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Com base no gradiente saúde/doença de Leavell e Clarck quais são as fases que se busca conhecer e em quais dela você encontra espaços para a atuação do farmacêutico bioquímico?
As bases analisadas resumem-se em 4: Inicial, Patológica, Clínica e de Incapacidade Residual; cada fase é referente a um estágio do desenvolvimento da enfermidade que, por sua vez, é descrita pelo autor como “Fundamentada na Tríade Ecológica”: Agente, Hospedeiro e Meio-Ambiente. Estas bases são a chave para se alicercear uma efetiva medicina preventiva, que possa reduzir a ocorrência de tais doenças.
Na fase inicial, se observam os fatores que podem incorrer no surgimento de uma doença naquele determinado espaço amostral; estes fatores podem variar de maus hábitos e má alimentação até predisposições genéticas para o surgimento da enfermidade. O papel que pode ser desempenhado pelo Farmacêutico-Bioquímico neste estágio está relacionado ao tratamento assistencial e preventivo, semelhante à Atenção Primária à Saúde nos moldes definidos pela OMS em 1978.
Na fase Patológica, que é caracterizada pela maioria assintomática do espaço amostral (pré-clínica); o profissional farmacêutico pode atuar com realização de exames de rotina e orientação para prevenção de doenças.
A fase Clínica, por sua vez, é caracterizada pela presença da enfermidade. O papel do profissional farmacêutico é claro: escolha/elaboração da substância a ser administrada visando a melhora do quadro clínico.
Por fim, a fase da incapacidade residual é caracterizada pela atenção ao paciente que sofreu algum tipo de sequela oriunda da enfermidade (Incapacidade residual), e o papel do farmacêutico estaria no acompanhamento continuado do paciente quanto ao que este deve ingerir para que possa manter um quadro estável que possa condizer com suas capacidades restantes.
Ao conhecer a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, e que hoje por meio do SUS deveria atingir todo e qualquer brasileiro, como você entende sua eficiência, eficácia e efetividade?
	Conceituar os termos utilizados é importante para prevenir duplas interpretações, então, primeiramente: Eficiência restringe-se à execução de um determinado processo da melhor maneira possível, levando em consideração custos de matérias assim como energia humana e não humana; Eficácia restringe-se à adequação do produto de seu processo ao contexto em que ele fora lançado, é a utilização produtiva dos recursos, e finalmente, Efetividade restringe-se à promoção dos objetivos pretendidos.
	Sob estes parâmetros, podemos analisar o Sistema Único de Saúde (SUS) e observar que o mesmo apresenta pendências em todos os quesitos:
	Ele não é um sistema eficiente, pois não consegue atender seu escopo (estender o acesso à saúde de maneira ampla para todos os brasileiros, constituindo uma referência para os outros sistemas de saúde) a partir dos recursos financeiros e de energia humana e não-humana a ele fornecidos; Ele não é eficaz, pois não consegue adequar-se às necessidades da população de onde vai atender, tendo em vista que este é um desafio especial no caso do brasil por conta de suas dimensões; Por fim, não é um sistema efetivo pois, apesar de haverem tido resultados na melhoria da saúde da população desde sua implantação, seus objetivos pretendidos não foram alcançados.
Descrever e comentar o papel da Anvisa para a Política Nacional de Medicamentos.
A ANVISA é um órgão regulador que, no contexto sugerido, age sobre a vigilância dos medicamentos do RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais), e que possui o papel de atentar as empresas, a se manterem sobre seus conformes quanto a farmacovigilância, controle de qualidade, registro de produtos e marketing nocivo. Enquanto um órgão regulador, manter a situação dentro dos conformes é a tarefa essencial da ANVISA para a manutenção da saúde no país.
Como entender a Hanseniase como doença negligenciada? Por que? Como deveria ser tomada em uma Política Pública?
Doenças negligenciadas são aquelas cuja elite já obteve meios de se blindar, e que, graças à manutenção do status quo, passam a afetar em grande maioria ao resto da população marginalizada pelo sistema.
A Hanseniase se encaixa dentro destes conformes por ser facilmente prevenivel, mas ainda não ter sido erradicada, podendo ainda ser observada em regiões com altos índices de pobreza, como no interior do nordeste brasileiro e interior de alguns países da África e Ásia.
Com relação à implantação de políticas públicas que visem maior atenção a tais doenças, o caminho é bem objetivo: Liberação de maior verba para pesquisa destas doenças pelas instituições de fomento, e, uma vez inserida na escala industrial, a fabricação de medicamentos para estas doenças deveria ter lotes adquiridos pelo etado para distribuição pelo SUS, visando estimular a produção destes medicamentos por parte do setor privado.

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