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História da Radiologia Neuseli Nardeli Bióloga e Técnica em Radiologia Aula 1 – Evolução dos Modelos Atômicos Idéias Iniciais dos Átomos A matéria é descontínua e formada por partículas indivisíveis os átomos. Idéias Iniciais dos Átomos Toda a matéria é constituída por átomos e vazio; O átomo é uma partícula pequeníssima, invisível, e que não pode ser dividida; Os átomos encontram-se em constante movimento; Universo constituído por um número infinito de átomos, indivisíveis e eternos; Idéias Iniciais dos Átomos Modelo proposto por Demócrito: Na segunda metade do séc. XVIII, a Química sofreu uma grande evolução. Certos fatos não podiam ser explicados pela teoria de Aristóteles, como a Lei de Lavoisier: “A massa dos reagentes é igual à massa dos produtos”. Para explicar estes fatos Jonh Dalton propôs, em 1807, o seu modelo atômico. Dalton (1807) Séc. XIX – Dalton “ressuscita” A Teoria Atómica. Evolução dos Modelos Atômicos A matéria é composta por pequenos corpúsculos, que não se subdividem – os Átomos; Os átomos do mesmo elemento são iguais entre si – têm a mesma massa; A matéria é formada pela união de diferentes átomos em proporções definidas. Evolução dos Modelos Atômicos Modelo proposto por Dalton: Evolução dos Modelos Atômicos Raios Catódicos e a Ampola de Crookes A experiência consistia em um tubo de vidro com dois eletrodos em suas extremidades, havia uma abertura pra possibilitar a retirada do ar dentro da ampola criando um vácuo dentro da mesma. Quando os eletrodos eram submetidos carga elétrica de cerca de 10.000 Volts, surgiu uma luminescência na parede oposta ao catodo (eletrodo negativo), que recebeu o nome de "Raios Catódicos". A ampola de Crookes foi desenhada por William Crookes (1869-1875) que permitiu observar a existência de elétrons presente nos gases. O fato de não importar o gás presente dentro da ampola, demonstrava que todos possuíam o mesmo tipo de partícula. Catodo (-) Anodo (+) Raios Catódicos O Elétron foi descoberto por JOSEF JOHN THOMSON, utilizando a Ampola de Crookes (tubo de raios catódicos),em 30 de abril de 1905, no Laboratório Cavendish da Universidade de Cambridge (Inglaterra). Raios Catódicos e a Descoberta dos Elétrons Ampola de Crookes Do cátodo parte um fluxo de elétrons denominado raios catódicos, que se dirige à parede oposta do tubo, produzindo uma fluorescência decorrente do choque dos elétrons que partiram do cátodo com os átomos do vidro da ampola. Raios Catódicos e a Descoberta dos Elétrons Num tubo de vidro denominado de Ampola de Crookes são colocados dois eletrodos: o catodo (pólo negativo) e o anodo (pólo positivo). No interior do tubo existe gás rarefeito submetido a uma descarga elétrica superior a 10 000 volts. Os raios catódicos, quando incidem sobre um anteparo, produzem uma sombra na parede oposta do tubo, permitindo concluir que se propagam em linha reta. Raios Catódicos e a Descoberta dos Elétrons Os raios catódicos movimentam um catavento de mica, permitindo concluir que são dotados de massa. Raios Catódicos e a Descoberta dos Elétrons Raios Catódicos e a Descoberta dos Elétrons Os raios catódicos são desviados por um campo de carga elétrica positiva, permitindo concluir que são dotados de carga elétrica negativa. Os raios catódicos são atraídos por um campo de carga elétrica positiva e, portanto, possuem CARGA NEGATIVA. Propagam-se em linha reta; Possuem massa; Possuem carga negativa. Raios Catódicos e a Descoberta dos Elétrons Como os raios catódicos são constituídos de elétrons, todas as conclusões tiradas referem-se aos mesmos. Ao estudar as descargas no interior deste aparelho, Thomson, descobriu o elétron. Raios Catódicos e a Descoberta dos Elétrons Sendo os raios catódicos um fluxo de elétrons, CONCLUI-SE que: os elétrons se propagam em linha reta, os elétrons possuem massa (são corpusculares) e os elétrons possuem carga elétrica de natureza negativa. Raios Catódicos e a Descoberta dos Elétrons Esfera com carga elétrica positiva; Elétrons – partículas com carga elétrica negativa. O átomo era uma esfera maciça de carga elétrica positiva, estando os elétrons dispersos na esfera. O número de elétrons seria tal que a carga total do átomo seria zero. Modelo atômico proposto por Thomson (1904): Descoberta do Raio X Wilhelm Conrad Röentgen (1845-1923) O físico alemão, Wilhelm Conrad Rontgen, aos 50 anos, na Alemanha, descobriu por acaso a Radiação X (tinha esse nome porque essa radiação era desconhecida da comunidade cientifica da época), a descoberta ocorreu quando estudava sobre o fenômeno da luminescência dos Raios Catódicos, utilizando uma Ampola de Crookes. No fim da tarde de 8 de novembro de 1895 Roentgen continuava em seu laboratório acompanhado de seu servente. Enquanto Roentgen, observava a condução de eletricidade através de uma Ampola de Crookes, o servente chamou-lhe a atenção: "Professor, olhe a tela!". Nas proximidades da ampola havia uma tela coberta com platinocianeto de bário (composto químico capaz de emitir uma Luminescência verde), sobre a qual projetava-se uma luminosidade, resultante da fluorescência do material. Roentgen girou a tela, de modo que a face sem o material fluorescente ficasse de frente para o tubo de Crookes; ainda assim ele observou a fluorescência. Foi então que resolveu colocar sua mão na frente do tubo, vendo seus ossos projetados na tela. Roentgen observava, pela primeira vez, aquilo que passou a ser denominado Raios X. Descoberta do Raio X Após essa observação, passou a fazer pesquisas com os mais diversos materiais. Röentgen percebeu que quando fornecia energia cinética aos elétrons do tubo, estes emitiam uma radiação que marcava a chapa fotográfica. Intrigado, resolveu colocar entre o tubo de raios catódicos e o papel fotográfico alguns corpos opacos à luz visível. Desta forma, observou que vários materiais opacos à luz diminuíam, mas não eliminavam a chegada desta estranha radiação até a placa de platinocianeto de bário. Isto indicava que a radiação possui alto poder de penetração. Descoberta do Raio X A primeira radiografia foi realizada em 22 de dezembro de 1895. Neste dia Roentgen pôs a mão esquerda de sua esposa Anna Bertha Roentgen no chassi com filme fotográfico, fazendo incidir a radiação oriunda do tubo por cerca de 15 minutos. Revelado o filme lá estavam, para confirmação de suas observações, a figura da mão de sua esposa e seus ossos dentro das partes moles menos densas. Descoberta do Raio X Como assim? Os raios X são ondas eletromagnéticas de alta energia, e resultam da colisão entre elétrons, ou seja, originam-se fora do núcleo do átomo. Já a radioatividade caracteriza radiações emitidas de núcleos atômicos instáveis. A descoberta de Röntgen levou Becquerel, no início do ano de 1896, a testar a hipótese de que as substâncias fosforescentes e fluorescentes também emitiriam Raios X. Raio X e RadioatividadeRaio X e Radioatividade Os raios X são radiações, mas não são o mesmo que radioatividade. 1896 – Antoine-Henri Becquerel Após o descobrimento do raio X por Röntgen, Becquerel foi levado a estudar o fenômeno com sais de urânio e a forma como eles são afetados pela luz. Por acidente, descobriu que os raios urânicos emitidos eram capazes de penetrar e imprimir imagens em chapas fotográficas. Mais estudos mostraram que isso não vinha do recém descoberto raio X e sim de uma outra radiação, tinha ele descoberto um novo fenômeno: a radioatividade natural ou espontânea. Radioatividade Antoine-Henri Becquerel (1852-1908) Radioatividade Imagem criada pelo urânio sobre a chapa fotográfica, que fez Becquerel supor a existência da radiação. Becquerel descobriu a radioatividade usando urânio em 1896. Becquerel fez a descoberta, em Paris, deixando uma amostra de um sal de urânio, em cima de uma chapa fotográfica não exposta numa gaveta e observando que a placa havia se tornado "enevoada". Ele determinou que uma forma de luz invisívelou raios emitidos pelo urânio tinha exposto a chapa criando acidentalmente a imagem. Radioatividade Pierre Curie (1859-1906) e Marie Curie (1867-1934) Entrou em cena o casal Pierre Curie e Marie Curie. Juntamente a eles, Becquerel descobriu que a propriedade que ele viu era pertencente ao urânio, pois todos os minérios de urânio emitiam os raios que impressionavam o filme. Marie Curie batizou essa propriedade de o urânio emitir raios de radioatividade. Os trabalhos do casal Curie tiveram crucial importância na mudança de rumo que tomaria a radioatividade. Em abril de 1898, Marie Curie constatou que havia algum componente mais ativo que o urânio em seus minerais naturais. Radioatividade Esse casal trabalhou durante três anos exaustivamente, usaram 1400 litros de um minério de urânio chamado pechblenda ou uranita (UO2) e, em 1902, isolaram átomos de dois elementos químicos radioativos que não eram conhecidos na época. O primeiro, eles chamaram de rádio, pois ele era 2 milhões de vezes mais radioativo que o urânio; o segundo, eles chamaram de polônio, em homenagem à Polônia, terra natal de Marie Curie. Casal Curie: Pierre e Marie Curie Radioatividade Em 1903, Marie Curie, Pierre Curie e Antoine-Henri Becquerel dividiram o Prêmio Nobel de Física pelos seus trabalhos com radioatividade. Radioatividade Pierre Curie Marie Curie Henri Becquerel 1903 - Ernest Rutherford Ernest Rutherford, começou sua carreira conceituando a meia-vida radioativa. Pesquisou o campo da radioatividade e descobriu as partículas, Alfa e Beta. Seus feitos nessa área foram reconhecidos, tanto que, no ano de 1908, Rutherford foi digno de receber um prêmio Nobel. Baseando-se em suas constatações, Rutherford apresentou, no ano de 1911, um modelo atômico, o qual foi reconhecido e batizado de “Átomo de Rutherford”. O modelo trazia a forma planetária onde o átomo ficava envolto por eletrosferas. Radioatividade Foi o inventor do radiômetro de Crookes, vendido ainda como uma novidade, e desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios catódicos. Também criou um dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, chamado espintariscópio. 1870 – Ampola de Crookes Ganhador do Nobel de Física de 1905 por suas pesquisas sobre os raios catódicos e a descoberta de muitas de suas propriedades. 1894 – Pesquisa Raios Catódicos 1895 – Descoberta do Raio X Em 8 de novembro de 1895, produziu radiação eletromagnética nos comprimentos de onda correspondentes aos atualmente chamados raios X. Entre 1895 e 1897, Röntgen publicou três artigos a respeito dos raios-X. Até os dias atuais, nenhuma das suas conclusões foi considerada falsa. Atualmente, Röntgen é considerado o pai da Radiologia de Diagnóstico. Devido à sua descoberta, Röntgen foi laureado com o primeiro Nobel de Física, em 1901. O prêmio foi concedido "em reconhecimento aos extraordinários serviços que a descoberta dos notáveis raios que levam seu nome possibilitaram". Röntgen doou a recompensa monetária à sua universidade, convicto de que a ciência deve estar ao serviço da humanidade e não do lucro. Antoine Henri Becquerel Becquerel foi o responsável pelos estudos que levaram à descoberta do fenômeno da radioatividade, descobrindo em 1896 a radioatividade dos sais de urânio. Durante estudos de fluorescência, Becquerel descobriu que certos materiais que contên urânio emitem raios de grande penetração, velando filmes fotográficos em ambientes desprovidos de iluminação. Esta descoberta fundamental valeu-lhe a atribuição do Nobel de Física em 1903, juntamente com o casal Pierre Curie e Marie Curie. 1896 – Descoberta da Radioatividade Pierre Curie Recebeu o Nobel de Física de 1903, juntamente com a sua mulher Marie Curie, outra famosa física: "em reconhecimento pelos extraordinários serviços que ambos prestaram através da suas pesquisas conjuntas sobre os fenômenos da radiação descobertos pelo professor Henri Becquerel" Marie Curie Em 1903, Marie dividiu o Nobel de Física com o seu marido Pierre Curie e o físico Henri Becquerel. A cientista também foi laureada com o Nobel de Química em 1911. As conquistas de Marie incluem a teoria da radioatividade (termo que ela mesma cunhou), técnicas para isolar isótopos radioativos e a descoberta de dois elementos, o polônio e o rádio. 1898 – Pesquisas envolvendo Radioatividade
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