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Escolas militarizadas_ redação

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Desde o início da era moderna, a sociedade vem buscando apressadamente por soluções eficazes no que tange as problemáticas advindas da violência. No Brasil, as escolas militarizadas -cujo modelo cívico-militar busca fazer uma gestão compartilhada entre a Secretaria de Educação e a de Segurança Pública- vem causando bastante alarme entre não conservadores, pela premissa de ser este um mecanismo que busca a diminuição da criminalidade através do autoritarismo. No entanto, analogamente a desconfiança, dados comprovam o contrário, e a falta de conhecimento a respeito do tema e o baixo número de escolas militarizadas, visto sua eficácia, surgem como problemáticas a serem superadas no país. 
Inicialmente, é importante destacar que as Escolas Cívico-Militares (Ecim) não são uma ameaça autoritária ao pais, e que é a falta de conhecimento sobre o tema que gera essa errônea prerrogativa. De acordo com as Diretrizes das Escolas Cívico-Militares (2021), o programa baseia-se em valores como o civismo, a dedicação, a excelência, a honestidade e o respeito; valores estes necessários na construção da cidadania, e moral essencial nas áreas de vulnerabilidade social, onde são implantadas as Ecim, evitando assim, que seus alunos sejam atraídos à criminalidade. Outrossim, o ensino pedagógico das Ecim não é mediado por militares, mas sim por professores que seguem as diretrizes da BNCC, o que faz cair o argumento de um ensino absolutista e perigoso. 
Ademais, uma análise dos dados sobre a aprovação elevada dos alunos das Ecim nos vestibulares do país demonstra a eficácia de seu sistema de ensino, tornando-se um convite ao aumento do seu alcance no país. Dados do Ministério da Educação (2017) comprovam que cerca de 80% dos alunos das Ecim passam nos vestibulares brasileiros na primeira tentativa, o que comprova a eficácia de seus métodos pedagógicos e o alcance de seus objetivos, dentre eles, a melhoria da qualidade da educação básica à regiões com baixo resultado de Ideb. Paradoxalmente, o baixo número de 120 escolas militarizadas no país demonstram o descaso governamental. 
Visto os desafios que contribuem para a falta de conhecimento e a baixa adesão das Ecim como projeto amenizador da violência no Brasil, é mister uma atuação governamental para combatê-los. Diante disso, o Ministério da Educação deve propor fóruns de discussão sobre o tema para professores e prefeitos/governadores através de palestras, afim de que crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade venham ter a oportunidade de acesso a um ensino de qualidade e venham ser a esperança de um futuro menos violento.

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