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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

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1 
 
CAPÍTULO 9 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – 
DFC E DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA 
 
Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC 
1. Fundamentação Legal 
O conteúdo mínimo da Demonstração dos Fluxos de 
Caixa está previsto no art. 188 da Lei 6.404/76 e suas 
alterações: 
“Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e 
V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: 
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 I – demonstração dos fluxos de caixa – as 
alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de 
caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas 
alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação 
dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
a) das operações; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei nº 
11.638,de 2007) 
 c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº 
11.638,de 2007)” 
2. Conceitos 
Obrigatória para todas as companhias abertas e para as 
fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, 
igual ou superior a R$ 2 milhões, a demonstração dos 
fluxos de caixa evidencia as modificações ocorridas nas 
disponibilidades da companhia, em um determinado 
exercício, por meio da exposição dos fluxos de 
recebimentos e pagamentos (método direto) ou de 
forma indireta (método indireto ou da reconciliação). 
A DFC apresenta informações relevantes para o público 
interessado em avaliar a capacidade da empresa de 
gerar disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa), 
bem como em identificar suas necessidades de 
utilização desses recursos. Tais elementos também 
podem ser úteis quando se quer avaliar uma sociedade 
com base no valor presente de seu fluxo de caixa. 
Outro aspecto relevante da análise dos fluxos de caixa 
reside no fato de que a geração de lucros não garante a 
sobrevivência de uma empresa, se não for conjugada 
com a capacidade de honrar seus compromissos em 
dia. Atrasar pagamentos pode causar a perda do crédito 
no mercado e inviabilizar a continuidade do negócio. 
Para fins da DFC, “Caixa” compreende numerário em espécie e 
depósitos bancários de livre movimentação (Bancos Conta 
Movimento). 
Além do Caixa, a DFC também trata das disponibilidades 
denominadas equivalentes de caixa, que são aplicações 
financeiras de curto prazo, de alta liquidez, prontamente 
conversíveis em caixa, sujeitas a um insignificante risco de 
mudança de valor. 
Portanto, além das modificações ocorridas no saldo da conta 
Caixa, a DFC deve evidenciar as alterações sofridas pelas 
demais disponibilidades, inclusive a conta corrente de livre 
movimentação e os investimentos de elevada liquidez. 
Conforme a Lei nº 6.404/76 e as normas da CVM, a DFC deve 
indicar, pelo menos, as alterações ocorridas, durante o exercício, 
no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando essas 
alterações em, no mínimo, três fluxos: 
1 – DAS OPERAÇÕES 
2 – DOS FINANCIAMENTOS 
3 – DOS INVESTIMENTOS 
Fluxos de caixa são as entradas e saídas de disponibilidades, 
ou seja, de caixa e equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais são as principais operações 
geradoras de receita da empresa (vendas e prestações de 
serviços, por exemplo), assim como outras que não se 
enquadrem como atividades de financiamento ou investimento. 
Seguem algumas hipóteses que provocam entradas e saídas de 
caixa e equivalentes de caixa classificadas entre os fluxos 
operacionais: 
1 – recebimentos pela venda de mercadorias e pela prestação 
de serviços; 
2 – recebimentos decorrentes de royalties, honorários, 
comissões e outras receitas; 
3 – pagamentos a fornecedores de mercadorias e serviços; 
4 – pagamentos de empregados ou por conta de empregados; 
5 – pagamentos ou restituições de impostos sobre a renda, a 
menos que possam ser especificamente identificados com as 
atividades de financiamento ou de investimento; e 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
 
2 
 
6 - pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a 
renda, a menos que possam ser especificamente identificados 
com as atividades de financiamento ou de investimento; e 
 
7 - recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos 
para negociação imediata ou disponíveis para venda futura. 
Atividades de financiamento são aquelas que resultam em 
alteração no capital próprio (principalmente aumentos e 
diminuições do capital social) e em endividamento da entidade 
(aumentos e diminuições do passivo exigível não classificados 
como fluxos operacionais). São exemplos: 
1 – recebimentos pela emissão de ações ou outros instrumentos 
de capital; 
2 – pagamentos a investidores para adquirir ou resgatar ações 
da empresa; 
3 – recebimentos provenientes da emissão de debêntures, 
empréstimos, títulos e valores, hipotecas e outros empréstimos a 
curto e longo prazos; 
4 – amortização de empréstimos a pagar; e 
5 – pagamentos, pelo arrendatário, para a redução do passivo 
relativo a um arrendamento mercantil (leasing) financeiro. 
Os fluxos de caixa da DFC (das operações, dos financiamentos 
e dos investimentos), não incluem movimentos entre itens que 
constituem caixa ou equivalentes de caixa (porque estes não 
alteram o valor das disponibilidades), em virtude de estes serem 
parte da gestão financeira de uma entidade. Desse modo, 
depósitos bancários, por exemplo, não fazem parte dos fluxos de 
caixa indicados na DFC, pois movimentam apenas contas de 
disponibilidades. 
Na classificação dos fluxos, devem-se levar em consideração as 
operações principais da sociedade. Numa empresa cuja 
atividade principal seja a negociação de títulos, por exemplo, os 
fluxos de caixa decorrentes da compra e venda de títulos 
negociáveis são classificados entre as atividades operacionais, 
não como fluxos de investimentos. De forma idêntica, uma 
instituição financeira classifica os empréstimos e financiamentos 
que concede entre os fluxos operacionais, não como atividades 
investimento. 
As alienações de bens do ativo imobilizado e do intangível 
podem resultar em ganho ou perda de capital, incluídos na 
apuração do resultado. Todavia, os fluxos de caixa relativos a 
tais transações são provenientes de atividades de investimento. 
Portanto, quando da apresentação das atividades 
operacionais pelo método indireto, os lucros ou prejuízos 
na alienação de bens do imobilizado e intangível devem ser 
eliminados do resultado e classificados como atividades de 
investimento. 
Atividades de investimento são as relativas à aquisição e 
alienação de ativos de longo prazo e investimentos não incluídos 
nos equivalentes de caixa. São exemplos: 
1 – desembolsos para aquisição de ativos imobilizados, 
intangíveis e outros ativos de longo prazo. Esses desembolsos 
incluem os custos de desenvolvimento ativados e ativos 
imobilizados de construção própria; 
2 – recebimentos resultantes da venda de ativos imobilizados, 
intangíveis e outros ativos de longo prazo; 
3 – desembolsos para aquisição de ações ou instrumentos de 
dívida de outras entidades e participações societárias em joint 
ventures (exceto desembolsos referentes a títulos consideradoscomo equivalentes de caixa ou mantidos para negociação); 
4 – recebimentos em caixa provenientes da venda de ações ou 
instrumentos de divida de outras entidades e participações 
societárias em joint ventures (exceto recebimentos referentes 
aos títulos considerados como equivalentes de caixa e os 
mantidos para negociação); 
5 – adiantamentos e empréstimos em dinheiro feitos a terceiros; 
6 – recebimentos por liquidação de adiantamentos ou 
amortização de empréstimos feitos a terceiros; 
7 – recebimentos e desembolsos por contratos de futuros, a 
termo, de opção e swap. 
Os equivalentes de caixa são mantidos para atender a 
pagamentos de curto prazo, e não para investimento ou outras 
finalidades. Por isso, investimentos em ações de outras 
sociedades não fazem parte dos equivalentes de caixa (em geral 
são atividades de investimento), a menos que sejam, de fato, 
equivalentes de caixa, como por exemplo ações preferenciais 
adquiridas dentro de um período de até 3 meses de seu resgate. 
2.1. Fluxos das Operações 
Os fluxos de caixa das atividades operacionais são basicamente 
derivados das principais atividades geradoras de resultado da 
empresa. Em regra, resultam das transações computadas na 
apuração do lucro ou prejuízo líquido. Devem englobar as 
atividades ligadas à produção e à entrega de bens e serviços, 
além das transações não definidas como atividades de 
investimento e financiamento. 
 
3 
 
As principais entradas e saídas de disponibilidades decorrentes 
das atividades operacionais são apresentadas a seguir. 
Entradas: 
1 – recebimentos das vendas à vista de bens, serviços e 
royalties e das contas a receber correspondentes, na hipótese 
de vendas à prazo; 
2 – recebimentos de juros decorrentes de empréstimos e 
financiamentos concedidos ou de aplicações financeiras em 
geral; e recebimento de dividendos e juros sobre o capital 
próprio derivados de participação no capital de outras 
sociedades; 
3 – outros recebimentos que não sejam originários de 
transações definidas como atividades de investimento ou 
financiamento, como por exemplo recebimentos decorrentes de 
sentenças judiciais e indenizações por sinistros, exceto as 
indenizações diretamente relacionadas a atividades de 
investimento ou financiamento. 
Saídas: 
1 – pagamentos a fornecedores de mercadorias, matérias-
primas e outros insumos de produção; 
2 – pagamentos a empregados e aos demais fornecedores de 
serviços; 
3 – pagamentos de impostos, taxas, contribuições e multas aos 
governos federal, estaduais e municipais; 
4 – pagamentos dos juros (despesas financeiras) dos 
empréstimos e financiamentos obtidos, e de dividendos e juros 
sobre o capital próprio. O pagamento do principal dos 
empréstimos e financiamentos obtidos deve ser apresentado 
entre as atividades de financiamento. 
De um modo geral, os pagamentos de despesas operacionais 
devem figurar nesse grupo. 
2.2. Fluxos de Financiamentos 
São as atividades ligadas a empréstimos e financiamentos 
obtidos e a recursos captados com acionistas da companhia. 
Incluem os recebimentos decorrentes de empréstimos e 
financiamentos obtidos e o pagamento do principal dessas 
operações. Nesse grupo, são apresentados os recursos 
recebidos dos acionistas ou sócios em realização de capital e o 
pagamento do seu eventual reembolso. 
Entradas: 
1- Recebimentos na alienação de ações emitidas (realização 
de capital em moeda); 
 
2- Recebimentos de empréstimos e financiamentos obtidos, de 
curto e de longo prazos; 
 
3- Recebimento de doações destinadas à aquisição, 
construção ou expansão da planta instalada, aí incluídos 
equipamentos e outros ativos de longa vida útil necessários à 
produção. 
Saídas: 
1 – pagamento a sócios, inclusive por resgate de ações de 
emissão da própria companhia; 
2 - pagamento do principal de empréstimos e financiamentos 
obtidos; 
3 – pagamento do principal referente a dívidas contraídas na 
aquisição a prazo de investimentos permanentes, bens do 
imobilizado e intangível. Quando esses bens são adquiridos à 
vista, os pagamentos correspondentes são apresentados no 
grupo das atividades de investimento. Na aquisição a prazo, 
quando do pagamento, a classificação do desembolso é feita no 
grupo das atividades de financiamento; 
4 – pagamento de redução de passivo relativo a arrendamento 
financeiro (locação + opção de compra). 
As transações de financiamentos que não afetam o fluxo de 
caixa devem ser evidenciadas em notas explicativas. É o caso 
do aumento de capital em bens não numerários. 
2.3. Fluxos de Investimentos 
Em regra, os fluxos das atividades de investimento estão 
relacionados aos aumentos e diminuições dos ativos de longo 
tempo de vida útil, utilizados na produção de bens e serviços. 
Esse grupo apresenta os desembolsos decorrentes de 
empréstimos e financiamentos concedidos e os recebimentos 
relativos a seu reembolso. Também fazem parte das atividades 
de investimento os desembolsos na aquisição de títulos e 
valores de outras sociedades, classificados no circulante (exceto 
os equivalentes de caixa), e no não circulante, além dos valores 
pagos na aquisição à vista de bens do imobilizado e intangível. 
Entradas: 
 
4 
 
1 – recebimento do principal de empréstimos e financiamentos 
concedidos e recebimento derivado da cessão desses ativos a 
outras pessoas, excluídos os ativos financeiros classificados 
como equivalentes de caixa; 
2 – recebimentos na alienação de títulos de investimentos; 
3 – recebimentos na alienação de participações em outras 
sociedades; 
4 – recebimentos na venda de imobilizado e de outros ativos 
fixos utilizados na produção de bens e serviços. 
Saídas: 
1 – desembolso dos empréstimos concedidos pela companhia e 
pagamento na aquisição de títulos de investimento de outras 
empresas; 
2 – pagamento na aquisição de títulos patrimoniais de outras 
sociedades; 
3 – pagamento, à vista ou em data próxima à compra, de 
imóveis, máquinas, equipamentos e outros ativos fixos utilizados 
na produção de bens e serviços; 
4 – desembolso de caixa por contratos de futuros, a termo, de 
opção e swap, exceto quando os contratos forem destinados à 
intermediação ou os pagamentos forem classificados como 
atividades de financiamento. 
Em se tratando de contrato de hedge de uma posição 
identificável, os fluxos de caixa são classificados do mesmo 
modo que os fluxos da posição que estiver sendo protegida, ou 
seja, não necessariamente como fluxos de investimentos. 
3. Métodos de Elaboração 
Existem dois métodos de elaboração da DFC: 
1 – método direto; 
2 – método indireto. 
As diferenças entre os métodos direto e indireto limitam-se 
exclusivamente, aos fluxos das atividades operacionais. Os 
fluxos das atividades de financiamento e de investimento são 
demonstrados de forma igual em ambos os métodos. 
Segundo a CVM, a empresa deve divulgar os fluxos de caixa 
das atividades operacionais usando: 
1 – o método direto, segundo o qual as principais classes de 
recebimentos brutos e desembolsos brutos são divulgadas; ou 
2- o método indireto, segundo o qual o lucro ou prejuízo líquido 
do exercício é ajustado pelos efeitos: 
a) Das transações que não envolvem caixa; 
b) De quaisquer diferimentos ou outras apropriações por 
competência sobre recebimentos ou pagamentos 
operacionais passados ou futuros; e 
c) De itens de receita ou despesa associados com fluxos 
de caixa das atividades de investimento ou de 
financiamento. 
3.1. Método Direto 
No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação 
diretamente ocorrida nas disponibilidades. São apresentados 
todos os itens que tenham provocado entrada ou saída de 
disponibilidades, vale dizer, todos os pagamentos e 
recebimentos. 
A CVM encoraja as empresas a divulgarem os fluxos de caixa 
decorrentes das atividades operacionais usando o método 
direto, que proporciona informações úteis para estimar futuros 
fluxos da caixa não disponíveis com o uso do método indireto. 
De acordo com o método direto,as informações sobre as 
principais classes de recebimentos brutos e de pagamentos 
brutos podem ser obtidas: 
1 – dos registros contábeis da entidade; ou 
2 – ajustando as vendas, os custos das vendas e outros itens da 
demonstração do resultado referentes a: 
a) Mudanças ocorridas no período nos estoques e nas 
contas operacionais a receber e a pagar; 
b) Outros itens que não envolvam caixa; e 
c) Outros itens cujos efeitos no caixa sejam fluxos de 
caixa decorrentes das atividades de financiamento e 
de investimento. 
Exemplo de DFC elaborada pelo Método Direto 
Fluxos das Atividades Operacionais 
Recebimentos de clientes 1.000 
Recebimentos de dividendos e juros 50 
Outros recebimentos das operações 70 
Pagamentos a fornecedores (300) 
Pagamentos de despesas operacionais (200) 
Pagamentos de despesas antecipadas (30) 
Pagamentos de impostos e contribuições (250) 
 
5 
 
Outros pagamentos decorrentes das 
operações 
(20) 320 
Fluxos das Atividades de Financiamento 
Recebimentos por realização de capital em 
moeda 
80 
Recebimento de empréstimos e 
financiamentos obtidos 
20 
Outros recebimentos de financiamentos 10 
Pagamento do principal de empréstimos e 
financiamentos obtidos 
(90) 
Outros pagamentos decorrentes das 
atividades de financiamento 
(30) (10) 
Fluxo das Atividades de Investimento 
Recebimento do principal de empréstimos 
concedidos 
150 
Recebimentos do resgate de investimentos 
temporários 
10 
Recebimentos da alienação de imobilizado 
e intangível 
40 
Recebimentos da alienação de 
investimentos permanentes 
120 
Desembolsos de empréstimos e 
financiamentos concedidos 
(10) 
Pagamentos na aquisição à vista de 
investimentos permanente 
(40) 
Pagamentos na aquisição à vista de 
imobilizado e intangível 
(80) 
Pagamentos na aquisição de investimentos 
temporários 
(30) 160 
Variação das disponibilidades no 
período 
 470 
Saldo final das disponibilidades 1.820 
(-) Saldo inicial das disponibilidades (1.350) 
Variação das disponibilidades no 
período 
 470 
 
Identificação de recebimentos e pagamentos 
Por meio da análise, por exemplo, da movimentação da conta 
CLIENTES é possível identificar os valores recebidos de clientes 
(os valores apresentados a seguir servem apenas para ilustrar o 
problema): 
Saldo inicial 3.000,00 2.000,00 PDD
Vendas a Prazo 15.000,00 15.000,00 Recebimentos de clientes
1.000,00 
CLIENTES
 
O crédito com título “PDD” indica a baixa de duplicatas 
incobráveis. 
Neste tipo de questão, é necessário que estejam disponíveis 
informações referentes a dois exercícios consecutivos. 
Numa forma esquematizada, podemos estruturar o cálculo do 
recebimento de clientes da seguinte forma: 
Clientes (saldo inicial) 
(+) Vendas 
(-) Clientes (saldo final) 
(+) adiantamento de clientes (saldo final) 
(-) adiantamento de clientes (saldo inicial) 
(+) PCLD (saldo final) 
(-) despesa com constituição de PCLD 
(-) PCLD (saldo inicial) 
(=) Recebimento de clientes 
 
Importante destacar que o saldo final da conta PCLD é o valor 
antes da constituição da PCLD para o exercício seguinte, pois a 
diference entre esse valor e o saldo inicial desta mesma conta 
permitirá calcular o montante dos valores não recebidos e que 
foram baixados por terem sido considerados incobráveis. 
De forma semelhante, a análise da movimentação da conta 
Fornecedores nos permite determinar os pagamentos feitos a 
fornecedores (os valores apresentados a seguir serve apenas 
para ilustrar o problema): 
1.000,00 Saldo Inicial
Pagamentos 15.000,00 14.000,00 Compras a Prazo
2.000,00 Saldo final
FORNECEDORES
 
Essa análise pode ser estendida para as demais contas cujos 
saldos traduzam recebimentos ou pagamentos (salários, juros, 
seguros etc). 
Assim como fizemos com a conta clientes, podemos estruturar 
melhor o cálculo do pagamento a fornecedores. 
Fornecedores (saldo inicial) 
(+) Compras 
(-) Fornecedores (saldo final) 
(+) Adiantamento a fornecedores (saldo final) 
(-) Adiantamento a fornecedores (saldo inicial) 
(=) Pagamento a fornecedores 
 
Cabe ressaltar que os montantes das vendas e das compras 
referem-se aos valores líquidos desses itens acrescidos dos 
impostos incidentes sobre os preços venda e de compra, 
respectivamente. 
 
Importante 
 
6 
 
 
A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido 
das atividades operacionais deve ser fornecida, 
obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para 
apurar o fluxo líquido das atividades operacionais. A 
conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, 
os principais itens a serem conciliados, à semelhança do 
que deve fazer a entidade que usa o método indireto em 
relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar 
o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais. 
3.2. Método Indireto 
Para se demonstrar as variações das disponibilidades pelo 
método indireto, a técnica aplicada na DFC é a de expor as 
transações que tiveram como contrapartida disponibilidades. Em 
linhas gerais, o fluxo de caixa líquido das atividades 
operacionais é determinado pelo ajuste do lucro líquido ou 
prejuízo quanto aos efeitos de (grosso modo, o resultado é 
convertido de competência para caixa): 
1 – mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas 
operacionais a receber e a pagar; 
2 – itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, 
provisões, impostos diferidos, variações cambiais não 
realizadas, resultado de equivalência patrimonial em 
investimentos e participação de minoritários, quando aplicável; e 
3 – todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos 
de caixa decorrentes das atividades de investimento ou de 
financiamento. 
Também pelo método indireto, o fluxo de caixa líquido das 
atividades operacionais pode ser apresentado mostrando-se as 
receitas e despesas divulgadas na demonstração do resultado e 
as mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas 
operacionais a receber e a pagar. 
Como na DFC devemos evidenciar o fluxo financeiro das 
atividades operacionais gerado pelo lucro ou prejuízo, são 
eliminadas do resultado, por adição ou exclusão, as receitas e 
despesa que não afetaram as disponibilidades que representam 
atividades de financiamento ou investimento; e são acrescidas 
ou diminuídas do lucro ou prejuízo líquido as disponibilidades 
geradas pelas atividades operacionais que não afetaram o 
resultado. 
Desse modo, os ganhos e perdas na alienação de bens do ativo 
imobilizado que estejam embutidos no resultado do exercício 
devem ser eliminados das atividades operacionais e 
apresentados no grupo das atividades de investimento, como 
parte integrante do valor total recebido na alienação dos bens. 
As contas do ativo circulante e do ativo não circulante no 
subgrupo realizável a longo prazo (clientes, estoque), 
relacionadas às atividades operacionais, que tiverem sofrido 
aumento durante o exercício devem ter os aumentos de saldos 
diminuídos do fluxo das atividades operacionais (sentido 
contrário). Logo, as contas desse gênero que tiverem sofrido 
diminuição durante o exercício devem ter as reduções de saldos 
somadas ao fluxo das atividades operacionais. Já as contas do 
passivo circulante e do passivo não circulante, relacionadas às 
atividades operacionais (fornecedores, juros a pagar), que 
tiverem sofrido aumento durante o exercício devem ter os 
aumentos de saldos somados ao fluxo das atividades 
operacionais (mesmo sentido). Portanto, as contas do passivo 
exigível, relacionadas às atividades operacionais, que tiverem 
sofrido redução durante o exercício devem ter as reduções de 
saldos diminuídas do fluxo das atividades operacionais. 
Segue a justificativa para os procedimentos citados neste último 
parágrafo: 
Considere a análise a seguir, onde ACD = ativo circulante 
disponibilidades, ACND = ativo circulante não disponibilidades 
(AC = ACD + ACND), ANC = ativo não circulante e PNC = 
passivo não circulante. 
Nobalanço, aplica-se a equação: 
AC + ANC = PC + PNC + PL 
Substituindo AC por ACD + ACND: 
ACD + ACND + ANC = PC + PNC + PL 
Agora isolamos do lado esquerdo da igualdade o ACD: 
ACD = PC + PNC + PL – ACND – ANC 
Assim, comprovamos que os aumentos no PC, PNC e PL 
aumentam as disponibilidades (quando delas forem a 
contrapartida), enquanto os aumentos do ACND e ANC 
diminuem as disponibilidades. 
Em resumo, para as contas do ativo que não são 
disponibilidades, a variação é no sentido contrário ao das 
disponibilidades das quais são a contrapartida, enquanto as do 
passivo variam no mesmo sentido. 
Consideremos que, no primeiro exercício de atividades de uma 
determinada companhia, tenham ocorrido os seguintes fatos: 
 - realização do capital em dinheiro, 1.000; 
 
7 
 
 - compra à vista de móveis e utensílios, 50; 
- compra a prazo de mercadorias, 100; 
- compra à vista de mercadorias, 150; 
- aquisição à vista de participações permanentes, 60; 
- Venda a prazo, por 120, de mercadorias, cujo custo foi de 80; 
- venda à vista, por 240, de mercadorias, cujo custo foi 160; 
 - pagamento dos salários do período, 70; 
 - obtenção de empréstimo bancário de longo prazo, 200; 
- pagamento de parte da dívida com os fornecedores de 
mercadorias, 40; 
 - recebimento de parte dos créditos com clientes por venda a 
prazo, 60; 
 - registro da depreciação dos móveis e utensílios, 5. 
Demonstração do Resultado do Exercício: 
Vendas 360 
(-) CMV (240) 
(=) Lucro Bruto 120 
(-) salários (70) 
(-) Depreciação (5) 
(=) Lucro Líquido do Exercício 45 
Segue a demonstração dos fluxos de caixa elaborada pelo 
método indireto: 
Fluxo das atividades operacionais 
Lucro líquido do exercício 45 
(+) Depreciação 5 
(=) Origens geradas pelas operações 50 
(-) Aumentos do ativo circulante 
(-) clientes (60) 
(-) mercadorias (10) 
(+) Aumentos do PC 
(+) Fornecedores 60 
(=) Disponibilidades geradas pelas operações 40 
Fluxo das atividades de financiamento 
(+) Realização de capital em moeda 1.000 
(+) Recebimentos de empréstimos 2.00 
 1.200 
Fluxo das atividades de investimento 
(-) aquisição à vista de bens do imobilizado (50) 
(-) aquisição à vista de investimentos 
permanentes 
(60) 
 (110) 
Saldo final das disponibilidades 1.130 
Saldo inicial das disponibilidades (0) 
(=) Variação das disponibilidades no período 1.130 
Se a DFC fosse elaborada com base no método direto, teríamos 
o seguinte: 
Fluxo das atividades operacionais 
Recebimentos de clientes 300 
Pagamentos a fornecedores (190) 
Pagamentos de despesas operacionais - 
salários 
(70) 
(=) Disponibilidades geradas pelas operações 40 
Fluxo das atividades de financiamento 
Realização de capital em moeda 1.000 
Recebimento de empréstimos 200 
 1.200 
Fluxo das atividades de investimento 
Aquisição à vista de bens do imobilizado (50) 
Aquisição à vista de investimentos 
permanentes 
(60) 
 (110) 
Saldo final das disponibilidades 1.130 
Saldo inicial das disponibilidades (0) 
Variação das disponibilidades no período 1.130 
Os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores 
são relativos às vendas e compras à vista e as parcelas já 
recebidas e pagas das vendas e compras a prazo. 
4. Transações que não envolvem caixa ou 
equivalentes de caixa 
Algumas atividades de investimento e de financiamento não 
afetam diretamente os fluxos de caixa, embora alterem a 
estrutura de capital e de ativos de uma empresa, como por 
exemplo: 
1 – a aquisição de ativos com a assunção direta do respectivo 
passivo ou por meio de um arrendamento financeiro; 
2 – a aquisição de uma entidade por meio de emissão de ações; 
3 – a conversão de dívida em capital. 
Essas atividades não devem ser incluídas na DFC. 
5. Juros e dividendos 
 
8 
 
Os fluxos de caixa referentes a juros, dividendos e juros sobre o 
capital próprio recebidos e pagos devem ser apresentados 
separadamente. Cada um deles deve ser classificado de 
maneira consistente, de período a período, como decorrentes 
de atividades operacionais, de investimento ou de 
financiamento. 
 
O montante total dos juros pagos durante o período é 
divulgado na demonstração dos fluxos de caixa, quer tenha 
sido reconhecido como despesa na demonstração do 
resultado, quer tenha sido capitalizado, conforme o 
Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de 
Empréstimos. 
 
Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o 
capital próprio recebidos são comumente classificados como 
fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras. 
Todavia, não há consenso sobre a classificação desses fluxos 
de caixa para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e 
os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos 
podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, 
porque eles entram na determinação do lucro líquido ou 
prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros, os 
dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem 
ser classificados, respectivamente, como fluxos de caixa de 
financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são 
custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre 
investimentos. 
 
Os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem 
ser classificados como fluxo de caixa de financiamento porque 
são custos da obtenção de recursos financeiros. 
Alternativamente, os dividendos e os juros sobre o capital 
próprio pagos podem ser classificados como componente dos 
fluxos de caixa das atividades operacionais, a fim de auxiliar 
os usuários a determinar a capacidade de a entidade pagar 
dividendos e juros sobre o capital próprio utilizando os fluxos de 
caixa operacionais. 
 
O CPC 03 encoraja fortemente as entidades a classificarem 
os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros 
sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das 
atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o 
capital próprio pagos como fluxos de caixa das atividades 
de financiamento. Alternativa diferente deve ser seguida de 
nota evidenciando esse fato. 
 
6. Fluxos de Hedge 
Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) 
de posição identificável, os fluxos de caixa do contrato devem 
ser classificados do mesmo modo como foram classificados os 
fluxos de caixa da posição que estiver sendo protegida. 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
1. Conceitos 
A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, 
buscando apresentar, eliminados os valores que representam 
dupla-contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem 
na formação do Produto Interno Bruto (PIB). Essa 
demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor 
aos insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou 
consumidos durante determinado período. 
 
Existem, todavia, diferenças temporais entre os modelos 
contábil e econômico no cálculo do valor adicionado. A ciência 
econômica, para cálculo do PIB, baseia-se na produção, 
enquanto a contabilidade utiliza o conceito contábil da 
realização da receita, isto é, baseia-se no regime contábil de 
competência. Como os momentos de realização da produção e 
das vendas são normalmente diferentes, os valores calculados 
para o PIB por meio dos conceitos oriundos da Economia e os 
da Contabilidade são naturalmente diferentes em cada período. 
Essas diferenças serão tanto menores quanto menores forem 
as diferenças entre os estoques inicial e final para o período 
considerado. Em outras palavras, admitindo-se a inexistência 
de estoques inicial e final, os valores encontrados com a 
utilização de conceitos econômicos e contábeis convergirão. 
A demonstração do valor adicionado (DVA) evidencia a riqueza 
econômica produzida pela companhia em determinado exercício. 
A DVA expõe o valor adicionado pela empresa em razão de 
suas atividades; a forma de distribuição da riqueza gerada, entre 
empregados, acionistas, financiadores de capital, governo, 
comunidade; e parcela retida na empresa para reinvestimento. 
A soma dos valoresadicionados de um país traduz o seu 
produto interno, ou seja, o que ela agregou à economia em 
termos de bens e serviços. Assim, a DVA das empresas pode 
ser utilizada no planejamento e interpretação das questões 
macro e microeconômicas, além de possibilitar a avaliação do 
desempenho social e empresarial por intermédio da distribuição 
da riqueza gerada. O governo, por exemplo, pode utilizá-la como 
instrumento na formulação de política econômica e de incentivos 
fiscais. 
Para as companhias abertas, a Lei nº 11.638/2007 tornou a 
DVA obrigatória. As companhias fechadas estão dispensadas 
da sua elaboração. 
 
A lei citada não fixa um modelo de DVA, mas determina que ela 
deve indicar, no mínimo, o valor da riqueza gerada pela 
companhia, a sua distribuição entre os elementos que 
contribuíram para sua geração, tais como empregados, 
 
9 
 
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a 
parcela da riqueza não distribuída. 
 
A seguir seguem definições do CPC 03. 
 
Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de 
forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e 
os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor 
adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por 
terceiros e transferido à entidade. 
 
Receita de venda de mercadorias, produtos e serviços 
representa os valores reconhecidos na contabilidade a esse 
título pelo regime de competência e incluídos na demonstração 
do resultado do período. 
 
Outras receitas representam os valores que sejam oriundos, 
principalmente, de baixas por alienação de ativos não-
circulantes, tais como resultados na venda de imobilizado, de 
investimentos, e outras transações incluídas na demonstração 
do resultado do exercício que não configuram reconhecimento 
de transferência à entidade de riqueza criada por outras 
entidades. 
 
Diferentemente dos critérios contábeis, também incluem valores 
que não transitam pela demonstração do resultado, como, por 
exemplo, aqueles relativos à construção de ativos para uso 
próprio da entidade (conforme item 19) e aos juros pagos ou 
creditados que tenham sido incorporados aos valores dos 
ativos de longo prazo (normalmente, imobilizados). 
 
No caso de estoques de longa maturação, os juros a eles 
incorporados deverão ser destacados como distribuição da 
riqueza no momento em que os respectivos estoques forem 
baixados; dessa forma, não há que se considerar esse valor 
como outras receitas. 
 
Insumo adquirido de terceiros representa os valores relativos 
às aquisições de matérias-primas, mercadorias, materiais, 
energia, serviços, etc. que tenham sido transformados em 
despesas do período. Enquanto permanecerem nos estoques, 
não compõem a formação da riqueza criada e distribuída. 
 
Depreciação, amortização e exaustão representam os valores 
reconhecidos no período e normalmente utilizados para 
conciliação entre o fluxo de caixa das atividades operacionais e 
o resultado líquido do exercício. 
 
Valor adicionado recebido em transferência representa a 
riqueza que não tenha sido criada pela própria entidade, e sim 
por terceiros, e que a ela é transferida, como por exemplo 
receitas financeiras, de equivalência patrimonial, dividendos, 
aluguel, royalties, etc. Precisa ficar destacado, inclusive para 
evitar dupla-contagem em certas agregações. 
 
 
Formação da Riqueza 
 
 
Receitas 
 
Venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os 
valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por 
exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao 
ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na 
demonstração do resultado tais tributos estejam fora do 
cômputo dessas receitas. 
 
Outras receitas - da mesma forma que o item anterior, inclui os 
tributos incidentes sobre essas receitas. 
 
Provisão para créditos de liquidação duvidosa – 
Constituição/Reversão - inclui os valores relativos à constituição 
e reversão dessa provisão. 
 
 
Insumos adquiridos de terceiros 
 
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - 
inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a 
terceiros e contidas no custo do produto vendido, das 
mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; 
não inclui gastos com pessoal próprio. 
 
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros - inclui 
valores relativos às despesas originadas da utilização desses 
bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros. 
 
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias 
vendidos, materiais, serviços, energi,a etc. consumidos, 
devem ser considerados os tributos incluídos no momento 
das compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), 
recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das 
práticas utilizadas na demonstração do resultado. 
 
Perda e recuperação de valores ativos - inclui valores 
relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de 
estoques, imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser 
incluídos os valores reconhecidos no resultado do período, 
tanto na constituição quanto na reversão de provisão para 
perdas por desvalorização de ativos, conforme aplicação do 
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se no 
período o valor líquido for positivo, deve ser somado). 
 
Depreciação, amortização e exaustão - inclui a despesa ou o 
custo contabilizados no período. 
 
 
10 
 
Valor adicionado recebido em transferência 
 
Resultado de equivalência patrimonial - o resultado da 
equivalência pode representar receita ou despesa; se despesa, 
deve ser considerado como redução ou valor negativo. 
 
Receitas financeiras - inclui todas as receitas financeiras, 
inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de 
sua origem. 
 
Outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos 
avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia, etc. 
 
Distribuição da riqueza 
 
A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada 
como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os 
principais componentes dessa distribuição estão apresentados 
a seguir: 
 
Pessoal – valores apropriados ao custo e ao resultado do 
exercício na forma de: 
 
- Remuneração direta - representada pelos valores relativos a 
salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os 
pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas 
extras, participação de empregados nos resultados, etc. 
 - Benefícios - representados pelos valores relativos a 
assistência médica, alimentação, transporte, planos de 
aposentadoria etc. 
- FGTS – representado pelos valores depositados em conta 
vinculada dos empregados. 
 
Impostos, taxas e contribuições - valores relativos ao imposto 
de renda, contribuição social sobre o lucro, contribuições aos 
INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do 
Trabalho) que sejam ônus do empregador, bem como os 
demais impostos e contribuições a que a empresa esteja 
sujeita. Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, 
PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os valores 
devidos ou já recolhidos, e representam a diferença entre os 
impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os 
respectivos valores incidentes sobre os itens considerados 
como “insumos adquiridos de terceiros”. 
 
- Federais – inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles 
que são repassados no todo ou em parte aos Estados, 
Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, 
PIS, COFINS. Inclui também a contribuição sindical patronal. 
 
- Estaduais – inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive 
aqueles que são repassados no todo ou em parte aos 
Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA. 
 
- Municipais – inclui os tributos devidos aos Municípios, 
inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte às 
Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o 
IPTU. 
 
Remuneração de capitais de terceiros - valores pagos ou 
creditados aos financiadores externos de capital. 
• Juros - inclui as despesas financeiras,inclusive as variações 
cambiais passivas, relativas a quaisquer tipos de empréstimos e 
financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do 
grupo ou outras formas de obtenção de recursos. Inclui os 
valores que tenham sido capitalizados no período. 
 
• Aluguéis - inclui os aluguéis (inclusive as despesas com 
arrendamento operacional) pagos ou creditados a terceiros, 
inclusive os acrescidos aos ativos. 
 
• Outras - inclui outras remunerações que configurem 
transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas em 
capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos 
autorais, etc. 
 
Remuneração de capitais próprios - valores relativos à 
remuneração atribuída aos sócios e acionistas. 
 
• Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos - inclui os 
valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta 
do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP 
transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser 
incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado 
do próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos 
distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios 
anteriores, uma vez que já foram tratados como “lucros retidos” 
no exercício em que foram gerados. 
 
• Lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores 
relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive 
os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, 
esse valor deve ser incluído com sinal negativo. 
 
• As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de 
Juros sobre o Capital Próprio – JCP, independentemente de 
serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como 
reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos 
dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser 
imputados.
 
11 
 
2. Modelo proposto pela CVM 
Modelo - Demonstração do Valor Adicionado – EMPRESAS EM GERAL 
Modelo - Demonstração do Valor Adicionado – EMPRESAS EM GERAL 
DESCRIÇÃO 
Em milhares 
de reais 
20X1 
Em milhares 
de reais 
20X0 
1 – RECEITAS 
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 
1.2) Outras receitas 
1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição) 
2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS 
e COFINS) 
 
 
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 
2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 
2.4) Outras (especificar) 
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 
4 – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 
5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 
6.1) Resultado de equivalência patrimonial 
6.2) Receitas financeiras 
6.3) Outras 
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*) 
8.1) Pessoal 
 
12 
 
8.1.1 – Remuneração direta 
8.1.2 – Benefícios 
8.1.3 – F.G.T.S 
8.2) Impostos, taxas e contribuições 
8.2.1 – Federais 
8.2.2 – Estaduais 
8.2.3 – Municipais 
8.3) Remuneração de capitais de terceiros 
8.3.1 – Juros 
8.3.2 – Aluguéis 
8.3.3 – Outras 
8.4) Remuneração de capitais próprios 
8.4.1 – Juros sobre o capital próprio 
8.4.2 – Dividendos 
8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício 
8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação) 
 
13 
 
EXERCÍCIOS - DFC 
1. (UNIVERSA - PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
CONTABILIDADE 2010) O objetivo da criação da demonstração 
dos fluxos de caixa, em conseqüência da revisão da Lei nº 
6.404/76, foi substituir o (a) 
(A) Demonstração do resultado do exercício 
(B) Balanço social 
(C) Balanço patrimonial 
(D) Demonstração das mutações do patrimônio líquido 
(E) Demonstração das origens e das aplicações de recursos. 
2. (UNIVERSA - CEB TÉCNICO EM CONTABILIDADE 2010) 
Acerca das transações contábeis que não afetam o caixa de uma 
empresa, julgue os itens a seguir. 
 
I Depreciação 
II Amortização 
III Exaustão 
IV Provisão para devedores duvidosos 
V Acréscimos ou diminuições de itens de investimentos pelo 
método de equivalência patrimonial 
 
A quantidade de itens certos é igual a 
 
(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5. 
3. (UNIVERSA - ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL DF 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 2010) Se a demonstração dos fluxos de 
caixa de uma empresa tiver resultado negativo, é correto afirmar 
que, nessa empresa, 
(A) As disponibilidades diminuíram. 
(B) A demonstração do resultado do exercício teve resultado 
negativo. 
(C) O patrimônio líquido é positivo. 
(D) O patrimônio líquido é negativo. 
(E) A demonstração do resultado do exercício teve resultado 
positivo. 
4. (CESGRANRIO - TERMOAÇU CONTADOR 2008) Considere 
os dados abaixo para a elaboração da Demonstração do Fluxo de 
Caixa, em reais, de uma determinada empresa. 
 
Examinando os dados apresentados, conclui-se que o caixa 
líquido consumido nas atividades operacionais da empresa, em 
reais, pelo Método Indireto, será 
 
(A) 8.200,00 
(B) 11.400,00 
(C) 12.400,00 
(D) 13.800,00 
(E) 14.400,00 
 
 
Considerando as informações apresentadas na tabela acima, 
julgue os itens a seguir acerca do funcionamento das contas 
patrimoniais e de resultado. 
5. (CESPE – PREF. MUNICIPAL DE VILA VELHA/ES TÉC 
CONTABILIDADE 2008) O pagamento de salários no ano de 
2007 corresponde a R$ 4.700,00. 
6. (CESPE – PREF. MUNICIPAL DE VILA VELHA/ES TÉC 
CONTABILIDADE 2008) No ano de 2007, o pagamento de 
fornecedores corresponde a R$ 3.600,00. 
 
14 
 
. 
7. (CESPE – PREF. MUNICIPAL DE VILA VELHA/ES TÉC 
CONTABILIDADE 2008) O recebimento de clientes no ano de 
2007 corresponde a R$ 12.869,00. 
 
8. (CESPE – PREF. MUNICIPAL DE VILA VELHA/ES TÉC 
CONTABILIDADE 2008) O pagamento de aluguel no ano de 2007 
corresponde a R$ 4.250,00. 
O enunciado a seguir se refere às questões de números 9 a 
11. 
 
A empresa JJM Crianças e Cia., dedicada ao comércio de 
brinquedos, apurou o seguinte balanço patrimonial apurado em 
31/12/2006: 
 
 
Considere as informações a seguir: 
 
- O estoque é avaliado pelo critério PEPS e era composto por: 
 
 
 
- Os móveis e utensílios têm vida útil original estimada em 10 
anos e valor residual nulo. 
 
- Os empréstimos vencerão em 2010, mas cobram juros mensais 
de R$ 85,00. 
 
Durante o mês de janeiro de 2007, a empresa JJM Crianças e 
Cia. desenvolveu exclusivamente as seguintes transações (na 
ordem cronológica apresentada): 
 
i. Recebeu 1/4 do Contas a Receber em aberto no início do ano. 
ii. Os sócios aumentaram o Capital Social mediante subscrição de 
novas ações pelo valor nominal total de R$ 10.000,00. Entretanto, 
só integralizaram R$ 8.000,00, sendo R$ 5.000,00 em dinheiro e 
R$ 3.000,00 em um computador novo a ser utilizado nas 
atividades administrativas (cujo tempo de vida útil é 5 anos e 
valor residual nulo). 
iii. Pagou toda a dívida com Fornecedores que estava em aberto 
no início do ano. 
iv. Pagou os Salários a Pagar que eram devidos no início do ano. 
v. Comprou 1.000 unidades de ioiô ao custo unitário de R$ 1,00 
cada; 25kg de bolinhas de gude ao custo unitário de R$ 3,00 
cada quilo; 200 unidades de bonecas de pano ao custo unitário 
de R$ 3,50 cada. Essas compras foram negociadas para 
pagamento da seguinte forma: metade à vista e metade para 
pagamento em fevereiro próximo. 
vi. Contratou serviços de terceiros relativos ao desenvolvimento 
de uma campanha publicitária para veiculação na rádio local, 
cujos serviços foram executados e pagos ainda em janeiro, pelo 
valor total de R$ 500,00. 
vii. Reconheceu e pagou os juros do mês de janeiro, no valor de 
R$ 85,00. 
viii. Vendeu mercadorias à vista: 400 unidades de ioiô ao preço 
unitário de R$ 4,00 cada; 30kg de bolinhas de gude ao preço 
unitário de R$ 10,00 cada quilo; 150 unidades de bonecas de 
pano ao preço unitário de R$ 6,00 cada.ix. Vendeu mercadorias, cuja forma de pagamento foi negociada 
da seguinte forma: 1/3 à vista; 1/3 para recebimento em fevereiro 
próximo e o restante para recebimento em março próximo – 800 
unidades de ioiô ao preço unitário de R$ 4,50 cada; 20kg de 
bolinhas de gude ao preço unitário de R$ 12,00 cada quilo; 120 
unidades de bonecas de pano ao preço unitário de R$ 7,50 cada. 
x. Reconheceu e provisionou a folha de pagamentos aos 
empregados, no valor total de R$ 400,00. 
xi. Depreciou os móveis e utensílios e o computador. 
xii. Identificou que o valor de venda das bonecas de pano, para o 
mês seguinte, deverá ser reduzido para R$ 5,00 por unidade, em 
função da entrada de um novo concorrente que importará 
bonecas de pano da China por um valor significativamente mais 
barato, apesar de a JJM Crianças e Cia. continuar comprando as 
bonecas de seu fornecedor tradicional. 
xiii. Amortizou, antecipadamente, metade dos empréstimos, 
pagando R$ 1.000,00 ao banco. O saldo remanescente continua 
vencendo no prazo inicialmente contratado. 
xiv. Distribuiu e pagou dividendos relativos ao lucro do mês de 
janeiro, no valor total de R$ 3.000,00. 
 
9. (FGV – FISCAL DE RENDAS RJ 2007) O valor do somatório 
das variações dos ativos e passivos operacionais, evidenciada na 
DFC pelo método indireto apurada em 31/01/2007, é: 
(A) 2.822,50. 
(B) 3.650,00. 
(C) 2.785,00. 
(D) –2.170,00. 
(E) –2.156,74. 
 
10. (FGV – FISCAL DE RENDAS RJ 2007) O valor da variação 
do Fluxo de Caixa, evidenciado na DFC pelo método direto 
apurada em 31/01/2007, é: 
(A) 3.232,50. 
(B) 1.000,00. 
 
15 
 
(C) 3.177,50. 
(D) 6.177.50. 
(E) 6.232,50. 
 
11. (FGV – FISCAL DE RENDAS RJ 2007) O saldo do Lucro 
Bruto, evidenciado na DRE apurada em 31/01/2007, é: 
(A) 5.319,24. 
(B) 5.323,27. 
(C) 5.360,00. 
(D) 5.370,00. 
(E) 5.332,50. 
 
Instruções para resolução das questões de nºs 1 a 9. 
Em uma operação de verificação dos livros contábeis, realizada 
na Cia. Luanda, foi possível identificar os seguintes dados: 
I - O Balanço Patrimonial dos exercícios 20x1 e 20x2 
 
II - A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
 
III - Itens da Demonstração de Resultado do Exercício 
 
 
IV - Outras informações adicionais 
- As Notas Promissórias vencem em 180 dias. 
- Os financiamentos foram contratados junto ao Banco ABC em 
30.12.20x1 pelo prazo de 8 anos, com carência de 3 anos e juros 
de 5% anuais, pagáveis ao final de cada período contábil. O saldo 
devedor é corrigido pela variação da moeda x, com pagamento 
do principal em 5 parcelas anuais após o período de carência. 
12. (ESAF - AFRF 2003) O valor dos ingressos de caixa gerado 
pelas vendas no período examinado foi: 
 
a) 159.500 
b) 150.000 
c) 141.200 
d) 139.500 
e) 139.200 
 
13. (ESAF - AFRF 2003) Examinando os dados, verifica-se que a 
empresa pagou aos fornecedores o valor de: 
 
a) 89.500 
 
16 
 
b) 86.500 
c) 85.000 
d) 82.000 
e) 75.500 
 
14. (ESAF - AFRF 2003) Com base nos dados identificados, 
pode-se afirmar que a saída de caixa para o pagamento de 
despesas foi: 
 
a) 52.700 
b) 50.700 
c) 44.700 
d) 45.500 
e) 43.700 
 
15. (ESAF - AFRF 2003) No período a empresa efetuou compras 
de estoques no valor de: 
 
a) 89.500 
b) 86.500 
c) 85.000 
d) 82.000 
e) 75.500 
 
16. (ESAF - AFRF 2003) Com os dados fornecidos e aplicando o 
método indireto para elaborar o fluxo de caixa, pode-se afirmar 
que a contribuição do resultado ajustado para a formação das 
disponibilidades é: 
 
a) 21.300 
b) 12.000 
c) 17.500 
d) 20.500 
e) 6.000 
 
17. (ESAF - AFRF 2003) O valor dos itens de Investimentos que 
contribuíram para a variação das disponibilidades é: 
 
a) (5.500) 
b) (5.000) 
c) (500) 
d) 5.000 
e) 5.500 
 
18. (ESAF - AFRF 2003) O valor do caixa líquido consumido nas 
atividades operacionais é: 
 
a) (9.300) 
b) (8.000) 
c) (3.000) 
d) 7.000 
e) 9.000 
 
19. (ESAF - AFRF 2003) Representam operações que não 
afetam o fluxo de caixa: 
 
a) recebimento por doação de terrenos e depreciações lançadas 
no período. 
b) aquisição de bens não de uso e quitação de contrato de mútuo. 
c) alienação de participações societárias e depreciações lançadas 
no período. 
d) amortizações efetuadas no período de diferidos e venda de 
ações emitidas. 
e) repasse de recursos para empresas coligadas e aquisição de 
bens. 
 
20. (ESAF - AFRF 2003) Na elaboração do fluxo de caixa são 
classificáveis como atividade de financiamento: 
 
a) desembolso por empréstimos concedidos a empresas 
coligadas e controladas. 
b) aquisição de máquinas, veículos ou equipamentos através de 
contrato de arrendamento mercantil. 
c) recebimento de contribuições de caráter permanente para 
aquisição de terrenos para expansão da capacidade instalada da 
empresa. 
d) venda de ações emitidas e recebimento de valores decorrentes 
da alienação de participações societárias. 
e) recebimento de juros sobre empréstimos concedidos a outras 
empresas. 
 
Dos registros da Cia. Boreal, foram extraídos os dados relativos 
aos exercícios contábeis de 2009/2010, a seguir: 
 
 
 
17 
 
 
 
Informação adicional 
 
I. Títulos com vencimento previsto para 30 dias. 
II. Com relação a PCLD, a provisão em 2010 correspondeu a 
R$400,00. Não houve registro de reversão dos saldos anteriores. 
III. O Resultado c/Venda do Imobilizado corresponde a 75% do 
valor líquido do bem vendido. 
 
Com base nos dados fornecidos, responder as questões 21 e 22. 
 
21. (ESAF – AFRFB 2012) O resultado apurado no período: 
a) gerou um ingresso total de caixa de R$ 16.300,00. 
b) quando ajustado, é negativo em R$ 8.700,00. 
c) contribuiu para ingresso financeiro de R$ 12.800,00. 
d) representa um uso total de disponibilidades de R$ 12.300,00. 
e) indica que a atividade operacional foi positiva em R$ 1.300,00. 
 
22. (ESAF – AFRFB 2012) Para a elaboração da Demonstração 
dos Fluxos de Caixa da Cia. Boreal, deve-se considerar que 
 
a) ocorreu uma aquisição de participações societárias em outras 
empresas. 
b) as atividades operacionais foram alteradas pelo ganho com a 
venda do Imobilizado. 
c) os dividendos distribuídos devem ser demonstrados como 
atividade de investimento. 
d) as atividades de financiamento geram um ingresso positivo no 
fluxo do caixa. 
e) a movimentação dos Fornecedores provoca aumento nas 
atividades de financiamentos. 
23. As informações da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), 
principalmente quando analisadas em conjunto com as demais 
demonstrações financeiras, podem permitir que investidores, 
credores e outros usuários avaliem o seguinte: 
 
(A) o custo médio ponderado de capital incidente sobre as 
entradas de recursos 
(B) a dependência de capital de terceiros na estrutura de capital 
da empresa 
(C) a taxa de conversão da receita líquida em lucro 
(D) a liquidez, o endividamento, a rentabilidade e o ciclo 
financeiro da empresa. 
(E) a liquidez, a solvência e a flexibilidade financeira da empresa. 
24. (FCC – TST - Analista Judiciário – Contabilidade 2012) 
Determinada Cia. Aberta apresentou as seguintes demonstrações 
contábeis: 
 
Balanço Patrimonial (em reais) 
 
Demonstração de Resultados d o Exercício de 2011 (em 
reais)
 
Com base nessas demonstrações e sabendo-se que a venda do 
terreno e a aquisição das máquinas foram à vista e que o 
aumento de capital foi em dinheiro, o fluxo de caixa consumido ou 
gerado pelas atividades de investimento foi, em reais, 
 
(A) 6.000, gerado. 
(B) 10.000, gerado. 
(C) 36.000, gerado. 
(D) 30.000, consumido. 
(E) 40.000, consumido. 
 
18 
 
GABARITO - DFC 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E E A C E E C C D C 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
E C A E B D B D A C 
21 22 23 24 
C E E A 
 
EXERCÍCIOS - DVA 
 
1. (CESPE – DPU CONTADOR 2010) Considerando as 
informações da tabela acima, levantadas para a elaboração da 
demonstração do valor adicionado de determinada empresa no 
ano de 2009, assinale a opção correta. 
(A) O valor adicionado líquido no períodoé superior ao valor 
adicionado a distribuir. 
(B) O valor adicionado bruto é maior que R$ 1.300.000,00. 
(C) O valor adicionado a distribuir é superior a R$ 900.000,00. 
(D) O valor adicionado pela empresa é inferior a R$ 500.000,00. 
(E) O valor adicionado líquido produzido pela empresa é superior 
a R$ 750.000,00. 
2. (CESPE – MPU TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO 2010) 
A contabilização de perda de valores ativos, para fins de 
elaboração da DVA, proporciona redução do valor adicionado 
recebido em transferência. 
3. (CESPE – UNIPAMPA CONTADOR 2009) A demonstração 
do valor adicionado deve evidenciar o valor da riqueza gerada 
pela companhia e a forma como essa riqueza será distribuída, 
incluindo-se o valor pago ou creditado aos acionistas a título de 
dividendos. 
4. A respeito da elaboração da Demonstração do Valor 
Adicionado (DVA), julgue os itens que se seguem. 
 
5. (INMETRO ANALISTA CONTÀBIL 2009) receitas financeiras 
e o resultado de equivalência patrimonial compõem o saldo do 
valor adicionado recebido em transferência. 
 
6. (INMETRO ANALISTA CONTÀBIL 2009) Os juros sobre 
capital próprio, pagos aos acionistas, compõem o rol de itens da 
distribuição do valor adicionado apurado pela companhia ao final 
do exercício social. 
 
7. (FUB CONTADOR 2009) Fazem parte da distribuição do valor 
adicionado da empresa aos detentores do capital próprio tanto a 
distribuição direta do resultado, representada pelos dividendos e 
juros sobre o capital próprio, como a distribuição indireta, sob a 
forma de retenção dos lucros, inclusive a título de reservas de 
lucros. 
 
8. (HEMOBRAS CONTADOR 2008) A demonstração do valor 
adicionado apresentará o fluxo de recursos gerados pela 
companhia, a sua distribuição entre os elementos que 
contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como 
empregados, financiadores, acionistas, governo e outros. A 
parcela da riqueza não distribuída poderá ser observada na 
demonstração dos fluxos de caixa. 
 
9. (FGV - FISCAL DE RENDAS 2010) A Cia Petrópolis 
apresentava os seguintes dados para a montagem da 
Demonstração do Valor Adicionado em 31.12.X0: 
 
 
 
Assinale a alternativa que indique corretamente o valor 
adicionado a distribuir da Cia Petrópolis em 31.12.X0. 
 
(A) R$ 310,00. 
(B) R$ 510,00. 
(C) R$ 620,00. 
(D) R$ 650,00. 
(E) R$ 760,00. 
 
10. (FGV - FISCAL DE RENDAS 2009) A Cia. Rubi efetuou as 
seguintes operações durante o ano de 2009: 
 
19 
 
 
 
Em 31.12.2009, o valor adicionado a distribuir da Cia. Rubi será 
de: 
 
(A) $ 65.000. 
(B) $ 68.000. 
(C) $ 63.000. 
(D) $ 69.000. 
(E) $ 72.000. 
 
Em 2007, a Lei nº 11.638/07 alterou a Lei 6.404/1976, tornando 
obrigatória a elaboração da DVA. A respeito dessa alteração 
legal, julgue os itens 11 a 13. 
 
11. (CESPE – SEFAZ/ES CONSULTOR DO EXECUTIVO 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 2010) A elaboração da DVA é obrigatória 
para todas as companhias, sejam elas de capital aberto ou de 
capital fechado. 
 
12. (CESPE – SEFAZ/ES CONSULTOR DO EXECUTIVO 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 2010) A DVA tem a função de evidenciar 
aos usuários das informações contábeis o valor da riqueza 
gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos 
que contribuíram para a geração da riqueza, tais como 
empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem 
como a parcela da riqueza não distribuída. 
 
13. (CESPE – SEFAZ/ES CONSULTOR DO EXECUTIVO 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 2010) De modo subsidiário, a DVA pode 
ser utilizada pelas companhias para apuração mensal do valor do 
imposto de renda devido. 
 
14. (CESGRANRIO – PETROBRAS CONTADOR JR. 2010) A 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) evidencia o(a) 
 
(A) quanto de riqueza uma empresa adicionou, de que forma 
essa riqueza foi distribuída e o quanto ficou retido na empresa. 
(B) valor adicionado originado das operações, os recursos 
oriundos das atividades de financiamento e o saldo de caixa 
resultante no final do período. 
(C) montante de riqueza que uma empresa adicionou, o quanto 
dessa riqueza foi distribuída para os agentes e acionistas e os 
lucros retidos pela empresa sem destinação específica. 
(D) receita adicionada pela empresa deduzida das despesas 
operacionais, exceto a financeira, e o total de lucros retidos em 
forma de reservas. 
(E) riqueza adicionada pela empresa, a distribuição dos 
dividendos realizada e a variação do patrimônio líquido no 
exercício. 
 
15. (CESGRANRIO – PROFISSIONAL JR. CIÊNCIAS 
CONTÁBEIS 2010) Segundo a definição legal, a Demonstração 
do valor adicionado deverá refletir o valor da riqueza gerada pela 
companhia e a distribuição entre os elementos que contribuíram 
para a geração dessa riqueza. Quais os elementos que devem 
constar como beneficiários da distribuição da riqueza? 
 
(A) Empregados, fornecedores, autoridades, governo e outros, 
bem como a parcela da riqueza não distribuída. 
(B) Empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem 
como a parcela da riqueza não distribuída. 
(C) Empregados, financiadores, fornecedores, autoridades, 
acionistas, governo e outros. 
(D) Empregados, financiadores, fornecedores, autoridades, 
acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não 
distribuída. 
(E) Fornecedores, autoridades, governo e outros, bem como a 
parcela da riqueza não distribuída. 
 
16. (CESGRANRIO - TERMOAÇU CONTADOR 2008) Analise a 
demonstração de resultado a seguir, apresentada pela empresa 
Natal S.A. em dezembro de 2007. 
 
 
20 
 
 
 
*1 - O ICMS incluído nas compras monta a R$ 55,00. 
*2 - Remuneração de vendedores = R$ 70,00; Frete e 
Propaganda = R$ 80,00; Provisão para Devedores Duvidosos = 
R$ 30,00. 
*3 - Gastos de pessoal = R$ 60,00; Despesas tributárias = R$ 
10,00; Gastos diversos = R$ 30,00. 
 
Com base apenas nos dados apresentados, o Valor Adicionado a 
Distribuir pelos fatores de produção monta, em R$ mil, a 
 
(A) 325 
(B) 345 
(C) 355 
(D) 375 
(E) 400 
 
17. (ESAF – AFRFB 2012) Nas empresas industriais são 
classificados como valor adicionado recebido em transferência os 
 
a) resultados de equivalência patrimonial e os dividendos 
relativos a investimentos avaliados ao custo. 
b) dividendos de participações societárias avaliadas pelo método 
de equivalência e os aluguéis. 
c) dividendos distribuídos e os resultados da avaliação de ativos 
ao seu valor justo. 
d) juros sobre o capital próprio creditados e as receitas 
financeiras de qualquer natureza. 
e) gastos com ativos construídos pela empresa para uso próprio e 
os resultados obtidos com aquisições societárias vantajosas. 
 
18. (CESGRANRIO – BNDES – Contabilidade 2011) A 
elaboração e divulgação da demonstração do valor adicionado 
(DVA), para atender aos requisitos estabelecidos no 
Pronunciamento Técnico CPC 09 e na legislação societária, entre 
outros aspectos relevantes, deverá 
(A) conter a variação ocorrida no capital circulante líquido. 
(B) ser elaborada como base no princípio contábil da 
competência. 
(C) ser elaborada com base no princípio contábil da atualização 
monetária. 
(D) permitir o cálculo do Produto Interno Bruto do segmento onde 
atua a empresa. 
(E) analisar os efeitos do valor econômico agregado sobre a 
liquidez da empresa. 
 
Acerca da demonstração do valor adicionado (DVA) e da DRE, 
julgue os itens 19 a 24 que se seguem. 
 
19. (CESPE – Petrobras Contador Jr. 2007) A reversão da 
provisão para devedores duvidosos deve ser apresentada no 
grupo das receitas e o saldo deve ser positivo. 
 
20. (CESPE – Petrobras Contador Jr. 2007) O valor adicionado 
bruto, um dos itens de totalização da DVA, deve contemplar a 
depreciação, a amortização e a exaustão do período. 
 
21. (CESPE – Petrobras Contador Jr. 2007) O valor dos insumos 
adquiridos de terceiros, tais como materiais, energia e água, deve 
ser apresentado na DVA pelo valor total, sem dedução de PIS, 
COFINS e outros tributos. 
 
22. (CESPE – Petrobras Contador Jr. 2007) As despesas com 
funcionários fazem parte da distribuição do valor agregado, e o 
valor da receita considerado para a elaboração da DVA deve seridêntico ao do faturamento bruto divulgado na DRE. 
 
23. (CESPE – Petrobras Contador Jr. 2007) O resultado de 
equivalência patrimonial apresentado na DVA desconsidera os 
valores recebidos como dividendos dos investimentos avaliados 
pelo método de custo. Tal fato ocorre porque o valor recebido a 
título de dividendos aumenta o ativo circulante e não aumenta o 
ativo permanente correspondente a investimentos. 
 
24. (CESPE – Petrobras Contador Jr. 2007) Os juros sobre 
capital próprio (JCP) contabilizados como reserva devem ser 
evidenciados na DVA no item relativo a lucros retidos. 
 
GABARITO – DVA 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E E C E C C C E E A 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
E C E A B B B B C E 
 
21 
 
21 22 23 24 
C C E C

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