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Violência Obstétrica Violência Obstétrica Autores: ● Caroline Barbosa; ● Emilly Carla; ● Isabel Brito; ● Ika Freitas; ● Raquel Carneiro; ● Vilma Araújo. Violência Obstétrica ● No Brasil, de acordo com a fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres sofrem algum tipo de violência no atendimento ao parto. ● Qualquer conduta, comissiva ou omissiva, realizada por profissionais de saúde, em instituição pública ou privada que, direta ou indiretamente, leva à apropriação indevida dos processos corporais e reprodutivos das mulheres. ● Expressa-se em tratamento desumano, abuso da medicalização e patologização dos processos naturais, levando à perda da autonomia, impactando negativamente a qualidade de vida. Violência Obstétrica Se caracteriza pelas ações que atingem o corpo da mulher propriamente, causando dor e dano físico. Ação verbal ou o comportamento que ocasione sentimentos de inferioridade, insegurança ou abandono, com a intenção de humilhar e vulnerabilizar a parturiente. Ação imposta à mulher que viole sua intimidade, deslegitime o seu senso de integridade sexual e reprodutiva, podendo atingir diretamente ou não os órgãos sexuais e partes íntimas do seu corpo. Ações que maculem direitos constitucionais, como o direito de acompanhante no momento do parto. TIPOS FÍSICA PSICOLÓGICA SEXUAL INSTITUCIONAL EXPERIÊNCIAS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MULHERES QUE VIVENCIARAM A EXPERIÊNCIA DO PARTO PROCEDIMENTO DESNECESSÁRIOS E INVASIVOS - Uma técnica agressiva, que consiste em pressionar a parte superior do útero para acelerar a saída do bebê, o que pode causar lesões graves; ● Manobra de Kristeller Fase 02 ● Infusão IV Ocitocina Sintética ● Episiotomia - Incisão no períneo para, supostamente, facilitar a saída do bebê; ● Tricotomia ● Lavagem Intestinal ● Amniotomia - Com o intuito de acelerar o trabalho de parto, posta dentro ‘’sorinho’’; - É feita com o escopo de evitar a evacuação no parto, sendo incitada antes com um laxante; - Rompimento da bolsa propositalmente durante o toque; ● Exame de toque frequente - MS recomenda um intervalo de 4 horas entre um exame de toque e outro; PROCEDIMENTO DESNECESSÁRIOS E INVASIVOS ● Manobra de Kristeller Fase 02 ● Lavagem Intestinal ● Amniotomia● Episiotomia PROCEDIMENTO DESNECESSÁRIOS E INVASIVOS ● Tricotomia Fase 02 ● Exame de toque frequente ● Infusão IV Ocitocina Sintética SITUAÇÕES VIVENCIADAS POR PARTURIENTES ● “Na hora que você estava fazendo, você não tava gritando desse jeito, né?”. ● “Se você continuar com essa frescura, eu não vou te atender.” ● “Não chora não, porque ano que vem você tá aqui de novo.” ● “Na hora de fazer, você gostou, né?”. ● “Cala a boca! Fica quieta, senão vou te furar todinha.” ● “Se você não colaborar, o seu filho vai morrer.” LEGISLAÇÕES No Brasil não existe lei que criminalize a violência obstétrica LEGISLAÇÕES LEI Nº 17.097, DE 17 DE JANEIRO DE 2017 Dispõe sobre a implantação de medidas de informação e proteção à gestante e parturiente contra a violência obstétrica no Estado de Santa Catarina. LEI Nº 11.108, DE 7 DE ABRIL DE 2005 Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. (CATARINA, 2017) (BRASIL, 2005) LEGISLAÇÕES Projeto de Lei 768/2021 Garante à gestante o direito de optar pela realização de parto por cesariana, no Sistema Único de Saúde – SUS, bem como a utilização de analgesia, mesmo quando escolhido o parto normal, desde que observada a indicação médica para o caso Projeto de Lei 7.867/2017 Dispõe sobre medidas de proteção contra a violência obstétrica e de divulgação de boas práticas para a atenção à gravidez, parto, nascimento, abortamento e puerpério. (BRASIL, 2021) (BRASIL, 2017) ALTERNATIVAS PARA EVITAR A PRÁTICA DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA ● Explicar para a paciente de maneira que ela compreenda sobre os direitos relacionados à maternidade e reprodução; ● Evitar procedimentos invasivos, que causem dor e que sejam arriscados, exceto em situações estritamente indicadas; ● Procurar ouvir a paciente e trabalhar em parceria com os colegas e garantir um tratamento mais humano; ● Promover a paciente o direito de acompanhante de sua escolha no pré natal e parto. ● Visitar a maternidade/hospital antes do parto. É um direito da gestante e com isso ela já se informa sobre as práticas adotadas pela instituição hospitalar; ● Entregar (protocolo) na maternidade/hospital, com antecedência, seu plano de parto, que é um documento com indicações daquilo que a mulher deseja para o seu parto recomendado pela Organização Mundial da Saúde; ● Ter sempre um(a) acompanhante, pois a presença de outra pessoa, sem dúvidas, previne a violência obstétrica. E é um direito garantido pela lei! REFERÊNCIAS CATARINA, Santa. Lei Nº 17.097, de 17 de janeiro de 2017. Dispõe sobre a implantação de medidas de informação e proteção à gestante e parturiente contra a violência obstétrica no Estado de Santa Catarina, 2017. BRASIL. Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005. Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2005. BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 768, de março de 2021. Garante a gestante o direito de optar pela realização de parto por cesariana, no Sistema Único de Saúde – SUS. Brasília: Câmara dos Deputados, 2021. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1972016 https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1972016 BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº7.867, de 13 de junho de 2017. Dispõe sobre medidas de proteção contra a violência obstétrica e de divulgação de boas práticas para a atenção à gravidez, parto, nascimento, abortamento e puerpério. Brasília: Câmara dos Deputados, 2021. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node01a1bwuzmg6033nyd78idd7c7w1625729.node0 ?codteor=1568996&filename=PL+7867/2017 MOURA RAFAELA, PEREIRA THAYNÃ, REBOUÇAS FELIPE, COSTA CALEBE, LERNADES ANDRESSA, SILVA LUIZA, ROCHA KAROLINA. Cuidados de Enfermagem na Prevenção da Violência Obstétrica. Revista Oficial do Conselho Federal de Enfermagem, v. 9, n. 4, p. 60-65, 2018 NASCIMENTO, S. et al. Conhecimentos e experiências de violência obstétrica em mulheres que vivenciaram a experiência do parto. Enfermería Actual de Costa Rica n.37 San José Jul./Dec. 2019. RIBEIRO, D. el al. A violência obstétrica na percepção das multíparas. Rev. Gaúcha Enferm.Brasilia.2020. SES. Livreto Violência obstétrica. Governo do estado Mato Grosso do Sul.2021. REFERÊNCIAS
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