fase moderna.
Divisões da anatomia
A anatomia humana foi e é, sem dúvidas, extremamente importante para a compreensão do funcionamento do corpo humano. Atualmente, podemos dividi-la em várias partes, e duas delas merecem destaque:
→ Anatomia sistêmica: estuda os sistemas do corpo humano, tais como o digestório e o circulatório. Ela não se preocupa com o todo, realizando uma descrição mais aprofundada das partes que compõem um sistema.
→ Anatomia regional ou topográfica: estuda o corpo humano por regiões, e não por sistemas. Esse estudo facilita na orientação correta ao analisar-se um corpo.
A posição anatômica
Quando estudamos a anatomia humana, devemos obedecer algumas regras para que a descrição das estruturas seja entendida mundialmente. Há uma convenção internacional de que as descrições devem ser feitas considerando-se a chamada posição anatômica.
Na posição anatômica o indivíduo está:
Em pé, numa postura ereta;
Com a face voltada para a frente e o olhar no horizonte;
Com os membros superiores estendidos e paralelos ao tronco; Com as palmas das mãos voltadas para frente;
Com os membros inferiores unidos;
Com os dedos dos pés voltados para frente.
Observe a chamada posição anatômica do corpo.
Quando descrevemos uma estrutura, é fundamental que indiquemos sua posição no corpo. Considerando-se a posição anatômica, temos as seguintes direções:
Superior ou cranial: parte superior do corpo Inferior ou caudal: parte inferior do corpo
Anterior, ventral ou frontal: frente do corpo Posterior ou dorsal: parte de trás do corpo Medial: mais perto da linha mediana do corpo
Lateral: mais perto da lateral do corpo e mais afastada da linha mediana Proximal: próxima da raiz do membro
Distal: longe da raiz do membro
Observe o desenho para compreender melhor os termos de direção em anatomia. Principais sistemas da anatomia humana
Os sistemas estudados, em geral são:
tegumentar, esquelético, muscular, nervoso, cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, endócrino, imunológico e reprodutor.
→ Sistema tegumentar: formado pela pele, que é responsável por isolar nosso corpo, protegê-lo contra a entrada de patógenos e regular a temperatura.
→ Sistema esquelético: formado por ossos e cartilagens, fornece sustentação e garante movimento ao nosso corpo.
→ Sistema muscular: formado pelos músculos estriados esqueléticos que atuam, por exemplo, na locomoção.
→ Sistema nervoso: formado por encéfalo, medula espinhal e nervos, ajuda na percepção de mudanças no meio externo e interno do nosso corpo.
→ Sistema cardiovascular: formado pelo coração e por vasos sanguíneos, atua na distribuição de substâncias para todas as células do corpo.
→ Sistema respiratório: formado por nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões, atua garantindo a entrada do oxigênio no nosso corpo e a eliminação de gás carbônico.
→ Sistema digestório: formado por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e glândulas acessórias, sua principal função é retirar e absorver os nutrientes dos alimentos que ingerimos.
→ Sistema urinário: formado por rins, ureteres, bexiga e uretra, é responsável por eliminar substâncias tóxicas ao corpo.
→ Sistema endócrino: formado por todas as glândulas endócrinas do corpo e envolvido com a produção de hormônios, que regulam as mais variadas funções do nosso organismo.
→ Sistema reprodutor: na mulher é formado por ovários, tuba uterina, útero, vagina e vulva; no homem é formado por testículo, epidídimo, ductos deferentes, uretra, pênis e algumas glândulas. Sua função é garantir a reprodução da espécie.
SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar é formado pela pele e por seus anexos. Ele atua para evitar a perda de água, impedir a entrada de micro-organismos, garantir a proteção contra a radiação ultravioleta, proporcionar a percepção sensorial, além de estar relacionado com a termorregulação e a secreção de substâncias como suor e sebo.
→ Pele
A pele é o maior órgão do corpo e é responsável por cerca de 16% de todo nosso peso corporal. Ela é formada por duas camadas básicas: a epiderme e a derme. A epiderme é formada por tecido epitelial, e a derme é formada por tecido conjuntivo. Existe ainda a hipoderme, que não é uma camada da pele, e está localizada logo após a derme, garantindo a união entre pele e outros órgãos.
A pele é formada pelas camadas básicas derme e epiderme A epiderme é formada por cinco camadas:
Camada basal: caracteriza-se por ser rica em células-tronco, por isso é também chamada de camada germinativa. É essa camada a principal responsável pela renovação da epiderme. Nela, encontramos ainda os melanócitos, células produtoras de melanina, um pigmento responsável por dar cor à pele e aos pelos.
Camada espinhosa: caracteriza-se pela presença de desmossomos, que garantem a união das células dessa camada. Devido à presença dessas estruturas, observa-se um aspecto espinhoso.
Camada granulosa: tem apenas de três a cinco fileiras de células achatadas e possui grânulos de querato- hialina.
Camadas da epiderme
Camada lúcida: camada evidente e espessa que é formada por células achatadas e translúcidas. Não possuem núcleo e o citoplasma é rico em queratina.
Camada córnea: Formada por células mortas, anucleadas, achatadas e ricas em queratina. Sua espessura é variável.
A derme, como dito anteriormente, é formada por tecido conjuntivo e está entre a epiderme e a hipoderme. Ela está conectada à epiderme por meio de projeções que partem da derme para a epiderme, denominadas de papilas dérmicas, e da epiderme para derme, chamadas de cristas epidérmicas.
Podemos dividir a derme em duas camadas: a derme papilar, onde estão as papilas dérmicas, e a derme reticular, que constitui a parte mais espessa da derme e é formada por tecido conjuntivo denso não modelado. É na derme que estão localizados os vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, terminações nervosas sensoriais, folículos pilosos e glândulas.
→ Pelos
Pelos são estruturas ricas em queratina que se formam no folículo piloso, uma invaginação da epiderme. Estão presentes em praticamente todo o corpo, apenas não são encontrados nos lábios, na glande, nos pequenos lábios e parte dos grandes lábios e na palma da mão e dos pés.
→ Unhas
Unhas são placas de queratina que ficam localizadas nas pontas dos dedos. Elas ajudam na proteção dos dedos e na manipulação de objetos.
→ Glândulas
As glândulas são estruturas responsáveis por produzir secreções. Na pele, podemos destacar duas glândulas: as sudoríparas e as sebáceas. As glândulas sudoríparas são responsáveis por secretar o suor, uma solução aquosa que atua na regulação da temperatura. Seu papel na regulação está no fato de que, ao evaporar, leva ao resfriamento corporal. As glândulas sebáceas, por sua vez, produzem o sebo,que garante a lubrificação da pele e do pelo.
SISTEMA ESQUELÉTICO
O sistema esquelético reúne um conjunto de ossos e estruturas formadas a partir de cartilagem, tendões e ligamentos que permitem a movimentação do corpo, a sustentação, o apoio para músculos, a proteção de órgãos vitais, além, é claro, de servir como um local de armazenamento de substâncias, como cálcio e fósforo, e produzir células sanguíneas.
No nosso corpo, 206 ossos perfeitamente unidos através de articulações formam o chamado esqueleto. Os ossos que compõem essa estrutura podem ser classificados de acordo com seu formato em:
· Longos: são aqueles que apresentam comprimento maior que a largura. Exemplo: fêmur e tíbia.
· Curtos: são aqueles que apresentam comprimento, largura e espessura equivalentes. Exemplo: carpos e tarsos.
· Planos: apresentam um comprimento e largura maiores que a espessura. Exemplo: costela e escápula.
· Irregulares: como o próprio nome indica, apresentam formatos variados. Exemplo: vértebras e ossículos da orelha.
· Sesamoides: são pequenos e arredondados, além de estarem presentes em tendões e ligamentos. Exemplo: patela.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas grandes porções: o esqueleto axial e o apendicular.
O esqueleto axial é aquele que forma o eixo principal do corpo e é constituído pelo crânio, vértebras, costelas e esterno. Já o esqueleto apendicular é constituído pelos membros (braços e pernas). Essas duas porções são unidas por meio das chamadas cinturas pélvicas e escapular. A primeira é formada pelos ossos do quadril, enquanto a segunda é formada pela escápula e clavícula.
No local onde dois ossos estão em contato, dizemos que existe uma articulação. Nelas, pode ser possível ou não realizar movimentos. As articulações chamadas de móveis são aquelas que permitem a movimentação.
Como exemplo, podemos citar aquelas encontradas nos ossos dos braços e das pernas. Existem ainda as articulações imóveis, também chamadas de fixas, que não permitem a movimentação. Um exemplo desse tipo de articulação é observado nos ossos do crânio. Alguns autores sugerem ainda a classificação de algumas articulações em semimóveis, uma vez que permitem movimentos pequenos. As articulações da coluna são um exemplo dessa ocorrência.
Quando uma articulação é móvel, percebe-se nas extremidades dos ossos a presença de cartilagem. Essas cartilagens, aliadas com o chamado líquido sinovial, impedem o desgaste desses ossos e, consequentemente, permitem que deslisem uns sobre os outros, sem maiores complicações.
Curiosidade: Você sabia que no momento do nascimento uma criança apresenta mais ossos que um adulto? Isso se deve ao fato de que muitos ossos se fundem durante o desenvolvimento.
SISTEMA ARTICULAR
O sistema articular é formado pelas articulações ou junturas. Essas estruturas podem ser definidas como o local de conexão existente entre dois ou mais ossos. As articulações, garantem, portanto, a união e a movimentação dos ossos, permitindo que nosso esqueleto permaneça estável independentemente da atividade que realizamos.
→ Classificação das articulações
As articulações podem ser classificadas utilizando vários critérios. Uma dessas classificações utiliza como critério o material encontrado entre as peças ósseas e separa as articulações
em: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.
⇒ Fibrosas: apresentam entre as peças que se articulam tecido conjuntivo fibroso. Elas podem ser classificadas em suturas, sindesmoses e gonfoses.
· Suturas: Essas articulações são típicas do crânio. Logo após o nascimento, percebe-se uma grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso entre os ossos do crânio. Com o desenvolvimento, ocorre a calcificação desse tecido. Essa é uma articulação, portanto, imóvel.
· Sindesmoses: Nessas articulações, há um pouco de movimento. Pode ser observada na articulação tibiofibular inferior.
· Gonfoses: Essa articulação é aquela encontrada entre a raiz do dente e o alvéolo. Alguns autores não a consideram uma articulação, uma vez que o dente não faz parte do esqueleto.
⇒ Cartilaginosas: Nesse caso, o tecido encontrado entre as peças ósseas é o cartilaginoso.
· Sincondroses: Nessas articulações, as peças ósseas são unidas por cartilagem hialina, e seus movimentos são limitados. Como exemplo desse tipo de articulação, podemos citar aquela presente entre a primeira costela e o osso esterno.
· Sínfises: Nessas articulações, encontramos cartilagem fibrosa. A mobilidade nessa articulação também é reduzida. As sínfises podem ser observadas nos ossos do quadril, os quais formam a sínfise púbica.
⇒ Sinoviais: Essas articulações apresentam como principal característica a capacidade de movimentação. Nelas é observada uma cápsula que liga as extremidades dos ossos e delimita a cavidade articular, que é cheia de líquido. Esse líquido é denominado de líquido sinovial e possui uma grande quantidade de ácido hialurônico, o qual ajuda a lubrificar as superfícies da articulação.
As articulações sinoviais são observadas na união entre ossos longos. A articulação do joelho é um exemplo desse tipo de articulação
SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular é constituído pelo conjunto de músculos presente no organismo. Os músculos são formados por células especializadas em contração e relaxamento. Essas células formam diferentes tipos
de tecidos e, de acordo com suas características morfológicas, permitem-nos classificar os músculos em três tipos:
Tipos de tecido muscular
Músculo estriado cardíaco: constituído por células alongadas e ramificadas unidas por discos intercalares. Apresentam estrias transversais, contração rítmica e involuntária;
Músculo estriado esquelético: constituído por células longas, cilíndricas e multinucleadas. Apresentam estrias transversais e contração rápida e sujeita ao controle voluntário;
Músculo liso: constituído por células fusiformes, não apresentam estrias transversais, a contração é lenta e não está sujeita ao controle voluntário. Presente em diversas vísceras, como o tubo digestivo e o útero.
Os três tipos de músculos (de cima para baixo): cardíaco, liso e esquelético.
Os músculos são formados por feixes que se fixam por meio de suas extremidades. A extremidade presa a uma peça óssea que não se desloca, ou ponto fixo, é denominada de origem. A extremidade presa a uma peça óssea que se desloca, ou ponto móvel, é denominada de inserção. Os músculos fixam-se a essas extremidades por intermédio de tendões e aponeuroses.
O encurtamento da distância entre as extremidades pelo processo de contração permite que os segmentos do corpo movimentem-se. No entanto, os músculos não são responsáveis apenas pela locomoção. Como eles unem as peças ósseas, são responsáveis também por manter a postura do esqueleto. Os músculos também são responsáveis pelo movimento das vísceras.
Principais Músculos do Corpo Humano
O maior músculo do corpo humano é o da coxa, com comprimento de até meio metro. Por outro lado, o menor músculo é o que está localizado entre as vértebras, medindo cerca de 1 cm.
O músculo mais forte do corpo humano é o da boca, chamado de "Masseter", responsável pela mastigação, a fala e os movimentos. Por sua vez, o músculo mais fraco são os das pálpebras, responsáveis pelo movimento dos olhos.
O sistema muscular humano possui cerca de 600 músculos, agrupados em:
Músculos da Cabeça e do Pescoço Músculo occipitofrontal (crânio)
Músculo temporoparietal (crânio)
Músculo orbicular do olho (olho) Prócero (nariz)
Nasal (nariz)
Músculo bucinador (boca) Músculo orbicular da boca (boca) Músculo masseter (mandíbulas) Músculo temporal (mandíbulas) Músculo genioglosso (língua) Músculo estapédio (ouvido)
Músculo tensor do tímpano (ouvido) Platisma (cervical) Esternocleidomastóideo (cervical) Músculo longo do colo (vertebral anterior)
Músculo escaleno anterior (vertebral lateral) Músculo constritor inferior da faringe (faringe) Cricotireóideo (laringe)
Músculos do Tórax e do Abdômen Esplênios (dorso)
Eretor da espinha (dorso) Intercostais (tórax) Transverso do abdômem Levantador do ânus Esfíncteres do ânus
Músculosdos Membros Superiores
Trapézio (coluna vertebral) Peitoral maior (cavidade toráxica) Peitoral menor (cavidade toráxica) Deltóide (ombro)
Coracobraquial (braço anterior) Bíceps braquial (braço anterior) Braquial (braço anterior)
Tríceps braquial (braço posterior) Pronador redondo (antebraço) Braquiorradial (antebraço)
Tenar (mão) Hipotenar (mão) Lumbricais (mão)
Músculos dos Membros Inferiores Músculo psoas maior (pelve)
Músculos glúteo máximo, glúteo médio e glúteo mínimo (pelve) Músculo piriforme (pelve)
Músculo sartório (coxa) Músculo pectíneo (coxa) Músculo bíceps da coxa
Músculos fibular longo e fibular curto (coxa) Músculo tríceps sural (coxa)
Músculo tibial anterior (perna)
Músculo extensor curto dos dedos (pé)
Músculo abdutor do hálux (pé) Músculos interósseos plantares (pé)
Os músculos podem ser classificados de diversas formas, a saber:
1. Quanto à forma: observa-se o formato do músculo. Exemplo: músculo trapézio e músculo piramidal;
2. Quanto à origem: observa-se o número de tendões dos quais ele se origina. Quando há mais de um, podem ser classificados como: bíceps, tríceps ou quadríceps;
3. Quanto à inserção: observa-se o número de tendões pelos quais ele se insere.
Dois tendões: bicaudados; Três ou mais: policaudados;
4. Quanto à ação: observa-se a ação principal resultante do processo de contração. Assim, entre as diversas classificações, podemos destacar:
flexor: flexiona um membro; extensor: estende um membro;
adutor: move o membro para perto da linha mediana do corpo; abdutor: move o membro para fora da linha mediana do corpo.
5. Quanto à função:
agonista: o músculo principal na execução de um movimento; antagonista: músculo que se opõe à ação do agonista;
sinergista: elimina algum movimento indesejado que possa ser realizado pelo agonista, auxiliando-o em sua ação
Funções do Sistema Muscular
O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são fundamentais para o corpo humano. Veja a seguir quais são essas funções:
Estabilidade corporal; Produção de movimentos;
Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal);
Preenchimento do corpo (sustentação); Auxílio nos fluxos sanguíneos.
Músculos da Cabeça e do Pescoço
O grupo muscular da cabeça e do pescoço é composto por mais de 30 pequenos músculos que ajudam a exprimir os sentimentos, mover os maxilares ou manter a cabeça erguida.
Abaixo como alguns dos principais músculos deste grupo atuam:
· Frontal > Mastigar ou morder.
· Masseter > Movimentam as mandíbulas.
· Esternocleidomastoideo > Permite a cabeça girar ou se inclinar para frente e para trás
Músculos do Tórax e do Abdômen
Os músculos do grupo do tórax e abdômen permitem a respiração, impedem o corpo de se curvar e ceder ao próprio peso, entre outros movimentos.
Abaixo estão alguns dos músculos deste grupo e como eles atuam no nosso corpo:
· Peitoral e Deltoide > Levantar peso.
· Intercostais > Atuam em conjunto com o diafragma para levarem o ar até os pulmões.
· Oblíquo > Inclina o tórax para a frente.
Músculos dos Membros Superiores
Os músculos dos membros superiores são capazes de fazer a pressão exata e permitem flexibilidade e precisão para tarefas delicadas ou que exigem muita força.
Alguns exemplos desses músculos e suas respectivas ações estão descritas do quadro abaixo:
· Bíceps - Está ligado aos ossos escapula e rádio, ao se contrair faz o braço se dobrar.
· Oponente do polegar - Permite o movimento do polegar, pois utiliza músculos do antebraço e da mão
· Curto adutor - Movimento para fora do polegar.
Músculos dos Membros Inferiores
Os músculos dos membros inferiores são os mais fortes do corpo. Graças aos músculos das pernas, podemos ficar de pé e manter o equilíbrio.
Veja no quadro abaixo alguns músculos deste grupo:
· Costureiro (ou sartório) - É o mais longo músculo do corpo, ao se contrair dobra a perna e gira o quadril. Trata-se do músculo das costureiras, por isso o nome.
· Flexores dorsais - Fazem os dedos do pé levantarem.
· Tendão de Aquiles - É o tendão mais forte do corpo, inserido no osso calcâneo.
· Sóleo, plantar delgado e gastrocnêmio - São músculos flexores plantares responsáveis pelo movimento dasbailarinas de ficar na ponta dos pés.
Contração Muscular
A contração muscular refere-se ao deslizamento da actina sobre a miosina nas células musculares, permitindo os movimentos do corpo.
As fibras musculares contém os filamentos de proteínas contráteis de actina e miosina, dispostas lado a lado. Esses filamentos se repetem ao longo da fibra muscular, formando o sarcômero.
O sarcômero é a unidade funcional da contração muscular.
Para que ocorra a contração muscular são necessários três elementos:
Estímulo do sistema nervoso;
As proteínas contráteis, actina e miosina; Energia para contração, fornecida pelo ATP. Como ocorre a contração muscular?
Entenda o passo a passo do mecanismo da contração muscular em uma fibra muscular esquelética:
O cérebro envia sinais, através do sistema nervoso, para o neurônio motor que está em contato com as fibras musculares.
Quando próximo da superfície da fibra muscular, o axônio perde bainha de mielina e dilata-se, formando a placa motora. Os nervos motores se conectam aos músculos através das placas motoras.
Os axônios do neurônio motor em contato com a fibra muscular
Com a chegada do impulso nervoso, as terminações axônicas do nervo motor lançam sobre suas fibras musculares a acetilcolina, uma substância neurotransmissora.
A acetilcolina liga-se aos receptores da membrana da fibra muscular, desencadeando um potencial de ação. Nesse momento, os filamentos de actina e miosina se contraem, levando à diminuição do sarcômero e consequentemente provocando a contração muscular.
A contração muscular segue a "lei do tudo ou nada". Ou seja: a fibra muscular se contrai totalmente ou não se contrai. Se o estímulo não for suficiente, nada acontece.
Tipos de Contração Muscular
A contração muscular pode ser de dois tipos:
Contração isométrica: quando o músculo se contrai, sem encurtar o seu tamanho. Exemplo: a manutenção da postura envolve a contração isométrica.
Contração isotônica: quando a contração promove o encurtamento do músculo. Exemplo: movimento dos membros inferiores.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo.
É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los".
Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações
Nervos que compõem o sistema nervoso
O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico
Sistema Nervoso Central
O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges.
Encéfalo
O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico;
Cérebro
É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo.
Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc.
Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.
Cerebelo
Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso.
Tronco Encefálico
Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa.
Além disso, produz os estímulos nervosos que controlamas atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.
Medula Espinhal
A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico.
Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos).
Sistema Nervoso Periférico
O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal.
Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.
Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.
De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.
Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos.
Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
Neurotransmissores
Os neurotransmissores são compostos químicos secretados pelas células do sistema nervoso, os neurônios, responsáveis por transmitir as informações necessárias para diversas partes do corpo.
Por serem comunicados pelas sinapses, esses mediadores químicos são encontrados geralmente em vesículas pré-sinápticas.
São exemplos de neurotransmissores a adrenalina, o glutamato e o gama-aminobutírico “GABA”.
Tipos de neurotransmissores
A maioria dos neurotransmissores podem ser agrupados em três classes:
· Aminoácidos
· Aminas
· Peptídeos
Os neurotransmissores podem ser moléculas pequenas, como aminoácidos e aminas, ou moléculas grandes, como os peptídeos.
Aminoácidos e aminas têm em comum a presença de átomos de nitrogênio em suas estruturas. O armazenamento desses neurotransmissores é feito nas vesículas sinápticas e delas são liberados.
Já os peptídeos são longas cadeias formadas pela união de aminoácidos. O armazenamento e a liberação desses neurotransmissores ocorre nos grânulos secretores.
Além dos tipos vistos anteriormente, existem também os neurotransmissores do tipo acetilcolina, purinas, gases e lipídios.
Como atuam e a função dos neurotransmissores
Sua ação basicamente é se combinar com uma célula-alvo e a ação resulta em transmissão, modulação e amplificação das informações entre neurônios.
As células possuem receptores específicos para cada tipo de neurotransmissor. A maneira que um neurotransmissor influencia um neurônio pode ser classificada em:
Excitatória: criação de um sinal elétrico no neurônio receptor; Inibitória: restrição de um potencial de ação no neurônio receptor;
Modulatória: regulação da população de neurônios.
Neurotransmissores excitatórios e inibitórios atuam rapidamente entre o espaço de dois neurônios e são diferenciados pelo receptor que se ligam, ou seja, dependem de qual receptor foi ativado. Além disso, a excitação ou a inibição, podem ocorrer também em uma fibra muscular ou uma célula glandular.
Os neuromoduladores geram respostas mais lentas que os neurotransmissores excitatórios e inibitórios.
Neurotransmissores: síntese, armazenamento e liberação
Os neurotransmissores são mensageiros químicos na transmissão sináptica química, ou seja, atuam na comunicação intercelular.
Nesse processo, que ocorre em milissegundos, os neurotransmissores são sintetizados, armazenados em vesículas sinápticas, liberados das terminações nervosas em uma região chamada de fenda sináptica.
Após isso, os neurotransmissores se ligam às proteínas receptoras nas células-alvo. O tecido que recebeu a informação por meio do neurotransmissor fica excitado, inibido ou modificado
Principais neurotransmissores
Os neurotransmissores apresentam diversas funções para o corpo, sendo que os mais importantes são: Acetilcolina (Ach)
Sintetizada pelo sistema nervoso central e nervos parassimpáticos, a acetilcolina foi o primeiro neurotransmissor descoberto, e está relacionada com os movimentos dos músculos, aprendizado e memória.
A falta de acetilcolina no corpo pode desencadear diversas doenças neurológicas tal qual a doença de Alzheimer (doença do esquecimento).
Adrenalina
Também chamado de “epinefrina”, a adrenalina é derivada da noroadrelina (norepinefrina), sintetizada na medula adrenal (glândulas suprarrenais) e em algumas células do sistema nervoso central.
Esse hormônio neurotransmissor está relacionado à excitação, sendo liberado como um mecanismo de defesa do corpo em diversas situações que envolvem medo, stress, perigo ou fortes emoções.
Noradrenalina (NA)
Também chamada de norepinefrina, a noradrenalina é um neurotransmissor excitatório tal qual a adrenalina. Ela atua na regulação do humor, aprendizado e memória, promovendo assim, disposição, uma vez que está relacionada à excitação física e mental.
Se os níveis dessa substância estiverem alterados no corpo pode levar ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Quando reduzidos pode levar a depressão e ao aumento do estresse.
Endorfina
Considerado o “hormônio do prazer”, essa substância é produzida no cérebro pela glândula hipófise e está relacionada a melhoria do humor e da memória, funcionamento do sistema imunológico, controle da dor e do fluxo de sangue. Destarte, a falta de endorfina pode levar ao estresse, depressão e ansiedade.
Serotonina (5HT)
Sintetizada pelo sistema nervoso central e quando liberada no corpo promove a sensação de bem-estar e satisfação. Além disso, esse calmante natural controla o sono, regula o apetite e a energia. Desse modo, é conhecido como “substância do prazer”, e a falta desse hormônio neurotransmissor no corpo pode desencadear depressão, estresse, ansiedade, dentre outros problemas.
Dopamina (DA)
Hormônio liberado pelo hipotálamo, associado à sensação de bem-estar e dos controles motores do corpo. As alterações dos níveis de dopamina no corpo pode desencadear diversas doenças, por exemplo, a doença de Parkinson e a esquizofrenia. Enquanto o Mal de Parkinson é resultante da falta desse neurotransmissor, a esquizofrenia é o contrário, ou seja, pode ser gerada pelo excesso de dopamina no corpo.
SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo. Ele é constituído pelos nódulos linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsável por transportar a linfa dos tecidos para o sistema circulatório.
Além disso, ele possui outras funções como a proteção de células imunes, pois atua junto ao sistema imunológico. Outro importante papel do sistema linfático está na absorção dos ácidos graxos e no equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos.
Formação do sistema linfático
Como funciona o Sistema Linfático?
Para desempenhar sua função de eliminar as impurezas do nosso corpo, o sistema linfático trabalha junto com o sistema imunológico.
O sistema linfático atua em conjunto com diversos órgãos e elementos do organismo. É dessa forma que ele consegue alcançar todas as parte do corpo para filtrar o líquido tissular que nutriu, oxigenouos capilares sanguíneos e saiu levando gás carbônio e excreções.
Vasos linfáticos
Diferente do sangue que é impulsionado pela força do coração, no sistema linfático a linfa se movimenta de forma lenta e com baixa pressão. Ela depende da compressão dos movimentos dos músculos para pressionar o líquido. É a partir da contração realizada pelo movimento dos músculos que o fluído é transportado para os vasoslinfáticos. Como eles são maiores acabam se acumulam no ducto linfático direito e no ducto torácico, percorrendo assim para o resto do corpo.
Componentes do Sistema Linfático
Componentes do sistema linfático
O sistema linfático é formado por diferentes componente e órgãos. Veja a seguir quais são e como cada um deles atua no organismo.
Linfonodos
Os linfonodos (gânglios linfáticos) são chamados de nódulos linfáticos. Eles são pequenos órgãos (com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha.
Formados por tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue. Além disso eles também atuam na defesa do organismo, impedindo a permanência de partículas estranhas no corpo.
Linfa
A linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue e que circula pelos vasos linfáticos. Porém, ele não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso.
Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e fígado. Seu transporte é feito pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue.
Vasos linfáticos
Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo.
Eles atuam no sistema de defesa do organismo, visto que retiram células mortas e transportam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.
Baço
Maior dos órgão linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e atrás do estômago.
Ele é responsável pela defesa do organismo e exerce as seguintes funções: produção de anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese), armazenamento de sangue e liberação de hormônios.
Timo
O timo é um órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração.
Além de produzir as substâncias como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócito T), atuando, dessa maneira, na defesa do organismo.
É curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui de tamanho.
Tonsilas palatinas
Popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como amídalas ou amígdalas palatinas.
Elas são responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo, principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo visto que produzem linfócitos.
Algumas Doenças do Sistema Linfático Elefantíase
A filaríase ou filariose é conhecida como “doença tropical infecciosa” e corresponde à inflamação dos vasos linfáticos transmitida por inseto (mosquito culex).
Seu nome está associado com a retenção de líquido ou o inchaço dos membros, fazendo com que as pernas dos doentes tenham aspecto de elefante.
Linfedema
Caracterizada pela inflamação e obstrução dos vasos linfáticos, a linfedema leva ao inchaço excessivo dos membros.
Curiosidades sobre o sistema linfático
Outras doenças associadas ao sistema linfático são a celulite (acúmulo de gordura), amenizada com o tratamento da drenagem linfática; a íngua (inchaço dos gânglios linfáticos) e alguns tipos de câncer (linfoma), por exemplo o câncer de mama.
No corpo humano, a linfa é mais abundante do que o sangue.
SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico, sistema imune ou imunitário é um conjunto de elementos existentes no corpo humano.
Esses elementos interagem entre si e têm como objetivo defender o corpo contra doenças, vírus, bactérias, micróbios e outros.
O sistema imunológico humano serve como uma proteção, um escudo ou uma barreira que nos protege de seres indesejáveis, os antígenos, que tentam invadir o nosso corpo. Assim, representa a defesa do corpo humano.
Resposta Imune
Tipos de respostas imunes do organismo
O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado de resposta imune.
Existem dois tipos de respostas imunes: a inata, natural ou não específica e a adquirida, adaptativa ou específica. Conheça sobre cada tipo de resposta imune nas explicações abaixo.
Imunidade inata, natural ou não específica
A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo de imunidade já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e biológicas.
Veja a seguir quais são e como elas atuam na defesa do nosso organismo.
· Pele- É a principal barreira que o corpo tem contra agentes patogênicos.
· Cílios- Ajudam a proteger os olhos, impedindo a entrada de pequenas partículas e em alguns casos até pequenos insetos.
· Lágrima- Faz a limpeza e lubrificação dos olhos ajudando a proteger o globo ocular de infecções.
· Muco- E um fluído produzido pelo organismo que tem a função de impedir que microrganismos entrem no sistema respiratório, por exemplo.
· Plaquetas- Atuam na coagulação do sangue que, diante de um ferimento, por exemplo, elas produzem uma rede de fios para impedir a passagem das hemácias reter o sangue.
· Saliva- Ela possui uma substância que mantém a lubrificação da boca e ajuda a proteger contra vírus que podem invadir os órgãos do sistema respiratório e digestivo.
· Suco gástrico - É um líquido produzido pelo estômago que atua no processo de digestão dos alimentos. Devido sua acidez elevada, ele impede a proliferação de microrganismos.
· Suor - Possui ácidos graxos que ajudam a pele a impedir a entrada de fungos pela pele.
A imunidade nata também é representada pelas células de defesa, como leucócitos, neutrófilos e macrófagos, que está descrita logo abaixo.
Os principais mecanismos da imunidade inata são fagocitose, liberação de mediadores inflamatórios e ativação de proteínas.
Se a imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade adquirida entra em ação. Imunidade adquirida, adaptativa ou específica
A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e vacinas.
Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante de algum problema específico.
Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos. Existem dois tipos de imunidade adquirida:
Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos linfócitos B. Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos linfócitos T. Células e órgãos
O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos de células e órgãos, que são divididos da seguinte forma:
Tipos de células e órgãos do sistema imunológico
Conheça abaixo detalhes como cada uma dessas células e órgãos atuam na defesa do organismo. Células
As células de defesa do corpo são os leucócitos, linfócitos e macrófagos.
Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células produzidas pela medula óssea e linfonodos. Eles têm a função de produzir anticorpos para proteger o organismo contra os patógenos.
Os leucócitos são o principal agente do sistema imunológico do nosso corpo. São leucócitos:
Neutrófilos: envolve as células doentes e as destroem.
Eosinófilos: agem contra parasitas. Basófilos: relacionado com as alergias. Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos.
Monócitos: penetram os tecidos para os defender dos patógenos.
Linfócitos
Os linfócitos são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue, responsáveis pelo reconhecimento e destruição de microrganismos infecciosos como bactérias e vírus.
Existem os linfócitos B e linfócitos T.
Macrófagos
Os macrófagos são células derivadas dos monócitos. Sua função principal é fagocitar partículas, como restos celulares, ou microrganismos.
Elessão os responsáveis por iniciar a resposta imunitária.
Órgãos
Órgãos do sistema imunológico
Os órgãos do sistema imunológico são divididos em órgãos imunitários primários e secundários.
Órgãos do sistema imunológico Órgãos imunitários primários
Nestes órgãos ocorre a produção dos linfócitos:
Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos. Local de produção dos elementos figurados do sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas.
Timo: glândula localizada na cavidade torácica, no mediastino. Sua função é o promover o desenvolvimento dos linfócitos T.
Órgãos imunitários secundários
Nestes órgãos é iniciada a resposta imune:
Linfonodos: pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que se encontram no trajeto dos vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles realizam a filtragem da linfa.
Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose, destroem partículas estranhas, microrganismos invasores, hemácias e demais células sanguíneas mortas.
Tonsilas: constituídas por tecido linfoide, ricas em glóbulos brancos.
Apêndice: pequeno órgão linfático, com grande concentração de glóbulos brancos. Placas de Peyer: acúmulo de tecido linfoide que está associado ao intestino.
Sistema imunológico baixo
Quando o sistema imunológico não funciona adequadamente, ele diminui a sua capacidade de defender o nosso corpo.
Assim, ficamos mais vulneráveis às doenças, tais como amigdalites ou estomatites, candidíase, infecções na pele, otites, herpes, gripes e resfriados.
Para fortalecer o sistema imunológico e evitar problemas com baixa imunidade, é preciso atenção especial com a alimentação. Algumas frutas ajudam no aumento da imunidade, como a maçã, laranja e kiwi, que são frutas cítricas. A ingestão de ômega 3 também é um aliado para o sistema imunológico.
É importante, ainda, praticar exercícios, beber água e tomar sol com moderação.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos e o coração.
Vasos Sanguíneos
Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos por todo o corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos capilares.
Artérias
As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue que sai do coração, sendo transportado para as outras partes do corpo.
A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular bastante elástico. Permite, dessa maneira, que as paredes se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco.
As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando mais finas, constituindo as arteríolas, que por sua vez se ramificam ainda mais formando os capilares.
Veias
As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das diversas partes do corpo de volta para o coração. Sua parede é mais fina que a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento.
Assim, a pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que o sangue se desloque sempre em direção ao coração.
Importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas outras) transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. As veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
Vasos Capilares
Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que integram o sistema cardiovascular, formando uma rede de comunicação entre as artérias e as veias.
Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que permite a troca de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico) do sangue para as células e vice-versa
Coração
O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através dos vasos sanguíneos para todo o corpo.
É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio, e internamente as cavidades cardíacas são revestidas pela membrana chamada endocárdio. Suas paredes são constituídas por um músculo, o miocárdio, sendo o responsável pelas contrações do coração.
O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores denominadas átrios (direito e esquerdo) e duas inferiores denominadas ventrículos (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem paredes mais grossas que os átrios.
O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece do lado esquerdo. No entanto, não há comunicação entre os dois átrios, nem entre os dois ventrículos.
Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem válvulas. Entre o átrio direito e o ventrículo direito é a válvula tricúspide, já entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide.
O coração possui dois tipos de movimentos: sístole e diástole. A sístole é o movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo. A diástole é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de sangue.
Pulsação
A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os ventrículos se contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a cada batida do coração.
Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é possível verificar a frequência dos batimentos cardíacos.
Importante destacar que o coração é um órgão que funciona em ritmo constante. As irregularidades no seu ritmo, indicam o mau funcionamento do coração, caracterizadas pelas arritmias cardíacas.
As arritmias podem se manifestar com palpitações, dificuldades respiratórias, dor no peito, tonturas e desmaios.
SISTEMA DIGESTIVO
O Sistema Digestório é também conhecido como Sistema Digestivo ou Aparelho Digestivo. Ele é formado por um conjunto de órgãos que atuam no corpo humano.
A ação desses órgãos está relacionada ao processo de transformação do alimento, que tem o objetivo de ajudar na absorção dos nutrientes.
Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos.
Órgãos do corpo humano relacionado ao sistema digestório Componentes do Sistema Digestório
O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em duas partes.
Uma delas é o tubo digestório (propriamente dito), antes conhecido como tubo digestivo. Ele se divide em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte corresponde aos órgãos anexos.
A seguir estão apresentadas mais informações e detalhes sobre cada um dos componentes do Sistema Digestório.
Tubo Digestório Alto
Órgãos e anexos do trato digestório alto
O tubo digestório alto é formado pela boca, faringe e esôfago.
Boca
A boca é o local onde inicia o sistema digestório
A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Ela corresponde a uma cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares.
Na boca ocorre a mastigação, que corresponde ao primeiro momento do processo da digestão mecânica. Ela acontece com os dentes e a língua.
Em um segundo momento entra em ação a atividade enzimática da ptialina, que é amilase salivar. Ela atua sobre o amido encontrado na batata, farinha de trigo, arroz e o transformando em moléculas menores de maltose.
Faringe
A faringe é o órgão que faz a ligação entre o sistema digestório e o sistema respiratório
A faringe é um tubo muscular membranoso que se comunica com a boca, através do istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago.
Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum para o sistema digestório e o sistema respiratório.
No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago.
A penetração do alimento nas vias respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que fecha o orifíciode comunicação com a laringe
Esôfago
Movimento peristálticos do esôfago
O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autônomo.
É por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago.
Tubo Digestório Médio
O tubo digestório médio é formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo). Conheça sobre cada um deles a seguir.
Estômago
Anatomia do estômago sadio e de um estômago com úlcera
O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável pela digestão das proteínas. A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração, separada dele somente pelo diafragma.
Ele possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma região estreita, recebe o nome de "piloro".
O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco que a protege de agressões do suco gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas (úlcera gástrica).
A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é regulada pela ação de um hormônio, a gastrina.
A gastrina é produzida no próprio estômago no momento em que moléculas de proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão. Assim, a pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e as transformam em moléculas menores. Estas são as proteoses e peptonas.
Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas. Nesse processo, o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e fecha, permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao intestino delgado.
Intestino delgado
Órgãos anexos que participam do processo digestivo no intestino
O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc.
O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.
O duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal.
Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas.
Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas. Ele contém enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, pois dessa forma favorece a neutralização do quimo.
Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno vai se tornando alcalina e gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.
Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino delgado onde o trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo digestivo.
Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos, sobra uma pasta grossa formada por detritos não assimilados e com bactérias. Esta pasta, já fermentada, segue para o intestino grosso.
Tubo Digestório Baixo
O tubo digestório baixo é formado pelo intestino grosso, que possui os seguintes componentes: ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto.
Intestino grosso
O intestino grosso é o último órgão que atua no sistema digestório
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos.
Ele está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.
No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.
O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por onde são eliminadas as fezes.
Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.
Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal. Sendo, portanto, importante incluir as fibras na alimentação para auxiliar a formação das fezes.
SISTEMA ENDÓCRINO
O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.
Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.
Glândulas do Sistema Endócrino
As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais.
Hipófise
A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento.
É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais.
O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento exagerado) e a falta provoca o nanismo.
Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH), substância que permite ao corpo economizar água na excreção (formação da urina).
Tireoide
A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar mais energia.
Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também a exoftalmia (olhos saltados).
O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o bócio.
Paratireoides
As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue.
A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se contraiam violentamente.
Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.
Timo
O timo está situado entre os pulmões.Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do recém- nascido contra infecções.
Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.
Suprarrenais
As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:
Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;
Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia para as células;
Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”.
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão.
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio.
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao desmaio.
Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.
Glândulas sexuais
As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente.
Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.
SISTEMA URINÁRIO
O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo.
O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.
Rins
Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada
Vias Urinárias
As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra. Bexiga Urinária
Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.
Ureteres
São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a bexiga. Uretra
Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma. Sistema Urinário Masculino
O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis.
Sistema Urinário Feminino
O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da bexiga ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células.
Ele é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.
Funções do Sistema Respiratório
Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório ajuda a manter o equilíbrio do organismo. Conheça a seguir as funções desenvolvidas pelo Sistema Respiratório.
Troca gasosa
Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros elementos químicos, ele passa pelas vias respiratórias e chega aos pulmões.
É nos pulmões que acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos músculos respiratórios que este órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de estímulos e comandos emitidos pelo Sistema Nervoso Central
Equilíbrio ácido-base
O equilíbrio ácido-base corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo.
Nesta função, novamente temos a atuação do Sistema Nervoso, que é responsável por enviar informações para os controladores da respiração.
Produção de sons
A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos músculos que trabalham na respiração.
São eles que permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca.
Defesa pulmonar
Ao respirar, é praticamente impossível eliminar as impurezas contidas no ambiente atmosférico. A inspiração de microrganismos se torna inevitável.
Para evitar problemas de saúde, o Sistema Respiratório apresenta mecanismos de defesa, que por sua vez, são realizados a partir da atuação dos diferentes órgãos.
Conheça a seguir quais são os órgãos do Sistema Respiratório e como eles atuam no nosso corpo. Órgãos do Sistema Respiratório
Diversos órgãos atuam no Sistema Respiratório
Cavidades Nasais
As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe.
No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.
A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.
Faringe
A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório.
Sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa.
Laringe
A laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição.
Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais. Traqueia
A traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta.
Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e filtrado. 
Brônquios
A traqueia, o brônquio, os bronquíolos e os alvéolos desempenham importantes funções Os brônquios são duas ramificações da traqueia formados também por anéis cartilaginosos.
Cada

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