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Prévia do material em texto

FLÁVIO PIEROBON
 
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
ANOTADA
Londrina/PR
2020
© Direitos de Publicação Editora Thoth. Londrina/PR.
www.editorathoth.com.br
contato@editorathoth.com.br
Diagramação e Capa: Editora Thoth
Revisão: o autor. Editor chefe: Bruno Fuga
Coordenador de Produção Editorial: Thiago Caversan Antunes
Diretor de Operações de Conteúdo: Arthur Bezerra de Souza Junior
Conselho Editorial
Prof. Me. Anderson de Azevedo • Me. Aniele Pissinati • Prof. Me. Arthur Bezerra de 
Souza Junior • Prof. Dr. Bianco Zalmora Garcia • Prof. Me. Bruno Augusto Sampaio 
Fuga • Prof. Dr. Carlos Alexandre Moraes • Prof. Dr. Celso Leopoldo Pagnan • Prof. 
Dr. Clodomiro José Bannwart Junior • Prof. Me. Daniel Colnago Rodrigues • Profª. Dr. 
Deise Marcelino da Silva Prof. Dr. Elve Miguel Cenci • Prof. Me. Erli Henrique Garcia • 
Prof. Dr. Fábio Fernandes Neves Benfatti • Prof. Dr. Fábio Ricardo R. Brasilino • Prof. 
Dr. Flávio Tartuce • Prof. Dr. Gonçalo De Mello Bandeira (Port.) • Prof. Me. Henrico 
Cesar Tamiozzo • Prof. Me. Ivan Martins Tristão Profª. Dra. Marcia Cristina Xavier de 
Souza • Prof. Dr. Osmar Vieira da Silva • Esp. Rafaela Ghacham Desiderato • Profª. Dr. 
Rita de Cássia R. Tarifa Espolador • Prof. Me. Smith Robert Barreni • Prof. Me. Thiago 
Caversan Antunes • Prof. Me. Thiago Moreira de Souza Sabião • Prof. Dr. Thiago 
Ribeiro de Carvalho • Prof. Me. Tiago Brene Oliveira • Prof. Dr. Zulmar Fachin • Prof. 
Dr. Antônio Pereira Gaio Júnior
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Pierobon, Flávio. Constituição Federal Anotada / Flávio Pierobon. – 
Londrina, PR: Thoth, 2020. (Coleção Códigos Anotados Editora Thoth)
ISBN 978-65-990261-5-7
1. Constituição Federal. 2. Código anotado. 3.Direito constitucional. 
I. Título.
CDU - 341.2 
 
Índices para catálogo sistemático
1. Direito Constitucional: 341.2
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização.
Todos os direitos desta edição reservardos pela Editora Thoth. A Editora Thoth não 
se responsabiliza pelas opiniões emitidas nesta obra por seu autor. 
 
SOBRE O AUTOR
FLÁVIO PIEROBON
Advogado. Professor Universitário. Coordenador do Núcleo de Práticas 
Jurídicas da Faculdade Positivo Londrina-PR. Professor convidado de vários 
cursos de Pós-Graduação lato senso. Mestre em Ciência Jurídica pela 
UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná. Possui pós-graduação 
(lato senso) nas áreas de Direito, Educação e Filosofia e aperfeiçoamento 
em direitos fundamentais e globalização pela Universidade Complutense de 
Madrid-Espanha. 
 áreas de Direito, Educação e Filosofia e aperfeiçoamento em direitos 
fundam
Para Dudu. 
Razão e motivo de tudo em minha vida.
AGRADECIMENTOS
A realização desta obra nasceu com o generoso convite feito pela 
Editora Thoth, por meio do Dr. Bruno Fuga. Agradeço pela confiança e 
aproveito para deixar registrado a minha satisfação de ter sido lembrado para 
um projeto tão bonito e grandioso. Thoth e Bruno Fuga, mesmo sendo muito 
jovens, já registraram os seus nomes nas letras jurídicas nacionais. Muito 
obrigado.
É importante também agradecer ao amigo e colega de trabalho Eliezer 
Rosa da Silva. Sem a tua colaboração, gentil e competente, esta obra não 
seria possível, não tenho palavras para agradecer pelo seu trabalho e pela 
parceria, há um futuro brilhante para o teu presente. Obrigado.
Por fim, é necessário tornar público aquilo que no particular já se sabe 
de sobra, obrigado pelo apoio e compreensão Natália D’Angelo Pierobon, 
minha companheira de vida. Esta obra também é tua. Sem você nada disso 
seria possível e nem desejável.
 
QUESTÕES INICIAIS
A presente obra busca dar ao texto constitucional um apanhado geral. 
Desta forma, são adotadas as seguintes anotações: jurisprudência do STF, 
especialmente naqueles casos onde a decisão possui efeito vinculante ou em 
casos cuja decisão apresenta questões muito relevantes ou em casos onde 
a repercussão geral foi reconhecida pelo Tribunal. Recursos extraordinários 
serão usados excepcionalmente, apenas em casos muito específicos ou em 
casos onde houver controle difuso de constitucionalidade. A jurisprudência 
de outros Tribunais é observada apenas em situações onde a tomada de 
decisão está diretamente relacionada com a Constituição. As anotações 
também indicarão súmulas do STF, vinculantes ou não. Nas ocasiões onde 
houver, serão indicadas as leis que regulamentam o texto constitucional 
ou que tratam do tema em análise. Por fim, serão considerados tratados 
internacionais, preferencialmente os já incorporados pelo sistema jurídico 
brasileiro e os comentários do organizador. Os comentários serão reduzidos 
ao essencial, a fim de que a obra atenda ao seu objetivo, que é ser uma 
Constituição Federal anotada, de rápido manejo e com informações diretas e 
de fácil entendimento.
APRESENTAÇÃO COLEÇÃO CÓDIGOS 
ANOTADOS
No ano de 2020, a Editora Thoth lança a Coleção Códigos Anotados. 
Diversos Códigos serão publicados por professores Londrina/Pr, cidade 
sede da Editora Thoth, com o propósito de disponibilizar Códigos com as 
respectivas leis e anotações pertinentes. As anotações nos artigos legais 
consistiram em enunciados, direito jurisprudencial dos Tribunais Superiores, 
súmulas, resoluções e afins, sempre ligados ao artigo e ao Código em 
questão. 
A coordenação geral é de responsabilidade do Professor Bruno Fuga, 
que foi responsável pela ideia inicial do projeto e por conversar com todos os 
professores responsáveis pelos respectivos Códigos, alinhando entre todos 
uma padronização na pesquisa para criar harmonia no projeto como um todo 
– respeitando, claro, a particularidade de cada Código.
De parabéns, assim, todos os autores da Coleção Códigos Anotados 
da Editora Thoth, por aceitarem o desafio e, dessa forma, colaborar com a 
pesquisa e estudo, cada qual na sua respectiva área. 
Londrina, janeiro de 2020. 
APRESENTAÇÃO CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
ANOTADA
Quem, em pleno século XXI, ainda lança uma obra com anotações a 
uma lei? Parece que em tempos digitais fazer uma obra com anotações ao 
texto constitucional é fora de época e de contexto, mas não é isso que a prática 
jurídica vem demonstrando, ter em mãos um livro onde estejam disponíveis 
o texto constitucional, sua interação com outros dispositivos constitucionais, 
com a legislação infraconstitucional e com tratados e decisões de cortes 
internacionais, além da jurisprudência e das súmulas, vinculantes ou não, do 
STF, parece ainda ter um espaço de utilidade na vida dos vários estudiosos do 
Direito. Vale ressaltar que não há uma forma de usar ou um público específico 
para quem se destina uma legislação anotada, ela serve tanto para o Juiz 
quanto para o bacharel ou bacharelando em direito. É, portanto, uma obra de 
uso plural.
O texto que ora se apresenta foi feito pensando na necessidade de 
compreensão global do Direito, pois um texto constitucional não se interpreta 
só, assim como não gera efeitos, muitas vezes, por si só, é necessária a 
interação com outros dispositivos constitucionais e, em muitos casos, a 
conformação por normas infraconstitucionais.
Pensamos em uma Constituição Federal Anotada que fizesse menção 
a outros dispositivos constitucionais, o que permite àquele que estiver a 
manuseá-la ter uma compreensão geral das diversas possibilidades de 
efeitos do texto constitucional, normas que veiculam princípios muitas vezes 
deitam suas raízes em mais de um dispositivo, tornando necessário, para 
a adequada interpretação do texto constitucional, uma imprescindível visão 
global da Constituição Federal.
O texto sai atualizado com as novas emendas e com a legislação federal 
elaborada até janeiro de 2020. 
As decisões judiciais foram preferencialmente aquelas tomadas em 
controle concentrado de constitucionalidade e, dentre estas, as mais recentes, 
mas fizemos questão de trazer decisões tomadas em ações cujo efeito se dá 
interpartes ou em ações onde não há efeito vinculante, especialmentequando 
tais decisões são marcos no entendimento sobre determinada matéria. Neste 
sentido trouxemos, como exemplo, a anotação do HC 143.641, acerca da 
prisão domiciliar para detentas grávidas ou mães de crianças até 12 anos. 
Além da jurisprudência do STF, trouxemos algumas decisões tomadas 
em Tribunais internacionais, assim como tratados internacionais que 
apresentam relação direta com o dispositivo constitucional em análise. As 
anotações também contemplam as observações gerais emitidas pelo Comitê 
de Direito Econômicos sociais e culturais a respeito do teor das normas 
contidas no Pacto internacional de Direitos econômicos Sociais e culturais 
que estão também previstas no texto constitucional.
Trata-se de uma obra feita com o intuito de colaborar na prática diária 
de profissionais e estudantes de Direito, é uma obra inacabada, como toda 
obra humana, mas feita com o firme propósito de demonstrar respeito ao texto 
constitucional e reforçar a sua importância para a construção de um país com 
justiça social, igualdade e liberdade.
Encerro esta apresentação com um trecho do discurso de promulgação 
da Constituição Federal, feito por Ulysses Guimarães em 05 de outubro de 
1988: 
“A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao 
admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, 
jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. 
Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do 
Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, 
o cemitério. A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia.”
É com este espírito que elaboramos esta obra, uma ode à Constituição, 
ao seu respeito e à sua observação. Vida longa ao texto da liberdade, da 
igualdade, da dignidade humana e da cidadania. Avante!
Londrina-PR, 05 de fevereiro de 2020 
Flávio Pierobon 
LISTA DE ABREVIAÇÕES
LC – lei complementar
ADI - Ação direta de inconstitucionalidade
ADI (QO) - Ação direta de inconstitucionalidade – questão de ordem
ADC – Ação declaratória de Constitucionalidade
ADO – Ação Direta de inconstitucionalidade por omissão
ADPF – arguição de descumprimento de preceito fundamental
CODESC - Comitê de Direitos Econômicos Sociais e Culturais da ONU
CF/88 – Constituição Federal de 1988
DL – decreto legislativo
HC – habeas corpus
LO – Lei Ordinária
MS – mandado de Segurança
MSC – Mandado de Segurança Coletivo
PIDESC – Pacto internacional de direitos Econômicos Sociais e Culturais
RE – Recurso extraordinário 
RG – Repercussão geral
SUMÁRIO
SOBRE O AUTOR ......................................................................................... 5
AGRADECIMENTOS ..................................................................................... 9
APRESENTAÇÃO COLEÇÃO CÓDIGOS ANOTADOS .............................. 13
APRESENTAÇÃO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ANOTADA ........................ 15
TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais ................................................. 25
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais ................................ 31
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETI-
VOS ......................................................................................................... 31
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS .............................................. 63
CAPÍTULO III - DA NACIONALIDADE.................................................... 72
CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS ........................................ 74
CAPÍTULO V - DOS PARTIDOS POLÍTICOS ........................................ 77
TÍTULO III - Da Organização do Estado ................................................... 79
CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ....... 79
CAPÍTULO II - DA UNIÃO ....................................................................... 81
CAPÍTULO III - DOS ESTADOS FEDERADOS ................................... 104
CAPÍTULO IV - DOS MUNICÍPIOS ...................................................... 107
CAPÍTULO V - DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS........113
Seção I - DO DISTRITO FEDERAL .....................................................113
Seção II - DOS TERRITÓRIOS ...........................................................113
CAPÍTULO VI - DA INTERVENÇÃO ......................................................113
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................115
Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................115
Seção II - DOS SERVIDORES PÚBLICOS .........................................125
Seção III - DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL 
E DOS TERRITÓRIOS ........................................................................134
Seção IV - DAS REGIÕES ..................................................................134
TÍTULO IV - Da organização dos poderes ..............................................135
CAPÍTULO I - DO PODER LEGISLATIVO ............................................135
Seção I - DO CONGRESSO NACIONAL ............................................135
Seção II - DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL .........136
Seção III - DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ......................................139
Seção IV - DO SENADO FEDERAL ....................................................140
Seção V - DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES .........................143
Seção VI - DAS REUNIÕES ................................................................145
Seção VII - DAS COMISSÕES ............................................................146
Seção VIII - DO PROCESSO LEGISLATIVO ......................................148
Subseção I - Disposição Geral ..........................................................148
Subseção II - Da Emenda à Constituição ..........................................148
Subseção III - Das Leis ......................................................................150
Seção IX - DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA ................................................................................158
CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO ..............................................162
Seção I - DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLI-
CA ........................................................................................................162
Seção II - DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..164
Seção III - DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLI-
CA ........................................................................................................167
Seção IV - DOS MINISTROS DE ESTADO .........................................169
Seção V - DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE 
DEFESA NACIONAL ............................................................................169
Subseção I - Do Conselho da República ............................................169
Subseção II - Do Conselho de Defesa Nacional ................................170
CAPÍTULO III - DO PODER JUDICIÁRIO ..............................................170
Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................170
Seção II - DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL .................................183
Seção III - DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ...........................190
Seção IV - DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES 
FEDERAIS ............................................................................................192
Seção V - DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, DOS TRIBUNAIS 
REGIONAIS DO TRABALHO E DOS JUÍZES DO TRABALHO ..........194
Seção VI - DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS .........................196
Seção VII - DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES ..........................198
Seção VIII - DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS ..................198
CAPÍTULO IV - DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ..................200
Seção I - DO MINISTÉRIO PÚBLICO ..................................................200Seção II - DA ADVOCACIA PÚBLICA ..................................................207
Seção III - DA ADVOCACIA ..................................................................207
Seção IV - DA DEFENSORIA PÚBLICA ...............................................208
TÍTULO V - Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas .......209
CAPÍTULO I - DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO ....209
Seção I - DO ESTADO DE DEFESA ....................................................210
Seção II - DO ESTADO DE SÍTIO ........................................................210
Seção III - DISPOSIÇÕES GERAIS ..................................................... 211
CAPÍTULO II - DAS FORÇAS ARMADAS ............................................. 211
CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA ..........................................213
TÍTULO VI - Da tributação e do orçamento ..............................................215
CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ........................215
Seção I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS ..................................................215
Seção II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR ..................219
Seção III - DOS IMPOSTOS DA UNIÃO ..............................................223
Seção IV - DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDE-
RAL ......................................................................................................226
Seção V - DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS .................................231
Seção VI - DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS ..........231
CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS .........................................235
Seção I - NORMAS GERAIS ...............................................................235
Seção II - DOS ORÇAMENTOS ..........................................................236
TÍTULO VII - Da Ordem Econômica e Financeira ...................................247
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMI-
CA ...........................................................................................................247
CAPÍTULO II - DA POLÍTICA URBANA .................................................258
CAPÍTULO III - DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA 
AGRÁRIA ...............................................................................................259
CAPÍTULO IV - DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .....................262
TÍTULO VIII - Da Ordem Social .............................................................262
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO GERAL ....................................................262
CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL ...........................................262
Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................262
Seção II - DA SAÚDE ..........................................................................266
Seção III - DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ...............................................270
Seção IV - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ................................................274
CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO ....276
Seção I - DA EDUCAÇÃO ...................................................................276
Seção II - DA CULTURA ......................................................................286
Seção III - DO DESPORTO .................................................................289
CAPÍTULO IV - DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ................291
CAPÍTULO V - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL .......................................293
CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE ..................................................297
CAPÍTULO VII - Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do 
Idoso ......................................................................................................302
CAPÍTULO VIII - DOS ÍNDIOS ..............................................................309
TÍTULO IX - Das Disposições Constitucionais Gerais ............................310
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS .............319
25
 FLÁVIO PIEROBON
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, 
reunidos em Assembleia Nacional Constituinte 
para instituir um Estado Democrático, 
destinado a assegurar o exercício dos 
direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a 
igualdade e a justiça como valores supremos 
de uma sociedade fraterna, pluralista e 
sem preconceitos, fundada na harmonia 
social e comprometida, na ordem interna e 
internacional, com a solução pacífica das 
controvérsias, promulgamos, sob a proteção 
de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Jurisprudência - STF
Devem ser postos em relevo os valores que 
norteiam a Constituição e que devem servir 
de orientação para a correta interpretação 
e aplicação das normas constitucionais e 
apreciação da subsunção, ou não, da Lei 
8.899/1994 a elas. Vale, assim, uma palavra, 
ainda que brevíssima, ao Preâmbulo da 
Constituição, no qual se contém a explicitação 
dos valores que dominam a obra constitucional 
de 1988 (...). Não apenas o Estado haverá 
de ser convocado para formular as políticas 
públicas que podem conduzir ao bem-estar, à 
igualdade e à justiça, mas a sociedade haverá 
de se organizar segundo aqueles valores, a 
fim de que se firme como uma comunidade 
fraterna, pluralista e sem preconceitos (...). E, 
referindo-se, expressamente, ao Preâmbulo da 
Constituição brasileira de 1988, escolia José 
Afonso da Silva que “O Estado Democrático de 
Direito destina-se a assegurar o exercício de 
determinados valores supremos. ‘Assegurar’, 
tem, no contexto, função de garantia dogmático-
constitucional; não, porém, de garantia dos 
valores abstratamente considerados, mas do 
seu ‘exercício’. Este signo desempenha, aí, 
função pragmática, porque, com o objetivo 
de ‘assegurar’, tem o efeito imediato de 
prescrever ao Estado uma ação em favor da 
efetiva realização dos ditos valores em direção 
(função diretiva) de destinatários das normas 
constitucionais que dão a esses valores 
conteúdo específico” (...). Na esteira destes 
valores supremos explicitados no Preâmbulo 
da Constituição brasileira de 1988 é que se 
afirma, nas normas constitucionais vigentes, o 
princípio jurídico da solidariedade.
[ADI 2.649, voto da rel. min. Cármen Lúcia, j. 
8-5-2008, P, DJE de 17-10-2008.]
Vide também [ADI 2.076 – Não se trata 
de norma de reprodução obrigatória nas 
Constituições estaduais, pois não possui força 
normativa.]
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados 
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos:
I - a soberania;
Relação com outros dispositivos 
constitucionais Relação com outros 
dispositivos constitucionais
Art. 18 e art. 60, §4º, I da CF/88.
Jurisprudência – STF
(…) Os princípios democrático e republicano 
repelem a manutenção de expedientes 
ocultos no que concerne ao funcionamento 
da máquina estatal em suas mais diversas 
facetas. É essencial ao fortalecimento da 
democracia que o seu financiamento seja 
feito em bases essencialmente republicanas 
e absolutamente transparentes. Prejudica-se 
o aprimoramento da democracia brasileira 
quando um dos aspectos do princípio 
democrático — a democracia representativa — 
se desenvolve em bases materiais encobertas 
por métodos obscuros de doação eleitoral. 
Sem as informações necessárias, entre elas a 
identificação dos particulares que contribuíram 
originariamente para legendas e para 
candidatos, com a explicitação também destes, 
o processo de prestação de contas perde em 
efetividade, obstruindo o cumprimento, pela 
justiça eleitoral, da relevantíssima competência 
estabelecida no art. 17, III, da CF.
[ADI 5.394, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 
22-3-2018, P, DJE de 18-2-2019.]
Art. 4º, I; art. 5º, LXXI; art. 17; art. 21, I e II; art. 
49, II;art. 84, VII, VII e XIX; art. 9; art.170 e art. 
231, §5º da CF/88.
II - a cidadania
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 5º, LXXI, LXXIII, LXXVII; art. 22, XIII; art.62, 
I, “a”; art. 68, §1º, II e art. 205.
Legislação infraconstitucional
Lei 9.265/96 – Dispõe sobre a gratuidade dos 
atos necessários ao exercício da cidadania.
Lei 10835/2004 - Institui a renda básica de 
cidadania e dá outras providências.
Jurisprudência - STF
Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, 
ou a ela se submeter, ainda que emanada de 
autoridade judicial. Mais: é dever de cidadania 
opor-se à ordem ilegal; caso contrario, nega-
se o Estado de Direito. Precedentes. 2. Ainda 
que o paciente tenha se ocultado para não 
se submeter a ordem de prisão ilegal, este 
fato não foi o único fundamento suficiente do 
segundo decreto de prisão, baixado por outra 
autoridade judiciária em outro processo; a nova 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL ANOTADA
26
ordem de prisão atende às previsões dos arts. 
312, 313, I, e 315 do CPP. 3. “Habeas-corpus” 
originário, substitutivo de recurso ordinário em 
“habeas-corpus”, conhecido, mas indeferido. 
[HC 73454, Relator(a): Min. MAURÍCIO 
CORRÊA, Segunda Turma, julgado em 
22/04/1996, DJ 07-06-1996 PP-19827 EMENT 
VOL-01831-01 PP-00125]
Jurisprudência – STF
A Lei 8.899/1994 é parte das políticas públicas 
para inserir os portadores de necessidades 
especiais na sociedade e objetiva a igualdade 
de oportunidades e a humanização das relações 
sociais, em cumprimento aos fundamentos da 
República de cidadania e dignidade da pessoa 
humana, o que se concretiza pela definição de 
meios para que eles sejam alcançados.
[ADI 2.649, rel. min. Cármen Lúcia, j. 8-5-
2008, P, DJE de 17-10-2008.]
III - a dignidade da pessoa humana;
Documentos internacionais
Carta das Nações Unidas
Declaração Universal de Direitos Humanos.
Convenção americana de Direitos humanos.
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais. 
Pacto Internacional dos Direitos Civis e 
Políticos.
Convenção Internacional sobre a Eliminação 
de Todas as Formas de Discriminação Racial.
Convenção sobre a Eliminação de todas as 
Formas de Discriminação contra a Mulher.
Convenção contra a Tortura e Outros 
Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou 
Degradantes.
Convenção sobre os Direitos da Criança.
Convenção Internacional sobre a Proteção dos 
Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes 
e Membros de suas Famílias
Convenção dos Direitos das Pessoas com 
Deficiência
Súmula vinculante 11 - Só é lícito o uso de 
algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade 
física própria ou alheia, por parte do preso ou 
de terceiros, justificada a excepcionalidade 
por escrito, sob pena de responsabilidade 
disciplinar, civil e penal do agente ou da 
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato 
processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado.
Súmula vinculante 56 - A falta de 
estabelecimento penal adequado não autoriza 
a manutenção do condenado em regime 
prisional mais gravoso, devendo-se observar, 
nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 
641.320/RS.
Jurisprudência - STF - STF
Presunção de não culpabilidade. A condução 
coercitiva representa restrição temporária da 
liberdade de locomoção mediante condução 
sob custódia por forças policiais, em vias 
públicas, não sendo tratamento normalmente 
aplicado a pessoas inocentes. Violação. 
Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da 
CF/88). O indivíduo deve ser reconhecido 
como um membro da sociedade dotado de 
valor intrínseco, em condições de igualdade 
e com direitos iguais. Tornar o ser humano 
mero objeto no Estado, consequentemente, 
contraria a dignidade humana (NETO, João 
Costa. Dignidade Humana: São Paulo, Saraiva, 
2014. p. 84). Na condução coercitiva, resta 
evidente que o investigado é conduzido para 
demonstrar sua submissão à força, o que 
desrespeita a dignidade da pessoa humana. 
(...) A condução coercitiva representa uma 
supressão absoluta, ainda que temporária, 
da liberdade de locomoção. Há uma clara 
interferência na liberdade de locomoção, 
ainda que por período breve. Potencial 
violação ao direito à não autoincriminação, 
na modalidade direito ao silêncio. Direito 
consistente na prerrogativa do implicado a 
recursar-se a depor em investigações ou ações 
penais contra si movimentadas, sem que o 
silêncio seja interpretado como admissão de 
responsabilidade. Art. 5º, LXIII, combinado 
com os arts. 1º, III; 5º, LIV, LV e LVII. O direito 
ao silêncio e o direito a ser advertido quanto 
ao seu exercício são previstos na legislação 
e aplicáveis à ação penal e ao interrogatório 
policial, tanto ao indivíduo preso quanto ao 
solto – art. 6º, V, e art. 186 do CPP. O conduzido 
é assistido pelo direito ao silêncio e pelo direito 
à respectiva advertência. Também é assistido 
pelo direito a fazer-se aconselhar por seu 
advogado. Potencial violação à presunção 
de não culpabilidade. Aspecto relevante ao 
caso é a vedação de tratar pessoas não 
condenadas como culpadas – art. 5º, LVII. 
A restrição temporária da liberdade e a 
condução sob custódia por forças policiais 
em vias públicas não são tratamentos que 
normalmente possam ser aplicados a pessoas 
inocentes. O investigado é claramente tratado 
como culpado. A legislação prevê o direito 
de ausência do investigado ou acusado ao 
interrogatório. O direito de ausência, por 
sua vez, afasta a possibilidade de condução 
coercitiva. Arguição julgada procedente, para 
declarar a incompatibilidade com a Constituição 
Federal da condução coercitiva de investigados 
ou de réus para interrogatório, tendo em vista 
que o imputado não é legalmente obrigado a 
participar do ato, e pronunciar a não recepção 
da expressão ‘para o interrogatório’, constante 
do art. 260 do CPP.
[ADI 3.510, rel. min. Ayres Britto, j. 29-5-2008, 
P, DJE de 28-5-2010.]
Jurisprudência de Tribunais 
internacionais
A Convenção Americana, por sua vez, reconhece 
expressamente o direito à integridade pessoal, 
bem jurídico cuja proteção encerra a finalidade 
principal da proibição imperativa da tortura 
27
 FLÁVIO PIEROBON
e penas ou tratamentos cruéis, desumanos 
ou degradantes. Este Tribunal considerou de 
maneira constante em sua jurisprudência que 
essa proibição pertence hoje ao domínio do 
ius cogens. O direito à integridade pessoal não 
pode ser suspenso em circunstância alguma. 
(...) 132. A Corte considera que as precárias 
condições de funcionamento da Casa de 
Repouso Guararapes, tanto as condições 
gerais do lugar quanto o atendimento médico, 
se distanciavam de forma significativa das 
adequadas à prestação de um tratamento de 
saúde digno, particularmente em razão de que 
afetavam pessoas de grande vulnerabilidade 
por sua deficiência mental, e eram per se 
incompatíveis com uma proteção adequada da 
integridade pessoal e da vida. (...) 137. A Corte 
já salientou que da obrigação geral de garantia 
dos direitos à vida e à integridade física nascem 
deveres especiais de proteção e prevenção, os 
quais, neste caso, se traduzem em deveres de 
cuidar e de regular. 
[Caso nº 12.237 - Corte IDH. Ximenes 
Lopes vs. Brasil. Mérito, reparações e custas. 
Sentença de 4- 7-2006.].
IV - os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa;
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 5º, XIII, art.7º; art. 21, XXIV; 22, I, XVI, art. 
24, V; art. 170 a 174; art. 192.
Legislação infraconstitucional
Decreto nº 591/1992 – promulga o pacto 
Internacional de direitos Econômicos sociais e 
culturais.
Lei nº 13.874/2019
Jurisprudência - STF 
O motorista particular, em sua atividade laboral, é 
protegido pela liberdade fundamental insculpida 
no art. 5º, XIII, da Carta Magna, submetendo-se 
apenas à regulação proporcionalmente definida 
em lei federal, pelo que o art. 3º, VIII, da Lei 
Federal 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) 
e a Lei Federal 12.587/2012, alterada pela Lei 
13.640 de 26 de março de 2018, garantem 
a operação deserviços remunerados de 
transporte de passageiros por aplicativos. 
A liberdade de iniciativa garantida pelos 
artigos 1º, IV, e 170 da Constituição brasileira 
consubstancia cláusula de proteção destacada 
no ordenamento pátrio como fundamento da 
República e é característica de seleto grupo das 
Constituições ao redor do mundo, por isso que 
não pode ser amesquinhada para afastar ou 
restringir injustificadamente o controle judicial 
de atos normativos que afrontem liberdades 
econômicas básicas. (...) O exercício de 
atividades econômicas e profissionais por 
particulares deve ser protegido da coerção 
arbitrária por parte do Estado, competindo 
ao Judiciário, à luz do sistema de freios e 
contrapesos estabelecidos na Constituição 
brasileira, invalidar atos normativos que 
estabeleçam restrições desproporcionais 
à livre iniciativa e à liberdade profissional. 
Jurisprudência: RE 414426 Relator(a): Min. 
Ellen gracie, Tribunal Pleno, julgado em 01-
8-2011; RE 511961, Relator(a): Min. Gilmar 
mendes, Tribunal Pleno, julgado em 17-6-
2009. O sistema constitucional de proteção 
de liberdades goza de prevalência prima facie, 
devendo eventuais restrições ser informadas 
por um parâmetro constitucionalmente legítimo 
e adequar-se ao teste da proporcionalidade, 
exigindo-se ônus de justificação regulatória 
baseado em elementos empíricos que 
demonstrem o atendimento dos requisitos 
para a intervenção. (...) A captura regulatória, 
uma vez evidenciada, legitima o Judiciário 
a rever a medida suspeita, como instituição 
estruturada para decidir com independência 
em relação a pressões políticas, a fim de 
evitar que a democracia se torne um regime 
serviente a privilégios de grupos organizados, 
restando incólume a Separação dos Poderes 
ante a atuação dos freios e contrapesos para 
anular atos arbitrários do Executivo e do 
Legislativo. A Constituição impõe ao regulador, 
mesmo na tarefa de ordenação das cidades, a 
opção pela medida que não exerça restrições 
injustificáveis às liberdades fundamentais 
de iniciativa e de exercício profissional (art. 
1º, IV, e 170; art. 5º, XIII, CRFB), sendo 
inequívoco que a necessidade de aperfeiçoar 
o uso das vias públicas não autoriza a criação 
de um oligopólio prejudicial a consumidores 
e potenciais prestadores de serviço no 
setor, notadamente quando há alternativas 
conhecidas para o atingimento da mesma 
finalidade e à vista de evidências empíricas 
sobre os benefícios gerados à fluidez do 
trânsito por aplicativos de transporte, tornando 
patente que a norma proibitiva nega ‘ao 
cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente’, 
em contrariedade ao mandamento contido no 
art. 144, § 10, I, da Constituição, incluído pela 
Emenda Constitucional 82/2014.
[ADPF 449, rel. min. Luiz Fux, j. 8-5-2019, P, 
DJE de 2-9-2019.]
V - o pluralismo político.
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 5º, VIII; art. 17 e art.8º do ADCT.
Legislação infraconstitucional
Lei nº 9.70981998 – Dispõe sobre os partidos 
políticos
Jurisprudência - STF 
Normas que condicionaram o número 
de candidatos às câmaras municipais ao 
número de representantes do respectivo 
partido na Câmara Federal. Alegada afronta 
ao princípio da isonomia. Plausibilidade da 
tese, relativamente aos parágrafos do art. 11, 
por instituírem critério caprichoso que não 
guarda coerência lógica com a disparidade 
de tratamento neles estabelecida. Afronta 
à igualdade caracterizadora do pluralismo 
político consagrado pela Carta de 1988.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL ANOTADA
28
[ADI 1.355 MC, rel. min. Ilmar Galvão, j. 23-
11-1995, P, DJ de 23-2-1996.]
Parágrafo único. Todo o poder emana 
do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição.
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 14; art. 15; art. 45; art. 60, §4º, II.
Legislação infraconstitucional
Lei nº 9.709/1998 – regulamenta os 
mecanismos de participação direta do Povo 
(plebiscito, referendo e iniciativa popular) 
dispostos no art. 14 da CF/88.
Jurisprudência - STF
A aplicação retroativa das novas regras 
que ampliaram o número de vereadores 
nos Municípios brasileiros para alcançar o 
processo eleitoral concluído em 2008, tal como 
prevista no inciso I do art. 3º da EC 58/2009, 
contraria inarredavelmente os princípios 
constitucionais (...). (...) O art. 1º, parágrafo 
único, da Constituição brasileira é taxativo ao 
dispor que “todo poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos”. 
Apenas titularizam essa condição aqueles que 
foram assim proclamados pela Justiça Eleitoral, 
nos termos das normas constitucionais e legais 
que vigiam no momento das eleições. Os 
suplentes de vereadores, aqueles que não 
lograram se eleger, não podem ser alçados 
à condição de eleitos por força de emenda 
à Constituição, por ato de representante do 
poder soberano. Admitir o contrário consagraria 
espécie de eleição indireta, contrastando com a 
previsão contida na parte final do art. 29, I, da 
Constituição da República.
[ADI 4.307, voto da rel. min. Cármen Lúcia, j. 
11-4-2013, P, DJE de 1º-10-2013.]
Art. 2º São Poderes da União, independentes 
e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário.
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 44; 60, §4º, III; art. 76; art. 92; art. 2º do 
ADCT.
Súmula – STF
Súmula 43 - Não contraria a Constituição 
Federal o art. 61 da Constituição de São Paulo, 
que equiparou os vencimentos do Ministério 
Público aos da magistratura.
Súmula 649 - É inconstitucional a criação, 
por Constituição estadual, de órgão de controle 
administrativo do Poder Judiciário do qual 
participem representantes de outros Poderes 
ou entidades.
Jurisprudência - STF
Art. 10, II (...), da Lei 10.542/1997 do Estado 
de Santa Catarina. Normas que exigem 
prévia e específica autorização legislativa 
para operações de recolhimento antecipado 
do ICMS com a concessão de desconto (...). 
Violação à separação de poderes.
[ADI 1.703, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 
8-11-2017, P, DJE de 19-12-2017].
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil:
a) Os objetivos fundamentais da República 
configuram verdadeira obra de um 
constituinte programático, cuja realização não 
está à disposição dos governantes ou dos 
legisladores. Os objetivos fundamentais da 
República justificam e marcam a existência 
do Estado brasileiro e, por esta razão, são de 
observação obrigatória.
I - construir uma sociedade livre, justa e 
solidária;
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art.5º; art. 170 e art. 193.
Jurisprudência – STF
O art. 7º da Lei 6.194/1974, na redação que 
lhe deu o art. 1º da Lei 8.441/1992, ao ampliar 
as hipóteses de responsabilidade civil objetiva, 
em tema de acidentes de trânsito nas vias 
terrestres, causados por veículo automotor, não 
parece transgredir os princípios constitucionais 
que vedam a prática de confisco, protegem 
o direito de propriedade e asseguram o 
livre exercício da atividade econômica. A 
Constituição da República, ao fixar as diretrizes 
que regem a atividade econômica e que tutelam 
o direito de propriedade, proclama, como 
valores fundamentais a serem respeitados, a 
supremacia do interesse público, os ditames 
da justiça social, a redução das desigualdades 
sociais, dando especial ênfase, dentro dessa 
perspectiva, ao princípio da solidariedade, cuja 
realização parece haver sido implementada 
pelo Congresso Nacional ao editar o art. 1º da 
Lei 8.441/1992.
[ADI 1.003 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 1º-
8-1994, P, DJ de 10-9-1999.]
II - garantir o desenvolvimento nacional;
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 5º, XXIX; art. 21, IX; art. 23, parágrafo 
único; art. 43; art. 174, parágrafo único; art. 
180; art. 192; art. 200, V; 215,§3º;art. 216-A; 
art. 218 caput e §2º; art. 219; 239,§1º
Jurisprudência – STF
A questão do desenvolvimento nacional (CF, 
art. 3º, II) e a necessidade de preservação da 
integridade do meioambiente (CF, art. 225): 
O princípio do desenvolvimento sustentável 
como fator de obtenção do justo equilíbrio entre 
as exigências da economia e as da ecologia. 
O princípio do desenvolvimento sustentável, 
além de impregnado de caráter eminentemente 
29
 FLÁVIO PIEROBON
constitucional, encontra suporte legitimador 
em compromissos internacionais assumidos 
pelo Estado brasileiro e representa fator de 
obtenção do justo equilíbrio entre as exigências 
da economia e as da ecologia, subordinada, no 
entanto, a invocação desse postulado, quando 
ocorrente situação de conflito entre valores 
constitucionais relevantes, a uma condição 
inafastável, cuja observância não comprometa 
nem esvazie o conteúdo essencial de um dos 
mais significativos direitos fundamentais: o 
direito à preservação do meio ambiente, que 
traduz bem de uso comum da generalidade 
das pessoas, a ser resguardado em favor das 
presentes e futuras gerações.
[ADI 3.540 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 1º-
9-2005, P, DJ de 3-2-2006.]
III - erradicar a pobreza e a marginalização e 
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 23, X; art. 170, VII, art. 203, V; art. 79 a 82 
(ADCT); art. 84, §2º, III (ADCT).
Legislação infraconstitucional
Decreto nº 7.492/2011 – Institui o Plano Brasil 
sem miséria.
IV - promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação.
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 5º, XLI, XLII; art. 7º, XX, XXXI; art. 227 
caput e §1º, II.
Legislação infraconstitucional.
Decreto nº 4.377/2002 – Promulga a convenção 
sobre a Eliminação de Todas as Formas de 
Discriminação contra a Mulher, de 1979.
Decreto nº 4.886/2003 - Institui a Política 
Nacional de Promoção da Igualdade Racial – 
PNPIR.
Jurisprudência - STF
Não se pode permitir que a lei faça uso de 
expressões pejorativas e discriminatórias, ante 
o reconhecimento do direito à liberdade de 
orientação sexual como liberdade existencial 
do indivíduo. Manifestação inadmissível de 
intolerância que atinge grupos tradicionalmente 
marginalizados.
[ADPF 291, rel. min. Roberto Barroso, j. 28-
10-2015, P, DJE de 11-5-2016.]
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-
se nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios:
a) Vale notar que a Constituição utiliza 
a expressão princípios, significa dizer 
que os dispositivos abaixo são normas 
constitucionais que enunciam princípios que 
darão a origem a outras normas que hão de 
decorrer da interpretação e das condições 
factuais que impuserem a aplicação do texto 
normativo.
Jurisprudência – STF
(...) gostaria (...) de tecer algumas 
considerações sobre a Convenção da Haia e a 
sua aplicação pelo Poder Judiciário brasileiro. 
(...) A primeira observação a ser feita, portanto, 
é a de que estamos diante de um documento 
produzido no contexto de negociações 
multilaterais a que o País formalmente aderiu e 
ratificou. Tais documentos, em que se incluem 
os tratados, as convenções e os acordos, 
pressupõem o cumprimento de boa-fé pelos 
Estados signatários. É o que expressa o velho 
brocardo pacta sunt servanda. A observância 
dessa prescrição é o que permite a coexistência 
e a cooperação entre nações soberanas cujos 
interesses nem sempre são coincidentes. 
Os tratados e outros acordos internacionais 
preveem em seu próprio texto a possibilidade 
de retirada de uma das partes contratantes se 
e quando não mais lhe convenha permanecer 
integrada no sistema de reciprocidades ali 
estabelecido. É o que se chama de denúncia do 
tratado, matéria que, em um de seus aspectos, 
o da necessidade de integração de vontades 
entre o chefe de Estado e o Congresso 
Nacional, está sob o exame do Tribunal. (...) 
Atualmente (...) a Convenção é compromisso 
internacional do Estado brasileiro em plena 
vigência e sua observância se impõe. Mas, 
apesar dos esforços em esclarecer conteúdo 
e alcance desse texto, ainda não se faz claro 
para a maioria dos aplicadores do direito o que 
seja o cerne da Convenção. O compromisso 
assumido pelos Estados-membros, nesse 
tratado multilateral, foi o de estabelecer um 
regime internacional de cooperação, tanto 
administrativa, por meio de autoridades 
centrais, como judicial. A Convenção estabelece 
regra processual de fixação de competência 
internacional que em nada colide com as 
normas brasileiras a respeito, previstas na 
LICC. Verificando-se que um menor foi retirado 
de sua residência habitual, sem consentimento 
de um dos genitores, os Estados-partes 
definiram que as questões relativas à guarda 
serão resolvidas pela jurisdição de residência 
habitual do menor, antes da subtração, ou 
seja, sua jurisdição natural. O juiz do país da 
residência habitual da criança foi o escolhido 
pelos Estados-membros da Convenção como o 
juiz natural para decidir as questões relativas à 
sua guarda. A Convenção também recomenda 
que a tramitação judicial de tais pedidos se faça 
com extrema rapidez e em caráter de urgência, 
de modo a causar o menor prejuízo possível ao 
bem-estar da criança. O atraso ou a demora 
no cumprimento da Convenção por parte 
das autoridades administrativas e judiciais 
brasileiras tem causado uma repercussão 
negativa no âmbito dos compromissos 
assumidos pelo Estado brasileiro, em razão 
do princípio da reciprocidade, que informa o 
cumprimento dos tratados internacionais. (...) É 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL ANOTADA
30
este o verdadeiro alcance das disposições da 
Convenção.
[ADPF 172 MC-REF, rel. min. Marco Aurélio, 
voto da min. Ellen Gracie, j. 10-6-2009, P, DJE 
de 21-8-2009.]
I - independência nacional;
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 78; art. 91, §1º, IV.
II - prevalência dos direitos humanos;
Normas equivalentes a emenda 
constitucional (art.5º, §3º da CF/88)
Decreto Legislativo nº 186/2008 - Aprova o 
texto da Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo 
Facultativo.
Decreto nº 6.949/2009 - Promulga a Convenção 
Internacional sobre os Direitos das Pessoas 
com Deficiência e seu Protocolo Facultativo
Decreto Legislativo nº 261/2015 - Aprova o 
texto do Tratado de Marraqueche para Facilitar 
o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas 
Cegas, com Deficiência Visual ou com outras 
Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso
Decreto nº 9.522/2018 - Promulga o Tratado de 
Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras 
Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência 
Visual ou com Outras Dificuldades para Ter 
Acesso ao Texto Impresso.
Documentos internacionais
Preceitos da Carta das Nações Unidas de 
1945.
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 
1948.
Declaração Americana dos Direitos e Deveres 
do Homem de 1948
Declaração do Direito ao Desenvolvimento de 
1986.
Declaração e Programa de Ação de Viena de 
1993.
Declaração de Pequim de 1995.
Legislação infraconstitucional
Decreto nº 30.822/52 – Promulga a Convenção 
para prevenção e repressão do crime de 
Genocídio.
Decreto nº 50.215/1961 – Promulga a 
Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados 
de 28 de julho de 1951.
Decreto nº 65.810/1969 – Promulga a 
Convenção sobre a Eliminação de todas as 
formas de Discriminação Racial.
Decreto nº 70.946/1972 – Promulga o Protocolo 
sobre o Estatuto dos Refugiados. 
Decreto nº 98.386/1989 – Promulga a 
Convenção Interamericana para Prevenir e 
Punir a Tortura
Decreto nº 9.9710/1990 – Promulga a 
Convenção sobre os Direitos da Criança – 
1989.
Decreto nº 40/1991 – Promulga a Convenção 
contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas 
Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
Decreto nº 678/1992 – Promulga a Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos.
Decreto nº 591/1992 – Promulga o pacto 
Internacional de direitos Econômicos sociais e 
culturais.
Decreto nº 592/1992 – Promulga o pacto 
Internacional de direitos civis e políticos.
Decreto nº 1.973/1996 – promulga a Convenção 
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar 
a Violência contraa Mulher.
Decreto nº 4.316/2002 – promulga o protocolo 
facultativo à Convenção sobre eliminação de 
todas as formas de discriminação contra a 
mulher.
Decreto nº 4.377/2002 – Promulga a 
Convenção sobre a Eliminação de todas as 
formas de Discriminação contra a Mulher.
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
Jurisprudência – STF
Arguição de descumprimento dos preceitos 
fundamentais constitucionalmente 
estabelecidos: decisões judiciais nacionais 
permitindo a importação de pneus usados de 
países que não compõem o Mercosul: objeto 
de contencioso na Organização Mundial 
do Comércio, a partir de 20-6-2005, pela 
Solicitação de Consulta da União Europeia 
ao Brasil. (...) Autorização para importação 
de remoldados provenientes de Estados 
integrantes do Mercosul limitados ao produto 
final, pneu, e não às carcaças: determinação 
do Tribunal ad hoc, à qual teve de se submeter 
o Brasil em decorrência dos acordos firmados 
pelo bloco econômico: ausência de tratamento 
discriminatório nas relações comerciais 
firmadas pelo Brasil.
[ADPF 101, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-6-
2009, P, DJE de 4-6-2012.]
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Relação com outros dispositivos 
constitucionais
Art. 5º, XLII, XLIII; 
Legislação infraconstitucional
Lei nº 7.716/1989 – Define os crimes resultantes 
de preconceito de raça ou de cor.
Decreto nº 5.639/2005 – Promulga a Convenção 
interamericana contra o terrorismo.
Lei nº 12.288/2010 – Institui o Estatuto da 
igualdade racial

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