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TEMPLATE - PRÁTICAS INCLUSIVAS

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5
A INSERÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NAS ACADEMIAS DE 
GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO
Eliezer Alves Pinheiro Júnior¹
Francisco Nascimento da Hora¹
Lucas Martins Henrique¹
Maykon dos Santos Barbosa¹
Samuel Ribeiro da Silva¹
Bruno Marcos de Siqueira Miranda²
	
RESUMO
A garantia da acessibilidade é muito importante por permitir que pessoas com mobilidade reduzida possam viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social. Essa inclusão é essencial para garantir a melhoria da qualidade de vida. Nesta perspectiva, este trabalho teve como objetivo analisar, através de uma pesquisa descritiva, como vem acontecendo à inserção da pessoa com deficiência física nas academias de ginástica e musculação, analisar ainda, se os espaços são adequados e os profissionais (personal trainers) são qualificados para trabalhar com este público. Identificaram-se poucas pessoas com deficiência física inseridas nas academias, sugerindo a necessidade de ações que possam promover a diminuição das barreiras ainda existentes em relação às pessoas com deficiência no contexto das atividades físicas. Conclui-se que há necessidade de uma maior acessibilidade, amplificando as existentes e explorando outras formas, como aparelhos específicos para os deficientes. Quanto aos profissionais, estes devem estar sempre atualizando seus conteúdos e métodos utilizados durante o atendimento a essa população
Palavras-chave: Acessibilidade. Inclusão. Exercícios. Saúde. Personal Trainer.
1. INTRODUÇÃO
Vivemos um momento de nossa história em que muitas pessoas com algum tipo de deficiência têm alcançado lugares de destaque na sociedade e numa época de transição caracterizada pelos intensos esforços em se colocar em prática um dos maiores desafios da sociedade: a Educação Inclusiva. Esse tema, por sinal, tem sido alvo de muitos debates, de muitas discussões. No entanto, apesar dos avanços conquistados, o processo de Educação Inclusiva vê-se ainda imerso num imenso mar de dúvidas e incertezas. Os respaldos teóricos encontrados não são suficientes para efetivar de fato a prática da inclusão no ambiente das academias de ginástica e musculação.
Uma pesquisa realizada pela ONG – Deficiente Saudável, afirma que em algum momento da vida 10% da população terá algum tipo de deficiência, seja permanente ou provisória. O aluno da academia pode quebrar a perna e continuar a praticar exercícios para os membros superiores, por exemplo. A pessoa que sofre um acidente e perde permanentemente o movimento, tende a sofrer depressão, o que atrapalha o processo de fisioterapia e de volta às atividades de trabalho ou estudo.
A atividade física exerce importante papel para os portadores de necessidades especiais, ao permitir a sua inclusão social e evolução tanto em atletas de alto nível ou meros praticantes. Assim, percebe-se a necessidade de investigação e divulgação dos achados em relação à temática, afim de socializar os resultados e auxiliar para a efetivação desse processo, pois, na realidade, a inclusão, especialmente das pessoas com deficiência, ainda enfrenta resistências e dificuldades de acontecer de fato.
Desta maneira, o objetivo do presente estudo foi analisar como vem acontecendo a inserção da pessoa com deficiência física nas academias. Acredita-se na importância dessa investigação como uma ferramenta de reflexão dentro do contexto das academias, bem como, para a formação profissional em Educação Física, atentando para a necessidade de oferecer possibilidades às pessoas que apresentam condições diferenciadas para a prática de atividade física.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A deficiência pode ter como característica uma alteração estrutural ou funcional, psicológica, fisiológica ou mesmo anatômica, temporária ou permanente, podendo ser acrescida de uma anomalia, defeito ou ausência de um segmento, ou qualquer outro órgão do corpo, incluindo-se as funções mentais.
As discussões sobre a temática da inclusão de pessoas com deficiência já acontecem há algum tempo, tendo um enfoque maior em relação ao contexto escolar. Ainda assim, no que concerne a publicação da produção científica neste âmbito, foi identificado à falta de trabalhos publicados na área de educação física e registros de práticas de inclusão (FALKENBACK; et al., 2008).
Nesse sentido, é possível destacar algumas alternativas a respeito da integração ou inclusão, que Rechineli et al. (2008), classifica em quatro diferentes tipos de integração: Integração física: redução da distância física entre pessoas com e sem deficiência; Integração social: aproximação psicológica e social com contatos espontâneos e regulares, estabelecendo-se laços afetivos; Integração funcional: utilização dos mesmos meios e recursos disponíveis por pessoas com e sem deficiência; Integração Societal: igualdade de possibilidades legais e administrativas no acesso aos recursos sociais, de influir em sua própria situação pessoal, de realizar.
Em relação ao campo da educação física, percebe-se que a grande maioria das pessoas com deficiência não frequentam academias, clubes, aulas de educação física e espaços de lazer e, pode-se afirmar que não é por incapacidade destas.
Os profissionais de Educação Física que atuam como Personal Trainer são as pessoas qualificadas para desenvolver um trabalho de acompanhamento individualizado, não só em relação aos exercícios e tarefas que o cliente deverá realizar, mas também quanto à observação e correção permanente dos movimentos executados, assim como o apoio sistemático para a realização e conclusão dos treinos (RODRIGUES, 2001, p. 25).
A atividade física regular vem recebendo destaque na promoção da saúde e qualidade de vida, pois, evidências epidemiológicas sustentam o efeito positivo de um estilo de vida ativo. Porém, estudos indicam que grande parcela da população não atinge as recomendações quanto à prática de atividades físicas e, em relação às pessoas com deficiência, os índices não são diferentes, sendo que estas, na sua maioria, estão afastadas da prática da atividade física (COSTA; DUARTE, 2006).
Desta forma, não há dúvidas da necessidade do desenvolvimento de ações que favoreçam a disseminação da importância da atividade física para a vida das pessoas com deficiência, bem como, possibilitar que isso se torne uma realidade, em todo o país.
Conviver numa sociedade que é marcada pela diversidade não significa assumir a posição de espectador passivo e tolerante. O pressuposto essencial está em admitir que cada indivíduo tem direito de combinar experiências pessoais de vida com a coletividade, imprimindo, todavia, uma identidade particular que constitui sua individualidade (SILVA, 2006).
Destaca-se que, enquanto profissionais de educação física, preocupados em auxiliar e contribuir com um estilo de vida mais ativo entre as diferentes populações, cabe-nos a necessidade de buscar a formação necessária e, a capacidade de auxiliar na diminuição dos preconceitos e barreiras que ainda estão erguidas em relação a muitas pessoas, especialmente aquelas com deficiência.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A aplicação dos métodos e procedimentos, para a acessibilidade do aluno com deficiência, requer planejamento prévio; na ausência deste, as atividades são realizadas de forma improvisada, o que pode comprometer a qualidade das atividades. Dessa forma, é necessário planejar e propor atividades alternativas para quando ocorrer alguma eventualidade. Assim, para que se possa progredir no contexto da inserção inclusiva nas academias de ginástica e musculação, é relevante que as academias criem diversos métodos e adaptações para facilitar o acesso a inserção nas academias de ginástica e musculação para todos.
Esta pesquisa é fruto de estudos bibliográficos e observações diretas das formas que as academias se organizam para atender o público com algum tipo de deficiência física. Assim, foi possível afirmar que estes estudos nos trouxeram a percepção de que as pessoas com deficiência ou restrição devem ter os mesmos direitos de todas outras.
A atividade físicaé essencial para a pessoa deficiente: a prática contribui para aperfeiçoar a mobilidade, aumentar a autoestima e a ampliar os laços sociais dessas pessoas. O problema é, muitas vezes, não haver fácil acesso às academias, clubes e outros espaços dedicados à atividade física.
A prática de atividades físicas e esportivas deve ser um direito de todos. O discurso é bem humano, mas, na prática, isso nem sempre acontece. Muitas vezes, o acesso às academias, estúdios e clubes não têm condições que facilitam a acessibilidade e mobilidade de portadores de deficiência. 
Nota-se após esta pesquisa a falta de atenção dada aos quase 24% dos brasileiros (45 milhões de pessoas) que possuem algum tipo de deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Além dos equipamentos, que devem ser mais práticos e funcionais para possibilitar o fácil acesso com segurança e aumentar a motivação da pessoa com deficiência, o profissional de Educação Física deve estar preparado para lidar com esse público. A atividade física melhora as capacidades físicas, postura, mobilidade e independência da pessoa com deficiência física, porém, com um bom atendimento é possível melhorar autoestima, autonomia e qualidade de vida desse aluno.
A prática da atividade deve ser realizada com acompanhamento adequado e com o auxílio de profissionais habilitados. Mesmo que de forma ainda muito reduzida, este é um nicho que já é explorado por um grupo pequeno de academias no país, as quais ampliaram o número de possíveis usuários com determinada deficiência física, e assim, aumentaram as possibilidades de trabalho dos profissionais de Educação Física.
Com esse estudo bibliográfico foi possível observar a grande carência de profissionais na área da educação física inclusiva, as dificuldades encontradas por eles e a grande preocupação dos próprios profissionais e das academias de ginástica e musculação com essa problemática, como foi visto antes, que tem por finalidade mitiga o máximo possível essa problemática, observamos que a evolução da resolução do problema se encontra muito aquém do que deveria estar “A inserção de pessoas com deficiência de caráter inclusivo na educação física esbarra em históricas dificuldades que estão relacionadas com o entendimento da sua ação” (FALKENBACK; et al., 2008).
5. CONCLUSÃO
Conclui-se, que há uma grande falta de profissionais qualificados, sugere-se então uma melhor formação e uma busca por uma maior acessibilidade, utilizando das existentes e explorando outras formas, como aparelhos específicos para os deficientes. É preciso ainda que os profissionais da Educação Física estejam sempre atualizando seus conteúdos e métodos utilizados durante o seu trabalho com essa população. 
Neste contexto, para que possa ocorrer de fato à inclusão da pessoa com deficiência física nas academias tem que haver a conscientização e bom senso de todos os envolvidos nesse processo. Portanto, além disso, sugere-se também que novos estudos sejam realizados aprofundando o assunto aqui abordado para auxiliar futuros profissionais e população em geral.
Para finalizar, cremos que o ponto de partida para que a inclusão nas academias de ginástica e musculação de fato aconteça seja a conscientização de todos. É preciso assim, formar uma sociedade que não somente aceite e valorize as diferenças individuais, mas que aprenda, sobretudo, a conviver com a diversidade humana por meio da compreensão e da cooperação.
REFERÊNCIAS
COSTA, A. M; DUARTE, E. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida das Pessoas com Deficiência. In: Rodrigues, D. organizador. Atividade Motora Adaptada: a alegria do Corpo. São Paulo: Artes Médicas. 2006. p. 119–129.
FALKENBACH, AP.; DREXSLER, G; LAUXEN, P. Experimentos práticos de inclusão em Educação Física escolar: um estudo a partir das publicações da área. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires. Ano 13, n 121, 2008.
RECHINELI, A. et al. Corpos deficientes, e clientes e diferentes: uma visão a partir da Educação Física. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/Kd3GKHzFrsTNBrrFGwbXSGx/abstract/?lang=pt Acesso em: 15 de junho de 2022.
 
RODRIGUES, D. A Educação Física perante a educação inclusiva: reflexões conceptuais e metodológicas. 2001. Disponível em: http://www1.rc.unesp.br/ib/efisica/sobama/sobamaorg/EFeInclusaoDavidRodrigues.pdf Acesso em: 14 de junho de 2022.
SILVA, L. M. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência. Revista Brasileira de Educação. V .11, n. 33. Rio de Janeiro, 2006.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (BEF0815) – Prática do Módulo I – 13/06/22

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