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FACULDADE UNICEUB CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTÁGIO SUPERVISIONADO – RELATÓRIO 1 Raquel Vieira Tormin 15 de Abril de 2015 http://www.uniceub.br/default.aspx RESUMO: Neste trabalho será apresentado como é desenvolvido a elaboração de orçamentos, elaboração de composição de custos unitários e acompanhamento e fiscalização de obras, e será demonstrado à importância da interação entre os conhecimentos teóricos adquiridos no ambiente universitário e colocados em prática na realização de uma obra. Palavras Chaves: Elaboração de orçamentos, composição de custos unitários, acompanhamento de serviços, fiscalização, obra. SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO .............................................................................................................1 1.2 METODOLOGIA ........................................................................................................1 1.3 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................1 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .....................................................................................2 2. ORÇAMENTO 2.1 RECEBIMENTO DOS MATERIAIS............................................................................2 2.2 AFERIÇÃO DE AREIA................................................................................................2 2.3 RECEBIMENTO DO CIMENTO..................................................................................2 2.4 AFERIÇÃO DOS TIJOLOS ........................................................................................2 3. IMPORTÂCIA DA ARMAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 3.1 VANTAGENS NO USO DO AÇO...................................................................3 3.2 MONTAGEM DA ARMADURA DE UM PILAR...............................................3 3.3 DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES TÍPICAS DO CARGO..................................4 4. CONCRETO.....................................................................................................5 4.1 CONCRETO ARMADO..................................................................................5 4.2 SLUMP............................................................................................................6 1. INTRODUÇÃO: O Estágio Supervisionado é uma das mais eficientes formas de propiciar ao estudante a complementação profissional. Promove a integração do aluno ao mundo do trabalho e sua futura profissão. Constitui em uma aquisição e aprimoramento de conhecimentos e de habilidades que tem como função integrar teoria e prática. Um dos pontos positivos é o aspecto social, que é vivenciado e fortemente aprimorado decorrente ao contato direto com problemas sociais e culturais que se apresentam constantemente no ambiente de trabalho. No desenvolvimento deste relatório vamos debater as etapas de orçamento de obra, elaboração de custos unitários e também sobre acompanhamento de alguns serviços. O presente estágio supervisionado esta sendo realizado na GT Reformas e Instalações. A obra abrangida está situada em Ceilândia – DF. A GT Reformas e Instalações é uma empresa que atua no ramo de 1.2 METODOLOGIA . Para elaboração deste relatório, foi realizada inicialmente uma pesquisa bibliográfica, para se informar acerca de cada tema escolhido para análise. Tornou-se necessário delinear a pesquisa partindo dos objetivos específicos e chegando às fontes: estudo em loco, livros, artigos, em meio escrito ou digital e sites; das quais foram extraídas as informações necessárias à elaboração deste relatório de estágio supervisionado. 1.3 OBJETIVO GERAL O presente trabalho tem como objetivo geral relatar a importância do estágio supervisionado, e tecer considerações a respeito de atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado realizado em uma empresa de engenharia situada na cidade de Brasília – DF. 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Elaborar orçamentos Elaborar composição de custos unitários Acompanhar e fiscalizar a obra 2. ORÇAMENTO 2.1 O QUE É ? O orçamento é um dos itens mais importantes no desenvolvimento de um planejamento de obras, senão o mais importante, pois é o que permitirá descobrir se a execução da obra será viável. Limmer (1997) diz que “um orçamento pode ser definido como a determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo com um plano de execução previamente estabelecido, gastos estes traduzidos em termos de quantitativo”. Ou ainda, “o orçamento de um projeto baseia-se na previsão de ocorrência de atividades futuras logicamente encadeadas e que consomem recursos, ou seja, acarretam custos.” (LIMMER, 1997) O autor acredita que o orçamento de um projeto deve satisfazer aos seguintes objetivos: custo de execução de cada atividade ou serviço; documento contratual, servindo de base para o faturamento da empresa executora do projeto, empreendimento ou obra, e para evitar dúvidas ou omissões quanto a pagamentos; referência na análise dos rendimentos obtidos dos recursos empregados na execução do projeto; instrumento de controle da execução do projeto; e informações para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis, visando ao aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da empresa executora do projeto no mercado. Para Mattos (2006), Orçamento é portanto o processo de orçamentação que determina o preço da construção, fato que requer estudos aprofundados com critérios técnicos bem estabelecidos: Um dos requisitos básicos para um bom orçamentista é o conhecimento detalhado do serviço. A interpretação aprofundada dos desenhos, planos e especificações da obra lhe permite estabelecer a melhor maneira de atacar a obra e realizar cada tarefa, assim como identificar a dificuldade de cada serviço e consequentemente seus custos de execução. (MATTOS, 2006). Nesse trabalho será apresentado o orçamento feito para reformas de escolas em Ceilândia - DF. A partir do projeto elaborado, levantou-se os quantitativos de materiais e mão de obra para que em seguida fosse realizado o orçamento com o auxílio de planilhas especificas. 2.2 ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO Em geral, para se elaborar um orçamento que seja efetivamente viável do ponto de vista técnico é necessário levantar e conhecer com profundidade o consumo de materiais em cada um dos serviços a serem realizados, a quantidade de mão-deobra, a incidência das leis trabalhistas sobre o custo da mão-de-obra, o tempo de uso dos equipamentos necessários aos serviços, os custos financeiros decorrentes, os custos administrativos (indiretos), a carga tributária que irá pesar sobre os serviços etc. Além disso, o profissional orçamentista deve ser conhecedor da realidade do mercado, das condicionantes regionais e locais, o tipo de gerenciamento que se pretende empregar na execução da obra, os métodos construtivos, a possibilidade de ocorrência de fenômenos climáticos que venham a interferir nos custos da obra etc. Os elementos necessários para a elaboração de um orçamento são chamados de Especificações Técnicas, as quais contemplam as informações relativas ao empreendimento que se pretende desenvolver, procurando fazer com que o que vai ser previsto em termos de custos fique o mais próximo da realidade. As especificações técnicas são formadas pelos seguintes elementos: a) projeto arquitetônico; b) projetos complementares estrutural; elétrico; hidro-sanitário; telefônico; prevençao contra incêndios; infraestrutura; c) memorial descritivo. 2.3 PLANILHA ORÇAMENTÁRIA É o documentoonde são registradas todas as operações de cálculos e discriminados todos os serviços que serão executados da obra. As planilhas podem ser de vários modelos, dependendo do tipo de obra e/ou contrato firmado entre o construtor e o cliente. As planilhas registram as quantidades de cada serviço e seus custos/preços. Algumas planilhas, mais detalhadas podem separar os custos/preços da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos. 2.4 LEVANTAMENTO QUANTITATIVO Esta etapa da elaboração do orçamento se resume a levantar de forma técnica as quantidades de serviços informados nas especificações (projetos e memoriais) e estimar os serviços que não foram devidamente especificados, mas que são essenciais e necessários à obra. As quantidades dos serviços devem ser transferidas para a coluna 4 da planilha, adotando-se as unidades correspondentes a cada tipo de serviço na coluna 3. As unidades mais comuns para os serviços usuais são: metro - m (estacas, calhas, tubos); metro quadrado - m2 (alvenaria, fôrmas, revestimentos); metro cúbico - m3 (concreto, argamassa, reaterro); kilograma - kg (cimento, armadura); milheiro – mil (tijolos, telhas); unidades – ud ou peças – pç (portas, caixas, pontos de luz); verba – vb ou global – gb (instalações, projetos). 2.4 LEVANTAMENTO DOS PREÇOS O levantamento dos preços ou cotação dos preços deve ser feito preferencialmente junto ao fornecedor do material, equipamento ou serviço na praça (local) onde a obra será edificada. No caso da não existência de determinado insumo na localidade da obra, fazer a cotação junto ao fornecedor mais próximo, tendo de levar em consideração o frete para transporte, ou solicitar a informação do preço do material colocado (posto na obra). Em último caso e para estimativas de custos, pode-se recorrer as revistas especializadas ou publicações técnicas de cotação de preços na construção civil. 2.5 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS Para cada um dos serviços listados na coluna 2 da planilha orçamentária existirá um cálculo detalhado do custo ou preço unitário na unidade correspondente. A composição é elaborada após a realização da pesquisa (cotação) dos preços dos insumos contidos nas tabelas de composição de custos/preços para orçamentos. 2.6 ROTEIRO PARA O LEVANTAMENTO QUANTITATIVO O roteiro será apresentado somente na aula presencial. Apropriação – é o levantamento por meio de observações sistemáticas e medições dos tempos de execução de uma tarefa, consumo de determinado material, de combustível, tempo de operação de equipamentos etc., para fins de determinação de uma média para ser usada nas composições dos custos. Cotação – é o processo de levantamento de preços junto aos fornecedores de uma determinada praça (local onde a obra vai ser executada). Cronograma de aplicação – é o cronograma derivado do físico que orientará a aplicação dos recursos financeiros colocados à disposição da obra. Cronograma de suprimento – é o cronograma derivado do físico que orientará as compras dos materiais e solicitação dos serviços para a obra. Curva ABC – é a relação dos materiais e/ou serviços mais significativos na obra. Custo de mobilização – é o custo decorrente da movimentação de equipamentos pesados, montagem e desmontagem, como por exemplo: centrais de concreto, argamassa, usinas de pavimentação, equipamentos de terraplenagem etc. Data base – é a data da cotação do preço de um determinado material ou serviço. Frete – é o valor pago para o transportador de materiais e é acrescentado no custo do final do material. Hora parada – é o custo existente mesmo que o equipamento não esteja em operação, que pode ser decorrente de alugueres, remuneração de operadores especializados, manutenção ou encargos etc. Orçamentista – é o profissional especializado (engenheiro ou técnico) que elabora o orçamento. Orçamento morto – é a relação discriminada da mão-de-obra, materiais, equipamentos e serviços sem vinculação com custo ou preço, é chamado também de quantitativo. Perdas típicas de materiais – é o percentual de acréscimo de material que deve ser considerado no orçamento devido à quebra que deverá ocorrer durante a execução (transporte, estocagem, processamento etc.). Não deve ser confundido com desperdício de materiais. Praça – é o local onde vai ser executada a obra (cidade, região ou estado). TCPO – é a tabela mais conhecida de composição e custos e preços. Viabilidade do empreendimento – é o estudo ou demonstração de que o empreendimento pode ser executado tecnicamente e financeiramente. 3. COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS CPU é a sigla de Composição Preço Unitário, ou seja, é a montagem do custo de cada serviço da obra por uma unidade básica. As CPUs estão todos os insumos necessários para executar o serviço e seus custos. Com as CPUs prontas e atualizadas o orçamentista precisa apenas inserir os quantitativos para, em seguida, finalizar o seu Roteiro de Orçamento de uma obra. 4. ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE OBRAS 4.1 ALVENARIA Alvenaria, pelo dicionário da língua portuguesa, é a arte ou ofício de pedreiro ou alvanel, ou ainda, obra composta de pedras naturais ou artificiais, ligadas ou não por argamassa. Modernamente se entende por alvenaria, um conjunto coeso e rígido, de tijolos ou blocos (elementos de alvenaria) unidos entre si por argamassa. A alvenaria pode ser empregada na confecção de diversos elementos construtivos (paredes, abóbadas, sapatas, etc...) e pode ter função estrutural, de vedação etc...Quando a alvenaria é empregada na construção para resistir cargas, ela é chamada Alvenaria resistente, pois além do seu peso próprio, ela suporta cargas (peso das lajes, telhados, pavim. superior, etc...) Quando a alvenaria não é dimensionada para resistir cargas verticais além de seu peso próprio é denominadaAlvenaria de vedação. As paredes utilizadas como elemento de vedação devem possuir características técnicas que são: 1. Resistência mecânica 2. Isolamento térmico e acústico 3. Resistência ao fogo 4. Estanqueidade 5. Durabilidade As alvenarias de tijolos e blocos cerâmicos ou de concreto, são as mais utilizadas, mas existe investimentos crescentes no desenvolvimento de tecnologias para industrialização de sistemas construtivos aplicando materiais diversos. Na obra acompanhada, foi usado blocos de concreto. 4.2 BLOCOS DE CONCRETO Peças regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, pó de pedra e água (Figura). O equipamento para a execução dos blocos é a presa hidráulica. O bloco é obtido através da dosagem racional dos componentes, e dependendo do equipamento é possível obter peças de grande regularidade e com faces e arestas de bom acabamento. Em relação ao acabamento os blocas de concreto podem ser para revestimento (mais rústico) ou aparentes. A alvenaria Estrutural de Bloco de Concreto é um marco nas pequenas e grandes construções horizontal e vertical em todo o Brasil, embora tendo limite construtivo principalmente nos prédios verticais. O sistema construtivo com bloco de Concreto Estrutural é uma alternativa viável na redução de custo, sustentabilidade e principalmente menos agressão ao Meio Ambiente. Segundo a ABNT NBR10837(1989), define- se alvenaria estrutural armada de blocos de concreto vazado como sendo: “Aquela construídas com blocos vazados de concreto, assentado com argamassa na qual, certas cavidades são preenchidas com groute, contendo armaduras envolvidas o suficiente para absorver os esforços calculados, além daquelas armaduras com finalidade construtiva ou de amarração.” 5. REFERÊNCIAS LIMMER. Carl V. Planejamento, orçamento e controle de projetos e obras. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, 1997. MATTOS. Aldo Dórea.Como preparar orçamento de obras. São Paulo: Editora Pini, 2006. ABNT
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