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e-book-Administração e Gestão Farmacêutica - EAD

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ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO 
FARMACÊUTICA
Prof. rUBENS DE oLIVEIrA SANToS
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica: 
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD: 
Prof.a Dra. Gisele Caroline 
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Fernando Sachetti Bomfim
Marta Yumi Ando
Olga Ozaí da Silva
Simone Barbosa
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
33www.UNINGA.bR
UNIDADE
01
SUMáRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................................5
1. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO .................................................................................................................................6
2. O PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................................................................................................6
3. SUMáRIO EXECUTIVO ...........................................................................................................................................7
3.1 RESUMO DOS PRINCIPAIS PONTOS DO PLANO DE NEGÓCIO .......................................................................7
3.2 DADOS DOS EMPREENDEDORES, EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E ATRIbUIÇõES ....................................8
3.3 DADOS DO EMPREENDIMENTO .........................................................................................................................9
3.4 MISSÃO DA EMPRESA.........................................................................................................................................9
3.5 SETORES DE ATIVIDADES ...................................................................................................................................9
3.6 FORMA JURíDICA ................................................................................................................................................9
3.7 ENqUADRAMENTO TRIbUTáRIO ......................................................................................................................10
PLANO DE NEGÓCIOS 1
Prof. rUBENS DE oLIVEIrA SANToS
Ensino a distância
DISCIPLINA:
ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO FARMACÊUTICA
4www.uninga.br
3.8 CAPITAL SOCIAL .................................................................................................................................................12
3.9 FONTE DE RECURSOS ........................................................................................................................................12
4. ANáLISE DE MERCADO ........................................................................................................................................12
4.1 ESTUDO DOS CLIENTES ......................................................................................................................................12
4.2 ESTUDO DOS CONCORRENTES ........................................................................................................................13
4.3 ESTUDO DOS FORNECEDORES .........................................................................................................................14
5. PLANO DE MARKETING .......................................................................................................................................16
5.1 DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS .................................................................................16
5.2 PREÇO .................................................................................................................................................................. 17
5.3 PROMOÇõES DE VENDA .................................................................................................................................... 17
5.4 ESTRUTURA DE COMERCIALIzAÇÃO ............................................................................................................... 17
5.5 LOCALIzAÇÃO DO PONTO COMERCIAL ...........................................................................................................18
6. PLANO OPERACIONAL .........................................................................................................................................18
6.1 LEIAUTE DA FARMáCIA .......................................................................................................................................18
6.2 CAPACIDADE COMERCIAL E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS .........................................................................19
6.3 PROCESSOS OPERACIONAIS ........................................................................................................................... 20
6.4 NECESSIDADE DE PESSOAL ..............................................................................................................................21
CONSIDERAÇõES FINAIS .........................................................................................................................................23
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EDUCAÇÃO A DistânCiA
INTRODUÇÃO
A farmácia ou drogaria é uma empresa comercial que difere das demais porque, além 
de comercializar produtos e serviços, o objetivo da farmácia é a saúde das pessoas, sendo 
o medicamento apenas um meio para isso. No entanto, apenas a venda do medicamento não 
é garantia de que o objetivo será alcançado. A maneira de usar, o tempo para obter os efeitos 
desejados e manifestações de eventuais efeitos indesejados interferem no resultado esperado, 
cabendo ao farmacêutico, além de vender, orientar o paciente sobre esses aspectos para obter os 
benefícios do medicamento. Por essa razão, a farmácia não somente vende, e sim faz a dispensação 
do medicamento. Além do comércio, a farmácia é um estabelecimento de saúde.
Atualmente, o farmacêutico é o profissional mais capacitado para conciliar o lucro com 
a Ética em farmácias e drogarias. Por possuir os conhecimentos técnicos sobre medicamentos, 
vem também assumindo importante papel na gerência financeira e administrativa de farmácias 
e drogarias, seja como proprietário de farmácia ou como gerente de loja. Além dos aspectos 
técnicos dos medicamentos, a Administração Farmacêutica exige do farmacêutico noções de 
Administração, Economia, normas de constituição e funcionamento de empresas, normas 
tributárias (impostos) e pleno conhecimento da legislação sanitária.
A disciplina é composta de quatro unidades, que buscam contextualizaro aluno no 
ambiente gerencial e administrativo de uma farmácia. A Unidade 1 trata da elaboração do 
plano de negócios no tocante à abertura da empresa, análise do mercado, plano de marketing 
e plano operacional. A Unidade 2 aborda o plano financeiro, a construção de cenários, a 
avaliação estratégica e a avaliação final do plano de negócios. A Unidade 3 apresenta a análise 
do Demonstrativo de Lucros e Perdas e do Demonstrativo de Fluxo de Caixa para a tomada de 
decisões gerenciais e financeiras. A Unidade 4 aborda as estratégias de precificação dos produtos 
comercializados no mercado varejista farmacêutico, o impacto dos descontos sobre o desempenho 
financeiro de farmácias e as normas de publicidade de medicamentos.
Os termos farmácia e drogaria serão aqui empregados em seu aspecto comercial, referindo 
à empresa privada de atendimento ao público sem a manipulação de fórmulas. Como o foco da 
disciplina é a administração financeira, menos ênfase é dada às Ciências Farmacêuticas, porém 
o aluno deve sempre ter em mente a importância dessa área de conhecimento para assegurar o 
objetivo social e humanitário de qualquer estabelecimento que envolva o uso de medicamentos 
para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças.
Uma breve reflexão sobre a função do farmacêutico em farmácias 
comerciais pode ser vista no vídeo Farmacêutico gestor, por 
Gilson Coelho, disponível em <https://youtu.be/RVf8cZ3fAUs>. 
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EDUCAÇÃO A DistânCiA
1. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO
Administração é a ação de gerenciar e controlar empresas públicas e privadas para 
melhorar a produção e gerar lucro. Quem administra deve conhecer os objetivos da empresa 
e desenvolver as estratégias para enfrentamento antecipado dos problemas que eventualmente 
surjam. Administração é o planejamento, controle, organização e direcionamento de pessoas 
para alcançar, de maneira eficaz e eficiente, os objetivos de uma organização (ROBBINS, 2000). 
Esse conceito é diferente de “tocar uma empresa”, pois nesse caso, quem toca a empresa conta 
com a sorte e o azar, não existindo organização e planejamento para enfrentar os problemas e o 
sucesso é questão de sorte.
O conceito de Gestão vai além de Administração. Engloba as funções administrativas 
e financeiras com outras funções corporativas de maneira organizada e sinérgica; envolve um 
grupo de pessoas com a estrutura da empresa e com a disponibilidade de recursos, objetivando 
crescimento e prosperidade. A Gestão usa a Administração e o esforço humano organizado para 
tornar possível o seu desempenho (GITMAN, 2010). É um conjunto de conhecimentos de várias 
áreas, exigindo do gestor muito mais que conhecimentos de Administração.
 Para o farmacêutico gestor, é a farmácia bem administrada que define o sucesso 
profissional, que nos dias de hoje, deve assumir uma função mais participativa para transformar 
o conhecimento técnico em saúde em remuneração digna e ética.
2. O PLANO DE NEGÓCIOS
Vale a pena abrir uma farmácia ou drogaria? É melhor construir, comprar ou alugar um 
imóvel? Quanto será gasto na reforma e compra de móveis? Qual é o valor mensal de salários 
e comissões? Como será feita a publicidade da farmácia? Quando as vendas vão pagar as 
despesas mensais? Essas são algumas perguntas que surgem quando se deseja abrir um negócio 
e certamente outras surgirão.
Imagine que você deseja viajar nas férias de final de ano. É prudente que haja um 
planejamento e preparo antecipado, sob o risco de a viagem não acontecer ou que se transforme 
numa experiência desagradável. Assim como a viagem, um empreendimento comercial exige um 
planejamento prévio e meticuloso, antecipando eventuais riscos e determinando a viabilidade do 
negócio. O plano de negócios cumpre esse objetivo. Ele permite correr riscos na teoria antes de 
colocar em prática, minimizando-os e definindo se o negócio é viável. 
Elaborar um plano de negócios envolve conhecer o mercado e o ramo de atuação. Quanto 
mais envolvimento e conhecimento, maiores as chances de sucesso. Muitas informações podem 
ser obtidas em diferentes fontes como jornais, revistas, redes sociais, sites de busca, órgãos 
governamentais, feiras, associações e sindicatos. Além de nortear o empreendimento, o plano de 
negócios serve para apresentar a ideia para sócios, investidores, parcerias ou como documento 
auxiliar para financiamentos bancários (SEBRAE, 2013c).
As duas primeiras unidades desta disciplina apresentam a criação de um plano de negócios 
para aqueles que desejam abrir ou ampliar uma farmácia. O modelo de plano de negócios adotado 
segue aquele proposto pelo Sebrae (2013c) e é composto de oito partes, a saber:
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a. Sumário executivo;
b. Análise de mercado;
c. Plano de marketing;
d. Plano operacional;
e. Plano financeiro;
f. Construção de cenários;
g. Avaliação estratégica;
h. Avaliação do plano de negócio.
O Plano de Negócios é um documento criado pela pessoa que deseja iniciar um 
empreendimento. No decorrer da explicação de cada uma das oito partes supracitadas, são 
apresentados, como exemplo, textos em itálico, quadros, tabelas e figuras que compõem um 
Plano de Negócios em sua versão final.
3. SUMáRIO EXECUTIVO
O sumário executivo consiste na apresentação resumida dos pontos mais importantes do 
plano de negócios. A estrutura do sumário é formada pelos nove tópicos que serão explicados a 
seguir.
3.1 Resumo dos Principais Pontos do Plano de Negócio
Elabore este item respondendo às seguintes perguntas: O que é o negócio que se pretende 
montar? Quais produtos comercializar? Se for realizar algum serviço farmacêutico, quais serão? 
Qual o perfil dos clientes? Qual a localização da farmácia? Qual o recurso financeiro (capital) 
necessário? Qual a estimativa de faturamento mensal? Qual o lucro a ser obtido? Qual o tempo 
de recuperação do capital investido?
A definição mais recente de farmácia drogaria consta na Lei nº 13.021, de 8 de 
agosto de 2014. Nessa lei, as farmácias são divididas em dois tipos, conforme sua 
natureza. O primeiro tipo define farmácia sem manipulação e drogaria como sendo 
o estabelecimento que dispensa ou comercializa drogas, medicamentos, insumos 
farmacêuticos e correlatos nas embalagens originais em que foram fabricados. 
O segundo tipo define farmácia de manipulação como estabelecimento que 
manipula fórmulas oficinais e magistrais, comercializa drogas, medicamentos, 
insumos farmacêuticos e correlatos, inclusive a dispensação e o atendimento 
exclusivo de hospital ou qualquer outra unidade de assistência médica.
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Deve-se ter em mente que as respostas podem e devem ser modificadas à medida que o 
plano de negócios vai sendo construído, pois novas informações são obtidas e atualizadas. Assim, 
o resumo dos principais pontos do plano de negócios, elaborados com base nas perguntas, pode 
ser escrito, por exemplo, da seguinte forma:
Farmácia destinada à venda de medicamentos, perfumaria, produtos de higiene e prestação 
dos serviços farmacêuticos de acompanhamento farmacoterapêutico, conciliação de medicamentos 
e prescrição farmacêutica, aplicação de injetáveis, aferição de pressão e determinação de glicemia 
capilar. A clientela é composta pela população de bairros próximos, alunos e funcionários da Faculdade 
Uningá, funcionários de empresas vizinhas e pacientes de clínicas. A farmácia será localizada na 
Avenida dos Remédios, número 2020, com área aproximada de 200 m2 e estacionamento próprio. 
O capital investido é de R$ 187.455,46 e o lucro mensal estimado é de R$ 10.932,72. O tempo de 
retorno do capital investido é de aproximadamente 17 meses.
Observação: os dados apresentados são apenas ilustrativos.
3.2 Dados dos Empreendedores, Experiência Profissionale Atribuições
Saber quem propõe, é dono ou responsável pela administração do negócio é útil na 
busca de sócios, investidores, parcerias ou como documento auxiliar para financiamentos 
bancários e até mesmo para clientes. Esta parte é uma rápida apresentação dos responsáveis 
pelo empreendimento e deve realçar seus conhecimentos, experiência profissional e outras 
qualidades que possam agregar valor ao empreendimento. Para cada sócio, apresente as seguintes 
informações: nome, endereço, estado, cidade, telefone(s), breve currículo e atribuições do sócio.
Aproveite essa etapa para buscar informações importantes para constituição da sociedade 
empresarial. Tais informações não aparecerão nos dados dos empreendedores. É comum 
farmácias constituídas por sociedade onde um dos sócios é farmacêutico e o outro não, sendo 
recomendável averiguar se os sócios têm objetivos e ideias semelhantes. Caso encontre eventuais 
conflitos, estabeleça medidas de como resolvê-los. 
Antes de constituir sociedade, combine a autonomia de cada sócio, a divisão das funções 
e tarefas, os horários, a remuneração mensal (pró-labore), qual a destinação do lucro, quantos 
familiares de cada sócio poderão ser contratados e o que acontece na impossibilidade de trabalho 
de cada sócio. 
Obtenha as informações cadastrais de cada sócio, identificando pendências ou restrições 
junto a órgãos de crédito, Receita Federal, Estadual, Secretaria Municipal da Fazenda e INSS, pois 
podem dificultar a obtenção de créditos ou o registro do sócio na empresa. Outros pontos que 
possam gerar atrito também devem ser resolvidos com antecedência. Como exemplo, essa etapa 
pode ser escrita da seguinte forma:
SÓCIO 1
Nome: Carlos Chagas
Endereço: Rua da Saúde, 123 – Maringá, PR
Fone: 90909-0909
Graduado em Farmácia pela Faculdade Uningá em 2001, Especialização em Farmácia 
Clínica pela Faculdade Uningá em 2008. Desempenhará as funções de responsável técnico e 
administrativo da Farmácia.
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SÓCIO 2
Nome: Cristóvão Colombo
Endereço: Rua das Embarcações, 1000 – Maringá, PR
Fone: 80808-0808
Graduado em Administração pela Faculdade Uningá em 2004, MBA em Gestão Financeira 
pela Uningá em 2014.
Desempenhará as funções de técnico-administrativo e gerente comercial da farmácia.
3.3 Dados do Empreendimento
Aqui são informados o nome e o CNPJ da farmácia, caso já esteja constituída e registrada 
na Receita Federal. Caso não tenha registro, informar o CPF do empreendedor.
Exemplo de dados do Empreendimento:
Nome de Fantasia: Farmácia da Saúde
Razão Social: Chagas e Colombo Ltda
CNPJ: 99.999.9000-99
3.4 Missão da Empresa
Missão da empresa é o porquê de sua existência no momento atual e mostra o ponto 
de partida que direcionará a atuação em seu ramo de negócio. É escrita de forma enxuta e 
objetiva. De acordo com o Sebrae (2013c), responder às perguntas: “Qual é o seu negócio? Quem 
é seu consumidor? O que é valor para o consumidor? O que é importante para empregados, 
fornecedores, sócios, comunidade?” ajuda a definir a missão da empresa. Exemplo de missão da 
empresa:
Promover saúde dos clientes e comunidade por meio do comprometimento de seus 
colaboradores na orientação sobre os medicamentos.
3.5 Setores de Atividades
São quatro setores de atividade em que uma empresa pode se enquadrar:
Agropecuária: produção de vegetais e criação de animais.
Indústria: transformação de matéria-prima em mercadorias.
Comércio: venda de mercadorias ao consumidor final (comércio varejista) ou compra do 
fabricante para o varejista (comércio atacadista).
Prestação de serviços: envolve a venda de trabalho para o consumidor final. Não envolve 
a venda de mercadorias.
A farmácia se caracteriza como um comércio, no entanto a legislação permite a prestação 
de serviços farmacêuticos.
3.6 Forma Jurídica
Ao abrir um negócio, você pode atuar sozinho como empresário ou dividir os riscos do 
empreendimento com um ou mais sócios. O nascimento de uma empresa inicia com a escolha de 
sua forma jurídica, que é a forma pela qual o empresário ou os sócios comporão a empresa, como 
ela será tratada pela lei e como será a relação jurídica com terceiros. 
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Os tipos societários são definidos pela legislação brasileira. Por se tratar de um processo complexo, 
é recomendado buscar a orientação de um contador. Para uma farmácia, pode optar entre os 
tipos descritos a seguir (CRF-SP; SEBRAE, 2016).
Empresário
O empresário exerce uma atividade econômica de forma profissional, produzindo ou 
comercializando bens e prestando serviços. Nessa forma jurídica, as obrigações e responsabilidades 
são ilimitadas. Isso quer dizer que se a empresa gerar uma dívida que não consiga quitar, seus 
bens particulares serão penhorados para a quitação. Por esse motivo, essa forma de constituição 
de empresa não é usada com frequência. 
Sociedade empresária
Neste caso, a constituição da empresa se dá com duas ou mais pessoas. Pode se dar na 
forma de sociedade simples ou sociedade empresária limitada.
Na sociedade simples, os sócios exercem sua própria profissão. Como exemplo, temos as 
sociedades de médicos ou de dentistas, exercendo diretamente a medicina ou odontologia. Podem 
ser de responsabilidade limitada ou ilimitada. Por esse motivo, essa forma não é aconselhada para 
farmácia, pois, além de atividades técnicas inerentes ao farmacêutico, atividades comerciais e 
administrativas são exigidas. Essa modalidade de sociedade é registrada no Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas.
A sociedade empresária limitada é a forma mais usada para farmácias. Os sócios 
constituem a empresa para exercer profissionalmente a produção ou comercialização de bens ou 
prestação de serviços. A responsabilidade é limitada ao percentual de participação de cada sócio 
no capital social da empresa. É registrada na Junta Comercial.
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI 
É formada apenas por uma pessoa e o capital social para a constituição deve ser superior 
a 100 salários mínimos. Os bens particulares não respondem para a quitação de dívidas da 
empresa e o empresário pode ter apenas uma empresa nessa modalidade. Pode ser uma opção 
para farmácias já existentes que desejam alterar o quadro societário. O registro é feito na Junta 
Comercial.
Outros tipos societários
Os tipos citados acima são os mais comuns para farmácias, mas outros tipos societários 
podem ser empregados, porém são menos usuais. Recomenda-se a orientação profissional 
competente e qualquer que seja a escolha, é obrigatório o registro na Junta Comercial do Estado, 
inscrição na Receita Federal para obtenção do CNPJ, inscrição estadual na Secretaria Estadual da 
Fazenda e na prefeitura municipal para obtenção do alvará de funcionamento, licença sanitária 
e outros.
3.7 Enquadramento Tributário
O recolhimento de impostos de uma empresa vai depender do seu faturamento e 
atividade econômica. Enquadramento tributário são os impostos que a empresa deve recolher e 
varia de acordo com seu faturamento durante os últimos 12 meses. Sob esse aspecto, a maioria 
das empresas se enquadra em uma das classes a seguir (BNDES, 2020):
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•	 Microempresa: faturamento anual menor ou igual a R$ 360 mil.
•	 Empresa de pequeno porte: faturamento anual maior que R$ 360 mil e menor ou igual a 
R$ 4,8 milhões.
•	 Média empresa: faturamento anual maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 
milhões.
•	 Grande empresa: faturamento anual superior a R$ 300 milhões.
Para o recolhimento dos impostos, existem no Brasil quatro modalidades de 
enquadramento tributário: Simples Nacional, lucro presumido, lucro real e lucro atribuído (CRF-
SP; SEBRAE, 2016).
Simples Nacional
Esse sistemabeneficia a microempresa e empresa de pequeno porte. O imposto de renda 
da pessoa jurídica (IRPJ), imposto sobre produtos industrializados (IPI), contribuição social 
sobre o lucro líquido (CSLL), contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS), 
PIS/PASEP, contribuição para a seguridade social - cota patronal, imposto sobre circulação de 
mercadorias (ICMS) e imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) são feitos em apenas 
uma guia de recolhimento e com valores diferenciados conforme o faturamento, mesmo dentro 
da faixa de pequenas e microempresas. Apesar do recolhimento em única guia, outros impostos 
podem ser cobrados da empresa. 
Além do faturamento, outros fatores determinam o enquadramento no Simples Nacional, 
como o tipo de serviços prestados, a receita bruta, a situação societária etc.
Lucro presumido
O valor dos impostos é calculado sobre a receita bruta de vendas ou prestação de serviços. 
É usado para calcular o IRPJ e contribuição social sobre o lucro (CSLL). De acordo com a 
atividade desenvolvida pela empresa, o percentual de imposto pode ser de 1,6%, 8%, 16% ou 32%. 
É cobrado um adicional de 10% se o valor for maior que R$ 20.000,00. O período de apuração é 
trimestral ou anual.
Lucro real
O valor do imposto a ser recolhido é calculado sobre o lucro líquido da empresa apurado 
no período trimestral ou no anual. Devem ser recolhidos 15% de alíquota de Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica (IRPJ), mas se o valor recolhido for maior que R$ 20.000,00, é cobrado um 
adicional de 10%. É o método mais complexo, influenciado por muitas variáveis e realizado por 
contabilista (escritório de contabilidade).
Lucro arbitrado
É uma forma imposta pelo sistema tributário quando o desempenho financeiro da 
empresa não pode ser determinado por razões que vão de fatalidades a fraudes. É empregado 
quando as outras formas de apuração não podem ser empregadas.
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3.8 Capital Social
Capital social representa os recursos usados para a montagem da empresa. Dinheiro, 
maquinários, móveis, ferramentas, aparelhos etc. são exemplos de recursos. Caso a empresa seja 
uma sociedade, a quantia investida por cada sócio deve ser indicada pelo valor e percentual 
aplicado.
Em nosso exemplo:
Sócio 1.................R$ 100.000,00.....................50%
Sócio 2.................R$ 100.000,00.....................50%
Total.....................R$ 200.000,00...................100%
3.9 Fonte de Recursos
Neste tópico do plano de negócios, deve ser informada a origem dos recursos financeiros 
usados para a abertura da farmácia. Podem ser recursos particulares do proprietário ou sócios, 
recursos de investidores ou empréstimo de instituições financeiras. Esta última fonte deve ser a 
última escolha por cobrar juros altos.
Para nosso exemplo:
Todo o recurso será proveniente dos próprios sócios.
4. ANáLISE DE MERCADO
O mercado de atuação de uma empresa envolve os clientes, os concorrentes e os 
fornecedores. A análise de mercado compreende o estudo desses três componentes (SEBRAE, 
2013c).
4.1 Estudo dos Clientes
Quando um cliente compra um produto ou serviço, ela busca a solução para suas 
necessidades e desejos. Na verdade, não compramos um produto, compramos uma solução e, 
no caso de uma farmácia, o restabelecimento ou manutenção da saúde. Sob essa ótica, conhecer 
os clientes permite identificar quais soluções a farmácia pode lhes oferecer, quais estratégias de 
divulgação empregar, qual a política ante os concorrentes e com quais fornecedores e parceiros 
trabalhar.
O “cliente” pode ser pessoas físicas ou pessoas jurídicas (empresas). As perguntas a seguir 
servem como um roteiro básico para o estudo de clientes, no entanto perguntas adicionais podem 
ser incluídas.
•	 Qual a faixa etária, sexo, tamanho da família, salário, local de residência e nível de 
escolaridade dos clientes que frequentarão a farmácia?
•	 Onde moram ou trabalham os clientes em potencial?
•	 Quantos clientes comprarão na farmácia e o que fazer para que continuem comprando 
na farmácia?
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•	 Quais as estratégias para chegar aos clientes em potencial e como influenciá-los para 
comprar na farmácia?
•	 Os clientes pagarão à vista, cartão de crédito, crediário, convênio de empresas?
•	 Em qual farmácia compram atualmente e quanto pagam pelos produtos?
Com base nessas perguntas, o estudo dos clientes do plano de negócio pode ser escrito 
assim:
O público-alvo são pessoas acima de 18 anos, sexo masculino e feminino, com família em 
torno de quatro integrantes, residentes em bairros ao redor da farmácia e funcionários de empresas 
da cidade. Uma parcela dos clientes serão pessoas aposentadas que adquirem medicamentos de uso 
contínuo e carecem de atendimento diferenciado no tocante às potenciais interações medicamentosas. 
A renda mensal da clientela se situa entre um e cinco salários mínimos. 
A farmácia é planejada para um atendimento médio de 120 clientes por dia, com 
pagamento em dinheiro, cartão de débito, cartão de crédito e crediário próprio da farmácia. Os 
funcionários de empresas pagarão por meio de convênio firmado entre a farmácia e a empresa, 
cobrados mensalmente mediante relatórios e documento de autorização de compra e o recebimento 
por transferência bancária.
•	 A farmácia terá como diferenciais:
•	 Consultório farmacêutico para acompanhamento farmacoterapêutico, conciliação de 
medicamentos e prescrição farmacêutica.
•	 Verificação de parâmetros fisiológicos (pressão arterial) e bioquímicos (glicemia capilar).
•	 Sala de aplicação de injetáveis.
•	 Serviços de teleatendimento e entrega.
•	 Descontos de 10% em medicamentos de referência, 40% em genéricos e 40% em similares.
•	 Estacionamento próprio com vaga para Portadores de necessidades especiais.
4.2 Estudo dos Concorrentes
Concorrentes são as empresas que atuam no mesmo ramo de atividade econômica. No 
caso de farmácia, seus concorrentes são outras farmácias e drogarias, supermercados, loja de 
cosméticos, loja de conveniências, loja de produtos naturais. Identifique quais são, onde estão e 
seus pontos fortes e fracos. Algumas perguntas sobre os concorrentes são úteis:
•	 Qual a aparência da loja do seu concorrente?
•	 A localização é central, em bairro, próximo a clínicas e hospitais, supermercados, centros 
comerciais?
•	 Qual o desconto ou preço cobrado pelos produtos e serviços e as condições de pagamento?
•	 Qual o horário de funcionamento?
•	 Fazem entregas, teleatendimento?
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Com base nas respostas, compare e avalie se sua farmácia terá condições de competir 
com os concorrentes já consolidados no mercado. Reflita e busque respostas para as seguintes 
perguntas: Por que as pessoas ou empresas deixariam os concorrentes para comprar na sua 
farmácia? O mercado comporta mais uma farmácia?
Se a resposta for sim, justifique o porquê. Caso seja não, proponha quais alterações devem 
ser feitas para que seu empreendimento seja promissor. O Quadro 1 é o exemplo de Análise dos 
Concorrentes.
Parâmetro analisado Drogaria A Drogaria B Drogaria C
Preço Bom Bom Excelente
Condições de pagamento Excelente Bom Bom
Aparência da loja Bom Bom Excelente
Horário de atendimento Bom Excelente Excelente
Teleatendimento Não Sim Sim
Entregas Ruim Ruim Excelente
Consultório farmacêutico Não Não Não
Localização Excelente Ruim Excelente
Estacionamento próprio Não Não Não
Variedade de produtos Ruim Boa Excelente
Quadro 1 - Exemplo de Análise de concorrentes. Fonte: O autor.
Considerações:
Os pontos fortes da Drogaria A são as condições de pagamento e localização próxima 
ao supermercado do bairro. A Drogaria B se destaca pelo horário de funcionamento até às 23h. 
A DrogariaC é o concorrente com maior espaço no mercado por causa dos preços mais baixos, 
boa aparência da loja, horário até as 23h, localização próxima ao posto de saúde do bairro e 
ampla variedade de produtos. As três drogarias não dispõem de espaço para estacionamento e 
não oferecem consultório e serviços farmacêuticos.
4.3 Estudo dos Fornecedores
Fornecedores são todas as empresas de onde a farmácia compra mercadorias para revenda, 
sendo comumente denominadas distribuidoras. Comece identificando quais são os fornecedores 
com que a farmácia vai trabalhar. Busque informações com donos de farmácias, sindicato ou pela 
internet. As informações de quem está no mercado são valiosas, pois terão o testemunho de que as 
condições oferecidas são realmente cumpridas. Procure saber quais fornecedores oferecem boas 
condições de compras, maiores descontos, bons prazos de entrega e condições de pagamento, 
valor mínimo de pedidos, idoneidade e garantia das condições oferecidas.
Para cada categoria de produtos, é conveniente manter o cadastro e contato de pelo 
menos três fornecedores, comparando as condições oferecidas por cada um para tomar decisões 
mais acertadas. Muitos fornecedores trabalham com mais de uma categoria de produtos, o que 
pode ser vantajoso quando a quantidade de produtos de uma única categoria não atingir o 
valor mínimo de faturamento. Mesmo dando preferência de compra com um só fornecedor, é 
recomendado manter o cadastro ativo com outros para garantir o fornecimento ininterrupto de 
produtos para venda na farmácia. 
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Por exemplo, se a farmácia trabalha com apenas um fornecedor de medicamentos de referência e 
este entra em férias coletivas por 30 dias, a farmácia corre o risco de ficar sem os produtos até o 
retorno das atividades da distribuidora. 
Diante das diversas categorias de produtos vendidos na farmácia, é comum a farmácia 
trabalhar com muitos fornecedores, cada um especializado em poucas linhas de produtos. Os 
Quadros 2, 3, 4 e 5 exemplificam a análise de fornecedores.
MEDICAMENTOS DE REFERÊNCIA
Fornecedor Preço Desconto à vista Prazo
Prazo de 
entrega Localização
A Tabelado 5% 30 dias 1 dia Curitiba, PR
B Tabelado 3% 30 e 45 dias 1 dia Curitiba, PR
C Tabelado 6% 15 dias 7 dias Campinas, SP
Quadro 2 - Exemplo de Análise de fornecedores de medicamentos de referência. Fonte: O autor.
MEDICAMENTOS GENÉRICOS E SIMILARES
Fornecedor Preço Desconto à vista Prazo
Prazo de 
entrega Localização
D Tabelado 30% 30, 60 e 90 dias 3 dias Cascavel, PR
E Tabelado 35% 30 e 45 dias 1 dia Curitiba, PR
F Tabelado 45% 30 dias 7 dias São Paulo, SP
Quadro 3 - Exemplo de Análise de fornecedores de medicamentos genéricos e similares. Fonte: O autor.
PRODUTOS DE HIGIENE E PERFUMARIA
Fornecedor Preço Desconto à vista Prazo Prazo de entrega Localização
G Bom 2% 30 dias 1 dia Maringá, PR
H Alto 2% 30 e 60 dias 2 dias Curitiba, PR
I Alto 5% 30 dias 2 dias Curitiba, SP
Quadro 4 - Exemplo de Análise de fornecedores de medicamentos genéricos e similares. Fonte: O autor.
FITNESS E CONVENIÊNCIA
Fornecedor Preço Desconto à vista Prazo Prazo de entrega Localização
J Alto 2% 30 dias 1 dia Curitiba, PR
K Alto 2% 30 e 60 dias 1 dia Curitiba, PR
L Bom 5% 15 dias 1 dia Curitiba, PR
Quadro 5 - Exemplo de Análise de fornecedores de produtos fitness e conveniência. Fonte: O autor.
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Os medicamentos de referência, genéricos e similares têm tanto o preço máximo ao 
consumidor (PMC) quanto o preço de fábrica tabelado pelo governo (BRASIL, 2020b). A escolha 
do fornecedor vai depender das condições no momento da compra. Nem sempre o melhor 
desconto à vista é o que decide a compra. Em algumas situações, a falta momentânea de recursos 
para o pagamento à vista obriga a compra a prazo ou então a demora na entrega pode nos fazer 
optar por um fornecedor que tenha um preço mais alto. 
5. PLANO DE MARKETING
5.1 Descrição dos Principais Produtos e Serviços
O comércio em farmácia segue legislação específica. Assim, é obrigatório consultar se 
um determinado produto cumpre as exigências legais, com destaque à legislação sanitária. De 
acordo com o Sebrae (2015b), a maioria das categorias de produtos vendidos em farmácia pode 
ser agrupada em oito departamentos:
•	 Beleza: hidratação, esmaltes, maquiagem, limpeza de pele etc.
•	 Dermocosméticos: bronzeadores, hidratantes, cicatrizantes, protetores solares etc.
•	 Fitness: cereais, energéticos, isotônicos, shakes, emagrecedores, whey etc.
•	 Higiene: absorventes, shampoos, desodorantes, sabonete, preservativos, creme dental, 
escovas de dente etc.
•	 Mamãe e bebê: fraldas, leites infantis, lenços umedecidos, pomadas para assaduras, 
mamadeiras etc.
•	 Medicamentos: antigripais, asma, diabetes, digestivo, hipertensão etc.
•	 Saúde: vitaminas, aparelhos de pressão, glicosímetros, inaladores e acessórios.
•	 Idoso: fraldas, higiene, alimentação, fixador dentadura etc.
O parágrafo a seguir apresenta um exemplo de descrição de produtos e serviços oferecidos 
pela farmácia:
A farmácia comercializará medicamentos, cosméticos, suprimentos de academia, produtos 
de higiene e equipamentos de pressão, glicosímetros, inaladores e acessórios. Serão oferecidos serviços 
farmacêuticos de acompanhamento farmacoterapêutico, conciliação de medicamentos, prescrição 
farmacêutica, aplicação de injetáveis, perfuração do lóbulo da orelha, aferição de pressão arterial e 
glicemia capilar.
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5.2 Preço
Preço é o valor que o consumidor se dispõe a pagar pelo produto posto à venda na 
farmácia. É dependente dos custos envolvidos na comercialização e no que é praticado pelos 
concorrentes, mas esse assunto será abordado de forma detalhada em outra unidade. No caso dos 
medicamentos, o preço máximo ao consumidor (PMC) é estabelecido pelo Governo Federal e o 
consumidor busca a farmácia que oferece maior desconto sobre o PMC (BRASIL, 2020b).
Exemplo de texto para o plano de negócios:
A farmácia oferecerá descontos de 10% em medicamentos de referência, 40% em genéricos 
e 40% em similares.
5.3 Promoções de Venda
Promoção de vendas são estratégias usadas para apresentação e informação direcionadas 
aos clientes para convencê-los a comprar em sua farmácia e não nos concorrentes. Tais estratégias 
podem ser propaganda em meios de comunicação (rádio, televisão, revistas), mídia eletrônica e 
redes sociais, panfletos, carro de som, descontos, visitação médica, campanha de fidelização de 
clientes etc. (CFF, 2008). 
A estratégia adotada deve ser bem avaliada, pois aumenta o custo de comercialização da 
farmácia e, para medicamentos, deve seguir legislação específica. Segue, como exemplo, o texto 
que descreve as promoções de venda:
As campanhas promocionais de medicamentos terão uma agenda anual conforme os picos 
sazonais de demanda de alguns medicamentos, seguindo as determinações de legislação específica. 
As promoções dos demais produtos seguirão ao critério de sazonalidade e de giro produto, oferecendo 
preços menores que os concorrentes locais. Os meios de divulgação serão a panfletagem nos bairros 
localizados no entorno da farmácia, carros de som e mídia eletrônica.
5.4 Estrutura de Comercialização
Estrutura de comercialização é a forma como os produtos de sua farmácia chegarão aos 
clientes. A forma tradicional é a venda direta no balcão, já que medicamentos exigem a orientação 
adequada sob supervisão do farmacêutico. Vendas por telefone ou aplicativos é uma tendência 
atual praticada em farmácia, válidas para a maioria das categorias de produtos e com algumas 
restrições legais aos medicamentos. O pessoal encarregado pelas vendas deve ser capacitado para 
a função. A descrição da estrutura de comercializaçãofica assim:
Dentre os serviços farmacêuticos rentáveis na farmácia comercial, 
está a prescrição farmacêutica. A implantação dessa atividade 
pode ser discutida entre sócios ou entre o farmacêutico e seu 
patrão. Exercendo uma função que é de sua competência na 
farmácia comercial, é uma fonte de renda e um diferencial de 
mercado. Para entender como esse serviço ocorre e sua relevância 
para a população e ao sistema de saúde, assista ao vídeo do Conselho Federal 
de Farmácia PROGRAMA FARMACÊUTICO + SAÚDE: Prescrição Farmacêutica, 
disponível em <https://youtu.be/hy3AFTOJ6JA>. 
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A venda de mercadorias será feita por pessoal capacitado e a dispensação de medicamentos 
será feita por farmacêutico ou sob sua supervisão. A farmácia terá teleatendimento e serviço de 
entrega, com prazo de espera de, no máximo, uma hora. Os únicos produtos que não serão vendidos 
por teleatendimento são medicamentos que exijam retenção da receita.
5.5 Localização do Ponto Comercial
Uma farmácia pode ser instalada em imóvel comprado ou alugado. Entretanto, o mais 
prudente é alugar, visto que o dinheiro da compra de um imóvel pode ser empregado para 
despesas de abertura e capital de giro e reserva de caixa nos primeiros meses.
A localização de uma farmácia deve ser fundamentada em justificativas que favoreçam 
ao máximo a atração de clientes com o mínimo de custos. A escolha do ponto comercial deve 
considerar fatores como aluguel, segurança, limpeza e higiene ao redor do imóvel, poluição 
sonora, facilidade de acesso, estacionamento para clientes, estacionamento de carga e descarga de 
mercadorias, fluxo de pessoas, proximidade de concorrentes e características dos clientes (CFF, 
2008).
Busque informações na prefeitura, vigilância sanitária e corpo de bombeiros sobre 
eventuais restrições para a instalação de uma farmácia no local escolhido. Só alugue um imóvel 
caso não existam restrições. Em nosso exemplo, podemos descrever a localização do ponto 
comercial da seguinte forma:
A farmácia funcionará em imóvel alugado, situado na avenida principal do bairro, num 
ponto próximo a um supermercado, açougue e centro médico. Existe grande circulação de pessoas 
nos dias de semana, entre 8h e 19h. Nos finais de semana, a movimentação segue o horário de 
funcionamento do supermercado.
6. PLANO OPERACIONAL
6.1 Leiaute da Farmácia
A maneira como os produtos e a estrutura são organizados na farmácia é conhecida por 
leiaute ou arranjo físico. Além de melhorar a estética da farmácia, um leiaute bem elaborado 
contribui para elevar a produtividade, otimiza o trabalho de reposição e limpeza, facilita a 
localização de produtos pelos clientes e favorece a interação dos funcionários da farmácia com 
os clientes.
Figura 1 - Leiaute de farmácia. Fonte: Ascoferj (2019).
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A quantidade de prateleiras, armários, gôndolas e demais móveis varia conforme o 
tamanho da farmácia e a maneira como serão organizados. A partir do croqui ou da planta baixa 
do imóvel, são organizadas as áreas de cada departamento, alocando os móveis adequados a cada 
área. Caso encontre dificuldades na elaboração do leiaute, uma sugestão é que, ao comprar o 
mobiliário, procure contratar empresas que já forneçam a “leiautização”, já que elas têm experiência 
e profissionais para isso. A Figura 2 exemplifica a divisão das áreas de serviço alocadas de acordo 
com a planta baixa do imóvel da farmácia. No Plano de Negócios, explicamos o leiaute com o 
texto a seguir:
A farmácia está instalada num imóvel com área útil total de aproximadamente 172 m2, 
divididos em 97 m2 para exposição de produtos, 8,5 m2 para sala de serviços farmacêuticos, 10,8 m2 
para o consultório farmacêutico, 13,3 m2 para sala de estoque, 9,2 m2 para administração, 6,1 m2 
para o refeitório dos colaboradores, 9,4 m2 para o depósito de materiais de limpeza (DML) e 6,2 m2 
para dois banheiros, um para colaboradores e outro para o público e cadeirante. A disposição das 
áreas de serviço é mostrada na figura a seguir:
Figura 2 - Exemplo de Planta baixa de farmácia. Fonte: Adaptado de Archdaily (2020).
6.2 Capacidade Comercial e de Prestação de Serviços
Nesta etapa do plano de negócios, é feita uma estimativa do volume máximo de vendas 
e da quantidade de clientes que poderão ser atendidos com a estrutura instalada da farmácia. 
Considere os serviços farmacêuticos que serão oferecidos, o estoque de produtos adquiridos, o 
número de funcionários contratados, as variações sazonais de venda, a concorrência de mercado 
e o capital de giro disponível. No exemplo do plano de negócios, o texto fica da seguinte forma: 
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A farmácia está dimensionada para o atendimento de 90 clientes por dia, com ticket médio 
de R$ 50,00 reais. Compreende as vendas em balcão, teleatendimento e serviços farmacêuticos 
oferecidos.
6.3 Processos Operacionais
A finalidade de uma farmácia comercial é a dispensação de medicamento e venda de 
produtos para saúde com a obtenção ética de lucro. Os processos operacionais são todas as 
atividades que sustentam o fornecimento do produto ao consumidor final, aquelas que definem 
como a farmácia vai funcionar, e o plano de negócios sobre como isso ocorrerá deve ser claro. 
Sendo assim, nesta etapa, devem ser registrados todos os processos operacionais, 
descrevendo, etapa por etapa, como será a aquisição de mercadorias, as vendas, a prestação de 
serviços farmacêuticos, a administração e outros trabalhos, identificando quem serão as pessoas 
responsáveis. A seguir, são listados os principais processos operacionais na dispensação de 
medicamentos e prestação de serviços farmacêuticos (SEBRAE, 2019).
Aquisição de medicamentos
1. Relatório de produtos em falta ou com estoque baixo
2. Cotação junto aos fornecedores
3. Seleção do fornecedor
4. Realização do pedido
Vendas no balcão
1. Abordagem do cliente
2. Auxílio na escolha dos produtos
3. Orientações sobre o uso
4. Esclarecimento de dúvidas
5. Realização da venda
6. Orientação de pagamento
7. Condução do cliente ao caixa
O Conselho Federal de Farmácia, por meio das Resoluções 585 e 586 de 2013 (CFF, 
2013a, 2013b), e a Lei nº 13.021/14 (BRASIL, 2014) regulamentaram a criação 
do Consultório Farmacêutico. É um local reservado na farmácia para a consulta 
farmacêutica, onde o farmacêutico tem uma conversa reservada com o paciente 
e avalia os possíveis problemas relacionados ao uso de medicamentos, orienta 
sobre o uso, acompanha sua evolução clínica, prescreve medicamentos isentos 
de prescrição (MIP) e faz contato com outros profissionais de saúde que fazem 
assistência ao paciente. Esse serviço profissional pode ser cobrado, contribuindo 
para a remuneração e valorização do farmacêutico em farmácias e drogarias. 
Maiores informações podem ser obtidas junto aos Conselhos Regionais de 
Farmácia.
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Serviços farmacêuticos
1. Acolhimento do paciente
2. Condução até área privada
3. Realização do serviço
4. Dispensação do medicamento
5. Orientação de pagamento
6. Condução do paciente ao caixa
Caixa
1. Confirmação do valor a ser pago
2. Escolha da forma de pagamento
3. Recebimento do valor
4. Entrega da mercadoria comprada
6.4 Necessidade de Pessoal
Relacione as pessoas necessárias ao funcionamento da farmácia, tanto direta como 
indiretamente envolvidas com os processos operacionais. Relacione os sócios, os parentes que 
eventualmente poderão desenvolver alguma função e demais funcionários a serem contratados 
(SEBRAE, 2013c). Recorde que o plano de negócios pode ser usado para conseguir sócios ou 
investidores e os interessados devem saber quaissão as pessoas que trabalharão na farmácia ou 
influenciarão a tomada de decisões. 
Investigue a disponibilidade de mão de obra qualificada na região, talvez seja preciso 
investir em qualificação ou deslocamento de pessoas de outra localidade. Busque informações 
junto a sindicatos e associações profissionais sobre jornada de trabalho, piso salarial e outras. 
Exemplo:
O quadro de funcionários inicial da farmácia será composto por 5 pessoas, sendo 1 atendente 
de farmácia, 1 atendente de caixa, 1 farmacêutico (sócio), 1 administrador de empresas (sócio) e 1 
funcionário para entregas e serviços gerais.
O atendente de farmácia fará o atendimento no balcão e teleatendimento, exceto a dispensação 
de medicamentos controlados. O sócio farmacêutico desempenhará todas as atividades privativas e 
participará das atividades operacionais, financeiras e administrativas. O sócio administrador será 
o responsável pelas atividades de aquisição de medicamentos, gerência financeira e relacionamento 
com fornecedores. As entregas e demais serviços de apoio serão desempenhadas por funcionário 
específico, priorizando as entregas. Além das atividades atribuídas, os sócios darão suporte a todas 
as atividades da farmácia, cobrindo os demais funcionários nos intervalos de refeição ou descanso. A 
necessidade de contratação de mão de obra adicional está condicionada ao aumento do movimento 
da farmácia.
A farmácia é uma empresa com fins lucrativos ou um estabelecimento de saúde? 
Diferentemente de outras mercadorias, os medicamentos não são bens de 
consumo, mas sim bens de saúde utilizados como ferramenta para recuperação, 
manutenção ou promoção do bem-estar. O processo de compra e venda, 
dispensação de medicamentos e prestação de serviços farmacêuticos tem seu 
custo operacional. A farmácia deve gerar receita suficiente para cobrir os custos, 
trazer o retorno financeiro aos investidores e realizar melhorias na própria farmácia. 
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Caso isso não ocorra, a empresa se torna inviável e deixa de existir como ponto 
comercial e estabelecimento de saúde. 
O farmacêutico tem as habilidades de conciliar o lado comercial com a função 
social da saúde. O Código de Ética da Profissão Farmacêutica, em seus artigos 
3, 8 e 9, determina que o farmacêutico deve agir pelo benefício do ser humano, 
da coletividade e do meio ambiente e que seu trabalho não deve ser executado 
exclusivamente com objetivo comercial. É dentro desse contexto ético que o 
farmacêutico encontra a oportunidade para ser um diferencial de mercado para 
atrair e fidelizar clientes. Descontos, promoções, instalações atraentes não são 
um diferencial de mercado, pois é essencial para toda farmácia comercial. No 
entanto, atenção à saúde e dedicação ao bem-estar dos pacientes são diferenciais 
que só podem ser oferecidos pelo estabelecimento comercial com farmacêuticos 
que saibam aplicar seus conhecimentos técnicos e administrativos pautados na 
ética, tornando o lucro uma consequência em vez de objetivo.
Para mais informações sobre a construção de um plano de 
negócios, acessar: SEBRAE. Como elaborar um plano de 
negócios. Brasília, DF: Sebrae, 2013. p. 1-65. Disponível em: 
<https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/
Anexos/COMO%20ELABORAR%20UM%20PLANO_baixa.pdf>. 
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CONSIDERAÇõES FINAIS
O Plano de negócios é um documento que apresenta aos interessados a concepção do 
empreendimento. É útil para registrar as intenções e as funções dos futuros sócios e colaboradores, 
apresentando com clareza a estrutura a ser montada, o que facilita a captação de recursos de 
terceiros para financiamento da ideia a ser concretizada. Serve também como ferramenta de 
mitigação de eventuais riscos de percurso. Exige estudo e busca de informações sobre os clientes, 
concorrentes e fornecedores, auxiliando na escolha do local mais adequado para a instalação da 
empresa e estratégias de marketing a serem empregadas para atingir, em menor tempo possível, 
o faturamento desejado. 
É necessário o conhecimento detalhado sobre normas tributárias e de constituição da 
empresa para a escolha da forma jurídica e do enquadramento tributário mais vantajosos para 
os moldes da empresa desejada. Por ser um assunto complexo e que sofre constante mudança na 
legislação pertinente, é essencial a orientação de um profissional contabilista experiente.
As partes do plano de negócios são extremamente interdependentes e exigem recursos 
financeiros para sua concretização. O valor a ser investido pode ser oriundo de fontes particulares 
dos sócios ou de terceiros via empréstimos bancários e investidores. O perfil da clientela a ser 
atendida determina o tamanho da farmácia, a qualidade das instalações, os produtos e serviços 
oferecidos e qual a localização mais satisfatória para atrair clientes. Dentro dessa lógica, o 
empreendimento pode variar desde uma farmácia popular que trabalhe com medicamentos 
básicos e de menor custo até farmácias mais requintadas que trabalham com linhas específicas de 
medicamentos de custo mais elevado. Assim, o perfil da clientela é o que determina a quantidade 
de recursos financeiros necessários para o empreendimento. O Plano Financeiro é o assunto para 
a próxima unidade.
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UNIDADE
02
SUMáRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................26
1. PLANO FINANCEIRO .............................................................................................................................................27
1.1 INVESTIMENTOS FIXOS ......................................................................................................................................27
1.2 INVESTIMENTOS PRé-OPERACIONAIS ............................................................................................................28
1.3 ESTIMATIVA DO FATURAMENTO MENSAL.......................................................................................................28
1.4 ESTIMATIVA DOS CUSTOS DE COMERCIALIzAÇÃO ........................................................................................29
1.6 ESTIMATIVA DO CUSTO VARIáVEL TOTAL ...................................................................................................... 30
1.7 ESTIMATIVA DOS CUSTOS COM MÃO DE ObRA ..............................................................................................31
1.8 ESTIMATIVA DO CUSTO COM DEPRECIAÇÃO ..................................................................................................31
1.9 ESTIMATIVA DOS CUSTOS FIXOS OPERACIONAIS MENSAIS .......................................................................32
1.10 CAPITAL DE GIRO ...............................................................................................................................................33
PLANO DE NEGÓCIOS 2
Prof. rUBENS DE oLIVEIrA SANToS
Ensino a distância
DISCIPLINA:
ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO FARMACÊUTICA
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1.10.1 ESTOqUE INICIAL ............................................................................................................................................34
1.10.2 CAIXA MíNIMO ................................................................................................................................................34
1.10.3 CáLCULO DO CAPITAL DE GIRO ................................................................................................................... 38
1.11 INVESTIMENTO TOTAL ..................................................................................................................................... 38
1.12 RESERVA DE CAIXA ............................................................................................................................................391.13 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS (DRE) .....................................................................................................39
1.14 INDICADORES DE VIAbILIDADE ...................................................................................................................... 40
1.14.1 PONTO DE EqUILíbRIO .................................................................................................................................. 40
1.14.2 LUCRATIVIDADE ..............................................................................................................................................41
1.14.3 RENTAbILIDADE ..............................................................................................................................................41
2. CONSTRUÇÃO DE CENáRIOS ..............................................................................................................................42
2.1 CENáRIO PESSIMISTA ....................................................................................................................................... 44
2.1.1 CARACTERíSTICAS DO CENáRIO PESSIMISTA ............................................................................................. 44
2.1.2 REAÇõES AO CENáRIO PESSIMISTA ............................................................................................................ 44
2.2 REAÇõES AO CENáRIO OTIMISTA ................................................................................................................... 44
2.2.1 CARACTERíSTICAS DO CENáRIO OTIMISTA ................................................................................................ 44
2.2.2 REAÇõES AO CENáRIO OTIMISTA ................................................................................................................ 44
3. AVALIAÇÃO ESTRATéGICA .................................................................................................................................. 44
3.1 MATRIz FOFA ....................................................................................................................................................... 44
4. AVALIAÇÃO FINAL DO PLANO DE NEGÓCIO ......................................................................................................47
CONSIDERAÇõES FINAIS ........................................................................................................................................ 49
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INTRODUÇÃO
Nesta segunda parte do estudo do Plano de Negócios, são abordados o Plano Financeiro, 
a Avaliação Estratégica e a Avaliação Final do Plano de Negócios. O plano financeiro é a parte 
mais importante de um plano de negócios e intrinsecamente dependente das outras partes. É 
comum que, mesmo fazendo um bom planejamento financeiro, ocorram imprevistos que 
levam à falta de recursos para a manutenção das atividades da empresa nos primeiros meses 
de funcionamento que podem inviabilizar o negócio. Assim, é recomendado gastar tempo com 
a elaboração detalhada de um planejamento financeiro muito próximo da realidade e reservar 
recursos para eventualidades. Nessa etapa, podemos fazer alterações na ideia inicial para torná-
la viável. Também é útil para estabelecer metas iniciais visando ao controle dos gastos quando 
a farmácia estiver funcionando. O Plano Financeiro tem ainda a finalidade de determinar o 
total de recursos necessários para que a farmácia “abra as portas”. Esse montante de recursos 
financeiros é denominado investimento total, composto pelos investimentos fixos, capital de giro 
e investimentos pré-operacionais.
Na sequência, aprenderemos a fazer a Avaliação Estratégica da empresa por meio de 
uma ferramenta conhecida como Matriz FOFA ou Análise SWOT. Consiste numa reflexão sobre 
os pontos fortes e fracos da empresa e dos fatores externos que representam oportunidades ou 
ameaças ao seu desempenho.
Por fim, encerramos o estudo com a Avaliação Final do Plano de negócios. Com as 
informações e análises de indicadores gerados na elaboração do Plano, é possível afirmar se a 
empresa é viável, quais deficiências devem ser supridas, quais ajustes devem ser realizados para 
que a farmácia se consolide no mercado como um estabelecimento gerador de renda e cuidados 
à saúde.
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1. PLANO FINANCEIRO
1.1 Investimentos Fixos
Investimento fixo é a quantia de dinheiro necessária para a compra de bens e serviços 
que formarão a estrutura de uma empresa. Esse investimento é feito apenas na fase inicial e vai 
depender do tamanho da farmácia, de quais serviços serão oferecidos e do perfil dos clientes. Para 
estimar o valor, relacione a quantidade e o preço de equipamentos, móveis, software, aparelhos, 
veículos, construção e reforma de instalações (SEBRAE, 2019; LEVY, 2000). 
A farmácia é um comércio que tem suas particularidades com muitas exigências legais 
relativas à estrutura física e funcionamento, sendo obrigatório conhecer a legislação da Vigilância 
Sanitária. Por exemplo, suponha que você escolha e alugue o ponto comercial e faça a reforma, 
mas o imóvel possua apenas um banheiro e a legislação sanitária exige que tenha mais de um 
banheiro. Ou você terá que construir mais banheiros ou alugar outro ponto comercial que esteja 
em conformidade com o exigido.
O software de gerenciamento da farmácia pode ser incluído no investimento fixo. É 
recomendado adquirir um sistema que integre compras, vendas, financeiro, controle de estoque e 
o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Deve ter, no mínimo, 
as funcionalidades de emissão de cupom fiscal, relatórios de faturamento, descontos, gestão de 
caixa e conta corrente de bancos, lista de pedido de mercadorias e lista de produtos em falta. 
Existem muitos softwares de gerenciamento no mercado, com diferentes preços e funcionalidades. 
A informatização torna muitas rotinas automáticas e confiáveis, poupando tempo e mão de obra. 
É melhor gastar mais em um sistema que automatize rotinas e forneça informações e análises 
úteis para o controle financeiro da farmácia do que gastar horas em planilhas e calculadora para 
obter os mesmos resultados, ou pior ainda, não fazer tais análises e perder o controle financeiro 
(SEBRAE, 2019).
Avalie a terceirização de algumas atividades, pois podem reduzir o investimento fixo. 
Tome, como exemplo, as entregas: você pode comprar uma moto e contratar um funcionário 
para fazer entregas ou contratar uma empresa de entrega.
Os móveis e equipamentos que devem ser comprados são investimento fixo, sendo que as 
quantidades variam conforme o porte da loja. Outros equipamentos, aparelhos ou veículos podem 
ser acrescentados de acordo com os serviços farmacêuticos prestados. A seguir, são listados os 
itens básicos do investimento fixo para farmácia (SEBRAE, 2019) e a Tabela 1 apresenta os valores 
aproximados. 
•	 Balcão de atendimento;
•	 Gôndolas, expositores, prateleiras e gavetas;
•	 Impressora multifuncional;
•	 Impressora fiscal (obrigatório);
•	 Computadores;
•	 Leitor de código de barras;
•	 Ar-condicionado;
•	 Telefone;
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•	 Fachada e letreiro;
•	 Equipamentos de higiene e descarte de resíduos.
Tabela 1 - Exemplo de tabela do investimento fixo para farmácias e drogarias.
Descrição Valor
Mobiliário e equipamentos da área administrativa e estoque R$ 5.000,00
Mobiliário da área de atendimento R$ 25.000,00
Equipamentos de informática R$ 10.000,00
Total R$ 40.000,00
Fonte: Adaptado de Sebrae (2019).
1.2 Investimentos Pré-Operacionais
Os investimentos pré-operacionais são os recursos financeiros desembolsados para pagar 
os gastos que ocorrem antes de a empresaabrir as portas, de começar a funcionar. Compreende 
gastos com reformas, taxas de registro e licenças, cursos e treinamentos, software e outros gastos. 
Esse valor varia conforme o tipo da farmácia idealizada, qualidade dos móveis, serviços prestados, 
tamanho, perfil dos clientes etc. A Tabela 2 apresenta o valor dos principais gastos que compõem 
o investimento pré-operacional.
Tabela 2 - Exemplo de tabela do investimento pré-operacional para farmácias e drogarias.
Descrição Valor
Obras de construção e reforma R$ 15.000,00
Taxas de registro e licenças R$ 5.000,00
Letreiro e fachada R$ 10.000,00
Divulgação R$ 5.000,00
Cursos de treinamento de funcionários R$ 1.000,00
Sistemas de informática R$ 8.000,00
Total R$ 44.000,00
Fonte: O autor.
1.3 Estimativa do Faturamento Mensal
Antes de abrir uma farmácia, a estimativa de faturamento mensal é um dos índices mais 
difíceis de determinar, pois está relacionada com as previsões de venda e o potencial de mercado. 
Podemos usar informações sobre o preço e descontos que os concorrentes praticam e o preço 
que os clientes estão habituados a pagar obtidas durante a análise de mercado. Com base nessas 
informações, são anotadas as quantidades de cada item que esperamos vender e multiplicamos 
pelo preço de venda de cada um. A Tabela 3 demonstra as operações matemáticas realizadas 
manualmente, porém esse trabalho é mais eficaz usando planilha eletrônica. Como a quantidade 
de produtos é muito grande, algumas linhas estão suprimidas e representadas por reticências.
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Tabela 3 - Exemplo de tabela da estimativa de faturamento mensal.
Descrição
Estimativa 
de vendas 
(unidades)
Preço de 
venda 
unitário
Preço total
Dipirona gotas 20 mL 120 R$ 4,50 R$ 540,00
Ambroxol xarope ad. 100 mL 50 R$ 15,50 R$ 775,00
... ... ... ...
Total R$ 101.500,00
Fonte: O autor.
A estimativa de faturamento deve ter um valor suficiente para pagar as despesas 
mensais da farmácia, bancar os descontos e gerar lucro; caso contrário, a farmácia não será 
economicamente viável. Devemos ter em mente também que o faturamento é um parâmetro que 
pode ser modificado por meio de promoções, propaganda e pela política de descontos adotada 
pela farmácia.
1.4 Estimativa dos Custos de Comercialização
A estimativa dos custos de comercialização são as despesas geradas no processo de venda. 
São os impostos, comissões sobre vendas pagas aos vendedores, taxa de administração de cartões 
de crédito. Como depende do valor das vendas, é classificada como custo variável.
A incidência de impostos sobre as vendas é uma tarefa complexa e deve ser atribuída ao 
escritório de contabilidade. As alíquotas variam conforme a forma jurídica e enquadramento 
tributário da empresa e, para os medicamentos, alguns impostos têm a alíquota diferente de 
acordo com o tipo de medicamento; esse assunto é estudado em outra parte desta disciplina. Na 
Tabela 4, são apresentados, como exemplo, valores da estimativa de custo de comercialização.
Tabela 4 - Exemplo de tabela da estimativa de custos de comercialização.
Descrição %
Estimativa de 
faturamento
Custo
Gastos com vendas
Comissões 3% R$ 101.500,00 R$ 3.045,00
Propaganda 2% R$ 101.500,00 R$ 2.030,00
Taxa de administração de cartão de crédito 0,5% R$ 101.500,00 R$ 507,50
Subtotal gasto com vendas R$ 5.582,50
Impostos sobre vendas
Impostos estaduais e federais R$ 8.666,10
Subtotal impostos R$ 8.666,10
Total (subtotal gastos com vendas + subtotal impostos) R$ 14.248,60
Tipo de custo Variável
Fonte: O autor.
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1.5 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
É um custo variável. A definição de custo das mercadorias vendidas (CMV) é abordada 
na seção de Demonstrativo de Lucros e Perdas, um tipo de análise usado quando a farmácia já 
está em funcionamento, abordado na próxima unidade. Como o Plano de Negócios é um estudo 
feito antes da abertura da farmácia, o CMV é calculado com base na quantidade dos itens da 
Estimativa do Faturamento Mensal, mas em vez de usar o preço unitário de venda, é usado o 
preço pelo qual a farmácia pagou pelo produto (preço de compra). A Tabela 5 demonstra as 
operações matemáticas realizadas manualmente, mas pode ser usada uma planilha eletrônica ou 
solicitar orçamentos dos fornecedores.
Tabela 5 - Exemplo de tabela do custo das mercadorias vendidas - valor estimado.
Descrição
Estimativa 
de vendas 
(unidades)
Preço de compra 
unitário
Preço
total
Dipirona gotas 20 mL 120 R$ 1,50 R$ 180,00
Ambroxol xarope ad. 100 mL 50 R$ 5,50 R$ 275,00
... ... ... ...
Custo das mercadorias vendidas (CMV) R$ 41.040,00
Tipo de custo Variável
Fonte: O autor.
Para calcular, multiplica-se a quantidade do produto pelo seu preço de compra unitário 
obtendo o preço total para o produto. Na próxima linha, repete-se a mesma operação para outro 
produto, até que seja feito para todos os produtos da farmácia. Ao final, é somado o preço total 
de todos os produtos, obtendo o CMV. As linhas suprimidas estão representadas por reticências.
1.6 Estimativa do Custo Variável Total
O total dos custos variáveis é a soma do custo das mercadorias vendidas, impostos sobre 
vendas e gastos com vendas determinados nas Tabelas 4 e 5. Para facilitar a visualização, os custos 
variáveis totais são apresentados na Tabela 6.
Tabela 6 - Exemplo de tabela dos custos variáveis totais.
Descrição Valor
Gasto com vendas R$ 5.582,50
Impostos sobre vendas R$ 8.666,10
Custo das mercadorias vendidas (CMV) R$ 41.040,00
Custo variável total R$ 55.288,60
Fonte: O autor.
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1.7 Estimativa dos Custos com Mão de Obra
O volume de vendas e os serviços prestados determinarão quais e quantos colaboradores 
(funcionários) serão contratados pela farmácia. Os custos com a mão de obra é o total de gastos 
com salários dos colaboradores. O valor do piso salarial de cada categoria pode ser obtido nos 
sindicatos patronais.
Além do gasto com o salário pago a cada mês, o empregador paga os encargos sociais 
como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias, décimo terceiro salário, INSS, 
horas extras, aviso prévio e outros. É recomendável solicitar ao escritório de contabilidade o 
cálculo dos encargos sociais. Na Tabela 7, são apresentados os custos com a mão de obra de uma 
farmácia.
Tabela 7 - Exemplo de tabela do custo com mão de obra – valores estimados.
Cargo Quantidade
Salário 
mensal
Encargos Total
Atendente de farmácia 1 R$ 1.350,00 R$ 535,50 R$ 1.885,50
Atendente de caixa 1 R$ 1.350,00 R$ 535,50 R$ 1.885,50
Farmacêutico 1 R$ 3.500,00 R$ 707,50 R$ 4.207,50
Free lancer 1 R$ 1.200,00 R$ 150,00 R$ 1.350,00
Pró-labore 1 R$ 2.500,00 R$ 275,00 R$ 2.775,00
Total R$ 9.900,00 R$ 2.203,50 R$ 12.103,50
Tipo de custo Fixo
Fonte: O autor.
1.8 Estimativa do Custo com Depreciação
Suponha que, para montar a farmácia, foram adquiridos quatro computadores com os 
periféricos adequados para o uso pretendido. À medida que o tempo passa, esses equipamentos 
se tornam obsoletos ou deixam de funcionar, pois têm uma vida útil de alguns anos. Quando 
estragarem, a farmácia deve substituí-los para manter a rotina normal de funcionamento.
A cada mês de uso, os equipamentos perdem seu valor e isso pode ser calculado, o que é 
chamado de custo de depreciação. Para tornar mais claro esse conceito, podemos dizer que é um 
valor mensal que deve ser reservado para a reposição de um equipamento que deixe de funcionar 
dentro do prazo de sua vida útil, é como se fosse uma poupança destinada apenas a tal finalidade. 
A vida útil varia conforme o bem material e a frequência de uso. 
Para calcular o custo de depreciação, dividimos o valor do equipamento pela sua vida útil. 
Suponha que cada computador de sua farmáciatenha sido adquirido por R$ 2.500,00 e a vida útil 
estimada é de três anos. 
Então, para um computador, teremos:
R$ 2.500,00 ÷ 3 anos = R$ 833,33/ano
Esse valor mensal será:
R$ 833,33 ÷ 12 meses = R$ 69,44/mês
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Ou de forma direta:
R$ 2.500,00 ÷ 36 meses = R$ 69,44/mês
Como a farmácia terá 4 computadores, o valor será:
R$ 69,44 x 4 = R$ 277,76/mês
O custo de depreciação é aplicado aos bens relacionados no investimento fixo da Tabela 
1. Aplicando as operações matemáticas mostradas no exemplo supracitado, obtemos a estimativa 
do custo de depreciação da farmácia, mostrado na Tabela 8.
 Tabela 8 - Exemplo de tabela da estimativa do custo de depreciação. 
Descrição Valor
Vida útil 
(anos)
Vida útil 
(meses)
Custo de 
depreciação
Mobiliário e equipamentos da 
área administrativa e estoque
R$ 5.000,00 10 120 R$ 41,67
Mobiliário da área de atendimento R$ 25.000,00 10 120 R$ 208,33
Equipamentos de informática R$ 10.000,00 3 36 R$ 277,78
Total R$ 527,78
Tipo de custo Fixo
Fonte: O autor.
1.9 Estimativa dos Custos Fixos Operacionais Mensais
Custos fixos são os gastos que não dependem do faturamento da farmácia e têm valores 
muito próximos de um mês para outro. Se a farmácia vende mais ou vende menos de um mês 
para outro, esses custos não variam de maneira significativa. São operacionais porque originam 
de atividades necessárias para que a compra e venda de produtos na farmácia aconteçam. Esse 
tema é abordado na Unidade 3. Nesse ponto do Plano de Negócios, relacionamos e calculamos 
todos os custos fixos que teremos na farmácia.
Por se tratar de uma estimativa, o valor vai depender do porte da farmácia que planejamos. 
É recomendável ter certa margem de segurança para não faltar dinheiro durante o funcionamento 
da farmácia, sem perder a qualidade do negócio. Além do salário dos funcionários, a retirada 
planejada de dinheiro para os sócios, conhecida como pró-labore, deve ser computada como 
custo fixo e também o custo de depreciação calculado anteriormente. A Tabela 9 apresenta 
exemplos dos principais custos fixos de uma farmácia de médio porte.
Tabela 9 - Exemplo de tabela da estimativa dos custos operacionais fixos mensais.
Descrição Valor (R$)
Aluguel R$ 4.000,00
Condomínio R$ 250,00
IPTU R$ 120,00
Água R$ 100,00
Energia elétrica R$ 650,00
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Telefone e internet R$ 150,00
Celular R$ 100,00
Honorários do contador R$ 1.045,00
Salário e encargos (calculado anteriormente) R$ 12.103,50
Material de limpeza R$ 150,00
Material de escritório R$ 45,00
Manutenção de equipamentos R$ 80,00
Software R$ 300,00
Aluguel de máquinas de cartão de crédito R$ 150,00
Embalagens R$ 350,00
Publicidade e Marketing R$ 600,00
Tarifa bancária R$ 70,00
Custo de depreciação R$ 527,78
Outras despesas R$ 500,00
Total R$ 21.361,28
Fonte: O autor.
1.10 Capital de Giro
Nos primeiros meses de funcionamento de uma farmácia, o valor diário das vendas não 
corresponde a todo o potencial de vendas. O movimento aumenta gradualmente até atingir o 
valor desejado. Entretanto, aluguel, água, luz, telefone, salários, reposição de mercadoria vendida 
e as outras despesas estão sendo geradas. O capital de giro é o quanto de dinheiro o empreendedor 
deve injetar para comprar o estoque de produtos, repor os produtos vendidos, bancar as vendas 
a prazo e pagar as despesas mensais (SEBRAE, 2013a). É calculado somando o valor do estoque 
inicial com o valor do caixa mínimo, explicado a seguir. 
Uma explicação simples sobre capital de giro pode ser vista no 
vídeo Empreendedorismo de sucesso. Gestão financeira: O que é 
capital de giro? O Sebrae MS ensina!, disponível em <https://youtu.
be/9XY4sCNixH0>. 
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1.10.1 Estoque inicial
Calcular o valor do estoque inicial é uma operação matemáticas simples: basta multiplicar 
a quantidade de cada produto que a farmácia terá pelo seu preço de custo e somar todos os valores. 
A Tabela 10 demonstra como isso é feito manualmente, mas como a quantidade de itens é muito 
grande, é mais eficaz usar uma planilha eletrônica, na qual as operações podem ser automáticas. 
As reticências (...) indicam que a tabela é formada por muitas linhas que, por questões didáticas, 
foram ocultadas.
Tabela 10 - Exemplo de tabela da estimativa do estoque inicial.
Descrição Quantidade Preço unitário Total
Produto 1 3 R$ 12,00 R$ 36,00
Produto 2 1 R$ 14,55 R$ 14,55
Produto 3 10 R$ 43,70 R$ 437,00
Produto ... ... ... ...
Total R$ 93.534,89
Fonte: O autor.
1.10.2 Caixa mínimo
Quando a farmácia é inaugurada e durante seu posterior funcionamento, é preciso manter 
uma reserva de dinheiro para pagar as despesas e financiar as vendas a prazo. Essa reserva é o 
caixa mínimo, uma quantia de dinheiro que deve ser reservada todo mês para que a farmácia não 
trabalhe no vermelho. Neste tópico do plano de negócios, vamos explicar a ideia de financiamento 
das vendas a prazo e aprender a calcular o caixa mínimo.
Na lista de preços oficiais do Governo Federal (BRASIL, 2020b), consta um total de 
24.233 medicamentos de referência, genéricos e similares, quantidade impossível 
para qualquer farmácia manter em estoque. A estratégia usual é ter em estoque 
apenas os itens essenciais de alto giro. Com a estrutura de transporte e logística 
existente, um pedido encaminhado para o fornecedor ao final do dia é entregue 
à farmácia na manhã seguinte. Dessa forma, a farmácia não precisa ter grandes 
estoques para satisfazer às necessidades de sua clientela.
A dificuldade está em determinar quais produtos comprar e manter em estoque, 
pois isso vai depender do tipo da clientela. Uma farmácia localizada na região 
central da cidade tem uma clientela diferente daquela localizada na periferia e a 
quantidade e tipo de produtos ofertados é diferente entre elas. Uma recomendação 
é adquirir um estoque inicial básico, reforçando produtos de alto giro no decorrer 
do funcionamento e fazendo os ajustes necessários conforme o perfil das vendas. 
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Imagine que a farmácia está em seu primeiro dia de funcionamento e tem em estoque 
dez caixas de paracetamol 750 mg comprimidos. Ao final do dia, são vendidas as dez caixas de 
paracetamol. Como é esperado continuar vendendo nos próximos dias, você terá que comprar 
mais paracetamol para repor o estoque e ter disponível para a venda quando o cliente solicitar. 
Caso não reponha, o cliente pode se dirigir ao concorrente e a farmácia perder a venda.
Suponha que dessas dez caixas vendidas por dia, cinco são pagas à vista e as outras cinco 
serão pagas com trinta dias de prazo. No próximo dia, é estimada a venda de mais dez, mas você 
recebeu o dinheiro da venda de cinco. Se nos próximos 30 dias a farmácia continuar vendendo 
10 caixas de paracetamol 750 ao dia, metade à vista e metade a prazo, é preciso ter uma reserva 
de dinheiro para comprar 150 caixas (30 dias x 5 caixas ao dia) vendidas a prazo, garantindo 
assim que o produto sempre esteja disponível para venda em sua farmácia. Após trinta dias de 
funcionamento, a farmácia começa a receber as primeiras vendas a prazo, que junto às compras 
à vista, fornece recursos para comprar 10 caixas do produto em questão.
O exemplo descrito serve apenas para ilustrar o conceito de financiamento de um produto 
vendido a prazo. Na prática, são diversos produtos e as quantidades de cada item vendido em um 
dia é variável. Além disso, podemos ter vendas para receber com diferentes prazos e o pagamento 
de fornecedores pode ser à vista ou a prazo.
No entanto, quando falamos de plano de negócios, analisamos como abrir uma farmácia 
de forma planejada e cautelosa,

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