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Curso de Formação Profissional Técnico em Eletroeletrônica - Módulo 3 Senai Arcos-MG CFP Eliezer Vitorino Costa Raphael Roberto Ribeiro Silva Técnico em eletroeletrônica pelo INPA – Arcos - MG Estudante de Engenharia Elétrica do IFMG – Formiga - MG Projeto de Sistemas Elétricos Prediais Conteúdo Programático Ferramentas de controle do desenvolvimento e execução do projeto: Identificação dos pontos críticos; Controle de prazos. Concepção do projeto elétrico predial: Levantamento de dados: planta baixa da arquitetura do prédio, com detalhes da infraestrutura, condições de fornecimento de energia elétrica, características das cargas; Localização dos quadros de distribuição de circuitos terminais; Localização do quadro de distribuição geral; Estimativa de custos. Previsão das cargas e divisão de circuitos segundo a NBR 5410: Iluminação: Métodos para o cálculo de iluminação; Tomadas: Quantidade mínima de tomadas de uso geral, Quantidade e potência de tomadas de uso específico; Circuitos terminais: Critérios para divisão da instalação em circuitos. Conteúdo Programático Fornecimento de energia elétrica: Especificação de entradas de energia: Carga instalada, provável demanda, fator de demanda; Padrão de entrada: Norma específica da concessionária local; Critérios para o dimensionamento (seção mínima do condutor fase, capacidade de condução de corrente e limite da queda de tensão); Critério para o dimensionamento da seção mínima do condutor de proteção previsto na NBR 5410. Dimensionamento dos dispositivos de proteção: Disjuntores termomagnético e/ou Fusíveis; Disjuntor diferencial. Dimensionamentos de Dutos: Eletrodutos; Canaletas; Eletrocalhas; Bandejas (leitos); Consulta a catálogos e manuais. Conteúdo Programático Dimensionamento de Sistema de Aterramento: Especificar segundo NBR 5410: Esquema TN, Esquema TT, Esquema IT. Dimensionamento Proteção contra descargas elétricas atmosféricas: Especificar segundo a NBR 5419; Dimensionamento por Luminotécnica: Sistemas de iluminação de interiores e exteriores. Dimensionamento de Sistemas Autônomos: Sistema de controle de acesso; Sistema de segurança patrimonial; Sistema de monitoramento,(CFTV); Sistema de controle de climatização. Conteúdo Programático Dimensionamento de Sistemas Automação: Sistemas de persianas; Sistemas de controle de iluminação; Sistema de segurança patrimonial; Sistema de controle de climatização; Integração dos dispositivos,(Redes de comunicação, redes sem fio, sistemas de supervisão). Conteúdo Programático Elaboração de planta elétrica baixa predial: Representação dos símbolos gráficos na planta, conforme previsão das cargas; Posicionamento na planta dos quadros de: medição e distribuição; Representação na planta dos eletrodutos de interligação dos pontos de luz, tomadas, QDP (quadro de distribuição e proteção) e QM (quadro de medição); Representação dos circuitos; Representação na planta dos eletrodutos da rede de telefonia, TV, Redes de comunicação; Indicação na planta das seções dos condutores; Elaboração esquema multifilar do QDP; Elaboração do padrão de entrada de energia; Documentação final: Planta elétrica, Esquema multifilar do QDP, Padrão de entrada de energia, memorial de cálculo, memorial descritivo; Previsão de recursos materiais; Noções de desenho auxiliado por computador,(ferramenta CAD). Conteúdo Programático Validação: Utilização de procedimentos de testes; Utilização de instrumentos de medição; Utilização de EPI’s; Registrando os dados do comissionamento; Análise crítica dos resultados. Forma de Avaliação 10 pontos para participação, comportamento, disciplina, cumprimento de regras, etc. 60 pontos para avaliações individuais. 1ª Prova – 10/08 2ª Prova – 25/08 30 pontos para exercícios práticos e trabalhos individuais ou em grupo. Trabalho 20 pontos 24/08 Elaborar um projeto elétrico predial em cima de uma planta baixa de livre escolha do aluno. Deverá ser entregue uma documentação final com planta elétrica, esquema multifilar do quadro de distribuição e proteção, padrão de entrada de energia, memorial de cálculos, memorial descritivo, previsão de recursos (lista de materiais com preço médio de mercado, custo de mão de obra, entre outros). O que é Sistema Elétrico Predial? O que é Sistema Elétrico Predial? É um conjunto de condutores elétricos, proteções, controles e acessórios especialmente instalados com a finalidade de fazer uso da energia elétrica e que são regidos por normas técnicas especificas, principalmente a NR-10 (Segurança em instalações e serviços em eletricidade) e a NBR-5410 (Instalações elétricas em baixa tensão), entre outras não menos importantes. É a este conjunto de componentes elétricos, dispositivos de segurança, condutores e normas técnicas especificas que chamamos de “Instalações Elétricas Prediais”. O que é um Projeto? O que é um Projeto? Segundo a NBR 5679/77 o termo projeto é apresentado como definição qualitativa e quantitativa dos atributos técnicos, econômicos e financeiros de uma obra de engenharia e arquitetura, com base em dados, elementos, informações, estudos, discriminações técnicas, cálculos, desenhos, normas, projeções e disposições especiais. Em sentido mais abrangente “Projetar”, significa apresentar soluções possíveis de serem implementadas para a resolução de determinados problemas visando um objetivo comum. Desenvolvimento do Projeto Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um projeto de sistemas elétricos prediais? Desenvolvimento do Projeto Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um projeto de sistemas elétricos prediais? Resposta: Identificação dos pontos críticos a serem considerados no projeto. Desenvolvimento do Projeto Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um projeto de sistemas elétricos prediais? Resposta: Identificação dos pontos críticos a serem considerados no projeto. O que seria esses pontos críticos? Desenvolvimento do Projeto Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um projeto de sistemas elétricos prediais? Resposta: Identificação dos pontos críticos a serem considerados no projeto. O que seria esses pontos críticos? Resposta: Cronograma, orçamento, escopo e qualidade. Criação de um Projeto Para se criar um projeto é necessário fazer um levantamento de dados. Como técnico em eletroeletrônica, não é nossa responsabilidade a criação e elaboração da planta baixa, diante disso devemos solicitar a planta baixa da arquitetura de um prédio ou residência composta por todos os detalhes da infraestrutura, condições de fornecimento de energia elétrica e as características de carga. É necessário ter conhecimento da localização do quadro de distribuição de circuitos terminais e do quadro de distribuição geral. Durante o processo de levantamento de dados também se faz necessário apresentar uma estimativa de custos operacionais para a elaboração do projeto. Criação de um Projeto Todo projeto deve ser elaborado segundo alguns critérios e normas técnicas vigentes e outras que se fizerem necessárias, a saber: • Acessibilidade: Os componentes e linhas elétricas devem ser dispostos de forma a facilitar sua operação, inspeção, manutenção e acesso as suas conexões. • Flexibilidade: O projeto deve ter previsões para pequenos ajustes ou alterações que se fizerem necessárias além da reserva de carga. Criação de um Projeto • Confiabilidade: Um projeto deve garantir a usuários e patrimônio segurança e um perfeito funcionamento das instalações elétricas obedecendo as normas técnicas vigentes, são elas: NBR 5444/89 – Símbolos gráficos para instalações prediais; NBR 5410/2004 – Instalações elétricas de baixa tensão; NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas (SPDA); NBR 14039/2003 - Aterramento e Proteção contra choques elétricos e sobre correntes; Norma especifica aplicável da concessionária local onde se situa a edificação ou empreendimento. NR 10– Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10.5 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS 10.5.1 Somente serão consideradas desenergizada as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo: a) seccionamento; b) impedimento de reenergização; c) constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a sequência de procedimentos abaixo: a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização; c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10.10 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir: a) identificação de circuitos elétricos; b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; c) restrições e impedimentos de acesso; d) delimitações de áreas; e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; f) sinalização de impedimento de energização; g) identificação de equipamento ou circuito impedido. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10.13 – RESPONSABILIDADES 10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos. 10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas. Cabe aos trabalhadores: a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho; b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10.14 – DISPOSIÇÕES FINAIS 10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes. 10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as providências estabelecidas na NR 3. 10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas. 10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades competentes. NBR 5410 A NBR-5410 é a norma que estipula as condições adequadas para o funcionamento usual e seguro das instalações elétricas de baixa tensão, ou seja, até 1000V em tensão alternada e 1500V em tensão contínua. Esta norma é aplicada principalmente em instalações prediais, públicas, comerciais, etc. No geral, esta norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e conservação dos bens. Ou seja, segurança das pessoas e animais que habitam a instalação, funcionamento e conservação dos bens. A NBR 5410 não se aplica • Instalações de tração elétrica; • Instalações elétricas de veículos motores, carros elétricos, por exemplo; • Instalações de embarcações e aeronaves; • Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida em que não comprometa a segurança das instalações; • Iluminação pública; • Redes públicas de distribuição elétrica • Instalações de proteção contra quedas diretas de raios, porém esta norma considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as instalações, por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobre tensão; • Instalações em minas; • Instalações em cercas elétricas; Iluminação De acordo com a NBR 5410, os critérios para a determinação da potência mínima de iluminação em um ambiente é de: • Para locais com área de ate 6m², atribuir um ponto de iluminação de 100 VA. • Para locais com área superior a 6m², atribuir um ponto de iluminação de 100 VA para os primeiros 6m², acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4m² inteiros. Iluminação Ainda de acordo com a NBR 5410, os critérios para determinar a quantidade mínima de luz são: • 1 ponto de luz no teto para cada recinto, comandado por um interruptor de parede; • Arandelas no banheiro devem ter distancia mínima de 60cm do boxe onde fica o chuveiro. Iluminação Outras recomendações da NBR 5410 são: • O contato lateral dos porta-lâmpadas com rosca deve ser ligado ao condutor neutro, quando existente; • Os equipamentos de iluminação devem ser firmemente fixados. Em particular, a fixação de equipamentos de iluminação pendentes deve ser tal que rotações repetidas no mesmo sentido não causem danos aos meios de sustentação; • Os porta-lâmpadas devem ser selecionados levando-se em conta tanto a corrente quanto a potencia absorvida pelas lâmpadas previstas. Tomadas De acordo com a NBR 5410, existem duas classificações para tomadas, são elas: tomadas de uso geral TUG e tomadas de uso especifico TUE. Os critérios para a determinação da quantidade de TUG’s são: • Recinto com área inferior a 6 m², no mínimo 1 tomada; • Recintos com área superior a 6 m², no mínimo uma tomada para cada 5m ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível. • Cozinhas e copas, 1 tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro, independente da área, acima de bancadas com largura acima de 30 cm, prever no mínimo uma tomada. Tomadas • Banheiros devem ter no mínimo uma tomada junto ao lavatório, a uma distancia mínima de 60 cm do boxe, independente da área; • Subsolos, varandas, garagens, sótãos devem ter no mínimo 1 tomada, independente da área. Os critérios quanto a potencia mínima são: • Banheiros, cozinhas, copas, área de serviço, lavanderias e assemelhados deve-se atribuir 600 VA por tomada, para as 3 primeirastomadas e 100 VA para as demais; • Subsolos, varandas, garagens, sótãos, atribuir 1000 VA; • Demais recintos, atribuir 100 VA por tomada. Tomadas O critério para a determinação da quantidade mínima de TUE’s é: • A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o numero de aparelhos de utilização, devendo ser instaladas a no máximo 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado. O critério para a determinação da potencia de uma TUE é: • Atribuir para cada TUE a potencia nominal do equipamento a ser alimentado. Obs: Todas as tomadas deverão estar aterradas! Exercício 1 – Dada a planta baixa, calcule quantas tomadas e pontos de iluminação são necessários por cômodo bem como a sua potência. Tomadas São dispositivos destinados às ligações de aparelhos eletrodomésticos e industriais e servem para fazer e desfazer as conexões com segurança e facilidade. Elas podem ser fixadas nas paredes ou no piso e são constantemente energizadas. Diferem pela forma de sua aplicação, pela forma e quantidade de seus contatos e por sua capacidade elétrica. A quantidade dos contatos determina a função da tomada, ou seja, limita o tipo de circuito em que a tomada pode ser instalada. Ela aguenta correntes elétricas apenas até um certo valor. Se esse limite for ultrapassado, haverá perigo e os contatos podem-se queimar ou se fundir. Tomadas Tomadas Tomadas Exercícios 1 – Faça o diagrama unifilar e multifilar para acionar uma lâmpada em 5 pontos distintos de uma sala. 2 – Faça o diagrama unifilar e multifilar para acionar 3 lâmpadas, por teclas diferentes, em dois pontos distintos. Concepção do Projeto Todo projeto elétrico predial deverá atender as normas técnicas. É preciso também, atender as necessidades do cliente e o projeto deverá atender: a) A norma regulamentadora NR10; b) As condições gerais de fornecimento de energia elétrica da CEMIG; c) As exigências da empresa seguradora; d) As necessidades do cliente; e) As normas técnicas NBR 5410, NBR 5419, NBR 5444, e NBR ISSO/CIE 8995-1; f) A instrução técnica do corpo de bombeiros referente a inspeção em instalações elétricas. Divisão de Circuitos A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro circuito. A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre outras, as seguintes exigências: • Segurança: por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma área; • Conservação de energia: por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação e/ou de climatização sejam acionadas na justa medida das necessidades; Divisão de Circuitos • Funcionais: por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc; • De produção: por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência; • De manutenção: por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo. Divisão de Circuitos Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que requeiram controle especifico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros. Na divisão da instalação devem ser consideradas também as necessidades futuras. Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos de tomada. As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível. Divisão de Circuitos Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito independente. Os pontos de tomadas de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados a alimentação de tomadas desses locais. De acordo com a NBR 5410, o valor de corrente máximo para o disjuntor em um circuito de iluminação deverá ser de 10 A e em circuitos de tomadas o valor deve ser de 20 A. Divisão de Circuitos Nas instalações alimentadas por meio de dois o três condutores de fases, deve-se distribuir (balancear) as cargas o mais uniformemente possível, de modo que se obtenha o maior equilíbrio entre tais condutores. Exemplo: Divisão de Circuitos Em locais de habitação, admite-se, como exceção a regra geral que pontos de tomada e pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito comum, desde que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas: a) A corrente de projeto do circuito comum (iluminação mais tomadas) não deve ser superior a 16 A; b) Os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas); c) Os pontos de tomadas, não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas). Quadro de Distribuição Em qualquer instalação elétrica, devemos saber como realizar os procedimentos correspondentes à execução de um projeto elaborado previamente, em conformidade com as especificações previstas na NBR 5410 e NR-10. A energia que chega até nossas residências provém da rede de distribuição da concessionária, que seria a companhia de eletricidade responsável pelo fornecimento desse serviço. No caminho até os interruptores e tomadas, essa energia passa pelo quadro de medição que está associado a um equipamento o qual mede o consumo mensal (medidor) e daí então chega através de um ramal de entrada ao chamado quadro de distribuição de onde partirão os circuitos que irão alimentar pontos de luz (ou lâmpadas), interruptores para acionamento das lâmpadas (comandos), tomadas que fornecerão energia aos aparelhos eletroeletrônicos a elas plugados, além de cargas cuja potência é considerada elevada como chuveiros elétricos, máquinas de lavar, forno micro-ondas, etc. Quadro de Distribuição Para efetuar a montagem de um quadro de distribuição ou QD como é usualmente conhecido, precisa-se saber quais dispositivos o constituem e compreender a função de cada um desses componentes. Lembrando que uma instalação deve ser adequada à sua função e prover de modo seguro e confiável a energia requerida pelos circuitos terminais de carga. Em primeiro lugar as instalações podem ser classificadas de acordo com o tipo de alimentação do elemento de proteção geral chamado disjuntor. Esse dispositivo é responsável por evitar danos aos circuitos a serem energizados, possuindo uma chave que desliga quando a corrente nominal permitida pela carga for ultrapassada. Nesse caso por questões de segurança a chave desarma protegendo assim as instalações quanto a avarias provocadas por um curto-circuito ou sobrecarga. Abaixo, vemos três tipos de QD (quadro de distribuição) para circuitos monofásicos, bifásicos e trifásicos respectivamente. Quadro de Distribuição Quadro de Distribuição Quadro de Distribuição Quadro de Distribuição Quadro de Distribuição Quadro de Distribuição Quadro de Distribuição Montagem de um QD. 1 – Divisão de Circuitos: Qualquer instalação elétrica eficiente deve possuir, de acordo com cada necessidade apresentada, a divisão de circuitos e, de acordo com a norma, devem estar identificados para a segurança de quem for fazer uma manutenção, ensaios, inspeções e para se evitar defeitos no circuito. 2 – Previsões: Todo e qualquer circuito de distribuição distinto deve ser previsto, afim de pensar nas futuras necessidades de controle especifico, não deixando esses circuitos serem afetados por falhas de outros circuitos. Deve ser analisado também a possibilidade de ampliações, que também afeta no grau de ocupaçãodos condutores e nos quadros de distribuição. Quadro de Distribuição 3 – Circuitos Individuais: Nesta etapa, deve ser observada as funções dos equipamentos de utilização a serem alimentados. Algumas maquinas necessitam de circuitos individuais, sendo distintos dos circuitos de tomadas e de iluminação. 4 – Equilíbrio de Cargas: As cargas devem ser distribuídas de tal forma nas instalações alimentadas com 2 ou 3 fases, de modo a se obter o maior nível de equilíbrio possível entre elas. Quadro de Distribuição 5 – Dimensionamento: Para que não ocorram falhas de queda de energia, curtos-circuitos, queima de equipamentos e outros problemas mais, se faz necessário o dimensionamento das cargas a serem instaladas no circuito de acordo com todos os equipamentos a serem utilizados. É obrigatório prevermos uma capacidade de reserva nos QD, de acordo com o seguinte critério: • QD com ate 6 circuitos, espaço reserva pra 2 circuitos adicionais • QD com 7 a 12 circuitos, espaço reserva para 3 circuitos adicionais. • QD com 13 a 30 circuitos, espaço reserva para 4 circuitos adicionais. • QD com mais de 30 circuitos, espaço reserva para 15% dos circuitos. Previsão das Cargas Segundo NBR 5410 De acordo com a NBR 5410, a potencia elétrica a ser considerada para os equipamentos de utilização é a nominal, fornecida pelo fabricante ou calculada a partir das outras grandezas nominais envolvidas, como tensão, corrente e fator de potencia, conforme mostrado a seguir: a) Equipamentos resistivos (fator de potencia igual a 1): • Monofásico: 𝑃 = 𝑉𝑥𝐼 𝑊 • Trifásico: 𝑃 = 𝑉𝑥𝐼𝑥 3 𝑊 b) Equipamentos indutivos: • Monofásico: 𝑃 = 𝑉𝑥𝐼𝑥 cos𝜑 𝑊 • Trifásico: 𝑃 = 𝑉𝑥𝐼𝑥 3𝑥 cos𝜑 𝑊 Previsão das Cargas Segundo NBR 5410 A potencia declarada poderá ser a aparente (S), em volt-ampere (VA), calculada conforme mostrada a seguir: c) Equipamentos indutivos: • Monofásico: S = 𝑉𝑥𝐼 𝑉𝐴 • Trifásico: S = 𝑉𝑥𝐼𝑥 3 𝑉𝐴 Previsão das Cargas Segundo NBR 5410 Iluminação De acordo com a NBR 5410, os critérios para a determinação da potência mínima de iluminação em um ambiente é de: • Para locais com área de ate 6m², atribuir um ponto de iluminação de 100 VA. • Para locais com área superior a 6m², atribuir um ponto de iluminação de 100 VA para os primeiros 6m², acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4m² inteiros. Previsão das Cargas Segundo NBR 5410 Iluminação Ainda de acordo com a NBR 5410, os critérios para determinar a quantidade mínima de luz são: • 1 ponto de luz no teto para cada recinto, comandado por um interruptor de parede; • Arandelas no banheiro devem ter distancia mínima de 60cm do boxe onde fica o chuveiro. Previsão das Cargas Segundo NBR 5410 Iluminação Outras recomendações da NBR 5410 são: • O contato lateral dos porta-lâmpadas com rosca deve ser ligado ao condutor neutro, quando existente; • Os equipamentos de iluminação devem ser firmemente fixados. Em particular, a fixação de equipamentos de iluminação pendentes deve ser tal que rotações repetidas no mesmo sentido não causem danos aos meios de sustentação; • Os porta-lâmpadas devem ser selecionados levando-se em conta tanto a corrente quanto a potencia absorvida pelas lâmpadas previstas. Previsão das Cargas Segundo NBR 5410 Tomadas De acordo com a NBR 5410, existem duas classificações para tomadas, são elas: tomadas de uso geral TUG e tomadas de uso especifico TUE. Os critérios para a determinação da quantidade de TUG’s são: • Recinto com área inferior a 6 m², no mínimo 1 tomada; • Recintos com área superior a 6 m², no mínimo uma tomada para cada 5m ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível. • Cozinhas e copas, 1 tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro, independente da área, acima de bancadas com largura acima de 30 cm, prever no mínimo uma tomada. Previsão das Cargas Segundo NBR 5410 Tomadas • Banheiros devem ter no mínimo uma tomada junto ao lavatório, a uma distancia mínima de 60 cm do boxe, independente da área; • Subsolos, varandas, garagens, sótãos devem ter no mínimo 1 tomada, independente da área. Os critérios quanto a potencia mínima são: • Banheiros, cozinhas, copas, área de serviço, lavanderias e assemelhados deve-se atribuir 600 VA por tomada, para as 3 primeiras tomadas e 100 VA para as demais; • Subsolos, varandas, garagens, sótãos, atribuir 1000 VA; Previsão das Cargas Segundo NBR 5410 Tomadas • Demais recintos, atribuir 100 VA por tomada. O critério para a determinação da quantidade mínima de TUE’s é: • A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o numero de aparelhos de utilização, devendo ser instaladas a no máximo 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado. O critério para a determinação da potencia de uma TUE é: • Atribuir para cada TUE a potencia nominal do equipamento a ser alimentado. Obs: Todas as tomadas deverão estar aterradas! Fornecimento de Energia Elétrica As condições gerais de fornecimento de energia elétrica no Brasil são determinadas pela Resolução Normativa nº 414 da ANEEL, uma agencia vinculada ao Ministério de Minas e Energia que tem como atribuições: regular e fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia elétrica. Essa resolução enquadra a unidade consumidora pela sua carga instalada e demanda declarada no projeto, no momento da solicitação de fornecimento de energia elétrica. Fornecimento de Energia Elétrica Especificação de Entradas de Energia A empresa distribuidora de energia elétrica realiza o fornecimento em tensão secundaria (baixa tensão) para unidades consumidoras pertencentes ao Grupo B ou tensão primária (média ou alta-tensão), para unidades consumidoras do Grupo A. Os consumidores do grupo B, atendidos em baixa tensão, são ainda enquadrados pela empresa distribuidora de energia elétrica em modalidades de fornecimento. Fornecimento de Energia Elétrica Essas modalidades são determinadas de acordo com o tipo de ligação do enrolamento secundário do transformador de distribuição, da potencia total instalada e da potencia máxima individual dos motores elétricos, em: a) Modalidade A: dois condutores – um de fase e um neutro; b) Modalidade B: três condutores – dois de fase e um neutro; c) Modalidade C: quatro condutores – três de fase e um neutro. Fornecimento de Energia Elétrica Padrão de Entrada É o conjunto de componentes destinados a instalação da entrada consumidora (entrada e medição de energia da edificação). Esses componentes são instalados de modo a atender as exigências da empresa distribuidora de energia elétrica loca. A quantidade de equipamentos instalados ira refletir na potencia total instalada prevista no projeto e, consequentemente, no tipo de padrão de entrada a ser adotado. O padrão de entrada a ser adotado em uma edificação dependera da modalidade de fornecimento de energia elétrica. Fornecimento de Energia Elétrica A ligação da entrada consumidora a rede de distribuição é realizada após uma solicitação de fornecimento, apresentação de alguns dados do cliente e informações sobre a edificação. As informações necessárias e os procedimentos adotados na solicitação de fornecimento de energia podem variar de acordo com a empresa distribuidora da região onde sera realizado o serviço. Em geral as seguintes informações são necessárias: a) Nome, endereço, telefone do cliente, endereço da edificação; b) Área total construída da edificação; c) Dados da empresa responsável pela execução da instalação; d) Finalidade da edificação; e) Documentos do cliente; f) Quantidade de unidades consumidoras; g) Discriminação da potencia instalada; h) Maior potencia de motor instalada; i) Demanda prevista. Definições da CEMIG Caixas para medição direta: São caixas destinadas a instalação do medidor de energia e do disjunto. (caixas monofásicas: CM-1 e CM-13 e polifásicas: CM-2 e CM-14). Caixas para medição indireta: É a caixa destinada a instalação do medidorde energia, do disjunto e dos transformadores de corrente (TC). (CM-3 e CM- 3LVP). Caixa para medição CM-4: Caixa para dois medidores polifásicos e chave de aferição. Caixa para medição CM-9: Caixa modular para disjuntor e/ou transformadores de corrente. Definições da CEMIG Carga Instalada: Soma das potencias nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em KW. Chave de Aferição: É um dispositivo que possibilita a retirada do medidor do circuito, abrindo o seu circuito de potencial, sem interromper o fornecimento, ao mesmo tempo em que coloca em curto circuito o secundário dos TC’s. Consumidor: É a pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito legalmente representada, que solicitar à Cemig o fornecimento de energia elétrica e assumir expressamente a responsabilidade pelo pagamento das contas e pelas demais obrigações regulamentares e contratuais. Definições da CEMIG Distribuidora: Agente titular de concessão ou permissão federal para prestar o serviço público de distribuição de energia elétrica. Entrada de Serviço: É o conjunto constituído pelos condutores, equipamentos e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede secundária da Cemig e a medição, inclusive. A entrada de serviço abrange, portanto, do ramal de ligação até a conexão com o ramal interno. Formulário para Solicitação de Análise de Rede – Ligação Nova/Aumento: É o formulário utilizado para o atendimento às unidades consumidoras com proteção geral até 600A, disponível no endereço eletrônico www.cemig.com.br (dentro da página acesse Agência Virtual depois Normas Técnicas depois Formulário para Solicitação de Análise de Rede – Ligação Nova/Aumento). Definições da CEMIG Faixas de Servidão: As faixas de servidão, também chamadas de faixas de segurança, são áreas do terreno com restrição imposta à faculdade de uso e gozo do proprietário, cujo domínio e uso é atribuído a Cemig, para permitir a implantação, operação e manutenção do seu sistema elétrico. • A largura da faixa de segurança para redes de distribuição rurais até 23,1kV é 15 metros, distribuídos em 7,5 metros de cada lado em relação ao eixo da rede. • A largura da faixa de segurança para redes de distribuição rurais de 34,5kV é 20 metros, distribuídos em 10 metros de cada lado em relação ao eixo da rede. • A largura da faixa de segurança de uma linha de transmissão de energia elétrica (tensão igual ou superior a 69kV) deve ser determinada levando-se em conta o balanço dos cabos, efeitos elétricos e posicionamento das fundações de suportes e estais. Definições da CEMIG Medição Direta: É a medição de energia efetuada através de medidores conectados diretamente aos condutores do ramal de entrada. Medição Indireta: É a medição de energia efetuada com auxílio de transformadores de corrente. Padrão de Entrada: É a instalação compreendendo o ramal de entrada, poste ou pontalete particular, caixas, dispositivo de proteção, aterramento e ferragens, de responsabilidade do consumidor, preparada de forma a permitir a ligação da unidade consumidora à rede da Cemig. Definições da CEMIG Ponto de Entrega: É o ponto até o qual a Cemig se obriga a fornecer energia elétrica, com participação nos investimentos necessários, bem como, responsabilizando-se pela execução dos serviços de operação e de manutenção do sistema, não sendo necessariamente o ponto de medição. Portanto é o ponto de conexão do sistema elétrico da Cemig (ramal de ligação) com as instalações elétricas da unidade consumidora (ramal de entrada). Ramal de Entrada: É o conjunto de condutores e acessórios instalados pelos consumidores entre o ponto de entrega e a proteção geral ou quadro de distribuição geral (QDG). Condições de Fornecimento Aspectos Gerais • As edificações individuais devem ser atendidas através de uma única entrada de serviço. • As unidades consumidoras somente serão ligadas após vistoria e aprovação do padrão de entrada pela Cemig, de acordo com as condições estabelecidas pela norma. • O atendimento ao pedido de ligação não transfere a responsabilidade técnica à Cemig, quanto a segurança e integridade das instalações elétricas internas da unidade consumidora. • Será necessário a apresentação de autorização do órgão ambiental competente e gestor da unidade de atendimento para a(s) ligação(ões) da(s) unidade(s) consumidora(s) e/ou padrão(ões) de entrada de energia elétrica situado(s) em Área(s) de Preservação Permanente – APP. Condições de Fornecimento PONTO DE ENTREGA O ponto de entrega, que corresponde à conexão do ramal de entrada do consumidor ao sistema elétrico da Cemig, é identificado de acordo com as seguintes situações. • Ramal de ligação aéreo • Ramal de ligação subterrâneo Condições de Fornecimento TENSÕES DE FORNECIMENTO O fornecimento de energia é efetuado em uma das seguintes tensões secundárias de baixa tensão: a) 127/220V, sistema trifásico, estrela com neutro multi-aterrado, frequência 60 Hz; b) 127/254V, sistema bifásico com neutro multi-aterrado, frequência 60 Hz. Condições de Fornecimento LIMITES DE FORNECIMENTO • O fornecimento de energia elétrica deve ser sempre efetuado em tensão secundária de distribuição às unidades consumidoras que apresentarem carga instalada igual ou inferior a 75 kW. • As unidades com carga instalada superior a 75kW terão o fornecimento em média tensão de distribuição de acordo com as prescrições contidas na norma Cemig ND-5.3, exceto se o consumidor fizer a opção por fornecimento na baixa tensão. • A ligação de cargas especiais tais como máquinas de solda a transformador ou tipo motor-gerador, bem como de motores elétricos monofásicos e trifásicos. Condições de Fornecimento TIPOS DE FORNECIMENTO Os tipos de fornecimento são definidos em função da carga instalada, da demanda, do tipo de rede e local onde estiver situada a unidade consumidora. Classificação das Unidades Consumidoras Tipo A: Fornecimento de energia a 2 fios (Fase -Neutro) Tipo B: Fornecimento de energia a 3 fios (2 Condutores Fase -Neutro) Tipo C: Fornecimento de energia a 4 fios (3 Condutores Fase -Neutro) Tipo D: Fornecimento de Energia a 3 fios (2 Condutores Fase-Neutro) Tipo E: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 Fases-Neutro) Tipo F: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 condutores Fase - Neutro) Consulta Prévia Antes de construir ou adquirir os materiais para a execução do seu padrão de entrada, o consumidor deve procurar uma Agência de Atendimento da Cemig visando obter, inicialmente, informações orientadoras a respeito das condições de fornecimento de energia à sua unidade consumidora. As informações orientadoras estão contidas em publicações especiais da Cemig (distribuição gratuita) denominadas "Manual do Consumidor", que apresentam as primeiras providências a serem tomadas pelos consumidores relativas a: a) verificação da posição da rede de distribuição em relação ao imóvel; b) definição do tipo de fornecimento; Consulta Prévia c) carga instalada a ser ligada; d) localização e escolha do tipo de padrão; e) verificação do desnível da edificação em relação à posteação da rede; f) identificação clara da numeração da edificação; a numeração predial deve ser legível, indelével e sequencial. g) perfeita demarcação da propriedade, tanto de unidades consumidoras localizadas em áreas urbanas quanto de unidades consumidoras localizadas em áreas rurais; A Cemig se reserva no direito de não efetuar a ligação caso a carga declarada não estiver compatível com a carga instalada no local. Pedido de Ligação A Cemig somente efetuará a ligação de obras, definitiva ou provisória , após a vistoria e aprovação dos respectivos padrões de entrada que devem atender às prescrições técnicas contidas nesta norma. A Cemig se reserva no direito de vistoriar as instalações elétricas internas da unidade consumidora e não efetuar a ligação caso as prescrições das NBR5410 e 5419 não tenham sido seguidas em seus aspectos técnicos e de segurança. Condutores O diâmetro (bitola) mínimo dos condutores deverá ser especificada de acordo com as referencias abaixo: Condutores Tipos de condutores • Prata: Utilizado em pastilhas de contato de contatores e relés. • Cobre: Utilizado na fabricação de fios em geral e equipamentos elétricos (chaves, interruptores, tomadas). • Bronze: Liga de cobre e estanho, utilizada em equipamentos elétricos e linha de tração elétrica (bondes). • Latão: Liga de cobre e zinco, utilizada em aparelhagem elétrica. • Alumínio: Utilizado na fabricação de condutores para linhas e redes por ser mais leve e de custo mais baixo. Os fios e cabos de alumínio podem se apresentar na forma de alumínio puro e alumínio enrolado sobre um cabo de aço. Condutores Construtivamente os condutores podem ser formados por um único fio solido, nas seções menores, ou por um encordoamento de fios sólidos, formando um cabo. Sobre o condutor assim formado é aplicada uma camada de isolação, seja por termoplástico como PVC e o PE seja por termofixos (vulcanização) como o EPR e XLPE. Essa camada de isolação pode ser simples ou dupla. Tipos de Condutores Elétricos O condutor elétrico pode ser constituído por um ou vários fios. Quando é constituído de apenas um fio, recebe o nome de fio rígido. Quando é constituído de vários fios, é chamado de cabo. Os cabos podem ser do tipo unipolar ou multipolar. O cabo unipolar é constituído de um único condutor isolado e dotado de uma cobertura que protege a isolação do condutor. Já o cabo multipolar pode ser constituído de dois ou mais condutores isolados e dotado também de uma cobertura extra para proteção da isolação desses condutores. Isolação dos Condutores A isolação deve suportar a maior tensão a que sera sujeito o cabo e proteger o condutor contra choques mecânicos, umidade e substancias corrosivas. Seção Nominal do Condutor Classes de Condutores A principal diferença que existe entre fios e cabos é a flexibilidade, pois um fio e um cabo de mesma seção nominal possuem a mesma capacidade de condução de corrente. O que define a classe do condutor a ser utilizado é a aplicação e/ou a preferencia do profissional. São seis classes de condutores, de acordo com a NBR NM 280-2011. Os condutores das classes 1 e 2 são mais utilizados em instalações fixas por terem baixa flexibilidade. A classe 1 é referente aos fios, e a classe 2 se refere aos cabos encordoados, conhecidos como cabos rígidos. As classes 4, 5 e 6 são referentes aos cabos flexíveis. Quanto maior o numero, mais flexível é o cabo. Condutores de Sinais Os cabos de transmissão de sinais são utilizados para a transmissão de dados, como os utilizados para internet, que quando distribuídos de modo especial chamamos de cabeamento estruturado. Condutores de Sinais Dimensionamento de Condutores Elétricos De acordo com a NBR 5410, para fazer o dimensionamento de condutores devemos atender a pelo menos três dos seis critérios, que são eles: • Capacidade de condução de corrente; • Máxima queda de tensão; • Mínima seção normalizada. Capacidade de Condução de Corrente A capacidade de condução de corrente de um condutor elétrico é indicada por meio de tabelas especificas contidas na NBR 5410 ou tabelas fornecidas por fabricantes, e é determinada de acordo com as características do condutor e seu método de instalação. Para dimensionar os condutores pelo critério da capacidade de condução de corrente, deve-se verificar se o condutor suporta, com segurança, a corrente prevista para o circuito (corrente de projeto, 𝐼𝐵). Capacidade de Condução de Corrente Exemplo: Um chuveiro possui uma potencia de 5,7 KW em uma tensão de 220 V a uma distancia de 20 m, um projetista recomendará a utilização de condutores isolados, considerando que estes estão agrupados com mais dois circuitos que possuem condutores semelhantes e igualmente carregados, e que a temperatura do ambiente é 40ºC instalados em eletroduto aparente. O cabo deverá ser de PVC. Calcule a sua corrente de projeto. 𝐼𝐵 = 𝑃 𝑉 = 5700 220 = 25,91 𝐴 Capacidade de Condução de Corrente Para calcular a corrente corrigida do projeto (𝐼𝐵′), devem se levar em conta os fatores de correção, que são valores identificados como 𝐹𝐶𝑇 (Fator de Correção para Temperatura) e 𝐹𝐶𝐴 (Fator de Correção para Agrupamento). 𝐼𝐵′ = 𝐼𝐵 𝐹𝐶𝑇𝑥𝐹𝐶𝐴 Capacidade de Condução de Corrente De posse da corrente de projeto já calculada, que é de 25,91 A, e dos fatores de correção, calculamos a corrente corrigida de projeto de acordo com a fórmula seguinte: 𝐼𝐵′ = 𝐼𝐵 𝐹𝐶𝑇𝑥𝐹𝐶𝐴 𝐼𝐵 ′ = 25,91 0,87 𝑥 0,7 = 42,54 𝐴 Assim o condutor escolhido deverá ter a capacidade de condução mínima de 42,54 A. Capacidade de Condução de Corrente O próximo passo é determinar a seção do condutor necessário a ligação do chuveiro. Para isso, precisamos conhecer o modo de instalação dos condutores e analisarmos a tabela 33 da NBR 5410. Máxima Queda de Tensão A queda de tensão (∆𝑉), ocasionada pela impedância que os condutores apresentam, também deve ser levada em consideração no momento do dimensionamento dos condutores. A NBR 5410 estabelece os limites máximos de queda de tensão em instalações elétricas de baixa tensão. Máxima Queda de Tensão Por intermédio de formulas ou tabelas, existem alguns métodos de calculo para se chegar a seção do condutor decorrente da queda de tensão admissível de acordo com a NBR 5410. Para calcular essa queda de tensão, utiliza-se a seguinte fórmula: 𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡 = 𝑉 % 𝑥𝑉 (𝐼𝐵′𝑥𝐿) Em que: 𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡: queda de tensão unitária, volt por ampère x quilometro (V/AxKM); V(%): percentagem da queda de tensão admissível; V: tensão da linha; 𝐼𝐵′: corrente corrigida de projeto; L: comprimento do trecho do condutor em quilômetros. Máxima Queda de Tensão Aplicando ao exempli temos: • Trecho do quadro de distribuição ate a carga: L = 0,002 km; • V% = 0,04 (4%); • Corrente corrigida de projeto já calculada: 42,54 A; • Tensão de alimentação: 220 V; • Condutor empregado: cabo de PVC. Aplicando na fórmula temos: 𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡 = 𝑉 % 𝑥𝑉 (𝐼𝐵′𝑥𝐿) = 0,04x220 42,54𝑥0,02 = 10,34 𝑉 Máxima Queda de Tensão Mínima Seção Normalizada A tabela 47 da NBR 5410 prescreve sobre a seção mínima dos condutores isolados de cobre em uma instalação elétrica: • 0,5 mm² para circuitos de sinalização e controle; • 1,5 mm² para circuitos de iluminação; • 2,5 mm² para circuitos de força. Por esse critério, o cabo mínimo recomendado na instalação do chuveiro é o de 2,5 mm². Mínima Seção Normalizada Fator de Demanda O fator de demanda representa uma porcentagem das potencias prevista para a instalação, ou seja, do total de aparelhos elétricos instalados, quantos, provavelmente, estarão funcionando ao mesmo tempo. Sua aplicação evita que os condutores dos circuitos alimentadores sejam superdimensionados, tendo em vista que, em uma instalação elétrica, nem todos os equipamentos são utilizados ao mesmo tempo. A aplicação do fator de demanda reflete diretamente no dimensionamento da seção nominal dos condutores elétricos, bem como, dos seus dispositivos de proteção e do padrão de entrada a ser adotado para a instalação. Fator de Demanda Somam-se os valores das potencias ativas de iluminação, e pontos de tomada de uso geral e multiplica-se o valor calculado pelo fator de demanda correspondente a esta potencia. Exemplo: um circuito em que a potencia ativa de iluminação e TUG’s deu 6600 W multiplica-se o mesmo pelo fator de demanda correspondente, no caso 0,4 que é o fator de demanda para uma faixa de 6001 a 7000 W. Fator de Demanda Fator de demanda representa uma porcentagem do quanto das potencias previstas serão utilizadas simultaneamente no momento de maior solicitação da instalação. Isto é feito para não superdimensionar os componentes dos circuitos de distribuição,tendo em vista que numa residência nem todas as lâmpadas e pontos de tomadas são utilizados ao mesmo tempo. Para tomadas de uso especifico, multiplicam- se as potencias das TUE’s pelo fator de demanda correspondente em função do numero de circuitos de TUE’s previstos no projeto. Fator de Demanda De posse do valor da potencia demandada total e da tensão nominal do circuito alimentador, encontramos o valor da corrente de projeto do circuito alimentador aplicando a seguinte formula: 𝐼𝐵𝐶𝐴 = 𝑃𝑇𝐷 𝑉𝑁𝐹𝐹 (𝐴) Onde: 𝐼𝐵𝐶𝐴 - Corrente de Projeto do Circuito Alimentador; 𝑉𝑁𝐹𝐹 - Tensão Nominal; 𝑃𝑇𝐷 - Potencia Total Demandada. Eletrodutos Eletrodutos São tubos de metal ou plástico, rígido ou flexível, utilizados com a finalidade de conter os condutores elétricos e protege-los da umidade, ácidos, gases ou choques mecânicos. A principal função dos eletrodutos então, é proteger os condutores elétricos contra influencias externas do ambiente (mau tempo, choques mecânicos, agentes químicos, etc). Os eletrodutos podem ser de vários tipos e são classificados de acordo com o material com o qual são fabricados. Portanto, existem eletrodutos rígidos de aço carbono, metais flexíveis, PVC rígido e PVC flexível. Eletrodutos Eletroduto Flexível Metálico Eletrodutos Eletroduto Flexível de Plástico Eletrodutos Os eletrodutos de PVC são geralmente utilizados quando embutidos ou enterrados. Já os de metais são mais utilizados em instalações aparentes. A instalação de condutores em eletrodutos devem seguir as seguintes considerações: • A taxa mínima de ocupação em relação a área de seção transversal dos eletrodutos não deve ser superior a: • 53% no caso de um único condutor; • 31% no caso de dois condutores; • 40% no caso de três ou mais condutores. • Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, admitindo-se condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando tal condutor se destina a aterramento; Eletrodutos • O diâmetro externo dos eletrodutos deve ser igual ou superior a 16 mm; • Não deve haver trechos contínuos retilíneos de tubulação maiores que 15 m, nos trechos com curvas, este espaçamento deve ser reduzido de 3 m para cada curva de 90º. Eletrocalhas Eletrocalhas são bandejas metálicas dobradas em forma de U, que podem ser fechadas, perfuradas ou abertas (leitos). São usadas para instalações aparentes, o que proporciona rapidez na instalação e na ampliação, além de facilitar a inspeção e manutenção. As eletrocalhas são muito versáteis, já que podem acomodar cabos elétricos, cabos telefônicos e redes de comunicação no mesmo espaço, desde que seja divididas por setores. Eletrocalhas Eletrocalhas Eletrocalhas Eletrocalhas A NBR 5410/97 estabelece que: • os cabos unipolares e multipolares podem ser instalados em qualquer tipo de calha; • os condutores isolados só podem ser instalados em calhas de paredes maciças cujas tampas só possam ser removidas com auxílio de ferramentas; • Admite-se a instalação de condutores isolados em calhas perfuradas e/ou tampas desmontáveis sem auxílio de ferramentas em locais só acessíveis a pessoas advertidas ou qualificadas; • É conveniente ocupar a calha com 35% a 60% Perfilados Os perfilados são utilizados para acomodação, condução e derivação de redes elétricas, cabos telefônicos, redes de comunicação e sustentação de iluminarias. Leitos Conhecidos também como sistema de bandeja é em geral, construído em alumínio ou em aço para diferentes cargas mecânicas (tipo pesado, médio, leve). O uso de leitos só é permitido em estabelecimentos industriais onde haja manutenção adequada e em locais não sujeitos a choques mecânicos. Somente cabos unipolares e multipolares podem ser utilizados em bandejas. Os cabos devem ser fixados na estrutura das bandejas, principalmente em percursos verticais. Nas bandejas, os cabos devem ser instalados de preferência em camada única. Canaletas As canaletas são feitas geralmente de PVC e servem como proteção mecânica para a passagem dos fios e cabos elétricos/fios telefônicos e são usadas em instalações aparentes. Dimensionamento de Eletrodutos Antes de dimensionar um conduto, devemos ter um diagrama da instalação para sabermos as quantidades, o tipo e a seção nominal dos condutores que serão instalados nesse conduto. Com base nessa informação, devemos ter em mãos normas, tabelas e catálogos técnicos de condutos e de condutores para que tenhamos informações a respeito das suas dimensões. O item 6.2.11.1 da NBR 5410 prescreve a instalação de eletrodutos. Nestes somente podem ser instalados condutores isolados ou cabos (unipolares ou multipolares), e os eletrodutos devem ser dimensionados de modo a facilitar a instalação ou substituição dos condutores. Dimensionamento de Eletrodutos A taxa de ocupação de um eletroduto não deve ser superior aos seguintes valores percentuais: a) 53% para instalação de um único condutor; b) 31% para instalação de dois condutores; c) 40% para instalação de três ou mais condutores. Para dimensionar um eletroduto, devemos verificar a seção externa dos condutores a serem utilizados na instalação. Essa informação normalmente é encontrada em catálogos técnicos fornecidos por fabricantes. Dimensionamento de Eletrodutos Dimensionamento de Eletrodutos Dimensionamento de Eletrodutos Dimensionamento de Eletrodutos Para saber a seção transversal total (𝑆𝑇𝐶 ) dos condutores que serão instalados no eletroduto, basta somar os valores das seções transversais (externas) de todos esses condutores. Observe a equação a seguir: 𝑆𝑇𝐶 = 𝑆𝐶1 + 𝑆𝐶2 + 𝑆𝐶3 +⋯+ 𝑆𝐶𝑁 (𝑚𝑚 2) Em que: 𝑆𝐶1, 𝑆𝐶2, 𝑆𝐶3 correspondem a seção transversal dos condutores de diferentes seções nominais; 𝑆𝐶𝑁 é a seção transversal do enésimo condutor de diferente seção nominal. Dimensionamento de Eletrodutos Após o calculo da seção transversal total dos condutores que serão instalados no eletroduto, calcularemos a seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸) a ser utilizado. Para isso, devemos considerar que a seção transversal total dos condutores (𝑆𝑇𝐶) corresponde a sua taxa de ocupação de seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸). Esse calculo é realizado por meio de regra de três simples. Exemplo em que se adota uma taxa de ocupação de 40%. 𝑆𝑇𝐶 → 40% 𝑑𝑒 𝑆𝐸 𝑥 → 100% 𝑑𝑒 𝑆𝐸 𝑥 = 𝑆𝑇𝐶 . 100 40 (𝑚𝑚2) Em que x é o valor da seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸). Dimensionamento de Eletrodutos O diâmetro nominal do eletroduto (𝐷𝑁) a ser adotado deve ser igual ou maior ao calculado. Veja um exemplo de tabela técnica de um tipo de eletroduto flexível corrugado de PVC apresentada por um fabricante. Dimensionamento de Eletrodutos A norma relacionada aos eletrodutos plásticos (rígidos e flexíveis), no Brasil, é a NBR 15465 – Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão. nessa norma, os eletrodutos são classificados conforme a resistência mecânica que apresentam. Logo, podem ser denominados de: a) Eletroduto leve; b) Eletroduto médio; c) Eletroduto pesado. Dimensionamento de Eletrodutos Quanto a aplicação, os eletrodutos plásticos podem ser de três tipos, conforme mostrado na tabela a seguir: Dimensionamento de Eletrodutos A NBR 15465 ainda determina que os eletrodutos plásticos devem ser diferenciados por cores, conforme pode ser visto na tabela abaixo: Exemplo 1 – Dimensione o diâmetro nominal de um eletroduto flexível corrugado de PVC no qual serão instalados sete condutores isolados. a) Circuito 1: 2 condutores de 2,5 mm² - 𝑆𝐶1 = 20,4mm² b) Circuito 2: 2 condutores de 4,0 mm² - 𝑆𝐶2 = 27,8𝑚𝑚² c) Circuito 3: 3 condutores de 6,0 mm² - 𝑆𝐶3 = 51,9𝑚𝑚² Exemplo Calculo das seções transversais dos condutores dos circuitos (𝑆𝐶): 𝑆𝐶1 = 10,2 x 2 = 20,4mm² 𝑆𝐶2 = 13,9 𝑥 2 = 27,8𝑚𝑚² 𝑆𝐶3 = 17,3 𝑥 3 = 51,9𝑚𝑚² Calculo da seção transversal total(𝑆𝑇𝐶) dos condutores que serão isntalados no eletroduto: 𝑆𝑇𝐶 = 𝑆𝐶1 + 𝑆𝐶2 + 𝑆𝐶3 = 20,4 𝑚𝑚 2 + 27,8 𝑚𝑚2 + 51,9 𝑚𝑚² 𝑆𝑇𝐶 = 100 𝑚𝑚² Exemplo Para chegar ao valor nominal do diâmetro do eletroduto do exemplo, devemos consultar a tabela seguinte. Sabemos que a seção transversal interna mínima do eletroduto é de 250 mm². com base nesse valor, percorremos a coluna 3 da tabela de cima para baixo ate encontrar um valor igual ou superior ao valor calculado (250 mm²). Dimensionamento de Bandejas, Leitos, Prateleiras e Suportes Horizontais A instalação desses tipos de condutos é prescrita no item 6.2.11.3 da NBR 5410. Nesse caso, somente podem ser instalados cabos unipolares ou multipolares. A norma não estabelece taxa de ocupação para bandejas, leitos, prateleiras e suportes horizontais. A restrição é aplicada a quantidade de camadas de cabos. Os cabos devem ser dispostos, preferencialmente, em uma única camada. Dimensionamento de Bandejas, Leitos, Prateleiras e Suportes Horizontais Para dimensionar o numero de cabos em uma bandeja, vamos calcular quantos cabos, com seção nominal de 70 mm², dispostos em camada única, cabem em uma bandeja que possui 200 mm de largura. O diâmetro externo nominal do cabo (𝐷𝐸𝑁𝐶)de 70 mm² é de 17,1 mm. Assim o numero de condutores é dado pela seguinte fórmula. 𝑁𝐶 = 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑑𝑒𝑗𝑎 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑏𝑜 𝑁𝐶 = 200 𝑚𝑚 17,1 𝑚𝑚 = 11 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 Dimensionamento de Canaletas e Perfilados A aplicação de canaletas é cada vez mais comum em instalações elétricas prediais de baixa tensão, tanto em instalações novas quanto em reformas e ampliações. No mercado, esses produtos são encontrados em diversos modelos e dimensões e há uma variada linha de acessórios, o que facilita a montagem, além de proporcionar funcionalidade e beleza a instalação. Alguns modelos possuem divisões internas para instalação de linhas elétricas, de sinais e de alimentação elétrica. Dimensionamento de Canaletas e Perfilados Os perfilados são muito utilizados em instalações aéreas. Seu emprego em instalações elétricas prediais de baixa tensão possibilita a montagem de uma infraestrutura completa que tem as funções de conduto e de suporte das luminárias. A montagem de redes de perfilados é muito pratica e funcional devido a variada linha de acessórios. Dimensionamento de Canaletas e Perfilados Conforme prescrito no item 6.2.11.4.1 da NBR 5410, é permitida a instalação de condutores isolados e cabos em perfilados e canaletas aparentes. A norma não estabelece taxa de ocupação para esses tipos de condutos, porem, para dimensiona- los, é necessário seguir as recomendações do fabricante. Segundo a NBR 5410, a instalação de condutores isolados em canaletas ou perfilados abertos ou perfurados é permitida desde que estes sejam instalados: a) Em locais acessados por pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5), conforme descrito na tabela 18 da NBR 5410 – Competência das pessoas; b) A uma altura mínima de 2,5 m do piso. Sobre Corrente A norma considera dois tipos de sobre correntes: • As correntes de sobrecarga; • As correntes de curto-circuito. Definições Corrente nominal: é o valor eficaz da corrente de regime contínuo (ou permanente) que o dispositivo é capaz de conduzir indefinidamente, sem que a elevação da temperatura de suas diferentes partes exceda os valores especificados em norma Sobre Corrente Sobrecorrente: são correntes elétricas cujos valores excedem o valor da corrente nominal. As sobrecorrentes podem ser originadas por solicitação do circuito acima de suas características de projeto (sobrecargas) ou por falta elétrica (curto-circuito) Sobrecarga: produzem a elevação da corrente do circuito a valores, em geral, de alguma percentual acima do valor nominal até o máximo de dez vezes a corrente nominal, e trazem efeitos térmicos prejudiciais ao sistema. Disjuntor O disjuntor termomagnético é um dispositivo responsável por monitorar e controlar a corrente elétrica, interrompendo o fluxo de energia sempre que identificar um pico que ultrapasse o considerado adequado. Com isso, o disjuntor protege a instalação elétrica de curto-circuito e outros problemas relacionados à sobrecarga elétrica. Disjuntor Esse tipo de disjuntor possui três funções: • Manobra (abertura ou fechamento voluntário do circuito); • Proteção contra curto-circuito – Essa função é desempenhada por um atuador magnético (solenóide), que efetua a abertura do disjuntor com o aumento instantâneo da corrente elétrica no circuito protegido; • Proteção contra sobrecarga – É realizada através de um atuador bimetálico, que é sensível ao calor e provoca a abertura quando a corrente elétrica permanece, por um determinado período, acima da corrente nominal do disjuntor. Disjuntor Disjuntor Disjuntor Para dimensionar o disjuntor por circuitos, devemos adotar os seguintes critérios: • Iluminação residencial básica: Os disjuntores não devem ser superiores a 10 A e os cabos condutores devem ser de no mínimo 1,5 mm². • TUG’s: Disjuntores não devem ser superior a 20 A e os cabos condutores devem ser de 2,5 mm². Em circuitos com tensão de 127 V a soma da potencia não deve ultrapassar a 2540 W e em 220 V 4400 W • TUE’s: Nesse caso no manual dos equipamentos é descrito o disjuntor correto para proteção do mesmo, sendo assim, é recomendado um circuito separado para cada equipamento e um disjuntor para cada circuito. Disjuntor Recomenda-se que para o disjuntor do circuito não ficar sobrecarregado, dimensionar o mesmo de forma com que a corrente nominal do disjuntor esteja em um valor acima da corrente de projeto e abaixo do valor de corrente suportada pelo condutor. Alguns valores de corrente nominal de disjuntores de acordo com as normas NBR NM 60898 e NBR IEC 60947-2 são: * 2 A, 4 A, 6 A, 10 A, 16 A, 20 A, 25 A, 32 A, 40 A, 50 A, 53 A, 70 A, 80 A, 100 A, 125 A. OBS: Todo equipamento que possuir uma corrente superior a 10 A, o mesmo deverá ter um circuito exclusivo para ele. Disjuntor Outras características de um disjuntor termomagnético referente a sua aplicação, são as suas curvas de operação: • Os disjuntores de curva B são indicados para cargas resistivas com pequena corrente de partida, por exemplo, aquecedores elétricos, fornos elétricos, lâmpadas incandescentes e atuam em correntes de curto de 3 a 5 vezes a corrente nominal. • Os disjuntores de curva C são indicados para cargas de média corrente de partida, por exemplo, motores elétricos, lâmpadas fluorescentes e maquinas de lavar roupas e eles atuam em corrente de curto de 5 a 10 vezes a corrente nominal. • Os disjuntores de curva D são indicados para cargas de grande corrente de partida, por exemplo, transformadores e eles atuam com corrente de curto de 10 a 20 vezes a nominal. Disjuntor Para dimensionar o disjuntor ideal para cada circuito o calculo básico a ser usado é o da lei de Ohm: 𝐼 = 𝑃 𝑉 Onde: I – É a corrente nominal calculada do circuito (A); P – É a soma das potencias do circuito (W); V – É a tensão nominal da rede (V). Disjuntor DR (Diferencia Residual) O disjuntor DR possui como função básica acusar e desarmar o circuito em que está empregado caso ocorra uma fuga de corrente seja por curto circuito e ocasionando sobrecarga ou também caso um simples cabo decapado esteja dando massa em algum lugar da edificação e/ou uma pessoa levar um choque nesse local. Disjuntor DR (Diferencia Residual) Esses dispositivos de proteção são recentes, e possuem um Núcleo Toroidal em seu interior, ou seja, um anel de ferrite, então são enrolados os cabos a serem monitorados, sendo assim quando a quantidade de corrente elétrica que entra for igual a corrente que sai o dispositivo permanece no mesmo estado, armado, porém quando a corrente que sair for menor do que a grandeza que entrou, o dispositivo entende que há uma fuga elétrica, então outro ponto do dispositivo amplificao sinal e realiza uma comparação do valor da fuga, onde, se o valor for acima do projeto do DR ele irá desarmar e cessar a passagem de corrente em todo circuito, essa corrente projetada em DR geralmente é próximo de 30 mA. Disjuntor DR (Diferencia Residual) Na norma NBR 5410 existe um item (5.1.3.2.2) que fala exatamente sobre os DR’s e suas aplicações em residenciais, vejamos as características dos locais que devem receber essa proteção: • Circuitos que possui pontos de utilização em locais que contenham chuveiros, banheiras, torneiras, etc; • Circuitos que contemplem tomadas em áreas externas; • Circuitos que tenham tomadas internas porém que possam alimentar aparelhos na área externa; • Circuitos com tomadas em áreas como cozinhas, copas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e áreas que possam ser submetidas a lavagens ou normalmente molhadas. Disjuntor DR (Diferencia Residual) Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS) DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos) são dispositivos capazes de evitar qualquer tipo de dano, descarregando para a terra os pulsos de alta- tensão causados pelos raios. Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS) A seleção dos DPSs deve atender as prescrições da Comissão Internacional de Eletrotécnica – IEC 61643-1 e também as prescrições do capitulo 6.3.5.2.4 da NBR 5410 nas seguintes características técnicas: c) Tensão de suportabilidade a impulsos (𝑼𝑷): o dispositivo deve ser compatível com a categoria II de suportabilidade a impulsos, indicada na Tabela 31 da NBR 5410 (Suportabilidade a impulso exigível dos componentes da instalação). Assim, a tensão de suportabilidade a impulsos (UP) do DPS não deve ser superior ao indicado na referida tabela. Em uma rede elétrica com tensão nominal de 220/127 V, por exemplo, o nível de proteção Up do DPS não deve ser superior a 1,5 kV. Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS) d) Tensão máxima de operação continua (𝑼𝒄): esse valor deve ser igual ou superior aos indicados na Tabela 49 da NBR 5410 (valor mínimo de UC exigível do DPS, em função do esquema de aterramento). Para esquemas de aterramento TT e TN-S, por exemplo, a tensão UC do dispositivo devera ser, no mínimo, 1,1 vezes a tensão entre fase e neutro. e) Corrente nominal de descarga (𝑰𝑵): quando o DPS for destinado a proteção contra sobretensões de origem atmosférica indiretas, ou seja, transmitidas pela linha externa de alimentação e contra sobretensões de manobra, esse dispositivo deverá ter as seguintes características técnicas: • Para cada modo de proteção entre os condutores de fase e o de proteção (PE ou PEN), o valor da corrente nominal de descarga (In) devera ser igual ou superior a 5 kA. Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS) • Quando o DPS for utilizado entre os condutores neutro e o de proteção (PE) instalado em uma rede monofásica, o valor da corrente nominal de descarga (In) devera ser igual ou superior a 10 kA. • Quando o DPS for utilizado entre os condutores neutro e o de proteção (PE) instalado em uma rede trifásica, o valor da corrente nominal de descarga (In) devera ser igual ou superior a 20 kA. Aterramento A palavra aterramento se refere a terra porque esta é adotada como ponto de referencia zero, uma vez que nos circunda por todos os lados. Quando dizemos que algum equipamento esta aterrado, significa que sua massa esta intencionalmente ligada a terra. Portanto, aterrar quer dizer colocar instalações e equipamentos no mesmo potencial da terra. O objetivo mais amplo de um sistema de aterramento é obter uma diferença de potencial próxima de zero entre os condutores de proteção é obter uma diferença de potencial próxima de zero entre os condutores de proteção e as massas condutoras (de um equipamento ou uma instalação), inclusive as ferragens e tubulações metálicas da edificação. Aterramento Esquemas de Aterramento A NBR 5410 estabelece os esquemas de aterramento utilizados em instalações elétricas de baixa tensão. Nesses esquemas, são utilizados os seguintes símbolos: Esquemas de Aterramento Os esquemas de aterramento possuem nomenclaturas segundo suas classificações. A primeira letra representa a situação da alimentação em relação a terra: • T: ponto diretamente aterrado; • I: isolação de todas as partes vivas em relação a terra ou aterramento de um ponto através de impedância. A segunda letra representa a situação das massas da instalação elétrica em relação a terra: • T: massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto da alimentação; • N: massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado é normalmente o neutro). Esquemas de Aterramento Outras letras (eventuais) representam a disposição dos condutores neutro e de proteção: • S: funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos ou separados; • C: funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (PEN) ou conjugados. Proteção Contra Descargas Atmosféricas - SPDA A NBR 5410 não prescreve sobre proteção contra descargas atmosféricas diretas, porem alerta sobre a necessidade de proteção contra as sobre tensões transitórias originadas pelos fenômenos atmosféricos em linhas energia elétrica e de sinais. Portanto, essa norma prescreve sobre o sistema interno de proteção contra descargas atmosféricas e alerta que as pessoas, os animais e os bens não deve estar vulneráveis aos efeitos prejudiciais das sobre tensões geradas pelas descargas atmosféricas. SPDA Especificação do SPDA Para que as edificações sejam protegidas contra a incidência direta dos raios, a NBR 5419 fornece subsídios para realização do projeto, maneira de instalar e manutenção do SPDA. Essa proteção é estendida as pessoas e aos equipamentos que se encontram no interior das edificações. No dimensionamento, além da aplicação da NBR 5419, devem-se considerar, também, os regulamentos de órgão públicos (Código de Obras Municipal, Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros), assim como as exigências das empresas seguradoras, visto que as descargas atmosféricas podem provocar danos a edificação e incêndios. SPDA O projeto de um SPDA deve ser elaborado em conjunto com o projeto da edificação, visando a utilizar todos os elementos condutores da própria estrutura, pois o acesso a terra e a utilização adequada das armaduras metálicas das fundações como eletrodo de aterramento podem não ser possíveis após o inicio dos trabalhos de construção. Assim, torna-se necessário um trabalho em conjunto entre o projetista, o engenheiro, o arquiteto e o construtor, desde a concepção do projeto, passando pelo acompanhamento, ate a conclusão da obra. SPDA A NBR 5419:2005 prescreve ainda que o SPDA é composto por subsistemas que desempenham as seguintes funções: • Captor: capta ou intercepta as descargas atmosféricas; • Condutores de descida: conduzem a corrente de descarga atmosférica proveniente do captor ate aterramento; • Aterramento: conduz e dispersa para terra a corrente de descarga atmosférica proveniente dos condutores de descida; • Eletrodo de aterramento: mantem o contato elétrico com o solo (terra) e permite a dispersão da corrente de descarga atmosférica. Construtivamente, os eletrodos de aterramento podem ser ligados em formato de anel fechado em torno da edificação, embutidos nas fundações da edificação ou o conjunto dessas medidas. Os condutores de descida são conectados ao eletrodo de aterramento por meio da conexão de medição, facilitando os ensaios e medições elétricas dos componentes do SPDA. SPDA • Componente natural: partes de uma edificação que não foram concebidas especificamente para essa finalidade, mas desempenham a função de proteção contra descargas atmosféricas. São exemplos de componentes naturais os pilares metálicos; as armaduras de aço do concreto, utilizadas como condutores de descida; as coberturas metálicas, utilizadas como captores; e as armadurasde aço das fundações utilizadas como eletrodos de aterramento. É composto por um captor, instalado sobre um mastro, ligado no subsistema de condutores de descida. Método de Franklin Método Gaiola de Faraday É constituído por uma malha de cabos, normalmente de cobre nu, interligados para captação das descargas atmosféricas. Método Eletrogeométrico Também conhecido como método da esfera rolante ou fictícia, esse método baseia-se na delimitação do volume a ser protegido pelos captores de um SPDA. É um método geralmente aplicado em estruturas altas ou de formas arquitetônicas complexas. Luminotécnica A luminotécnica consiste não somente em nos propiciar um ambiente iluminado, mas também nos fornece parâmetros a criação de um ambiente harmonioso e agradável. A norma brasileira que trata de iluminação de interiores é a NBR ISSO/CIE 8995-1:2013. Com base na norma brasileira, é essencial que as distintas tarefas domesticas e de trabalho sejam realizadas com facilidade e com conforto nos ambientes em que elas acontecem. Dessa maneira, a iluminação deve satisfazer aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente. Em geral, a iluminação deve assegurar: • Conforto visual; • Desemprenho visual • Segurança visual. Luminotécnica Cálculo para iluminação de interiores Um dos parâmetros mais importantes das lâmpadas é a tonalidade de cor. Esse parâmetro diz a respeito da temperatura de cor em Kelvin. Quanto mais branca a cor da lâmpada, mais sua iluminação se assemelha ao meio-dia; quanto mais amarelas, mas sua iluminação se assemelha ao entardecer. As cores mais brancas são indicadas para tarefas que exigem maior precisão, enquanto as amarelas provocam sensação de conforto. Luminotécnica Luminotécnica Parâmetros Técnicos Existem parâmetros técnicos de luminotécnica definidos de acordo com o ambiente, seguindo a normalização já citada. 1 – Luz Luz é a faixa de onda eletromagnética visível ao olho humano. Luminotécnica 2 – Fluxo luminoso O fluxo luminoso é a radiação total de luz emitida por uma lâmpada, sua unidade de medida é o lúmen (lm). 3 – Iluminância Iluminância ou iluminamento é a luz que uma lâmpada irradia, relacionada com a superfície na qual incide. Como a iluminação não é a mesma em todos os pontos, consideramos para cálculos a Iluminância média (Em) – cuja unidade de medida é o Lux (lx). Luminotécnica 4 – Ofuscamento A incidência direta de iluminação sobre partes brilhantes pode causar erros da parte de quem realiza uma tarefa no ambiente, fadiga e ate acidentes. Podemos evitar ofuscamento com proteção contra visão direta das lâmpadas ou de luz proveniente de janelas. O ofuscamento pode ser evitado utilizando luminárias com difusores. Os difusores não permitem que fluxo luminoso incida em uma única direção. Também podemos adotar luminárias com ângulos de cortes mínimos. Nessa condição, a lâmpada ficara alojada de maneira que a iluminação da luminária se dará de forma indireta. Luminotécnica De acordo com orientação da NBR ISO/CIE 8995-1, que trata de iluminação de interiores, deve-se adotar α = 15º para lâmpadas fluorescentes. A norma especifica os valores dos ângulos de corte mínimo para outros tipos de lâmpadas, como incandescentes e de descarga. Luminotécnica • Iluminância média (Em); • Índice de ofuscamento (UGRL); • Índice de reprodução de cores (Ra). Luminotécnica 5 - Luximetro O luximetro é o aparelho de medição utilizado para efetuarmos as medidas de iluminâncias mínimas. Ele é composto por um sensor de luz e um circuito eletrônico com mostrador digital. Método dos Lúmens O método dos Lúmens leva em consideração tipo de atividade, cores das paredes, teto e piso, tipo de luminária, altura da luminária em relação ao ambiente de trabalho e desgaste do sistema. Exemplo: Dimensionar o sistema de iluminação de uma sala de aula para educação de adultos, que sera utilizada no período noturno, pelo método de lumens. Dados: • Dimensões – comprimento 9 m; largura 7 m; altura 3,07m. • Mesas de trabalho – 0,8 m. • Teto branco, paredes brancas, piso de madeira. • Ambiente com carga de poluição normal. Método dos Lúmens A escolha da luminária deve levar em consideração o tipo de atividade, lâmpada utilizada, fatores econômicos e ate decorativos. Sempre que possível, devemos optar por luminárias com difusor ou que tenham lâmpadas protegidas. Dessa forma, podemos evitar o ofuscamento. Método dos Lúmens O índice de local é o fator que relaciona as dimensões do ambiente com a altura entre o ponto de trabalho e a luminária. O índice do local pode ser calculado através da seguinte formula: 𝐾 = 𝐶𝑥𝐿 𝐴 𝐶 + 𝐿 Em que: C = comprimento em metros; L = largura em metros; A = altura útil em metros. Método dos Lúmens Método dos Lúmens Determinação do coeficiente de utilização (Cu) O coeficiente de utilização relaciona as refletâncias do teto, da parede e do piso com o fluxo luminoso emitido pela fonte de luz e o fluxo recebido pelo plano do trabalho. Os índices de refletância variam de acordo com a tabela abaixo. Método dos Lúmens De acordo com o exemplo, temos teto branco, paredes brancas e piso de madeira. Teto branco – 80% Paredes Brancas – 50% Piso de madeira – 10% Agora aplicaremos os dados na tabela de refletâncias da luminária escolhida juntamente com o índice do local calculado (k=2). Método dos Lúmens Método dos Lúmens Fator de Manutenção (Fm) As luminárias e lâmpadas tendem a acumular sujeira com o decorrer do tempo, o mesmo ocorre com as paredes e teto, diminuindo, assim, as refletâncias. Para corrigir futuras perdas de eficiência luminosa, devemos utilizar o fator de manutenção. Ele leva em consideração se o ambiente é limpo ou sujo e o tempo de manutenção periódica, com a devida substituição de lâmpadas queimadas. Número de Luminárias e Distribuição Para calcularmos o numero de luminárias, devemos, primeiramente, encontrar o valor total em lumens necessários para o ambiente, através da formula: Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐸𝑚𝑥𝐶𝑥𝐿 𝐶𝑢𝑥𝐹𝑚 Em que: Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 – em lumens (lm); Em – iluminação média em Lux (Lx); C – comprimento em metros (m); L – largura em metros (m); Cu – coeficiente de utilização; Fm – fator de manutenção. Número de Luminárias e Distribuição No nosso exemplo temos: Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 500𝑥9𝑥7 0,68𝑥0,67 Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 69.140 𝑙𝑚 A luminária adotada é composta por duas lâmpadas fluorescentes de 32 W. Vejamos, a seguir, a tabela com os fluxos luminosos para lâmpadas fluorescentes tubulares, em lúmens. Número de Luminárias e Distribuição Portanto, para calcularmos o numero de luminárias, basta dividir o fluxo total necessário do ambiente pelo fluxo de duas lâmpadas de 32 W, pois cada luminária contem duas lâmpadas. 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 = Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 Φ𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠𝑥2 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 = 69.140 1900𝑥2 = 18 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 Número de Luminárias e Distribuição A distribuição das luminárias deverá obedecer a seguinte recomendação de distancias: X – é o resultado da medida da largura dividido por 3. Y – é o resultado da medida do comprimento dividido por seis. Automação Predial Trata-se da aplicação de sistemas de controle baseados na automação para todas as funções encontradas no ambiente, integrando seus acionamentos e visando sempre a praticidade, simplicidade e objetividade dos comandos. Todas estás funções sem se desfazer da beleza, do conforto e valorizando o ambiente. Diz-se a respeito das famosas “casas inteligentes”. São ambientes em que tudo é programado e pode ser remotamente controlado. Atualmente temos tecnologias que permitem, por exemplo, ativar via internet uma banheira, acionar a cafeteira, ativar o ar condicionado via celular, ter lâmpadas acesas através de sensor de presença, a porta abre ao se aproximar da mesma, abrir o portão da garagem através de um controle, entre outros. Para isso, a residência precisa ter uma
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