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Formação Docente em Metodologias Ativas - (1)

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Formação Docente em Metodologias 
Ativas: práticas de ensino e aprendizagem 
criativas 
 
 
Ronan Daré Tocafundo 
Bárbara Regina Pinto e Oliveira 
Aluizio Barbosa de Oliveira Neto
Formação Inicial e 
Continuada 
+ IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ronan Daré Tocafundo 
Bárbara Regina Pinto e Oliveira 
 Aluízio Barbosa de Oliveira N 
 
 
 
 
 
Formação Docente em Metodologias Ativas: práticas de ensino e 
aprendizagem criativas 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Instituto Federal de Minas Gerais 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
Catalogação: César dos Santos Moreira - CRB-6/2229 
 
Índice para catálogo sistemático: 
1. Formação de professores e educadores 371.13 
2. Métodos e processos de ensino 371.3 
 
 
 
 
 
T631f Tocafundo, Ronan Daré 
 Formação docente em metodologias ativas: práticas de ensino 
e aprendizagem criativas [recurso eletrônico] / Ronan Daré 
Tocafundo, Bárbara Regina Pinto e Oliveira, Aluízio Barbosa de 
Oliveira Neto. – Belo Horizonte : Instituto Federal de Minas Gerais, 
2021. 
 31 p. : il. color. 
 
 E-book, no formato PDF. 
 Material didático para Formação Inicial e Continuada. 
 ISBN 978-65-5876-078-8 
 
 1. Professores - Formação. 2. Ensino - Metodologia. 3. 
Aprendizagem ativa. I. Oliveira, Bárbara Regina Pinto. II. Oliveira 
Neto, Aluízio Barbosa de. III. Título. 
 
 CDU 005.8 
 
 
Não preencher 
Pró-reitor de Extensão 
Diretor de Programas de Extensão 
Coordenação do curso 
 
Arte gráfica 
Diagramação 
Carlos Bernardes Rosa Júnior 
Niltom Vieira Junior 
Ronan Daré Tocafundo, Bárbara Regina 
Pinto e Oliveira, Aluizio Barbosa de Oliveira 
Ângela Bacon 
Eduardo dos Santos Oliveira 
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais 
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do 
Instituto Federal de Minas Gerais. 
2021 
Direitos exclusivos cedidos ao 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Avenida Mário Werneck, 2590, 
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG, 
Telefone: (31) 2513-5157 
 
 
Sobre o material 
 
 
 
Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático, 
incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de 
forma autônoma e suficiente. 
 Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade 
de acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser 
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR 
disponível no fim deste livro. 
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas 
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links 
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante 
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para 
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code 
a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse 
https://mais.ifmg.edu.br 
 
Formulário de 
Sugestões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras dos autores 
 
 
O tema ensinar traz em si polissemia que resulta em várias áreas de 
atuação docente e investigação. No que diz respeito ao ensino escolar, pode 
ser preparar um indivíduo para, dentre outras metas: responder às 
necessidades pessoais e aos anseios de uma sociedade em constante 
transformação; superar desafios propostos pela reconstrução de novas 
tendências: técnicas, tecnológicas e sociais, assim como dialogar com um 
mundo novo e dinâmico, formar cidadãos críticos e conscientes do seu papel 
na construção de um mundo melhor. Nesse âmbito surgem as Metodologias 
Ativas (MA). 
Esse é um conceito amplo, que engloba diferentes práticas de ensino, 
porém com um núcleo comum: fazer do aluno participante ativo juntamente 
com o professor, e não meramente expectador. 
Neste curso, faremos uma introdução às Metodologias Ativas e 
esperamos que seja um ponto de partida para mudanças na prática docente. 
 
 
 
 
 
 
Bons estudos! 
Os autores 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação do curso 
 
 
Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são 
apresentados, sucintamente, a seguir. 
 
SEMANA 1 
Metodologias Ativas: Bases Teóricas. Opções 
Metodológicas. Aprendizagem por Investigação, Sala de 
Aula Invertida, Peer instruction. 
SEMANA 2 
Ferramentas computacionais: Google Classroom, 
Edpuzzle, Padlet, OBS Studio, Movavi Studio e Handbrake 
SEMANA 3 
Vamos praticar: Projeto ECTS - Exemplo prático de ensino 
por Metodologias Ativas em contextos de Ciência 
Tecnologia e Sociedade (CTS) 
 
 
Carga horária: 30 horas. 
Estudo proposto: 10 horas semanais. 
 
 
 
 
 
 
Apresentação dos Ícones 
 
 
Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento 
quando eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado: 
 
 
 
 
Atenção: indica pontos de maior importância 
no texto. 
 
Dica do professor: novas informações ou 
curiosidades relacionadas ao tema em estudo. 
 
Atividade: sugestão de tarefas e atividades 
para o desenvolvimento da aprendizagem. 
 
Mídia digital: sugestão de recursos 
audiovisuais para enriquecer a aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Semana 1 – Metodologias Ativas: Bases Teóricas ........................................ 15 
1.1. Metodologias Ativas (MA): O que é afinal?......................................... 15 
1.2. Vale a pena? ...................................................................................... 16 
1.3. O que muda na vida do professor? .................................................... 16 
1.4. O que muda na vida do aluno? .......................................................... 17 
1.5. Opções Metodológicas. ...................................................................... 18 
1.5.1. Aprendizagem por investigação ......................................................... 18 
1.5.2. Sala de aula invertida ......................................................................... 19 
Semana 2 – Tecnologias computacionais ..................................................... 21 
2.1 Google Classroom ............................................................................. 21 
2.2 Edpuzzle ............................................................................................ 22 
2.3 OBS Studio ........................................................................................ 23 
2.4 Movavi Studio ..................................................................................... 23 
2.5 Handbrake ......................................................................................... 24 
Semana 3 – Vamos Praticar: Projeto ECTS – Aplicação prática em 
Metodologias Ativas ...................................................................................... 25 
3.1 O que é o projeto ECTS? ................................................................... 25 
3.2 Refletindo sobre Tecnologia e Sociedade .......................................... 25 
3.3 O Movimento Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS) ........................ 26 
3.4 Etapas de execução do projeto ECTS ................................................ 27 
3.4.1 Tema Gerador ou Problematização .................................................... 27 
3.4.2 Definição de estratégias .....................................................................
29 
3.4.3 Síntese ............................................................................................... 30 
3.4.4 Avaliação ........................................................................................... 31 
Referências ................................................................................................... 33 
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 36 
 
 
file:///C:/Users/niltom.vieira/Desktop/ronan/Formação%20Docente%20em%20Metodologias%20Ativas%20práticas%20de%20ensino%20aprendizagem%20criativas%20v.4%20(revisada)%20comentarios%20Ronan.docx%23_Toc83036021
file:///C:/Users/niltom.vieira/Desktop/ronan/Formação%20Docente%20em%20Metodologias%20Ativas%20práticas%20de%20ensino%20aprendizagem%20criativas%20v.4%20(revisada)%20comentarios%20Ronan.docx%23_Toc83036029
file:///C:/Users/niltom.vieira/Desktop/ronan/Formação%20Docente%20em%20Metodologias%20Ativas%20práticas%20de%20ensino%20aprendizagem%20criativas%20v.4%20(revisada)%20comentarios%20Ronan.docx%23_Toc83036036
file:///C:/Users/niltom.vieira/Desktop/ronan/Formação%20Docente%20em%20Metodologias%20Ativas%20práticas%20de%20ensino%20aprendizagem%20criativas%20v.4%20(revisada)%20comentarios%20Ronan.docx%23_Toc83036036
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”. 
1.1. Metodologias Ativas (MA): O que é afinal? 
 
No ensino escolarizado ainda vigora a Metodologia Tradicional de Ensino, pela qual 
o professor ensina (transmite conhecimento) e o aluno passivamente aprende (absorve 
conhecimento). O grande problema dessa metodologia não está no risco da não 
aprendizagem, pois, pelo que observamos, ela atende aos requisitos para alcançar aquilo 
que é denominado racionalidade técnica de conteúdo, pela qual prioriza-se o ensino 
meramente conteudista, estando o êxito de ensinar diretamente associado aos alunos 
conseguirem reter (ou memorizar) boa parte dos conteúdos assinalados. O problema 
desse modelo de ensino é o empobrecimento da formação dos alunos por oferecer poucas 
possibilidades para eles desenvolverem certas competências. (TOCAFUNDO, 2017) 
Ensinar deve ser entendido como algo a mais que compreensão de conceitos, fatos 
históricos, fenômenos naturais, avanços tecnológicos, dentre outros. A compreensão dos 
conceitos é o ponto de partida da ação de ensinar, que deve ser seguida de raciocínio, 
reflexão e transformação Shulman (2005). 
Assim, faz-se necessário repensar processos ensino ↔ aprendizagem que não se 
limitam apenas à instrução direta. Neste novo cenário surgem propostas metodológicas 
baseadas nas Metodologias Ativas (MA). Esse é um conceito amplo, que engloba 
diferentes práticas de ensino, porém com um núcleo comum: fazer do aluno participante 
ativo juntamente com o professor, e não meramente expectador. 
Objetivos 
Nesta semana, discutiremos pressupostos teóricos das 
Metodologias Ativas. Vamos refletir sobre Mudanças de 
paradigmas do ensino tradicional x ensino interacionista e 
sobre o papel do professor no processo ensino ↔ 
aprendizagem em Metodologias Ativas. 
Semana 1 – Metodologias Ativas: Bases Teóricas 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
 
16 
1.2. Vale a pena? 
 
Não é de se esperar que todos os alunos de uma classe aprendam da mesma forma, no 
mesmo ritmo, ao mesmo tempo, então, propomos repensar novas estratégias de ensino 
por entender que um dos futuros desafios para os professores será superar visões 
reducionistas de que ensinar é sinônimo de aumentar cognição. Assim, MA apontam para 
a possibilidade de transformar aulas em experiências de aprendizagem mais ricas para 
estudantes das gerações inseridas em cultura de Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TICs), cujas expectativas em relação ao ensino, aprendizagem, ao próprio 
desenvolvimento e formação são diferentes do que expressavam gerações anteriores. 
 
 
Mídia Digital: Para saber mais sobre Metodologias 
Ativas, assista ao vídeo de Lilian Bacich (link). 
 
 
Mídia Digital: Para saber mais Ensino Híbrido por 
Lilian Bacich (link). 
 
1.3. O que muda na vida do professor? 
 
Metodologias Ativas se caracterizam pela inter-relação entre educação, cultura, 
sociedade, política e escola, sendo desenvolvida por meio de métodos ativos e criativos, 
centrados na atividade do aluno com a intenção de propiciar a aprendizagem. Todavia, 
percorrer esse novo caminho traz inseguranças ao professor, que deixa sua zona de 
conforto, deixa de personificar o conhecimento e passa a ser parceiro nas interações e 
relações com o aluno. Nessa parceria, por vezes, o professor expõe suas inseguranças e 
incertezas. Nessa nova ótica do trabalho docente, ensinar significa criar situações para 
despertar a curiosidade do aluno e lhe permitir pensar o concreto, conscientizar-se da 
realidade, questioná-la e construir conhecimentos para transformá-la, superando a ideia de 
que o ensino é sinônimo de transferir know-how. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=J9lDSIuEXKY
about:blank
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https://www.youtube.com/watch?v=VFk_EFMWv10
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17 
Espera-se que o professor seja capaz de usar mídias e tecnologias como linguagem 
e meios didáticos. Com efeito, é premente a necessidade de recontextualizar métodos de 
ensino e práticas docentes, do contrário, corre-se o risco de vestir o velho com roupa nova. 
É dizer: a eficácia das MA está diretamente associada à processos que permitam aos 
professores ressignificarem suas práticas de ensino; permitam tornar professores e alunos 
parceiros em interações didáticas. 
 
 
Mídia Digital: Para saber mais, assista a entrevista 
com o Professor José Moran. (link) 
 
 
Mídia Digital: 
Assista também a seguinte palestra de José Moran: 
- Palestra: Bloco 1. (link); 
- Palestra: Bloco 2. (link) 
 
1.4. O que muda na vida do aluno? 
 
O novo paradigma de ensino proposto por MA está associado à mudança de 
postura, pela qual gradativamente o professor assume a posição de mediador ou de 
parceiro na construção de conhecimentos. Para muitos deles essa é uma região perigosa, 
pois deixarão de ser o agente central do processo. Nessa proposta, é o aluno quem estará 
no centro das relações com o professor, com os pares e, principalmente, com o objeto do 
conhecimento. Nesse novo paradigma não vale a premissa professor ensina e aluno 
aprende. Nele, professor e aluno aprendem e ensinam mutuamente. 
 
 
Dica do Professor: Leia o artigo “As metodologias 
ativas e a promoção da autonomia de estudantes” 
(download) 
 
A seguir vamos apresentar algumas opções metodológicas para utilização de 
Metodologias Ativas. 
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https://www.youtube.com/watch?v=O4icT4Z8m6Q
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https://www.youtube.com/watch?v=J9lDSIuEXKY
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https://www.youtube.com/watch?v=J9lDSIuEXKY
https://drive.google.com/file/d/1BLZGF7pgMq55F-ftfPaNH0JgjF8BWWxk/view?usp=sharing
about:blank
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1.5. Opções Metodológicas. 
 
1.5.1. Aprendizagem por investigação 
 
Na aprendizagem por investigação o estudante desenvolve habilidades e adquire 
conhecimentos tendo como ponto de partida um problema que pode ser de ordem prática, 
teórica, fictício, real etc. Nesse modelo, encontramos dois formatos imbricados que se 
intercalam: a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e a Aprendizagem Baseada 
em Projeto (ABPro). A imbricação desses formatos é tamanha que a distinção entre eles é 
tênue e, por esse motivo, muitos autores os consideram indistintos. 
De forma suscinta, na ABP busca-se investigar soluções possíveis para o problema 
proposto,
por exemplo: impacto sócio ambiental da construção de uma barragem por uma 
empresa mineradora. Já na ABPro, busca-se uma solução específica para o problema, por 
exemplo construir um aquecedor solar. Cabe ressaltar que na prática não são formatos 
distintos e bem delineados. Por exemplo, usa-se método de projetos visando a buscar 
soluções possíveis para um problema que pode conter a construção de algo. Dessa forma, 
utilizaremos a sigla ABP sem distinção entre esses dois formatos. 
ABP tem seu primeiro registro histórico na década de 1960, em escolas de 
medicina, no Canadá e na Holanda, nas universidades McMaster University e Maastricht 
University, respectivamente. Porém, atualmente, ela pode ser utilizada em todas as áreas 
de conhecimento e em todos os níveis de ensino, respeitando as particularidades de cada 
etapa cognitiva do aluno. 
Essa proposta de ensino fundamenta-se à luz de princípios da escola ativa de 
Dewey, de método científico e de projetos de Kilpatrick, buscando a construção de ensino 
integrado e integrador de conteúdos de forma multidisciplinar, pelos quais os alunos 
aprendem a aprender. Em sentido lato, ABP propõe que o ensino não seja fragmentado 
de forma disciplinar, mas sim organizado por temas, competências, habilidades, por 
problemas diferentes e em níveis de complexidade crescentes. 
Finalizando, e resumindo, na ABP, um tema de estudo pode gerar vários problemas 
que os alunos deverão, investigar, compreender e equacionar com atividades que podem 
ser individuais ou em grupo. 
 
 
 
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1.5.2. Sala de aula invertida 
 
Relatos bibliográficos dão conta que as primeiras salas de aula invertida surgiram 
em escolas do ensino médio americano. É comum nos Estados Unidos alunos atletas se 
ausentarem das salas de aulas para participar de competições esportivas. Por esse 
motivo, professores passaram a gravar os conteúdos e disponibilizá-los em ambientes 
virtuais. Desta forma, os alunos poderiam acompanhar, a seu tempo, as aulas realizadas 
em ambientes presenciais. Depois, esses alunos, quando regressavam, interagiam com 
seus colegas, esclareciam dúvidas e reconstruíam conhecimentos. A partir dessa 
experiência, tais professores americanos passaram a utilizar um novo método: primeiro, os 
alunos estudavam, a seu tempo, os conteúdos previamente determinados, que poderiam 
ser vídeos com aulas gravadas, leituras de textos dentre outros materiais. Em seguida, em 
sala de aula, os alunos consolidavam conhecimentos em situações colaborativas que 
poderiam ser, por exemplo, discussões, trabalhos e apresentações em grupos. Assim, 
esse novo modelo caracterizou uma inversão de técnica de ensino. Pois, a sala de aula 
deixa de ser um espaço meramente de transmissão de informações, no qual o professor 
transmite e o estudante recebe, para ser um ambiente ativo de ensino. 
Outro marco importante, frequentemente citado, para o surgimento desse modelo de 
ensino, foi o artigo “From Sage on the Stage to Guide on the Side” publicado por Alison 
King em 1993. Nesse artigo, a autora não fala claramente sobre aula invertida, mas 
advoga a ideia de se utilizar o tempo de aula para construção de conhecimentos a partir de 
informações que os estudantes teriam acesso previamente, e não meramente a 
transmissão dessas informações. 
A sala aula invertida, portanto, é um modelo híbrido, que otimiza o espaço escolar. 
De um lado, o aluno de forma autônoma fica responsável por buscar informações e 
desenvolver conhecimentos básicos. De outro lado, o professor exerce papel de mediador 
do processo ensino aprendizagem orientando o aluno em suas necessidades específicas 
visando a garantir melhores resultados. 
No entanto, há condições de contorno para que a aula invertida obtenha resultados 
satisfatórios: 
i. Mudança cultural de professores e alunos: esse modelo pressupõe maior 
autonomia dos alunos e, consequentemente maior responsabilidade. Se os 
alunos não cumprem as atividades prévias todo trabalho fica comprometido. 
Da parte dos professores exige-se sair da zona de conforto das aulas 
rigorosamente controladas para o ambiente das incertezas do que vem 
adiante. 
ii. Escolha de bons materiais como textos, vídeos e atividades para uma 
aprendizagem preliminar: o planejamento inicial deve ser muito bem 
executado, caso contrário pode comprometer todo o trabalho. Porém, na 
prática, muitas vezes, professores enfrentam variados problemas, por 
exemplo, para encontrar materiais que não incorrem em restrições de direitos 
autorais ou materiais adequados ao nível de ensino que ele necessita, dentre 
Plataforma +IFMG 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 
 
20 
outros. Isto posto, professores são levados a criar seu próprio material, o que 
os leva inexoravelmente a se tornarem blogueiros, editor de vídeos, designer 
gráfico etc. 
iii. Balizar bem a relação conteúdo programático x tempo: esse pode ser um dos 
grandes desafios na adoção de metodologias ativas, principalmente quando o 
assunto é Educação Básica. Por vezes, a adoção de técnicas como sala de 
aula invertida demanda mais tempo para ser executada e pressões externas, 
como a aprovação em exames de seleção para cursos de nível superior 
demandam que um grande volume de conteúdos programáticos seja 
cumprido pelo professor. 
 
Finalizando, é importante destacar que a sala de aula invertida não deve ser vista 
de forma reducionista, como apenas assistir a vídeos ou estudar os conteúdos 
antecipadamente e depois realizar atividades presenciais. A aula invertida amplia os 
horizontes de aprendizagem, nos quais os alunos podem desenvolver autonomia. Ela, 
combinada com outras técnicas, permite flexibilização do ensino, por exemplo: realizar 
ensino por investigação, aprendizagem por desafios, problemas reais e jogos com a aula 
invertida permite que os alunos aprendam fazendo, juntos e a seu próprio ritmo (MORÁN, 
2015). 
 
 
 
Atividade: Para concluir a primeira semana de 
estudos, vá até a sala virtual e, no fórum de discussões, 
“Atividade Semana 1”, deixe um comentário sobe 
potencialidades das Metodologias Ativas no ensino 
aprendizagem. 
 
 
Chegamos ao final da primeira semana com essa breve reflexão sobre 
Metodologias Ativas. A seguir veremos algumas ferramentas computacionais, com seus 
recursos principais, que podem auxiliar na utilização das Metodologias Ativas. 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
Os aplicativos que veremos nesta semana possuem versões gratuita e versões 
pagas. Oportunamente, abordaremos as diferenças entre as versões, limitações etc. De 
momento, a escolha desses aplicativos seguiu o seguinte critério: O Classroom é uma 
sala de aula virtual com muitas opções para o professor, com ele o docente poderá criar 
um verdadeiro Ambiente Virtual de Aprendizado totalmente integrado com diversas 
ferramentas on-line. O Edpuzzle é uma ferramenta que permite ao professor gerenciar 
vídeos aulas com total integração ao Classroom. O OBS Studio é um software livre que 
permite gravação da aulas, transmissão em tempo real para canais como YouTube e muito 
mais; com ele o professor poderá produzir vídeos aulas com muita facilidade. O Movavi 
Studio é um software de edição que permite dar ao vídeo um toque profissional. Ele o 
único programa proprietário da lista, mas seu custo é muito baixo, cerca de U$ 18,00 por 
uma licença vitalícia. Já o Handbrake é um poderoso compactador de vídeo muito útil para 
você preparar vídeo aula antes de fazer upload. 
Sem mais delongas, vamos aprender a usar essas aplicações. 
 
2.1 Google Classroom 
 
O Google Classroom, também conhecido como Google Sala da Aula, é um recurso 
da plataforma Google destinado a professores,
alunos e escolas. Trata-se de um Ambiente 
Virtual de Aprendizagem (AVA) que permite diversas interações entre alunos e professores 
para gerenciamento e organização de atividades escolares. Essa plataforma simula uma 
sala de aula, pela qual o professor pode criar turmas virtuais, publicar e gerenciar 
atividades, enviar e receber notificações públicas ou privadas aos alunos, criar 
instrumentos avaliativos e muito mais. 
A plataforma é gratuita e exige que o usuário tenha uma conta no Google. Ela pode 
ser acessada diretamente pelo navegador Web no link https://classroom.google.com, ou 
por aplicativo disponível para IOS e Androide. 
 
Objetivos 
Nesta semana vamos aprender a usar os principais recursos 
de 6 aplicativos que podem auxiliar no emprego de técnicas 
de Metodologias Ativas em ensino híbrido, quer sejam: 
Google Classroom, Edpuzzle, OBS Studio, Corel Video 
Studio e Handbrake 
 
Semana 2 – Tecnologias computacionais 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
 
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Nos vídeos a seguir, gentilmente gravados e cedidos pela professora Bárbara 
Regina Pinto e Oliveira do IFMG campus Sabará, coordenadora do curso de Formação 
Inicial e Continuada em Tecnologias da Informação e Comunicação para Educadores, 
vamos ensinar passo a passo os principais recursos do Google Classroom. 
Para conhecer o Classroom assista aos vídeos abaixo, são quatro vídeos de curta 
duração que abordam as principais características da plataforma: 
 
 
Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista as 
seguintes aulas: 
- videoaula 1: “Classroom: Criando uma sala de aula”; 
- videoaula 2: “Classroom: Publicando Materiais e 
Avaliações; 
- videoaula 3: “Classroom: Correção e Feedback de 
atividades”; 
- videoaula 4: “Classroom: Integração com aplicativos e 
funções avançadas”. 
 
 
2.2 Edpuzzle 
 
EDPuzzle é uma plataforma online que permite ao professor importar vídeos, editá-
los e disponibilizá-los aos alunos. Ela é oferecida em duas versões: gratuitas e pagas. A 
versão gratuita oferece limitações quanto à quantidade de vídeos que podem ser postados. 
Ele possui integração total com o Classroom, permitindo importação de alunos e envio de 
atividades e avaliações para o Google. 
O Edpuzzle permite ao professor gravar áudio e embutir no vídeo, criar questões de 
múltipla escolha com respostas comentadas, questões abertas com comentários, para fins 
de avaliação, cortar parte do vídeo e muito mais. 
Vamos ver nos vídeos abaixo as principais funcionalidades dessa ferramenta. 
 
 
Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista as 
seguintes aulas: 
- videoaula 5: “Edpuzzle: Editar vídeo, criar atividades 
avaliativas e publicar vídeo”; 
- videoaula 6: “Edpuzzle: Integração com o Classroom. 
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
 
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2.3 OBS Studio 
 
O OBS Studio é um poderoso software livre para gravação e transmissão de vídeo. 
Ele é muito mais que gratuito, ele é Software Livre. Professores que querem gravar aulas 
com qualidade poderão fazê-lo facilmente usando este software. Dentre os vários recursos 
que ele disponibiliza destacam-se: (i) possibilidade de transmissão em tempo real para 
diversas plataformas como Facebook e YouTube, (ii) recursos de Chroma Key, (iii) 
gravação da tela do computador ou de uma janela específica, (iv) gravação por WebCam e 
muito mais. Ele pode ser baixado do site oficial https://obsproject.com/ e instalado em PC 
ou MC. Roda em sistemas operacionais MacOs3, Linux e Windows. 
Vamos ver nos vídeos abaixo as principais funcionalidades dessa ferramenta. 
 
 
Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista as 
seguintes aulas: 
- videoaula 7: “OBS - Instalação do Aplicativo”; 
- videoaula 8: “OBS - Configurando o Aplicativo”; 
- videoaula 9: “Gravação de Vídeos”; 
- videoaula 10: “Transmissão em tempo real”. 
 
 
2.4 Movavi Studio 
 
Movavi é um editor de vídeo simples de usar e com bastantes recursos. Ele é 
especialmente útil quando combinado com OBS Studio. 
Como vimos, no OBS, podemos gravar vídeos aulas de forma simples. Porém, 
muitas vezes, necessitamos fazer tarefa de edição nesses vídeos, como: pequenos cortes, 
efeitos de transição, inserção de imagem, legenda, arquivo de áudio, e muito mais. É 
nessa hora que entra o Movavi. Ele pode ser baixado procurando no Google por Movavi. 
 
Na aula abaixo mostraremos como usar os principais recursos do Movavi. 
 
 
Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a aula 11 
“Usando o Movavi”. 
 
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 
 
24 
2.5 Handbrake 
 
Muitas vezes depois de criarmos os vídeos eles ficam muito grandes e isso dificulta 
publicar ou distribuir. Se um professor fizer uma aula com mais de 60 Mb, certamente terá 
problemas para postar ou enviar a seus alunos por e-mail, WhatsApp, ou fazer upload em 
algumas plataformas. Também poderá ocorrer de o aluno demorar muito tempo para fazer 
o download dessa postagem devido ao tamanho do arquivo. 
O HandBrake vai resolver esse problema com apenas alguns cliques. Ele é um 
Software Livre de transcodificação e compactação de vídeo praticamente sem perda de 
qualidade. Atualmente está entre os melhores programas destinados a esse fim. 
O programa pode ser baixado neste link https://handbrake.es/ na versão em 
espanhol, ou neste https://handbrake.fr/ na versão em inglês 
Para aprender como usar a ferramenta, assista ao vídeo abaixo. 
 
 
Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a aula 12 
“HandBrake: Compactando Arquivos”. 
 
 
 
 
 
Atividade: Para concluir a segunda semana de 
estudos, crie uma turma no Google Classroom, faça um 
vídeo e poste como atividade na turma criada. Em 
seguida envie o código da turma na sala virtual 
“Atividade da segunda semana” 
 
Chegamos ao final da segunda semana e vimos ferramentas que auxiliam o 
professor a realizar práticas docentes em contextos de Metodologias Ativas. A seguir, 
veremos o projeto ECTS, uma aplicação prática de ensino em Metodologias Ativas. 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
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25 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 O que é o projeto ECTS? 
 
O projeto Ética, Ciência, Tecnologia e Sociedade (ECTS) é uma proposta de 
aplicação prática em Metodologias Ativas, multidisciplinar, com abordagem em Ciência 
Tecnologia e Sociedade (CTS) voltado para alunos da Educação Básica, que visa a 
contribuir para a formação cidadã, científica e crítica desses aprendizes. Seu objetivo é 
promover o diálogo crítico sobre a sociedade que vem sendo consolidada baseada em 
inovações tecnológicas. 
ECTS possibilita a formação inicial de alunos-pesquisadores, o que pode contribuir 
para despertar a vocação científica, organização do raciocínio lógico e autonomia 
intelectual. Trata-se de um projeto “guarda-chuva”, que abriga vários subprojetos 
elaborados e executados por alunos. Esses subprojetos foram baseados em Ensino por 
Investigação, sendo caracterizado por três fases: (i) Tema Gerador ou Problematização; (ii) 
Desenvolvimento de Estratégias; (iii) Síntese; os quais apresentaremos mais adiante. 
Antes, porém, a seguir, faremos breve reflexão sobre Sociedade e Tecnologia e 
presentaremos o movimento Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS). 
 
3.2 Refletindo sobre Tecnologia e Sociedade 
 
Paradoxalmente, a tecnologia que, ao olhar cândido, aproxima as pessoas, também 
cria ambientes que as afasta. Se por um lado a Internet permite a essas pessoas se 
reencontrarem, se aproximarem e se comunicarem praticamente em tempo real, em 
qualquer lugar do mundo, essa mesma Internet pode afastá-las do convívio social. Nesse 
contexto, por exemplo, rodas de amigos depois do trabalho ou convívio familiar estão 
assumindo um lócus cada vez mais virtual. É comum ver roda de pessoas, cada uma
com 
seu smartfone, interagindo entre elas pelo dedilhar no aparelho. Ou, ver um número 
crescente de pessoas a sós, diante do computador, sentindo-se aconchegadas por um 
bate papo virtual. No lar, observa-se também os membros da casa com seu computador ou 
smartphone e ficando horas diante dele e desperdiçando um bom tempo de salutar 
convivência em família. 
Objetivos 
Nesta semana apresentaremos o projeto Ética Ciência 
Tecnologia e Sociedade. Um exemplo prático de ensino por 
Metodologias Ativas em contextos de Ciência Tecnologia e 
Sociedade (CTS) 
Semana 3 – Vamos Praticar: Projeto ECTS – Aplicação prática em 
Metodologias Ativas 
 
 
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A televisão, cada vez mais diversificada (hoje contamos com centenas de canais 
diferentes com as mais variadas programações) exerce um forte papel na formação de 
opinião contribuindo como instrumento que permite massificação e alienação, pois além de 
projetar em nossa tela mental aquilo que querem que saibamos e como querem que nos 
comportemos, a televisão deixa as pessoas cada vez mais isoladas diante de uma telinha 
globalizada. 
Visto desta forma, podemos criar uma aversão à tecnologia, porém, cabe ressaltar 
que a tecnologia em si só não é boa ou ruim, o uso da tecnologia pelo homem é que define 
os seus rumos. Exemplificando: o processo de fissão nuclear pode ser usado para 
obtenção de energia e para fins pacíficos, mas, também permite a construção da bomba 
atômica para destruição em massa; o metal forjado dá origem a inúmeros artefatos que 
trazem maior comodidade, mas também é usado na construção de armas; tecnologias 
organizacionais podem melhorar processos produtivos, gerar empregos, melhorar a 
qualidade de vida, mas pode esconder perversidades que escravizam uns em prol de 
outros. Preocupados em investigar essas dicotomias, eis que surgem movimentos como o 
Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), que passaremos a apresentar em seguida. 
 
3.3 O Movimento Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS) 
 
O termo Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS) é empregado para delimitar o 
campo de estudos sobre os aspectos sociais da ciência e da tecnologia, no que concerne 
fatores sociais que impulsionam o desenvolvimento científico e tecnológico, bem como as 
implicações e consequências desse desenvolvimento na sociedade. (PALACIOS, 2001) 
O movimento CTS Surgiu na década de 1960 e fundamenta-se em estudos 
advindos da Sociologia, da Filosofia da Ciência e da Tecnologia e da Psicologia. Nessa 
década, houve uma expansão dos movimentos sociais que questionaram alguns 
pressupostos do desenvolvimento tecno científico, principalmente a partir da sucessão de 
problemas sociais, advindo da revolução científica. A necessidade de refletir sobre 
impactos da ciência e da tecnologia na sociedade, desencadeou e até institucionalizou 
movimentos que questionavam a evolução tecnológica. Fomentar a discussão e a 
compreensão pública a respeito das controvérsias sócio científicas é um dos objetivos do 
movimento CTS. 
Numa concepção positivista (Palacios, 2001), a interação entre Ciência, Tecnologia 
e Sociedade pode ser descrita pela equação simples: + 𝐶𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒 + 𝑇𝑒𝑐𝑛𝑜𝑙𝑖𝑔𝑖𝑎 =
 +𝑟𝑖𝑞𝑢𝑒𝑠𝑎 𝑒 + 𝑏𝑒𝑚 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑟 𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑙, chamada de “modelo linear de desenvolvimento”. No 
entanto, Sarewitz (1996) publica o que considerou mitos do modelo linear, a saber: 
 
 
 
 
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27 
1. Mito do benefício infinito: mais ciências e mais tecnologia conduzirão 
inexoravelmente à mais benefícios sociais. 
2. O Mito do benefício sobre investigação científica: que qualquer linha de 
pesquisa cientificamente razoável sobre os processos naturais é capaz de 
gerar benefício social. 
3. Mito da responsabilidade: Entre pares, a possibilidade de reproduzir os 
resultados das pesquisas e os diversos controles de qualidade da 
investigação são suficientes para garantir as responsabilidades morais e 
intelectuais sobre os desenvolvimentos em ciência e tecnologia. 
4. Mito da autoridade científica: a ciência proporciona uma base objetiva para 
resolver problemas políticos. 
5. O mito da fronteira sem fim: que o conhecimento gerado nas fronteiras da 
ciência é independente de suas consequências morais e práticas na 
sociedade. 
 
Assim, os mitos publicados por Sarewitz (1996) e a crescente necessidade de se 
ater as controvérsias socio científicas, contribuíram para, a partir dos anos 1970, o 
movimento CTS vir ganhando força e adeptos, tendo seus estudos penetrado no contexto 
escolar sobretudo na Educação Básica. 
Feita esta pequena introdução teórica sobre o movimento CTS, passaremos, a 
seguir, a apresentar as etapas do projeto ECTS. 
 
3.4 Etapas de execução do projeto ECTS 
 
Como foi dito anteriormente, o projeto ECTS foi executado em três etapas, a saber: 
(i) Tema Gerador ou Problematização; (ii) Desenvolvimento de Estratégias; (iii) Síntese 
 
3.4.1 Tema Gerador ou Problematização 
 
Para explicar as etapas de execução do projeto, vamos considerar uma turma de 
Ensino Médio com 32 alunos envolvendo as disciplinas de Física, Biologia, Química, 
Sociologia, Português e Matemática. (Certamente o projeto pode ser adaptado para outras 
situações envolvendo outras disciplinas, nível escolar, número de alunos etc.). Em 
seguida, a turma foi dividida em 8 grupos de quatro alunos, 
Nessa etapa, inicialmente, os professores deverão propor um tema potencialmente 
controverso (tema gerador), base para estudos CTS, para ser o alicerce do projeto, e 
apresentar aos alunos. Esse tema será uma espécie de eixo transversal que perpassará a 
todas as disciplinas envolvidas. No nosso caso, o tema será: “Em prol do desenvolvimento 
Científico, Tecnológico e Econômico, tudo pode”? 
 
 
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28 
Nas aulas das diversas disciplinas, foram realizadas provocações com os alunos, 
que resultaram em brainstorming, conforme a Figura 1. Outra opção é fazer uma aula 
inaugural com todos os professores participantes do projeto para “provocar” os alunos a 
pensar nas problematizações advindas do tema gerador. 
 
 
Figura 1. Brainstorming. 
Fonte: Elaboração do autor 
 
Na primeira fase (tema gerador), a partir do brainstorming, cada grupo deverá 
propor um subtema a ser investigado. Exemplos: (i) “Ciência, Religião e Clonagem – Quais 
são os impactos éticos na clonagem de alimentos e outras formas de vida?”. (ii) “O Google 
Brother e outras ferramentas de redes sociais – nossa privacidade está ameaçada?” (iii) 
“Comportamento ético de Digital Influencer nas redes sociais”. Neste momento é 
importante ressaltar que esses exemplos de subtemas que eu coloquei nesta apostila 
servem apenas para que você professor tenha uma ideia clara do que seria um subtema. É 
muito importante que estes subtemas emerjam dos debates entre professores e alunos; e, 
principalmente, que sejam propostos pelos alunos. Para o sucesso da Metodologia Ativa, o 
professor deve evitar entregar tudo pronto ou forçar os alunos a pesquisar algum subtema 
específico. Faça provocações durante os debates, mas, deixe a imaginação dos seus 
alunos fluir. 
 
 
 
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29 
3.4.2 Definição de estratégias 
 
 
Na segunda fase (definição de estratégias), escolhido o subtema, cada grupo 
deverá elaborar (e posteriormente executar) um projeto de ensino por investigação para 
buscar respostas ao problema de pesquisa advindo do subtema que ele escolheu. 
Por exemplo: suponha que um grupo tenha escolhido o subtema “O Google Brother 
e outras ferramentas de redes sociais – nossa privacidade está ameaçada?”. A partir 
desse subtema o grupo deverá elaborar um projeto de pesquisa para investigar o problema 
proposto, quer seja: verificar se (ou de que forma) a privacidade das
pessoas estaria 
ameaçada pelo uso de aparelhos com ferramentas Google instaladas, ou por redes 
sociais. 
Como em qualquer pesquisa, sugiro que os subprojetos comtemplem pelo menos os 
quesitos a seguir: (i) problematização e questão básica de pesquisa; (ii) marco teórico (iii) 
objetivos; (iv) procedimentos metodológicos; (v) resultados e análises e; (vi) conclusões. 
Na elaboração e execução dos subprojetos, dependendo da estratégia 
metodológica escolhida por cada grupo, os alunos deverão aprender a utilizar variados 
instrumentos de coleta e tratamento de dados, como: entrevistas, grupo focal, 
questionários, transcrição etc. 
Deverão ser destinadas aulas para ensinar como elaborar projetos e realizar 
leituras, no caso do ECTS, as leituras versaram sobre Ética, abordagem CTS e outros 
temas circunscritos aos subtemas propostos pelos alunos. As leituras têm como objetivo 
construir fundamentação teórica para capacitar os alunos a desenvolverem os subprojetos. 
Certamente que tais leituras deverão ser adequadas aos temas geradores. Por esse 
motivo, a primeira fase deverá ser bem pensada e estruturada pelos professores. 
Essas aulas são muito importantes para que os objetivos educacionais de fazer do 
aluno participante ativo sejam alcançados. Assim, pelo menos um professor deverá ter 
familiaridade com projetos de pesquisa para orientar adequadamente os alunos quanto à 
elaboração e execução dos subprojetos. 
É nessa fase (definição de estratégias) que, sempre que possível, os professores 
deverão tentar adaptar seus conteúdos programáticos aos temas dos subprojetos. Esta 
não é uma fase fácil, pois, muitas vezes tal adaptação ao subtema requer de o professor 
fazer recortes e/ou reestruturar seu planejamento. 
Na Figura 2, apresento um exemplo de adaptação do conteúdo de diversas 
disciplinas ao tema gerador. Em verde estão os conteúdos programáticos das disciplinas e 
em azul os subtemas elencados pelos alunos. 
 
 
 
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Figura 2. Adaptação do conteúdo. 
Fonte: Elaboração do autor. 
 
3.4.3 Síntese 
 
Na terceira fase (síntese), os alunos vão apresentar os resultados das pesquisas 
que eles realizaram. A exemplo, os alunos podem: (i) escrever artigos com normas 
científicas, (ii) organizar seminário para apresentar resultados das pesquisas, (iii) produzir 
um blog ou site para comunicação pública científica, (iv) produzir um documentário e 
divulgar em redes sociais etc. Vale a criatividade. 
Essa fase pode ser utilizada para fins de avaliação dos trabalhos. Certamente, 
nessa nova perspectiva, vale repensar as formas de avaliação e se afastar de formatos 
meramente conteudistas e somativos de avaliar. 
 
 
 
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3.4.4 Avaliação 
 
Caberá aos professores definir como será a avaliação dos trabalhos ainda na 
primeira fase. Porém, é preciso ter em mente que projetos de ensino como o ECTS 
pretendem contribuir com a formação do aluno para além daquela simplesmente 
propedêutica e tradicional. Tais contribuições, alicerçadas por fundamentos de 
Metodologias Ativas, podem ser classificadas em Materiais (objetivas, observáveis) e 
Imateriais (subjetivas, incomensuráveis). 
Dentre as Materiais, destacamos: (i) formação de aluno-pesquisador, capaz de 
elaborar e executar projeto de pesquisa com rigor acadêmico; (ii) mobilização dos alunos 
para trabalhar em equipe; (iii) escrita de artigos; (iv) melhoria na participação e no 
interesse em sala de aula; (v) aprendizagem de conceitos científicos de forma 
multidisciplinar. 
Dentre as Imateriais, destacamos: (i) formação de aluno crítico; (ii) mudança de 
postura citadina dos alunos; (iii) reflexões sobre questões éticas; (iv) engajamento na 
execução do trabalho; (v) melhoria na relação entre professor e aluno. 
Assim, finalizando, essas classificações podem auxiliar os professores a elaborar 
adequadamente instrumentos de avaliação do projeto. 
 
 
 
Atividade: Chegamos ao final do curso. Para concluí-lo 
e gerar seu certificado, vá até a sala virtual e responda 
ao Questionário “Avaliação Global”. 
Esta avaliação é constituída de questões sobre todos 
os temas abordados no curso. A nota mínima para 
aprovação é 60%. 
 
 
 
 Esperamos que as reflexões que fizemos nessas três semanas possam contribuir 
para ressignifica práticas didáticas e tornar o ensino mais ativo. Oportunamente, outros 
cursos serão oferecidos complementando este pequeno ensaio sobre metodologias ativas. 
Fique atento à plataforma +IFMG para saber mais. 
 
Foi um prazer tê-lo conosco! 
 
 
 
 
 
 
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32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
DEWEY, John. A escola ativa: pelo surgimento de uma nova escola. Pedagogia ao Pé 
da Letra, 2013. Disponível em: <https://pedagogiaaopedaletra.com/john-dewey-e-a-escola-
ativa-pelo-surgimento-de-uma-nova-escola/>. Acesso em 26 de janeiro de 2021. 
KING, Alison. From Sage on the Stage to Guide on the Side. College Teaching, 1993. 
<disponível em https://faculty.washington.edu/kate1/ewExternalFiles/SageOnTheStage.pdf 
> Acesso em 06/10/2020. 
MORAN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. ln: Convergências 
midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens, 2015. Disponível em:< 
http://rh.unis.edu.br/wp-content/uploads/sites/67/2016/06/Mudando-a-Educacao-com-
Metodologias-Ativas.pdf>. Acesso em 06/10/2020 
PALACIOS et all. Ciencia, Tecnología y Sociedad: una aproximación conceptual. 
Cadernos de Ibero-América: Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, 
a Ciência e a Cultura (OEI), 2001. 
SAREWITZ, Daniel. Frontiers of Illusion. Science, tecnology and the politics of 
progress. Philadelphia: Temple University Press, 1996. 
SHULMAN, Lee. Conocimiento y Enseñanza: fundamentos de la nueva reforma. 
Revista de currículum y formación del profesorado, 2005. Disponível em: < 
http://www.ugr.es/local/recfpro/Rev92ART1.pdf>. Acesso em 17 jun. 2015. 
TOCAFUNDO, Ronan Daré; NASCIMENTO, Silvania Sousa do; MORENO, Antônio 
Verdejo. Mestrado Profissional em Ensino: uma inovação promissora? Dialogia. São 
Paulo, n. 21, p. 33-50, jan./jun. 2015. 
_______________ Mestrado Profissional em Ensino e o Máster en Formación del 
Profesorado de Educación Secundaria y Bachillerato: aproximando saberes teóricos 
e práticos na formação acadêmica de professores de Educação Básica. 2017. Tese 
(Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas 
Gerais (UFMG), Belo Horizonte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Currículo dos autores 
 
 
 
 
 
 
Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão 
 
Ronan Daré Tocafundo 
Bárbara Regina Pinto e Oliveira 
Aluizio Barbosa de Oliveira Neto 
 
20/08/2021 Viviane Lima Martins 20/09/2021 1.0 
 
Ronan Daré Tocafundo é Doutor em Educação pela Faculdade de 
Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FaE-UFMG). 
Doutorado Sanduíche realizado na Universidade de Granada (UGR), 
Espanha, com apoio da Capes pelo programa (PDSE/Capes). Atualmente 
é professor de Física no IFMG campus Sabará e professor orientador no 
Programa de Pós-graduação Strictu-Sensu em Educação Profissional e 
Tecnológica (PROFEPT). Áreas de interesse: Formação Docente e 
Ensino/Aprendizagem. 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9214890648714773 
 
 
 
Bárbara Regina Pinto e Oliveira é Doutora, Mestre e Bacharel em Engenharia 
de Produção (UFMG). Compõe desde 2015 o corpo docente do IFMG Campus 
Sabará, atuando como docente na linha de Produção e Logística. Tem interesse 
e experiência na área de Pesquisa Operacional, com ênfase em aplicações da 
otimização e simulação em redes de saúde. E em Tecnologias da Informação e
Comunicação, com ênfase em aplicações das TICs nas áreas de gestão e 
educação. 
 
 
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/8477722907043174 
 
 
 
Aluizio Barbosa de Oliveira Neto é Engenheiro de Computação e Doutor pela 
UFMG, Mestre em Computação Musical pela Universitat Pompeu Fabra 
(Barcelona). Atuou no desenvolvimento de sistemas para automação industrial, 
instalações artísticas interativas e como docente em cursos de Música e 
Computação. É músico, professor substituto na área de Tecnologias da 
Informação e Comunicação no IFMG Campus Sabará, ativista do Movimento de 
Software Livre, entusiasta da Iniciativa Educação Aberta e Recursos 
Educacionais Abertos 
. e Recursos Educacionais Abertos. 
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/3881927537576458 
 
 
 
 
 
 
Glossário de códigos QR (Quick Response) 
 
 
Mídia Digital 
Apresentação do 
curso 
 
 
Mídia Digital 
Lilian Bacich 
 
 
 
 
 
Mídia Digital 
Ensino Híbrido 
 
 
Mídia Digital 
Entrevista com Prof. 
José Moran 
 
 
 
 
 
Mídia Digital 
Palestra com o Prof. 
José Moran Bloco 1. 
 
 
Mídia Digital 
Palestra com o Prof. 
José Moran Bloco 2. 
 
 
 
 
 
Mídia Digital 
Aula 1 - Criando uma 
sala de aula 
 
 
 
Mídia Digital 
Aula 2 - 
Publicando Materiais 
e Avaliações 
 
 
 
 
 
Mídia Digital 
Aula 3 - Correção e 
Feedback de 
atividades 
 
 
Mídia Digital 
Aula 4 - Integração 
com aplicativos e 
funções avançadas 
 
 
 
 
 
Mídia Digital 
Aula 5 - Editar vídeo, 
criar atividades 
avaliativas e publicar 
vídeo 
 
 
Mídia Digital 
Aula 6 - Integração 
com o Classroom 
 
 
 
 
 
Mídia Digital 
Aula 7 - OBS 
Instalação do 
Aplicativo 
 
 
Mídia Digital 
Aula 8 - OBS 
Configurando o 
Aplicativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia Digital 
Aula 9 - Gravação de 
Vídeos 
 
 
Mídia Digital 
Aula 10 -
Transmissão em 
tempo real 
 
 
 
 
 
Mídia Digital 
Aula 11 - Usando o 
Movavi 
 
 
Mídia Digital 
Aula 12 -HandBrake 
Compactando 
Arquivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
Formação Inicial e Continuada EaD 
 
 
 
 A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de 
2020 concentrou seus esforços na criação do Programa 
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos 
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento 
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a 
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação 
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG 
cumprir seu papel na oferta de uma educação pública, de 
qualidade e cada vez mais acessível. 
 Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe 
multidisciplinar, contando com especialistas em educação, 
web design, design instrucional, programação, revisão de 
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais. 
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos 
setores institucionais e também com a imprescindível 
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais 
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de 
atuação. 
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex 
adquiriu estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de 
iluminação e isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG. 
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará 
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para 
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e 
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem, 
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos. 
 Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por 
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado. 
 
 
 
O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você! 
 
 
 
Professor Carlos Bernardes Rosa Jr. 
Pró-Reitor de Extensão do IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características deste livro: 
Formato: A4 
Tipologia: Arial e Capriola. 
E-book: 
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Formato digital

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