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universidade unopar
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
pedagogia
vera lúcia gentil quintino sant’anna
PROJETO DE ENSINO
EM pedagogia – Tecnologia de informação e comunicação para a educação
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Rio de Janeiro
2020
Vera lúcia gentil quintino sant’anna
PROJETO DE ENSINO
EM pedagogia – Tecnologia de informação e comunicação para a educação
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.
Docente supervisor: Prof. Jacqueline Rodrigues Carvalho Grade
Rio de Janeiro
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	6
3	PARTICIPANTES	8
4	OBJETIVOS	9
5	PROBLEMATIZAÇÃO	10
6	REFERENCIAL TEÓRICO	11
7	METODOLOGIA	16
8	CRONOGRAMA	18
9	RECURSOS	19
10	AVALIAÇÃO	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
REFERÊNCIAS	22
INTRODUÇÃO
A relação entre tecnologia e educação caracteriza em princípios e processos de educação ativa, gerando produtos educativos. Toda técnica ou recurso utilizado para realizar alguma operação ou processamento sobre algum tipo de informação, configura uma tecnologia da informação.
Esse projeto fala a respeito da sala de aula invertida, o ensino a distância, a realidade virtual, as redes sociais educativas e a chegada da pandemia mundial, que trouxe consigo a imersão ao uso das tecnologias de informação e comunicação no tocante à mediação pedagógica.
7
TEMA 
Este tema foi escolhido por causa da importância das novas linguagens e tecnologias educacionais no mundo do ensino e aprendizagem.
A tecnologia educacional é o conjunto de conhecimentos aplicados para melhorar o desempenho do processo de ensino e aprendizagem, Por sua vez, educação tecnológica se define como estudo de tecnologias, o que provê aos estudantes oportunidades de aprenderem e se capacitarem a respeito de processos e conhecimentos relacionados especialmente a tecnologias que resolvam problemas e que estendam o potencial humano.
A educação é uma das indústrias estabelecidas, como tantas outras que sofrem profundas alterações decorrentes do desenvolvimento de novas tecnologias, em especial dos acentuados avanços no campo da tecnologia da informação. O mundo passa pelo irresistível processo de transformação digital, trazendo, consequentemente, um novo paradigma para os sistemas educacionais demandados a incorporar novos artefatos tecnológicos para bem servir às novas exigências de educação e sociedade.
Na sala de aula invertida, que é um exemplo de ensino híbrido, onde é fora da sala de aula que o aluno tem acesso básico ao conhecimento, sendo que, posteriormente, dentro da sala, tal conhecimento é devidamente trabalhado para a devida absorção cognitiva permanente. De forma simplória, o aluno já vem estudado para adentrar a sala de aula. O que se inverte é o pressuposto tradicional de que a sala de aula seja o local onde o conhecimento é primeiramente transmitido e que a lição de casa sirva para fixar, aprimorar e contextualizar tal conhecimento.
Ensino híbrido é a metodologia que combina aprendizado online com o offline, em modelos que mesclam (por isso o termo blended, do inglês “misturar”) momentos em que o aluno estuda sozinho, de maneira virtual, com outros em que a aprendizagem ocorre de forma presencial, valorizando a interação entre pares e entre aluno e professor.
A EAD (ensino à distância), como negócio, é tão atrativo às instituições de ensino pela estratégia de baixo custo que o modelo representa, ao mesmo tempo que a multiplicação do número de alunos favorece um faturamento muito maior para empresas.
Diferente da realidade virtual, em que a pessoa precisa ser deslocada do mundo real para uma realidade alternativa que é simulada digitalmente, na realidade aumentada ocorre o inverso: são objetos virtuais que são trazidos para o mundo real. São portanto, duas tecnologias inovadores que se complementam, para trazer uma infinidade de novos instrumentos para a educação. A interatividade e possibilidade de os estudantes postarem, eles mesmos o conteúdo para serem revisados, comentados e compartilhados entre colegas e professores, o que é diferente da “via de mão única” de professor para aluno que é estabelecido no modelo tradicional.
JUSTIFICATIVA
O grande interesse desse tema foi as aulas EAD é que devido a essa pandemia mundial que chegou, o coronavírus, COVID-19, (Sars-CoV-2). Em meio a paralização forçada pela pandemia de covid-19, alunos e professores de todo o Brasil vivem nova realidade com a intensificação das aulas pela internet, prática conhecida com ensino à distância (EAD), foi autorizada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), a partir do ensino fundamental, essas aulas virtuais possam contar para cumprir a carga horária mínima de 800 horas previstas para o atual ano letivo. A regulamentação cabe aos governos estaduais e municipais.
A rotina em casa mudou. Os filhos não vestem o uniforme escolar e vários pais também não saem para trabalhar. Mas as aulas de muitas crianças e adolescentes continuam, de modo virtual, e todos da família precisam se adaptar ao novo modelo. A educação a distância proporciona uma nova realidade nos lares do Brasil, Rio de Janeiro, com várias possibilidades e problemáticas. Esse cenário deve continuar até que as autoridades encontrem uma solução. Enquanto isso, pais dividem opiniões sobre o modelo on-line, pois, a principal dificuldade de muitos, é a rotina. É fortemente criticada pelas entidades de classes ligadas aos profissionais de educação, elas apontam o problema da exclusão digital no país e afirmam que os alunos das redes públicas, pobres, em sua quase totalidade já sofreram ameaça concreta contra seu direito constitucional à educação e à aprendizagem. Contar somente com o aparato informatizado, certamente não é suficiente para os alunos do ensino fundamental de nove anos e o ensino médio.
Embora desde o final do século passado, com a introdução do uso dos computadores na escola, diversos estudos têm sido realizados com o objetivo de identificar estratégias e consequências dessa utilização, o Brasil ainda têm dificuldades em ministrar no ensino à distância. Precisa de uma reelaboração da cultura escolar para que esse novo paradigma possa surtir efeito positivo no ensino. 
Há possibilidade de personalizar o ensino por meio da utilização de diferentes recursos didáticos, tendo as tecnologias como espinha dorsal do processo.
A formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro de complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que inclui, entre outros, um razoável conhecimento de uso do computador, das redes e de demais suportes midiáticos [...] em variadas e diferenciadas atividades de aprendizagem. É preciso saber utilizá-los adequadamente. Identificar quais as melhores maneiras de usar as tecnologias para abordar um determinado tema ou projeto específico ou refletir sobre eles, de maneira a aliar as especificidades do “suporte” pedagógico [...] ao objetivo maior da qualidade de aprendizagem dos alunos (KENSKI, 2008, p. 106).
É necessário pensar, para uma utilização eficiente, mudanças em vários níveis: infraestrutura educacional, formação continuada dos professores, currículo, práticas de sala de aula; modos de avaliação, entre outros. Deve ser de forma integrada aos estudos.
É possível pensar em estratégias de organização dos alunos em sala de aula, favorecendo ações de personalização. Na prática, observa-se que os modelos mais utilizados são: modelo de rotação, ele é baseado na criação por parte do professor de diferentes espaços de ensino e aprendizagem dentro ou fora da sala de aula para que os estudantes revezem entre diferentes atividades de acordo com o horário fixo ou de acordo com a orientação do professo; Laboratório rotacional, nesse modelo os estudantes utilizam os espaços da sala de aula e laboratórios; Sala de aula invertida, esse modelo é estudado em casa, geralmente no formato online, o espaço da sala de aula é utilizado para discussões,resolução de atividades, entre outras propostas de mais auto nível; Rotação individual, cada aluno tem uma lista das propostas que devem contemplar em sua rotina para cumprir os temas a serem estudados. Podemos considerar os dois modelos de aprendizagem muito importantes, o modelo de sala de aula de aula tradicional e o modelo de ambiente virtual de aprendizagem estão tornando-se gradativamente complementares, isso ocorre porque além do uso de variadas tecnologias digitais, o indivíduo interage com o grupo, intensificando a troca de experiências, enfim uma reflexão sobre o papel dos educadores e dos alunos nesse novo formato. 
PARTICIPANTES
Esse projeto de ensino se destina aos professores, coordenadores, diretores, a toda equipe pedagógica, que além das disciplinas e conhecimentos tradicionais, conceitos de tecnologia e acesso à informação, inclusão social, direitos humanos, ética e cidadania, relação com o meio ambiente, entre outros, foram incluídos nos currículos de quase todas as escolas, de maneira abrupta devido aos caos que a pandemia mundial nos causou.
Afinal, a proposta pedagógica das escolas realmente tiveram que se encaixar em todo processo de melhoria e adaptação à nova realidade de ensino e aprendizagem.
OBJETIVOS
O presente trabalho, tem o objetivo de mostrar a importância das tecnologias mediante, COVID-19 (Sars-CoV-2). O principal motivo, é a continuidade dos estudos, sem a interrupção do fluxo de trabalho pedagógico e dos conteúdos que estavam previstos para esse momento, que foi um benefício dado ao cenário da quarentena, criando formas e ferramentas para ter essa interação do aluno-aluno, aluno-professor, professor-aluno.
Dentro desse contexto, estabeleceram-se objetivos fundamentais, a saber: Permanecer a relação socioafetiva e emocional na Educação Infantil; Garantir a continuidade do programa curricular do Ensino Fundamental; Garantir evidências de aprendizagem no processo remoto; Controlar presença dos alunos e atenção ao tempo de tela: e adaptar estratégias e recursos pedagógicos para canais digitais; Proporcionar uma educação de qualidade com evidências e avaliações de aprendizagem e garantir o conhecimento necessário na prevenção da COVID-19.
O distanciamento social obrigatório surpreendeu todas as escolas que precisariam transpor todo o seu material pedagógico para o ambiente virtual. Esse momento foi a oportunidade para as equipes pedagógicas, alunos e famílias se inserirem na cultura digital.
PROBLEMATIZAÇÃO
O problema do ensino à distância (EAD) ou aulas remotas é o tempo de exposição às telas de celulares, tablets ou computadores que crianças e jovens podem ficar submetidos. Por esse motivo, é importante que a escola proponha trabalhos em material didático, como os livros, apostilas, cadernos, etc.	
Outro problema, é a dificuldade de os familiares dos alunos estabelecerem uma rotina de estudo, eles ficam entediados em estudarem sozinhos, uma vez que precisam de supervisão.
Os professores passando pela dificuldade em manter os alunos interessados e engajados, e para os professores da educação infantil a tarefa é árdua.
O ideal é tentar estabelecer um padrão no uso das plataformas de ensino online e das redes sociais pelo corpo docente. Roteiros de aulas, exibições de vídeos autorais, lives em redes sociais, uso de software independentes da comunicação com os alunos devem ser feitos de acordo com o posicionamento de cada instituição. 
As possibilidades oferecidas pelo EAD, permitem que o aluno caminhe em um percurso de investigação mais individual, ao mesmo tempo em que ele mergulha em uma tecnologia que facilita o contato com pessoas, recursos, lugares do mundo inteiro.
Os professores podem utilizar estratégias para tornar o conteúdo mais interessante e garantir a proximidade com os estudantes, como: criar um canal no youtube, diversificar os materiais, tentar manter o espírito de grupo e tentar aproximar ao máximo o conteúdo e a realidade.
O ideal é não só depositar conteúdo e arquivos PDF para as crianças lerem, mas sim estimular pesquisas e pensar em temáticas criativas, para engajar os alunos.
Esses novos modelos de educação demandam participação ativa do aluno, garantindo, mais autonomia, e também cobrando mais comprometimento.
REFERENCIAL TEÓRICO
Seymour Papert  foi um matemático e educador estadunidense nascido na África do Sul. Lecionava no Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Papert estudou na Universidade de Witwatersrand, graduado em 1949 e obteve um PhD em matemática em 1952. Recebeu outro título de PhD, também em matemática, na Cambridge University em 1959, onde foi orientado por Frank Smithies.
Ele foi matemático, educador, cientista da computação, professor e psicólogo. Ele foi o teórico mais conhecido sobre o uso de computadores na educação, um dos pioneiros da inteligência artificial e criador da linguagem de programação LOGO (em 1967), inicialmente para crianças, quando os computadores eram muitos limitados, não existia a interface gráfica e muito menos a internet.
Na educação, Papert cunhou o termo construcionismo como sendo a abordagem do construtivismo que permite ao educando construir o seu próprio conhecimento por intermédio de alguma ferramenta, como o computador, por exemplo.
“Em vez de pressionar as crianças a pensarem como adultos, faríamos melhor nos lembrando de que elas são grandes aprendizes e tentando seriamente nos tornar mais parecidos com elas.” (2008, p.148)
Desta forma, o uso do computador é defendido como auxiliar no processo de construção de conhecimentos, uma poderosa ferramenta educacional, adaptando os princípios do construtivismo cognitivo de Jean Piaget a fim de melhor aproveitar-se o uso de tecnologias. 
Pode-se afirmar que a teoria de Papert trata-se de um ponto de inflexão para o pensamento sobre o aprendizado. Nela, o aprendizado acontece pelo processo de fazer, de colocar a mão na massa; e o aluno constrói a partir de seu interesse, portanto, motivado a aprender.
O pensamento de Papert propõe uma ruptura no pensar o aprendizado como um processo no qual o aluno é apenas um “depósito” de conhecimentos, ele passa a ser um produtor, a atuar na busca de respostas, na busca de soluções. 
O construcionismo é uma adaptação do construtivismo de Jean Piaget, e considera o computador uma importante ferramenta de mediação para o aprendizado.
Em 5 de dezembro de 2006 sofreu um grave acidente, quando foi atropelado por uma motocicleta em Hanoi, no Vietnam, onde estava como conferencista convidado de um congresso internacional. 
Papert morreu em sua casa em Blue Hill, Maine, em 31 de julho de 2016.
Papert foi um dos primeiros a reconhecer a dimensão transformadora assumida pela tecnologia na sociedade, capaz de alterar o modo como as pessoas pensam, trabalham, divertem-se e aprendem. Os dados mostrados há pouco, assim como o recente e estrondoso sucesso global do jogo que utiliza recursos de realidade aumentada Pokémon Go, não deixam dúvidas de que esta faceta da “visão” antecipatória de Papert cumpriu-se.
Vani Moreira Kenski, doutora em educação pela UNICAMP, professora do programa de pós-graduação em educação da faculdade de Educação/USP. Pesquisadora na área de Educação à distância, Ensino mediado pelas Tecnologias Digitais e Educação, comunicação e Tecnologias Digitais. Autora dos livros: Tecnologia e Ensino Presencial e à Distância; Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação e Tecnologias e tempo docente, todos pela ed. Papirus. Autora e organizadora do livro Design Instrucional para cursos online (Editora SENAC/SP).
Segundo Kenski, as mudanças incorporadas à sociedade pelas tecnologias digitais chegam muito lentamente à educação. Considerando a educação formal, legalmente instituída. Isto porque a educação informal - aberta e livre tem, nos usuários conectados nos mais diferenciados dispositivos digitais, a sua principal tribo. Idade, localização física, formação escolar... as designações que identificam os seres em uma instituição de ensino regular, nas ações educacionais livres via internetnão são tão relevantes. Isto faz diferença e causa um dos principais impactos na atualidade, ou seja, para aprender não é preciso ir para a escola. Seres conectados com vontade de aprender, aprendem. 
A revolução digital já existe no Brasil, independente dos problemas de infraestrutura tecnológica, baixa velocidade de banda, monopólios comerciais e legislação defasada que temos e que prejudicam o amplo acesso e uso das tecnologias digitais, sobretudo a internet. O Brasil possui hoje presença significativa de usuários na internet. No ranking mundial ocupa a quinta posição em número de usuários logados, perdendo apenas para China, Estados Unidos, Índia e Japão. Dados bem atuais mostram que o país representa 40% de todo o contingente online da América Latina. Isto, no entanto, não basta. Em termos de contexto brasileiro, o país ainda sofre de um gap significativo de exclusão digital. Na realidade digital brasileira o que fica evidente é a desigualdade nas condições de acesso e uso dos recursos e dispositivos disponíveis na internet pelo território brasileiro. Temos espaços diferenciados, sobretudo no Sul e no Sudeste, com níveis ótimos de presença digital. Outras partes do Brasil (e mesmo regiões e bairros do mesmo estado ou cidade) não possuem condições mínimas de acesso e fraco conhecimento para uso dos meios digitais. Esta desigualdade replica as desigualdades econômicas e educacionais existentes em todo o país. Ou seja, na nossa realidade brasileira, a internet é elitista, colabora para a divisão social (entre os que têm ou não acesso), é cara, de baixa qualidade e garante precariamente as condições para viabilização de projetos educacionais online extensivos. Se fecharmos as nossas lentes para o contexto educacional do ensino superior brasileiro teremos um grupo mais homogêneo em relação ao acesso e uso das tecnologias digitais. Neste grupo o uso da internet é ampliado com finalidades de comunicação, entretenimento, acesso à informação e aprendizagens. Neste contexto, o uso da Internet para realização de trabalhos e pesquisas é intenso. A oferta ampliada de dados facilita a busca de informações. As possibilidades de interações viabilizam a formação de redes de pessoas com vontade de aprender, pesquisar, avançar no conhecimento... independente do espaço em que se encontrem. Neste segmento predomina o uso das tecnologias para aprender, em instituições de ensino ou de forma aberta e livre.
Para Kenski, professores e alunos; sobretudo os do ensino superior, estão naturalmente integrados à cultura digital. Acessam internet, usam celulares e adquirem práticas ligadas ao uso dos dispositivos digitais. Este perfil pessoal não se descola totalmente do perfil profissional – de professor ou de aluno – que representam nos espaços educacionais, ainda que nestes espaços não se utilizem diretamente dos meios digitais para ensinar e aprender.
Kenski acredita que não são necessariamente avanços, mas fazer o que Dewey já dizia há 100 anos e que nunca foi compreendido integralmente e posto em prática como deveria. Ou seja, significa colocar ênfase na experimentação e no trabalho colaborativo como posicionamentos metodológicos essenciais. Ou seja, aprender fazendo. Praticar, se expor, explorar em grupos, refletir sobre os resultados e descobertas e ir além, continuamente. Promover a criação, a investigação e a originalidade no processo de ensino-aprendizagem. Buscar soluções criativas e saber aproveitar os recursos disponíveis. Importante, portanto, é a integração entre as pessoas e o uso dos recursos digitais para viabilizar esta possibilidade de aprender e ensinar, juntos. e no tempo analógico dos processos educacionais dos séculos anteriores-, não teremos bons professores que consigam dialogar com as necessidades da realidade educacional e social da atualidade. 
Segundo Kenski, uma das principais iniciativas para os pesquisadores que se preocupam com a melhoria da qualidade do ensino na atualidade é a de conhecer a realidade. Ir ao encontro dos alunos e seus professores. Pesquisar suas necessidades e confrontá-las com o que as tecnologias podem oferecer para auxiliar e facilitar, no contexto em que se encontram. Importante também é não se isolar, integrar-se com pesquisadores em redes nacionais e internacionais que tenham objetivos de pesquisa comuns. Formar equipes interdisciplinares para o desenvolvimento de projetos que possam ir ao encontro dos desejos e necessidades atuais dos alunos, professores, escolas.
A tecnologia digital rompe com a narrativa contínua e sequencial das imagens e textos escritos e se apresenta como um fenômeno descontínuo. Sua temporalidade e espacialidade, expressa em imagens e textos nas telas, estão diretamente relacionadas ao momento de sua apresentação. Verticais, descontínuas, móveis e imediatas, as imagens e textos digitalizados a partir da conversão das informações em bytes, têm o seu próprio tempo, seu próprio espaço: o tempo e o espaço fenomênico da exposição. Elas representam, portanto, um outro tempo, um outro momento, revolucionário, na maneira humana de pensar e de compreender (KENSKI, 1998, p.64).
Exemplos desta forma de ação integrada são apresentados em e-books, como Recursos Educacionais Abertos e Redes Sociais e Tecnologias Digitais para Produção do Conhecimento no Ciberespaço. Pesquisadores em campo com professores, com projetos “mão na massa”, podem fazer muito e colaborar para que todos aprendam de forma satisfatória, de acordo com o contexto e a realidade atual. Um bom exemplo disto é descrito pela professora Dulce Cruz (UFSC) no artigo “RPG Maker como ferramenta pedagógica: produzindo jogos eletrônicos com crianças”3 . É uma pesquisa acadêmica e um processo de intervenção utilizando software e narrativas. O principal desafio em relação a estratégias de ensino em qualquer curso ou processo formativo está na rigidez da estrutura das instituições de ensino e na visão antiquada e preconceituosa (em relação ao uso das tecnologias digitais no ensino) de gestores e docentes. A insistência destes em manter o mesmo tipo de postura tradicional, inflexível e distante, focada no conteúdo a ser “entregue” aos alunos, sem maior interação e sem considerar as mudanças na cultura e na realidade social e educacional, inviabiliza qualquer projeto de ensino digitalmente mediado. Em relação às estratégias de aprendizagem para a formação de professores de línguas, as perspectivas são inúmeras. Considerando que as redes digitais nos colocam em tempos e espaços em que proliferam os usos dos mais diversos idiomas, a criatividade do coletivo de professores e alunos pode criar estratégias diferenciadas em que todos aprendam. Propor projetos e desafios que possam entusiasmar os alunos a participarem, a serem agentes ativos para suas próprias aprendizagens. Colaboração, construção coletiva, cocriação, atuação em equipes para a superação de desafios e alcance de resultados que beneficiem o aprendizado e garantam o aprendizado de todos, com suas diferenças e especificidades.
Segundo Kenski, não falando a respeito dos professores de línguas, mas todos os professores precisam considerar a formação e capacitação dos docentes não apenas para uso das mídias digitais atuais. Isso eles já sabem e usam em seus tempos livres. É preciso que eles sejam formados para uma nova didática, uma nova pedagogia, que considere as alterações disruptivas ocasionadas pela internet na maneira de ensinar, de se relacionar com os alunos e com o próprio conhecimento. Requer a compreensão das possibilidades das redes para chegar a todos os estudantes, indiscriminadamente e, dessa forma, alcançar a desejável universalização e democratização do acesso à educação de qualidade. As tecnologias estão em permanente processo de atualização e transformação. Como diz Siemens, o criador do Conectivismo, “escolher o que aprender e o sentido da informação que nos chega é visto através da lente de uma realidade em permanente transformação. A resposta que agora é correta pode ser errada amanhã, devido a alterações no clima informacionalque afeta a decisão”.
METODOLOGIA
O percurso metodológico trilhado para o desenvolvimento desse projeto de ensino foi organizado treinamentos intensivos presenciais e não presenciais para que os nossos professores aperfeiçoassem o uso das ferramentas da internet de maneira mais segura; reuniões pedagógicas para apoiar os professores nos planejamentos de aulas; canal de suporte de tecnologia com profissionais que responderam a inúmeras mensagens; ajustes nas ferramentas de interação, garantindo a segurança dos alunos nas plataforma; operacionalização diária de salas de aula virtuais, videoconferências, compartilhamento de arquivos etc.
Uma consideração importante ao estruturar o aprendizado na perspectiva remota é que se deve propor equilíbrio entre o aprendizado síncrono e assíncrono. Tão importante quanto o ensino ao vivo são as tarefas que são dadas aos alunos para concluir após a aula de videoconferência. Baseado nessa estrutura, incorporou habilidade tecnológica com inovação e criatividade nas aulas online.
Aprendizagem síncrona refere-se a um evento de aprendizado no qual um grupo de estudantes está envolvido no aprendizado ao mesmo tempo. Antes de a tecnologia de aprendizado permitir ambientes de aprendizado síncronos, a maior parte da educação on-line acontecia por meio de métodos de aprendizado assíncronos.
Isso significa que seus colegas de classe e seu instrutor interagem em um local virtual específico, por meio de um meio online específico, em um horário específico. Isto é, não especificamente em qualquer lugar, de qualquer maneira, a qualquer hora.
Assim, os métodos de aprendizado on-line síncrono incluem videoconferência, teleconferência, bate-papo ao vivo e palestras de transmissão ao vivo.
Aprendizagem assíncrona se refere à ideia de que os alunos aprendem o mesmo material em diferentes momentos e locais. O aprendizado assíncrono também é chamado de aprendizado independentemente do local e é contrário ao aprendizado síncrono, no qual os alunos aprendem ao mesmo tempo por atividades como assistir a uma aula ou laboratório. O aprendizado assíncrono acontece em sua própria programação.
Durante o curso, o instrutor ou o programa de graduação fornecerá materiais para leitura, palestras para visualização, tarefas para conclusão e exames para avaliação, você poderá acessar e satisfazer esses requisitos em um prazo flexível.
No entanto, os métodos de aprendizado on-line assíncrono envolvem módulos de aula autoguiados, conteúdo de vídeo em fluxo contínuo, bibliotecas virtuais, notas de aula publicadas e trocas entre painéis de discussão ou plataformas de mídia social.
O intuito das aulas remotas, que seria possível usar o método de sala de aula invertida, que seria a criança pesquisar e discutirem o assunto online em videoconferência, a maior preocupação é dar a continuidade na entrega do ensino de excelência por meio destas aulas; o bem estar dos alunos e das famílias, a partir do estabelecimentos de uma rotina de atividades de interação entre os pares e rodas de conversa em lives.
Em relação ao pilar pedagógico, a equipe se esforçará em criar aulas que garantam a continuidade do processo educacional, utilizando diferentes recursos virtuais e aulas interativas, promovendo o cumprimento do currículo de ima maneira envolvente.
Além das atividades regulares, apresentar as propostas extracurriculares que fossem viáveis de maneira online. Haverá também atividades que possam acolher e envolver as famílias e os alunos, dicas culturais e nutricionais, entre outros.
CRONOGRAMA
 Neste momento as aulas serão preparadas levando em consideração os conteúdos propostos pelo currículo, como previsto pelos documentos norteadores, tendo o professor como mediador entre o conhecimento e o aluno.	Sempre baseadas nas mais diversas formas, suportes e plataformas de aprendizagem como supracitado. Por meio de gêneros multimodais, em sua totalidade, textos de diversos tipos (narrativos, dissertativos, etc.), slides, videoaulas, áudios, imagens, etc.
As atividades práticas, nesse momento, visam simular o momento de aprendizagem na aula por meio de experiências propostas pelo professor, resolução de questões, leituras, produção textual, contação de histórias e sistematizações diversas. Será realizado o registro de atividade pelo aluno e compartilhado pelo professor com fotos, comentários no chat, vídeos, áudios, textos, ferramentas do google como Form, Docs, Meet.
A devolutiva ao aluno será realizada por meio dos diversos gêneros de correções gravadas ou online, formulários, diário, google form, blog, google doc e relatório de aula.
Durante este período, através de suas plataformas digitais e canais de comunicação, disponibiliza contatos diários com famílias e/ou alunos para questões administrativas, pedagógicas e socioemocionais. Desta forma, acreditamos que, juntos, aprenderemos muito e superaremos as adversidades deste período difícil e desafiador.												
RECURSOS 
Os recursos essenciais a serem utilizados na metodologia de ensino citadas são: computador, tablet ou aparelho de celular smartphone ou iphone, uma boa internet, Whatsapp, facebook, Microsoft teams ou Classroom, livros, apostilas, cadernos, lápis e borracha.
Para as videoaulas, precisa-se de um cenário, que pode ser algum recurso feito pela internet ou até mesmo uma cortina, câmera, microfone, iluminação e edição.
Os alunos, professores e a equipe pedagógica devem estar atentos às dúvidas dos alunos, pois fica mais difícil de perceber quando o aluno ficou com dúvidas quando aula online ou principalmente aula gravada.
AVALIAÇÃO
A proposta da avaliação priorizará o processo pelo qual o aluno desenvolve sua prática educacional. Registros e observações serão feitos pelos professores e além da participação dos alunos nas videoconferências com suas documentações pedagógicas.
As atividades postadas deverão ser marcadas como concluídas a partir do nível I – 4 anos para que seja computada a frequência do aluno.
As aulas ministradas em modelo remoto estarão em consonância com o conteúdo programático bimestral de cada segmento. Conforme explícito nas páginas iniciais do material didático do aluno.
Será promovido o uso da plataforma google Classroom Meet com videochamadas entre alunos e professores de cada turma e os professores regentes, desenvolvendo as áreas de linguagem, língua portuguesa, arte, educação física, língua inglesa, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
Para manter a rotina das aulas, atividades e estudos dos alunos, fora elaborado um programa de avaliações, de acordo com a realidade de cada segmento em regime de excepcionalidade e temporalidade, durante o distanciamento social, que tem por objetivo de finalizar o cronograma de provas previsto para a composição de médias de cada bimestre. As avaliações acontecerão por meio do Classroom, de acordo com datas, horários e orientações postadas para os alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação experimentada nos dias atuais inúmeras mudanças rígidas pelo aprimoramento tecnológico. Se por um lado, ela tem o dever de preparar estudante para um mundo permanente e acelerada mudança, que se torna cada vez mais complexo, ambíguo e incerto, por outro, há muitas vezes um descompasso entre a sala de aula e a sociedade, tanto em termos das tecnologias que se ensinam quanto nas que se empregam para ensinar. Aos profissionais de campo educacional, não resta outra medida senão terem pela tecnologia o mesmo apreço que nutrem pelo seu conhecimento especializado que os levou um dia a se tornarem professores.
REFERÊNCIAS
PAPERT, Seymour, SOLOMON, C... Twenty Things to do with a computer. Artifical Inteligence Memo 248, MIT AI Laboratoru. Cambridge, MA, 1971.
PAPERT, Seymour M. Mindstorms: Children, Computers and Powerfull Ideas. New York: Basic Books, 1980.
PAPERT, Seymour M. Situating Constructiionism, editado por I. Harlel e S. Papert. Norwood, NJ: Ablex Publishing, 1991.
PAPERT, Seymour M. Computadores e educação. São Paulo, editora, Brasiliense, 1985 (edição original EUA 1980).PAPERT, Seymour M. A família em rede. Lisboa, Relógio D’água editores, 1997 (edição original EUA 1996).
PAPERT, Seymour M. A máquina das crianças: Repensando a escola na era da informática (edição revisada). Nova tradução, prefácio e notas de Paulo Gileno Cysneiros. Porto Alegre, RS: Editora Artmed, 2007 (1a edição brasileira 1994; edição original EUA 1993).
KENSKI, V.M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP. Papirus, 2008.
KENSKI, V.M. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. 8º ed. Campinas, SP. Papirus, 2011.
KENSKI, V.M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP. Papirus, 2003.

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