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Sistema Deposicionais costeiros dominados pelas ondas

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Universidade Do Estado do Rio De Janeiro
Faculdade de geologia (FGEL)
Departamento de Estratigrafia e Paleontologia
Sistema Deposicionais costeiros dominados pelas ondas
Angelo De Cesero e Breno Vasconcelos
Apresentação de trabalho
Rio de Janeiro
2019
1-Introdução
Os sistemas deposicionais costeiros dominados por ondas são de extrema
importância para o desenvolvimento, manutenção ou até extinção de elementos,
como lagoas e praias, que compõem a morfologia da costas de um continente e é
sobre esse sistema que encontramos em micro e mesomarés.
Esse sistema correspondem a sistemas deposicionais clástico costeiro, em que a
ação das ondas predominam a ação das marés que abrangem os sistemas:
Laguna/Barreira e praias arenosas.
2- Sistema laguna/barreira
É um sistema costeiros altamente dinâmicos, típicos de costas submergentes,que
se forma através do isolamento de um corpo lagunar por barreiras arenosas, nas quais
são formadas pelo vento, ondas e correntes, que transporta, deposita e retrabalha o
sedimento. No qual, pode ser resumido em apenas três componentes (Fig.1):
Fig.1 Exemplificação do sistema laguna/barreira
Laguna
São corpos d'água rasos, geralmente com seu eixo maior paralelo à linha de
costa, separados por uma barreira arenosa, que podem estar conectados ao oceano por
um ou mais canais de maré, permanecendo abertos, pelo menos de forma intermitente
(Modificado de Silvestre e Silva, 2016). Portanto é um ambiente de baixa energia e com
bastante acumulo de matéria orgânica.
Barreira
As barreiras litorâneas são como ilhas arenosas que se desenvolvem paralelo à
costa através de pricessos de transporte e deposição de sedimentos, refletindo a ação das
ondas e correntes litorâneas (Davis, 1994).
Sendo que o sistema pode ser composto por dunas, zonas vegetadas e terrenos
pantanosos. A região voltada para o oceano, um ambiente de alta enegia, protejendo a
região lagunar de ações direitas das marés e ondas, e a voltada para a laguna sofre
apenas com processos do interior da laguna, possuindo uma baixa energia.
As barreiras possuem majoritariamente por sedimentos arenosos acumuladas em
ambiente praial (Praia) e eólico (Dunas).
As barreias podem ser de três tipos: regressivas, transgressivas e estáveis. No
qual é controlada pelo aporte sedimentar, variação do nivel do mar e subsidência:
Transgressiva: Maior aporte sedimentar terrestre do que marinho,
portanto a uma migração em direção ao oceano.
Regresiva: Maior aporte de sedimento marinho que terrestre, possui uma
migração da linha de costa a continente adentro. Portando, dependendo da
regressividade, pode-se simplesmente “consumir” a laguna.
Estavel: O aporte sedimentar é muito proximo e portanto não varia.
Canal de ligação
Canal que liga a laguna ao oceano, dependo do suprimento de sedimentos e
condições hidrodinâmicas, condicioanando a quantidade de aberturas da barreiras
(fig.2).
fig2.-variações morfológicas nos sistemas
lagunas/barreira de acordo com a energia relativa das ondas e marés.
Sedimentos lagunares
Em geral, são sedimentos de granulação fina (areia fina, silt e argila), portanto é
um ambiente de baixa energia e com muito presença de matéria orgânica. A textura e
composição vai depender das fontes de aporte sedimentar (Mar, ventos e rios).
Rios: Trazem sedimentos de origem continental para a laguna.
Vento: Aporte sedimento exclusivamente arenosos, originados da
barreira.
Mar: Sedimentos pelo canal de ligação.
Gênese do sistema laguna barreira
Sua formação pode ocorrer pela ação de ondas e correntes comandadas pela
dinâmica local que transportam e depositam sedimentos ao longo da costa, fechando
total ou parcialmente as baías através do desenvolvimento das barreiras (Gilbert, 1885).
Na figura 3 podemos ver o movimento de um corpo sedimentar clástico sendo
transportado pela dinâmica da correntes marítimas, consequentemente fechando a baía e
formando uma ruptura dentro deste corpo. Podendo concluir que a massa sedimentar
arenosa, desenvolveu-se para uma barreira e cortando a ligação da baía com o oceâno.
fig.3 Esquema da formação da laguna costeiras de acordo com Gilbert (Pinet,2008)
Evolução das lagunas
Dito anteriormente, as lagunas não permanecem estavéis por muito tempo.
Vários processos podem ser responsáveis para o seu desapereciemento, como o
fechamento do canal de ligação. Portando, é comum uma sequência evolutiva, no caso
como representa abaixo:
Laguna → Lago → Pântano
Sucessão vertical de fácies
Na fig.4 , pode ser ver como se dá a sucessão vertical de fácies de uma
sequência regressiva. Contundo, em sucessões transgressivas, as fácies do sistema
lagunas são cobertas pela barreira e o ambiente marinho raso, como podemos ver no
exemplo da planicie costeira do Rio Grande Do Sul (Fig.)
Fig. 4 Sucessão vertical de fácies de uma sequência regressiva do sistema laguna
barreira
Importância
Esse tipo de ambiente é adquado a construção de Portos, possui uma biologia
costeira rica em sua fauna, tendo uma grande produtividade orgânica. Além, da
extração de óleo e gás nesse ambiente, devido a intercalação em faixas arenosas
(porosas e permeáveis) e lamosas.
Exemplos
Fig.5 foto de satélite da Lagoa de araruama
Fig.6 foto de satélite das Lagoas de Jacarepaguá, Tijuca e Marapendi
Fig.7 foto de satélite do sistema de laguna/barreira em Veneza, Itália
3- Sistema Praial
Primeiramente o sistema praial (Fig.8) é o sistema deposicional que explica
como funciona os sistemas de praias existente. Eles podem se desenvolver de duas
formas: uma como subambiente de um sistema deposicional mais complexo como o
sistema laguna/barreira ou como um ambiente independente ligado diretamente ao
continente. É difícil estabelecer um perfil praial padrão por conta da variabilidade de
perfis que existe, porém a que foi usada foi descrita na primeira imagem de Perfil Praial
do slide.
figura 8 - Esquema geral do sistema do praial
Conceitos iniciais
 Backshore: A pós-praia ocorre acima do nível de preamar e só é atingida pelo
espraiamento das ondas durante eventos de tempestades. No limite da pós-praia
formam-se dunas frontais. Como exemplo de feição mais comum, tem-se a
formação de bermas.
 Foreshore: Corresponde a parte emersa da praia onde ocorre o espraiamento das
ondas, devido a diminuição brusca da profundidade. O movimento da água neste
local pode caracterizado de duas formas: quando estiver subindo, se nomea
swash e quando estiver descendo, backswash.
 Face litorânea e Costa afora: A face litorânea (shoreface) e a costa afora
(offshore) correspondem a parte do perfil costeiro que está permanentemente
submerso abaixo da linha de baixamar.
Tipos de Praias:
 Praias Trangressivas: são praias mais estreitas, em que se formam, geralmente,
em costas não deltaicas, em que o suprimento de sedimentos não é suficiente
para o desenvolvimento do sistema de barreiras, como observado na figura 9.
 Praias Regressivas: São mais extensas e se formam em costas com excesso de
sedimentos. A extensão desse tipo de praia é indicada pela presença de cristas de
praia que se estendem paralelamente a linha de costa, como observado na figura
2.
 Cheniers: corpos isolados de granulometria areia e fragmentos de tamanho
variado de conchas em sedimentos lamíticos, em que se desenvolvem em prais
próxima a desembocadura de rios que transportam lama, ou seja, representam
acumulações praias em períodos de fortes tempestades.
figura 9 - Esquema do funcionamento da transgressão e regressão das praias
Agentes da Dinâmica praial
Em um ambiente praial que a ação das marés é secundaria, o vento, as ondas e as
corrente litorâneas são os principais agentes eu atuam no processo de erosão e
transporte de sedimentos.
 Vento: Dentro da dinâmica dos sedimentos, são os que controlam a geração de
ondas, em que durante tempestade provoca o aumento no nível do mar,
conhecida como ressaca. Além disso, ele ainda mobiliza areia seca da praia,
acumulando-a num sistema dunas costeiras.
 Ondas: É um dos produtos dos ventos que sopram sobrea superfície do mar, em
que a zona costeira sofre a dissipação de energia oferecida inicialmente pelo
vento ás ondas. Logo podemos considerar 3 fatores nesse agente: a velocidade
dos ventos, a duração deles e a distância que o vento sopra. No entanto
conseguimos estabelecer a seguinte relação, quanto maior for a velocidade, a
Praia
Regressiva
Praia
Transgressiva
duração e a distância sobre a qual o vento sopra, maior será a energia potencial
adquirida e transportada pela onda, logo mais movimentação de sedimentos.
 Correntes Litorâneas: Deslocamento de massa perto da costa provocado pelas
ondas que cria um sistema de correntes cujo as o ângulo de incidência define o
padrão com que ocorre. Nela se encontram a corrente Litorânea longitudinal,
que é transporte de sedimentos que ocorre na zona de rebentação, devido à
incidência oblíqua das ondas, ao longo da praia, também conhecida como Deriva
litorânea. E também temos a Corrente de retorno ou transversal que é o
transporte de sedimentos que ocorre em todo perfil praial, podendo ser no
sentido do mar para praia e vice-versa em que este processo ocorre pelo fluxo e
refluxo das ondas.
Obs: A deriva litorânea abordada anteriormente é um fenômeno muito
importante para o comportamento morfológico das praias em que é possível ser
identificado em indicadores geomorfológicos naturais ou artificiais como
desembocaduras, pontais recurvados , molhes, etc...
As faces Praiais
Possuem uma geometria de corpos alongados paralelamente a linha da costa
com uma petrologia diversificada, com predomínio de areia matura, podendo ter
areia carbonática e minerais pesados junto. Em relação a sua estrutura
sedimentar podemos encontrar laminação de espraiamento, estratificação
cruzada canalada, estratificação cruzada planar e riples indicando fluxos
oscilatórios.Sobre conteúdo fossilífero, é importante ressaltar a bioturbação, em
que tubos fósseis de callichirus são indicativos de uma praia de intermarés.
Exemplo
A zona costeira do sul (Fig.10) formou-se no quarternário, tendo forte vinculo
com as variações do nivel do mar da época, em vista disto havendo um retrabalhamento
a porção supeior da basia de pelotas. levou-se ao desenvolvimentos das lagunas e de
uma sequência de corpos arenosos. Sendo divido em 4 Barreiras, nos quais, essas
barreiras vão progredindo transgressivamente, ao longo do tempo, podendo ser visto na
Figura 11, a suas facies e a esquematização do sistema ao longo do tempo geológico.
fig.10 Mapa da região costeira do Rio grande do sul, com a divisão dos
ambientes
Barreira 1
É o sistema deposicional mais antigo, formado aproximadamente a 400ka.
Possuindo uma composição de areia quatzo-felspática avermelhada, com granulação
fina a média e bem arredondada. Atualmente, pouco aflorante, devido a ação erosiva
local.
Barreira 2
Se originou após um segundo evento de transgressão, com uma idade de 325ka.
Está barreira, foi responsável pelo primeiro isolamento da lagoa Mirim e dos Patos.
Tendo composição de areia quatzo-felspatica com coloração castanho-amareladas, bem
arredondas. Igualmente como a primeira barreira que é pouco aflorante.
Barreira 3
Data há cerca de 120Ka, sendo seu desenvolvimento resultou a formação da
lagunas dos Patos. Sua composição é de areia quatzosa,fina e bem selecionadas, com
estratificações bem desenvolvidas. Contrario das outras barreiras, encontra-se muito
bem preservada.
Barreira 4
Está barreira é a atual linha de costa e engobla várias lagoas costeiras, sendo este
evento iniciado há 18Ka. Possuindo uma composição quatzosa, com granulação fina a
média, e ocorrendo pequenas quantidades de mineiras pesados.
Fig. Modelo esquemático da estrutura da planicie costeira do Rio Grande Do Sul
Bibliografia
Silvestre,C.P e Silva, A.L.C. Lagunas Costeiras Fluminenses, XI Sinageo (acessado
dia 02/11/2019) http://www.sinageo.org.br/2016/trabalhos/7/7-461-910.html
Candido, Mariane. Evolução de um sistema laguna-barreira da formação Rio
Bonito, no sul da Bacia do Paraná, Repositório digital da biblioteca da Unisionos,
São Leopoldo (2016)
http://www.sliderbase.com/spitem-484-1.html
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/correntes-costeiras/33
477
Tema 9-Sistemas Deposicionais costeiros dominados por ondas
ZENKOVICH, V.P. 1967. Processes of Coastal Developments. Edimburg; Oliver &
Bold 738 p
Panorama geológico da planície costeira do Rio Grande do Sul,Francisco
Sekiguchi de Carvalho Buchmann; Felipe Caron; Renato Pereira Lopes; André
Ugri; Leonardo Gonçalves de Lima. (Publicado em 2009)
http://www.sinageo.org.br/2016/trabalhos/7/7-461-910.html
http://www.sinageo.org.br/2016/trabalhos/7/7-461-910.html
	Panorama geológico da planície costeira do Rio Grande do Sul,Francisco Sekiguchi de Carvalho Buchmann; Felipe Caron; Renato Pereira Lopes; André Ugri; Leonardo Gonçalves de Lima. (Publicado em 2009)

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