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05.05.17 O que é influência social? - Para onde vamos nas férias? - Como as pessoas influenciam? - O que atrai os seguidores de uma seita? - O que você faria se não assistisse televisão? - Por que as pessoas obedecem sem reclamar? 1. A – B então B – A (pudim – ruim; ruim – pudim) 2. A = B, B = C então A = C. 3. Transformação da função. A influência social ocorre quando o comportamento de uma pessoa faz com que outra mude de opinião ou execute uma ação, que, de outro modo não executaria. Técnicas de influência social - Pé na porta: um método de persuasão. Nela, o influenciador oferece algo pequeno para prender a atenção de alguém, para só depois ir ao ponto onde se realmente queria chegar. A coisa oferecida pode ser algo pequeno ou insignificante, mas que a pessoa dificilmente poderia recusar. Depois que a pessoa aceita a “oferta”, o influenciador propõe a outra, mais significante. Levando em consideração que a pessoa já aceitou a primeira oferta (a menor) ele fica mais inclinado a aceitar a segunda oferta do que alguém que ele abordou e já foi direto ao assunto. - Porta na cara: o contrário da anterior nela, o influenciador pede algo tão fora do normal para alguém que muito certamente será recusado. Então, o influenciador propõe a coisa menor, que era o ponto que ele queria chegar desde o início. A pessoa aceita a segunda proposta porque ela lhe parece bem menor do que a primeira. Ela é justamente o oposto da anterior. Enquanto a primeira consiste em propor algo menor para só depois chegar ao ponto em que se deseja, essa consiste em propor algo muito maior, para depois propor o que se quer. - Bola baixa: Dois passos. No primeiro, o influenciador propõe algo muito atraente a alguém. Só depois que a pessoa já concordou que lhe a falada sobre os aspectos omitidos. Ou seja, os aspectos ruins são omitidos e apenas são ditos os bons, depois que a pessoa já concordou, lhe são mostrados os aspectos negativos. Essa técnica funciona porque, uma vez que a pessoa já concordou com o que foi inicialmente proposto, ela começa a imaginar todos os aspectos positivos da coisa e então se torna difícil mudar a opinião delas. Também, elas se sentem “na obrigação” de concordar com o restante dos aspectos omitidos por já terem dito sim inicialmente: por esta razão, a técnica mais utilizada por vendedores. - Contraste: pesquisas sobre a percepção visual mostraram que uma cor cinza, por exemplo, mostrada sobre um fundo preto é percebida mais clara do que a mesma cor cinza sobre um fundo branco. O mesmo acontece para situações: uma situação pode ser percebida de forma diferente dependendo do contexto. Se uma pessoa quebra o braço em um acidente no qual morreram várias pessoas, isso é visto de forma normal e insignificante, mas se a pessoa escorrega, cai e quebra o braço, a situação já não vai ser percebida da mesma forma. O contraste perceptivo é usado quando se quer atenuar o impacto de algo. Para isso, antes de se falar o que, é falado algo muito pior antes, para efeito de comparação. Quando o segundo fato é mostrado, parece muito menor se comparado ao primeiro. - Reciprocidade: quando fazemos um favor a alguém, nos sentimos de certa forma, no direito de solicitar um favor igual no futuro. Ex: se eu ajudo um amigo financeiramente, e um dia eu venha a precisar de dinheiro, posso dizer “Me ajude dessa vez porque eu já te ajudei da mesma forma aquela vez”. A solicitação de reciprocidade é uma forma de influenciar a pessoa a fazer o que você precisa. Tipos de influencia social: - Poder e recompensa: quando A é capaz de influencia em B em virtude da possibilidade que A tem de recompensar B caso este obedeça, a base da influencia exercida é o poder da recompensa. Este tipo de influencia é exercida, da capacidade do influenciador de mediar recompensas. Quando um pai diz a um filho que se ele fizer tal coisa receberá uma recompensa, a influencia se dá pelo poder que ele tem sobre o filho. - Poder de coerção: quando uma pessoa tem a capacidade de influenciar uma segunda com a possibilidade de que a primeira tem de lhe aplicar castigos caso a segunda não obedeça, a base dessa influencia é o poder de coerção. Esse tipo de influencia é diretamente dependente da possibilidade consciente da segunda pessoa da primeira lhe aplicar castigos caso não ceda. - Poder de legitimidade: quando a propriedade ou impropriedade do comportamento numa situação específica pode decorrer de uma tradição. Um grupo de escoteiros, por exemplo, tradicionalmente obedece as determinações do chefe do grupo. Esse comportamento é tradicional, pois é parte integrante do sistema de crenças e valores deste grupo e é reconhecida como legitima, a prescrição de determinados comportamentos, por pare do chefe do grupo. - Poder de referência positivo ou negativo. Existem pessoas com quem nós nos identificamos (+) e outras que não temos nada em comum (-). O poder de referência pode ser verificado em casos de identificação como vimos acima, no qual uma pessoa depende de outra por várias razões e emite comportamentos semelhantes aos desta outra espontaneamente (identificação) ou porque esta outra assim o deseja. - Poder de conhecimento: quando nos referimos ao poder de conhecimento, o mesmo ocorre quando a base de poder é o conhecimento, a referencia ou informação. Ao seguir a prescrição de um médico especializado acredita-se que ele conhece mais do que outra pessoa sobre sua profissão. Deve-se seguir suas prescrições em sua aarea de competência independentemente de ele estar ou não presente. Assim neste caso, este profissional exerce sobre a pessoa o poder de conhecimento. - Poder de informação: quando uma pessoa “a” muda seu comportamento ou atitude em função de uma reorganização cognitiva provocada pelo conteúdo de uma influencia exercida por outra pessoa “b” e não em virtude de alguma característica especificamente associada a “b”, diz-se que a modificação verificada foi decorrente do poder de informação. - Influência independente: é o que se verifica quando a base do poder exercido é o poder de informação. Neste tipo de influencia, a pessoa influenciada não depende da pessoa influenciadora, de vez que o conteúdo da mensagem original da pessoa provoca reestruturação interna da pessoa influenciada e esta reorganização interna é que é responsável pela ação de determinado comportamento. - Influência dependente e publica: quando a influencia exercida se baseia nas características da pessoa influenciadora, diz-se que ela é dependente. Quando ela só provoca comportamento externo de acordo com a influência exercida, mas não corresponde à modificação internada da pessoa no sentido de aceitar o comportamento, ela é pública. São as modificações comportamentais obtidas através de poder de coerção e recompensa. - Influência dependente e privada: há casos em que o comportamento exibido em decorrência de influência exercida depende das características do agente influenciador, tal como percebidas pelo influenciado. Ao invés de este comportamento ser apenas uma manifestação externa coerente com a influência exercida, ele permanece com ou sem a pressão do agente influenciador. Isto lhe dá o caráter privado. Os poderes legítimos, de referencia e de conhecimento são deste tipo. LER TEXTO: “Como influenciamos as pessoas e por elas somos influenciados?” Lista de termos e conceitos-chave: Adesão – Poder legítimo; Alvo – Poder referente; Autoridade – Reciprocidade; Contraste perceptivo – Poder de informação; Credibilidade do comunicador – influência independente e pública; Influência independente e privada – técnica bola baixa; Meio de comunicação de massa – técnica pé na porta; Persuasão – técnica porta na cara. 12.05.2017Comportamento pró-social - Como as características situacionais influenciam na ajuda? - O que motiva uma pessoa a ajudar a outra? - Que impacto tem os fatores culturais na ajuda ao próximo? - Como as características do ajudado influenciam os outros? - Em emergências, o que determina o ato de ajudar? Conduta social - O estudo do comportamento pro-social é novo, mas ganhou impulso e ressurgindo com eventos e incidentes de natureza social ocorridos a partir da década de 60. - Kitty Genovese, uma moça de 28 anos foi brutalmente assassinada em 1964, após o expediente, no bairro Queens em NYC. A forma como ocorreu foi destaque na mídia. O assassinato durou 45 minutos e ocorreu ao lado do prédio. 38 moradores ouviram os gritos de socorro de Kitty, foram até a janela, olharam e nada fizeram. Por que ninguém fez nada para ajudar? A vida desumanizada da grande metrópole? Este fato reaqueceu o interesse no tema e os estudiosos passaram a se dedicar ao tema. - Os psicólogos sociais usam o termo comportamento pró-social para se referir a uma ampla categoria de ações consideradas benéficas, pela sociedade, e podem ter diversas consequências positivas. - Vários comportamentos podem ser classificados pro-sociais, como por exemplo, doações a causas filantrópicas, intervenção em emergências, cooperação, compartilhamento, voluntariado, sacrifício e outros. - O comportamento pró-social envolve altruísmo, colaboração e ajuda e contrasta com o comportamento antissocial, que se refere à atividade agressiva, violenta, destrutiva e criminosa. - Altruísmo: é a ajuda com intenção de auxiliar outra pessoa sem expectativa de qualquer compensação (senão o bom sentimento resultante). Nessa definição, estabelecer o ato como sendo ou não altruísta depende de intenções da pessoa que oferece ajuda – ou seja, ela deve estar munida da intenção de ajudar os outros. - Cooperação: ocorre quando pessoas trabalham em grupo para alcançar um objetivo em comum que irá beneficiar a todos eles. Exemplo disso são equipes de trabalho, times de futebol e grupos de pesquisa. Existem formas de comportamentos pro-sociais mais comuns e sutis no dia a dia de qualquer pessoa. - Ajuda: quando nos referimos à ajuda queremos dizer qualquer ação que tenha como consequência ou beneficio ou a melhoria na vida de qualquer pessoa. Alguns estudiosos tentam explicar como o comportamento de ajuda como um processo típico da evolução humana. Nesse sentido, a ajuda seria consequência de desenvolvimento genético. Por esta visão, o homem ajudaria seus semelhantes para garantir a transmissão de genes para a geração seguinte. Além desta concepção, quatro outros modelos teóricos explicam o comportamento pró-social. - Fatores normativos da ajuda: > Responsabilidade social (ajudar qualquer um que seja dependente); > Reciprocidade (retribuir os benefícios intencionais que recebemos); > Normais pessoais (valores internalizados) - Fatores pessoais e situacionais > A presença de um modelo aumenta a probabilidade de ajuda; > O papel do gênero (homens ajudam em situações heroicas, mulheres em situações de alimentação, cuidado pessoal e apoio emocional); > O humor influencia o ato de ajudar. Modelos teórico-explicativos - Biológico sociológico: Considera o comportamento pró-social genético. Justifica explicando que há, entre os animais, espécies que agem de forma pró- social. Perpetuação da espécie; - Psicanalítico: considera a conduta pró-social como decorrente da estrutura psíquica (ego, id e superego), na qual o superego é o elemento mais importante para justificar tais ações. - Aprendizagem social: o condicionamento operante, a observação e os reguladores cognitivos são os responsáveis por tais comportamentos; - Cognitivo social: as representações cognitivas antecipam as consequências do comportamento e modificam suas ações, estabelecendo objetivos de auto avaliação. Lista de termos e conceitos-chave: Ajuda – norma da reciprocidade Ajuda baseada em custo-recompensa – modelo biológico-sociológico Altruísmo – modelo psicanalítico; Cooperação – Modelo aprendizagem social; Egoísmo – modelo cognitivo-social Cooperação – heurística de representatividade Empatia-altruísmo – heurística da ancoragem e ajuste Agressão Qualquer comportamento com intenção de prejudicar outra pessoa e que essa pessoa-alvo deseja evitar. Existem dois tipos de agressividade: afetiva e instrumental. Motivação e expectativa de consequências estão presentes (sem exclusão) Agressão afetiva, hostil ou emocional: - Geralmente é impulsiva, sem premeditação da raiva e cujo objetivo final é em geral para causar danos ao primeiro agressor. É muitas vezes associada a um instigador anterior, surge como uma reação à lesão ou provocação física. Agressão instrumental - Caracteriza-se como um meio para atingir um objetivo. O dano é um meio para alcançar o verdadeiro objetivo da ação. Busca antecipar consequências reforçadoras ou evitar a punição. É mais deliberada e racional do que a anterior. O ser humano é dotado de capacidades extraordinárias para prejudicar os outros. Por que as pessoas se voltam umas contra as outras? Existem pelo menos quatro possíveis respostas para esse comportamento: 1. As pessoas são instintivamente agressivas; 2. Elas tornam-se agressivas em resposta ao ambiente; 3. Tornam-se agressivas com os outros como consequência de uma emoção aversiva; 4. Aprendem a usar a agressão como forma eficaz de atingir o que querem. Teorias sobre a agressão Tipos de esquema: Instinto: Freud é um dos proponentes ao lado de Lorenz. Para Freud, a ânsia inata de destruir, ou o instinto de morte, é tão natural como respirar. Para Lorenz, o instinto agressivo evoluiu, porque contribuiu para a sobrevivência do animal. O ser humano é mais perigoso e destrutivo que os animais que são agressivos na defesa do território, obter companheira ou defender a prole Frustração-agressão: a hipótese da frustração-agressão apresenta duas afirmações fortes. Primeiro: toda frustração provoca alguma forma de agressão. Segundo: todo ato agressivo é resultante de alguma frustração anterior. Estímulo emocional aversivo: a agressão resultante do afreto hostil é denominada agressão afetiva, em contraste com a agressão resultante de pensamento ou cognição hostil. Em um experimento, alguns participantes foram expostos a temperaturas extremas e outros ficaram vendo fotos de armas. Os primeiros apresentaram atitudes mais intensas de hostilidade e raiva. Aprendizagem social e agressão: a imitação e o reforço são dois processos por meio dos quais as pessoas adquirem agressividade. Algumas pessoas, talvez muitas, adquirem comportamento agressivo observando outros indivíduos cometerem atos agressivos e, assim imitando-os. Muitas vezes as pessoas comportam-se agressivamente por prever que o ato agressivo lhes será recompensador. Impactos situacionais na agressão: - Reforços: vantagens materiais diretas (assaltantes, mafiosos, bullies), aprovação social (honrárias por atirar em inimigos), atenção (adolescente que rompe as regras da escola e aproveita os louros da fama junto aos colegas); - Modelagem: agressividade aprendida em modelos comportamentais; - Normas: norma negativa de reciprocidade (olho por olho, dente por dente); - Estresse: estressores sociais, tais quais desemprego crônico, discriminação; - Sinais agressivos: sinais agressivos no ambiente podem intensificar a motivação agressiva (armas, filmes). Agressão na sociedade: - Violência sexual: dominação masculina, pornografia agressiva (maior aceitação de estupro e agressão contra mulheres); - Agressão física: pesquisas mostram que a observação de violência em filmese na televisão aumenta a agressão. Jogar vídeo games violentos está associado a comportamentos violentos. Lista de termos e conceito-chaves: Afeto hostil – alvo Agressão – catarse Agressão em Freud – frustração Agressão em Lorenz – hipótese de frustração-agressão Agressão em Hobbes – instinto de morte Agressão-agressividade em Lacan – mitos de estupro Agressão deslocada – pornografia agressiva Agressão física – violência sexual Atração interpessoal e relacionamentos - Quem está disponível? - Quem é desejável? - Quais são os determinantes da atração? - O que é o amor? - Como se desenvolvem amor e amizade entre duas pessoas? Atração interpessoal é a atitude positiva de uma pessoa em relação à outra. Com o tempo a relação passa a envolver interdependência e intimidade. Atividades de rotina: as nossas rotinas diárias tornam algumas pessoas mais acessíveis. Uma pesquisa em uma faculdade (Michener, 2005) mostrou de 36% dos relacionamentos ocorrem em uma aula, um dormitório ou trabalho, 38% com a apresentação de uma pessoa, 18% em festas e 14% em bares. As influências e os determinantes do gosto - Proximidade física: a proximidade torna mais compensador e menos custoso interagir com algumas pessoas e não outras. Nas situações em que as pessoas esperam que nos comportemos de maneira educável e educada. - Familiaridade: a familiaridade produz uma atitude positiva em relação àqueles com quem repetidamente temos contato. A exposição repetida ao mesmo novo estímulo é suficiente para produzir uma atitude positiva; isso se chama efeito de mera exposição. - Semelhança: a principal influencia é o grau que duas pessoas têm de atitudes semelhantes. Quanto maior a semelhança entre elas, mais gostam uma da outra. A semelhança produz gostar, porque preferimos a coerência cognitiva e porque esperamos que a interação com semelhantes seja um reforço. - Compartilhamento: as atividades compartilhadas tornam-se importante influência no quanto gostamos de alguém e da atenção que dedicamos tempos a ele. - Gostar um do outro: gostamos das pessoas que gostam de nós; à medida que obtemos reforço positivo delas, mais gostamos dessas pessoas. Relacionamento e amor À medida que os relacionamentos evoluem, eles mudam em 3 dimensões. 1. Pode haver um interesse gradual na exposição de informações intimas a respeito do eu. A auto-exposição é geralmente recíproca, e cada um revela algo a seu respeito em resposta às revelações do outro. 2. A confiança no outro – a crença em sua honestidade, benevolência e confiabilidade – também aumentam à medida que os relacionamentos evoluem. 3. A interdependência para obtenção de várias gratificações também aumenta, frequentemente acompanhada por um declínio na confiança que se tem nos outros e no numero de relacionamentos com eles. Gostar ou amar? - Gostar de alguém se refere a uma atitude positiva em relação a um objeto, amar alguém envolve o apego e a preocupação com a outra pessoa. O amor pode também envolver a paixão – um estado de tensão, excitação física e intensa absorção no outro. A experiência do amor passional envolve elementos cognitivos, emocionais e comportamentais. O conceito de amor não existe em todas as sociedades. As histórias de amor mudam as nossas crenças a respeito do amor e dos relacionamentos, e as nossas crenças influenciam o modo como nos comportamos nos relacionamentos e os interpretamos. Conceitos de amor Amor é a reciprocidade relacional entre pessoas, caracterizado por fatores cognitivos, comportamentais e emocionais. Formas: amor pais-filho; amor filho-pais e amor romântico. O amor é sinalizado pela troca de ajuda, consolo e aceitação. Envolve sentimentos positivos fortes, compromisso e até mesmo sacrifício. Para Robert Stemberg, o amor engloba paixão, intimidade e compromisso. A intimidade tem caráter emocional e compreende: confiança mútua, proteção e necessidade de proximidade. Amor da intimidade envolve experiências pessoais e que há de mais intimo entre um e o outro. No amor de compromisso há sempre uma intenção de comprometimento. Diferente do gostar, o amor entre um casal inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa. Tipos de amores: romântico, possessivo, cooperativo, pragmático e altruísta. Comportamento grupal: - Que fatores mantêm um grupo como unidade? - Como um grupo define sua estrutura e objetivos? - Quais são as normas de um grupo? - Como o grupo influencia seus integrantes? - Em que condições uma minoria influencia uma maioria? O termo grupo é usado para referir-se a uma unidade social que consiste em duas ou mais pessoas e possui todos os atributos como filiação, interação, compartilhamento de objetivos e normas. A filiação caracteriza as pessoas que constitui um grupo. A interação ocorre quando os integrantes do grupo interagem (se comunicam e se influenciam). O compartilhamento de objetivos verifica-se quando os integrantes do grupo são interdependentes no que se refere à realização de um objetivo. Os integrantes de um grupo mantêm um conjunto de expectativas normativas (isto é, normas ou regras) que estabelecem limites ao comportamento dos integrantes e fornecem um modelo de ação. Coesão de grupo Coesão grupal pode ser definida como a quantidade de pressão exercida sobre os membros de um grupo a fim de que nele permaneçam. É a resultante de forças que agem sobre um membro para que ele permaneça no grupo. Há várias razões capazes de levar uma pessoa a pertencer um grupo. Atração pelo grupo ou por seus membros pode ser uma delas; forma de obter algum objetivo através de filiação ao grupo pode ser outra razão de atração por este. 1. Quanto maior a coesão grupal, maior satisfação experimentada pelos seus membros; 2. Quanto maior a coesão grupal, maior a quantidade de comunicação entre os membros; 3. Quanto maior a coesão grupal, maior a quantidade de influencia exercida pelo grupo em seus membros; 4. Quanto maior a coesão grupal, maior a produtividade do grupo. Todo grupo social possui normas sem as quais não seria possível sua sobrevivência. Através de simples observação verificamos que todos os grupos, pequenos ou grandes, sociogrupos ou psicogrupos, possuem certas normas que governam as linhas gerais do comportamento de seus membros. De uma maneira geral, podemos definir normas sociais como sendo padrões ou expectativas de comportamentos partilhados, pelos membros de um grupo. Ao falar em grupo social imediatamente nos vem à mente a noção de liderança. Atualmente há uma tendência em se rejeitar teorias baseadas em traços de liderança, e aceitar a posição segundo a qual a liderança é um fenômeno emergente. Conformidade - Significa adesão de cada integrante às normas e às expectativas do grupo. O paradigma de conformidade de Ash usa uma simples tarefa de diferenciação visual para pesquisar as condições que levam os indivíduos a se curvarem à opinião da maioria. As maiorias dentro dos grupos podem também usar a influência da norma e influencia da informação para exercer pressão sobre cada integrante. - A conformidade aumenta com um grupo formado por três pessoas e é ainda maior quando a maioria é unânime. A conformidade também é maior quando os integrantes são muito atraídos pelo grupo e quando ela significa admiração e aceitação por parte dos outros integrantes. Lista de termos Coesão de grupo – influencia da maioria Conformidade – influencia da minoria Grupo – influencia da norma Grupo primário – poder de informação Grupo secundário – objetivo de grupo Influência da informação – teoria dos estados de expectativa. Comunicação,linguagem e ideologia - Comunicação = transformação; - Os homens agem sobre o mundo; - Transformam o ambiente; - Se transformam pelas suas ações; - O verbal e o não verbal = mediação A definição de comunicação na psicologia social tem como referência: relação que se estabelece entre os indivíduos com a finalidade de compartilhar um significado; Toda comunicação é um vínculo no qual participam duas ou mais pessoas. - A comunicação resulta de uma estrutura formada pelos seguintes componentes: os indivíduos integrantes, o conteúdo da comunicação e o contexto; - A comunicação consiste na dinâmica que ocorre entre o eu que se vincula com o outro e que dá como resultado a síntese de nós mesmos que emerge logo que o significado tenha sido compreendido e, portanto, compartilhado. - Componentes da comunicação: emissor; receptor e mensagem. Homem em movimento: - Emissor é o indivíduo que transmite uma ideia elaborada acerca de uma coisa, um fato, para o qual codifica uma série de signos capazes de referi-lo. - Receptor é o sujeito que recebe a mensagem e a codifica. É uma relação linear, pois alguém deposita uma ideia ou pensamento a outro que a recebe. - A visão de transformação mostra que a comunicação entre pessoas é um processo que as transcende determinando modificações reciprocas de comportamento por retroalimentação. O contexto é o recorte da realidade de cada um. A linguagem e a comunicação: o que existe de comunicação na linguagem. Considerando a frase “ondecetavaontemanoite” – para responder sons e produzir respostas adequadas, as pessoas precisam reconhecer os seguintes componentes: 1. Fonética – sons distintos dos quais a linguagem é composta; 2. Morfologia – combinação de sons e palavras; 3. Semântica – significado comum das palavras; 4. Sintaxe – convenções de agrupamentos de palavras na língua. Os psicólogos sociais estão mais interessados no modo como a linguagem se encaixa na interação social e influência, e no modo como a linguagem exprime e modifica as relações sociais. - A linguagem é uma condição essencialmente humana. - Existe linguagem entre os animais. Se existir, é similar à humana. - Pesquisadores soviéticos (Luria) entendem que não há linguagem, mas uma espécie de comunicação vinculada a pratica e à ação. - Não haveria entre os animais informação de caráter objetivo, mas de estado afetivo. Comunicação direta e de massa - A comunicação direta caracteriza-se pelo feedback que faz com que o comportamento se modifique em função da adequação à realidade que está sendo vivida. - Na comunicação de massa as mensagens são transmitidas ao público por meios técnicos indiretamente e unilateralmente. Não existe o feedback direto e esta midiatização possibilita a manipulação da mensagem. - A linguagem é o recurso fundamental na procura de expressar a experiência com a finalidade de comunicá-la. A função da palavra é permitir decodificar adequadamente a realidade e agir sobre ela, mas na comunicação de massa isso é impedido pela manipulação da mensagem. Comunicação de massas: distorção da mensagem - A estrutura particular e a organização econômica determinam o tipo de organização social, de relações interpessoais, de crenças e normas e estabelecem uma modalidade de vínculo específica emanada da organização econômica. - A hegemonia do poder econômico e político estabelece as formas de interação social. Um dos aspectos que está sob este poder é a informação através dos meios de comunicação social, onde quem tem o poder controla quem não o tem. Quando se estabelece comunicação pela linguagem? Na relação entre linguagem e comunicação, linguagem é o recurso fundamental na procuração da comunicação e existe comunicação quando os signos que estruturam a mensagem são apreendidos ou compreendidos pelo sujeito da mesma forma como o mesmo sentido que foi pensado pela pessoa que transmitiu sua ideia. O QUE É IDEOLOGIA E COMO SÃO SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS? COMO ESTÃO INSERIDAS NA COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM? Senso comum: As representações sociais são „teorias„ sobre “saberes populares” e do senso comum, elaboradas e partilhadas coletivamente, com a finalidade de construir e interpretar o real”. Elas são o equivalente, em nossa sociedade, aos mitos e sistemas de crença. Generalização: Assim como os estereótipos servem para simplificar nossa visão de mundo, as representações sociais servem para tornar familiar o não familiar, conhecido o não conhecido. Muitas vezes por medo do desconhecido fazemos comparações com algo que supostamente conhecemos e generalizamos essas características para todos os indivíduos que fazem parte de determinado grupo. No estudo dos movimentos sociais, ideologia é uma concepção da realidade que enfatiza certos valores e justifica o movimento. - A ideologia pode ser + ou -, neutra ou crítica. - A ideologia no sentido positivo ou neutro pode ser definida como conjunto de valores e ideias de uma pessoa ou grupo; Essa concepção + ou neutra caracteriza os fenômenos como ideológicos sem necessariamente significar que eles são enganadores, ilusórios ou ligados a interesses de um grupo em particular. - A ideologia no sentido – ou crítico é constituída por ideias distorcidas e enganadoras, algo que tem como objetivo obscurecer a realidade e enganar as pessoas. Ela se expressa através de relações desiguais, ou seja, relações de dominação. Preconceitos, estereótipos, discriminação, ideologia, representação social, linguagem e comunicação estão interligados e é impossível falar de um sem mencionar o outro. Esses conceitos nem sempre são negativos e precisamos reconhecê-los, pois somente assim poderemos trabalha-los para evitar injustiças e discriminação. Mesmo que passem despercebidos, todos estão presentes no nosso dia a dia e todos nós, por mais que neguemos, temos nossos próprios preconceitos e ideologias. LISTA DE CONCEITOS E PALAVRAS CHAVE: Comunicação – linguagem; Comunicação de massa – receptor; Emissor – representação social; Comunicação – semântica; Emissor – senso comum Ideologia - sintaxe
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