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Saúde mental e ensino superio - a relação da universidade com o surgimento e ou agravo de sofrimento mental em estudantes universitários

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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO 
 
 
 
 
 
LIDIANE FLORENTINO GOMES 
MAYARA FERREIRA CALIXTO 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE MENTAL E ENSINO SUPERIOR: A relação da 
universidade com o surgimento e/ou agravo de sofrimento 
mental em estudantes universitários 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMEIRA DOS ÍNDIOS - AL 
2019/02 
 
LIDIANE FLORENTINO GOMES 
MAYARA FERREIRA CALIXTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE MENTAL E ENSINO SUPERIOR: A relação da 
universidade com o surgimento e/ou agravo de sofrimento 
mental em estudantes universitários 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como 
requisito final para conclusão do curso de Bacharel em 
Enfermagem da Faculdade CESMAC do Sertão, sob a 
orientação da Prof. Me. Hugo de Lira Soares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMEIRA DOS ÍNDIOS – AL 
2019/02 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE CESMAC DO SERTÃO 
 
 
LIDIANE FLORENTINO GOMES 
MAYARA FERREIRA CALIXTO 
 
 
 
 
SAÚDE MENTAL E ENSINO SUPERIOR: A relação da 
universidade com o surgimento e/ou agravo de sofrimento 
mental em estudantes universitários 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como 
requisito final para conclusão do curso de Bacharel em 
Enfermagem da Faculdade CESMAC do Sertão, sob a 
orientação da Prof. Me. Hugo de Lira Soares. 
 
 
 
 
APROVADO EM: ___/___/______ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
______________________________________ 
Prof. (a) Me. (a). 
Orientador (a) 
 
______________________________________ 
Prof. (a) Me. (a) . 
Avaliador (a) interno 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos primeiramente à Deus, por nos dar força e sabedoria para vencer 
todos os desafios e por nos sustentar nos momentos mais difíceis. Por ser nosso guia, 
nossa luz e nosso maior e melhor amigo. A Ele toda honra e toda Glória! 
Agradecemos aos nossos pais, que sempre nos incentivaram, nos encorajaram 
e por sempre lutarem para nos dar o melhor e por sempre orar por nós, aos mesmos, 
devemos nossa vitória. 
Agradecemos também aos amigos de verdade, que sempre nos deram força, 
apoio nos momentos de dificuldades e por tornar algumas ocasiões mais leves e 
agradáveis, sem a amizade de vocês, tudo seria mais difícil. 
Nossa gratidão em especial, ao amigo Victor Lins que nos ajudou desde o início 
da graduação, sempre presente e a disposição para tudo. Não teríamos conseguido 
sem seu apoio, paciência e sua sabedoria. Nossa gratidão eterna, esse trabalho 
também é seu! 
E, finalmente, nosso agradecimento ao nosso orientador Hugo de Lira Soares, 
por nos aceitar, por todo apoio, conversas e estimulo, tornando a orientação leve e 
divertida e que além de orientador, tornou-se nosso amigo, ao qual levaremos para 
sempre em nossos corações. 
Ademais, a todos que colaboraram de alguma forma, direta ou indiretamente 
para a nossa vitória, nossos sinceros agradecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não fui eu que ordenei a você? 
Seja forte e corajoso! 
 Não se apavore 
nem desanime, 
 pois o Senhor, 
 o seu Deus, 
estará com você 
por onde você andar". 
Josué 1:9 
SAÚDE MENTAL E ENSINO SUPERIOR: A relação da universidade com o 
surgimento e/ou agravo de sofrimento mental em estudantes universitários 
MENTAL HEALTH AND HIGHER EDUCATION: The University Relationship with 
the Emergence and / or Aggravation of Mental Suffering in University Students 
Lidiane Florentino Gomes (Discente do curso de Enfermagem) 
lidianeflorentinogomes@gmail.com 
Mayara Ferreira Calixto (Discente do curso de Enfermagem) 
mayara_calixto2011@hotmail.com 
Hugo de Lira Soares (Orientador, Mestre em Saúde Mental e Profº da Faculdade Cesmac do Sertão) 
hugod_lira@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
O presente estudo tem como objetivo analisar os possíveis sinais de sofrimento psíquico em estudantes 
universitários e a relação do surgimento ou agravo dos transtornos mentais comuns (TMC) mais 
prevalentes na universidade durante a graduação. Foi realizada uma pesquisa de revisão de literatura 
com abordagem quantitativa no período de fevereiro a outubro de 2019. Foi observado maior 
prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC) em estudantes da área da saúde, em destaque 
para enfermagem, medicina e fisioterapia, sendo os mais frequentes a ansiedade e a depressão. 
Quanto ao gênero, as mulheres são mais afetadas que os homens. Sobre os fatores associados ao 
adoecimento mental nos universitários, diversos fatores estão relacionados, entre eles a relação 
professor-aluno e o excesso de produtividade acadêmica. Pode-se perceber que a universidade é um 
ambiente propicio para o adoecimento mental do estudante. Defende-se neste estudo a necessidade 
de um novo olhar das universidades com os estudantes e uma maior atenção voltada para a saúde 
mental dos mesmos, bem como o aumento de estudos dentro dessa temática. 
PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental. Universidade. Ensino superior. Sofrimento 
mental. Bacharelado em enfermagem. 
 
ABSTRACT 
This study aims to analyze the possible signs of psychological distress in college students and the 
relationship of the onset or aggravation of the most prevalent common mental disorders (CMD) in the 
university during graduation. A literature review research was conducted with a quantitative approach 
from February to October 2019. A higher prevalence of Common Mental Disorders (CMD) was observed 
in health students, especially nursing, medicine and physiotherapy, being the most common. anxiety 
and depression are common. Regarding gender, women are more affected than men. Regarding the 
factors associated with mental illness in college students, several factors are related, including the 
teacher-student relationship and the excess of academic productivity. It can be seen that the university 
is a favorable environment for the student's mental illness. This study defends the need for a new look 
of the universities with the students and a greater attention to their mental health, as well as the increase 
of studies on this theme. 
KEYWORDS: Mental health. University. University education. Mental suffering. 
Bachelor of Nursing. 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................9 
2. METODOLOGIA..............................................................................................10 
2.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................11 
3. BREVE CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRAJETÓRIA DO ENSINO 
SUPERIOR E A ENFERMAGEM RELACIONADA AO ADOECIMENTO 
MENTAL..........................................................................................................21 
4. A UNIVERSIDADE COMO FATOR PARA O ADOECIMENTO MENTAL EM 
ESTUDANTES................................................................................................25 
4.1 FATORES RELACIONADOS AO ADOECIMENTO MENTAL EM 
ESDUTANTES UNIVERSITÁRIOS.............................................................27 
4.2 O PROCESSO DO ADOECIMENTO MENTAL: SINAS, SINTOMAS E OS 
TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS MAIS PREVALENTES NOS 
ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS.............................................................33 
5. O ADOECIMENTO MENTAL EM ESTUDANTES DE BACHARELADO EM 
ENFERMAGEM...............................................................................................34 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................36 
7. REFERÊNCIAS...............................................................................................38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Compreender as determinações que ocasionam o sofrimento mental significa 
compreender uma temática que, especialmente nos últimos anos, vem se tornando 
cada vez mais presente no cotidiano de milhares de pessoas. Tem-se observado com 
maior frequência o número de pessoas que adquirem transtornos mentais, devido as 
mais diversificadas causas,que afetam diretamente no humor, raciocínio e no 
comportamento do indivíduo. 
A presente pesquisa se insere na temática do ensino superior, se tratando da 
saúde mental dos estudantes universitários. Com essas temáticas buscamos 
compreender o adoecimento mental dos estudantes e a contribuição do ambiente 
universitário para o surgimento ou agravo dos mesmos. O interesse surgiu devido a 
vivência das autoras e pela necessidade de debater este assunto. 
Estudos epidemiológicos têm revelado que estes transtornos têm maior chance 
de surgir pela primeira vez no início da vida adulta, principalmente no período 
universitário. Fiorotti et al. (2010) afirma que muitos indivíduos irão apresentar o seu 
primeiro episódio de transtorno durante a graduação e cerca de 12% a 18% dos 
universitários apresentam alguma doença mental diagnosticável. 
Alguns estudos conduzidos na área da saúde mental têm sido focados em 
estudantes da área da saúde. Todavia, além das condições gerais de adoecimento 
mental, os estudantes de enfermagem – como também dos demais cursos da área da 
saúde – acabam por absorver algumas questões que lhe são corriqueiras em seu 
cotidiano acadêmico/profissional, principalmente pela rotina estressante que é 
correspondente a essa área. Neves e Dalgalarrondo (2007) e Cerchiari et al. (2005) 
pesquisaram diversos cursos das áreas de humanas, exatas e biológicas e em ambos 
os estudos foram encontrados prevalência maior de adoecimento mental nos 
estudantes das áreas de humanas e da saúde, tendo um índice de 34,1% de 
predominância em estudantes da área da saúde, com os maiores números em 
medicina, enfermagem, odontologia e educação física. Estudos feitos por Chaves et 
al. (2013) apenas com estudantes de enfermagem mostram índice de prevalência 
elevada de sofrimento psíquico, com valores da ordem de 22% a 31,8%. 
 Diante do contexto exposto até aqui, cabe realizar as seguintes indagações: 
10 
 
A universidade é um ambiente propício para o surgimento ou agravo do adoecimento 
mental? Quais fatores podem estar relacionados a este fato? Como o adoecimento 
mental pode interferir na vida do estudante? 
Pretende-se com este estudo propor a discussão e o debate sobre as 
responsabilidades em relação a uma situação que vem se agravando, a cada ano, de 
possível negligência e desamparo aos estudantes, bem como a falta de preparo das 
universidades frente ao assunto. Esperando-se assim contribuir para o 
aprofundamento deste debate entre alunos e instituições de ensino bem como 
colaborar com possíveis soluções, para que assim o curso de graduação não se torne 
um motivo de doença e nem deixe sequelas durante a vida profissional. 
Coloca-se em pauta o sofrimento mental em estudantes universitários, tendo 
em vista que, embora este tema esteja afetando com uma intensidade cada vez maior 
os mesmos, pouco tem sido feito para enfrentar os desafios. 
 
2. METODOLOGIA 
 
Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa com abordagem quantitativa. 
Tendo por objetivo analisar os possíveis sinais de sofrimento psíquico em estudantes 
de bacharelado em enfermagem e a relação do surgimento ou agravo dos transtornos 
mentais comuns (TMC) na universidade. 
A coleta de dados se deu através de artigos, revistas, dissertações e livros, 
disponíveis de forma física ou virtual, gratuitamente. Foram incluídos artigos e/ou 
revistas, dissertações e livros em português, que se enquadraram no tema aqui 
exposto e que estavam disponíveis nas plataformas de pesquisa, Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de 
Enfermagem (BDENF), Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas 
(Universidade Digital) e na biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online 
(SciELO), utilizando os seguintes descritores: Saúde mental, sofrimento mental, 
bacharelado em enfermagem, universidade e ensino superior. Esses descritores 
foram inicialmente consultados em Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) da 
Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). 
Na busca dos dados foram excluídos da pesquisa, conteúdos em inglês e 
espanhol, artigos, revistas e livros pagos, bem como materiais que fogem do assunto 
aqui abordado. 
11 
 
 
A presente pesquisa, não possui qualquer método invasivo de coleta de dados. 
A mesma visa os benefícios de identificar os fatores que levam ao adoecimento mental 
dos estudantes universitários, agregando conhecimento sobre o assunto e mostrando 
que o mesmo necessita de mais atenção e cuidado. 
 
2.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Todos os artigos foram selecionados nas seguintes bases de dados, Literatura 
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de 
Enfermagem (BDENF), Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas 
(Universidade Digital) e na biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online 
(SciELO), disponíveis na BVS –Biblioteca Virtual em Saúde, tiveram um limite 
temporal entre 2005 e 2019. Foram encontrados, na base de dados Scientific Eletronic 
Library Online (SciELO) 25 artigos com as palavras saúde mental e estudantes 
universitários, na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências 
da Saúde (LILACS) foram encontrados 110 artigos utilizando os filtros – Transtornos 
mentais, Estudantes de Enfermagem, Universidades e Estudantes –. Na Base de 
Dados de Enfermagem (BDENF) foram encontrados 19 artigos com as palavras saúde 
mental, universidade e estudante. 
 Após a leitura das publicações relacionadas a temática abordada, 31 artigos 
foram selecionados para a execução deste trabalho. A coleta de dados se deu no 
período de fevereiro a outubro de 2019. 
 Os artigos utilizados, foram agrupados por temática para melhor entendimento. 
As categorias são: Artigos relacionados à adaptação do estudante, artigos sobre a 
influência das emoções, sobre o ensino superior, o produtivismo acadêmico e por fim, 
artigos relacionados com os transtornos mentais em estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Quadro 1 – Artigos relacionados a adaptação do estudante à universidade. 
 
A universidade é um ambiente distinto do escolar, nela a monitoração e o 
interesse da instituição pelo estudante é notadamente diminuído. Isto faz com que o 
envolvimento do estudante com sua formação dependa muito mais dele do que do 
ambiente universitário. A responsabilidade pelo aprendizado, antes centrada na 
escola, é agora deslocada para o jovem. Dele se espera autonomia na aprendizagem, 
na administração do tempo e na definição de metas e estratégias para os estudos 
(SOARES et al., 2006) apud (TEIXEIRA et.al, 2008). 
Ambos os autores do Quadro 1 retratam que ao ingressar no ensino superior 
o estudante passa um período de adaptação que traz grandes repercussões para o 
psicológico do mesmo. Os autores ainda expõem fatores que podem estar 
relacionados com essa transição, que são, as transformações nas redes de amizade, 
em alguns casos, o afastamento com os familiares, os desafios de desenvolvimento 
pessoal e da identidade, novas responsabilidades. Nos estudos analisados aqui, ficou 
claro que esse período de adaptação deixa o estudante vulnerável, e dependendo de 
como os mesmos lidem com isso, pode ou não gerar o adoecimento mental. Este 
assunto será melhor abordado no decorrer deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano Autor Tema Objetivo do Estudo 
2008 TEIXEIRA, 
Marco Antônio 
Pereira et al. 
Adaptação à 
universidade em 
jovens calouros 
investigar, qualitativamente, a 
experiência de adaptação à 
universidade em jovens calouros. 
2007 ALMEIDA, 
Leandro S. 
Transição, 
Adaptação 
Académica e êxito 
Escolar no Ensino 
Superior. 
Verificar as questões da transição e do 
êxito escolar, no Ensino 
Superior em Portugal. 
13 
 
Quadro 2 – Artigos relacionados com as emoções e o processo de aprendizagem. 
Ano Autor Tema Objetivo do Estudo 
2007 SANTOS,Flávia Maria 
Teixeira dos. 
 
 
As emoções nas 
interações e a 
aprendizagem 
significativa. 
Aprofundar a 
discussão a esta 
interdependência entre 
emoção e 
aprendizagem. 
2011 MACHADO, Victora 
Maria Pereira de 
Souza. 
A influência da emoção 
na memória e no 
aprendizado. 
Tratar de como o 
cérebro humano 
processa as emoções, 
e como essas 
influenciam no registro 
das memorias, e quais 
são as áreas 
envolvidas nesse 
processo, 
2016 ALMEIDA, Roselina 
Nunes de. 
As contribuições das 
emoções no processo 
ensino aprendizagem. 
estimular o estudo das 
emoções, junto à 
comunidade educativa, 
em geral, ressaltando 
sua importância para a 
aquisição da 
aprendizagem. 
 
 Ambos os estudos apontam que as emoções têm grande influência na 
aprendizagem. Do mesmo modo em que as emoções podem servir de estimulo para 
os estudantes, ela também pode agir como uma forma do aluno “fugir” ou causar uma 
confusão em seu psicológico. As autoras concordam que as emoções além de 
influenciar na aprendizagem, também tem grande controle sobre a memória, e que se 
não houver um equilíbrio entre as emoções, o estudante é prejudicado. 
 Machado (2011) diz que os estados de ânimo, as emoções, o nível de alerta, a 
ansiedade e o estresse modulam fortemente as memórias. Em uma sala de aula, um 
aluno estressado ou pouco alerta não forma corretamente memórias. Um aluno que é 
submetido a um nível alto de ansiedade depois de uma aula pode esquecer aquilo que 
aprendeu. 
 Apesar das vertentes dos estudos serem diferentes, as autoras abordam o 
mesmo ponto de vista. Enquanto uma fala dos processos das emoções e da memória, 
14 
 
associando ao desempenho do aluno, a outra mostra como as emoções podem 
interferir na vida acadêmica do estudante, ambos os estudos se complementam e 
demonstram que o processo de aprender, é muito mais complexo e exige do aluno 
tenha um grande autocontrole, para que não haja o desequilíbrio das emoções e que 
isso não afete a sua vida acadêmica. 
 
Quadro 3 – Artigos sobre o produtivismo acadêmico. 
Ano Autor Tema Objetivo do Estudo 
2015 PATRUS, Roberto; 
DANTAS, Douglas 
Cabral; SHIGAKI, 
Helena Belintani. 
O produtivismo 
acadêmico e seus 
impactos na pós-
graduação stricto 
sensu: uma ameaça à 
solidariedade entre 
pares? 
Discutir os impactos do 
produtivismo na pós-
graduação stricto 
sensu e avaliar o 
quanto o produtivismo 
ameaça a 
solidariedade 
acadêmica que o torna 
possível. 
2018 MARENDINO, Rosane 
Barbosa; LISBÔA, 
Heloiza Carla Cardoso; 
LIMA, Jean Pablo 
Silva. 
Produtivismo 
acadêmico e 
percepções sobre 
qualidade de vida dos 
estudantes de 
pedagogia da UFF 
Niterói. 
estimular reflexões 
sobre a complexidade 
que envolve o tema 
referente ao bem-estar 
dos estudantes 
universitários. 
 
 O produtivismo acadêmico, aqui abordado como excesso, entra neste trabalho 
como um dos fatores associados para o surgimento ou agravo do adoecimento mental 
no estudante universitário. Os autores definem o produtivismo acadêmico exagerado 
como a excessiva valorização da quantidade de produção acadêmica, o que tende a 
desconsiderar a qualidade do mesmo. Ambos os estudos mostram que esse excesso 
e toda essa pressão sofrida pelos estudantes podem gerar o esgotamento tanto 
mental quanto físico e gerar o adoecimento mental no aluno. 
Sobre isso Merendino, Lisbôa e Lima (2018) retratam que no caso dos estudantes, 
parece que essa situação se agrava: além da exagerada produção de trabalhos, há 
também a pressão por notas boas, a falta de preparo para o que é exigido na 
universidade, os prazos curtos, as dificuldades com os programas de assistência 
15 
 
estudantil, a preocupação com o futuro profissional, a falta de compreensão de certos 
docentes e, na grande maioria das vezes, a falta de tempo para dar conta tudo isso e 
ainda conciliar essas atividades com o trabalho. Todos esses fatores unidos têm 
resultado em um grande quantitativo de evasões, de doenças físicas e mentais, em 
um alto índice de estresse e, nos casos mais graves, em suicídio. 
 
Quadro 4 – Artigos sobre o Ensino Superior. 
Ano Autor Tema Objetivo do Estudo 
2009 FELICETT, Vera Lucia; 
MOROSINI, Marília 
Costa. 
Equidade e iniquidade 
no ensino superior: 
uma reflexão 
Abordar a questão da 
equidade no Ensino 
Superior sob três 
focos: equidade de 
acesso, de 
participação e de 
resultados. 
2017 SILVA, Victor Felipe 
Lins da. 
O ensino superior no 
brasil, e os avanços e 
desafios da assistência 
estudantil. 
Realizar uma breve 
discussão a respeito 
da trajetória histórica 
do ensino superior no 
Brasil, de modo a 
destacar os desafios 
postos ao longo da 
história para esta 
política. 
2018 Instituto Nacional De 
Estudos E Pesquisas 
Educacionais Anísio 
Teixeira (INEP) 
Censo da Educação 
Superior 2018 
 
Oferecer à 
comunidade 
acadêmica e à 
sociedade em geral 
informações 
detalhadas sobre a 
situação e as grandes 
tendências do setor. 
 
 Os estudos citados acima, mostram brevemente a trajetória do ensino superior 
no Brasil. Todas as mudanças sofridas no decorrer da história. A criação de 
programas, classificações, a grande expansão e criação de IES bem como o aumento 
do número de vagas e de pessoas, de diferentes culturas, gêneros, etnias e raças que 
16 
 
procuram esse serviço. Também mostram a crescente criação de novas universidade 
e faculdades, sendo a maioria delas privadas. 
 Os autores ainda ressaltam que a expansão do ensino superior, exigiu a criação 
da assistência estudantil, para que assim, os estudantes possam usufruir da melhor 
maneira a graduação, tendo em vista que a universidade é um ambiente estressante 
e propicio para o adoecimento mental, e diante dessa situação, foram criados diversos 
programas para proporcionar um ambiente preparado e saudável para o estudante. 
 Ainda há muito que crescer, investir e melhorar, mas, aos poucos, com muita 
luta e resistência, teremos um ensino superior digno, que busca um bom desempenho 
acadêmico mais também a sanidade mental dos seus estudantes. 
 
Quadro 5 – Artigos que abordam os transtornos mentais mais prevalentes nos 
estudantes universitários e a saúde mental nas universidades. 
Ano Autor Tema Objetivo do Estudo 
2005 CERCHIARI, Ednéia 
Albino Nunes; 
CAETANO, Dorgival; 
FACCENDA, Odival. 
Prevalência de 
transtornos mentais 
menores em 
estudantes 
universitários. 
Estimar a prevalência 
de Transtornos 
Mentais Menores 
(TMM) na população 
de estudantes 
universitários dos 
cursos de Ciência da 
Computação, Direito, 
Letras e Enfermagem, 
da Universidade do 
Mato Grosso do Sul. 
2006 CAVESTRO, Julio de 
Melo; ROCHA, Fabio 
Lopes. 
Prevalência de 
depressão entre 
estudantes 
universitários. 
Determinar e comparar 
os índices de 
depressão e risco de 
suicídio entre 
estudantes de 
medicina, fisioterapia e 
terapia ocupacional na 
Faculdade de Ciências 
Médicas de Minas 
Gerais (FCMMG). 
2007 NEVES, Marly Coelho 
Carvalho; 
Transtornos mentais 
auto-referidos em 
Verificar a prevalência 
de transtornos mentais 
17 
 
DALGALARRONDO, 
Paulo. 
estudantes 
universitários. 
auto-referidos entre 
estudantes de 
graduação, 
identificando os fatores 
demográficos e 
psicossociais. 
2008 FUREGATO, Antonia 
Regina Ferreira; 
SANTOS, Jair Licio 
Ferreira; SILVA, 
Edilaine Cristina da. 
Depressão entre 
estudantes de 
enfermagem 
relacionada à auto-
estima, à percepção 
da sua saúde e 
interesse por saúde 
mental. 
Identificar a relação da 
presença de 
depressão entre 
acadêmicos de 
enfermagem com sua 
auto-estima, 
percepção e interesse 
por saúde mental. 
2010 FIOROTTI, Karoline 
Pedroti et al. 
Transtornos mentais 
comuns entre os 
estudantes do curso 
de medicina: 
prevalência e fatores 
associados. 
Estimar a prevalência 
de transtornos mentais 
comuns entreos 
estudantes do curso de 
medicina da UFES e 
avaliar possíveis 
correlações entre TMC 
e fatores de risco. 
2011 SILVEIRA, Celeste et 
al. 
Saúde Mental Em 
Estudantes Do Ensino 
Superior: Experiência 
da Consulta de 
Psiquiatria do Centro 
Hospitalar São João. 
Descrever e 
caracterizar a consulta 
de Psiquiatria dos 
Estudantes 
Universitários do 
Serviço de Psiquiatria. 
2013 CHAVES, Joseane de 
Araújo et al. 
Transtornos mentais 
comuns em 
estudantes de 
enfermagem de uma 
faculdade de são luís, 
maranhão. 
Estimar a prevalência 
de transtornos 
mentais comuns em 
estudantes de 
enfermagem. 
2014 ALVES, Tania Correa 
de Toledo Ferraz. 
Depressão e 
ansiedade entre 
estudantes da área de 
saúde. 
Abordar os aspectos 
da depressão e 
ansiedade nos 
estudantes da área da 
saúde . 
18 
 
2015 ANSOLIN, Alana 
Gabriela Araldi et al. 
 Prevalência de 
Transtorno mental 
comum entre 
estudantes de 
psicologia e 
enfermagem. 
Identificar a 
prevalência de 
transtorno mental 
comum entre 
estudantes 
universitários de 
graduação em 
Psicologia e 
Enfermagem. 
2015 CRUZ, Carla Maria 
Viegas e Melo et al 
 Ansiedade nos 
estudantes do ensino 
superior.: Um Estudo 
com Estudantes do 4º 
Ano do Curso de 
Licenciatura em 
Enfermagem da 
Escola Superior de 
Saúde de Viseu. 
Avaliar o nível de 
Ansiedade dos 
estudantes do 4º ano 
do Curso de 
Licenciatura em 
Enfermagem e 
Identificar algumas 
variáveis que 
influenciam o 
comportamento 
ansioso. 
2015 Associação 
Psiquiátrica Americana 
Manual diagnóstico e 
estatístico de 
transtornos mentais - 
DSM- 5. 
Melhorar a utilidade 
clínica do DSM-5 para 
o diagnóstico de 
transtornos mentais. 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEÃO, Andrea Mendes 
et. Al 
Prevalência e fatores 
associados à 
depressão e 
ansiedade entre 
estudantes 
universitários da área 
da saúde de um 
grande centro urbano 
do nordeste do Brasil. 
Estimar a prevalência 
e os fatores 
associados à 
depressão e 
ansiedade em 
estudantes 
universitários da área 
da saúde. 
 
 
 
19 
 
2019 DIAS, Laura Gabrielly 
Porto; SILVA, Ysllanne 
Freire da 
Sofrimento psíquico 
no ensino superior: 
Como os estudantes 
de psicologia 
vivenciam o 
adoecimento na 
universidade? 
compreender como 
são as vivências de 
sofrimento psíquico em 
estudantes do ensino 
superior. 
 
 Dos 13 artigos aqui citados no Quadro 5, 9 deles são pesquisas exploratórias 
e trazem a prevalência de transtornos mentais em estudantes universitários, nas 
tabelas a seguir, verificaremos o percentual de prevalência destes transtornos 
encontrados nos estudos (Tabela 1) e os dados sociodemográficos mais presentes 
(Tabela 2). 
 
Tabela 1 – Porcentagens de transtornos mentais em estudantes universitários 
encontrados nos estudos verificados. 
Autor Ano Curso Transtorno Percentual 
Cerchiari et al. 2005 Enfermagem Estresse psíquico 34% 
 Letras D. psicossomáticos 22% 
 Direito 17% 
 
Cavestro et al. 2006 Medicina Episódios Depressivos 8,9% -7,5% 
 Terapia Ocupacional Risco de Suicídio 28,2% - 25,6% 
 Fisioterapia 6,7% - 7,8% 
 
Neves e 2007 Humanas e artes Depressão 68,1% 
Dalgalarrondo Exatas e tecnológicas Ansiedade 54,7% 
 Área da saúde 56,3% 
 
Furegato et al. 2008 Enfermagem Depressão leve 12,5% 
 D. moderada e grave 6,9% 
 
Fiorotti et al. 2010 Medicina T. Mentais Comuns 37,1% 
 
Chaves et al. 2013 Enfermagem T. Mentais Comuns 33.3% 
 
Ansolin et al. 2015 Enfermagem T. Mentais Comuns 37,5% 
 Psicologia 
20 
 
Cruz et al. 2015 Enfermagem Ansiedade 52,3% 
 
Leão et al. 2018 Fisioterapia Depressão 35,7% - 52,4% 
 Odontologia Ansiedade 38,9% 
 Medicina 25,9% 
 Biomedicina 33,3% 
 Enfermagem 15,5% - 76,9% 
 
No último estudo da tabela, a porcentagem referente ao curso de Enfermagem corresponde à 
depressão. Odontologia, Medicina e Biomedicina são referentes a ansiedade. E Fisioterapia, assim 
como outros cursos que possuem dupla porcentagem, correspondem respectivamente ao transtorno 
abordado. 
 
 Com essa tabela, pudemos observar que o percentual de Transtornos Mentais 
Comuns (TMC), ansiedade e depressão é mais prevalente em cursos da área da 
saúde, sendo os cursos mais afetados Enfermagem, Medicina, Fisioterapia e 
Odontologia. Isso pode ser explicado devido ao fato do curso lidar diretamente com a 
vida de outras pessoas, a pressão gerada em torno do aluno e o medo de errar 
provocam um grande estresse psicológico, fazendo com que o estudante tenha 
quadros de ansiedade e depressão, ou até mesmo, em casos mais graves, o suicídio, 
como dito anteriormente e no decorrer deste trabalho. 
 
Tabela 2 – Dados sociodemográficos dos estudantes que mais apresentam os 
transtornos mentais. 
 Autor Ano Sexo Faixa-Etária Estado Civil 
Cerchiari et al 2005 Feminino (71%) 19 – 24 (75%) Solteiros (80%) 
Cavestro et al. 2006 Feminino (63%) 16 – 38 (73%) – 
Neves e Dalgalarrondo 2007 Feminino (55,5%) 17 – 23 (82%) – 
Furegato et al. 2008 Feminino (95%) 20 – 25 (79%) Solteiros (95%) 
Fiorotti et al. 2010 Masculino (50,2%) 20 – 23 (61,6%) – 
Chaves et al. 2013 Feminino ( – ) – – 
Ansolin et al. 2015 Feminino (90,5%) 18 – 52 anos – 
Cruz et al. 2015 – 20 – 24 (92,5%) Solteiros (98%) 
Leão et al. 2018 Feminino (71,6%) 18 – 59 anos Solteiros (92%) 
 
 Nesta tabela, observamos os dados sociodemográficos mais prevalentes em 
estudantes universitários com algum tipo de Transtorno Mental Comum (TMC). O sexo 
feminino é o mais predominante e aparece em quase todos os estudos. Isso se dá ao 
21 
 
fato da mulher demorar mais a se adaptar com o ensino superior e também, fatores 
relacionados com trabalho, filhos, familia, já que na sociedade, infelizmente a mulher 
é sempre a que possui mais responsabilidades e é mais cobrada. Sobre a faixa etária, 
os jovens são os mais afetados, tendo em vista que a universidade é praticamente 
composta por alunosjovens. Quanto ao estado civil, os solteiros são os que mais 
aparecem nos estudos, em outros, essa informação não aparece. 
 
3. BREVE CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRAJETÓRIA DO ENSINO SUPERIOR E A 
ENFERMAGEM RELACIONADA AO ADOECIMENTO MENTAL 
 
Buscaremos aqui fazer uma breve abordagem sobre a importância e relevância 
da discussão sobre saúde mental no que diz respeito a estudantes universitários, 
especialmente no que se refere aos estudantes de enfermagem e das demais áreas 
da saúde, tendo em perspectiva o aumento da prevalência de transtornos mentais 
numa escala global, e correlacionando essa temática através dos impactos que 
podem interferir no desempenho acadêmico dos estudantes, uma vez considerando 
que a expressiva crescente das instituições de ensino superior nas últimas décadas – 
o que necessariamente vem implicando no aumento considerável do número de 
matrículas nos cursos de graduação –, especialmente no setor privado, não tem sido 
acompanhada de uma preparação, de fato, efetiva para lidar com as necessidades 
dos estudantes no tocante ao seu bem-estar durante o processo da graduação, 
principalmente no aspecto da saúde mental. 
Nos últimos anos, tem-se observado em todo o mundo o crescimento massivo 
do adoecimento mental da população, consumando-se em diversos transtornos 
mentais e emocionais, tais como ansiedade e depressão, que em suma têm sido os 
transtornos mais prevalentes. Desse modo, cada vez mais a discussão sobre saúde 
mental deve estar nas pautas não apenas da psicologia e psiquiatria e demais 
profissões da saúde, mas também, se faz urgente o envolvimento e engajamento de 
outras profissões e de todo o conjunto da sociedade. 
 Haja vista que como pode ser observado em Leão et. al. (2018), a depressão, 
por exemplo, já é “considerada a principal causa de incapacitação no mundo e com 
possibilidade de se tornar a segunda maior carga de doença até 2030” (p.56). Nesse 
sentido, no campo do adoecimento mental relacionado a profissões, a enfermagem 
22 
 
cumpre um papel fundamental nessa discussão, tendo em perspectiva que 
historicamente os enfermeiros (seja na condição de estudantes ou profissionais) – e 
os demais profissionais da área da saúde – são os profissionais que mais costumam 
lidar com o adoecimento mental, diante das condições que encontram no cotidiano de 
seu exercício profissional. 
No entanto, vale ressaltar que o sofrimento psíquico pelo o qual o enfermeiro 
está sujeito a passar, de acordo com Pérez Júnior et al. ( 2018), dentre outras coisas, 
para além dos fatores relacionados a execução do trabalho propriamente dita, também 
pode estabelecer uma relação direta com a precarização encontrada pelo profissional 
em seu local de trabalho – assim como o estudante encontra muitas vezes no 
ambiente universitário – dessa maneira, o processo de precarização, considerando 
que a maioria dos profissionais (assim como os estágios curriculares obrigatórios) se 
encontram na rede pública de saúde, 
ocorre em decorrência da desregulamentação do Estado e da adoção de leis 
trabalhistas que promovem a desproteção social do trabalhador. Suas 
repercussões ao processo de trabalho da enfermagem, identificadas na 
literatura foram: submissão a condições de trabalhos inadequadas, o que 
repercute negativamente sob o processo de trabalho ao impedir os 
profissionais de exercerem suas atividades profissionais com segurança e 
qualidade, acarretando custos institucionais e sociais. Os impactos da 
precarização na saúde do trabalhador descritos foram: o desgaste provocado 
pela sobrecarga de trabalho, e em sua saúde psíquica, o sofrimento causado 
pelas condições de vulnerabilidade social econômica e pela perda de 
identidade e prazer no trabalho (PÉREZ JÚNIOR, et al. 2018, p. 75). 
 
Conforme mencionado anteriormente, a depressão e a ansiedade são os 
transtornos mentais/emocionais mais prevalentes em estudantes, e como pode ser 
observado esses transtornos trazem implicações sérias para a vida do estudante, 
interferindo de forma incisiva no seu desempenho acadêmico, desse modo, de acordo 
com Leão et. al. (2018), a depressão pode ser caracterizada como 
um transtorno multifatorial, apresentando fatores de risco conhecidos, como 
afetividade negativa, experiências adversas na infância, eventos 
estressantes, familiares de primeiro grau com diagnóstico, transtornos subja-
centes, condições médicas crônicas ou incapacitantes e que acomete cerca 
de 5,8% da população brasileira. Caracteriza-se por tristeza ou irritabilidade, 
desinteresse ou desprazer, sentimento de culpa ou baixa autoestima, 
distúrbios do sono ou apetite, fadiga, dificuldades cognitivas e ideias 
recorrentes de morte (p.56). 
Desse modo, a ansiedade 
se caracteriza como uma emoção própria da vivência humana, sendo 
considerada uma reação natural e fundamental à autopreservação, mesmo 
gerando sensações de apreensão e alterações físicas desagradáveis. Por 
23 
 
outro lado, em sua condição patológica, apresenta-se de forma mais 
frequente e intensa, com sintomas que podem causar grande sofrimento e 
prejuízo na vida cotidiana (IDEM, p.56). 
Os impactos desses transtornos além de serem sentidos no desempenho 
acadêmico do estudante (no sentido de reprovações, desistência e/ou trancamento 
do curso, baixo desempenho em disciplinas, dificuldades de aprendizagem, etc) são 
e podem ser sentidos em sua vida pessoal e profissional, interferindo diretamente em 
seus relacionamentos pessoais e até mesmo em sua relação com os pacientes a priori 
nas experiências do estágio, e posteriormente em sua vida profissional, conforme 
salienta Leão et. al. (2018). 
Contribui para o surgimento/desenvolvimento desses transtornos a rotina diária 
vivida por esses estudantes por estarem inseridos num ambiente de constante 
pressão e cobrança de resultados, uma vez que é comum que os estudantes se 
encontrem extremamente esgotados tanto física quanto emocionalmente, com 
problemas de insônia (diante das noites que têm que passar sem dormir devido aos 
afazeres acadêmicos), a ausência da prática de atividades físicas e demais atividades 
de lazer tanto pelo cansaço quanto pela falta de tempo, etc. 
Com isso, emerge a necessidade da ampliação do debate sobre a formação 
dos estudantes de graduação, numa perspectiva que possa garantir minimamente as 
condições de bem-estar do estudante e sua sanidade mental durante o processo de 
graduação, e problematizar a forma pela qual as instituições têm lidado com o assunto, 
especialmente no contexto de democratização e ampliação do ensino superior que o 
país tem vivenciado nos últimos anos (Silva, 2017). Desse modo para fortalecer o 
debate faremos a seguir algumas breves considerações sobre o movimento de 
expansão do ensino superior no Brasil nos últimos anos. 
De acordo com Silva (2017), o início da educação superior no Brasil 
corresponde ao período ao qual o país ainda se encontrava na condição de colônia, 
por volta de 1808, e a partir disso passou a se desenvolver de fato a partir da década 
de 1920, até chegar seu momento de efetiva expansão que se trata do final da década 
de 1990 e início dos anos 2000, movimento este que perpassa com intensidade cada 
vez maior até os dias atuais. 
Assim sendo, como salienta Silva (2017), percebe-se que a partir dos anos 
2000 houve a expansão significativa do ensino superior estimulado pela diferenciação 
das Instituições de Ensino Superior (IES) proposta pelo Banco Mundial já no final dos 
anos 1990 e amplamente acatada no primeiro mandato do ex-presidente da República 
24 
 
Luís Inácio Lula da Silva (2003-2006), com o intuito da ampliação do acesso ao ensino 
superior, com destaque para a promoção deste acesso na iniciativa privada. Desse 
modo, 
“As instituições de ensino superior passaram a ser classificadas em cinco 
modalidades: 1) Universidades, 2) Centros Universitários, 3) Faculdades 
Integradas, 4) Faculdades, 5) Institutos Superioresou Escolas Superiores” 
(ARAÚJO, 2003, p. 76). Além de possibilitar a expansão, a diferenciação 
também permite que estas instituições recebam recursos públicos, pois, 
muitas delas se configuram enquanto instituições filantrópicas, ou sem fins 
lucrativos, e ao aderirem a programas de financiamento garantem isenções 
fiscais (SILVA, 2017). 
 
Diante disso, de acordo com o último Censo da Educação Superior (2018) 
divulgado no ano de 2019, há 2.537 Instituições de Ensino Superior no Brasil, divididas 
entre Universidades, Centros Universitários e Faculdades, dentre estas, 88,2% destas 
instituições encontram-se na esfera privada. Ainda de acordo com o Censo (BRASIL, 
2019), no ano de 2018, 3,4 milhões de estudantes ingressaram no ensino superior, 
sendo a esfera privada responsável por 83,1% destas matrículas. 
No período entre 2008-2018, conforme Brasil (2019), as instituições privadas 
obtiveram o crescimento de 59,3%, alcançando em 2018 o número de 75,4% na 
participação do número total de matrículas do ensino superior no Brasil, registrando o 
aumento de 49,8% das matrículas na rede considerando a série histórica entre 2008-
2018. 
Os números mostram que nos últimos anos tem havido uma demanda muito 
grande de alunos ingressando no ensino superior, e maioria desse acesso, como pode 
ser visto, tem se dado via a rede privada de ensino. Esse crescimento, além da 
necessidade de qualificação profissional, muito se deve aos programas de incentivo 
ao acesso ao ensino superior implementados pelo governo federal nos governos Lula 
e Dilma (2003-2010; 2011-2015 respectivamente), como Pro-Uni; FIES, etc, como 
salienta Silva (2017). 
Diante disso, com a ampliação e democratização do acesso ao ensino superior 
pessoas de todas as classes estão tendo a oportunidade de realizar o sonho de poder 
cursar uma graduação, entretanto, as Instituições de Ensino Superior precisam se 
adequar às demandas desse estudantes, no sentido que possam disponibilizar em 
sua estrutura ferramentas de acolhimento que ultrapassem os limites da sala aula, 
fazendo com que estes estudantes – que na maioria das vezes precisam trabalhar 
para poder arcar com os custos da faculdade – tenham as condições mínimas 
25 
 
garantidas para que possam realizar com êxito o processo da graduação, usufruindo 
de um ambiente saudável de estudo que possa preservar e cuidar da sua saúde 
mental. 
Contanto, de acordo com os princípios fundamentais pressupostos no código 
de ética dos profissionais de enfermagem (Resolução COFEN Nº564/2017), é que se 
deve ter o cuidado de pensar uma formação profissional humanizada, que se 
preocupe com a saúde e integridade dos profissionais de enfermagem, mas não 
apenas, estendendo essa atenção também aos estudantes, de forma que possa 
construir estratégias que dialoguem com as diversas realidades enfrentada pelos 
mesmos diariamente, tendo em vista o contexto de constante pressão e cobrança em 
que são submetidos no meio acadêmico. 
 
4. A UNIVERSIDADE COMO FATOR PARA O ADOECIMENTO MENTAL EM 
ESTUDANTES 
 
Neste tópico, iremos discutir algumas vertentes a respeito do 
sofrimento/adoecimento mental, no que se refere tratando de estudantes de 
bacharelado em enfermagem. Diante disso, foi realizada uma busca pela literatura do 
tema em questão e a partir delas discutiremos alguns tópicos que são considerados 
por muitos os fatores que tornam a universidade um ambiente propicio para o 
adoecimento mental do estudante. 
Sobre o ingresso na Universidade Papalia, Olds e Feldman (2006), relatam que 
é caracterizado por um momento de mudanças significativas e complexas na forma 
como o estudante pensa em diferentes áreas de suas vidas, podendo se desenvolver 
intelectualmente e pessoalmente. Tendo em vista que o estudante já tem uma 
bagagem estudantil, o ingresso ao ensino superior, caracteriza-se por um período de 
adaptação, esse novo ciclo traz consigo novos desafios, responsabilidades, interação 
com novas pessoas, crenças, culturas e ainda gera toda pressão e cobrança por parte 
da sociedade em que o estudante universitário tem por obrigação saber de tudo 
relacionado ao seu curso, a pressão devido ao mercado de trabalho e ao futuro 
profissional. 
Segundo Cavestro e Rocha (2006), existem fatores estressores principais, que 
ocorrem no início da graduação (volume de informações que o aluno passa a receber, 
26 
 
mudanças nos métodos de estudo e carga horária, entre outros) e no final com 
(insegurança com relação à própria competência profissional e ao mercado de 
trabalho). 
Todo esse período de adaptação e os fatores a ele relacionados, de acordo 
com Almeida e Soares (2004), esse novo panorama coloca o estudante universitário 
em um estado de vulnerabilidade, aumentando as chances de quadros 
psicopatológicos e consequentes dificuldades no desenvolvimento pessoal e 
profissional dos mesmos. 
No âmbito universitário, com o estudante sendo exposto diariamente a 
situações estressantes e desgastantes, isso poderá ocasionar o 
sofrimento/adoecimento mental (a curto ou a longo prazo). Cruz et al. (2015), diz que 
ao longo do percurso académico o estudante é confrontado com situações geradoras 
de pressão psicológica e ansiedade; esse fenômeno pode afetar negativamente as 
relações sociais, uma vez que um indivíduo com um grau de ansiedade acentuado 
tende a se limitar aos estímulos externos, bloqueando processos naturais do 
desenvolvimento, sobretudo intelectual. 
Um estudo feito por Cavestro e Rocha (2006), mostrou que 15% a 25% dos 
estudantes universitários apresentam algum tipo de transtorno psiquiátrico durante 
sua formação acadêmica notadamente transtornos depressivos e de ansiedade. 
Contanto, o objetivo de ingressar na faculdade e ter uma graduação pode se tornar 
uma tortura, haja vista que a universidade costuma ser um ambiente propício para o 
adoecimento mental, diante das inúmeras questões que são inerentes à este 
processo, tais como, as intensas pressões sofridas pelos estudantes, que podem ser 
advindas seja das dificuldades de adaptação, de problemas com disciplinas, 
interferências externas e familiares, ou até mesmo por dificuldades de aprendizagem 
oriundas de alguma necessidade especial que o aluno tenha anterior à universidade, 
ou até mesmo que a adquira diante deste processo. 
Diante do exposto citado acima, iremos destacar nos tópicos abaixo alguns dos 
fatores condicionantes para o adoecimento mental universitário, em seguida 
trataremos sobre o processo de adoecimento, quais transtornos podem ser causados 
ou agravados, caso o estudante tenha um quadro de sofrimento mental anterior a 
graduação e dos principais sinais e sintomas que mediam esse processo; e além 
disso, falar sobre o adoecimento mental apenas em estudantes de enfermagem; no 
27 
 
final deste capitulo abordaremos algumas condições de apoio para os estudantes, 
seja ele familiar ou por meio da assistência psicológica. 
 
4.1 FATORES RELACIONADOS AO ADOECIMENTO MENTAL EM 
ESDUTANTES UNIVERSITÁRIOS 
 
A Saúde Mental dos estudantes universitários tem vindo a despertar maior 
atenção devido ao aumento da prevalência e gravidade das perturbações psiquiátricas 
nesta população. Os estudantes encontram-se num período de grande 
vulnerabilidade, uma vez que estão expostos a diversos fatores de stress e 
encontram-se na faixa etária em que surgem, pela primeira vez, muitas das 
perturbações mentais graves (SILVEIRA et al., 2011). 
Estudos feitos por Dias e Silva (2019), Almeida (2007), Teixeira e 
colaboradores (2008) e por outros autores mostram os fatores que estão diretamente 
relacionados com o adoecimento mental em estudantes universitários, são: a relação 
entre professor-estudante, que engloba também o excesso de produtivismo 
acadêmico; a relação entre os estudantes e seus colegas de classe, a transição do 
ensino médio para o superior, as emoções e a falta de assistência ao estudante oua 
assistência inadequada. 
 Começando pela relação professor-estudante, sabemos infelizmente que o 
abuso de poder, as perseguições e até mesmo o constrangimento físico ou moral por 
parte dos professores ainda existe, visto que a sociedade, desde o ensino básico, os 
veem como aqueles que detêm todo o conhecimento e por isso, são superiores aos 
alunos. Essa relação pode gerar conflitos e impactos na vida acadêmica do estudante, 
em casos mais severos, a relatos de professores que já foram processados por seus 
alunos e consequentemente esse marco deixa trauma na vida dos estudantes. 
 Sobre essa relação professor-estudante, Dias e Silva (2019) retratam da 
seguinte forma: 
O professor autoritário é aquele que intimida, constrange e humilha o 
estudante, que não está aberto para construir uma relação dialógica, baseada 
em trocas e respeito mútuo, na qual a autoridade dos professores e liberdade 
do aluno coexistam. É impossível construir uma relação pedagógica saudável 
quando as ações de uma dessas partes são antiéticas, podendo evoluir para 
uma prática autoritária, em que o discente é apenas um espectador, 
impossibilitado de interagir, esclarecer dúvidas, concordar ou discordar do 
que se discute e, assim, construir o conhecimento (DIAS E SILVA, 2019). 
 
28 
 
 Com toda essa situação imprópria entre o professor e o estudante pode ocorrer 
o afastamento do aluno, o mesmo deixa de ser participativo, as aulas do determinado 
professor tornam-se uma tortura, o rendimento acadêmico cai e então começam as 
cobranças por boas notas, assim dando início a um ciclo vicioso, que facilita o 
surgimento ou o agravo do adoecimento mental nos mesmos. 
 Outro fator aqui abordado será o excesso de produtividade acadêmica. A 
busca das instituições de ensino superior pela melhor nota como 
universidade/faculdade, a preocupação em ter alguma contribuição social e o desejo 
de fazer com que os seus alunos sejam os melhores e tenham um currículo invejado 
por todos, está gerando pressão e muita cobrança nos acadêmicos. 
 A criação de diversas atividades, tarefas, trabalhos, a cobrança em ter artigos 
feitos e publicados, a participação em ligas acadêmicas e monitorias são alguns 
exemplos do que o ensino superior cobra aos estudantes. Os professores determinam 
as atividades a serem feitas e cobram muito dos alunos. Na maioria das vezes, o limite 
de tempo para a realização de tal atividade é muito curto e o aluno tem que ser virar, 
tem que dar conta; e consequentemente, pelo fato de fazer várias coisas ao mesmo 
tempo, o resultado final tende a ser não muito bom. Caso não façam, são prejudicados 
pela falta de sensibilidade e empatia dos professores e da coordenação e, ainda assim 
irão se culpar. 
 Essa sobrecarga acarreta em um grande desespero e desgaste mental devido 
a privação de sono, stress, e em casos mais graves, os alunos podem até cometer 
suicídio. Toda essa situação, pode então gerar o adoecimento mental, já que para a 
realização de tais atividades curriculares e extracurriculares, muitas vezes o estudante 
opta por abdicar de momentos de lazer para realizar as mesmas e fica preso em 
atividades que não sentem prazer em faze-las. 
Segundo Patrus, Dantas e Shigaki (2015), citado por Dias e Silva (2019) o 
produtivismo acadêmico é um fenômeno que se caracteriza pela excessiva 
valorização da quantidade de produção acadêmica, tendendo a desconsiderar a sua 
qualidade. 
Marendino, Lima e Lisbôa (2018), também citado na pesquisa de Dias e Silva 
(2019), em sua pesquisa sobre o Produtivismo Acadêmico e a Qualidade de Vida dos 
Estudantes Universitários, concluíram que o produtivismo acadêmico, cada vez mais 
frequente nas universidades, tem se tornado um dos fatores geradores das principais 
patologias entre os estudantes, afetando, sobretudo, a longevidade escolar. 
29 
 
 Todo esse excesso de produtivismo, traz à tona outro fator que pode ser 
desencadeado pelo mesmo que é a relação do estudante com os colegas de 
classe. Em uma sociedade onde ter o currículo mais rico vale mais que ter saúde 
mental, esse tema aborda a questão das competições entre os alunos, algo que é tido 
como normal por muitos. 
 A partir do momento que um estudante se acha superior ao outro, a ponto de 
humilha-lo de várias formas – questões financeiras, culturais, familiares e etc –, fazer 
competições de notas e disputas em sala de aula para saber quem sabe mais sobre 
determinado tema, deixa de ser uma algo normal e passa a ser uma coisa doentia. 
Tendo em vista que todos estão ali para aprender e para compartilhar conhecimentos, 
visando um bem maior que é o sucesso profissional de todos. 
 A realidade é triste e infelizmente faz parte de toda graduação, estudantes 
buscando fazer parte de algum grupo, pessoas ignorando outras, estudantes que 
preverem ficar sozinhos e que são motivos de piada, estudantes que não sabem lidar 
com o próximo, sem empatia, paciência e respeito. 
 Esse ambiente conflituoso, onde as pessoas só falam quando lhes convém, 
onde não se pode opinar porque determinadas pessoas não estão abertas para ouvir 
e debater e entre outras situações, tem como consequência o adoecimento mental, 
tendo em vista que o estudante que sofre com essa situação de alguma forma, irá se 
isolar, irá se frustrar por não possuir um vínculo de amizade forte, se sentirá excluído 
e isso afeta diretamente o psicológico do mesmo. 
 Outro ponto aqui abordado será a transição do ensino médio para o ensino 
superior. A nova rotina de estudo, horários, maior responsabilidade, vínculos sociais 
novos e um universo de coisas novas por traz da graduação, nem sempre as pessoas 
vão preparadas. A mudança assusta e intimida. Muitos estudantes já saem do ensino 
médio e embarcam na faculdade, para esses, manter um ritmo de estudos se torna 
mais fácil, porém, não quer dizer que os mesmos não tenham dificuldades, mas, e 
aqueles que vão para a faculdade após anos que terminaram o ensino médio? Como 
fazer para voltar ao ritmo mental e conciliar muitas vezes o estudo com o trabalho? 
 Essas pessoas sem dúvidas são afetadas, o estresse do dia a dia, a rotina de 
trabalho, a privação de sono são apenas alguns dos fatores que podem levar os 
estudantes virem a ter sofrimento mental, muitos trancam o curso devido a rotina 
cansativa e/ou até mesmo por não saber lidar com a questão da organização do 
30 
 
tempo, do trabalho e estudo, filhos e família. A exaustão, seja ela física ou mental, 
contribui para o processo do adoecimento. 
 Dentro das mais diversas causas do surgimento do sofrimento mental estão as 
emoções/sentimentos, uma vez que estão relacionados entre si; já que uma emoção 
pode despertar um sentimento da mesma forma que um sentimento é capaz de gerar 
emoções. Num contexto educacional, as emoções estão diretamente relacionadas 
com a aprendizagem, podendo ajudar nesse processo ou até mesmo atrapalhar e se 
transformar em um problema real, assim sendo, Santos (2007) diz que as emoções 
são adaptações singulares que integram o mecanismo com o qual os organismos 
regulam sua sobrevivência orgânica e social. Em um nível básico, as emoções são 
partes da regulação homeostática e constituem- se como um poderoso mecanismo 
de aprendizagem. 
 De acordo Machado (2011) a maior parte dos pesquisadores – desta área de 
estudo – se refere às seis emoções universais: felicidade, tristeza, medo, raiva, 
surpresa e repugnância. Trata-se de emoções fundamentais que são encontradas e 
reconhecidas em todos os seres humanos no mundo todo; já a atenção, a percepção, 
a memória, a tomada de decisões e os concomitantes conscientes de cada um são 
todos oscilantes nos estados emocionais. 
O autor ainda acrescenta que as emoções têm uma forte influência na 
aprendizagem pois se os alunos estão ansiosos, deprimidos, ou mesmos zangados, 
não recebem as informações de uma maneira eficiente. Diante disto é possível 
perceber os impactos(positivos ou negativos) que as emoções podem desencadear 
para o estudante durante o período da graduação, podendo ocasionar alguns 
problemas durante este processo. 
 Nessa perspectiva alguns autores observam que existam duas áreas distintas 
no que diz respeito à identificação das emoções, que de acordo com Almeida (2016) 
as primárias (inatas): medo, alegria, raiva; [que] são identificadas desde o nascimento 
e, podem estar relacionadas às necessidades naturais de sobrevivência do ser 
humano. Por conseguinte, outras emoções podem surgir ao longo da vida, mediante 
situações vivenciadas – as secundárias (sociais); são elas: a vergonha, paixão, 
tristeza, desprezo, surpresa, amor. 
 Consequentemente, se o estudante não souber lidar com essas emoções, as 
mesmas podem interferir negativamente na vida do mesmo, seja de forma pessoal ou 
31 
 
na aprendizagem, causando assim um impacto na vida acadêmica e podendo gerar o 
adoecimento mental. 
Por fim, falaremos sobre a falta de assistência ao estudante ou a assistência 
inadequada. A saúde mental dos estudantes universitários tem se tornado um 
assunto mais recorrente na sociedade, seja ela brasileira ou não. Mas, de uma forma 
geral, falar sobre saúde mental ainda é um tabu, e consequente a isso, o fato de 
procurar ajuda ou perceber que precisa da mesma ainda é tido por muitos como 
fraqueza, o medo de como a sociedade vai reagir diante disso ainda aflige muitas 
pessoas. O julgamento errôneo que muitos individuos tem sobre o tratamento mental, 
a busca por consultas com psicólogos ou psiquiatras e até mesmo o uso de 
medicamento ainda mostra que, quando o assunto é saúde mental, as pessoas 
tendem a fugir e julgar as outras de loucas ou julgarem a dor do outro como “frescura”. 
 Sobre a assistência psicológica no âmbito universitário (Loreto, 1965; Reifler, 
Liptzin, & Hill, 1969) apud Pinho (2016) expõe que a preocupação com a saúde mental 
do estudante universitário surgiu nos Estados Unidos no início do século XX, a partir 
do reconhecimento de que os universitários passam por uma fase naturalmente 
vulnerável, do ponto de vista psicológico, e de que a responsabilidade em ajudá-los 
nesse momento, passa a ser uma das obrigações da instituição em que estão 
inseridos. 
Ao final dos anos 1990, o governo brasileiro criou uma série de políticas 
afirmativas para a promoção da equidade social e participação cidadã de diferentes 
grupos sociais. Criou-se programas de reestruturação do ensino superior que levam 
às instituições públicas e privadas transformações nas formas de acesso, ingresso e 
permanência dos estudantes. Entretanto, a ampliação do acesso ao ensino superior 
requer o desenvolvimento e implantação de políticas que, durante a formação 
universitária, assegurem uma permanência com qualidade, não limitada apenas a 
resultados quantitativos, mas considerando também aspectos emocionais desse 
corpo altamente diversificado de novos alunos que têm ingressado nas universidades 
brasileiras (FELICETT; MOROSINI, 2009). 
 Sobre essa politicas estudantis citadas acima, no âmbito universitário federal, 
existe o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), sobre ele, segundo o 
Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010, o PNAES tem como finalidade ampliar as 
condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal, 
desenvolvendo ações de assistências nas seguintes áreas: moradia estudantil; 
32 
 
alimentação, transporte, atenção à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche, 
apoio pedagógico acesso, participação e aprendizagem de estudantes com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e 
superdotação (BRASIL, 2010). 
 Com a criação do PNAES, os estudantes universitários federais têm mais 
possibilidade de acesso ao acompanhamento psicológico, mas, ainda assim, o 
atendimento ao estudante é negligenciado por parte da instituição. Nas faculdades 
privadas, a assistência psicológica ao aluno fica um pouco de lado, levando em 
consideração o fato que muitos dos estudantes nem sabem desse serviço oferecido 
pela faculdade. Quanto ao atendimento, existem casos em que o profissional 
responsável da instituição só realize atendimentos em grupo, de no mínimo cinco 
pessoas. Essa não é a melhor forma para atender as necessidades dos estudantes, 
haja vista que nem sempre o aluno se sentirá confortável com a situação, e isso pode 
sim, ser um dos fatores que os afastam do acompanhamento psicológico. 
 Considerando todos os pontos discutidos até aqui, vimos que existem diversos 
fatores para o surgimento e ou agravo do adoecimento mental no estudante. Segundo 
Dias e Silva (2019) ao mesmo tempo que se espera que a universidade seja um 
ambiente crítico e um espaço de apoio aos estudantes, na verdade, o que acontece é 
um movimento contraditório, pois esse espaço tem criado condições que propiciam o 
adoecimento. 
 Como dito anteriormente, muitos tendem a achar todas essas situações 
normais e que fazem parte de toda e qualquer universidade ou faculdade. O fato de 
achar natural faz com que os estudantes caiam no comodismo e nem tentem mudar 
essa realidade. Com as mudanças ocorridas na sociedade atual, novas questões 
surgindo, alunos cada vez mais sobrecarregados, se faz necessário que os mesmos 
tenham um apoio emocional na instituição. É preciso que todos se atentem para a 
importância da saúde mental dos mesmos e que façam algo, pois, negligenciar esse 
fato intensifica o processo de adoecimento no estudante. 
 
 
 
 
33 
 
4.2 O PROCESSO DO ADOECIMENTO MENTAL: SINAS, SINTOMAS E OS 
TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS MAIS PREVALENTES NOS ESTUDANTES 
UNIVERSITÁRIOS 
 
No tópico anterior, vimos que muitos fatores da universidade podem interferir na 
saúde mental dos estudantes, tendo em vista que o ambiente universitário é um dos 
lugares onde o estudante passa grande parte do seu tempo, tornando assim um 
ambiente propício para o adoecimento mental dos mesmos. 
Neste tópico, falaremos sobre os principais sinais e sintomas, físicos e mentais 
que mais acometem os estudantes universitários e os transtornos mentais comuns 
com maior prevalência entre esse grupo. 
Sobre o adoecimento mental, a Associação Psiquiátrica Americana (2015) diz 
que o adoecimento psíquico pode resultar de uma série de fatores, como o contexto 
social no qual a pessoa está inserida, eventos biológicos, genéticos e psicológicos. 
Este pode ser caracterizado por uma desregulação emocional ou comportamental, 
afetando nos processos psicológicos, biológicos ou no desenvolvimento do 
funcionamento mental. 
Dentre os diversos sofrimentos mentais causados, destaca-se o transtorno de 
ansiedade. Para Alves (2014) a ansiedade é entendida como uma emoção normal da 
vivência humana. Entretanto sua conceituação ainda é difícil, bem como a delimitação 
da ansiedade normal e da patológica. O autor ainda acrescenta que quando a 
ansiedade está no campo normal, fisiológico, esta situação gera modificação do 
comportamento ambiental, e gera um sentido de luta, na qual o estudante foca e se 
disciplina; por outro lado, a ansiedade patológica pode levar a uma resposta de 
congelamento (“fuga”), na qual se adota comportamentos de procrastinação, baixa de 
rendimento. 
Ao falar de sofrimento psíquico, o que é normal e o que é patológico também 
pode estar em controvérsia, visto que o que, para alguns, pode ser normal, para outros 
pode soar como patológico. Mas, a partir do momento em que há uma modificação no 
funcionamento do indivíduo, e isso prejudica os estudantes, seja nos seus 
comportamentos, emoções e cognições, e consequentemente acarretando um 
prejuízo tanto da vida pessoal quanto acadêmica, podemos afirmar que existe algo 
nesse contexto que pode influenciar no desenvolvimento de um processo de 
adoecimento (DIAS E SILVA, 2019). 
34 
 
Além da ansiedade, a depressão é um dos transtornos que mais acometemos 
estudantes universitários. De acordo Furegato, Santos e Silva (2008) a depressão é 
uma síndrome caracterizada por um conjunto de sintomas como alterações no humor 
(tristeza, culpa), no comportamento (isolamento), nos padrões de pensamento e 
percepção da pessoa (menor concentração, menos autoestima), queixas físicas 
(sono, alimentação, sexo) e com alto risco de suicídio. 
Ainda que o estudante tenha o diagnóstico de depressão ou ansiedade anterior 
ao ingresso na graduação, o mesmo pode, sem dúvida, interferir no processo de 
aprendizagem deste estudante e é de fundamental importância que o ambiente 
universitário esteja preparado para oferecer as condições necessárias para que este 
aluno possa concluir seu curso da melhor maneira possível, e que a proposta de 
inclusão destes transtornos neste trabalho é justamente chamar a atenção para que 
a universidade ou faculdade tenha o cuidado de prestar a devida assistência para 
esses indivíduos. 
Os transtornos mentais comuns (TMC), representam os quadros menos graves 
e mais frequentes de transtorno mental [...] os sintomas de TMC incluem 
esquecimento, dificuldade na concentração, insônia, ansiedade, irritabilidade e fadiga, 
assim como queixas somáticas (cefaleia, falta de apetite, entre outros) (FIOROTTI et 
al. 2010). 
Um estudo realizado por Ansolin et al. (2015) constatou que as queixas ou 
sintomas mais frequentes foram: sentir se nervoso, tenso ou preocupado; ter 
sensação de tristeza; ter sensações desagradáveis no estômago e sentir se cansado 
o tempo todo. 
Diante do exposto, fica claro que os estudantes universitários, sofrem tanto 
psicologicamente quanto fisicamente, devido ao estresse gerado pelo ambiente 
universitário. No próximo tópico, falaremos sobre o adoecimento mental apenas em 
estudantes de enfermagem e em seguida concluiremos com as considerações finais 
sobre a pesquisa. 
 
5. O ADOECIMENTO MENTAL EM ESTUDANTES DE BACHARELADO EM 
ENFERMAGEM 
 
Aqui, falaremos sobre a saúde mental voltada para o estudante de enfermagem. 
Diversos estudos na área da saúde mental mostram que o estudante de enfermagem 
35 
 
é um dos mais acometidos pelos Transtornos mentais comuns (TMC) ou apenas por 
queixas físicas e emocionais que se não tratadas, podem consequentemente 
desenvolver um quadro de doença nesse estudante. 
Em um estudo feito com estudantes universitários de enfermagem, realizado 
por Furegato, Santos e Silva (2010) constatou que, em uma amostra de 114 alunos, 
da EERP/USP ao Inventário de Depressão de Beck, os resultados mostram que há 
15,4% do Bacharelado e 28,6% da Licenciatura com sinais indicativos de depressão 
(leve, moderada e grave) dos quais 14% podem ser classificados como depressão 
moderada e grave. 
Outro estudo, feito por Cerchiari, Caetano e Faccenda (2005) também feito com 
estudantes universitários, não apenas com estudantes de enfermagem, observou-se 
que a prevalência de Transtornos mentais menores (TMM) foi de 25% e os fatores 
mais acentuados na amostra total foram: distúrbios psicossomáticos (29%), estresse 
psíquico (28%) e desconfiança no desempenho (26%), respectivamente por ordem de 
magnitude. Neste mesmo estudo, Cerchiari, Caetano e Fonseca (2005) mostram que 
dentre os cursos, o de Enfermagem apresentou a prevalência total mais elevada 
(34%). 
Outro fato interessante sobre o estudo de Cerchiari, Caetano e Faccenda (2005) 
é que os alunos que ingressaram há um ano apresentaram escores significativamente 
menores em comparação com aqueles que estão de 2 a 5 anos, ou seja, o tempo de 
graduação tem sim influência na saúde mental do estudante, tendo em vista que com 
o decorrer do curso, a tendência é que a dificuldade aumente, a pressão, as cobranças 
e isso resulta do adoecimento mental. 
Em todos os fatores estudados por Cerchiari e seus colaboradores, os 
estudantes de enfermagem apresentaram-se em primeiro lugar nas porcentagens, 
alguns dos fatores foram: estresse psíquico, distúrbios do sono, distúrbios 
psicossomáticos e desejo de morte; o que nos chama atenção para o crescente 
aumento do número de tentativas ou consumação do suicídio em estudantes. 
No estudo de Furegato, Santos e Silva (2008) apenas com estudantes de 
bacharelado em enfermagem, mostraram indicies de 12,5% dos acadêmicos 
apresentavam depressão leve e que 9,6% apresentavam depressão moderada e 
grave, sendo 95% dos afetados do sexo feminino. 
 
 
36 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalho teve como objetivo analisar os possíveis sinais de sofrimento 
psíquico em estudantes universitários e os fatores associados ao surgimento ou 
agravo dos transtornos mentais comuns (TMC) durante a graduação. A partir disso, 
discutimos o adoecimento mental no estudante e a relação da universidade nesse 
processo, refletindo acerca dos fatores que existem entre essa relação estudante-
universidade. 
Buscamos então nessa pesquisa mostrar que as universidades/faculdades sejam 
elas públicas ou privadas contribuem de certa forma para o adoecimento mental do 
estudante. Apesar da saúde mental já ser um tema que vem sendo abordado com 
frequência, pouco se fala do estudante universitário, com este estudo, abrimos mais 
possibilidades de contribuição com a temática, bem como chamar atenção das 
instituições de ensino superior para com os seus alunos. 
Os resultados obtidos através dessa pesquisa, permitiram alcançar os objetivos 
desenvolvidos inicialmente. Já que conseguimos ver os fatores relacionados ao 
adoecimento mental do estudante e a prevalência destes transtornos nos mesmo. 
Sobre isso, foi possível observar que os estudantes da área da saúde são os mais 
afetados, em destaque para os cursos de enfermagem, medicina e fisioterapia, tendo 
como TMC mais prevalente a ansiedade e a depressão. Outro achado é que as 
mulheres são as mais acometidas pelo adoecimento mental, e ainda, os solteiros. 
Contanto, o objetivo de ingressar na faculdade e ter uma graduação pode se tornar 
uma tortura, haja vista que a universidade costuma ser um ambiente propício para o 
adoecimento mental, diante das inúmeras questões que são inerentes à este 
processo, tais como, as intensas pressões sofridas pelos estudantes, que podem ser 
advindas seja das dificuldades de adaptação, de problemas com disciplinas, 
interferências externas e familiares, ou até mesmo por dificuldades de aprendizagem 
oriundas de alguma necessidade especial que o aluno tenha anterior à universidade, 
ou até mesmo que a adquira diante deste processo. 
Dentre os fatores relacionados a universidade, citados acima, tivemos relação 
professor-aluno, onde se enquadram o abuso, falta de empatia e o excesso de 
cobrança; a relação dos próprios estudantes com os companheiros de classe, onde 
os artigos estudados abordam o fato da competição entre eles; o excesso de 
produtividade acadêmica e por fim a falta de assistência aos estudantes. 
37 
 
Fica evidente que pode haver falta de preparo ou até mesmo negligência por 
parte das universidades, deixando então os discentes sem nenhum tipo de apoio 
psicológico e/ou psicopedagógico, colocando-os em um risco eminente de agravo à 
saúde, o que pode ocasionar no trancamento do curso por não conseguir lidar com a 
situação, interferir diretamente na vida pessoal desse estudante ou até mesmo algo 
mais grave como o suicídio. 
Possíveis soluções poderiam perpassar pela a implementação do serviço de 
atendimento psicológico e pedagógico nas universidades, a maior divulgação do 
mesmo nas universidades, rodas de conversa com os alunos, palestras voltadas à 
saúde mental do estudante, preparo de toda a equipe para uma melhor identificação 
precoce dos alunos que estejam passando por dificuldades e possam vir a 
desenvolver alguns dos transtornos; assim, visa-se uma melhor qualidade de vida 
estudantil durante a graduação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
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