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Farmacologia dos Antibacterianos

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Farmacologia Aplicada – Professora Viviane Horta
FARMACOLOGIA DOS ANTIBACTERIANOS II
Farmacologia dos Antibacterianos II
Bacitracina, Glicopeptídios
Bacitracina, Glicopeptídios
· Mecanismo de ação 
· Antibióticos que interferem na síntese da parede celular (bactericidas)
Bacitracina
· Resistência bacteriana rara
· Não é absorvida por VO
· Seu uso limita-se às aplicações tópicas/oftálmicas e intramamárias, devido a sua nefrotoxicidade quando administrada por via parenteral
· Bacitracina + neomicina; ou + polimixina B
Glicopeptídios 
· Vancomicina, teicoplanina e avoparcina
· Atividade contra bactérias gram-positivas, em particular, cocos
· Não são antimicrobianos de primeira escolha (quando ocorre resistência aos betalactâmicos)
Glicopeptídios – Vancomicina 
· Atividade tempo-dependente
· Rara a resistência adquirida a vancomicina 
· Administração por via intravenosa, diluída (administração em 30’)
· Capaz de atingir o líquido cefalorraquidiano quando há inflamação das meninges
· Excreção renal
· Nefrotoxicidade - sinergismo com os aminoglicosídios
Polimixinas
Polimixinas
· Mecanismo de ação
· Interferem na permeabilidade da membrana celular
· A membrana celular envolve todo o citoplasma da célula do microrganismo
· Alterações nessa estrutura interferem na sua permeabilidade seletiva, conduzindo o microrganismo a morte (bactericidas) 
· PolimixinasB e E
· São usadas mais frequentemente por via tópica/oftálmicas e em preparações intramamárias
· Aditivos em animais de produção
· Doses expressas em UI
· Atividade concentração-dependente
· Sinergismo com sulfas e trimetoprima, rifampina e cefalosporinas
· Raramente as bactérias sensíveis adquirem resistência
· IM, IV 
· São usadas mais frequentemente por via tópica/oftálmicas e em preparações intramamárias
· Excreção renal na sua forma ativa
· Efeitos adversos: nefrotoxicidade, neurotoxicidade e bloqueio neuromuscular
Rifamicinas, Novobiocina
Rifamicinas e Novobiocina
· Mecanismo de ação
· Interferem na síntese de ácidos nucleicos
· Rifamicinas – bactericidas - Novobiocina – bacteriostática 
Rifamicinas
· Rifampina (rifampicina) é a mais utilizada em medicina veterinária – possui largo espectro de ação; pode ser administrada por VO ou uso tópico (Ryfocina spray®)
· A resistência bacteriana às rifamicinas se desenvolve com relativa facilidade, por isso costuma-se associá-las a outros antimicrobianos (p. ex., eritromicina)
· Rifampicina é teratogênica em roedores
· Biotransformação hepática; excreção renal
· Efeitos adversos: poucos relatos; hepatite, trombocitopenia, anemia hemolítica, anorexia, vômito e diarreia 
· Coloração vermelho-alaranjado da urina e secreções – uso da rifampicina
Novobiocina
· Geralmente possui atividade bacteriostática
· Desenvolvimento de resistência ocorre de modo relativamente rápido – por isso geralmente ela é associada a outros antibióticos (p. ex., tetraciclinas)
· A presença de alimento reduz sua absorção por via oral; uso IM é limitado
· Efeitos adversos: febre, distúrbios do TGI, reações cutâneas e discrasias sanguíneas; poucos efeitos colaterais com o uso tópico
· Uso mais restrito, incluindo mastites em bovinos
Aminoglicosídios
Aminoglicosídios 
· Mecanismo de ação
· Interferem na síntese proteica dos microrganismos
· São bactericidas importantes para o tratamento de infecções causadas por bactérias gramnegativas
· Sua toxicidade e resíduos em produtos de origem animal limitam sua utilização
· Estreptomicina, neomicina, gentamicina, tobramicina
· Antimicrobianos que interferem na síntese da parede celular (betalactâmicos), são associados aos aminoglicosídios para obter efeito sinérgico 
· Atividade concentração-dependente (altas doses e longos intervalos entre as doses) 
· VO – absorção no TGI é desprezível, porém são ativos no lúmen intestinal; nos casos de enterite a absorção e aumentada
· IM ou SC para tratamento de infecções sistêmicas
· Pouco lipossolúveis e tem capacidade limitada de atravessar as barreiras celulares e penetrar nas células 
· Eliminação renal, na sua forma inalterada
· Fatores que predispõe à toxicidade dos aminoglicosídios 
· Tratamento superior a 7 a 10 dias 
· Doses diárias múltiplas 
· Acidose distúrbios eletrolíticos 
· Depleção de volume plasmático 
· Tratamento simultâneo com outros medicamentos nefrotóxicos 
· Idade 
· Doença renal preexistente 
· Concentrações plasmáticas elevadas
· Nefrotoxicidade (necrose tubular aguda)
· Toxicidade relacionada com o grau de reabsorção tubular
· + Gentamicina: sofre maior reabsorção;
· A nefrotoxicidade é reversível se diagnosticada precocemente
· Ototoxicidade 
· Bradicardia e hipotensão – IV rápido (ação sobre os canais de Ca++)
· Bloqueio neuromuscular de intensidade variável – Altas doses; em associação com os BNM
Todos os aminoglicosídios causam, em maior ou menor grau, nefrotoxicidade e ototoxicidade!
Macrolídios, Lincosamidas, Tetraciclinas, Cloranfenicol 
Macrolídios, Lincosamidas, Tetraciclinas, Cloranfenicol
· Mecanismo de ação 
· Interferem na síntese proteica, exercendo preponderantemente atividade bacteriostática
Macrolídios
· Eritromicina, azitromicina, espiramicina
· Uso limitado na medicina veterinária devido a toxicidade causada quando administrados em herbívoros por via oral, e a dor no local de administração (IM)
· São antibióticos bacteriostáticos; podem ser bactericidas em altas concentrações (tempo-dependente)
· A atividade antimicrobiana da eritromicina aumenta em pH básico; o inverso ocorre em pH ácido (abscessos, tecido necrótico e urina)
· Eritromicina 
· Administração SC ou IM causa dor e irritação tecidual 
· Necessita de formulação para manter sua estabilidade no estômago 
· Não atravessa a barreira hematoencefálica, mas cruza a barreira placentária
· Biotransformação: enzimas microssomais hepáticas; excreção: bile e fezes
· Fenobarbital + eritromicina = prejuízo a ação do antimicrobiano, devido a aumento da sua biotransformação
· Efeitos adversos 
· Irritação tecidual e dor (IM) 
· Tromboflebites e periflebites (IV) 
· Reações inflamatórias (intramamária) 
· Distúrbios gastrointestinais na maioria dos animais tratados; bastante sérios em coelhos e equinos
· Não é recomendada para ruminantes – reduzida absorção e promoção severa diarreia 
· A eritromicina em cães tem poucos efeitos adversos – vômito, particularmente em cães
Lincosamidas
· Lincomicina, clindamicina e pirlimicina
· Indicações: antimicrobianos, intramamário em bovinos e aditivos em animais de produção
· Clindamicina + aminoglicosídeo (ou + fluorquinolona) = efeito aditivo ou sinérgico
· Clindamicina + macrolídios (ou + cloranfenicol) = efeito antagônico
· Bastante lipossolúveis, consequentemente apresentam grande volume de distribuição
· A clindamicina quando administrada por VO tem maior absorção no TGI do que a lincomicina
· Biotransformação hepática; excreção: *bile e urinária (20%, intacta)
· Possuem caráter básico, assim podem ser captadas por tecidos que tem pH mais baixo, como úbere e próstata 
· Não atingem concentrações terapêuticas no líquido cerebroespinhal
· Efeito tóxico 
· Diarreia grave, podendo ser fatal em equinos, coelhos, cobaias, hamsters e outros herbívoros 
· Em cães e gatos as lincosamidas são pouco tóxicas, ocorrendo raramente vômitos e diarreia
· Não administrar por IV rápido – depressão cardiovascular!!
· Clindamicina por IM = dor no local da administração!!
Tetraciclinas
· Atividade tempo-dependente
· Tetracicina, oxitetraciclina, doxiciclina
· São bacteriostáticas, e possuem largo espectro de ação antimicrobiana
· VO (biodisponibilidade prejudicada pela presença de alimentos); Parenterais (IM – dor!)
· Presença de leite, preparações vitamínicas e antiácidos podem reduzir a absorção das tetraciclinas
· A doxiciclina é lipossolúvel, penetrando com maior facilidade nos tecidos (exceto no liquido cefalorraquidiano) 
· Atravessam a barreira placentária; são secretadas no leite
· Excretadas na sua forma ativa pela urina, ou em menor proporção pela bile 
A eliminação da doxiciclina não envolve a excreção renal!!
·Efeitos adversos 
· Irritação tecidual 
· VO – náuseas, vômitos e diarreia 
· IM ou SC – dor no local da administração 
· Deposição no tecido ósseo e nos dentes, devido a sua capacidade de se ligar com o cálcio 
Evitar a administração em animais jovens ou em fase de crescimento, ou mesmo em fêmeas prenhes
· Efeitos tóxicos 
· Células hepáticas (infiltração gordurosa) e renais (necrose dos túbulos proximais) 
· Severa diarreia em eqüinos
Cloranfenicol
· Antibióticos bacteriostáticos de largo espectro de ação
· Em monogástricos é bem absorvido no trato digestivo; em ruminantes, é destruído pela flora ruminal
· Atravessa a barreira placentária. Se difunde bem no leite e nos líquidos pleural e ascítico
· Biotransformação hepática (conjugação com o ácido glicurônico – diferenças na meia-vida entre as espécies); excreção urinária e biliar
· Não é recomendada a associação do cloranfenicol com penicilina e fluorquinolonas
· O uso de cloranfenicol (em qualquer forma farmacêutica) é proibido em animais utilizados para consumo humano (anemia aplásica em humanos)
· Efeitos adversos 
· Anemia hipoplásica e redução da síntese de anticorpos – relacionados a dose e duração do tratamento – os gatos são mais sensíveis que os cães 
· Vômitos e diarreia 
· Reações alérgicas
Farmacologia dos Antibacterianos II
· Bacitracina
· Glicopeptídios (vancomicina)
· Fosfomicina (polimixinas B e E)
· Rifamicinas (rifampina)
· Novobiocina
· Aminoglicosídios (estreptomicina, neomicina, gentamicina, tobramicina)
· Macrolídios (eritromicina, azitromicina, espiramicina)
· Lincosamidas (lincomicina, clindamicina e pirlimicina)
· Tetraciclinas (tetracicina, oxitetraciclina, doxiciclina)
· Cloranfenicol 
· Farmacologia dos Antibacterianos I
· Sulfas (sulfa + trimetopim)
· Quinolonas (enrofloxacino, norfloxacino, ciprofloxacino, marbofloxacino)
· Derivados Nitrofurânicos (Furacin®, Flagyl®, Stomorgyl®, Giardicid 500®)
· Betalactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, meropeném)

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