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Citopatologia Anatomia e histologia do trato genital feminino Ovários: Variam de tamanho de acordo com individuo ou a fase menstrual, ficam na cavidade pélvica, um a cada lado do útero interligados pelas trompas uterinas, produzem os hormônios femininos e os gametas sexuais, revestidos por um epitélio cúbico intercalado com áreas pavimentosos. A túnica albugínea fica logo abaixo e possui tecido conjuntivo denso e com vasos – células de leydig estimuladas pelas gonadotrofinas para produzir hormônios. *A região medular: tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos e células hiliares, a região cortical é rica em folículos ovarianos,, corpo lúteo e células intersticiais. *alterações ovarianas dependem do LH e FSH. Tubas uterinas: Ligam os ovários aos útero através das fímbrias, divididas em 4 partes: a intramural, o istmo, a ampola, e o infundíbulo, sua parede tem 3 camadas: a mucosa, a muscular e a serosa elas irão promover a função de captar o ovócito liberado pelo ovário e guiar até o útero. Útero: 3 camadas: endométrio que é uma mucosa responsável pela produção de muco, miométrio parede espessa rica em fibras musculares lisas e em fibras colágenas, e o perimétrio que é uma serosa. Corpo do útero: maior volume e forma triangular, Colo do útero: mais estreita em forma de canal conhecida como cérvice, Istmo do útero: parte inferior do corpo do útero e fundo do útero: acima do eixo que Liga as tubas uterinas Vagina:: Tubular musculomembranoso, que vai do óstio externo do útero até o vestíbulo da genitália externa tem de 7 a 9cm, sua parede possui 3 camadas mucosa, muscular e adventícia. https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiu85fk07fkAhVbD7kGHUK5CmYQjRx6BAgBEAQ&url=http%3A%2F%2Fwww2.ibb.unesp.br%2Fdepartamentos%2FMorfologia%2Fmaterial_didatico%2FProfa_Maria_Dalva%2FHISTOLOGIA.pdf&psig=AOvVaw0hLbMjYdGIQzusKukOxGZn&ust=1567703226336852 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwi59_CA1LfkAhWnEbkGHb2LBxkQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fpt.slideshare.net%2Flhaisleal%2Fhistologia-e-embriologia-dos-sistemas-genitais&psig=AOvVaw3RodqHP5q4RolbTmCNhG0b&ust=1567703290058479 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiM3dya1LfkAhWrD7kGHfRnCxUQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fslideplayer.com.br%2Fslide%2F5204876%2F&psig=AOvVaw23h0b0y7HdeHNRPWQV3YU7&ust=1567703328195545 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiZ2dDP1LfkAhVQH7kGHfvHApEQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Fsosbiologiacelularytisular.blogspot.com%2F2011%2F04%2Fgenital-femenino-vagina.html&psig=AOvVaw0n70wX2_hMDr1xlSsvr_Zd&ust=1567703382726694 Citopatologia Constituintes normais dos esfregaços cérvicovaginais Histologia colo do útero: 2 tipos de tecido estratificado escamoso e colunar simples Células basais: células germinativas, 1 fileira de células e suas divisões permitem renovação, origem embrionária, são menores que as parabasais, redondas ou ovais, citoplasma cianófilo, núcleo arredondado/ovalado com cromatina abundante finalmente granular e bem distribuído. Células parabasais: Várias fileiras de células pequenas, descamação por raspagem, citoplasma cianófilo com contorno bem marcado, núcleo visiculoso, maior parte da célula e cromatina distribuída., são predominantes nas: insuficiências ovarianas, processos inflamatórios, menopausa, crianças e pós parto. Células intermediárias: Várias fileiras de células poligonais, citoplasma abundante, cianófilo ou eosinófilo, grânulos de glicogênio, núcleo pequeno e visiculoso, arredondado/ovalado, células naviculares Células superficiais: Uma ou mais fileiras poligonais, citoplasma rico em filamentos proteicos, transparente, eosinófilo e raramente cianofílico, raros grânulos, núcleo denso e picnótico, podem aparecer anucleados. Colo do úetro E. cilíndrico endocervical: Uma camada de epitélio colunar simples, células cilíndricas, núcleo basal, ciliadas ou mucíparas, arranjadas em paliçadas ou favo de mel, o tamanho varia no ciclo menstrual, células cilindricas produzem muco cervical, fase estrogênica claro e abundante, após a ovulação viscoso e escasso, células de reserva podem se tornar: em cilindricas, aumentar sua quantidade, e virar escamosas https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwikvtHm4LfkAhXOHbkGHdL2B68QjRx6BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.ccecursos.com.br%2Fimg%2Fresumos%2F01-rastreamento-citol-gico-e-uso-e-vacina--o-como-estrat-gia-preventiva-para-hpv-e-c-ncer-de-colo-uterino.pdf&psig=AOvVaw1mgov6gC4g5DXO5715hQ1e&ust=1567706594454725 Citopatologia Procedimentos técnicos e laboratoriais Indicações e periodicidade do Papanicolau: Mulheres com vida sexual ativa entre 25-64 anos, 2 exames anuais negativos a cada 3 anos, após os 64 pode ser interrompido desde que haja 2 resultados citológicos negativos consecutivos por 5 anos, semestral caso haja lesão pré-cancerosa. Normas de colheita: Não estar menstruada, não realizar duchas vaginais ou usar creme ou drogas intravaginais 48h antes do exame e abstinência sexual 48h antes. Preenchimento da ficha da paciente: Dados pessoais do médico que colheu a amostra. *Paciente: DUM, pariedade, queixas clinicas, contraceptivos, terapia de reposição hormonal, último preventivo, resultados histológicos e citopatológicos, procedimentos terapêuticos anteriormente, dados macroscópicos e colonoscópio. Materiais da coleta: Espéculo, espátula de ayres, escova endocervical Confecção do esfregaço: Identificação do paciente, VVV, CCC, EEE., A amostra pode ser satisfatória, satisfatória mas limitada insatisfatória Cuidados: Talco, fundo hemorrágico, esmagamento de células. Fixação dos esfregaços: Etanol 95% é eficiente e barato dura de 15min a 2 semanas, outros: carbowax-etanol e polietileno glicol., sprays-álcool Isopropílico e glicol, a vantagem é a cobertura e o transporte. *Demora na fixação ou fixador em menor concentração: aspecto apacificado, turvo, aumento da eosinofilia citoplasmática, aumento nuclear e perda das estruturas de cromatina Coloração de Papanicolau: Hematoxilina de Harris corante nuclear = AZUL, Orange G6, corante citoplasmático, Avermelhado, hemácias Laranja- brilhante, células queratinizadas, Eosina/Verde Brilhante corante citoplasmático, Verde-Azul– células escamosas parabasais e intermediárias, células colunares, Rosa células superficiais, nucléolos, mucina endocervical e cílios, Xilol Clareamento Transparência celular *Etapas: 1. Hidratação: reposição gradual das água das células por meio de banhos alcoólicos de concentrações decrescentes até a água destilada. 2. Coloração Nuclear: Hematoxilina de Harris (corante aquoso) 3. Desidratação: para receber corantes alcoólicos retira-se a água das células com banhos alcoólicos de concentrações crescente. 4. Coloração Citoplasmática: Orange G e Eosina (EA-65) para diferenciar com diversas tonalidades o citoplasma das células de acordo com a sua maturidade e metabolismo. 5. Desidratação, clarificação e selagem: a água é retirada com contrações alcoólicas crescentes e as células são clarificadas e celadas com meios permanentes hidrofóbicos (Xilol). *Só se usa até a objetiva de 40x. * Satisfatória: A amostra que apresenta células em quantidade representativa bem distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que a sua visualização permita uma conclusão diagnóstica. *Satisfatória, mas limitada para a avaliação: Falta de informações clínicas. Esfregaço obscurecido entre 50% a 75% de sua totalidade Esfregaço acentuadamente hemorrágico devido ao trauma na colheita da amostra Esfregaço espesso com acentuada sobreposição celular por falha na distribuição do material na lâmina Esmagamento dascélulas por compressão excessiva durante a confecção do esfregaço Dessecação celular devido à demora na fixação ou utilização de fixador com menor teor alcoólico Falhas na técnica de coloração. Escassez de células epiteliais no esfregaço ou a sobreposição acentuada das células epiteliais por exsudato leucocitário. *Insatisfatória: Esfregaço acelular ou obscurecido em mais de 75% da sua totalidade pelos mesmos fatores discutidos acima. Adequabilidade: Ausência dos componentes das células glandulares endocervicais e/ou metaplásicas escamosas não interfere na classificação do esfregaço quanto a sua adequacidade. Para evitar a fadiga visual, é recomendado que a leitura dos esfregaços citológicos seja iniciada pela parte mais alta da preparação à esquerda, correndo a lâmina no sentido vertical, sobrepondo uma parte de cada área previamente examinada. Laudos diagnósticos: O diagnóstico citopatológico dos esfregaços cervicovaginais segue a classificação do Sistema Bethesda 2001 (adaptação brasileira: Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas – Ministério da Saúde/Inca). Em todos os resultados do exame citopatológico devem constar os seguintes dados: identificação da paciente, número de registro do laboratório, método de colheita das amostras, tipo de fixador e técnica de coloração, descrição microscópica, conclusão diagnóstica e comentários adicionais se necessário. Colposcopia: Exame direto Angioarquitetura Cor do epitélio Estruturas de superfície: lesões exofílicas e papilares grosseiras. Teste do Ácido Ácetico Cor: Área bem delimitada de coloração branca ou cinza Caracteriza um epitélio com densidade celular e nuclear aumentada: Lesões intra-epiteliais e invasivas Metaplasia Configuração da Superfície: Áreas acetobrancas - edema de papilas colunares planas ou em relevo, Teste de Schiller Resposta tecidual à aplicação de solução de Lugol Baseia-se no conteúdo de glicogênio Epitélio escamoso: cora- se profundamente com iodo (iodo positivo) Epitélio atrófico: reduzido conteúdo de glicogênio, pode aparecer amarelo-amarronzada irregularmente Epitélio colunar, Epitélio Metaplásico imaturo e displásico coram-se de cor amarelada (iodo negativo) Métaplasia é homogêneamente iodo-negativa Lesões condilomatosas e Lesões intra-epiteliais de baixo grau mostram uma captação parcial da solução de lugol: iodo claras Arquivo: De acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina número 1472/97, as lâminas de exames citopatológicos devem ser mantidas em arquivo por cinco anos no próprio laboratório ou entregues à paciente ou a seu responsável legal devidamente orientados quanto a sua conservação e mediante comprovante que deverá ser arquivado durante o período acima mencionado. Quanto aos laudos diagnósticos, estes poderão ser arquivados indefinidamente em arquivo informatizado. Citopatologia Citologia hormonal Citologia pré-puberdade: Primeiros dias de vida e refletem a citologia hormonal materna, superficiais, intermediárias e naviculares. *Infância: células superficiais, *Puberdade: maturação de epitélio e instalação do ciclo irregular. Ciclo menstrual: Estrógeno e progesterona, fase menstrual, estrogênica, ovulatória e lútea ou progestacional. Fase menstrual do 1° ao 5°: Hormônios, FSH alto e LH baixo, estrógeno e progesterona baixos, endométrio espesso muito vascularizado e com sangramentos, *Esfregaço: hemorrágico, células intermediárias com plicaturas, detritos celulares, leucócitos e células cilíndricas endocervicais 6° ao 14° estrogênica: FSH diminui, estrógeno aumenta, FSH-LH iguais no 13°, Esfregaço células intermediárias e superficiais, eosinofilia e picnose elevam progressivamente. 14° ao 15 ovulatória°: Ovulação, LH alto e transformação do corpo lúteo, esfregaço: muco abundante, leucócitos raros, células superficiais eosinofilicas . Fase lútea ou progestacional 16° ao 28°: Corpo lúteo secreta progesterona, estrógeno também está alto, FSH e LH baixos, 22°: involução do corpo lúteo e queda hormonal, esfregaço: menos células superficiais eosinofilicas e aumento das células intermediárias cianofílicas plicaturadas, maior quantidade de leucócitos e muco, *No final do ciclo: aglomerados do células intermediárias com citoplasma cianófilo pregueado, citólise: esfregaço com aspecto de sujo. Citologia na gravidez: Esfregaço parada das variações cíclicas e acentuação da atividade da progesterona, aglomerados de células intermediárias, flora de lactobacilos abundantes, citólise, no próximo parto pode haver estimulação estrogênica. Citologia pós-parto: Esfregaço: quadro atrófico células parabasais e intermediárias com bordas arredondadas ou ovais, acentuada por densificação do citoplasma periférico, aumento de leucócitos, histiócitos e muco e persiste durante a amamentação. Índices: Utiliza-se o Índice de Maturação (IM) Conta-se no mínimo 100 células epiteliais em 4 campos microscópicos, diferenciando-as IM = P / I / S Exemplo: 1. PIS: 5 / 70 / 25 – Epitélio Trófico 2. PIS: 0 / 30 / 70 – Epitélio Trófico 3. PIS: 70 / 20 / 10 – Epitélio Hipotrófico 4. PIS: 95 / 5 / 0 – Epitélio Atrófico Citopatologia Microbiota vaginal: Conteúdo cervicovaginal normal: Água, eletrólitos, proteínas, ureia e secreção de glândulas. Células epiteliais descamadas, detritos celulares, muco cervical, microbiota bacteriana, leucócitos e hemácias. *Genitais externos: microbiota da pele S. aureus e S. epidermidis + Componentes da microbiota intestinal Vagina Equilíbrio entre os Bacilos de Doderlein e diversos microrganismos aeróbios e anaeróbios facultativos estafilococos, estreptococos, coliformes... = POLIMICROBIANO Microbiota normal da vagina: Após o nascimento presença de lactobacilos aeróbios na vagina, persistem enquanto o pH permanecer ácido (semanas) Término do pH ácido até a puberdade pH torna-se neutro, presença de microbiota mista (cocos e bacilos) Puberdade: reaparecem os lactobacilos aeróbios e anaeróbios, contribuindo para a manutenção do pH ácido Após a menopausa: diminuem o número de lactobacilos e reaparece a microbiota mista Lactobacilos vaginalis-BACILOS DE DODERLEIN: Bacilos Gram-positivos A quantidade de lactobacilos varia de acordo com o estado hormonal da mulher As enzimas desses microrganismos induzem à destruição proteolítica das células epiteliais escamosas intermediárias que contêm glicogênio. O glicogênio citoplasmático é então metabolizado em ácido lático, que mantém o pH vaginal entre 3 a 4.2, o qual atua como um mecanismo de defesa contra a proliferação de microrganismos patógenos. A citólise é reconhecida nos esfregaços pela presença de restos citoplasmáticos e núcleos desnudos de células intermediárias tendo na vizinhança numerosos bacilos. Citólise pronunciada pode ser acompanhada de leucorréia Citólise intensa: pode dificultar ou mesmo impedir a graduação das lesões pré-cancerosas. Bactérias mistas: Compreendem uma mistura de bacilos e cocos, que só podem ser identificados pela cultura microbiológica. Em mulheres adultas assintomáticas, essas bactérias são consideradas um achado normal. Gardnerella vaginalis: Cocobacilos Gram- negativos ou Gram-variáveis. 40 a 50% das mulheres que apresentam esse microrganismo são assintomáticas. pH vaginal maior que 4.5, a Gardnerella pode se associar a várias outras bactérias aeróbicas e anaeróbicas, especialmente Mobiluncus e Mycoplasma hominis Vaginose Gardnerella vaginalis é isolada em mais de 90% desses casos Identificação clínica: Associada a corrimento vaginal branco-acinzentado ou amarelado, fluido, homogêneo, com odor de peixe estragado, às vezes com aspecto bolhoso. No esfregaço: Gardnerella vaginalis tem a propriedade de aderir aocitoplasma das células escamosas superficiais e intermediárias conferindo-lhes uma aparência granular células guia Fundo de lâmina mais turvo Discretas alterações celulares Actinomyces: Habitante comum da cavidade oral e do trato gastrointestinal. Bactéria gram-positiva, anaeróbica, que ocorre forma filamentosa No trato genital feminino relacionado frequentemente ao uso de dispositivo intrauterino, especialmente por tempo prolongado. No esfregaço citológicos: Aparecem como estruturas filamentosas não septadas, em forma de aranha ou ouriço-do-mar. Rara a ocorrência de complicações associadas ao Actinomyces identificação no esfregaço não é indicação de remoção do DIU ou de tratamento da paciente se a mesma for assintomática. Clamydia trachomatis: Bactéria Gram-negativa intracelular obrigatória Ainda que em muitos casos a infecção pelo micro-organismo seja assintomática processos inflamatórios na vulva, vagina, no colo, endométrio e nas trompas. IMPORTANTE: aumenta o risco de aborto espontâneo e morte fetal e pode se disseminar ao neonato durante o parto, provocando conjuntivite de inclusão e pneumonia. *Sintomas: Mulheres cervicite Geralmente assintomáticas Sintomas: irritação, vermelhidão no local, corrimento (sai do colo do útero e pode se exteriorizar pela vagina), sangramento após a relação sexual, dor pélvica, febre Em homens uretrite não gonocócica e epididimite Uretrite: disúria, secreção peniana, micção frequente e urgente, sangue na urina ou sêmen, dispauremia Epididimite: dor nos testículos, dor ao urinar, saco escrotal inchado, ejaculação dolorosa, sangue no sêmen No esfregaço: Inclusões citoplasmáticas Citológico é sugestivo cultura e imunofluorescência Leptothrix vaginalis: Bactérias anaeróbicas. Comuns na cavidade oral, no intestino e ocasionalmente na vagina. No esfregaço: Aparecem como estruturas filamentosas, em forma de “S”, “U” ou enoveladas. Há associação desse microrganismo com Trichomonas vaginalis em 75 a 80% dos casos. Infecções micótica Candida sp.: Esfregaço: Hifas Pseudo-hifas Esporos redondos ou ovais com 3 a 7 micrômetros de diâmetro (coram geralmente em vermelho ou marrom) Alterações celulares: Halos perinucleares Vacuolização citoplasmática Cromatina agrupada Protozoários Trichomonas vaginalis: DST Quase 50% das mulheres com Trichomonas são assintomáticas. Sintomas: corrimento vaginal abundante de cor verde-amarelada e odor desagradável No homem assintomática Nos esfregaços: Identificação do parasita núcleo do parasita Infecções virais-herpes vírus: DST, Herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSC-2) Sintomas febre, indisposição, mialgia e vesículas na pele ou mucosas da região genital Esfregaço: Citomegalia e Cariomegalia Aparência de borda nuclear espessada Comum: multinucleação Citoplasma das células acometidas é denso, opaco, devido a alterações da estrutura do citoesqueleto e à necrose por coagulação das proteínas.. Citopatologia Papiloma vírus humano- HPV O vírus: Papilomaviridae, capsídeo com72 capsômeros com estrutura icosaédrica, tropismo por tecidos epiteliais e mucosas e não é cultivável. DNA de fita dupla, 9 genes e genoma com 8000 pb. Mecanismos de infecção: Dependem do tipo de agressão e defesa estabelecido e também do potencial oncogênico do vírus. Infecção produtiva: produtos de alguns genes virais estimularão a mitose, resultando em lesões benignas, como os condilomas. Infecção não produtiva: processo em que não haverá a produção de vírus, mas ao infectar a camada germinativa ocorrerá a integração do genoma viral com o genoma humano, passando a ser transmitido como um caráter mendeliano. Fatores de risco: Imunidade/tipo viral Baixas condições sócio-econômicas Uso prolongado de contraceptivos Início precoce das atividades sexuais Multiplicidade de parceiros DSTs prévias Não utilização de preservativos Diagnóstico: Quando há sintomas: Leucorréia Ardência Prurido Dispaurenia, exames: Colposcopia, Teste de Schiller, Biópsia Citológico: Coilocitose, Cariomegalia, Hipercromasia, Irregularidade no contorno nuclear - discariose Multinucleação Vacinação: Citopatologia Células escamosas atípicas: Alterações citológicas sugestivas de lesão intraepitelial que são qualitativa ou quantitativamente insuficientes para um diagnóstico definitivo. ASC-US: CRITÉRIOS CITOLÓGICOS: Núcleos com aproximadamente 2,5 a 3 vezes a área do núcleo de uma célula intermediária normal. Relação núcleo citoplasmática discretamente aumentada. Mínima hipercromasia nuclear, leves irregularidades da distribuição da cromatina ou da forma nuclear. Anormalidades nucleares associadas a células com citoplasma denso, orangeofílico (paraqueratose atípica). Protocolo: ASC-H: CRITÉRIOS CITOLÓGICOS: Células isoladas ou distribuídas em pequenos conjuntos Células do tamanho de uma célula metaplásica com núcleos 1,5 a 2 vezes maiores que aqueles das células metaplásicas normais Aumento da relação núcleo citoplasmática (maior que na célula metaplásica normal) Leve hipercromasia nuclear Leve irregularidade nuclear Cromatina finamente granular uniformemente distribuída ou condensada Protocolo: Citopatologia Lesões intraepiteliais Escamosas do colo uterino Definição: Lesões Intraepiteliais (neoplasias intraepiteliais cervicais NICs) correspondem a lesões proliferativas com maturação anormal e atipias celulares de grau variável, substituindo parte ou toda a espessura do epitélio escamoso cervical. As características histológicas dessas lesões compreendem: Proliferação celular, Perda da diferenciação, Perda da polaridade celular, Atipias citológicas. Diagnóstico e classificação histológica: O grau de displasia no exame histopatológico depende da espessura do epitélio, que é composto por células anormais indiferenciadas OMS-displasia NIC Bethesda Displasia leve NIC 1 Baixo grau moderada NIC 2 Alto grau Acentuada/ Carcinoma in situ NIC 3 Alto grau Histologia: NIC 1 NIC 2 NIC 3 1.manutenção da maturação 1.-maturação celular 1.ausência 2.estratificação 2.interrupção da estratifica/ 2.perda da estratifica/ 3.atípias nucleares super/interme 3.intermediárias/ parabasais 3.escamosa profundas 4.mitoses para. 4.mucosas 4.toda esp/ Diagnóstico e classificação citológica: Maturidade citoplasmática Avaliada pela relação núcleo citoplasmática - quantidade de citoplasma com relação ao tamanho do núcleo (relação núcleo/citoplasma) é uma das características mais importantes para estabelecer o grau da NIC. Habitualmente, quanto maior a relação núcleo citoplasmática (comparada com as células normais do mesmo tipo), mais avançada é a displasia. Intensidade das alterações nucleares Compreendem o aumento do tamanho nuclear, alterações da forma e da borda nuclear além de modificações da estrutura cromatínica e hipercromasia. Figuras de mitose e nucléolos são incomuns. Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau- LSIL: Alterações citopáticas pelo HPV, displasia leve/NIC 1 Células indiferenciadas limitadas às camadas mais profundas do epitélio Características citológicas: Células do tipo superficial e intermediário, com citoplasma abundante, bem definido, isoladas ou dispostas em pequenos agrupamentos monoestratificados. Núcleos com mais de três vezes o tamanho do núcleo de células intermediárias normais. Relação núcleo citoplasmática conservada ou levemente alterada. Hipercromasia e leve irregularidade da borda nuclear. Cromatina finamente granular, finamente granular com cromocentros, grosseiramente granular ou condensada. Binucleaçãoe multinucleação são comuns. Coilocitose frequente. Células orangeofílicas com anormalidades nucleares. Lesão intraepitelial escamosa de alto-HSIL: Displasia moderada/ NIC 2 e carcinoma in situ/ NIC 3 Têm um comportamento mais agressivo que as lesões de baixo grau, ou seja, evoluem mais frequentemente e mais rapidamente para o câncer Instabilidade genética -- células aneuplóides Características citológicas: Células do tipo metaplásico imaturo ou lembrando células de reserva. Células redondas ou ovais. Citoplasma delicado, denso ou queratinizado. Aumento nuclear. Relação núcleo citoplasmática aumentada. Irregularidades marcadas das bordas nucleares Cromatina finamente granular, cromatina finamente granular com cromocentros ou cromatina grosseiramente granular. Células isoladas, em agrupamentos planos ou dispostas em agrupamentos sinciciais (carcinoma in situ). Caracterísiticas citológicas relacionadas a maior gravidade da lesão: Número aumentado de células anormais por esfregaço. Maturidade citoplasmática diminuída. Aumento da relação núcleo citoplasmática. Irregularidade crescente das bordas nucleares. Aumento do número e do tamanho dos grânulos de cromatina. Hipercromasia nuclear aumentada. Menor frequência do efeito citopático pelo papiloma vírus humano (HPV). HSIL Dificuldades de detecção: Tipos de células Características Célula de reserva Bordalisa normocro/ Metaplásicas escamosas Bordas nucledas lisas e normocromasia linfócitos Macrófagos de corpo tíngiveis Células do segmento uterino inferior Bordas lisas e capilares atrofia Bordas lisas e cromatina borrada histiócitos Citoplasma espumoso Núcleo reniformes ASC-H Menor irregularidades na borda e cromatina delicada Citopatologia Carcinoma escamoso invasivo Todo tumor cervical que invade o estroma subjacente, após ter infiltrado ou destruído a lâmina basal. Manifestações clínicas e aspecto macroscópicos: Os sintomas associados a câncer do colo compreendem: Sangramento vaginal anormal Dor com irradiação para a região sacral Fraqueza, perda de peso Edema dos membros inferiores Dor retal Hematúria (presença de sangue na urina) *Características citológicas: predominância de células parabasais, hipercromasia, espessamento da membrana nuclear, distribuição irregular da cromatina, nucléolos evidentes. características Carcinoma in situ Carcinoma escamoso citoplasma Mais escasso + abundante núcleo + aumentado ++ aumentado cromatina regular irregular Nucléolo ausente proeminente diátese ausente presente Subclassificação histológica: O carcinoma escamoso fracamente invasivo mostra no exame histopatológico ninhos de células neoplásicas infiltrando o estroma além de 3 mm de profundidade a partir da membrana basal. Há três subtipos histológicos, dependendo do grau de diferenciação celular: Carcinoma escamoso queratinizante. Carcinoma escamoso não queratinizante de grandes células. Carcinoma escamoso não queratinizante de pequenas células. Carcinoma escamoso queratinizante: Diátese tumoral não é comum. Muitas células neoplásicas são vistas isoladamente. Encontro de células pleomórficas queratinizadas, em “fibra”, “em raquete”, bizarras podendo se identificar pérolas córneas. Os núcleos dessas células se apresentam volumosos, com Distribuição irregular da cromatina. Carcinoma escamoso não queratinizante de grandes células: Frequente diátese tumoral. Células neoplásicas são grandes, redondas, ovais ou poligonais, exibindo citoplasma delicado, cianofílico. Núcleos volumosos, com aumento da relação núcleo citoplasmática Acentuadas irregularidades das bordas nucleares. Cromatina pode ser fina ou grosseira, com distribuição irregular resultando em espaços claros. Células isoladas queratinizadas com núcleos anormais são identificadas às vezes. As células malignas se distribuem isoladamente ou representando arranjos sinciciais. Carcinoma não queratinizante de pequenas células: Mais raro A diátese tumoral é frequente e as células desse tumor são pequenas Escasso citoplasma delicado e elevada relação núcleo citoplasmática. Núcleos são redondos ou ovais, às vezes alongados, com cromatina grosseiramente granular. Células isoladas ou dispostas em agrupamentos sinciciais Citopatologia Atípias glandulares e adenocarcinomas Atipias da células glandulares endocervicais: AGUS AGC •Células glandulares endocervicais atípicas sem outra especificação. Células glandulares endocervicais atípicas provavelmente neoplásicas. Células glandulares endocervicais atípicas sem outra especificação: Apresenta taxas de associação com lesões pré-cancerosas ou malignas em 9% a 41% dos casos. E Essas anormalidades glandulares endocervicais correspondem no exame histopatológico mais frequentemente às lesões pré-cancerosas de origem escamosa que ao adenocarcinoma endocervical . Características Citológicas: Células em agrupamentos e “tiras” com algum amontoamento e sobreposição nuclear. Aumento nuclear entre três a cinco vezes a área dos núcleos das células endocervicais normais. Leve hipercromasia nuclear. Mitoses raras. Citoplasma pode ser abundante, mas a relação núcleo citoplasmática se mostra aumentada. Bordas celulares distintas. Células glandulares endocervicais atípicas provavelmente neoplásicas: Correspondem às células endocervicais que qualitativamente ou quantitativamente apresentam alguns critérios, mas não todos, para o diagnóstico de adenocarcinoma in situ ou adenocarcinoma invasivo. O risco de doença pré-maligna ou maligna nesse grupo corresponde a 96% . Características citológicas Células em placas ou “tiras” com amontoamento e sobreposição. Núcleos aumentados de volume com leve a moderada hipercromasia. Aumento da relação núcleo citoplasmática. Menor quantidade de citoplasma com bordas celulares mal definidas. Mitoses ocasionais. Adenocarcinoma in situ: características: preservação da arquitetura glandular normal; envolvimento de parte ou de todo o epitélio revestindo as glândulas ou a superfície; aumento nuclear, cromatina grosseira, nucléolo pequeno único ou múltiplo; aumento da atividade mitótica; variável estratificação dos núcleos. Características citológicas “Fundo” limpo Celularidade moderada a abundante Algumas das células anormais mostrando aparência colunar Perda do padrão “favo de mel”, com sobreposição dos núcleos em “paliçada” com pseudoestratificação nuclear Aspecto de “plumagem” com relação às bordas do agrupamento Arranjos glandulares ou em “roseta”. ” Alongamento dos núcleos Aumento da relação núcleo citoplasmática Hipercromasia nuclear e cromatina grosseiramente granular Nucléolo pequeno ou não evidente Mitoses Apoptose Adenocarcinoma endocervical invasivo: Características citológicas Diátese tumoral Maior número de células anormais, com configuração colunar. Alterações arquiteturais idênticas . Sincícios, papilas. Maior perda da coesão celular. Núcleos maiores, mais pleomórficos. Bordas nucleares espessas e irregulares. Nucléolos mais frequentes e mais proeminentes. Mitoses mais frequentes. Cromatina irregularmente distribuídas
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