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Direito Tributário I PROVA: 16.04.2013 26.02.13 Este professor também garante que os seminários dele também não são chatos. Toda semana os alunos terão 1 caso com os monitores. Serão divididos me 5 grupos. Cada semana o professor dará 1 caso que terão argumentos para o fisco e para o contribuinte, mas nenhum dos 2 têm razão. A meta é descobrir como ganhar o caso. Quem não se preparar para o seminário não venha, porque se for sorteado vai representar o grupo. Quem não preparar e não vier ganha a nota. A preparação do aluno é fazer 1 sustentação a favor do fisco ou do contribuinte etc. Não pode iniciar com jurisprudência nem doutrina. Terá 10 minutos para fazer a sustentação, pode fazer de tudo, inclusive Power Point, estrelinha, etc. Só não pode começar com jurisprudência. Quem não é fisco nem contribuinte é julgador, e vai fazer o voto numa cédula. O grupo que ganhar vai ter 1 “A” a mais. Depois tem 5 minutos de réplica e tréplica, não vale nota, mas vale voto, portanto, pode ir o mais simpático e loquaz do grupo. O julgador também tem que preparar, porque vai anotar os argumentos, relatar e preparar 1 voto em 1 semana (à moda do Portugal). Toda semana tem 1 nota de seminário, porque sempre 1 grupo vai fisco, outro vai ser contribuinte, outro vai ser julgador. A média dos seminários vai representar 30 % da nota. E as provas, 35%% cada. As provas são diferentes. 1 semana antes o professor vai divulgar 5 provas. Cada prova é 1 caso, que será mais complexo que os seminários. Na prova tem que se identificar os institutos jurídicos relevantes e explicar o que é, apontar os argumentos do fisco e do contribuinte, e decidir quem tem razão. Cada membro do grupo vai preparar 1 das 5 provas. Eles vão se reunir e discutir as provas. Assim o grupo vai conhecer as 5 provas. Esse é o grupo ideal. O outro perfil é aquele que vai procurar o gabarito que está circulando na classe. Mas esse pensa que sabe, na hora da prova não vai saber. A discussão do grupo ajuda a pensar e absorver a prova. No dia da prova, cada 1 vai receber a prova com seu próprio nome. No dia da prova não tem consulta a nada. As provas não são bobas. As provas são tão bem elaboradas que quem souber responder as 5 provas sabe toda a matéria do semestre. Cola magoa o professor. Ele está magoado com 1 menina do ano passado até hoje. É como se fosse 1 tapa na cara, 1 traição. Bibliografia: livro do professor: Direito tributário da Saraiva. Cada capítulo é 1 aula. O professor já escreveu a 3ª edição, mas ainda não saiu. Aula Historicamente, como começou a tributação, é interessante a ligação entre tributo e falta de liberdade. Quem pagava tributo era o sujeito que não tinha liberdade. O vencedor da guerra tinha Direito ao despojo de guerra. Inclusive as pessoas eram propriedade dos vencedores da guerra. Mas não é muito prático pegar tudo e arrastar até a terra do vencedor. Assim, os vencedores deixavam os vencidos na terra deles, e, já que os vencedores autorizaram os vencidos a ficarem no seu lugar, nada mais justo que parte de suas riquezas fossem entregues aos vencedores. Os cidadãos não pagavam tributos. Contribuíam com a comunidade, inclusive lutando, mas isso não era tributo. O tributo era o símbolo da falta de liberdade. Essa 1ª visão de tributo vai ter 1 mudança importante na Idade Mérdia. Ali havia 1 mensagem muito forte do cristianismo, para o qual era intolerável alguém fazendo algo contra a vontade, porque o pressuposto era a liberdade. Como era possível conciliar que todos nascem livres com a obrigação de pagar tributo? Era necessária outra mentalidade para obrigar a pagar o tributo. A gente tem a tentação brutal de achar que o Império Romano caiu num só dia. Mas não, os próprios costumes dos bárbaros foi incorporado aos romanos, porque a suplantação foi gradual. E os bárbaros tinham a instituição dos comendados. Os guerreiros uniam-se entre si. E para que isso funcionasse teria que ter perfeita lealdade entre os guerreiros. Os cavaleiros se uniam, e faziam a comendatio, que era 1 voto de fidelidade ao líder e ao grupo. 1 das cláusulas do juramento é que se 1 deles morressem, a família dele receberia 3 vezes mais de tudo que ele ganhasse. E a comendatio foi introduzida na corte de Carlos Magno. Na forma de que o rei tinha com as pessoas 1 juramento de fidelidade. A partir desse juramento, o rei entregava aos outros parte dos territórios, ou parte de suas funções, para eles administrarem, embora continue do rei. Isso criou as relações de suserania e vassalagem. E, assim como os vassalos administravam algo do patrimônio do rei, eles tinham que entregar parte daquilo que produziam ao rei. Mas isso não era obrigação, era manifestação de vontade. O curintiano concordou em fazer esse juramento de fidelidade ao rei, porque quis. E esses nobres passam a fazer essas relações de confiança com outros, gerando os feudos. E, em última instância, não é o povo que paga tributo ao rei. Ele paga para 1 nobre, esse paga para outro, e assim por diante, até chegar ao rei. Até que os nobres fiquem fortes o suficiente para que o rei não possa mais exigir. O rei vive de seu patrimônio, é o que se chama de Estado patrimonial. Assim o tributo não é falta de liberdade, mas de exercício de liberdade. Tanto é assim que se o jurado morrer, o filho teria que jurar a fidelidade para herdar os benefícios. A manifestação de vontade era pessoal. Esse Estado patrimonial, por sua vez, vai avançar para chegar a 1 nova forma, quando ele se reintegra, e o Estado, na concepção absolutista, é o detentor de toda a liberdade. Não é que o curintiano tinha 1 liberdade anterior, essa liberdade, ou essa propriedade, é do Estado, e ele lhe assegura. E, assim, já que ele lhe assegura, ele retém 1 parte para si. Porque, afinal, ele podia ficar com tudo. Avançando, o Estado policial, absolutista, que era tudo, inclusive a economia, é sucedido pelo liberalismo e a revolução liberal. É o Estado do “laissez faire”. O Estado era 1 mero guarda- noturno, que apenas observa para ver se está tudo em ordem, e tem que deixar o mercado funcionar livremente. Mas, como é possível manter o Estado fora da economia, e que ele tenha meios de exercer as suas funções? É preciso fornecer meios para isso sem que ele entre na economia. É o Estado fiscal, aquele que vive de tributos. Mas o tributo vai ser pago para o Estado, para que ele não precise intervir na economia. Ele é pago para ficar na dele, longe da economia. O tributo, agora, é o preço da liberdade. Essa visão liberal do Estado, essa exacerbação do liberalismo, tem 1 nova fase no século XX, quando se percebe que essa liberdade não é suficiente sem a igualdade. "For example": o Ivan, que se forma na Facvldade de Direito do Largo de São Francisco, se torna 1 tributarista dos bons, e, em pouco tempo pode comprar aquele relógio carésimo. Depois de 3 anos está com seu rolex, sua Ferrari, recebendo beijinhos das motoqueiras no trânsito, etc. Mas ele prefere andar de metrô e vem para a faculdade, e desce na Sé. O Rolex chega junto com ele? Por isso o Ivan não é livre, é prisioneiro de sua Ferrari. Na Alemanha não é assim, claro. Todo mundo anda de Rolex na rua, e as ferraris ficam estacionadas com as portas abertas. Por isso percebe-se que a liberdade tem que ser coletiva. Tem que ter igualdade, para todos serem livres. Por isso surge o Welfare State, que custa muito, é muito caro. E o Estado precisa de meios para prover a inclusão social. Por isso exacerba-se a tributação. O tributo é 1 preço da liberdade, mas a liberdade coletiva é muito mais cara que a individual. Este modelo de Estado está sendo superado quando se passa a questionar se de fato o Estado é o grande provedor da liberdade coletiva. Hoje a pergunta é: tem que ter mais empregos, mas o dinheiro na mão do Estado gera mais empregos, ou na mão da iniciativa privada? O Estado tem o monopólio da liberdade coletiva,ou é necessário limitar o Estado para que a economia e a sociedade garantam empregos e a liberdade coletiva. Nessa visão nova, se retoma a ideia de limitar a tributação e a atuação do Estado, não mais a partir da perspectiva individualista, mas porque os agentes econômicos não podem ser sufocados, para não deixarem de gerar empregos. Isso é importante para quando se for estudar autores antigos, saber em qual contexto aquele curintiano vivia. Ainda hoje se fala em dever fundamental de pagar tributos (para garantir direitos fundamentais), o que é jurássico. Mas isso pode ser questionado hoje porque "non ecziste" relação direta entre direitos fundamentais e Estado, porque a sociedade também assegura direitos fundamentais, e, por isso, tem limites à tributação. Como os economistas falam dos tributos? Quais as funções dos tributos? 1º função óbvia � arrecadar. O professor não pode, pelo horário e idade da plateia, falar o que os economistas falam da arrecadação. Por isso ele vai falar as outras funções. Outra função: equilibrar a oferta e a demanda (ponto de equilíbrio, ponto de Pareto). Definição de eficiência � num sistema econômico eficiente,quando já não é possível melhorar a situação de 1 agente sem prejudicar o outro. 1º teorema de Warrance/Wallrass � todo mercado em concorrência perfeita chega no equilíbrio e na eficiência, que é o ponto de Pareto. A sala é 1 sistema econômico. O professor junta esse balaio e manda todo mundo por tudo o que tiver na sala em um balaio, e o professor diz que é tudo dele. Esse sistema econômico é eficiente? Pela definição acima é, porque não poderá ser melhorada a situação de ninguém sem piorar a do professor. Por isso a única meta do sistema econômico não pode ser só a eficiência, mas também a equidade. E até que ponto se pode abrir mão da eficiência em nome da equidade? Robinson Crusoé e Friday � Robinson, no seu lado da ilha, tem 1 coqueiro com 12 cocos. E o Friday não tem coco nenhum. E o Robinson pensa em jogar os cocos para o Friday, mas pode não chegar nele e ficar no mar. Talvez ele jogue 1 coco, jogue o 2º, e, será que ele pode arriscar e jogar 1 3º? 2º teorema � nas mesmas condições iniciais, o equilíbrio será o mesmo. Ou seja, se o equilíbrio não é o desejado, é preciso mudar as condições iniciais. Assim, se se quiser mais justiça, tem que se mudar as condições iniciais. "For example": redistribuindo riquezas. Como? "For example": pela tributação. Assim, a 2ª função do tributo é a função distributiva. Assim, pela distribuição de riqueza, pode-se chegar a outro ponto de equilíbrio no mercado. A 3ª função é a alocativa. Se o preço recebido pelo vendedor for diminuído com tributos, a oferta diminuirá. Assim, o preço aumentará para que o sistema continue em equilíbrio. Desse modo, haverá 1 deslocamento da curva de oferta (que na verdade é 1 reta), em função do tributo, e o ponto de equilíbrio irá mudar. Assim, a tributação implica menos bens oferecidos com 1 preço mais alto. Esse é o efeito ineficiente da tributação. De certo modo, o tributo é sempre ineficiente. O tributo sempre muda o comportamento. Porque alguém sempre quer dar 1 jeito de fugir. Gabriel é o primeiro Homo Sapiens desde Aristóteles. Os demais são Homo Oeconomicus. Dê-me ganho tamo junto.Dê-me perda, tô fora. "Non ecziste" tributo neutro, salvo o tributo “per capita”, em que o Eike Batista e o mendigo paguem R$ 100,00. Mas, desde que se crie 1 regra em que alguém pague e alguém não pague, cria-se brechas para fugir dele. Stevens criou 1 expressão que é o duplo dividendo do tributo. Ele disse que num sistema tributário ideal o tributo pode, não só arrecadar, mas também gerar eficiência. Mas como, se o tributo gera ineficiência? O raciocínio do professor é típico dos economistas: ele raciocinou sobre 1 mercado de concorrência perfeita. Maaaas, o mercado real não é de nem de longe de concorrência perfeita, embora os economistas não percebam isso. Se o mercado fosse perfeito, qualquer tributação geraria ineficiência, porque se parte da eficiência. Mas, ao se admitir que o mercado tem ineficiência, por meio da tributação, pode-se trazer o mercado para mais próximo da eficiência, corrigindo falhas de mercado. Assim, a tributação, na sua função alocativa, realoca os fatores econômicos. Pode-se intervir na economia por meio dos tributos, para gerar 1 sistema econômico mais próximo do mercado ideal. O tributo pode gerar mercado. E, assim, o tributo passa a ser eficiente porque gera eficiência. Falhas de mercado clássicas: desequilíbrio de informação. Como corrigir isso com tributo? Exemplo hipotético: o novo mercado, do mercado de capitais, quem entra nele tem que dar muito mais informações sobre sua saúde financeira. Assim, poder- se-ia tributar diferentemente os ganhos obtidos no novo mercado e no velho mercado, o que empurraria gente para o novo mercado, gerando informação. Outra falha: mobilidade dos fatores: no mercado ideal o agente é ágil, a oferta e demanda são imediatas. No mercado real, os agentes demoram a reagir aos estímulos de mercado. "For example": incentivo fiscal de depreciação acelerada para compra de novas máquinas, para o agente se adaptar às condições de mercado. Outra falha: concentração econômica: o “Simples” tributário. Imposto em cascata incentiva a concentração econômica, porque se tenta reduzir as etapas tributáveis. O Simples estimula a horizontalização. Outra falha: externalidades. O que são: os ganhos e perdas que não são internalizadas. O que é isso??? O professor só sabe dar aula. E, por isso abre 1 escola. E, por isso, quanto mais mensalidade ele receber, mais vagas ele criará na escola dele. Mas toda atividade econômica gera ganhos e perdas que não são internalizados. "For example": não é só o professor que ganha por criar 1 escola no bairro. Quando tem 1 escola perto, as mães vão preferir trabalhar ali perto. Quando houver 1 oferta de trabalho por ali, vai ter mais interessados pela vaga. Por isso a escola do professor gera ganhos para a sociedade, externalizados. Se o professor externalizou aquele ganho, ele não vai ser motivado a aumentar a quantidade de vagas por causa desses ganhos externalizados. Assim, não seria razoável que a sociedade repartisse com a escola parte daqueles ganhos externalizados? Ele poderia ter isenção fiscal, o que o levaria a aumentar as vagas, porque ele estaria internalizando 1 externalidade. Por outro lado, a atividade do professor também gera externalidades negativas: 1 trânsito horrível nas proximidades da escola, com filas duplas, etc., na hora da saída dos alunos. E, naquela hora, 1 senhora para na fila tripla, e o Bedel vai chamar o filho da tiazinha, enquanto o professor está atrás esperando pacientemente, até que a paciência acaba e ele buzina, e ainda é chamado de insensível. Assim, todos vão desviar daquela rua, entupindo o trãnsito de outros locais. Os comerciantes vão preferir fechar as portas naquela hora. A escola gerou custo pra vizinhança, que tem que ser internalizado, com a criação da Taxa da Escola. Assim, ou ele diminui o n.º de vagas, ou abre 1 estacionamento na quadra da escola. Exemplo clássico de internalização de externalidade negativa: tributação ambiental. 5ª falha de mercado: bens coletivos: bens que são fornecidos para todos, como a segurança pública. Nessa o tributo tem papel direto, porque permite que os bens coletivos sejam oferecidos a toda a população. 05.03.2013 Fontes do Direito Tributário As fontes estudadas são as fontes formais, de que modo se inova na ordem jurídica tributária. Sim, em matéria tributária a Constituição da República é 1 fonte formal muito importante. Embora ela seja fonte de todo o Direito, ela é muito cuidadosa com o Direito tributário, por isso é que tem tantos precedentes no Supremo Tribunal Federal. No nosso modelo de federação, os entes federados não têm hierarquiaentre si. E, no modelo constitucional como o nosso, se todos podem tratar por igualdade, tem que se dividir qual ente pode fazer o que, e isso tem que ser feito pela Constituição da República. Assim, em matéria tributária surge o termo competência, que é estabelecida pela Constituição da República, para União, Estados e Municípios. O municípiozinho tira sua competência tributária direto da Constituição da República. Não é como na Alemanha, em que os Estados delegam aos municípios alguns tributos. E a competência tributária, por essa mesma razão, é indelegável, porque sai direto da Constituição da República. 1 tributo, portanto, pode ser inconstitucional se instituído por ente federativo incompetente. Outro papel da Constituição da República é a imposição de limites. (Artigo 150 da Constituição da República). Todo tributo tem que ser cobrado por lei, anterioridade, imunidades, etc. A Constituição da República traaz os sins e os nãos da competência tributária. Por isso o Supremo Tribunal Federal se debruça tanto sobre o Direito tributário. E, não bastasse isso, há diversos preceitos e garantias tributárias espalhados. "For example": Artigo 5º � Direito de certidão sem pagar taxa (tributo). Outra coisa que a gente já sabe: tema da tese da titularidade do professor: dizer que quando a lei tributária intervém na ordem econômica, não basta testar a constitucionalidade da lei a partir da ordem tributária, mas também a partir do capítulo da ordem econômica. "For example": o professor cria 1 incentivo fiscal para veículos poluentes: quanto maior a cilindrada, maior o desconto no IPVA. Assim, não só o capítulo tributário é relevante, mas o capítulo da ordem econômica, todo tributo tem 1 efeito na economia. Esse é o preceito de que toda vez que se aplica 1 norma se aplica a Constituição da República inteira. E não vai ser surpresa que o 1º semestre desse curso, a partir da 6ª aula, é praticamente Direito constitucional tributário, porque só se usará a Constituição da República. Seguindo, cai na 2ª fonte formal extremamente importante, que é a lei complementar. A importância dessa lei o professor explica com 1 modelo didático do Souto Maior, que em 69 escreveu 1 livro se valendo da premissa kelseniana, que todos hoje têm que dar mão à palmatória, como sói, porque Kelsen é Kelsen. Quando Kelsen escreveu sobre o federalismo, disse que haveria ordens jurídicas parciais e 1 ordem jurídica total. A ordem jurídica parcial seria dos entes federativos, e a ordem jurídica total é do todo. "For example": tem 1 lei estadual que rege a situação jurídica dos funcionários públicos estaduais. Mas o estatuto federal não tem nenhuma relevância para o professor, assim como os estatutos estaduais de outros estados. A partir dessa constatação simples, verifica-se que existem leis que produzem efeitos só numa ordem jurídica parcial, que é o Estado de São Paulo. E existem leis que surtem efeitos na ordem jurídica parcial da União, como o estatuto federal, não há hierarquia entre eles. Inclusive a União é 1 ordem jurídica parcial. Portanto o Braseeel tem mais de 5000 ordens jurídicas parciais, que convivem e se enquadram a 1 ordem jurídica nacional que paira sobre elas, que é a Constituição da República. E as chamadas leis nacionais, como o Código Civil, que vale para todos. Mas essa determinação é só didática. O congresso é o mesmo que faz a emenda constitucional e a lei federal. Se o professor reconhece que alguns diplomas normativos pertencem à ordem jurídica nacional e outras às ordens jurídicas parciais, entende-se de que as ordens parciais se submetem à ordem geral. E o Souto deu essa sacada para explicar à lei complementar, o Código Tributário Nacional. No jargão entre os tributaristas, se utiliza a expressão “lei federal” e “lei nacional”. A lei federal se refere à ordem jurídica parcial da União. A lei nacional é lei que se sobrepõe a todas as ordens jurídicas parciais. Materialmente falando. Esse papel da Lei Complementar como lei nacional vem da própria Constituição da República. Art. 146. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: Conflito de competência. Quando não se sabe exatamente quem pode cobrar o imposto. "For example": o professor contratou 1 paisagista para fazer o paisagismo da casa dele. O paisagista prestou serviços, ou vendeu mercadoria? A resposta: os 2, mas quem é que vai tributar isso, a prefeitura ou o Estado? Há 1 Lei Complementar que disciplina isso. Isso é 1 conflito vertical. E também existem conflitos horizontais. "For example": o carro paga IPVA no lugar em que é licenciado. Mas tem 1 certo prefeito que estudou nesta Casa que já está dizendo que veículo que fica por 120 dias na cidade tem que pagar inspeção veicular. E se o governo do Estado gosta da ideia e acha que veículo que fica 120 dias tem que pagar IPVA? Por isso tem que ter 1 Lei Complementar para disciplinar isso. Outro papel � regular as limitações ao poder de tributar. 2 possibilidades: 1º, quando a própria Constituição da República, ao prever 1 limitação, prevê 1 lei reguladora. "For example": entidades sem fins lucrativos, na forma da lei. É necessário 1 lei que diga quais os requisitos para isso. Se se deixasse para o município dizer quem é imune, ele vai dizer que só os maiores de 90 anoa acompanhados pelos pais. A mãe do professor dizia que não se amarra cachorro com linguiça. Por isso que a imunidade ou isenção tem que ser disciplinada por Lei Complementar. Porque a Constituição da República é complementada pela Lei Complementar. O que é criar 1 tributo? 1 delas é prever sobre que é cobrado, quem paga (tudo só por lei). Mas o prazo de pagamento tem que estar na lei? Isso não é óbvio. Tem que ser regulado pela Lei Complementar. Nesse caso, o constituinte não pediu expressamente, mas é matéria de Lei Complementar também. 3ª função: estabelecer normas gerais em matéria tributária, sobre 1 porrada de coisas que estão nos incisos. A partir dessas 3 funções, é que surge o Código Tributário Nacional. Em 1946, houve 1 constituinte, o professor de Direito financeiro chamado Aliomar Baleeiro, que depois foi para o Supremo Tribunal Federal. E ele estava ansioso para que o Direito financeiro tivesse autonomia. E brigou para por na Constituição da República que haveria 1 lei que iria estabelecer normas gerais sobre matéria tributária, conflitos de competência e limitações tributárias. Essa lei ganhou 1 anteprojeto, mas ninguém queria que isso acontecesse de verdade, porque achavam que isso iria limitar os poderes dos estados e municípios. Maaaas, de 53 a 64, quando acontece certo movimento político, cujo único consenso é que ele era de viés centralizador, e esse movimento faz a única reforma tributária digna desse nome. Ele revê todo o sistema tributário e cria o sistema que existe até hoje. E, ao mesmo tempo, eles forçam a aprovação daquele anteprojeto de Código Tributário Nacional. E, tamanha era a pressa, que a aprovação de 1 código, pela Constituição da República da época, exigiam 1 trâmite fenomenal que demoraria muito. E eles tiveram a ideia de mudar, onde estava escrito Código, mudaram para Lei, E depois fizeram 1 lei dizendo mudando novamente para código. Não existia Lei Complementar naquela época, por isso foi aprovada como lei ordinária. Quando surge esse texto, começa a surgir 1 movimento numa faculdade da periferia de Perdizes, para tentar recuperar a autonomia dos municípios. Geraldo Ataliba, que era muito municipalista, ele criou 1 leitura do dispositivo dizendo que normas gerais só poderiam ser ditadas para regular as limitações ou conflitos de competência, qualquer outra normageral feriria a autonomia dos municípios. Ele criou a chamada corrente dicotômica. E os professores desta Casa continuaram na corrente tricotômica, que era regular limitações, conflitos de competência e normas gerais. E esse debate veio até 88, quando o constituinte tomou posição e especificou quais as normas gerais que ele queria. É quase como se o constituinte tivesse abrido o índice do Código Tributário Nacional e colocado na Constituição da República tudo o que estava ali. Para fulminar a corrente dicotômica, mas mesmo assim alguns professores até hoje falam nisso. Mas o nosso Código Tributário Nacional, que é lei ordinária, mas ratione materiae, é lei complementar, fala sobre tudo e mais 1 pouco, não só normas gerais. Infelizmente, para contrariar o Souto Maior Borges, se no 146 o professor sai feliz vendo 1 lei nacional, em outro lado, ele bagunça tudo, quando manda Lei Complementar dispor sobre moldura do ISS, do ICMS, etc., mas depois, esse mesmo constituinte, k-ga, no 148, quando fala de empréstimos compulsórios, ele fala que compete à União instituí-lo por meio de Lei Complementar. Como é tributo de competência da União, será lei federal, mas nesse caso a Lei Complementar será lei federal com quórum especial. Quando a União for criar novos tributos também é por Lei Complementar, o que é lei federal. Assim, toda a separação didática do professor vai por água abaixo, porque às vezes a Lei Complementar é 1 mera lei federal. A Lei Complementar tem, porém, os seus papéis previstos na Constituição da República, e eles são exaustivos. E isso é muito relevante na discussão tributária. "For example": nos anos 80 era muito comum discussões tributárias, porque diziam que havia poucos constitucionalistas, e muito inconstitucionalistas, porque todo mundo queria que tudo fosse inconstitucional, e tudo era declarado inconstitucional. "For example": o Finsocial, foi declarado inconstitucional, mas os recursos a União precisava, e por isso quis criar outro tributo para substituí-lo, que era a tal da Cofins. E a União foi estudar os requisitos para criar nova contribuição, e leu na doutrina que precisava de Lei Complementar. E o governo, como mandava no Congresso, foi e criou a Cofins como Lei Complementar. E nessa lei, disse que as sociedades uniprofissionais estava isenta de Cofins. O tempo passa, e a questão é pacificada no sentido de que não precisava ter sido Lei Complementar. Isso ficou super pacificado. Assim, ficou claro que a Lei Complementar da Cofins, pela matéria era de matéria de lei ordinária. E o governo não teve dúvida: quando quis revogar a isenção, tascou 1 lei ordinária. E fica a questão: pode 1 lei ordinária revogar artigo de Lei Complementar? Muitos tributaristas, liderados pelo Hugo de Brito Machado, disseram que não podia, porque a Lei Complementar é superior à lei ordinária. E isso pegou. Mas depois o Supremo Tribunal Federal achou que era bobagem, que o congresso não podia fazer o que a Constituição da República queria só porque havia tratado disso antes por Lei Complementar. A Lei Complementar não poderia travar 1 competência dada pela Constituição da República. E os Supremo Tribunal Federal derrubou essa história da COFINS e ensinou que matéria de Lei Complementar é só a dada pela Constituição da República. Lei A lei é tão importante para o estudo por conta do princípio da legalidade, que ele vai dar 1 aula específica sobre ela. Medida provisória Editada com força de lei. Surgiu 1 discussão importante entre tributaristas: Medida Provisória é só para matéria de urgência, mas se pode falar em urgência em matéria tributária, em a lei tem que entrar em vigor no ano anterior ao da cobrança? Essa discussão teve sentido até a Emenda Constitucional n. 32, que introduziu o § 2º no Artigo 62. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) E tem 2 anterioridades: a anterioridade anual, e a anterioridade de 90 dias da publicação da lei. Ou seja, para cobrar em 1º de janeiro, tem que ser editada a lei em outubro. Assim, a Medida Provisória que instituiu o tributo tem que ser convertida em lei antes do início do calendário seguinte para cobrar o tributo. Ou seja, o tributo é instituído pela Medida Provisória. Mas ele só vai ser cobrado no ano seguinte, se a Medida Provisória for convertida em lei. Assim, a base legal do pagamento não é a Medida Provisória, mas a lei, que pode, dessa forma, ter sido publicada em dezembro, mas a anterioridade dos 90 dias se conta da Medida Provisória. Muito engenhoso. Lei delegada não são fontes de Direito tributário. Não se pode admitir que o Executivo cobre 1 tributo que não tenha passado pelo Congresso. Resoluções Resoluções são fontes formais sim do Direito tributário. São atos editados pelo Senado. Em algumas circunstâncias, o Senado Federal, que idealmente representa os estados, baixa 1 resolução: v.g., para ICMS em operação interestadual, alíquota mínima do IPVA, alíquota máxima de impostos sobre doações, etc. Para dar uniformidade no sistema. Decretos Aparece no Código Tributário Nacional no Artigo 99, em que se tem 1 sensação de que decreto só tem função regulamentadora. Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. Mas isso não é verdade para alguns tributos, cuja alíquota é fixada por decreto: II, IOF, IPI, etc. São atos de política econômica, alguns tributos a alíquota pode ser fixada por decreto para política econômica. Isso não respeita a anterioridade. É à queima-roupa. Decreto Legislativo Veículo introdutor de tratados internacionais � mas o professor discorda disso. Porque é o meio pelo qual o Congresso se manifesta sobre os tratados. Mas o professor acha, e isso não é unânime, incomodou muito ao professor ver os tratados internacionais incorporados à ordem interna por decreto legislativo. Qual o papel do decreto legislativo? O professor acha que não introduz o tratado no ordenamento. Sendo o Braseeel 1 S/A o estatuto é a Constituição da República. A diretoria é o Executivo, e a assembleia dos acionistas é o Congresso. O diretor só pode fazer o que o estatuto o autoriza. Sendo 1 Companhia fechada, classicamente o estatuto preverá 1 série de atos que a diretoria só pode praticar com autorização da assembleia, como, v.g., venda de imóveis. Quem representa a empresa é o diretor, mas se ele não tiver a concordância da assembleia, a assinatura dele não vale 1 centavo. Quem representa o país é o presidente da República, mas ele não pode obrigar o país sozinho. Ele precisa da autorização do Congresso. Quando ele assina o tratado, o Braseeel não está obrigado, sem passar pelo Congresso. E, ao acolher o tratado, edita 1 decreto legislativo, que não é nada mais que 1 concordância do legislativo. Mas é necessário que se pegue o ato com a autorização do legislativo e deposite na organização internacional, ou entrega ao parceiro do tratado. Mas isso ainda não termina o processo, embora o país esteja, então, obrigado. Mas, aí, vem o último ato, a promulgação, que é a publicidade do tratado, afinal, ninguém está obrigado a obedecer algo que não está público. Mas ainda há outra corrente de que não precisava introduzir tratado na lei interna, mas acredita na teoria da transformação. São os transformistas, que acreditam que o tratado se transforma em lei interna. Outra corrente, a adoção, diz que o tratado adotado na ordem interna, não perde sua característica internacional. "For example": o Braseeel tinha 1 tratado tributário com a Alemanha, em que isentavade tributação algumas coisas. Até que o governo alemão comunicou ao governo brasileiro que iria denunciar o tratado, como de fato denunciou. O professor pergunta para 1 transformista: como explicar que 1 ato do governo alemão foi suficiente para revogar 1 “norma interna” do Braseeelm, que era o tratado transformado? Ou, o que é pior: o tratado não valeria na Alemanha, mas valeria no Braseeel até que o Congresso se manifestasse. Assim, o professor acha que o tratado internacional continua internacional. O 2º passo é a hierarquia do tratado em relação à lei. O que prevalece? O que o professor gastou de tinta com essa pergunta não está escrito. Até que caiu ao professor a ficha de que a pergunta é que estava errada, porque ele perguntava sobre prevalência e não cabia prevalência, porque entre tratado e lei interna não há antinomia. "For example": se o professor criar 1 imposto novo, o IPTU sobre propriedades de governos estrangeiros no exterior, como, "for example": a Casa branca. O professor reúne o congresso e, à unanimidade, cria esse imposto. E, quando o Obama pousar no Braseeel penhora o avião para cobrar o IPTU da Casa Branca. A verdade é porque não está na jurisdição brasileira, embora a Constituição da República não proíba isso expressamente. Como que o professor sabe que a Casa Branca está fora da jurisdição brasileira. Mas tem 1 região em que não se sabe o que é Brasil e o que é Bolívia, e esses países fazem 1 tratado de fronteira para estabelecer a jurisdição de cada qual. O tratado internacional é 1 autolimitação da jurisdição. Por esse tratado se define a jurisdição. Pergunta: o que vale, o tratado ou o Código Civil? É pergunta tola, porque o Código Civil vale na jurisdição, e fora não. Assim, o tratado que estabelece tributação, limita a jurisdição, e a lei só vale dentro da jurisdição. E assim a lei que versa sobre a matéria do tratado ultrapassou a jurisdição, assim como o IPTU sobre a Casa Branca. E a recíproca é verdadeira. Se o tratado quiser criar o tributo, ele é inconstitucional, porque só a lei pode criar tributo. Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. O que quer dizer isso? Legislação tributária é qualquer ato que compreende a lei, mas não se esgota na lei. Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Precisa de lei para fixar o prazo de recolhimento do tributo? Não porque é a “legislação”, e não a lei. Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Este Artigo é bobagem pura. O exemplo da Alemnanha mostra isso. O tratado apenas limita o alcance da lei interna. Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Ninguém avisou ao redator do Código Tributário Nacional que depois seria criada a Lei Complementar. Isso é só para confundir estudante. Estas normas complementares são apenas normas complementares. Artigos: na dúvida invoque o Artigo 100 § único que você sempre vai se dar bem. Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. O fiscal não pode deixar de obedecer a 1 portaria invocando a lei, porque ele é subordinado. Mas o contribuinte pode. Quando, pela leitura da lei parece que o tributo é devido, mas a instrução normativa diz que não, pode deixar de pagar com certeza, porque a observância das normas complementares exclui os juros e multa. 12.03.2013 Conceito de tributo Briga de frade: não leva a nada. Assim é como os alunos veem a aula. Por que é importante 1 conceito de tributo? Para saber o que não é tributo. 1 tributo é 1 limitação ao Direito de propriedade. O que não for tributo é outro regime jurídico: desapropriação, requisição, etc. O Estado pode expropriar de outras formas, vg., se o professor tem 1 fazenda de drogas. Se não for tributo, tem que ver os regimes jurídicos das outras situações. E o tributo tem 1 regime jurídico próprio que leva 1 ano para ser estudado. Afinal, o que é tributo? Quando se estudou o Direito financeiro, além de aprender que 1 coisa não é outra coisa, se aprendeu o que é receitas originárias e derivadas. Geração de riqueza em 1 economia. "For example": PIB, que é toda a riqueza gerada na sociedade. O sistema econômico gera riqueza. O Estado não gera riqueza? Algumas vezes sim. Ele pode aplicar o seu patrimônio, o seu capital, e gerar riqueza. "For example": o Estado pode alugar o INB. Gerará 1 vantagem econômica. Quando se paga o IPVA, o Estado tem 1 receita. É produto do capital ou do trabalho do Estado, gera riqueza? Receita originária do Estado é a receita que incrementa a economia. É a receita que o Estado produz enquanto agente econômico. É riqueza nova. A receita derivada, é derivada porque não é originária do Estado, é derivada do bolso dos contribuintes. Não é riqueza criada pelo Estado, mas transferência de riqueza, do particular para o Estado. A partir dessa distinção, sabe-se que o tributo é 1 receita derivada. Outra é a multa. Os tributos são importantíssima receita derivada do Estado. 1 primo do tributo, que é bem parecida com o tributo mas não é: mostra que há 1 zona de dificuldade para definir tributo. O professor imaginou que o tributo seria tudo aquilo que o Estado recebe quando está no bem-bom sem fazer nada. Mas o nosso conceito de tributos não inclui apenas impostos. E tem 1 espécie tributária que o Estado recebe se mexendo, ele não está no bem-bom. É a taxa. Mas também tem os preços públicos, ou tarifas. Os administrativistas diferenciam tarifa de preço público. Mas aqui não será diferenciado porque não é relevante. O Estado está se mexendo e pode cobrar ou 1 taxa, ou 1 preço público/tarifa. Os impostos são do Estado inerte, as taxas são do Estado que se mexe, "For example": de preço público: o Estado aluga o inb para o professor. Ele poderia alugar o Center Norte, que é ali do lado, se o preço do Inb for muito caro. Esse é preço público. Taxa: para emissão do passaporte, se paga 1 taxa. Também houve atuação do Estado, mas agora é taxa. Que se submete ao regime jurídico dos tributos. O que diferencia 1 coisa e outra? Tem várias tentativas:de que no preço público tem vantagem econômica e taxa não, etc. Mas isso não convence. Até parece 1 distinção bastante interessante: a compulsoriedade. O tributo é compulsório. Mas não quer dizer que é obrigado a pagar, porque qualquer coisa que se compra ou se contrata é obrigado a pagar. Mas tem algo a mais na compulsoriedade que distingue os tributos dos preços públicos. A compulsoriedade é que o elemento vontade não é relevante para a formação da obrigação, no caso dos tributos, inclusive a taxa. No preço público se tem 1 vontade de contratar. Mas a compulsoriedade ainda não é suficiente para distinguir. O professor achou 1 autor, Ricardo Longo Torres, que traz 1 ideia bastante interessante: 1 característica do serviço público sujeito a taxa é sua relação com o exercício de liberdades fundamentais. Se se fala do exercício de liberdade fundamental, o Estado não pode impedir esse exercício. E o Estado não pode recusar o passaporte. Há a compulsoriedade dos 2 lados: O Estado está obrigado a prestar o serviço, mesmo que não pague a taxa. Se você quiser impetrar 1 habeas corpus para sair do país pode, e vai ganhar. Mas o Estado não pode arguir exceção de contrato não cumprido. Pode até cobrar com execução fiscal, mas o curintiano tem o Direito de ir e vir. Quando tiver 1 serviço indisponível, que o Estado tem que prestar, isso é taxa. Taxa do lixo: o caminhão do lixo passa na rua e só recolhe o lixo de quem pagou a taxa. Seria tolerável? Os vizinhos não tolerariam nem o cheiro nem a situação jurídica. Se fosse preço, o caminhão poderia se recusar. Mas é 1 serviço, porque o curintiano não pode levar o lixo nas costas para o lixão, e o caminhão tem que levar o lixo, portanto é compulsório para ambos. Pedágios: é 1 dos casos mais difíceis. Historicamente já foi tributo e não foi tributo. Ou seja: Brandão Machado diz que teve épocas em que não se cogitava cobrar pedágio. Mas veio 1 Constituição da República que autorizou a cobrança de pedágio. E surgiu como taxa de rodagem. E virou pedágio na via Anchieta, que foi o 1º pedágio do Braseeel, e depois se espalhou a todas as estradas. A República não podia acabar com 1 mercado único, por isso não poderia criar tributos interestaduais e intermunicipais, exceto pedágio. E veio a Emenda Constitucional n. 18 que trouxe a seguinte excluiu a ressalva dos pedágios. Mas não se deixou de cobrar Pedágio. E como viria 1 novo sistema tributário que iria definir tributo e o pedágio não seria mais tributo, não faria sentido ressalvá-lo. Por isso o pedágio é receita originária, utilização de 1 bem público. Mas aí veio a Constituição da República atual, no Artigo 150 V Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; Mas não é dizer que o pedágio é tributo, mas que ele pode ser tributo. Pode-se ter no pedágio 1 figura de compulsoriedade, quando não houver alternativa viável àquela via. "For example": Rio-Niterói. Se não se quiser pagar pedágio da ponte, pode-se ir a nado. Mas a ponte seria mais recomendável. E se se tem a ponte o único meio possível, exceto nado e remo, está-se diante de 1 situação de compulsoriedade, e aquele pedágio seria tributo. Castelo Branco: tem 1 alternativa, a via dos Romeiros, que não é perigosa, e é bonitinha, mas demora mais para chegar. O professor não teria coragem de dizer que o pedágio da Castelo é compulsório, portanto não seria tributo. Também tem que haver 1 juízo de proporcionalidade, que é o caso da ponte Rio-Niterói, que se pode opor a travessia a nado. E se for tributo é soo por lei, com anterioridade, etc. Caso bastante interessante que incomoda o professor: água e esgoto. A taxa da água e esgoto, o Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento de que é preço público. Na Constituição da República passada tinha a possibilidade da União cobrar pelo uso de seus bens e, por isso, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a taxa de água e esgoto é preço público. Mas interessante ver como foram decididos esses casos. E a taxa de lixo? O Supremo Tribunal Federal disse que era taxa e não preço público. E o Cordeiro Guerra perguntou ao Moreira Alves o porque, se se disse que taxa de água e esgoto é preço público. E o Moreira Alves disse que não questiona se água é essencial à vida, mas se o indivíduo tem o Direito de não usar do serviço público sem sofrer punição por isso. Assim como o sistema de eletricidade, que pode ser substituído a gás. Ou seja, para Moreira Alves, água encanada é comodidade, se não quer, fura 1 poço ou compra água mineral. Mas a taxa de lixo é obrigatória. O professor acha que, com relação à água, forçando a barra, dá para se ter água sem pagar à Sabesp, mas, o esgoto não tem como fugir. Se a concessionária imaginar que você tem 1 poço artesiano, ela bota 1 relógio no poço artesiano para cobrar o esgoto. Não se tem opção de não usar o esgoto. Mesmo que não use, não se tem opção, é cobrado como se usasse. Por isso o professor acha que não tem como convencer o argumento da água no caso do esgoto. O professor acha que esgoto preenche todos os requisitos de taxa. Outras figuras que podem dar dúvida: compensações financeiras. Artigo 20 § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. Participação nos resultados ou compensação financeira. De fato, a lei 7.990 criou essa compensação financeira. E ela tem cara de lei tributária, tem fato gerador, base de cálculo, etc. E, no final se entendeu que nada mais é essa compensação financeira que preço público, porque quem é o proprietário dos recursos minerais é o Estado, e, por isso é receita originária. Recursos hídricos também seria, então, receita originária. Royalties do petróleo � receita originária. Qual a fonte formal onde se pode encontrar o conceito de tributo? A Constituição da República usa esse termo 13 vezes, mas não o define. E ela diz que cabe à Lei complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária, especialmente sobre definição de tributo. O Código Tributário Nacional, então, define o que é isso, porque pós 88 não se tem lei definindo isso. Mas também tem outra lei que fala sobre tributos, que é a Lei 4.320, que também define o que é, de forma compatível com o Código Tributário Nacional e com a Constituição da República. O código define tributo, mas nada fala sobre sua destinação. Porque quando o código foi feito, havia 1 tentativa de afirmação do Direito tributário em relação ao Direito financeiro, porque se pensava que a partir da arrecadação morria o Direito tributário e começava o Direito financeiro. Mas tem espécies tributárias, como o empréstimo compulsório, que só se conhece vendo qual a sua destinação. Esses comandos pré-constitucionais são filtrados pelo fenômeno da recepção. E alguns diziam que foi tão recepcionado que o conceito de tributo do código está congelado pela Constituição da República. Mas o professor acha que poderia ter 1 nova lei complementar que poderia alterar a definição de tributo compatibilizando-a mais com a Constituição da República. Porque, embora o Código Tributário Nacional tenha 1 definição ótima, tem coisas que não se encaixam na definição do Código Tributário Nacional, mas a Constituição da República chama de tributos. Por isso, o conceito do códigonão é exaustivo. Código Tributário Nacional Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Prestação � esta palavrinha fala algo sobre a relação tributária. Vem do Direito das obrigações. A relação tributária é obrigacional. Por muito tempo se achava que a relação tributária não era obrigacional, mas de sujeição. A diferença não é que o Estadão funciona, mas que se tiver 1 relação de sujeição, ela não se encerra, mas a obrigação se encerra com a prestação. "For example": o professor tem 1 restaurante e está sujeito à fiscalização. E se ele tiver 1 fiscalização e receber 10 com louvor, não quer dizer que acabou a relação, no outro dia o fiscal pode voltar de novo. Mas a obrigação surge e se extingue, e, 1 vez surgido, nem o Estado pode mudar isso, e o contribuinte tem o Direito de pagar aquilo e a relação jurídica se extingue, e ninguém mais enche o saco. Pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir � é diferente da prestação in natura. Por isso hoje não se considera tributário o serviço militar obrigatório. A redundância da moeda ou cujo valor nela possa se exprimir é 1 redundância que tem razão de ser. Quando se chegava de sapato novo na escola do interior, chegava alguém, pisava nele e dizia que era para tirar o selo. Antigamente tinha o imposto do selo, todo produto novo tinha selo. E, naquela época tinha a discussão: o tributo é pago quando se compra o selo ou quando se coloca o selo? E se definiu que o selo era o meio de pagar o tributo. Ainda hoje existem as estampilhas, em bebidas alcoólicas ou cigarros. Compulsória � não no sentido de que tem que pagar, porque toda obrigação tem que pagar, mas no sentido de que não decorre da vontade, mas da lei. Mas toda obrigação decorre da lei. A diferença é que a obrigação voluntária, 1 de seus requisitos é a manifestação de vontade. "For example": obrigação ex legem � alimentos aos filhos. Obrigação ex voluntatem � falta a vontade não se cria a obrigação. O tributo surge sem manifestação de vontade. Instituído em lei � é necessária lei para matéria tributária. Todos os elementos da obrigação tem que ser previstos pela legislação. Que não constitua sanção de ato ilícito � porque isso se chama multa. Problema que na doutrina acabou se definindo a partir do princípio do non olet. Esse princípio teria surgido na época do Vespasiano, que teria criado em Roma as latrinas públicas, que seriam cobradas. Mas o filho dele, meio nojentinho, filho de imperador, se indignou. E ele encostou o dinheiro da latrina no nariz do filho e disse: não cheira (non olet). OU seja, se por conta do ato ilícito exsurge 1 situação que gera obrigação tributária, ela tem que ser tributada. "For example": o professor auferiu renda em 1 crime. Ela tem que ser tributada, e isso não é sanção do ato ilícito. Essa visão é claramente majoritária, mas tem autores que trazem 1 argumento que faz pensar: A professora Maria Isabel de MG argumenta que 1 decreto lei declara da União os bens de criminosos perdidos por sentença judicial transitada em julgado, e tem 1 lei que expropria imóveis obtidos por frutos de crime, e a lei de lavagem de dinheiro também converte bens obtidos ao Estado. E ela diz: como falar em renda se 100% do produto do crime é tributado. Porque senão seria tributado algo além da renda, porque a renda já seria tributada. Assim, não teria sentido, após a condenação, ainda cobrar imposto de renda. Mas, e antes da condenação, como cobrar imposto? De algo que ele pode ser condenado, ou prescrever a ação penal. O professor acha que mesmo sem condenação não haver tributação é algo difícil de sustentar, teria que viger o no olet. Sanção de ato ilícito � o IPTU tinha 1 acréscimo de 200% em caso de construção de imóveis irregulares. O Supremo Tribunal Federal, na época competente para tanto (anos 70) disse que isso não era permitido, não seria permitido a finalidade extrafiscal de penalizar a ilicitude. O Município que crie ou agrave multa. Essa aplicação era muito consistente, mas o professor complica que, quando veio para a Constituição da República de 1988, o professor é surpreendido pelo § 4º do Artigo 182;. Artigo 182 § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Se o curintiano não seguir a lei do plano diretor, o IPTU pode crescer no tempo. Não é exatamente o tributo como sanção pelo descumprimento do plano diretor? O próprio constituinte previu a possibilidade de usar o tributo como sanção por 1 ato ilícito, o que balança a definição do Código Tributário Nacional, que levou o Supremo Tribunal Federal a decidir contrário à Constituição da República vindoura. Assim se vê que o conceito do Código Tributário Nacional é muito bom, mas o constituinte não se dobra a ele. Há pelo menos 1 caso em que tributo é sanção por ato ilícito. Cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada � a cobrança também tem que ser instituída por lei. E a administração não pode se furtar a cobrar. Do jeito que o Código Tributário Nacional está escrito, toda prestação que cumprisse todos aqueles requisitos seria tributo. Mas há 1 prestação pecuniária compulsória instituída em lei etc. que não é tributo. Dumping é ilícito internacional. É a venda de produto para o exterior por preço menor do que o praticado no mercado interno (não é vender abaixo de custo). E os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) podem criar medidas antidumping. Qual é a medida contra o dumping? A diferença entre o preço de mercado e o preço vendido, o Estado vai cobrar. É 1 medida de Direito econômico. É tributo ou não é tributo? Se for tributo mesmo como que se pode cobrar retroativamente? Porque é assim que é cobrado, após se verificar que é dumping. E pode-se verificar que é dumping, mas o gooverno percebe que a economia não é prejudicada, pelo contrário, ajudou os empresários locais a terem mais competitividade internacional e ferrou o praticante do dumping. E decide não cobrar. E mais, se é 1 imposto, como cobrar de 1 país e não de outros países. E se é sanção por ato ilícito, é pior ainda, porque quem cometeu o dumping é o cara lá fora, e quem paga é o importador. Como admitir que a pena passe da pessoa do infrator? Assim, o antidumping tem todos os elementos do tributo no Código Tributário Nacional, mas não é tributo. O professor não consegue, portanto, acreditar que o conceito do código foi capturado pela Constituição da República e foi congelado por ela. Ele acha que pode ter 1 nova lei complementar que mude tudo isso que está aí e crie 1 novo conceito de tributo, mais adequado à realidade atual. 19.03.2013 Espécies tributárias Saber o que é 1 tributo pode ser relevante para se determinar o regime jurídico próprio dos tributos. Mas as espécies tributárias podem ser úteis, para estudar os seus regimes jurídicos próprios. Isso para se deixar de lado algumas classificações tradicionais inúteis, mas históricas. Essas serão mencionadas apenas para se saber o que é. A 1ª classificação de tributos, que era 1 corrente dicotômica, era de se classificar os tributos em vinculados e não vinculados.Era a época da diferenciação do Direito tributário e do financeiro. O Direito tributário acabava no fato gerador. O que se fazia com o tributo dali em diante era departamento do Direito financeiro. E o fato gerador podia ser vinculado ou não vinculado a 1 atuação do Estado. "For example": vinculado à emissão de passaporte. É vinculado à atividade do Estado de emitir o passaporte. Não vinculado: tributo incidente sobre a renda, porque auferir renda não é atuação do Estado. E essa visão dicotômica variou para a tricotômica, em que havia a vinculação direta e indireta. Direta � atuação do Estado vinculada diretamente ao contribuinte. Indireta � atuação do Estado voltada ao grupo de que o contribuinte faz parte. Não vinculados, vinculados diretamente e vinculado indiretamente, ganharam apelidos. Tributo não vinculado � imposto. Tributo vinculado diretamente � taxa. Tributo vinculado indiretamente � contribuição. E foi nesse contexto que o Código Tributário Nacional foi elaborado. O Código Tributário Nacional tem força de lei complementar. Cabe à Lei Complementar normas gerais, conflitos de competência e limitações do poder de tributar. Normas gerais sobre: a)definição de tributo e suas espécies. B)... O código foi redigido na época dessa supremacia do fato gerador. Essa ideologia era: dê-me o fato gerador e eu te darei o tributo. Essa ideologia fica visível no Artigo 4º. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. Para se saber que tributo que é basta o fato gerador. Na visão do código é irrelevante a denominação. Acaso a rosa perderia o seu perfume se não se chamasse rosa? Artigo o Nome da Rosa (Artigo 4º I). Passo questionável � também a destinação seria irrelevante. O Código Tributário Nacional só conhece tributo pelo fato gerador. E, assim, só conhece 3 � impostos, taxas e contribuições. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. E, contribuição só de melhoria. Não me venha com outras categorias, porque não são tributos!!!! Importância do fato gerador: Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Definiu pelo fato gerador � imposto é tributo não vinculado. Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Fato gerador � taxa. Contribuição de melhoria � obra pública. Empréstimo compulsório já existia. Mas não era 1 4ª espécie tributária, porque ou era imposto ou taxa. Para o código era imposto e pronto, não precisava de 4ª espécie, pelo fato gerador era imposto. E era só os impostos do Código Tributário Nacional. Era 1 sistema hermético. Mas surgiu o problema: na Vacatio legis alguém foi ler o Código Tributário Nacional e notou que ficaram várias coisas de fora. "For example": INPS, FGTS, Imposto Sindical, etc.etc. e como ficavam esses? Introduziram o Artigo 217 no Código Tributário Nacional, por decreto-lei, que é o Artigo do “fica o dito pelo não dito”. Art. 217. As disposições desta Lei, notadamente as dos arts 17, 74, § 2º e 77, parágrafo único, bem como a do art. 54 da Lei 5.025, de 10 de junho de 1966, não excluem a incidência e a exigibilidade: (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 14.11.1966) I - da "contribuição sindical", denominação que passa a ter o imposto sindical de que tratam os arts 578 e seguintes, da Consolidação das Leis do Trabalho, sem prejuízo do disposto no art. 16 da Lei 4.589, de 11 de dezembro de 1964; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 14.11.1966) II - das denominadas "quotas de previdência" a que aludem os arts 71 e 74 da Lei 3.807, de 26 de agosto de 1960 com as alterações determinadas pelo art. 34 da Lei 4.863, de 29 de novembro de 1965, que integram a contribuição da União para a previdência social, de que trata o art. 157, item XVI, da Constituição Federal; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 14.11.1966) (Vide Ato Complementar nº 27, de 08.12.1966) III - da contribuição destinada a constituir o "Fundo de Assistência" e "Previdência do Trabalhador Rural", de que trata o art. 158 da Lei 4.214, de 2 de março de 1963; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 14.11.1966) IV - da contribuição destinada ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, criada pelo art. 2º da Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 14.11.1966) V - das contribuições enumeradas no § 2º do art. 34 da Lei 4.863, de 29 de novembro de 1965, com as alterações decorrentes do disposto nos arts 22 e 23 da Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966, e outras de fins sociais criadas por lei. (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 14.11.1966) E destruíram o sistema fechado do Código Tributário Nacional, e toda a sistematização que ele pretendeu instituir. Sem olhar para a destinação não se dá para distinguir espécies tributárias diversas, apesar do que diz o Código Tributário Nacional. "For example": IRPJ e CSLL, é basicamente tudo igualzinho, tem diferenças sutis. A base de cálculo é quase a mesma. E o fato gerador é o mesmo. O que distingue o imposto da CSLL é que o Imposto vai para o caixa geral da União. E a CSLL vai para a previdência. Diferença para o contribuinte: imunidades abrangem só imposto. Contribuição não respeita anterioridade anual, só nonagesimal. O Código Tributário Nacional acreditava que a destinação era irrelevante para distinguir, mas não é bem assim, para a Constituição da República é relevante. Por isso para saber qual a espécie tributária tem que se saber qual é o fato gerador e qual a destinação, se era afetada ou não. Vinculado � fato gerador. Afetado � destinação do recurso. Término téééééééééééchne. Imposto � não vinculado e não afetado. Contribuição � não vinculado e afetado (ui). Vinculado é classificação do fato gerador. Afetado (ui) é da destinação. Critério atual: justificação dos tributos, não é classificação, mas ajuda a entender porque o tributo é cobrado. Taxa � Quando 1 aluno conquista a possibilidade de apresentar 1 trabalho no México, e tem que tirar 1 passaporte, é informado do custo para a confecção desse passaporte, a mixaria de R$ 200,00. Mas ele interpreta a lei dizendo que são os colegas que têm que pagar o custo do passaporte. O raciocínio é o da equivalência: existe 1 atuação do Estado voltada a contribuinte específico, é ele que tem que pagar, é 1 sinalagma. Taxa � é preciso ter 1 atuação do Estado em que se identifique o beneficiário específico da contraprestação da taxa. Constituição da República Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; Código Tributário Nacional Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Em ambos os casos é contribuinte da taxa o curintiano que provocou a atuação do Estado. E o Código Tributário Nacional, como é sua atribuição, define o queé poder de polícia, mostrando que o Direito Administrativo é dependente do Direito tributário: Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966) Requisito para cobrar a taxa: ter atribuição constitucional e ter atribuição de fiscalização. Já teve muitas discussões de pessoas sobre quem quer cobrar a taxa e não tem atribuição de fiscalizar. Outros querem que o cobrador da taxa demonstre que tem aparato para fiscalizar. É claro que a taxa não é decorrente da fiscalização, mas da sujeição à fiscalização, o poder público tem que ter o aparato para fiscalizar. Taxa de serviço público � O que é específico e divisíveis Código Tributário Nacional Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. Específico � pode contar. Divisível � é o que os economistas chamam de consumo rival, se 1 usou não se pode outro usar. Taxa de iluminação pública, cobrada pela testada do imóvel � inconstitucional porque não é nem específico nem divisível. Não é específico porque não há medidas para se contar, e não é divisível porque não é de consumo rival, o fato de 1 estar iluminado não impede o outro também, porque a iluminação pública é pública, não dá para dividir. Só por curiosidade, foi tão julgada inconstitucional que, no Braseeel, quando algo é julgado inconstitucional se muda a Constituição da República. E agora tem a COSIP, que é contribuição sobre iluminação pública, expressamente autorizada pelo constituinte derivado. Posto a disposição � atividade administrativa em efetivo funcionamento � não é necessário que frua o serviço, se é posto a disposição e o curintiano é obrigado a utilizar, pouco importa se ele utiliza ou não. Taxa de lixo � específico (x vezes por semana). Divisível? Não é, mas se pode criar 1 taxa de lixo quando se obriga a todos a recolherem o lixo daquela forma, e, ainda que não se use o serviço a taxa é paga. A receita da taxa é afetada à despesa que gerou a taxa. Prima da taxa � contribuição de melhoria. Também é inspirada pela equivalência, mas no sentido de benefício. No caso da contribuição de melhoria se tem 1 obra e vários imóveis em grupo que se beneficiam dessa obra, pela valorização do imóvel. Há 1 polêmica se é necessária ou não a valorização do imóvel, a Constituição da República anterior dizia que era obrigatório, a Constituição da República atual não, mas o Código Tributário Nacional diz que é necessário. O total da arrecadação da contribuição não pode ultrapassar o valor da obra. O limite individual não pode ser maior que a própria valorização do imóvel. Isso é que traz a dificuldade da cobrança da contribuição de melhoria. O professor acha, que na teoria a contribuição de melhoria é ótima. Mas se se impuser o limite da valorização do imóvel, há 1 grau de discussão muito grande. Por isso é muito trabalhoso cobrar essa contribuição, e por isso o poder público geralmente não a cobra, gastando recursos de toda sociedade. Equivalência: prestando o serviço se pode cobrar a taxa, mas não se deve. Tem que se ter isso sempre em mente, não é obrigatória a cobrança da taxa. O dinheiro da prestação dos serviços sairá de toda a sociedade. A contribuição de melhoria é a mesma coisa. Ou institui contribuição de melhoria ou gasta dos gastos gerais. É muito complicado o poder público cobrar essa contribuição de melhoria, embora fosse 1 ferramenta mais justa. "For example": metrô, caberia contribuição de melhoria. É 1 tributo bem pensado e mal aplicado. "For example": A lituânia existe e é 1 país amigo. Por isso tem que ter 1 embaixada brasileira lá. E essa embaixada custa dinheiro. A Dilma recebe salário. O exército nacional tem despesas. Todos concordam que a Dilma tem que receber salário. Mas quem quer pagar o salário dela? Quem deveria pagar os custos da embaixada brasileira na Lituânia? Existem gastos do Estado que são do interesse de toda a sociedade, e são pagos por toda a sociedade. Portanto, pela equivalência, todos pagam. Mas isso não resolve o problema, porque todos quem? Qual o critério adequado para determinar quem vai pagar? Constituição da República Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; Solidária � sólida. Todos tem que pagar. Qual o critério? Ordem alfabética? Como graduar? Pela capacidade. Quem pode mais paga mais. Renda é 1 dos critérios, mas não o único. Quem tem maior capacidade econômica, ou capacidade contributiva, paga mais, quem tem menos paga menos. A justificativa do imposto está, em termos gerais na necessidade da sociedade. Em termos individuais, está na capacidade contributiva. Assim, o que pode ser fato gerador de 1 imposto? Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Portanto, pela literalidade do código, pode ser fato gerador de imposto ter cabelos cacheados. Mas o fato gerador não é apenas aquilo que está no código. O que o legislador tem que descrever para fixar o fato gerador: capacidade contributiva. Renda � quem tem tá podendo. Carro � quem tem tá podendo. Importar � quem pode tá podendo. Imóvel � quem tem tá podendo. É 1 tributo não vinculado e não afetado, e justificado na capacidade contributiva. Seu fato gerador tem que revelar capacidade contributiva. Mas, como o contribuinte não teve aula de Direito tributário, ele afetou parte dos impostos, no Artigo 167. Ou seja, não há afetação, salvo a do 167 da Constituição da República. Empréstimos compulsórios: Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". É restituível, e tem hipóteses expressas para sua fixação. O Código Tributário Nacional tinha 1 hipótese a mais: enxugamento do poder aquisitivo (Plano Collor), mas isso não está na Constituição da República. Justificativa: as despesas: quem paga? Todo mundo? A Constituição da República não diz que o empréstimo compulsório é informado pela capacidade contributiva. Mas, por causa da solidariedade o professor propõe a extensão disso aos empréstimos compulsórios. 5ª espécie tributária que boa parte da doutrina só coloca como 5ª. Mas o professor didaticamente divide-as em 2: as contribuições sociais e especiais. As contribuições se encontram no Artigo 149 da Constituição da República, por isso são 1 classificação só. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumentode sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. As contribuições sociais têm algo bastante diversos das demais. As especiais são verdadeiras contribuições, são atuação do Estado indiretamente voltada ao contribuinte, as contribuições sociais não são vinculadas a nenhuma atuação do Estado. As contribuições sociais nada mais são que impostos afetados (ui) à ordem social. Elas financiam o Estado, mas "non ecziste" 1 equivalência. Têm as contribuições sociais gerais ("for example": educação) e as contribuições sociais que financiam a seguridade social. A ordem social do Estado não é só a seguridade. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: Toda a sociedade financiamos a seguridade social. Ela tem a ideia de universalidade, que tira da seguridade social o caráter de “verdadeira” contribuição. Até 1988 havia a ideia de contribuição como seguro. Em 1988 adotou-se a universalização da seguridade social. Há trabalhadores rurais aposentados sem terem contribuído. Se a seguridade social é financiada por toda a sociedade, quem é que tem que pagar a contribuição? O professor afirma sem medo de errar que é quem puder mais. O constituinte falou em capacidade contributiva só para impostos, mas também é aplicável para as contribuições sociais, pelo professor. A única diferenciação é a destinação. As contribuições são afetadas e os impostos não. A COSIP é imposto com afetação. As “verdadeiras” contribuições são as especiais. "For example": 1 autarquia do Estado que atuará no interesse dos engenheiros. Quem paga para que ela exista: os engenheiros. E assim por diante. Referibilidade entre a contribuição e a atuação do Estado. Nas contribuições sociais "non ecziste". No CREA só se pode exercer a profissão se pagar. Maaas, o professor acha 1 absurdo, mas o judiciário teve o despautério de dizer que a contribuição à OAB não é tributo, mas 1 contribuição “”sui generis”, só para eles cobrarem sem lei. Custas judiciais � evidentemente é taxa, mas o Supremo Tribunal Federal acha que não é. Quem é o professor para dizer que o Supremo Tribunal Federal é inconstitucional? Mas a Ordem atua no interesse da sociedade blá blá blá... E o CREA não? E o CRM não? Não dá para aceitar isso e ficar tranquilo. Mas erro de aluno é bobagem, erro de professor é doutrina e erro de juiz é jurisprudência. Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE): como o Estado intervém na economia? Quando o mercado não caminha para a ordem econômica preconizada na Constituição da República. E o Estado tem que intervir. A ordem econômica é voltada à autossuficiência. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; Mas quando o aluno vai ao cinema e tem, de 1 lado 1 filme sobre o Lula e do outro Abrahan Lincoln. Qual a maioria vai escolher? O Estado tem então que fomentar o cinema nacional. E de quem ele vai cobrar esse recurso? De quem consome cinema. Por isso que o ingresso do cinema tem a contribuição do CONCINE, para fomentar o cinema nacional. E isso é provocado pelo consumidor que escolhe mal ao escolher assistir “Cisne Negro” em vez de assistir “E aí Comeu”. 02.04.2013 Categorias técnicas da tributação Visão geral de todas as categorias hoje. Cada 1 delas terá 1 aula específica. Por isso não é profundo. Figura didática do professor do professor: 1 campo inicial: competência. Fora do campo é não competência. Enquanto categoria técnica a competência é atribuição constitucional, poder de instituir 1 tributo, ou seja, legislar sobre. Competência não é poder de cobrar. Isso é capacidade tributária ativa. Competência é outra coisa: é legislar sobre o tributo. "For example": imposto sindical: o sindicato cobra, mas quem institui é a União. Só tem competência tributária pessoa jurídica de Direito público. Nosso constituinte fez 1 opção de não Pôr Hierarquia entre União, estados e municípios. Cada ente extrai sua competência direto da Constituição da República. Na Alemanha, v.g., não é assim. São os estados que têm competência para tributar, e abrem mão dela para os municípios. A competência, portanto, está na Constituição da República. E 1 vez que ele confere competência, ela é indelegável. Também é imprescritível. O fato de o ente não exercer a competência não afeta o Direito de a qualquer momento exercê-la. "For example": a União tem competência para instituir o imposto sobre grandes fortunas. Mas não criou nem criará. Nem por isso outro ente pode criar esse imposto. As competências da União estão no 153. Os estados no 155. E municípios no 156. O constituinte já deu as competências dos impostos. Para contribuições está no 149. Só a União. E estados e municípios para os seus funcionários. Empréstimo compulsório: 148 � só a União. Via de regra, a competência tributária é cumulativa, ou seja, "non ecziste" concorrência. Mas a União pode instituir imposto extraordinário em caso de guerra, ainda que seja competência de estados e municípios. Isso só serve para exame de Ordem, porque a OAB sempre acha que o Braseeel vai entrar em guerra. Esse mesmo instrumento que confere competências, faz 1 outro movimento extremamente relevante, também na Constituição da República. Faz 1 espécie de barreira: pega o campo descrito na Constituição da República, e define negativamente a competência. Ele pega situações e chama de imunes. As imunidades nada mais são que situações que não estarão sujeitas a 1 ou outras espécies tributárias. Imunidade é competência definida negativamente. "For example": propriedade de veículos automotores para o Estado, Maaaas, se o veículo pertencer À União, não pode. Imunidade, "for example": Artigo 150 VI � imunidade de impostos. Quando a proteção for constitucional, o término téééééééééééchne é imunidade. Não se pode cometer o erro que o constituinte comete. Artigo 195 § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. Se é o constituinte que isentou, não é isenção, é imunidade, mas o constituinte não estudou na Facvldade de Direito do Largo de São Francisco. Qualquer veículo automotor que não está sujeito à imunidade está sujeito ao imposto? O fato de se ter competência é que se pode instituir o imposto, mas só se tem o tributo se se tiver 1 lei instituindo o tributo. Portanto, dentro do campo da competência (Constituição da República) pode-se dividir em incidência e não incidência. Em regra, incidência é matéria para lei. A incidência tem por limite o campo da incidência. 1 situação de não competência (imunidade) também seria não incidência. Mas tecnicamente a não incidência está contida na competência. O legislador tem competência, mas não instituiu o tributo � não incidência. Agora começam a surgir as dificuldades. O professor apresenta 1º a visão mais tradicional, do Código Tributário Nacional originalmente. Isenção � do modo tradicional (by Código Tributário Nacional) � A isenção aparece como 1 exclusão do crédito tributário. Está dentro da incidência. Isenção é dispensa de pagamento de tributo devido. A figurinha que está no manual do professor do professor diferencia a isenção da não incidência é que a não incidência sequer foi contemplada pelo legislador. A isenção foi contemplada, o fato gerador acontece, mas o legislador dispensa o pagamento.
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