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AN02FREV001/REV 4.0 1 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO DE OBRAS Aluno: EaD - Educação a DistânciaPortal Educação AN02FREV001/REV 4.0 2 CURSO DE GESTÃO DE OBRAS MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 3 SUMÁRIO MÓDULO I 1 COORDENAÇÃO DOS PROJETOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA 2 ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO 3 ESTUDO PRELIMINAR 4 O ANTEPROJETO 5 O PROJETO EXECUTIVO MÓDULO II 6 CANTEIRO DE OBRAS 7 ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA IMPLANTAÇÃO 8 INSTALAÇÕES DE INFRAESTRUTURA 8.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA 8.2 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS 8.3 CENTRAL DE CARPINTARIA 8.4 FORNECIMENTO DE ÁGUA 8.5 ESGOTO DA OBRA 8.6 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 8.7 CAMINHOS PARA VEÍCULOS E PEDESTRES DENTRO DO CANTEIRO 9 EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 9.1 TRANSPORTE POR BOMBAS DE CONCRETO 9.2 TRANSPORTE POR ELEVADORES DE OBRA 10 INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA 10.1 INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO DO TRABALHO 10.2 PROTEÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS DE TRÁFEGO 10.3 PROTEÇÃO CONTRA EMISSÕES 10.4 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO AN02FREV001/REV 4.0 4 10.5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS MÓDULO III 11 PLANEJAMENTO DA OBRA 12 PLANEJAMENTO PRÉVIO DA EXECUÇÃO 12.1 POSIÇÃO DA EQUIPE DO PLANEJAMENTO PRÉVIO NO ORGANOGRAMA DA EMPRESA 13 ESTRUTURA FUNCIONAL E TAREFAS DO PLANEJAMENTO PRÉVIO 13.1 REGISTRO DE DADOS DO PROJETO 13.2 ESTRUTURA DE DECOMPOSIÇÃO DO TRABALHO 13.3 SELEÇÃO DOS MÉTODOS DE EXECUÇÃO 13.4 COMPARAÇÃO COM BASE NOS CUSTOS 13.5 PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DA OBRA 14 FORMAÇÃO DE EQUIPES DE TRABALHO 14.1 EQUIPES MISTAS 14.2 EQUIPES ESPECIALIZADAS 14.3 MÉTODOS DE PLANEJAMENTO 14.4 PRODUÇÃO EM SEQUÊNCIA 14.5 PRODUÇÃO SIMULTÂNEA 14.6 CRONOGRAMA 14.7 ADAPTAÇÕES DURANTE O PERÍODO DE EXECUÇÃO 14.8 INDICES DE PRODUTIVIDADE E DE RENDIMENTO 14. 9 PLANEJAMENTO DOS RECURSOS 14.10 PLANEJAMENTO DA MÃO-DE-OBRA 14.11 PLANEJAMENTO DOS RECURSOS OPERACIONAIS 14.12 PLANEJAMENTO DA DISPONIBILIZAÇÃO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 14.13 PLANEJAMENTO DOS SERVIÇOS DE EMPREITEIRAS 14.14 UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES NO PLANEJAMENTO DA OBRA 15 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA EXECUÇÃO AN02FREV001/REV 4.0 5 16 MÉTODOS PARA O LEVANTAMENTO DE TEMPOS IMPRODUTIVOS 16.1 MÉTODOS SIMPLES E INFORMAIS 16.2 MÉTODOS PARA AUMENTAR A EFICIÊNCIA MÓDULO IV 17 ORÇAMENTO 17.1 DEFINIÇÃO SINTÉTICA DE ORÇAMENTO 17.2 PROJETO 17.3 CADERNO DE ENCARGOS 17.4 MEDIÇÃO 17.5 QUANTIFICAÇÃO 17.6 MEMÓRIA DESCRITIVA 17.7 SERVIÇO SIMPLES 17.8 SERVIÇO COMPOSTO 17.9 MAPA DE TRABALHOS 17.10 MÃO-DE-OBRA 17.11 MATERIAIS(INSUMOS) 17.12 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS 17.13 PREÇO DE VENDA 18 TIPOS DE ORÇAMENTOS 18.1 ORÇAMENTO PARA A PROPOSTA 18.2 ORÇAMENTO PARA O CONTRATO 18.3 ORÇAMENTO PARA A EXECUÇÃO 18.4 ORÇAMENTO DOS SERVIÇOS SUPLEMENTARES 18.5 ORÇAMENTO POSTERIOR À EXECUÇÃO 19 PARTES QUE COMPÕEM O ORÇAMENTO 19.1 ESTIMATIVA 19.2 ESPECIFICAÇÃO 19.3 TEMPORALIDADE 19.4 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 19.5 ANÁLISE DAS CONDICIONANTES DE UM TRABALHO AN02FREV001/REV 4.0 6 19.6 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO PROJETO E CADERNO DE ENCARGOS 19.7 ANÁLISE DO EDITAL 19.8 VISITA TÉCNICA 20 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS 20.1 PREÇO DE VENDA (UNITÁRIO) DE SERVIÇOS 20.2 COMPOSIÇÕES UNITÁRIAS DE CUSTOS DE SERVIÇOS 20.3 OBTENÇÃO DAS COMPOSIÇÕES 21 SEQUÊNCIA DOS PROCEDIMENTOS NA ELABORAÇÃO DE UM ORÇAMENTO 22 RESUMO GERAL DOS PROCEDIMENTOS DA ORÇAMENTAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AN02FREV001/REV 4.0 7 MÓDULO I 1 COORDENAÇÃO DOS PROJETOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA FIGURA 1 – PROJETO DE ENGENHARIA FONTE: Disponível em:<http://www.sparta.srv.br/Sparta_engenharia_port.htm>. Acesso em: 23 jan. 2013. A coordenação dos projetos de Arquitetura e Engenharia é definida nas etapas iniciais de um empreendimento e se caracterizam por um grande volume de informações reunidas que irão servir como parâmetro na elaboração da gestão e da evolução do planejamento. As características ou diretrizes dos projetos têm por finalidade relacionar previamente os elementos decisórios conforme o interesse do cliente, orientados e compilados tecnicamente por um gestor da obra, bem como definido no processo de desenvolvimento dos trabalhos a serem desenvolvidos. http://www.sparta.srv.br/Sparta_engenharia_port.htm AN02FREV001/REV 4.0 8 O gerenciamento de projetos é a aplicação dos conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades de um projeto, objetivando atender ou exceder as necessidades e expectativas do cliente e de nossa empresa, naquele projeto (PARTICELLI, 2002). Segundo Nocera (2006), um projeto é constituído por cinco fases distintas, que compõem o ciclo de vida do mesmo, que são: Iniciação, planejamento, controle, execução e finalização. Em cada etapa de um projeto se ramificam outras etapas e procedimentos necessários para a administração apropriada de uma obra. FIGURA 2 - PROJETOS DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Disponível em: <http://www.ficope.pt/index.php?id=6>. Acesso em 23 jan. 2013. Em cada fase é exposta a sua função, relevância no processo e o modelo prático de formulário para o devido acompanhamento, sendo aplicado a cada processo no modelo de gerenciamento OPCA, ou seja, Organização, Planejamento, Controle e Aperfeiçoamento das atividades. Essa forma pretende demonstrar a maneira simples e eficaz de controlar a execução e o andamento de uma obra, obtendo resultados significativos, como maiores lucros nos empreendimentos (NOCERA, 2006). http://www.ficope.pt/index.php?id=6 AN02FREV001/REV 4.0 9 O plano de gerenciamento de projetos é a base principal para o sucesso do empreendimento. A partir das ideias iniciais, a equipe deverá expor e registrar o escopo do projeto de forma a caracterizá-lo da melhor maneira. Os objetivos de um projeto determinado pelo cliente devem ser claros. Para definir os limites do projeto, devem-se relacionar de forma organizada todos os itens que o compõem. FIGURA 3 - PROJETO DE OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Disponível em: <http://www.sinfic.pt/autodesk/displayconteudo.do2?numero=34433>. Acesso em: 23 jan. 2013. O gerenciamento de projetos é um processo contínuo e dinâmico durante toda a sua execução e se desenvolve de acordo com um trabalho em equipe, sendo de extrema importância a existência do fator humano e técnico. O trabalho de coordenação na elaboração de projetos constitui-se em uma tarefa complexa cuja eficiência dependerá a qualidade do projeto resultante, justificando-se, portanto, a adoção de procedimentos metodologicamente http://www.sinfic.pt/autodesk/displayconteudo.do2?numero=34433 AN02FREV001/REV 4.0 10 estabelecidos, que visem orientar simultaneamente os vários profissionais, estabelecendo um adequado fluxo de informações entre eles, além de conduzir as decisões a serem tomadas no desenvolvimento do projeto. (THOMAZ, 2001). Para a execução do planejamento de projetos, precisam-se considerar os fatores espaço e tempo, prevendo as possíveis interferências que podem existir entre as diversas atividades no decorrer da obra. Um ponto importante no planejamento consiste em organizar claramente o conteúdo de umprojeto, com todos os seus elementos como memórias de cálculo, estudo de materiais e mão de obra. A gestão dos projetos é a aplicação de habilidades e técnicas na elaboração e controle de atividades relacionadas para atingir um conjunto de objetivos predefinidos. Um bom gestor de projetos procura atingir metas estabelecidas dentro do prazo, custo e qualidade esperados. As vantagens de um projeto bem gerenciado resumem-se na execução não ter diferenças significativas do estudo e do planejamento original (PRADO, 2001). O gerenciador ou gestor de obras é o profissional centralizador do processo, e deve ser capacitado para integrar os projetos, traduzir os anseios do empreendedor e coordenar a equipe de projetistas. Segundo Prado (2001), o gestor de obras deve possuir as seguintes características: Possuir nível técnico; Ter conhecimento de técnicas de liderança; Ter conhecimento técnico e experiência nas áreas envolvidas (etapas de projetos, execução de obras, cronograma de obras, custos); Ter conhecimento da normativa institucional (normas municipais, normas técnicas, legislação pertinente, etc.); Ter conhecimento das diretrizes dos projetos a serem empregadas. AN02FREV001/REV 4.0 11 FIGURA 4 - GESTOR DE OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Disponível em: <http://www.fatectatuape.com.br/site_novo/home.php>. Acesso em: 22 jan. 2013. 2 ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO Na maioria das empresas construtoras a atividade de compatibilização de projetos acontece apenas na fase de elaboração dos projetos executivos, porque a falta de análise desses elementos acarretam alterações onerosas e podem comprometer a qualidade do empreendimento. http://www.fatectatuape.com.br/site_novo/home.php AN02FREV001/REV 4.0 12 FIGURA 5 - COORDENAÇÃO DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Diponível em: <http://www.agconstructionllc.com/>. Acesso em: 17 jan. 2013. O processo de coordenação de projetos apresenta, na maior parte dos casos, a seguinte estrutura: Projeto Arquitetônico; Estrutural; Elétrico; Hidráulico; Outros projetos. Para melhorar a estrutura de planejamento é recomendável iniciar a coordenação dos projetos na fase de estudo preliminar com a inclusão de diversos fatores como custos, fornecedores e equipes de trabalho, coordenados da seguinte forma: http://www.agconstructionllc.com/ AN02FREV001/REV 4.0 13 Coordenação das equipes de projeto e execução em fases de estudo preliminar e anteprojeto FONTE: (GEHBAUER, 2002). A coordenação entre a equipe de projeto e a equipe de gerenciamento deve ser feita, de preferência, pelo gerente da obra (técnico, engenheiro ou arquiteto) que, para desempenhar corretamente suas funções, deve estar envolvido no empreendimento desde o seu início. Para o desenvolvimento de uma cultura de equipe, é importante estruturar uma organização de tal forma que proporcione eficiência tanto no processo de decisão como no processo de execução. No processo de decisão, devem ser consideradas as experiências do maior número possível de pessoas. Para isso, pode ser necessário que os membros de uma equipe busquem opiniões dentro de suas próprias equipes, antes que uma decisão seja tomada. Projetos: - Arquitetônico - Estrutural - Elétrico - Hidráulico - Outros Execução: - Gerente de obra - Mestre de obra Reuniões periódicas de coordenação Decisões: - Equipe própria - Fornecedores - Tecnologia - Custos Otimização - Informação - Custos - Materiais - Recursos - Tempo - Métodos Resultados AN02FREV001/REV 4.0 14 O tempo gasto nessas reuniões antes do trabalho, na busca de soluções otimizadas é um bom investimento, uma vez que é comprovado ao longo do tempo ser mais econômico realizar alterações na fase de planejamento do que durante a execução da obra. Para um correto funcionamento do processo de comunicação é necessário limitar o tamanho do grupo. O tamanho ideal é em torno de 5 a 9 participantes; sendo no máximo 12 participantes, sendo um o coordenador. Na fase de execução, entretanto, tal procedimento não é viável, pois despende muito tempo. Nessa fase não se aplica discussões sobre questões básicas e, assim que uma decisão for tomada, as pessoas envolvidas devem seguir fielmente o procedimento determinado. A estrutura organizacional hierárquica passa a ser mais adequada segundo o esquema a seguir: FIGURA 6 - EXEMPLO DE ESTRUTURA HIERÁRQUICA DE ORGANIZAÇÃO PARA O PROCESSO DE EXECUÇÃO FONTE: (GEHBAUER, 2002). As etapas e todas as fases de um projeto podem ser representadas por um fluxograma geral. Nele estão definidos também os momentos em que as reuniões de coordenação são fundamentais para o prosseguimento dos trabalhos de planejamento. AN02FREV001/REV 4.0 15 FIGURA 7 - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA DE UM CICLO COMPLETO DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO FONTE: (COSTA, 1995). AN02FREV001/REV 4.0 16 As principais fases de uma obra que devem ser analisadas em um fluxograma pelo gestor de obra são: A preparação do empreendimento; A elaboração do projeto; A preparação para execução; A execução; A entrega da obra. Segundo Costa (1995), a compatibilização é a atividade de gerenciar e integrar projetos correlatos, visando um perfeito ajuste entre os mesmos e conduzindo para a obtenção dos padrões de controle de qualidade total de uma determinada obra. O objetivo da compatibilização de projetos consiste em eliminar ou minimizar os conflitos entre especialidades em uma obra, simplificando a execução e otimizando a utilização de materiais e da mão de obra, bem como a subsequente manutenção. A compatibilidade é definida como atributo do projeto, cujos componentes dos sistemas, ocupam espaços que não conflitam entre si e, além disso, os dados compartilhados tenham consistência e confiabilidade até o final do processo de projeto e obra (GRAZIANO, 2003). O Projeto é definido como descrição gráfica e escrita das propriedades de um serviço ou obra de Engenharia ou Arquitetura, definindo seus atributos técnicos, econômicos, legais e financeiros (NBR-5674 - 1999); uma atividade criativa, intelectual, baseada em conhecimentos técnicos e na experiência possibilitando um processo de otimização (GRAZIANO, 2003). A compatibilização de projetos é a atividade que torna os projetos compatíveis, proporcionando encontrar soluções integradas entre as diversas áreas de um empreendimento. AN02FREV001/REV 4.0 17 Segundo Picchi (1993), a compatibilização de projetos compreende a atividade de sobrepor os vários projetos e identificar as interferências, bem como programar reuniões, entre os diversos projetistas e a coordenação, com o objetivo de resolver interferências que tenham sido detectadas. Para Rodríguez e Heineck (2001), a compatibilização deve acontecer em cada uma das seguintes etapas do projeto: estudos preliminares, anteprojeto, projetos legais e projeto executivo, indo de uma integração geral das soluções até as verificações de interferências geométricas das mesmas. FIGURA 8 - COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Disponível em: <http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project- with-codebeamer/>. Acesso em: 17 jan. 2013. 3 ESTUDO PRELIMINAR O estudo preliminar corresponde à etapa inicial do planejamento de uma obra, neste momento faz-se necessário efetuar verificações detalhadas do empreendimento. http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project-with-codebeamer/ http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project-with-codebeamer/AN02FREV001/REV 4.0 18 A análise da viabilidade técnica e econômica da construção, que vai desde a escolha do local a estudos geotécnicos e topográficos, para verificar se há alguma interferência significativa que possa vir a trazer problemas futuros. De acordo com GEHBAUER (2002), o planejamento deve ser desenvolvido de forma acentuada, desde os primeiros estudos que envolvem o empreendimento, procurando-se as melhores alternativas para orientar as decisões. Além das características reais de cada projeto, devem ser discutidos no planejamento do estudo preliminar: • Escopo dos serviços; • Local de execução dos serviços, facilidades e dificuldades dos locais; • Prazos de mobilização, de execução dos serviços, e desmobilização; • Documentos integrantes do pedido (projetos, especificações, planilhas de quantidades, etc.); • Atribuições e responsabilidades da contratada – relativas à execução dos serviços, a mão de obra, fornecimento de materiais e equipamentos; • Atribuições e responsabilidades da contratante; • Sistema de contratação e pagamento; • Reajuste de preços; • Critério de medição dos serviços executados; • Critério de aceitação dos serviços; • Considerações sobre serviços extracontratuais; • Cláusulas relativas à multa; • Critérios de garantia dos serviços; Na fase de estudo preliminar é definida a geometria do edifício e do sistema construtivo a ser empregado. Nesta definição são verificados os principais fatores condicionantes relacionados com o terreno, função do edifício e plástica desejada. As informações obtidas nesta fase são a base para a verificação da viabilidade de desenvolvimento do projeto, tanto para a organização como para o cliente. AN02FREV001/REV 4.0 19 O sistema construtivo, que caracterizará o edifício, é o ponto de partida para a definição de vários outros aspectos técnicos como o sistema estrutural, os materiais e os métodos de execução a serem empregados. FIGURA 9 - SISTEMAS CONSTRUTIVOS MAIS COMUNS FONTE: (GEHBAUER, 2002). 4 O ANTEPROJETO Nessa fase já devem estar definidas as soluções de projeto e desenvolvidos detalhes básicos de execução de diversos trabalhos como estrutura, cobertura, fachada e acabamentos que têm influência direta na execução da obra. Para isso, é AN02FREV001/REV 4.0 20 indispensável um trabalho conjunto dos arquitetos com os projetistas de instalações prediais, e também com o calculista e a construtora. Com base no anteprojeto arquitetônico, os projetistas das instalações prediais complementarão e aperfeiçoarão os seus projetos e, da mesma forma, os engenheiros responsáveis pela estrutura e pela fundação irão definir, dimensionar e posicionar os elementos estruturais da construção. Cabe ao arquiteto, nessa e em outras fases, a tarefa fundamental em verificar todos os trabalhos realizados pelos projetistas técnicos e pelo calculista, coordenando- os, conferindo eventuais incompatibilidades entre eles e efetuar, se necessário, alterações nos projetos, para corrigi-los. Para que possa realizar este trabalho com maior segurança e rapidez, é necessária a presença dos representantes das diversas áreas nas reuniões de coordenação dos projetos. FIGURA 10 - DEFINIÇÕES DO ANTEPROJETO FONTE: Disponível em: <http://www6.montgomerycountymd.gov/mcgtmpl.asp?url=/content/dgs/dbdc/index.asp> Acesso em: 17 jan. 2013. http://www6.montgomerycountymd.gov/mcgtmpl.asp?url=/content/dgs/dbdc/index.asp AN02FREV001/REV 4.0 21 As soluções propostas podem ser defendidas e analisadas em conjunto, abreviando o período de reavaliações e alterações dos projetos. Em projetos de maior complexidade, é conveniente integrar no planejamento já nesta fase, a empresa construtora ou as empreiteiras, aproveitando sua maior experiência e know-how, no que diz respeito à possibilidade de execução do projeto. O trabalho deve ser coordenado para que não haja perda ou desvio de informações. É fundamental também que estas informações fluam com rapidez dentro de toda a equipe de planejamento e, para que tudo isso funcione, é indispensável a figura do gerente de projeto que, como foi visto, faz a ligação entre a equipe de projeto, construtora, empreiteiras e fornecedores. FIGURA 11 - PROJETOS DE DIVERSAS ESPECIALIDADES DE UM EMPREENDIMENTO FONTE: Disponível em: <http://www6.montgomerycountymd.gov/mcgtmpl.asp?url=/content/dgs/dbdc/index.asp>. Acesso em: 17 jan. 2013. http://www6.montgomerycountymd.gov/mcgtmpl.asp?url=/content/dgs/dbdc/index.asp AN02FREV001/REV 4.0 22 Tendo sido implementado o anteprojeto, torna-se possível a elaboração de um memorial descritivo, contendo todos os elementos do projeto a executar, sendo que cada ambiente será identificado individualmente, com suas respectivas características. FIGURA 12 - EXEMPLO DE UM MEMORIAL DESCRITIVO FONTE: (GEHBAUER, 2002). Na fase do anteprojeto devem-se realizar inúmeras pesquisas de mercado, na busca de materiais, produtos e soluções técnicas, que garantam a maior qualidade, conforto, funcionalidade e qualidade estética, dentro dos padrões predefinidos para o empreendimento em estudo. As pesquisas realizadas consideram os aspectos de acústica (proteção e isolamento), o isolamento térmico, a impermeabilização e a qualidade das instalações hidráulica, elétrica, solução na proteção contra descargas elétricas, etc. As escolhas são na maioria das vezes, acompanhadas por técnicos das respectivas áreas. AN02FREV001/REV 4.0 23 5 O PROJETO EXECUTIVO O projeto executivo consiste em um conjunto de desenhos e informações desenvolvidos a partir do anteprojeto arquitetônico, do pré-dimensionamento estrutural, dos anteprojetos de instalações prediais e da definição dos elementos principais do acabamento. Eles apresentam um nível de detalhamento muito maior e devem estar aptos a servir como diretriz para a execução da obra. É ideal dar-se início ao projeto executivo depois que o alvará para a construção tenha sido concedido. Porém, devido aos prazos que se impõem esta regra nem sempre é praticável, e muitas vezes o projeto executivo é iniciado com base na documentação do anteprojeto ou do projeto legal ainda não aprovado. Descrição de um projeto executivo A primeira etapa do projeto executivo consiste na transposição das medidas dos anteprojetos arquitetônico e estrutural para uma escala maior e mais detalhada. As instalações prediais são incluídas neste projeto apenas os shafts e as caixas dos elevadores com suas respectivas dimensões. AN02FREV001/REV 4.0 24 FIGURA 13 - PROJETO EXECUTIVO FONTE: Disponível em: <http://manuelgpereira.blogspot.pt/2011/09/sustentabilidade-desde-o- projeto.html>. Acesso em: 17 jan. 2013. O projeto executivo, elaborado neste nível, é entregue ao calculista e aos projetistas das instalações prediais do edifício. Com base nele, o calculista elabora o primeiro projeto estrutural executivo, em que são posicionados, numerados e pré- dimensionados todos os elementos estruturais do edifício, sejam estes de aço, concreto, alvenaria ou outro material. Paralelamente, é feita uma cotação detalhada de todo o Projeto Executivo, que inclui o dimensionamento estrutural feito pelo calculista. Os projetistas complementares incluem no projeto executivo, os vazios e furos que devem ser previstos nos elementos estruturais, para a passagem de tubulações e eletrodutos. Eles definem também, de acordo com a necessidade, a posição de guias ou chumbadores, que devem ser colocados no interior dos elementos de concreto para a ancoragem de equipamentos pesados das instalações prediais ou do acabamento. http://manuelgpereira.blogspot.pt/2011/09/sustentabilidade-desde-o-projeto.html http://manuelgpereira.blogspot.pt/2011/09/sustentabilidade-desde-o-projeto.htmlAN02FREV001/REV 4.0 25 FIGURA 14 - PROJETO DE OBRA FONTE: Disponível em: <http://vidadeumaprojetista.blogspot.pt/2011/06/e-o-fim-dos-projetistas.html>. Acesso em: 17 jan. 2013. Nessa fase de projeto, devem estar definidos o posicionamento e as dimensões de todos os grandes equipamentos que fazem parte das instalações prediais da edificação, para que eles sejam considerados no cálculo estrutural. Todos esses dados são inseridos no Projeto Executivo, em um processo em que o projeto circula entre os especialistas das diversas áreas, seguindo uma sequência lógica, que deve ser de preferência: ventilação/condicionamento de ar central, hidrossanitário, calefação, sprinkler e elétrico; em função do grau de influência destas instalações na estrutura e também da flexibilidade destas em relação às alterações propostas pela compatibilização. Principalmente nessa fase, o coordenador de projetos, ou compatibilizador, tem que assumir a importante tarefa de conciliar os desejos e as necessidades dos calculistas, dos demais projetistas, da construtora e do cliente; buscando soluções para http://vidadeumaprojetista.blogspot.pt/2011/06/e-o-fim-dos-projetistas.html AN02FREV001/REV 4.0 26 os conflitos de interesses desses, geralmente relacionados com custos, facilidade de execução e qualidade. FIGURA 15 - COORDENADOR DE PROJETOS FONTE: Disponível em: http://jobsearch.about.com/od/best-jobs/ss/Top-10-Best-Jobs_8.htm>. Acesso em: 17 jan. 2013. A coordenação desta equipe de profissionais e as soluções encontradas nas reuniões de compatibilização resultam no Projeto Executivo em fase de execução. Nele ficam definidos, com exatidão, o posicionamento e dimensão das aberturas e furos na estrutura e nas paredes da edificação, previstos para a passagem de elementos das instalações prediais. Outros projetistas complementares (exemplo: impermeabilização, acústica) irão também determinar alguns parâmetros de execução, que resultarão em dados que devem ser incluídos no projeto. Isso torna clara a necessidade de coordenação do projeto estrutural, dos projetos de instalações prediais e do acabamento, durante a elaboração do projeto arquitetônico executivo. AN02FREV001/REV 4.0 27 São processos que seguem paralelos, em uma constante troca de informações, sendo que, ao contrário do que ocorre habitualmente, os projetos de instalações prediais e de acabamento devem ser concluídos antes do projeto arquitetônico executivo, para que possam ser incorporados a este. FIGURA 16 - TROCA DE INFORMAÇÕES ENTRE TÉCNICOS EM UMA OBRA FONTE: Disponível em: <http://www.opus- group.com/IntegratedServices/ConstructionProjectManagement> Acesso em: 17 jan. 2013. A partir dos dados do projeto executivo, dos detalhes da obra bruta e dos elementos estruturais pré-moldados, o calculista elabora um novo projeto estrutural, que passa a conter, também, todos os vazados e furos para a passagem das instalações, todos os elementos pré-moldados e de ancoragem, assim como suas dimensões. A fase de elaboração do projeto executivo é encerrada com o levantamento de quantitativos, que é uma listagem de todos os materiais a serem utilizados na obra http://www.opus-group.com/IntegratedServices/ConstructionProjectManagement http://www.opus-group.com/IntegratedServices/ConstructionProjectManagement AN02FREV001/REV 4.0 28 bruta e no acabamento, com as respectivas quantidades. Para a elaboração desta lista, parte-se da documentação definitiva do projeto, corrigida e atualizada. FIGURA 17 - APRESENTAÇÃO DE ELABORAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO FONTE: Disponível em: <http://www.maventraining.co.uk/engineering-and-construction-case-study/>. Acesso em: 17 jan. 2013. Recomendações para uma coordenação eficiente dos projetos executivos Na fase de projeto executivo devem ser tomadas as decisões que têm influência significativa sobre os custos de execução da obra. Entretanto, a possibilidade de alterar os custos, no sentido de reduzi-los, diminui consideravelmente à medida que se finaliza a fase de planejamento. Depois de iniciada a obra, deve-se evitar alterações no projeto executivo. Recomenda-se que as tarefas de coordenação, necessárias para um bom planejamento, sejam assumidas pelas próprias construtoras. Elas possuem as http://www.maventraining.co.uk/engineering-and-construction-case-study/ AN02FREV001/REV 4.0 29 condições necessárias para a realização destas tarefas, uma vez que realizam seus próprios empreendimentos e dispõem, assim, de dados concretos sobre os recursos disponíveis, além de conhecerem bem as características e condicionantes dos empreendimentos a serem realizados. A coordenação dos projetos implica uma constante troca de informações entre arquitetos, engenheiros, calculistas, projetistas técnicos e a empresa de construção. Essa troca de informações deve ser garantida por meio de reuniões regulares de compatibilização. O intervalo entre as reuniões, assim como a escolha dos participantes, dependem do estágio em que se encontra o projeto. Nessas ocasiões, deve-se dar especial atenção à fixação de prazos e à definição dos responsáveis pelas diferentes tarefas, para que o planejamento tenha um desenvolvimento ininterrupto e controlável. Os resultados destas reuniões devem ser registrados em atas, que a seguir serão distribuídas não apenas aos participantes das reuniões, mas a todos os envolvidos na execução do projeto. Nestas reuniões é frequente a necessidade de elaborar croquis e alterar desenhos apresentados, para que as propostas e decisões sobre a forma de executar determinadas partes da obra sejam mais bem compreendidas pelos envolvidos (GEHBAUER, 2002). AN02FREV001/REV 4.0 30 FIGURA 18 - EXEMPLO DE UM FORMULÁRIO SIMPLIFICADO PARA UMA ATA DE REUNIÃO DE OBRA FONTE: (GEHBAUER, 2002). AN02FREV001/REV 4.0 31 FIGURA 19 - EXEMPLO DE CROQUI UTILIZADO EM REUNIÕES DE PROJETO FONTE: Disponível em: <http://construcaoedesign.com/category/desenho/>. Acesso em: 19 jan. 2013. Esses desenhos e alterações devem ser documentados e fazem parte da ata da reunião. Para maior controle de informações, recomenda-se fazer um arquivo que contenha todos os detalhes da obra, apontando sua localização dentro do projeto executivo, o desenhista responsável, data de elaboração e, se for o caso, código da ata de reunião em que foi elaborado ou alterado. Tais detalhes devem estar presentes no escritório e no canteiro de obras, com a antecedência necessária para a preparação da execução. FIM DO MÓDULO I http://construcaoedesign.com/category/desenho/ AN02FREV001/REV 4.0 32 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO DE OBRAS Aluno: EaD - Educação a DistânciaPortal Educação AN02FREV001/REV 4.0 33 CURSO DE GESTÃO DE OBRAS MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 34 MÓDULO II 6 CANTEIRO DE OBRAS Um canteiro de obras necessita estar executado com as devidas instalações de forma planejada, possibilitando coordenar e organizar a produção dos diversos trabalhos conforme as indicações definidas em projeto. Sua definição segundo a NR-18 Condiçõese Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (Norma Regulamentadora) canteiro de obras é a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Essa norma tem a função de normatizar procedimentos e foi elaborada em conjunto com construtoras, órgãos profissionais e trabalhadores, para estabelecer diretrizes e exigências diversas, esse inter-relacionamento e fluxo de recursos visa evitar desperdícios de materiais, mão de obra, tempo, defeitos e de equipamentos dadas a sua relação direta com a produtividade e qualidade durante a execução da obra, além disso, deve ser de forma econômica com flexibilidade de modo a aperfeiçoar o espaço disponível. AN02FREV001/REV 4.0 35 FIGURA 20 - CANTEIRO DE OBRAS DE UM ESTÁDIO DE FUTEBOL FONTE: Disponível em: <http://www.leiaja.com/esportes/2012/publico-visita-canteiro-de-obras-do- maracana> Acesso em: 20 jan. 2013. 7 ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA IMPLANTAÇÃO O planejamento logístico orienta na execução dos trabalhos e no fluxo de materiais, sendo seu objetivo principal, minimizar os percursos dos transportes mais volumosos e frequentes dentro do canteiro de obras. Apesar do caráter relativamente provisório do canteiro de obras, é fundamental que o dimensionamento e a distribuição das suas instalações e equipamentos sejam planejados adequadamente, para que os trabalhos possam ser executados de forma contínua. O planejamento insuficiente do canteiro provoca frequentemente custos adicionais que podem ser evitados; estes custos ocorrem geralmente devido à implantação de recursos operacionais mal dimensionados ou inadequados, ou pela necessidade de correções onerosas no decorrer da obra (GEHBAUER, 2002). As instalações de um canteiro de obras dependem principalmente dos seguintes fatores: http://www.leiaja.com/esportes/2012/publico-visita-canteiro-de-obras-do-maracana http://www.leiaja.com/esportes/2012/publico-visita-canteiro-de-obras-do-maracana AN02FREV001/REV 4.0 36 • Condições do local da obra: possibilidades de abastecimento, área disponível, possibilidades de acesso; • Tipo e tamanho da obra: volume total e tipo dos insumos a serem usados na construção; • Métodos de produção: produção em sequência, simultânea ou cadenciadas; • Técnicas de transporte: dimensões e pesos dos materiais a serem transportados; • Tempo de construção e planejamento da execução da obra: distribuição no tempo dos transportes maiores; • Recursos operacionais disponíveis: número de trabalhadores, máquinas e equipamentos; 8 INSTALAÇÕES DE INFRAESTRUTURA As instalações de infraestrutura podem ser consideradas como os pressupostos básicos para um desenvolvimento adequado de uma obra. A consideração dos aspectos de qualidade e eficiência no planejamento das instalações é preponderante na infraestrutura, e devem estar presentes em todos os canteiros de obras. 8.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA a) Escritórios de obra: Devem ser colocadas à disposição dos funcionários administrativos de uma obra, dentre os quais se incluem o gerente, o mestre e o supervisor, salas de escritório e espaços onde possam ser realizadas reuniões. AN02FREV001/REV 4.0 37 Para as reuniões, tanto pode ser colocada à disposição uma sala própria, como pode ser usado o escritório do gerente da obra, desde que seja dimensionado de forma adequada para este fim. Normalmente as salas do pessoal administrativo devem estar dispostas nas laterais do canteiro, de preferência próximas ao acesso da obra. FIGURA 21 - EXEMPLO DE ESCRITÓRIO DE OBRA FONTE: Disponível em: <http://www.sulbrasil.eng.br/hp/planejamento/implantacao.php>. Acesso em: 20 jan. 2013. b) Local para refeições: Independentemente do número de trabalhadores, todo canteiro de obras deve possuir um local adequado, onde os trabalhadores possam fazer suas refeições e encontrar abrigo em períodos de chuva. Esses alojamentos devem ter de preferência um piso de concreto ou outro material lavável, e conter, além de mesas e cadeiras, equipamentos de cozinha. http://www.sulbrasil.eng.br/hp/planejamento/implantacao.php AN02FREV001/REV 4.0 38 O local deve ter capacidade para atender a todos os trabalhadores no horário das refeições (considera-se em média a metragem de 1,25 m2 por trabalhador). c) Vestiários; Todo canteiro de obras deve possuir um vestiário, localizado de preferência próximo à entrada da obra, que deve estar provido de armários individuais dotados de fechaduras e cabides. d) Instalações sanitárias: As instalações sanitárias são componentes básicos e essenciais de um canteiro de obras. Elas devem ser equipadas com vasos sanitários, mictórios, lavatórios e chuveiros. Para este fim, além dos barracos normalmente utilizados, podem-se instalar banheiros químicos completamente equipados. FIGURA 22 - EXEMPLO DE BANHEIRO QUÍMICO UTILIZADO EM OBRAS FONTE: Disponível em: <http://www.dutramaquinas.com.br/view/img/produto/alta/32596_banheiro_quimico_de_2_20_x_1_10 _x_1_15_m_capacidade_de_220_litros_standart.jpg> Acesso em: 21 jan. 2013. http://www.dutramaquinas.com.br/view/img/produto/alta/32596_banheiro_quimico_de_2_20_x_1_10_x_1_15_m_capacidade_de_220_litros_standart.jpg http://www.dutramaquinas.com.br/view/img/produto/alta/32596_banheiro_quimico_de_2_20_x_1_10_x_1_15_m_capacidade_de_220_litros_standart.jpg AN02FREV001/REV 4.0 39 As normas de condições de trabalho (NR-18) fornecem os seguintes parâmetros para o dimensionamento das instalações sanitárias segundo o número de trabalhadores: • Um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário e mictório para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração; • Um chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração. 8.2 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS a) Almoxarifado: O almoxarifado serve para guardar ferramentas e equipamentos, bem como armazenar materiais que serão usados durante a construção. Como alguns materiais são sensíveis ao tempo, deve-se garantir a estanqueidade do local de armazenagem. Ele deve possuir, também, uma boa iluminação e ter um dimensionamento proporcional ao volume da obra. Devido à utilização múltipla do almoxarifado, ele deve ser instalado em local de fácil acesso e, se possível, próximo ao centro do canteiro. De acordo com o tamanho da obra e espaço disponível, pode ser mais viável economicamente o uso de containers metálicos para todas as instalações citadas (escritórios, refeitórios, vestiários, instalações sanitárias). Na análise de viabilidade dessa solução, entram em consideração a rapidez de montagem e desmontagem do canteiro e o tempo de disponibilidade dessas instalações na obra. AN02FREV001/REV 4.0 40 FIGURA 23 - EXEMPLO DE CONTAINER DE OBRA FONTE: Disponível em: <http://www.banmaq.com.br/imagens/conteudo/container1.jpg> Acesso em: 21 jan. 2013. b) Galpões para depósito: Os galpões usados como depósito para os materiais de construção como tijolos, massas ou ferragem de armação devem ser dimensionados adequadamente durante o planejamento da obra. Esse dimensionamento deve considerar principalmente a estocagem das barras de aço para armadura, possibilitando uma boa variedade de barras com diâmetro, comprimento e formas diferentes, no caso de barras já dobradas. A base deve ser plana e firme, para poder estocar o material com segurança. Se necessário, a base de estocagem pode ser melhorada colocando-se madeira ou outros materiais adequados sobre o piso. http://www.banmaq.com.br/imagens/conteudo/container1.jpg AN02FREV001/REV 4.0 41 8.3 CENTRAL DE CARPINTARIA A fabricação ou pré-montagem de formas nocanteiro de obras requer a instalação de uma central de carpintaria cuja localização deve ser escolhida de modo a facilitar o fluxo do material. A pilha de tábuas e vigotes, por exemplo, deve estar localizada junto ao acesso da obra, e as serras, assim como a mesa de trabalho, posicionadas de modo que as peças de madeira possam ser retiradas da pilha longitudinalmente e posicionadas para o corte sem mudar de direção. A pré-montagem das fôrmas reduz o tempo necessário para a montagem no local de concretagem; no entanto, deve ser considerada nestes casos, a necessidade de um equipamento adequado para o transporte desses elementos, como por exemplo, a grua. Independentemente da fabricação, ou não, das fôrmas no próprio canteiro, a instalação de uma serra circular é indispensável. 8.4 FORNECIMENTO DE ÁGUA A água é necessária para muitos fins na obra. Ela é usada, por exemplo, no preparo de misturas como concreto e argamassas e, também, na limpeza de equipamentos e veículos. Além disso, o funcionamento das instalações sanitárias depende de um dimensionamento adequado do abastecimento de água. A água para beber deve ser colocada à disposição em forma de bebedouros com água potável. Recomenda-se que o projetista de instalações hidráulicas contratado desenvolva também um projeto para o abastecimento das instalações do canteiro de obras. A demanda de água de uma obra pode ser determinada com o auxílio de valores de referência tabelados para os diferentes usos (ROSENHEINRICH, 1981). AN02FREV001/REV 4.0 42 TABELA DE REFERÊNCIA PARA A DETERMINAÇÃO DA DEMANDA DE ÁGUA Uso Demanda Água para beber e higiene 20 – 30 l / homem / dia Água para preparação de argamassa 200 – 250 l/m3 Água para preparação de concreto 100 – 200 l/m3 Água para o tratamento posterior do concreto 30 l/m3 Outros fins de pequena demanda adicional: 20 – 25% FONTE: (ROSENHEINRICH, 1981). 8.5 ESGOTO DA OBRA Para áreas localizadas em centros urbanos, o escoamento do esgoto de obra na rede pública não é apenas a solução mais econômica e higiênica, mas também, frequentemente, a única solução. Nesses casos deve-se observar que o esgoto esteja livre de componentes tóxicos não permitidos pelos órgãos públicos de saneamento. As normas e leis que determinam o procedimento adequado, com relação ao esgoto de uma obra, variam de acordo com a sua localização, e por isso devem ser esclarecidas com a devida antecedência. Caso necessário, deve ser providenciada a permissão do órgão competente para o escoamento do esgoto na rede pública. 8.6 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Para o planejamento do abastecimento de energia elétrica de uma obra, deve ser determinado com antecedência onde deverão existir os pontos de energia AN02FREV001/REV 4.0 43 e qual será a demanda necessária para, na sequência, ser planejada a rede de distribuição de energia. O cálculo da demanda de energia elétrica de uma obra permite que seja feita uma comparação desta demanda com a demanda definitiva do edifício, ponderando- se assim sobre a possibilidade de eliminar a entrada de serviço provisória e fazer uma entrada definitiva que posteriormente atenderá também ao edifício em uso. Demanda máxima provável de um edifício Potência total instalada – 692.230 W Iluminação a= 69.690 W (1) 10.000 W (100% - 10kW) Tomada simples b= 69.100 W (2) 38.500 W (35% . 110kW) Tomada de uso específico c= 300.200 W (3) 79.748 W (25% - restante) Chuveiro 123.200 W 25 % 30.800 W Lareira elétrica 42.000 W 65 % 27.300 W Reserva 43.200 W 20 % 8.640 W Elevadores 28.320 W 100 % 28.320 W Bomba de recalque 10.120 W 50 % 5.060 W Bomba de recalque 6.400 W 100 % 6.400 W Total = 692.230 W 234.768 W : 1,60 146.730 W Demanda de 146.730 kVA (386,13A). Considerando o fator de potência, a corrente de partida dos motores e o fator diversidade em 1,60, justifica-se o limitador termomagnético tripolar de 400A. (1) Sugestão de norma para a estimativa de demanda com iluminação (100% de 10kW) (2) Sugestão de norma para a estimativa de demanda com tomadas simples (35% de 110kW) (3) 25% de (a+b+c – 120 kW) Demanda de energia elétrica estimada para um edificio, Fonte: (GEHBAUER, 2002). As vantagens em realizar o cálculo da demanda de energia elétrica são: eliminar o custo do reforço de rede da concessionária, ter um abastecimento seguro e não ter que esperar o prazo de ligação da entrada de serviço. AN02FREV001/REV 4.0 44 Deve-se considerar também que as instalações do canteiro de obras estão sujeitas a condições especiais como umidade, impactos e radiação solar, que implicam em medidas especiais de segurança, como eletrodutos resistentes a estas influências. Deve-se garantir ao trabalhador segurança e fácil acesso às instalações. Equipamentos seguros e que podem ser reutilizados em outras obras, devem ter prioridade sobre as ligações temporárias e de pouca segurança. Demanda máxima provável de um canteiro de obras para a construção de um edifício Potência total instalada – 142.860 W Betoneira de 580 litros 7.380 W 100% 7.380 W Bomba auto-escorvante 3.440 W 100% 3.440 W Bomba mangote 3.920 W 100% 3.920 W Bomba submersa 2.400 W 100% 2.400 W Elevador de carga 3.800 W 100% 3.800 W Furadeira martelete 1.100 W 100% 1.100 W Furadeira simples 1.260 W 100% 1.260 W Grua 38.000 W 100% 38.000 W Máquina de cortar ferro 2.200 W 100% 2.200 W Máquina de dobrar ferro 2.200 W 100% 2.200 W Máquina de solda 5.500 W 100% 5.500 W Máquina de cortar parede 660 W 100% 660 W Serra circular de mesa 3.200 W 100% 3.200 W Plaina elétrica de mesa 750 W 100% 750 W Silo de argamassa 39.900 W 100% 39.900 W Chuveiro 21.600 W 100% 21.600 W Serra circular para madeira 3.000 W 100% 3.000 W Serra circular para mármore 2.550 W 100% 2.550 W Total= 142.860 W 142.860 W x 60% 85.716 W Demanda de 85.716 kVA (225,57 A). Considerando o fator de potência e a corrente de partida dos motores, justifica-se o limitador termomagnético tripolar de 250 A. Para a estimativa de demanda, admite-se 60% dos equipamentos funcionando ao mesmo tempo. Demanda de energia elétrica estimada para o canteiro de obras para a construção de um edifício, FONTE: (GEHBAUER, 2002). AN02FREV001/REV 4.0 45 FIGURA 24 - EXEMPLO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA EM OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Disponível em: <http://blog.mte.gov.br/?p=7062>. Acesso em: 19 jan. 2013. 8.7 CAMINHOS PARA VEÍCULOS E PEDESTRES DENTRO DO CANTEIRO Na definição dos caminhos entre os diversos pontos do canteiro de obras, deve-se, por motivo de segurança, tentar fazer a separação de caminhos para veículos e para pedestres, mesmo que, na prática, isso não seja completamente possível (MEYRAN, 1973). O ideal é que os caminhos para veículos sejam planejados de forma que possam andar em uma direção (mão única). Deve ser evitado que eles se desloquem de ré, pois isto favorece a ocorrência de acidentes mesmo com a utilização de sinalização. Além disso, os veículos recém-chegados precisam esperar até que a pista esteja livre para continuarem seus trajetos. http://blog.mte.gov.br/?p=7062 AN02FREV001/REV 4.0 46 O traçado das ruas dentro do canteiro deve possibilitar que os transportes sejam realizados sem que haja empecilhos ou situações de conflito. Para isso, devem ser considerados os seguintes pontos: • A entrada e saída de veículos da obra deve ser posicionada de modo a permitir boa visibilidade; • As ruas dentro do canteiro devem possibilitar uma ligação direta entre os meios de transporte verticaise horizontais; • Se possível, deve-se tentar, por meio do traçado de ruas, facilitar o acesso dos veículos aos principais pontos de produção dentro do canteiro; • Quando ocorrer o descarregamento de veículos no canteiro, os demais transportes não devem ser prejudicados por esta atividade; • Entre a construção e o caminho de veículos deve haver espaço suficiente para o depósito de materiais e para a realização de trabalhos, principalmente quando o traçado circunda o edifício. • Por motivo de segurança, deve-se deixar espaço suficiente entre os caminhos de veículos e os equipamentos, andaimes e alojamentos. A definição dos caminhos para veículos depende da localização do edifício dentro do canteiro. Os caminhos planejados permitem reduzir os percursos internos do material descarregado. AN02FREV001/REV 4.0 47 FIGURA 25 - EXEMPLO DE LINHAS DE TRAÇADO DE DESLOCAMENTO PARA VEÍCULOS DENTRO DE UM CANTEIRO DE OBRAS FONTE: (MEYRAN, 1973). É importante que veículos pesados mantenham uma distância adequada das escavações para evitar desmoronamentos. Os caminhos de veículos devem ser reforçados para suportar as cargas que passarão sobre eles. Traçado circunda a obra Traçado corta a obra Traçado acesso/retorno AN02FREV001/REV 4.0 48 FIGURA 26 - VISTA AÉREA DE CANTEIRO DE OBRAS COM ACESSOS AMPLOS PARA O TRABALHO FONTE: Disponível em: <http://blog.iguacu2820.com.br/wp-content/uploads/2010/11/PLANTA- DETALHES_resize2.jpg>. Acesso em: 21 jan. 2013. 9 EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE Os transportes verticais e horizontais podem ser considerados como pontos- chaves em qualquer canteiro de obras, pois chegam a representar até 80% das atividades de uma construção (GEBAUER, 2002). Esse fato evidencia a necessidade de uma maior racionalização desta atividade, e o planejamento prévio da obra é de fundamental importância para isso. Um bom planejamento deve visar à maior eficiência possível dos transportes do canteiro e, para isso, devem ser considerados os seguintes aspectos: A montagem dos equipamentos de transporte; http://blog.iguacu2820.com.br/wp-content/uploads/2010/11/PLANTA-DETALHES_resize2.jpg http://blog.iguacu2820.com.br/wp-content/uploads/2010/11/PLANTA-DETALHES_resize2.jpg AN02FREV001/REV 4.0 49 A disposição ideal para o depósito de materiais; O fluxo de materiais não deve ter desvios, evitando depósitos intermediários. Entre os diversos tipos de equipamentos utilizados em uma obra, existem os equipamentos de transporte, que englobam os tipos principais, que são classificados segundo a sua mobilidade em móveis e fixos. • Equipamentos Móveis Os equipamentos móveis estão presentes em todas as fases de uma obra, sendo que os mais comuns em canteiro de obras: são os caminhões basculantes, máquinas de grande porte como pá carregadeiras, retroescavadeiras, etc. FIGURA 27 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BASCULANTE FONTE: Disponível em: <http://www.culturamix.com/transporte/caminhao-basculante>. Acesso em: 21 jan. 2013. http://www.culturamix.com/transporte/caminhao-basculante AN02FREV001/REV 4.0 50 FIGURA 28 - EQUIPAMENTO MÓVEL: PÁ CARREGADEIRA FONTE: Disponível em: <http://changlin.com.pt/1wheel_loader_4.html>. Acesso em 21 jan. 2013. FIGURA 29 - EQUIPAMENTO MÓVEL: RETROESCAVADEIRA FONTE: Disponível em: <http://www.logismarket.ind.br/makena/retroescavadeira/1787096378- 1179618649-p.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. http://changlin.com.pt/1wheel_loader_4.html http://www.logismarket.ind.br/makena/retroescavadeira/1787096378-1179618649-p.html http://www.logismarket.ind.br/makena/retroescavadeira/1787096378-1179618649-p.html AN02FREV001/REV 4.0 51 FIGURA 30 - EQUIPAMENTO MÓVEL: GRUA MÓVEL FONTE: Disponível em: <http://www.jogospuzzle.com/puzzles-de-veiculos-da-construcao.html> Acesso em: 21 jan. 2013. FIGURA 31 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BETONEIRA FONTE: Disponível em: <http://changlin.com.pt/7mixer_truck.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. • Equipamentos Fixos Os equipamentos fixos geralmente são fixados em locais estudados previamente em uma obra, para poder servir ao maior número possível de http://www.jogospuzzle.com/puzzles-de-veiculos-da-construcao.html http://changlin.com.pt/7mixer_truck.html AN02FREV001/REV 4.0 52 operações em serviços diferentes. São considerados equipamentos fixos todos os equipamentos que possuem a função de transporte vertical, entre eles as gruas, os guinchos, os elevadores, os andaimes, etc. FIGURA 32 - EQUIPAMENTO FIXO: GRUA FONTE: Disponível em: <http://www.globalconstroi.com/directorio-de- mpresas.html?sobi2Task=sobi2Details&sobi2Id=34>. Acesso em: 21 jan. 2013. http://www.globalconstroi.com/directorio-de-mpresas.html?sobi2Task=sobi2Details&sobi2Id=34 http://www.globalconstroi.com/directorio-de-mpresas.html?sobi2Task=sobi2Details&sobi2Id=34 AN02FREV001/REV 4.0 53 FIGURA 33 Legenda: 1.Descarregamento de materiais feito à mão 2.Depósito / Preparação 3.Carregamento do elevador 4.Descarregamento do elevador 5.Descarregamento e construção 2 3 4 1 d 5 c b a a - Transporte à mão ou carrinho de mão b - Transporte até o elevador c - Transporte vertical com elevador d - Transporte até o local da construção AN02FREV001/REV 4.0 54 FIGURA 34 Legenda: 1.Descarregamento do caminhão feito com grua 2.Colocação direto no local de uso Exemplo de Comparação entre duas sequências possíveis dos transportes em uma obra FONTE: (GEHBAUER, 2002). FIGURA 35 - DESENHO DE ESQUEMA DE GRUA DE TORRE GIRATÓRIA FONTE: Disponível em: <http://www.geradordeprecos.info/obra_nova/Trabalhos_previos/Andaimes_e_equipamento_de_eleva cao/Gruas_torre/Montagem_e_desmontagem_de_grua_torre.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. 1 2 a a - Transporte com grua http://www.geradordeprecos.info/obra_nova/Trabalhos_previos/Andaimes_e_equipamento_de_elevacao/Gruas_torre/Montagem_e_desmontagem_de_grua_torre.html http://www.geradordeprecos.info/obra_nova/Trabalhos_previos/Andaimes_e_equipamento_de_elevacao/Gruas_torre/Montagem_e_desmontagem_de_grua_torre.html AN02FREV001/REV 4.0 55 A grua não é um equipamento utilizado diretamente na produção, como as fôrmas ou a argamassadeira, por exemplo, mas um equipamento de disponibilização na obra durante um longo período para vários trabalhos. Sua maior importância está em promover um desenvolvimento mais rápido na execução dos trabalhos, alcançando-se assim maior produtividade. FIGURA 36 - OBRA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO COM USO DE GRUA FONTE: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/66/Grua-Guindaste- crane.JPG>. Acesso em: 21 jan. 2013. Alguns dos critérios para a utilização da grua são: • o espaço disponível sobre o canteiro de obras; http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/66/Grua-Guindaste-crane.JPG http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/66/Grua-Guindaste-crane.JPG AN02FREV001/REV 4.0 56 • tamanho e peso dos materiais a serem transportados; • métodos usados na execução da obra. A carga máxima é dada pela carga útil a ser transportada somada à carga do meio de levantamento ou suporte utilizado, considerando-se o carregamento máximo necessário para as diferentes cargas a serem transportadas, como por exemplo: cubas cheias de concreto, pré-fabricados de concreto, paletes de tijolos, fôrmas, aço e outros. O fabricante de gruas fornece dados sobre o desenvolvimento dos momentos de carga em forma de gráficos, o que possibilita a escolha de um tamanhode grua adequado à obra. AN02FREV001/REV 4.0 57 FIGURA 37 - PARTES COMPONENTES DE GRUAS DE LANÇA GIRATÓRIA (A) MÓVEL E (B) ESTACIONÁRIA FONTE: (GEHBAUER, 2002). Para se determinar o alcance máximo necessário de uma grua, para uma determinada obra, deve ser definida a área que deverá ser coberta pela grua, para que ela realize os transportes necessários. AN02FREV001/REV 4.0 58 FIGURA 38 - DETALHE DE MOMENTO DE CARGA E ALCANCE DE UMA GRUA, FORNECIDO PELO FABRICANTE FONTE: (GEHBAUER, 2002). Outro critério usado na escolha da grua é a altura de gancho necessária, que pode ser obtida da seguinte forma: AN02FREV001/REV 4.0 59 Hg=He + Hc + Hs + 3 (m) Hg : altura do gancho (m); He : altura máxima da edificação na área de giro (m); Hc : altura da carga (m); Hs : altura do suporte ou meio de levantamento da carga (cabos,correntes, etc.) (m); 3 : afastamento de segurança (aproximadamente 3,0 m da obra) (m), O levantamento do número necessário de gruas depende, entre outros, do tamanho e geometria do canteiro de obras, dos prazos predeterminados para a execução e consequentemente do desempenho necessário para que sejam cumpridos estes prazos. Pesquisas realizadas sobre desempenho de equipamentos em canteiro de obras fornecem valores de referência que podem ser usados para este levantamento, tendo em conta o número de trabalhadores por grua para os serviços de obra bruta, levando-se em consideração o sistema construtivo predominante (HOFFMANN, 1981). Sistema construtivo predominante Tipo de atividade Trabalhadores produtivos na atividade Total de trabalhadores incluindo supervisor e operador de grua Estrutura em concreto de obra Concretagem com cuba 14 18 Estrutura de concreto de obra e alvenaria Concretagem com cuba 16 19 Estrutura em pré- fabricados Montagem de elementos pré-fabricados 3 5 Valores de referência para o número de trabalhadores por grua em obra. FONTE: (HOFFMANN, 1981) Pode-se fazer este levantamento em função do desempenho mensal por grua, medido com base no volume a ser construído mensalmente e na quantidade de materiais consumidos em um mês (estimada em peso), ou no tempo de atividade da grua (HOFFMANN, 1981). AN02FREV001/REV 4.0 60 Rendimento mensal Desempenho máximo Desempenho médio Materiais de construção (t) 1.000 500 Volume de construção (m 3 ) 2.000 1.000 Homens – hora correspondentes (Hh) 4.000 2.000 Valores de referência para rendimento mensal por grua, Fonte: (HOFFMANN, 1981). Segundo Rosenheinrich (1981), como referência podem ser utilizados, adicionalmente, índices de rendimento de gruas para os diferentes serviços. Estudos realizados na construção de edifícios sobre o desempenho de gruas foram avaliados estatisticamente e apresentaram o seguinte resultado para construções habitacionais e administrativas: TABELA DE REFERÊNCIA – ÍNDICES DE RENDIMENTO DE GRUAS Formas de pardes/cortinas em áreas grandes 0,05 – 0,07 h/m2 Formas de pilares 0,04 – 0,05 h/m2 Formas de laje 0,02 h/m2 Vigas em pré-fabricados (até 7,50 m de comp.) 0,12 – 0,20 h/elemento Lajes em pré-fabricados 0,02 – 0,03 h/m2 Escadas em pré-fabricados 0,50 h/elemento Concretagem com caçamba: - parede - pilares - lajes e vigas 0,08 – 0,10 h/m2 0,15 – 0,20 h/m2 0,09 – 0,17 h/m2 Armaduras 0,30 – 0,35 h/m2 Alvenaria 0,08 h/m2 FONTE: (ROSENHEINRICH, 1981). Ainda deve ser considerado que o fator de utilização da grua como equipamento de disponibilização, é de 0,50 em média. Para certos trabalhos, como por exemplo, a concretagem com caçamba, pode ser necessário fazer o levantamento do desempenho da grua a partir dos dados técnicos do equipamento fornecidos pelo fabricante, levando-se em consideração o tempo de atividade da grua. AN02FREV001/REV 4.0 61 O tempo de atividade da grua é composto dos seguintes tempos: pegar, soltar, levantar e baixar a carga, girar em torno do eixo, considerando-se que alguns destes movimentos ocorrem simultaneamente. FIGURA 39 - PARCELAS DE TEMPO DE ATUAÇÃO DE UMA GRUA EM UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO FONTE: (SPRANZ, 1976). Para uma atuação eficiente da grua, assim como para a segurança necessária na operação, devem ser usados meios apropriados para o levantamento da carga, tais como: • Aparelhagem de correntes e cabos com os ganchos correspondentes, que garantam a segurança do transporte; AN02FREV001/REV 4.0 62 FIGURA 40 - EXEMPLO DE CORRENTE COM GANCHO NA EXTREMIDADE FONTE: Disponível em: <http://portuguese.alibaba.com/product-gs-img/chain-with-clevis-eye-grab- hooks-on-both-ends-609704309.html>. Acesso em: 22 jan. 2013. • Caixas para materiais longos; FIGURA 41 - CAIXAS PARA MATERIAIS LONGOS FONTE: (GEHBAUER 2002). • Garfo com centro de gravidade regulável; http://portuguese.alibaba.com/product-gs-img/chain-with-clevis-eye-grab-hooks-on-both-ends-609704309.html http://portuguese.alibaba.com/product-gs-img/chain-with-clevis-eye-grab-hooks-on-both-ends-609704309.html AN02FREV001/REV 4.0 63 FIGURA 42 - EXEMPLO DE GARFO COM CENTRO DE GRAVIDADE REGULÁVEL FONTE: Disponível em: <http://www.solostocks.com.br/venda-produtos/empacotamento-embalagens- logistica/elevacao-cargas-manipulacao/garfo-paleteiro-811278>. Acesso em: 22 jan. 2013. • Caixas para transporte de pequenos materiais, resíduos, pedras ou peças pequenas para fôrmas; FIGURA 43 - EXEMPLO DE CAIXAS PARA TRANSPORTE DE PEQUENOS MATERIAIS E RESÍDUOS FONTE: (GEHBAUER, 2002) http://www.solostocks.com.br/venda-produtos/empacotamento-embalagens-logistica/elevacao-cargas-manipulacao/garfo-paleteiro-811278 http://www.solostocks.com.br/venda-produtos/empacotamento-embalagens-logistica/elevacao-cargas-manipulacao/garfo-paleteiro-811278 AN02FREV001/REV 4.0 64 • Caçambas para transporte de concreto; FIGURA 44 - EXEMPLO DE CAÇAMBA UTILIZADA PARA TRANSPORTE DE CONCRETO POR GRUA FONTE: Disponível em: <http://www.mecanicapalis.com.br/equipamentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013. 9.1 TRANSPORTE POR BOMBAS DE CONCRETO As bombas de concreto representam uma alternativa econômica e eficiente para o transporte do concreto dentro do canteiro de obras. As bombas para o concreto são móveis, têm a vantagem de ocuparem espaço no canteiro de obras apenas durante o período de sua utilização na concretagem, precisando de pouco tempo para serem montadas. O dimensionamento de uma bomba a ser usada na obra é definido pelo fornecedor de concreto, que estabelece o alcance horizontal e vertical máximo para o tipo de elemento de concretagem como pilares, vigas e lajes. Em obras com condições normais de funcionamento, as bombas para concretro proporcionam a continuidade no fornecimento do concreto e o http://www.mecanicapalis.com.br/equipamentos.html AN02FREV001/REV 4.0 65 desempenho da equipe de concretagem são fatores que determinam a produtividade. FIGURA 45 - EXEMPLO DE CAMINHÃO BOMBA PARA CONCRETO FONTE: Disponível em: <http://www.roadmachinerychina.com.pt/4-1-concrete-pump-truck.html>. Acesso em: 22 jan. 2013. 9.2 TRANSPORTE POR ELEVADORES DE OBRA O elevador de obra pode ser considerado como uma das instalações mais adequadas para a mecanização dos transportes verticais dentro das construções. Dentre os diferentes tipos, os mais apropriados são os guiados por cremalheira por serem mais seguros e fáceis de operar. Eles podem ser fixados diretamente na construção ou no andaime e têm umacapacidade de carga superior a 400,0 kg. Os elevadores de cremalheira permitem uma maior plataforma de trabalho, o que os torna mais eficientes. http://www.roadmachinerychina.com.pt/4-1-concrete-pump-truck.html AN02FREV001/REV 4.0 66 FIGURA 46 - EXEMPLO DE ELEVADOR DE CREMALHEIRA FONTE: Disponível em: <http://www.locagyn.com.br/construcao-civil/elevador-de-cremalheira>. Acesso em: 23 jan. 2013. Mesmo em casos em que é usada a grua como equipamento central de transporte, os elevadores estão em condições de absorver uma parte dos transportes verticais, já que os períodos de utilização da grua aumentam proporcionalmente à altura da obra. Além disso, o tempo improdutivo gasto nos deslocamentos do pessoal pode ser reduzido se o elevador for adequado também para o transporte de pessoas, ou seja, fechado com cesto de transporte e provido de controle, ou utilizando-se um elevador provisório instalado na caixa do elevador definitivo do edifício. http://www.locagyn.com.br/construcao-civil/elevador-de-cremalheira AN02FREV001/REV 4.0 67 FIGURA 47 Esquema geral de um elevador de cremalheira de obra. FONTE: (GEHBAUER 2002). AN02FREV001/REV 4.0 68 10 INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA 10.1 INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO DO TRABALHO As normas para estas instalações são fixadas pela NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Nesta norma estão todas as determinações relativas à segurança e condições de trabalho da construção civil. É imprescindível que estas normas sejam seguidas e estejam disponíveis para consulta nos escritórios da empresa e também nos canteiros de obra. As condições de trabalho em uma obra devem ser observadas diariamente para que não se desenvolvam focos de risco no canteiro. Deve-se ter claro que, um local de trabalho limpo é um requisito básico para que o trabalho seja executado com qualidade. Existe uma relação perceptível entre a limpeza e a segurança de um canteiro, por um lado e entre qualidade e produtividade por outro. Mas onde não existem os primeiros, dificilmente podem ser alcançados os segundos. • Segurança na área de produção: • interdições; • iluminação e instalação de sinais de alerta; • caminhos firmes e, se necessário, com anteparos de proteção; • escadas firmadas nos pés e no alto; • cobertura de escavações, anteparos de proteção de buracos; • pontes, passarelas, galerias e andaimes de proteção; • segurança na forma de depositar materiais (empilhamento). • Equipamentos de proteção individual (EPI): • sapatos de segurança, capacetes, óculos; AN02FREV001/REV 4.0 69 • eventualmente roupas de proteção, proteção de ouvido, máscaras e cintos de segurança; • se necessário, roupas com tecidos ou materiais refletores, e outros. FIGURA 48 - EXEMPLO DE SAPATO DE SEGURANÇA COM BIQUEIRA DE AÇO FONTE: Disponível em: <http://www.tecgases.com.br/produtos/index/page:6> Acesso em: 20 jan. 2013. FIGURA 49 - EXEMPLO DE CAPACETE DE SEGURANÇA FONTE: Disponível em: <http://www.lojadomecanico.com.br//imagens/13492_Capacete_de_Seguranca_Amarelo_3_1.JPG > Acesso em: 20 jan. 2013. http://www.lojadomecanico.com.br/imagens/13492_Capacete_de_Seguranca_Amarelo_3_1.JPG AN02FREV001/REV 4.0 70 FIGURA 50 - EXEMPLO DE ÓCULOS DE SEGURANÇA FONTE: Disponível em: <http://www.comercial29.com.br/product_images/v/435/OCULOS_DE_PROTECAO_1__97034_zoom. jpg>. Acesso em: 20 jan. 2013. 10.2 PROTEÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS DE TRÁFEGO Uma obra deve apresentar medidas suficientemente seguras na prevenção de acidentes nas vias de tráfego que a circundam. Tais medidas incluem o uso de sinais luminosos, letreiros e, em certos casos, regulamentos de trânsito. Os canteiros de obra devem sempre estar fechados com tapumes, impedindo-se assim o acesso de estranhos à obra. Em alguns casos, é aconselhável a construção de passarelas cobertas para a proteção de pedestres. 10.3 PROTEÇÃO CONTRA EMISSÕES Durante os trabalhos de construção podem ocorrer transtornos para a vizinhança em forma de barulho, poeira ou tremores. Os valores fixados como limites para estas emissões devem ser observados e, se necessário, devem ser tomadas as medidas de proteção adequadas. Estas medidas consistem essencialmente em um controle da emissão no local de origem http://www.comercial29.com.br/product_images/v/435/OCULOS_DE_PROTECAO_1__97034_zoom.jpg http://www.comercial29.com.br/product_images/v/435/OCULOS_DE_PROTECAO_1__97034_zoom.jpg AN02FREV001/REV 4.0 71 ou no impedimento de um maior alastramento por meio de contenção, conforme a legislação ambiental. 10.4 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Um Sistema de Proteção Contra Incêndio é normalmente estabelecido em uma obra, por meio do cumprimento de uma série de requisitos de segurança, como uso de extintores portáteis e o treinamento dos trabalhadores tendo em conta a consciência de proteção. Na definição logística de um canteiro de obras, deve estar contido o posicionamento adequado dos extintores portáteis segundo critérios técnicos, definidos pelo técnico de segurança da obra. O treinamento dos trabalhadores no canteiro de obras é uma das ações exigidas para o correto uso do equipamento para combate ao incêndio. AN02FREV001/REV 4.0 72 FIGURA 51 - QUADRO DE EXTINTORES PARA CANTEIRO DE OBRAS FONTE: Disponível em: <http://sobes.org.br/site/wp-content/uploads/2009/08/canteiro.pdf> Acesso em: 20 jan. 2013. Legenda do Quadro de Extintores para Canteiro de Obras: 1) As indicações entre parênteses têm o significado de alternativa. 2) Eventualmente, algumas instalações próximas poderão ser protegidas por um mesmo extintor, desde que sejam atendidas as condições relativas à área de cobertura e de distância máxima. 3) Os reservatórios de combustível de maior capacidade, de canteiros de obras ou usinas de asfalto, deverão ter um dimensionamento de extintores mais rigoroso. Fonte: http://sobes.org.br/site/wp-content/uploads/2009/08/canteiro.pdf Acesso em 20/01/2013. AN02FREV001/REV 4.0 73 FIGURA 52 - EXTINTOR DE INCÊNDIO EM CANTEIRO DE OBRAS FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao- reforma/41/imagens/i301037.jpg>. Acesso em 20 jan. 2013. 10.5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS O objetivo da sinalização de segurança no canteiro de obras é chamar a atenção dos trabalhadores e visitante sobre os riscos existentes e a necessidade de utilização de equipamentos de proteção, de forma rápida, para as situações que nos espaços onde elas se encontram, comportem riscos para a sua segurança. A sinalização proporciona a atenção do trabalhador para os diversos riscos que eventualmente possa estar exposto, sendo um elemento de recordação permanente do risco que está sujeito e dos procedimentos que deve usar em caso de acidente ou emergência. As cores e suas principais utilizações na sinalização de segurança: Vermelho Utilizado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção de combate a incêndio. Usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo AN02FREV001/REV 4.0 74 nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias; em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa alerta). Amarelo O amarelo deve ser empregado para indicar cuidado. Usado para sinalizar locais onde as pessoas possam batercontra, tropeçar etc. ou ainda em equipamentos que se desloquem, como os veículos industriais. Em canalizações deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização. Branco Em passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas, direção e circulação, localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança. Preto O preto deve ser empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc.). Verde O verde é a cor que simboliza a segurança e deve ser utilizado para canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; lava-olhos; dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica) etc. AN02FREV001/REV 4.0 75 Laranja Deve ser empregado para canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos; partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de segurança; dispositivos de corte, borda de serras e prensas. Usar cores como meio para prevenção deve ser algo criterioso. O uso sem critérios pode criar mais confusão do que prevenção. Além disso, deve haver preocupação e cuidados com as questões da fadiga visual ou outras situações que causem desconforto ou confusão aos trabalhadores (PALASIO, COSMO, 2009). Para se compreender o sinal de segurança rapidamente ou com um simples olhar e sem confusão possível, os sinais têm pictogramas e cores diferentes, consoante o seu significado. Segundo a NR18, o canteiro de obras deve possuir sinalização de segurança com o objetivo de: a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas; c) manter comunicação por meio de avisos, cartazes ou similares; d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e equipamentos. e) advertir quanto a risco de queda; f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho; g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste; h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra; i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros); j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas. AN02FREV001/REV 4.0 76 FIGURA 53 - EXEMPLO DE PLACA DE SINALIZAÇÃO DE EPIS EM OBRA DE CONSTRUÇÃO FONTE: Disponível em: <http://blog.iguacu2820.com.br/tag/obras/page/2/>. Acesso em: 20 jan. 2013. A NR18 também estabelece que é obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de materiais. A sinalização de segurança pode ser classificada como: Sinais de Obrigação: indicam comportamentos ou ações específicas e a obrigação de utilizar EPI. Sinais de Perigo: indicam situações de atenção, precaução, verificação ou atividades perigosas. Sinais de Aviso: indicam atitudes perigosas ou proibidas para o local. Sinais de Emergências: indicam direções de fuga, saídas de emergências ou localização de equipamentos de segurança. AN02FREV001/REV 4.0 77 FIGURA 54 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE USO DE EPIS FONTE: Disponível em: <http://www.azefix.com.br/detalhes.asp?id=&produto=534> Acesso em: 20 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 78 FIGURA 55 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE PERIGO FONTE: Disponível em: <http://www.azefix.com.br/detalhes.asp?id=39&produto=304> Acesso em: 20 jan.2013. FIGURA 56 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE AVISO FONTE: Disponível em: <http://www.pontodosocorrista.com.br/arquivos_loja/7333/Fotos/thumbs3/produto_Foto1_2032107.jpg > Acesso em: 20 jan. 2013. http://www.pontodosocorrista.com.br/arquivos_loja/7333/Fotos/thumbs3/produto_Foto1_2032107.jpg http://www.pontodosocorrista.com.br/arquivos_loja/7333/Fotos/thumbs3/produto_Foto1_2032107.jpg AN02FREV001/REV 4.0 79 FIGURA 57 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA FONTE: Disponível em: <http://www.focusvisual.com.br/site/img/gallery/Sinalizacao_tecnica_industrial/maiores/emergencia.jp g > Acesso em 20 jan. 2013. FIM DO MÓDULO II http://www.focusvisual.com.br/site/img/gallery/Sinalizacao_tecnica_industrial/maiores/emergencia.jpg http://www.focusvisual.com.br/site/img/gallery/Sinalizacao_tecnica_industrial/maiores/emergencia.jpg AN02FREV001/REV 4.0 80 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO DE OBRAS Aluno: EaD - Educação a DistânciaPortal Educação AN02FREV001/REV 4.0 81 CURSO DE GESTÃO DE OBRAS MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 82 MÓDULO III 11 PLANEJAMENTO DA OBRA O termo planejamento expressa um determinado conceito no âmbito da construção civil, cuja definição só pode ser dada por meio de uma contextualização do que seja a sua função e o seu objetivo. O planejamento possui a função de organizar os trabalhos de uma obra antes da execução, tendo em conta os métodos de construção e os meios de produção mais adequados e coordenados entre si, respeitando as condicionantes, internos e externos à empresa. O objetivo deste planejamento é obter o maior rendimento possível com custos de execução os menores possíveis. Segundo Silva filho (2004), um planejamento pode ser organizado em diversas áreas relacionadas, mesmo que sejam diferentes, como: • Planejamento dos métodos de execução: o Comparação e escolha dos métodos construtivos a serem usados, tendo como base a técnica empregada e os respectivos custos. • Planejamento da obra: o Cronograma detalhado. • Planejamento dos recursos operacionais e financeiros: o Mão de obra, materiais, máquinas e equipamentos, em nível físico e financeiro. • Planejamento do canteiro de obras AN02FREV001/REV 4.0 83 A essência do planejamento consiste em realizá-lo por um método sistemático, levando-se em conta todos os requisitos definidos para o empreendimento. Um planejamento de obra pode-se classificar segundo três níveis de detalhamento (GEHBAUER, 2002). Cronograma geral; Cronograma detalhado; o Do qual fazem parte os procedimentos de execução dos serviços, os desenhos e detalhes da execução. Organização dos processos de trabalho o Pré-planejamento diário ou semanal de todos os trabalhos a serem realizados,
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