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FICHAMENTO REFERENTE AOS PRINCIPAIS CONCEITOS DO TEMA AGRESSIVIDADE

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Psicologia Social 
FICHAMENTO REFERENTE AOS PRINCIPAIS CONCEITOS DO TEMA AGRESSIVIDADE
O que é Agressividade? 
 Agressividade como um comportamento físico ou 
verbal com intenção de causar danos. Essa 
definição exclui danos involuntários, como 
acidentes de carro ou colisões na calçada, e 
também exclui ações que envolvam o sofrimento 
como um efeito colateral inevitável de se ajudar 
alguém, p. ex., tratamentos dentários ou – no 
extremo – suicídio assistido. Incluem chutes e 
tapas, ameaças e insultos, até mesmo fofocas ou 
observações sarcásticas. 
 Inclui decisões tomadas durante experimentos 
sobre o quanto machucar alguém, tais como 
quanto aplicar de choque elétrico. 
 Também inclui destruir propriedade, mentir e 
outros comportamentos cujo objetivo é machucar. 
A definição abrange dois tipos distintos de 
agressividade. Os animais exibem agressividade 
social, caracterizada por manifestações de raiva, e 
agressividade silenciosa, como quando um 
predador persegue sua presa. 
 As agressividades social e silenciosa envolvem 
regiões cerebrais distintas. Nos seres humanos, os 
psicólogos chamam os dois tipos de agressividade 
de “hostil” e “instrumental”. 
 A agressividade hostil vem da raiva; seu objetivo 
é ferir. 
 A agressividade instrumental também visa ferir, 
mas apenas como um meio para outro fim. A 
maior parte do terrorismo é agressividade 
instrumental. 
 A agressividade hostil é “quente e furiosa”; a 
agressividade instrumental é “fria e ponderada”. 
 A maioria dos assassinatos, no entanto, é 
agressividade hostil. 
 Alguns assassinatos e muitos outros atos violentos 
de vingança e coerção sexual, no entanto, são 
instrumentais. 
Quais são algumas das teorias da agressividade? 
 Ao analisar as causas de agressividade hostil e 
instrumental, os psicólogos sociais têm se concentrado 
em três grandes ideias: 
 Há um impulso agressivo de raiz biológica; 
 A agressividade é uma resposta natural à 
frustração; 
 O comportamento agressivo é aprendido. 
Agressividade como fenômeno biológico 
 A primeira visão, proposta pelo filósofo francês 
do século XVIII Jean-Jacques Rousseau (1712-
1778), culpa a sociedade, e não a natureza 
humana, pelos males sociais. A segunda ideia, 
associada ao filósofo inglês Thomas Hobbes 
(1588-1679), credita à sociedade a restrição do 
animal irracional humano. No século XX, a visão 
irracional – de que a atitude agressiva é inata e, 
portanto, inevitável – foi proposta por Sigmund 
Freud, em Viena, e Konrad Lorenz, na Alemanha. 
TEORIA DO INSTINTO E PSICOLOGIA 
EVOLUTIVA 
 Freud especulou que a agressividade humana 
surge a partir de um impulso autodestrutivo, 
redirecionando a outros a energia de uma pulsão 
de morte primitiva (o “instinto de morte”). 
Lorenz, especialista em comportamento animal, 
considerava a agressividade adaptativa e não 
autodestrutiva. Os dois concordaram que a energia 
agressiva é instintiva (não aprendida nem 
universal). 
 A teoria do instinto também não leva em conta as 
variações da agressividade de pessoa para pessoa 
e culturais. 
 Embora a agressividade seja biologicamente 
influenciada, a propensão humana para agredir 
não se constitui em comportamento instintivo. 
 O comportamento agressivo foi uma estratégia 
para obter recursos, defender-se contra ataques, 
intimidar ou eliminar concorrentes masculinos por 
mulheres e dissuadir os companheiros de 
infidelidade sexual. 
INFLUÊNCIAS NEURAIS 
 Não há um lugar único no cérebro que a controle, 
mas os pesquisadores descobriram sistemas 
neurais em animais e seres humanos que facilitam 
a agressividade. Quando os cientistas ativam essas 
áreas do cérebro, aumenta a hostilidade; quando 
as desativam, a hostilidade diminui. 
INFLUÊNCIAS GENÉTICAS 
 
 A hereditariedade influencia a sensibilidade do 
sistema neural a estímulos agressivos. 
 A agressividade também varia entre primatas e 
humanos. Nossos temperamentos – o quanto 
somos intensos e reativos – são trazidos ao mundo 
por nós, em parte, influenciados pela reatividade 
de nosso sistema nervoso simpático. 
INFLUÊNCIAS BIOQUÍMICAS 
 A química do sangue também influencia a 
sensibilidade neural à estimulação agressiva. 
 ÁLCOOL- Dados de experiências laboratoriais e 
da polícia indicam que o álcool desencadeia 
agressividade quando as pessoas são provocadas. 
 O álcool aumenta a agressividade ao reduzir a 
autoconsciência das pessoas, ao centrar sua 
atenção em uma provocação e à medida que as 
pessoas o associam com a agressividade. O álcool 
desindividualizada, além de desinibir. 
 TESTOSTERONA - As influências hormonais 
parecem ser muito mais fortes nos animais 
inferiores do que em seres humanos, mas a 
agressividade humana está correlacionada ao 
hormônio sexual masculino, a testosterona. 
 BAIXOS NÍVEIS DE SEROTONINA - Outro 
culpado encontrado com frequência na cena de 
violência é um baixo nível do neurotransmissor 
serotonina, para o qual os lobos frontais 
controladores de impulsos têm muitos receptores. 
 BIOLOGIA E COMPORTAMENTO 
INTERAGEM- Assim, as influências neurais, 
genéticas e bioquímicas predispõem algumas 
pessoas a reagir agressivamente ao conflito e à 
provocação. 
 “É cientificamente incorreto [dizer que] a guerra 
ou qualquer outro comportamento violento está 
geneticamente programado na natureza humana 
[ou que] a guerra é causada por ‘instinto’ ou 
qualquer motivação única”. 
Agressividade como resposta à frustação 
 Teoria da frustração agressividade- Teoria de 
que a frustração desencadeia uma disposição a 
agredir. 
 Frustração- Bloqueio de comportamentos 
direcionados a objetivos. 
 A frustração é qualquer coisa (como a máquina de 
venda automática com defeito) que bloqueie a 
realização de um objetivo. Ela cresce quando 
nossa motivação para alcançar um objetivo é 
muito forte, quando esperávamos gratificação e 
quando o bloqueio é completo. 
 A energia agressiva não precisa explodir 
diretamente contra a fonte. Aprendemos a inibir a 
retaliação direta, sobretudo quando outros podem 
desaprová-la ou puni-la; em vez de reagir, 
redirecionados nossas hostilidades a metas mais 
seguras. 
 Redirecionamento- Redirecionamento de 
agressividade a um alvo que não seja a fonte da 
frustração. Em geral, o novo alvo é um mais 
seguro ou socialmente mais aceitável. 
 A agressividade desencadeada por frustração às 
vezes se manifesta na forma de ataques de raiva 
no trânsito. Esse tipo de ataque de raiva é 
alimentado pela percepção de intenções hostis por 
parte de outros motoristas, como quando se é 
cortado no trânsito. 
Teoria da frustação- Agressividade Revisada 
 Berkowitz teorizou que a frustração produz raiva, 
uma disponibilidade emocional para agredir. A 
raiva surge quando alguém que nos frustra poderia 
ter escolhido agir de outra forma. 
 Uma pessoa frustrada tem mais probabilidades de 
atacar quando as características agressivas puxam 
a tampa, liberando a raiva contida. 
 A questão não é que a privação e a injustiça social 
são irrelevantes para a agitação social, mas que a 
frustração decorre da diferença entre expectativas 
e realizações. Quando suas expectativas são 
atendidas por suas realizações e quando seus 
desejos são acessíveis com sua renda, você se 
sente satisfeito em vez de frustrado. 
Privação Relativa 
 Esses sentimentos, chamados de privação relativa, 
explicam por que a felicidade tende a ser menor, e 
as taxas de criminalidade maiores, em 
comunidades e nações com grande desigualdade 
de renda. 
 Além disso, explica por que os habitantes da 
antiga Alemanha Oriental se revoltaram contra 
seu regime comunista: eles tinham um padrão de 
vida mais alto do que o de alguns países da 
Europa Ocidental, mas frustrantemente abaixo de 
seus vizinhos da Alemanha Ocidental. 
 Privação Relativa- Percepção de que se está em 
situação pior do que a deoutros com quem nos 
comparamos. 
Televisão ajuda a transformar a privação absoluta 
(falta do que os outros têm) em privação relativa. 
Agressividade como comportamento social 
aprendido 
 As teorias de agressividade com base em instinto 
e frustração pressupõem que os instintos hostis 
surgem de emoções interiores que, naturalmente, 
“empurram” a agressividade de dentro. Os 
psicólogos sociais afirmam que a aprendizagem 
também “puxa” a agressividade para fora de nós. 
RECOMPENSAS DA AGRESSIVIDADE 
 Por experiência e observando outras pessoas, 
aprendemos que a agressividade muitas vezes 
compensa. 
 As pessoas também podem aprender as 
recompensas de agressividade. 
 Teoria da aprendizagem social- Teoria de que 
aprendemos o comportamento social observando e 
imitando, bem como sendo recompensados e 
punidos. 
APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO 
 Albert Bandura (1997) propôs uma teoria da 
aprendizagem social sobre a agressividade. Ele 
acredita que aprendemos a agressividade não só 
experimentando suas recompensas, mas também 
observando os outros. 
 A FAMÍLIA Filhos fisicamente agressivos 
tendem a ter pais fisicamente punitivos, que os 
disciplinaram segundo modelos de agressividade 
ao gritar, dar tapas e surrar (Patterson et al., 1982). 
É comum que esses pais tenham tido, eles 
próprios, pais fisicamente punitivos. 
 A questão é simplesmente que há uma correlação: 
onde e quando o pai é ausente, aumenta o risco de 
violência. 
 A CULTURA - O ambiente social fora de casa 
também oferece modelos. 
Resumo: Quais são algumas das teorias da 
agressividade? 
 A agressividade (definida como um 
comportamento verbal ou físico voltado à 
intenção de causar danos) se manifesta de duas 
formas: agressividade hostil, que nasce de 
emoções como raiva, e agressividade 
instrumental, que pretende causar danos como 
meio para chegar a outro fim. 
 Existem três teorias gerais sobre agressividade. A 
visão do instinto, mais comumente associada a 
Sigmund Freud e Konrad Lorenz, sustentou que a 
energia agressiva irá se acumular a partir de 
dentro, como água atrás de uma represa. Embora 
as evidências disponíveis ofereçam pouca 
sustentação a essa visão, a agressividade é 
biologicamente influenciada pela hereditariedade, 
a química do sangue e o cérebro. 
 De acordo com a segunda opinião, a frustração 
provoca raiva e hostilidade. Diante de estímulos 
agressivos, essa raiva pode provocar 
agressividade. A frustração não advém de 
privação, mas da diferença entre expectativas e 
realizações. 
 O ponto de vista da aprendizagem social apresenta 
a agressividade como um comportamento 
aprendido. Pela experiência e pela observação do 
sucesso dos outros, às vezes aprendemos que a 
agressividade compensa. A aprendizagem social 
permite influências familiares e subculturais sobre 
a agressividade, assim como influências da mídia 
(que discutiremos na próxima seção). 
Incidentes aversivos 
 As receitas para agressividade geralmente incluem 
algum tipo de experiência aversiva: dor, calor 
desconfortável, um ataque ou superlotação. 
DOR 
 A dor também aumenta a agressividade em seres 
humanos. 
 Berkowitz (1983, 1989, 1998) propôs que a 
estimulação aversiva, e não a frustração, é o 
gatilho básico da agressividade hostil. A 
frustração certamente é um importante tipo de 
dissabor, mas qualquer evento aversivo, seja uma 
expectativa não cumprida, um insulto pessoal ou 
dor física, pode incitar uma explosão emocional. 
Até mesmo o tormento de um estado depressivo 
aumenta a probabilidade de comportamento 
agressivo hostil. 
CALOR 
 Variações climáticas temporárias podem afetar o 
comportamento. Odores desagradáveis, fumaça de 
cigarro e poluição do ar já foram relacionados ao 
comportamento agressivo (Rotton & Frey, 1985), 
mas o fator ambiental de irritação mais estudado é 
o calor. 
ATAQUES 
 Ser atacado ou ofendido por outra pessoa é uma 
situação especialmente propícia à agressividade. 
EXCITAÇÃO 
 Um determinado estado de excitação corporal 
alimenta uma emoção ou outra, dependendo de 
como a pessoa interpreta e rotula a excitação. 
 A excitação sexual e outras formas de excitação, 
como a raiva, podem, portanto, amplificar uma à 
outra. 
 Uma situação frustrante, quente ou insultante 
aumenta a excitação. Quando isso acontece, a 
excitação, combinada com pensamentos e 
sentimentos hostis, pode formar uma receita para 
o comportamento agressivo. 
Estímulos à agressividade 
 As armas vinculam pensamentos hostis e 
julgamentos punitivos 
 As armas não só servem como estímulos para a 
agressividade, mas também colocam distância 
psicológica entre agressor e vítima. Como nos 
ensinaram os estudos de Milgram sobre 
obediência, o distanciamento em relação à vítima 
facilita a crueldade. Uma faca pode matar alguém, 
mas um ataque de faca exige muito mais contato 
pessoal do que puxar um gatilho a distância. 
Influências da mídia: Pornografia e violência 
sexual 
 Os psicólogos sociais relatam que ver essas cenas 
ficcionais de um homem dominando e excitando 
uma mulher pode (a) distorcer as percepções de 
uma pessoa sobre como as mulheres realmente 
respondem à coerção sexual e (b) aumentar a 
agressividade contra as mulheres. 
PERCEPÇÕES DISTORCIDAS DA REALIDADE 
SEXUAL 
 A pornografia que retrata agressividade sexual 
como algo prazeroso para a vítima aumenta a 
aceitação do uso da coerção nas relações sexuais. 
AGRESSIVIDADE CONTRA A MULHER 
 ESTUDOS CORRELACIONAIS - As 
evidências também sugerem que a pornografia 
contribui para a agressividade real de homens em 
relação a mulheres. 
 ESTUDOS EXPERIMENTAIS- “a exposição à 
pornografia violenta aumenta o comportamento 
punitivo em relação às mulheres” 
 As mulheres correm mais risco quando se 
deparam com homens que exibem comportamento 
promíscuo e aquelas atitudes hostis que a 
pornografia cultiva. 
 Homens sexualmente agressivos. Os homens que 
coagem sexualmente as mulheres muitas vezes 
combinam história de sexo impessoal com 
masculinidade hostil, relata Neil Malamut. 
Influências da mídia: televisão 
 Já vimos que assistir a um modelo agressivo 
atacando um joão-bobo pode desencadear 
impulsos agressivos em crianças e lhes ensinar 
novas maneiras de agredir. Também vimos que 
depois de assistir a filmes que retratam violência 
sexual, muitos homens furiosos agem com mais 
violência em relação às mulheres. 
 No geral, a televisão irradia suas ondas 
eletromagnéticas aos olhos das crianças por mais 
horas, durante seu crescimento, do que elas 
passam na escola – na verdade, mais do que em 
qualquer outra atividade em vigília. 
 Uma variação sobre a hipótese da catarse, sustenta 
que assistir a programas violentos permite que as 
pessoas liberem suas hostilidades contidas. 
 Catarse - Liberação emocional. A visão da 
agressividade baseada na catarse é a de que o 
impulso agressivo é reduzido quando se “libera” a 
energia agressiva, seja agindo de forma agressiva, 
seja fantasiando agressividade. 
 Uma das grandes contribuições da televisão é ter 
trazido o assassinato de volta à casa, onde é o seu 
lugar. Ver um assassinato na televisão pode ser 
uma boa terapia. Pode ajudar a processar os 
HITCHCOCK. 
Estudos de acompanhamento confirmaram essas 
conclusões de várias formas, incluindo as seguintes: 
 Correlacionando a violência assistida por crianças 
de 8 anos com sua probabilidade posterior de 
abusar de cônjuge adulto (Huesmann et al., 1984, 
2003). 
 Correlacionando a violência assistida por 
adolescentes com sua probabilidade posterior de 
cometer assalto, roubo e ameaças de lesão 
(Johnson et al., 2002) 
 Correlacionando a exposição de crianças de escola 
fundamental a mídia violenta com a frequência 
com que se envolviam em brigas quando 
reestudados, dois a seis meses mais tarde (Gentile 
et al., 2004). 
EXPERIMENTOSCOM TV 
 “a exposição à violência dos filmes... levou a um 
aumento na agressividade dos espectadores”. 
 A alta exposição à violência na mídia é uma das 
principais causas que contribuem para o alto 
índice de violência na moderna sociedade dos 
Estados Unidos. 
 Evidências inequívocas de que a exposição à 
violência na mídia pode aumentar a probabilidade 
de comportamento agressivo e violento em 
contextos imediatos e de longo prazo.” 
POR QUE ASSISTIR À TV AFETA O 
COMPORTAMENTO? 
 Representações na mídia também evocam 
imitação. 
 Também em outros aspectos, a televisão apresenta 
modelos de um mundo irreal. 
 Porém, também há boas notícias. Se as formas de 
se relacionar e resolver problemas mostradas na 
televisão realmente geram imitação, sobretudo 
entre espectadores jovens, a apresentação de 
modelos de comportamento pró-social pela TV 
deveria ser socialmente benéfica. 
EFEITOS DA TELEVISÃO SOBRE O 
PENSAMENTO 
 DESSENSIBILIZAÇÃO Repita um estímulo 
que desencadeie uma emoção, como uma palavra 
obscena, várias vezes. O que acontece? A resposta 
emocional vai se “extinguir”. Depois de assistir a 
milhares de atos de crueldade, há boas razões para 
se esperar um entorpecimento emocional 
semelhante. A resposta mais comum pode muito 
bem se tornar “não me incomoda nem um pouco”. 
 À medida que a televisão e o cinema se tornaram 
sexualmente mais explícitos – o número de cenas 
contendo falas ou comportamentos sexuais em 
horário nobre nos Estados Unidos quase duplicou 
entre 1998 e 2005 (Kaiser, 2005) –, a preocupação 
dos adolescentes com representações de sexo na 
mídia também diminuiu. Os adolescentes de hoje 
“parecem ter ficado consideravelmente mais 
dessensibilizados em relação a representações 
vívidas de violência e sexo do que os seus pais 
eram quando tinham a idade deles”, conclui a 
pesquisadora do Gallup Josephine Mazzuca 
(2002). As representações na mídia 
dessensibilizam. 
 ROTEIROS SOCIAIS - Quando nos 
encontramos em situações novas, sem saber 
exatamente como agir, contamos com os roteiros 
sociais – instruções mentais fornecidas 
culturalmente para a ação. 
 As representações na mídia implantam roteiros 
sociais. 
 Para quem vê muita televisão, o mundo se torna 
um lugar assustador. Representações na mídia 
formam percepções da realidade. 
 CONDICIONAMENTO COGNITIVO - Novas 
evidências também revelam que assistir a vídeos 
violentos condiciona redes de ideias relacionadas 
à agressão. 
 As representações da mídia condicionam o 
pensamento. 
EFEITOS DOS JOGOS COM QUE AS 
CRIANÇAS BRINCAM 
 Gentile e Anderson, no entanto, apresentam 
algumas razões pelas quais um jogo violento pode 
ter um efeito mais nocivo do que assistir à 
televisão violenta. Ao jogar, os jogadores : 
 identificam-se com um personagem violento e 
desempenham seu papel; 
 ensaiam ativamente a violência, não apenas a 
assistem passivamente; 
 envolvem-se em toda a sequência de prática da 
violência: escolher as vítimas, adquirir armas e 
munições, perseguir a vítima, mirar a arma, puxar 
o gatilho; 
 estão envolvidos com violência e ameaças de 
ataque contínuas; 
 repetem os comportamentos violentos muitas 
vezes; 
 são recompensados por uma agressão eficaz. 
 Jogar videogames violentos, mais do que os não 
violentos, 
 aumenta a excitação: a frequência cardíaca e a 
pressão arterial sobem. 
 aumenta o pensamento agressivo; 
 aumenta sentimentos agressivos: os níveis de 
frustração sobem, assim como a hostilidade 
expressa, embora os sentimentos hostis diminuam 
poucos minutos após o término do jogo (Barlett et 
al., 2009). 
 aumenta comportamentos agressivos: após um 
jogo violento, crianças e jovens brincam de forma 
mais agressiva com seus pares, entram em mais 
discussões com seus professores e participam de 
mais brigas. 
 diminui comportamentos pró-sociais: depois de 
jogar um videogame violento, as pessoas 
demoram mais a ajudar uma pessoa 
choramingando no corredor ao lado e a oferecer 
ajuda a colegas. 
 Como revelado pela diminuição da atividade 
cerebral associada à emoção, elas também se 
tornam dessensibilizadas à violência (Bartholow 
et al., 2006; Carnagey et al., 2007). 
 Além disso, quanto mais violentos forem os jogos, 
maiores serão os efeitos de jogá-los. Quanto mais 
sangrento for o jogo (p. ex., quanto maior a 
definição do nível de sangue em um experimento 
com jogadores de Mortal Combat), maior a 
hostilidade e a excitação do jogador após a partida 
(Barlett et al., 2008). Os videogames se tornaram 
mais violentos, o que ajuda a explicar por que 
estudos mais recentes encontram efeitos maiores. 
 Os pais podem não ser capazes de controlar o que 
seus filhos assistem, brincam e comem na casa de 
outra pessoa, tampouco podem controlar o efeito 
da mídia sobre a cultura de seus filhos entre seus 
pares (é por isso que aconselhar os pais a 
“simplesmente dizer não” é ingênuo), mas podem 
supervisionar o consumo em sua própria casa e 
proporcionar mais tempo para atividades 
alternativas. Estabelecer redes com outros pais 
pode construir um bairro propício para crianças, e 
as escolas podem ajudar fornecendo educação 
sobre consciência da mídia. 
INFLUÊNCIA DO GRUPO 
 Por meio do “contágio” social, os grupos ampliam 
tendências agressivas, da mesma forma como 
polarizam outras tendências. 
 Jovens que compartilham tendências antissociais e 
carecem de laços familiares próximos e 
expectativas de sucesso escolar podem encontrar 
identidade social em uma gangue. À medida que a 
identidade do grupo se desenvolve, aumentam as 
pressões da conformidade e a desindividuação 
(Staub, 1996). A identidade própria diminui à 
medida que os membros se entregam ao grupo, 
muitas vezes sentindo uma unidade satisfatória 
com os outros. O resultado frequente é o contágio 
social – excitação, desinibição e polarização 
alimentadas pelo grupo. Como observou o 
especialista em gangues Arnold Goldstein (1994), 
até saírem da gangue por terem se casado, ficado 
mais velhos ou morrido, os membros se mantêm 
nelas. Elas definem seu território, exibem suas 
cores, desafiam rivais e, às vezes, cometem atos 
delinquentes e lutam por drogas, território, honra, 
mulheres ou insultos. 
 Quando as circunstâncias provocam reação 
agressiva de um indivíduo, acrescentar interação 
com o grupo muitas vezes a amplifica. 
Em ambos os contextos, o aumento da agressividade é 
indicado pelo seguinte: 
 Atores masculinos 
 Personalidades agressivas ou propensas à raiva 
 Uso de álcool 
 Assistir violência 
 Anonimato 
 Provocação 
 Presença de armas 
 Interação grupal 
Resumo: O que influencia a agressividade? 
 Muitos fatores exercem influência sobre a 
agressividade. Um deles é o das experiências 
aversivas, que incluem não apenas frustrações, 
mas também desconforto, dor e ataques pessoais, 
tanto físicos como verbais. 
 A excitação vinda de quase qualquer fonte, até 
mesmo exercício físico ou estimulação sexual, 
pode ser transformada em outras emoções, como a 
raiva. 
 Estímulos à agressividade, tais como a presença 
de uma arma, aumentam a probabilidade de um 
comportamento agressivo. 
 Assistir à violência (1) gera um aumento modesto 
no comportamento agressivo, principalmente em 
pessoas que são provocadas, (2) dessensibiliza 
espectadores à agressividade e (3) altera suas 
percepções da realidade. Essas descobertas vão ao 
encontro de resultados de pesquisas sobre os 
efeitos de assistir à pornografia violenta, que pode 
aumentar a agressividade de homens contra 
mulheres e distorcer suas percepções sobre as 
respostas delas à coerção sexual. 
 A televisão permeia a vida cotidiana de milhões 
de pessoas e retrata uma violência considerável. 
Estudos correlacionais e experimentais convergem 
na conclusão de que a exposição à violência 
pesada na televisão tem correlaçãocom o 
comportamento agressivo. 
 Jogar videogames violentos repetidamente pode 
aumentar pensamentos, sentimentos e 
comportamentos agressivos ainda mais do que a 
televisão ou filmes, já que a experiência envolve 
muito mais participação ativa do que os outros 
meios de comunicação. 
 Muitas agressões são cometidas por grupos. 
Circunstâncias que provocam indivíduos também 
podem provocar grupos. Por meio de difusão de 
responsabilidades e ações de polarização, 
situações de grupo amplificam reações agressivas. 
COMO A AGRESSIVIDADE PODE SER 
REDUZIDA? 
CATARSE? 
 O conceito de catarse geralmente é creditado a 
Aristóteles. Embora nunca tenha dito coisa 
alguma sobre agressividade, ele afirmou que 
podemos purgar as emoções vivenciando-as e, 
portanto, assistir às tragédias clássicas permitiria 
uma catarse (purgação) da compaixão e do medo. 
Uma emoção excitada, ele acreditava, é uma 
emoção liberada (Butcher, 1951). A hipótese da 
catarse foi ampliada para incluir a liberação 
emocional supostamente obtida não só 
observando-se o drama, mas também recordando e 
revivendo eventos passados e expressando 
emoções, bem como por meio de nossas ações. 
UMA ABORDAGEM DE APRENDIZAGEM 
SOCIAL 
 Experiências adversas, como expectativas 
frustradas e ataques pessoais, predispõem para a 
agressividade hostil. Por isso, é aconselhável 
abster-se de plantar expectativas falsas e 
inalcançáveis na mente das pessoas. As 
recompensas e custos esperados influenciam a 
agressividade instrumental, o que sugere que 
devem recompensar o comportamento cooperativo 
e não agressivo. 
 O castigo físico também pode ter efeitos colaterais 
negativos. A punição é estimulação aversiva, a 
qual mostra modelos do comportamento que visa 
prevenir, e é coercitiva (lembre-se que raramente 
interiorizamos ações coagidas com fortes 
justificativas externas). É por essas razões que 
adolescentes violentos e pais que abusam dos 
filhos muitas vezes vêm de casas onde a disciplina 
tomou a forma de punição física severa. 
 Para promover um mundo mais suave, poderíamos 
modelar e recompensar a sensibilidade e a 
cooperação desde cedo, talvez ensinando os pais a 
disciplinarem sem violência. 
 Estímulos agressivos também desencadeiam 
agressividade, o que sugere a redução da 
disponibilidade de armamentos, tais como armas 
de fogo. 
Resumo: Como a agressividade pode ser reduzida? 
 Como podemos minimizar a agressividade? 
Contrariamente à hipótese da catarse, expressar 
agressividade por meio de catarse tende a gerar 
mais agressividade, e não a reduzi-la. 
 A abordagem da aprendizagem social sugere 
controlar a agressividade contrariando os fatores 
que a provocam: reduzindo estímulos adversos, 
premiando e apresentando modelos de não 
agressividade e provocando reações incompatíveis 
com a agressividade.

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