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Farmacologia dos Antibacterianos

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Farmacologia 
 
 
→ Introdução - Bactéria 
• Organismos procarióticos 
Seres simples comparados aos eucariontes, sem 
membrana nuclear (carioteca), desse modo seu 
material genético fica disperso no citoplasma, não 
possui grande compartimentalização (grande 
quantidade de organelas). 
• Podem viver isolados ou agrupados em colônias 
• Possuem diversos formatos 
Cocos, bacilo, vibrião, espirilo, espiroqueta... 
• São encontradas em qualquer meio: mar, água 
doce, solo, ar, como também, no interior dos 
seres vivos 
 
 
→ Parede celular 
Estrutura que os seres humanos não possuem em sua 
célula, essa exclusividade garante um alvo para 
terapia farmacológica. A parede é responsável pela: 
• Forma, rigidez e divisão celular 
• Manutenção osmótica 
• Formada por peptidoglicano (mureína) 
Vários polímeros de açúcar unidos entre si por 
ligações cruzadas. 
 
Obs: Micoplasma (bactérias que causam infecções no 
trato respiratório, genital e urinário) e uma das 
formas de clamídia são uma das poucas bactérias que 
não possuem parede celular. 
Obs: A parede é uma estrutura vital paras as demais 
bactérias, sem ela esses organismos morrem. 
 
Formação é resumida em 3 etapas: 
• Síntese de monômeros 
- Intracelular 
- Monômero é a unidade fundamental da parede 
celular feita da junção de alguns aminoácidos 
(Analogia: é como se fosse um tijolo, a unidade básica 
para formação de uma parede) 
- N-acetilglicosamina (NAG) 
- N-acetilmurâmico (NAM) 
 
• Polimerização dos monômeros 
- Extracelular 
- União dos monômeros 
 
• Ligação cruzada 
- Extracelular. 
- A ligação cruzada, várias ligações químicas que 
formam uma rede tridimensional, é o que vai garantir 
a resistência da parede. 
- Aspecto bidimensional e tridimensional. 
 
Diferença Bactérina Gram + vs Gram - 
 
Antibacterianos 
- A gram positiva possui acima da membrana 
plasmática uma espessa camada de peptoglicano 
(mureína), elas são mais simples em termo de 
organização. Ficam roxa na coloração de Gram. 
- Nas gram negativa eu tenho uma fina camada de 
peptoglicano, porém apresentam uma organização 
mais complexa, graças a presença de uma membrana 
externa, que lembra a membrana plasmática pois é 
bicamada fosfolipídica, nessa estrutura temos o LPS 
(importante antígeno para o sistema imune, aumenta 
a virulência, mas na bactéria serve para fixação) 
também possui proteínas porinas (passagem de 
moléculas solúveis em água). Ficam Vermelhas ou 
rosadas na coloração de Gram. 
 
→ Antibacterianos 
Fármacos usados para tratar as infecções causadas 
por bactérias 
RDC ANVISA 20/2011: Todos os antibióticos só devem 
ser vendidos mediante apresentação de receita 
Particularidades que tornam um antibacteriano 
efetivo: 
• Toxicidade seletiva: Capacidade de causar 
toxicidade apenas na bactéria, causando o 
mínimo de efeitos adversos no hospedeiro. 
• Alto índice terapêutico: Janela terapêutica. 
• Interações entre si: Associações sinérgicas 
onde dois medicamentos são usados em 
conjunto para um melhor resultado. 
 
→ Resistência 
Ocorre quando os MO são capazes de evoluir 
rapidamente em resposta a pressões adaptativas 
• Ocorre quando os MO são capazes de evoluir 
rapidamente em resposta a pressões 
adaptativas 
• Uma das principais causas: TERAPIA 
FARMACOLÓGICA! (Paciente não segue o 
tratamento corretamente, mas também pode 
ocorrer na terapia seguida corretamente). 
• Pode ser: NATURAL ou ADQUIRIDA 
Natural: Microplasma e clamídia que nascem sem 
parede 
Adquirida: 
• Alteração de permeabilidade 
- Acontece principalmente na Gram negativa, formam 
uma porina mutante que fecha o poro, não 
permitindo a entrada do antibiótico na bactéria. 
• Mecanismo enzimático 
- É quando a bactéria produz enzimas que destroem o 
antibiótico, após troca do plasmídeo a bactéria passa 
a produzir essas enzimas. 
• Bomba de efluxo 
- Proteína que joga para fora substâncias estranhas no 
meio intracelular, as bactérias possuem essa estrutura 
normalmente, mas ao adquirir resistência, elas 
aumentam a sua expressão como meio de defesa. 
• Alteração do sítio de ação 
- Alterações moleculares no local de ação, não 
permitindo a ligação com o medicamento. 
 
→ Classificação - Antibacterianos 
• Efeito 
- Bactericida: O antibiótico mata a bactéria ao atuar 
em suas estruturas vitais. 
- Bacteriostático: O antibiótico não mata a bactéria, 
ele inibe seu crescimento, permitindo que o próprio 
corpo do hospedeiro possa eliminá-la. 
• Espectro de atividade 
- Antibiótico de amplo espectro: Aquele que combate 
um maior número de espécies. 
- Antibiótico de espectro reduzido: Aquele que 
combate um menor número de espécies. 
• Mecanismo de ação 
- Agentes que agem na síntese da parede celular 
- Agentes que agem direto na membrana 
- Agentes que agem na replicação e tradução do DNA 
 
→ Classes e agentes 
- Síntese da parede celular 
• Inibidores da síntese de monômeros 
• Inibidores da polimerização da mureína 
• Inibidores da ligação cruzada de polímeros 
- Replicação e tradução do DNA 
• Inibidores da topoisomerase 
• Inibidores da tradução 
• Inibidores da síntese de folato 
• Agem direto na membrana celular 
 
INIBIDORES DA SÍNTESE DE MONÔMEROS 
→ Fosfomicina 
• Inibem a síntese de UDP-NAM, através da inibição 
da enzima MurA (enolpiruvato transferase) 
• Fosfomicina é efetiva contra gram (-) que infectam 
trato urinário (não é a melhor e nem uma das mais 
utilizadas) 
• Não pode ser usada com antiácidos, pois devido a 
presença de alguns sais como cálcio, magnésio e 
alumínio, o medicamento tem sua absorção diminuída 
• Efeitos adversos: cefaleia, diarreia e náuseas 
 
→ Bacitracina 
• Interfere na desfosforilação do bactoprenil difosfato 
(carreador do monômero em formação) impedindo a 
saída do monômero, desse modo, bloqueia a 
sequência de etapas para formação da parede 
• Geralmente é comercializada em apresentações 
adjuntas de Neomicina, pois a neomicina age na 
síntese proteica, nos ribossomos, por isso ela precisa 
da ajuda da bacitracina para conseguir chegar até lá 
• Sempre em apresentações tópicas devido sua 
toxicidade 
• Toxicidade renal, neurológica e medula óssea 
(tópica) 
• Uso: infecções dérmicas ou oftalmológicas 
OBS: Medicamentos de uso tópico dermatológico contendo 
somente neomicina ou neomicina associada 
a bacitracina são isentos de prescrição pela Resolução RDC 
138/2003, portanto, as obrigatoriedades impostas pela RDC 
20/2011 não se aplicam a eles. 
 
INIBIDORES DA POLIMERIZAÇÃO 
→ Vancomicina e Teicoplanina 
• Ligam-se a extremidade terminal do monômero de 
mureína, bloqueando a adição de novas unidades 
• São glicopeptídeos bactericidas contra bacilos e 
cocos gram (+), pois devido o tamanho de suas 
moléculas, elas não conseguem atravessar as porinas 
na membrana externa das gram (-) 
• Usada em infecções graves causadas por estafiloc. 
resistentes, endocartdite, septicemia, osteomielites 
• Vanco melhor contra Estafilococos e Teico contra 
Estreptococos 
• Restritas em ambientes hospitalares e de uso 
intravenosa 
→ Reações adversas comuns 
• Rubor cutâneo 
• Nefrotoxicidade (É mais comum na Vanco) 
• Ototoxicidade 
• Reações de hipersensibilidade 
• Febre 
• Desconforto gastrintestinal 
• Síndrome do pescoço vermelho (Quando a 
Vancomicina é administrada de forma rápida, devida 
sua toxicidade nos mastócitos, ela acaba 
desgranulando ele, liberando muita histamina no 
paciente) 
 
INIIBIDORES DA LIGAÇÃO CRUZADA: 
Β- lACTÂMICOS 
• Elemento chave: presença do anel betalactâmico, 
que é a estrutura da molécula responsável pelo efeito 
desse grupo 
 
• Maior classe e a mais prescrita 
→ Mecanismo de ação “Inibem a síntese de 
peptideoglicano ao impedir a formação da ligação 
cruzada” 
• O anel β-lactâmico confere afinidade para 
transpeptidases (PLP, proteínas ligadoras depenicilinas), que realizam a ligação com o 
peptidoglicano (ligações cruzadas) 
• As ligações cruzadas conferem rigidez estrutural a 
parede celular, sem elas a parede fica fraca e se 
rompe 
• Os β-lactâmicos inibem a reação de transpeptidação 
• Pode ocorrer resistência por bomba de efluxo, 
permeabilidade e alteração do alvo 
• Porém, a resistência por produção de enzimas 
inativantes é o mecanismo de resistência mais comum 
nesse grupo 
- Βetalactamases (Enzimas que inativam os 
betalactâmicos por quebrarem o anel betalactâmico) 
 
→ Classificação dos Betalactâmicos 
• Penicilinas 
• Cefalosporinas 
• Monobactâmicos 
• Carbapenêmicos 
• Inibidores da β-lactamase 
 
INIIBIDORES DA LIGAÇÃO CRUZADA: β-lACTÂMICOS 
Penicilianas 
✓ Todas as penicilinas apresentam a estrutura básica: 
Um anel tiazolidínico (A) esta fixado a um anel β-
lactâmico (B), que transporta um grupo amino 
secundário 
✓ Amplo espectro de ação (A grande maioria são 
efetivas no tratamento de várias espécies de Gram + e 
Gram -) 
Classificação: 
• Penicilinas naturais 
• Penicilinas estafilocócicas 
• Aminopenicilinas 
• Carboxipenicilinas 
• Ureidopenicilinas 
 
→ Penicilinas naturais 
Penicilina G* e V 
• G possui administração parenteral, geralmente 
intramuscular devido sua instabilidade em meio ácido 
e V oral 
• G mais usada hoje em dia 
• Amplo espectro 
• Sensíveis as β-lactamases 
• Formas de depósito 
• Penicilina G se divide em benzatina e Procaína, 
diferenciam-se na forma de depósito (oleosa), desse 
modo sua liberação ocorre de forma mais lenta porém 
com duração diferente 
• Benzatina tem efeito de até 4 semanas 
• Procaína tem tempo de duração entre 12 a 24 horas, 
ou até um pouco mais 
• Usadas no tratamento de pneumonia, otite, sinusite, 
faringite, infecções cutâneas, infecções no aparelho 
reprodutor ou em algum casos até mesmo como 
profilaxia 
 
→ Penicilina Antiestafilocócica 
Oxacilina* e Nafcilina 
• Baixo aspectro 
• Carecem de atividade contra Gram – 
• Resistentes a algumas betalactamases (enzimas de 
resistência bacteriana) 
• Infecções de pele e tecidos moles 
• Oxacilina causa muita hepatotoxicidade, 
necessitando que seja monitorado a TGO e TGP do 
paciente com exames de sangue 
 
→ Aminopenicilinas 
Amoxicilina e Ampicilina 
• Maior atividade contra Gram –, sendo melhor até 
que a Penicilina G pois seu espectro é mais amplo 
• Espectro ampliado com inibidor da betalactamase. 
- Amoxicilina geralmente usada com o Clavulanato, 
pois ele é inibidor da enzima beta-lactamase 
- Ampicilina com Sulbactan 
• Muito usada em infecções otorrinolaringoscópicas 
(Nariz, ouvido e garganta), também usada na 
odontologia 
• A Ampicila interage com alimentos, podendo 
diminuir até 50% do seu efeito 
 
→ Carboxipenicilinas 
Carbenicilia e Ticarcilina 
• Ação contra pseudomonas, bem comum em 
infecções hospitalares 
• Uso hospitalar 
• Mais ativo para Gram- e enterobactérias 
• Sensíveis a betalactamases 
 
→ Ureidopenicilinas 
Piperacilina 
• Mais ativo contra pseudomonas e enterobactérias 
do que o grupo anterior 
• Restrita a ambiente hospitalar 
• Associada ao Tazobactan, inibidor da beta-
lactamase diminuindo a resistência 
 
→ Farmacocinética das penicilinas 
• Absorção afetada por alimentos e ácido (exceto 
amoxicilina) 
• São amplamente distribuídas 
• Em condições normais não cruzam a BHE 
• São excretados por secreção tubular ativa 
 
→ Reações adversas das penicilinas 
• Reações de hipersensibilidade, geralmente cruzada 
(Muito comum alergia a penicilina, tendo alergia a 
uma é muito comum ter as outras devido a 
semelhança estrutural) 
• Urticárias 
• Hepatotoxicidade (oxacilina) 
• Convulsões (Penicilina G) 
• Febre 
• Desconforto gastrintestinal 
 
INIIBIDORES DA LIGAÇÃO CRUZADA: β-lACTÂMICOS 
Cefalosporinas 
 • Diferem estruturalmente das penicilinas pela 
presença de um anel acessório de 6 membros 
• Estáveis a muitas betalactamases (demoram a sofrer 
resistência bacteriana) 
• Espectro ampliado em relação as penicilinas (pegam 
mais espécies) 
Classificação: 
• Cefalosporinas de 1ª geração 
• Cefalosporinas de 2ª geração 
• Cefalosporinas de 3ª geração 
• Cefalosporinas de 4ª geração 
• Cefalosporinas de 5ª geração 
Recomenda-se que o médico comece a recomendação 
pela primeira geração e vá avançando para dar mais 
opções ao paciente no caso de resistência 
 
→ 1° Geração 
CEFALEXINA*, CEFADROXILA*, CEFALOTINA, 
CEFAZOLINA 
✓ Ativas contra Gram (+) bem como contra bacilos 
gram (-) como o Proteus mirabilis, E. coli e Klebisiella 
pneumoniae 
✓ FARMACOCINÉTICA: administração oral variável, 
excreção por filtração glomerular e secreção tubular 
✓ INDICAÇÕES: ITU, Celulites, Infecções de tecidos 
moles, Profilaxia cirúrgica (geralmente odontológica) 
 
→ 2° Geração 
CEFACLOR*, AXETILCEFUROXIMA*, CEFUROXIMA, 
CEFOXITINA 
✓Mesmo espectro da 1ª geração ampliando para 
Gram (-) (Pega mais grams negativas que a primeira) 
✓ Resistente a um número maior de betalactamases 
✓ FARMACOCINÉTICA: administração por VO, EV, IM. 
Excreção renal 
✓ INDICAÇÕES: Otites, sinusites, Pneumonia, Doença 
inflamatória pélvica 
 
→ 3° geração 
 CEFTRIAXONA*, CEFTAZIDIMA, CEFOTAXIMA 
✓ Cobertura ampliada para Gram – 
✓ Tenta atingir a pseudomonas e infecções 
hospitalares 
✓ Resistente a muitas betalactamases 
✓ FARMACOCINÉTICA: Boa penetração nos tecidos. 
Atravessam a BHE (bom para quando o paciente tem 
infecções a nível de sistema nervoso central). 
Excreção renal 
✓ INDICAÇÕES: Meningites, endocardites, Infecções 
respiratórias inferiores 
 
→ 4° Geração 
CEFEPIME* 
✓ Ativo contra muitas enterobactérias, Haemophillus, 
P. aeruginosa e S. aureus 
(ela vai conservar toda sua ação contra gram negativa, 
inclusive pseudomanas, porém já pega algumas gram 
positivas mais resistentes, como o S. aureus) 
✓ Resistente a muitas betalactamases 
✓ FARMACOCINÉTICA: Boa penetração no LCR. 
Excreção renal 
✓ INDICAÇÕES: Tratamento empírico das infecções 
hospitalares (quando o médico ainda não sabe a 
infecção hospitalar que está atingindo o paciente, ele 
usa o cefepime até o resultado dos exames) 
✓ Em alguns hospitais o cefepime vai ser a última 
opção de cefalosporina, por ausência da 5° geração 
 
→ 5° Geração 
CEFTAROLINA 
✓ Atividade Gram (–) comparada a 1° geração 
✓ Atividade Gram (+) ampliada para S. pneumoniae e 
S.aureus resistente a meticilina 
Restrita a uso hospitalar 
✓ FARMACOCINÉTICA: Boa distribuição. Eliminado 
pelos rins 
 
→ Reações adversas 
• Reações de hipersensibilidade ( Se o paciente tiver 
alergia grave a penicilina, como nos casos de 
anafilaxia, não é recomendado o uso de 
cefalosporinas) 
• Exantema cutâneo 
• Urticárias 
• Nefrite 
• Febre 
• Desconforto gastrintestinal 
 
 MONOBACTÂMICOS 
AZTREONAM 
• Único representante dos monobactâmicos 
• Ativo contra a maioria das gram (-), porém carece de 
atividade contra gram (+) 
• Úteis para pacientes com grave alergia a penicilina, 
pois também não vai ser recomendado o uso de 
cefalosporina, sendo esse uma via alternativa 
• Boa penetração no LCR (Líquido céfalo raquidiano, 
que protege o sistema nervoso central) 
• Administração EV ou IM 
• Usada contra Pneumonia, meningite e sepsia 
(infecção generalizada) 
• Um dos efeitos adversos é a lesão hepática, sendo 
possível visualizar a TGO e TGP, e até mesmo 
pequenas lesões cutâneas, sendo necessário a 
monitoria 
 
Carbapanêmicos 
• Imipenem*, meropenem*, ertapenem e doripenem 
• Administração EV e IM (Só via parenteral) 
• Espectro de atividade mais amplo (Gram positivo e 
negativo, mas principalmente o negativo) 
• Penetram adequadamente nos tecidos e LCR 
• Fármacos de escolha para tratar infecções por Gram 
(-), principalmente as do grupo BLEA (Bactcétias 
produtoras de enzimas betalactamasesde espectro 
ampliado) 
 
→ IMIPINEM 
• Você só o encontra associado a cilastatina, pois 
quando ele é usado, o imipinem sofre uma inativação 
renal e a cilastatina inibe essa enzima, mas essa 
associação não tem como propósito combater de 
melhor forma a bactéria 
Amplo espectro 
• Atividade contra Gram (-) incluindo P. aeruginosa e 
anaeróbios resistente a βlactamases 
• Indicado para ITU, vias respiratórias inferiores, pele, 
intra-abdominais, ossos, articulações e etc 
• Em altas doses pode causar convulções 
 
→ Meropenem 
• Menor tendência a causar convulsões 
• Não precisa ser associado a cilastatina pois não 
sofre com a enzima renal 
 
→ ERTAPENEM 
• Meia-vida mais longa 
• Atividade inferior para P. aeruginosa 
• Infecções intra-abdominais e pélvicas 
 
→ DORIPENEM 
• Espectro semelhante ao imipenem e meropenem 
• Eficaz contra algumas cepas de Pseudomonas 
 
→ Reações adversas dos carbapenêmicos 
• Distúrbios do TGI 
• Flebite e exantema cutâneo 
• Reações de hipersensibilidade 
• Crises convulsivas (altas doses do imipinem) 
 
Inibidores da B-lactamase 
ÁCIDO CLAVULÂNICO, SULBACTAM, TAZOBACTAM E 
AVIBACTAM 
• Moléculas que podem inativar as β-lactamases e 
evitar a destruição dos antibióticos 
• Conhecidos como “moléculas suicidas” (pois se 
sacrificam no lugar do antibiótico) 
• Associados para reduzir a resistência e aumentar o 
espectro 
• Pouca atividade antibacteriana intrínseca 
1. Ácido clavulânico + Amoxicilina (VO) ou Ticarcilina 
(EV) 
2. Sulbactam + Ampicilina (VO, IM e EV) 
3. Tazobactam + Piperacilina (EV) 
4. Avibactam + Ceftazidima (EV) 
 
AGENTES QUE AGEM DIRETO NA MEMBRANA 
Principalmente a membrana externa das Gram (-) 
 
→ Polimixinas (B e E) 
• Sintetizadas por cepas de Bacillus polymyxa 
• São agentes anfipáticos: interagem com os 
fosfolipídios e desorganizam a estrutura da 
membrana celular, levando a alteração de 
permeabilidade 
• Não são absorvidas por via oral 
• Reações adversas: apneia, parestesias, 
nefrotoxicidade 
• Usos: em preparações tópicas associadas a outros 
antimicrobianos. 
• Útil também no tratamento de infecções graves 
causadas por bacilos gram (–) multirresistentes 
 
 
 
AGENTES QUE AGEM NA REPLICAÇÃO E NA 
TRADUÇÃO DO DNA 
 
→ REVISANDO ALGUNS CONCEITOS: 
• Toposiomerases (GIRASE E IV) 
As topoisomerases são responsáveis por aliviar o 
superenrolamento do DNA durante a replicação (pois 
durante a replicação ocorre a formação das 
forquilhas, os locais onde a fita começa a se abrir para 
iniciar a replicação, na regiões posteriores ocorre um 
estado de tensão muito grande, chamadas de 
superenrolamento) 
Elas fazem isso através da quebra transitória de 
ligações fosfodiéster, gerando uma forma 
intermediária, na qual a proteína continua ligada ao 
DNA, covalentemente, permitindo assim, que as fitas 
do DNA passem umas sobre as outras, alterando o 
superenrolamento da molécula 
Também ajuda na separação da molécula filha 
Essas enzimas são encontradas tanto em organismos 
procariotos, quanto em eucariotos, e são essenciais 
nos processos de replicação, transcrição e 
recombinação do DNA. Na transcrição e 
recombinação, as topoisomerases irão separar 
temporariamente as fitas da dupla hélice de DNA, 
enquanto na replicação, as fitas terão separação 
permanente 
 
→ Resumindo: 
Durante a transcrição, a abertura das fitas de DNA 
para síntese de RNA, induz a superenrolamentos do 
DNA, que precisa ser relaxado para que o processo 
ocorra. 
Já na replicação, as duas moléculas geradas são 
completamente separadas pelas topoisomerases para 
que possam segregar para as células-filhas. 
 
Obs: Existem medicamentos que atuam na fase de 
replicação, transcrição e da tradução ou síntese 
proteica 
 
INIBIDORES DA TOPOISOMERASE 
 
→ Quinolonas 
Ácido nalidíxico, ciprofloxacino*, ofloxacino, 
levofloxacino*, gatifloxacino, moxifloxacino 
• Atuam através da inibição da topoisomerase II 
bacteriana: 
- DNA girase 
- Topoisomerase IV 
• O não enrolamento da nova cadeia de DNA formada 
faz com que ele ocupe um espaço maior que o 
contido nos limites da bactéria e ele começa a se 
romper 
• Efeito bactericida (doses terapêuticas) 
 
• Uso: infecções urogenitais (infecção urinária), 
respiratórias e gastrintestinais 
• Resistência: mutações nos genes que codificam a 
topoisomerase, alteração das porinas e bombas de 
efluxo 
• Usadas com mais frequência para gram (-) 
• Efeitos adversos: náuseas, vômito, dor articular* (As 
quinolonas não podem ser utilizadas em pacientes 
menores de 18 anos) e diarreia 
• Em pacientes menores de 18 pode ocorrer impacto 
no crescimento, devido as lesões em cartilagens, 
principalmente as que estão em crescimento, 
podendo ser significativas 
• Ciprofloxacino e mofloxacino sofrem interação com 
alimentos, qualquer alimento ou fonte de cálcio, 
magnésio ou alumínio 
 
INIBIDORES DA TRADUÇÃO 
Resumindo o processo de tradução: 
O ribossomo bacteriano parece muito com o humano, 
mas existem particularidades: 
O da bactéria é 70s formada por duas subunidades, 
uma menor (30s) e uma maior (50s) 
Dentro desse ribossomo temos 3 regiões importantes: 
• Sítio A (Sítio aceptor): ele recebe os 
aminoácidos que formarão a proteína e 
depois para o sítio P 
• Sítio P (Peptidio): onde ocorre a ligação 
peptídica 
• Sítio E (Exit): por onde a proteína que está 
sendo formada vai saindo do ribossomo 
Complexo de iniciação: Para que seja possível iniciar a 
tradução, é necessário que primeiramente as 
subunidades que formam o ribossomo bacteriano se 
juntem 
 
 
• Alvo dos antibióticos: subunidade 30S ou 50S do 
ribossomo bacteriano 
• Exercem efeitos também sobre os ribossomos 
citosólicos humanos: efeito adverso 
• A inibição completa da síntese proteica não é 
suficiente para destruir a bactéria 
• São em sua maioria bacteriostático, pois a bactéria 
adulta já possui suas proteínas essenciais formadas, 
porém, para se reproduzir ela necessitará realizar 
síntese proteica (exceção: aminoglicosídios) 
 
→ Como os inibidores da tradução são divididos: 
Agem na subunidade 30S 
• Aminoglicosídios 
• Espectinomicina 
• Tetraciclinas 
 
Agem na subunidade 50S 
• Macrolídeos 
• Cloranfenicol 
• Lincosamidas 
• Estreptograminas 
• Limesolida 
 
Aminoglicosídios 
Estreptomicina, Neomicina*, Canamicina, 
Tobramicina, Gentamicina* e Amicacina 
• Usados principalmente no tratamento de infecções 
por gram(-) 
• Bactericidas 
Mecanismo de ação: 
• Agem na porção 30S do ribossomo, por 3 maneiras: 
1. Impedem a formação do complexo de 
iniciação 
2. Geram uma leitura errônea (desloca o 
ribossomo e faz com que ele leia de forma 
desorganizada o mRNA, desse modo ele 
posiciona os aminoácidos de forma errônea e 
gera a proteína errada) 
3. Impedem a translocação do ribossomo 
• Podem atuar nas bactérias que ainda não iniciaram 
a síntese proteica, como também, naquelas que já 
iniciaram 
 
• Atuam de modo sinérgico com os betalactâmicos 
(facilita a entrada dos aminoglicosídeos) 
• Não são bem absorvidos em via oral, necessário 
aplicação tópica ou parenteral 
 
• Resistência: 
➢ Inativação enzimática por acetilação e 
fosforilação 
➢ Entrada dificultada (Eliminação das porinas) 
➢ Mutação na subunidade 30S 
 
• Efeitos adversos: 
➢ Reações de hipersensibilidade 
➢ 3 efeitos específicos: Por motivos ainda 
desconhecidos esses medicamentos tendem a 
se acumular nos ouvidos e nos rins 
- Ototoxicidade (+ importante) 
- Nefrotoxicidade 
- Bloqueio neuromuscular (Altas doses) 
 
Espectinomicina 
• Também se liga a subunidade 30S (em localização 
diferente do aminoglicosídeo) 
• Não induz a leitura incorreta de códon e não é 
bactericida 
• Inibe a translocação do ribossomo 
• Usada como auxiliar no tratamento de gonorreia 
 
Tetraciclinas 
Doxiciclina, Tetraciclina, Minociclina• Bacteriostáticos de amplo espectro (Pega bem gram 
(+) e pega bem gram (-) 
• Mecanismo: Ligam-se de modo reversível a 
subunidade 30S e inibem a síntese proteica por 
bloqueio do RNAt (Impedem a entrada do mRNA no 
sítio A) 
• Acumula-se nas células bacterianas 
• Podem ser usadas para Infecções por leptospirose, 
micoplasmam, minocilina é usada regularmente para 
acne 
• Efeitos adversos: 
➢ Toxicidade renal 
➢ Distúrbio gastrintestinal 
➢ Náuseas e vômitos 
➢ Interação relevante (Quelação) com alimentos 
ricos em cálcio e com medicamentos que 
possuam cátions di e trivalentes (Ferro e 
magnésio) 
➢ Pode haver sequestro do fármaco em ossos e 
dentes 
 
 
Macrolídeos 
Eritromicina*, Azitromicina*, Claritromicina* 
• Importantes no tratamento de infecções 
pulmonares e garganta. Infecções por clamídia, 
estafilococos, estreptococos, micoplasma 
• Bacteriostáticos 
• Mecanismo de ação: Age na subunidade 50s, 
impedindo o deslocamento da cadeia do sítio A para o 
P, desse forma bloqueiam o crescimento da cadeia 
peptídica em formação 
• Azitromicina tem vida útil de até 3 dias, 
necessitando geralmente de apenas uma dose diária 
única. Não podem ser usadas com alimentos e podem 
reagir com (cálcio, magnésio e ferro) 
• Efeitos adversos: 
➢ Isentos de efeitos adversos graves 
➢ Intolerância no TGI (náuseas, vômitos, 
diarreia) 
➢ Eritromicina e claritromicina inibem cit. P450. 
Obs: Essa classe acaba estimulando uma enzima do 
intestino chamada de Motilina, que estimula os 
movimentos peristálticos, gerando a diarreia, no caso 
da eritromicina é mais forte 
• Resistência: 
➢ Produção de esterases que inativam os 
macrolídeos 
➢ Aumento do efluxo 
➢ Produção de metilase (modifica o sítio de 
ligação) 
 
Cloranfenicol 
• Bacteriostático de amplo espectro 
• Ativo contra gram (+) e gram (-) 
• Usos: Sífilis, febre tifoide, peste negra, Rickettsia 
• Liga-se a subunidade 50S e inibe a formação de 
ligações peptídicas Toxicidade. Age em local bem 
próximo de onde os macrolídeos atuam, podendo 
gerar associação antagônica, não podendo o uso em 
conjunto 
• Inibe a síntese proteica mitocondrial 
• Efeitos adversos: 
➢ Síndrome do bebê cinzento: Altas doses em 
recém-nascidos, pois carecem de mecanismo 
efetivo de conjugação com ác. Glicurônico 
➢ Fármaco acumula-se até alcançar níveis 
tóxicos 
➢ Depressão, anemia, leucopenia, 
trombocitopenia, distúrbios gastrointestinais 
Obs: O cloranfenicol é metabolizado por conjugação 
com ácido glicurônico. Quando é administrado em 
altas doses em recém nascidos ele não é 
metabolizado, devido imaturidade hepática, se 
acumulando e começando a gerar efeitos tóxicos 
 
Lincosamidas 
Clindamicina 
• Bloqueia a formação de ligações peptídicas, por 
meio de interações com os sítios A e P 
• Também age bem próximo ao macrolídeos e 
cloranfenicol, competindo entre si pelo local de ação, 
gerando associação antagônica, não recomendado o 
uso em conjunto 
• Indicações: tratamento de infecções anaeróbicas 
graves, causadas principalmente por gram positivas, 
abscessos pulmonares 
• Considerada causa potencial de colite 
pseudomembranosa decorrente da infecção por C. 
difficile, pois a clindamicina altera a microbiota e essa 
espécie começa a crescer de forma desproporcional 
 
Estreptograminas 
• Mistura de 2 substâncias: Dalfopristina e 
Quinupristina 
• Aprovadas para o tto de infecções graves ou 
potencialmente fatais (última opção) causadas por 
Enterococcus ou Streptococcus pyogenes resistentes a 
vancomicina 
• Inibem a síntese proteica por sua ligação ao centro 
peptidil transferase do RNAr bacteriano (induzem 
mudança na conformação do ribossomo, na 
subunidade 50s) 
INIBIDORES DO METABOLISMO DO FOLATO 
• O folato (Ácido fólico, vitamina do complexo B) é 
importante para biossíntese de precursores de DNA e 
RNA, aminoácidos (glicina, metionina e ácido 
glutâmico), RNAt 
• Humano: folato é obtido da dieta ou reposição 
exógena (suplementos) 
• Bactérias: precisam sintetizar a partir do PABA, 
pteridina e glutamato 
 
1. Inibidores da di-hidropteroato sintase (Síntese do 
folato, etapa exclusiva da bactéria) 
• Sulfonamidas (sulfametoxazol, sulfadiazina) 
2. Inibidores da di-hidrofolato redutase 
(Metabolização do folato, comum em humanos e 
bactérias) 
• Trimetoprima 
• Pirimetamina 
 
Sulfonamidas 
Sulfametoxazol*, Sulfasalazina*, Sulfadiazina de 
prata* 
• Análogos do PABA (Para que as sulfas consiga inibir 
essas enzimas ela precisa ter semelhança com um dos 
substratos, nesse caso, o PABA) 
• Bacteriostáticos 
• Muito Usadas em infecções gastrointestinais 
• Mecanismo de ação: 
“Antagonismo competitivo da enzima di-
hidropteroato sintase responsável pela síntese de 
ácido di-hidropteroico” 
• Sulfasiazina de prata é muito usada para tratamento 
de infecções em queimaduras, a prata dificulta a 
absorção sistêmica, e também ajuda na destruição de 
algumas bactérias, interferindo em algumas reações 
bioquímicas, mas não se sabe o mecanismo 
 
 
Síndrome de KERNICTERUS em recém-nascidos 
• Quando o recém-nasccido faz uso de altas 
concentrações de sulfas elas começam a competir 
com a bilirrubina pelos sítios de ligação na albumina 
sérica, a albumina se acumula, e dependendo do local 
pode gerar diversos problemas no desenvolvimento, 
como por exemplo o motor 
• Além disso existem outros efeitos adversos, como: 
alterações no TGI, vômitos, mal estar e 
hipersensibilidade 
 
TRIMETOPRIMA 
Trimetropim* 
• Análogos do folato 
• Usado junto com o sulfametoxazol (associação 
sinérgica) devido a capacidade da bactéria de 
rapidamente desenvolver resistência (produz mais 
folato, deslocando o trimetropim) 
• Mecanismo de ação: 
Ligam-se a dihidrofolato redutase e inibem a 
formação do tetraidofolato (THF) 
 
 
OBS: INTERAÇÃO ANTIBIÓTICO COM 
ANTICONCEPCIONAL 
 
• Não são todos os antibióticos ou todos os 
anticoncepcionais que interagem, não se pode 
generalizar 
• Algumas substâncias estimulam ou inibem as 
enzimas p450 que são as enzimas responsáveis 
pela metabolização dos fármacos 
• Alguns antibióticos acabam sendo indutores ou 
inibidores das p450 
• Se você estiver usando ou vai começar a usar 
um antibiótico e você já usa um anticoncepcional 
que vai estrogênio na composição (etinilestradiol) 
vai ocorrer a interação graças a circulação êntero-
hepática 
 
O estrogênio é metabolizado da seguinte forma: 
• O anticoncepcional desce estômago, vai para o 
intestino e depois de absorvido ele vai para o 
fígado, lá no fígado ele se conjuga com o ácido 
glicurônico e vai para bili e quando necessário ele 
vai para o intestino 
• Na presença de bactérias intestinais elas 
quebram a ligação e é reabsorvido o estrogênio 
indo novamente para o fígado, seguindo esse 
ciclo que é chamado de ciclo êntero-hepático 
• Os antibióticos podem destruir algumas 
bactérias intestinais, sem elas o ciclo não fecha e 
o estrogênio vai ser eliminado nas fezes por estar 
associada ainda 
• Com isso você tem uma diminuição da 
concentração de anticoncepcional circulando na 
corrente sanguínea 
• Isso é um problema com antibióticos que 
possuem meia vida alta, como amoxicilina ou 
azitromicina (72 horas). Pois passam maior tempo 
surtindo efeito, desse modo é necessário um 
tempo maior para restabelecimento da 
microbiota intestinal 
• Durante o tratamento com antibióticos é 
recomendado o uso de meios contraceptivos 
alternativos

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