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Evolução do Constitucionalismo Brasileiro

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CONSTITUCIONALISMO BRASILEIRO 
 Constituição de 1824 
A evolução constitucional no Brasil, têm início com a 
independência de Portugal, onde em 1823, há a primeira 
assembleia constituinte, que acabou sendo dissolvida 
devido a insatisfação de D. Pedro I pela tentativa de 
limitarem seu poder. 
Com isso, o mesmo nomeia um conselho de pessoas, 
conselho o qual iria produzir o texto constitucional, que 
após produzido, seria outorgado por D. Pedro I, 
instituindo um governo monárquico, constitucional e 
representativo. 
Essa constituição é caracterizada pela divisão dos 
poderes em 4, sendo eles, o executivo, legislativo, 
judiciário e o moderador (de competência exclusiva de 
D. Pedro I, poder o qual dava o controle dos demais 
poderes). 
Tratava-se de um sistema semirrígido, o qual a matéria 
constitucional é dificilmente alterada, enquanto o resto 
do texto têm com “facilidade” a sua alteração, por meio 
de processo legislativo ordinário. 
Controle da constitucionalidade era conferido ao poder 
legislativo, o qual também interpretava leis, elaborar, 
suspender e revogar. O poder judiciário ficaria 
incumbido de realizar a aplicação da lei. 
A carta imperial era caracterizada por contemplar 
alguns direitos e garantias individuais, podendo citar o 
direito ao socorro público, instrução primária e gratuita 
a todos os cidadãos. 
  A primeira e única emenda trouxe a extinção do 
 conselho de Estado, institucionalização da 
 regência uma, criação de assembleias 
 legislativas e províncias. 
 Constituição de 1891 
Inserida no momento em que a república brasileira foi 
proclamada, havendo a instituição de uma federação e a 
sedimentação do controle da constitucionalidade, não 
havendo mais espaço para o poder moderador. 
O executivo possuía moldes presidencialistas, um 
legislativo com duas casas (senado e câmara), e um 
judiciário fortalecido com a garantia de vitaliciedade e 
irredutibilidade de vencimentos e dotados do poder de 
controlarem a constitucionalidade das leis sob a forma 
difusa. 
O Habbeas corpus era previsto como garantia 
constitucional. Ruy Barbosa afirmava que deveria ser 
adotado um federalismo centralizado, onde o 
presidente, seria uma espécie de monarca eleito de 4 a 4 
anos.
O mesmo, também argumentava que foi dado poderes 
aos juízes de forma a apreciarem a legitimidade das leis 
em face a constituição. No entanto, juízes adeptos ao 
antigo regime, não se conformavam em terem que 
confrontar a lei, negando-se a fazer a tal ação, o que 
motivou que Ruy Barbosa criasse a lei 221, de forma a 
complementar a organização judiciária, onde os juízes 
deveriam apreciar a validade das leis e argumentos, não 
aplicando o que for inconstitucional. 
Dito tudo, essa constituição sedimentou a FÓRMULA 
da separação de poderes, o estabelecimento do Estado 
Federal (estados membros com autonomia), sistema 
presidencialista, Estado laico (separa o estado da 
igreja), constituição rígida, periocidade dos mandatos 
políticos. 
Houve por fim, a abertura ao catálogo de direitos e 
garantias, fortalecimento do papel do poder judiciário, 
criação do STF (controlavam a constitucionalidade – 
Judiciário analisava a conformidade das leis com a 
Constituição, via STF mediante recurso). 
  Emenda de 1926: possibilidade de intervenção 
 nos Estados – aumenta a autoridade do 
 presidente - competência federal as relações de 
 trabalho. 
 Constituição de 1934 
Fortemente influenciada pelo corporativismo fascista. 
Em 1930, ocorreu uma revolução, na qual o presidente 
Washington Luiz foi deposto e o governo passou para 
uma junta militar. 
De maneira definitiva, esse governo passou para Getúlio 
Vargas, o qual em seu governo, sofreu uma revolução 
constitucionalista, a qual marca a introdução do 
constitucionalismo social no Brasil e resulta na 
instauração de uma assembleia constituinte, que iria 
resultar na instauração da nova constituição. 
Com ela, o STF passa a se chamar “Corte Suprema”, a 
qual passa a ter a competência de julgar o recurso 
ordinário e extraordinário. 
  Regra de reserva de plenário – estabelece um 
 quórum mínimo para a declaração de 
 inconstitucionalidade da lei. 
Há o fortalecimento do poder executivo. O Senado tem 
o poder o suspender a execução da lei declarada 
inconstitucional, pretendeu-se conferir à decisão com 
efeitos para todos (erga 
 
 
 Constituição de 1937 
Devido ao golpe de 1937, que se deu num momento de 
agitações ideológicas, foi estabelecido o Estado Novo. 
De maneira a estabelecer a ordem, foi outorgada a 
constituição de 1937, apelidada de Polaca, a qual 
fortalece o executivo e diminui de certa forma, direitos 
e garantias que eram previstos anteriormente – não 
entendia o indivíduo como algo importante. 
Um perfil autoritário e controlador, havendo a 
corrupção de valores e pela criação de um sistema de 
poder que soube empregar as forças da demagogia e do 
populismo. 
Foi criada a polícia política, a qual tinha a finalidade de 
perseguição política e uniformização das massas. Não 
havia uma separação de poderes, uma vez que o 
executivo tinha quase que por total a concentração deles 
em suas mãos, de forma a haver o enfraquecimento dos 
outros. 
Estabeleceu no artigo 96, em seu caput, que apenas por 
maioria absoluta dos votos de juízes, que poderia ser 
declarado pelos tribunais a inconstitucionalidades de 
leis ou de ato do presidente da república. No entanto, se 
o presidente argumentar que se trata de algo do bem- 
estar do povo, o mesmo poderá submetê-la novamente 
ao parlamento, que caso confirmado, fica sem efeito a 
decisão. 
Porém, essa constituição sequer entrou em vigor, uma 
vez que em ser artigo 187, mostrava que havia a 
necessidade de aprovação em plebiscito, o qual nunca 
ocorreu. 
 Constituição de 1946 
Primeira e verdadeira manifestação de controle abstrato 
(só veio realmente contar com esse controle em 1964), 
mediante a EC 16 (alarga a competência originária do 
STF, atribuindo a ele competência para processar e 
julgar “a representação contra inconstitucionalidade de 
lei”). 
  Propôs nova redação ao art. 64 para se dar 
 eficácia “erga omnes” à decisão de 
 inconstitucionalidade do STF (rejeitada), de 
 forma a dar ao Senado a exclusiva tarefa de 
 publicar a decisão de inconstitucionalidade, de 
 modo que a eficácia geral da decisão não 
 dependeria da sua manifestação. 
Inseriu novo inciso (XIII) no art. 124, dando ao 
legislador o poder de estabelecer processo para 
declaração de inconstitucionalidade de lei em conflito 
com a Constituição do Estado.
 
 Constituição de 1967 
Promulgada e influenciada pela carta constitucional de 
1937. 
Houve a exacerbação do poder centralizado na união e 
na figura do presidente da república ; eleição indireta ; 
redução da autonomia individual ; aprovação de leis por 
decurso de prazo. 
  Decretado o AI 5, o qual o poder executivo 
 poderia suspender direitos políticos, realizar a 
 suspensão do Habbeas Corpus em crimes 
 políticos. 
A EC 1 de 1969, a qual chega a ser considerada uma 
constituição outorgada devido a amplitude das reformas 
e da ditadura. Tal constituição reafirmou o controle 
difuso, deu ao STF a competência de processar e julgar 
por inconstitucionalidade ou ato normativo. 
  Ampliou o objeto de representação de 
 inconstitucionalidade para fins de intervenção 
 no Estado. Ações diretas do STF possuem 
 efeito “erga omnes”.Constituição de 1988 
Essa constituição é caracterizada por ter tido ampla 
participação da sociedade civil – “Constituição 
Cidadã”, uma ordem constitucional voltada ao ser 
humano (dignidade da pessoa humana). 
Em relação ao controle de constitucionalidade, 
manteve-se a força do controle difuso e ampliou-se, de 
modo significativo, o sistema de controle concentrado. 
Estabeleceu o controle abstrato da omissão (art. 103, 
parágrafo segundo, CF). 
  Ação direta de inconstitucionalidade, antes 
 dada apenas ao procurador geral, foi 
 potencializada (art. 103, CF – rol taxativo / 
 fechado). 
Ainda foi prevista a arguição de descumprimento de 
preceito fundamental (art. 102, parágrafo primeiro), 
regulamentada pela lei 9.882 / 99. A EC 3, criou a ação 
declaratória de inconstitucionalidade, a qual pode ser 
proposta pelo STF. E a lei 9.868 / 99, regulamenta o 
processo e julgamento, no STF, de ambas as ações 
diretas, de constitucionalidade e de 
inconstitucionalidade.
 
 
 
 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Esse controle (juízo de adequação da norma 
infraconstitucional – objeto à norma constitucional – 
parâmetro -, por meio da verificação da relação imediata 
de conformidade vertical entre aquela e esta) seria 
averiguar se as questões estão de acordo com a 
Constituição (artifício máximo e que todo ordenamento 
deve estar submetido a ela); se tudo que está sendo 
proposto está compatível a mesma – seria o sistema de 
imunização da Constituição, podendo ser de maneira 
preventiva ou repressiva. 
Controle difuso de constitucionalidade seria aquele que 
qualquer juiz, em qualquer instância, poderá realizar, 
ficando apenas entre as partes, por ser uma decisão para 
um processo específico. Já o concentrado, seria aquele 
realizado pelo STF, por meio de determinadas ações, 
não sendo um caso específico e tendo uma eficácia 
“erga omnes” (para todo mundo). 
  O controle concentrado, não pode ser proposto 
 por qualquer pessoa, e sim por indivíduos que 
 ocupam posições específicas (questão taxativa). 
 Introdução – histórico 
No sistema estadunidense, o controle de 
constitucionalidade costuma a ser equiparado ao difuso 
(controle o qual surgiu no mesmo – sedimentado pelo 
caso Marbury VS Madison) onde o controle das leis 
seria deferido a todo e qualquer juízo independendo da 
sua posição na estrutura do Poder Judiciário, sem 
necessidade de ação específica. Enquanto o europeu, irá 
remeter ao concentrado (instituíram uma corte 
específica para esse fim, Corte Constitucional. Esse 
sistema também seria chamado de sistema austríaco, 
sistema previsto na Constituição de 1920, graças a 
Kelsen, o qual afirmava a necessidade da criação dessa 
corte específica. Devido a emenda de 7-12-1929, trouxe 
com que o Supremo Tribunal de Justiça e o Tribunal de 
Justiça Administrativa elevem a controvérsia 
constitucional concreta perante a Corte Constitucional). 
  Alega-se que a adoção do modelo concentrado 
 seria fruto da particularidade dos sistemas de 
 civil law. 
  Brasil se encontra num sistema misto, fazendo 
 uso tanto do difuso, quanto do concentrado. 
O controle de constitucionalidade, teve início com o 
protagonismo de John Adams (fez uma pequena 
reforma no judiciário antes de sua saída, criando vários 
cargos, onde Marbury seria indicado ao cargo de juiz de 
paz – processo de indicação seria lento -, no entanto, por 
não receber sua comissão, devido o fim do governo de 
John Adams, o mesmo não pode exercer sua função) e 
de Thomas Jefferson (contra o reconhecimento desse 
poder aos tribunais, já que para ele, cada um deveria 
exercer sua função – separação dos poderes, de forma a 
atrasar esse controle). 
 Marbury entrou com uma ação de cumprimento 
de dever para entrar na posse de juiz de paz, 
ação contra o novo secretário de Estado dos 
EUA, James Madison, solicitando a Suprema 
Corte que Madison trouxesse a entrega das 
comissões retiradas. 
 John Marshal dividiu a decisão em três partes 
(1 – se Marbury tinha direito a comissão de paz 
; 2 – se existia uma ação específica na 
legislação americana a qual poderia ser pedida 
por Marbury ; 3 – se o remédio processual 
poderia ser concedido pela Suprema Corte – as 
duas primeiras questões foram respondidas de 
forma positiva, no que diz respeito a terceira 
questão, ele afirmou que a Carta Magna 
americana atribuía competência originária a 
Suprema Corte somente em dois casos, de 
forma com que o caso de Marbury não se 
encaixaria nesses casos, devendo entrar numa 
instância de revisão ou de apelação). 
 Com isso, Marshall concluiu que a legislação 
que atribuíra à Suprema Corte competência 
originária para julgar “writ of mandamus” em 
casos indiscriminados (lei que embasou o 
pedido de Marbury) havia violado a 
Constituição americana, de forma com que o 
caso não poderia ser julgado pela Suprema 
Corte, sem antes passar por um Tribunal 
inferior. 
O precedente afirmado por Marbury VS Madison 
afirmou a superioridade da Constituição, de forma a 
outorgar-lhe o caráter de lei que subordina todas as 
outras leis. Nesse caso, a Suprema Corte afirma pela 
primeira vez o seu poder de controlar a 
constitucionalidade das leis (atribuiu o caráter de 
rigidez da Constituição), de forma a consagrar o 
controle difuso. 
 Requisitos fundamentais para o controle – uma 
constituição rígida e a atribuição de 
competência a um órgão para resolver os 
problemas de constitucionalidade (emenda 
precisa de votação específica, 3/5, dois turnos, 
em cada casa). 
A CF brasileira é rígida, diante das regras 
procedimentais solenes de alteração previstas em seu 
art. 60 – ideia de controle traz que a Constituição ocupa 
o máximo da hierarquia (princípio da supremacia da 
Constituição). Desse princípio, resulta a questão da 
compatibilidade vertical das normas (Constituição 
acima) da ordenação jurídica de um país (José Afonso 
da Silva). 
 Tipos de controle: controle de legalidade 
(advém do direito administrativo, se os atos 
estão em conformidade com a legislação), 
controle de convencionalidade (remete ao 
direito internacional, o qual permite a 
verificação da compatibilidade do direito 
interno com os tratados internacionais em vigor 
no país) e controle de constitucionalidade 
(remete ao direito constitucional). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOMENTOS DE CONTROLE 
Pode ser preventivo (anterior a norma – antes do projeto 
de lei virar lei) – pode ser feito pelo legislativo 
(comissões de Constituição e Justiça) ou pelo executivo 
(veto do presidente – por inconstitucionalidade ou por 
contrariar o interesse público) - ou repressivo (posterior 
a norma) – a regra é pelo judiciário (dividido em difuso, 
art. 97 da CF e concentrado – ADI, ADI por omissão, 
ADI interventiva, ADC, ADPF) e a exceção seria pelo 
legislativo (MP e delegação – legislativo delega sua 
competência em legislar sobre determinado assunto). 
 Controle prévio realizado pelo legislativo 
Aquele exercido previamente à entrada da lei no 
ordenamento jurídico, pelo legislativo, sendo realizado 
pelas Comissões Permanentes de Constituição e Justiça 
e de Cidadania da Câmara dos Deputados, e do Senado, 
analisando se determinado projeto está de acordo com a 
CF – atribuições previstas no art. 32, III, do RI da 
Câmara dos Deputados, enquanto do Senado, no art. 
101, do RI do Senado. 
  Esse controle é realizado durante o processo 
 legislativo de formação do ato normativo. Logo 
 no momento da apresentaçãode um projeto de 
 lei, o órgão que deflagrar o processo legislativo, 
 em tese, já deve verificar a regularidade 
 material do aludido projeto de lei. 
No § 2º do art. 101 do Regimento Interno do Senado 
Federal dispõe que ao tratar de inconstitucionalidade 
parcial, a Comissão poderá oferecer emenda, realizando 
correção do vício. Porém, a regra geral é a do seu § 1º, 
ao estabelecer que, quando a Comissão emitir parecer 
pela inconstitucionalidade e injuridicidade de qualquer 
proposição, será esta considerada rejeitada e arquivada 
de forma definitiva, por despacho do Presidente do 
Senado – salvo-se houver recurso interposto nos termos 
do art. 254 do RI (no mínimo 1/10 dos membros do 
Senado, manifestando opinião favorável ao seu 
processamento). 
Já no art. 54, I, do RI da Câmara dos Deputados 
estabelece que será terminativo o parecer da Comissão, 
quanto à constitucionalidade ou juridicidade da matéria 
– há a previsibilidade de recurso para o plenário da Casa 
contra referida deliberação (art. 132, § 2º ; 137, § 2º ; 
164. § 2º do RI). 
  O plenário das referidas Casas também poderá 
 verificar a inconstitucionalidade do projeto de 
 lei, o mesmo podendo ser feito durante as 
 votações.
 
 
 Controle prévio realizado pelo executivo 
O chefe do executivo, aprovado o PL, poderá sancioná- 
lo ou vetá-lo, de forma a voltar para o Congresso (ocorre 
quando considerar o projeto inconstitucional – veto 
jurídico, exerce o controle de constitucionalidade prévio 
- ou contrário ao interesse público – veto político) – art. 
66, § 1º, CF. 
  O veto (art. 66, § 4º, CF), será apreciado em 
 sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do 
 Senado Federal, dentro de 30 dias a contar de 
 seu recebimento, pelo voto da maioria absoluta, 
 em votação por voto aberto. Caso houver 
 rejeição, terão o mesmo efeito caso sancionado, 
 devendo ser enviado ao PR para promulgação 
 da lei no prazo de 48 horas. Se o veto for 
 mantido, a PL será arquivada. 
 Controle prévio realizado pelo judiciário 
Busca garantir ao parlamentar o respeito do devido 
processo legislativo (garantir que durante esse processo, 
o mesmo deve estar em total conformidade com a CF), 
vedando a sua participação em procedimento 
desconforme com as regras da CF – exclusiva do 
parlamentar; CF admite esse controle por meio de 
mandado de segurança. 
Em relação a PL, o STF restringiu o controle preventivo 
apenas para a hipótese de violação ao devido processo 
legislativo, não admitindo a discussão sobre a matéria, 
de forma a resguardar a regularidade jurídico – 
constitucional do procedimento, sob pena de se violar a 
separação dos poderes. 
  Em relação à PEC, o controle será mais amplo, 
 abrangendo não apenas a regularidade de 
 procedimento, mas, também, a matéria, 
 permitindo o trancamento da tramitação de PEC 
 que tenda a abolir cláusula pétrea. 
 Controle judicial repressivo 
Muitos defendem que o que é considerado como 
controle judicial preventivo, seria na verdade, 
repressivo, também feito mediante mandado de 
segurança (pois se já existe, é repressivo), já que já 
temos uma norma constitucional, e a norma que está 
presente no processo, que está sendo violada. 
Os órgãos de controle verificarão se a lei, ou ato 
normativo, ou qualquer ato com indiscutível caráter 
normativo, possuem um vício formal (produzido 
durante o processo de sua formação), ou se possuem um 
vício em seu conteúdo, qual seja, um vício material.
Mencionados órgãos variam de acordo com o sistema 
de controle adotado pelo Estado, podendo ser político, 
jurisdicional ou híbrido. 
  Controle político. 
Verifica-se em Estados onde o controle é exercido por 
um órgão distinto dos três poderes, sendo garantidor da 
supremacia da Constituição (comum em países da 
Europa e realizado pelas Cortes ou Tribunais 
Constitucionais). 
No Brasil, é sustentado que o veto do Executivo a 
projeto de lei, ocorre por entendê-lo inconstitucional 
(veto jurídico), bem como a rejeição de PL no CCJ 
(realizado pelo legislativo). 
Em questão de parlamentar perder o mandato, não 
poderá prosseguir com a ação. 
  Controle jurisdicional. 
Realizado pelo Judiciário, tanto por um único órgão 
(concentrado – no Brasil pelo STF e pelo TJ) como por 
qualquer juiz ou tribunal (difuso). Nosso país adotou 
pelo sistema misto, pois ao ser realizado pelo Judiciário, 
pode ser tanto de forma concentrada, quanto por 
qualquer juiz ou tribunal. 
O controle posterior ou repressivo no Brasil, por regra, 
é exercido pelo Poder Judiciário, de forma concentrada 
ou difusamente. 
  Exceções 
Atuação do Poder Legislativo (art. 49, V – subdivide-se 
no art. 84, IV, legalidade e art. 68 - e art. 62, CF) e 
Executivo, assim como a particular atribuição dos ditos 
órgãos administrativos de controle (TCU, CNJ – não 
exercem o controle de constitucionalidade propriamente 
dito). 
 Controle posterior exercido pelo legislativo 
Na primeira hipótese (art. 49, IV, CF), pode sustar os 
atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do 
poder regulamentar (quando o executivo extrapolar seus 
limites no momento de regular a lei, ele poderá ser 
afastado pelo legislativo por meio de Decreto 
Legislativo – acabaria sendo controle de legalidade, por 
verificar em que medida o decreto regulamentar 
extrapolou os limites da lei) ou sustar os atos 
normativos do Poder Executivo que exorbitem dos 
limites de delegação legislativa (art. 68 – em caso de 
elaboração de lei delegada pelo PR e extrapolar os 
limites da aludida resolução, poderá o Congresso, por 
meio de decreto, sustar o referido ato que exorbitou dos 
limites da delegação legislativa).
Na segunda hipótese, prevista no art. 62 da CF, está 
relacionada a MP (entra com força de lei). Caso o 
Congresso a entenda como inconstitucional, o mesmo 
estará realizando controle de constitucionalidade. 
Controle posterior realizado pelo executivo 
Poderá determinar a não aplicação da lei, por entendê-
la inconstitucional, de forma que a lei perderá sua 
eficácia e poderá ser descumprida pelo Chefe do 
Executivo – discussão por violar o Princípio da 
Supremacia da Constituição, por estar negando-a. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS E VIAS DE CONTROLE 
Existem sistemas e vias de controle judicial da 
constitucionalidade, havendo o critério subjetivo / 
orgânico (difuso ou concentrado) e critério formal 
(sistema pela via incidental / exceção ao caso concreto 
– relacionado ao difuso - e sistema pela via principal / 
em abstrato / direto – relacionado ao concentrado). 
 Quanto ao objeto visado – concreto ou abstrato 
  Controle concreto – relacionado ao controle 
 difuso de constitucionalidade. 
Objeto principal do processo se prende a um interesse 
concreto, direto e pessoal de alguém. 
A alegação de inconstitucionalidade será a causa de 
pedir processual (visa a obtenção de um benefício 
particular e concreto, e não a defesa pura e simples da 
ordem constitucional, a qual é realizada no controle 
concentrado). 
Dessa forma, o objeto principal do processo não é 
declarar a inconstitucionalidade “em tese” do ato 
normativo, mas a obtenção de uma vantagem material 
qualquer (exemplo – não pagar mais impostos) e esse 
controle é feito a partir de um litígio particular (a 
declaração de inconstitucionalidade da norma jurídica 
irá produzir efeitos restritos às partes do processo – 
produz efeito “interpartes”). 
  Podeser pedido pelas partes, MP, de ofício (juiz 
 pode praticar determinados atos independendo 
 do requerimento das partes), pelos tribunais. 
Acredita ser um processo subjetivo por defender 
interesses particulares de alguém – fala-se de um caso 
concreto, em que temos interesses particulares. 
  Controle abstrato – relacionado ao controle 
 concentrado de constitucionalidade. 
Análise da compatibilidade vertical das ações e 
omissões normativas perante a Constituição – não se 
pensa em casos concretos, mas sim na ordem 
constitucional; temos um processo objetivo. 
Declara-se a inconstitucionalidade “em tese” da norma 
jurídica (de forma a autônoma e abstrata, para eliminá- 
la em definitivo, tirá-la do ordenamento). Não quer 
proteger interesses particulares, mas declarar a 
inconstitucionalidade em tese do ato normativo, sendo 
suscitado de forma autônoma, e ao ser declarada sua 
inconstitucionalidade, possui efeito “erga omnes”. 
 
 
 
 Quanto ao monopólio – subjetivo ou orgânico 
  Controle difuso (subjetivo – incidental, 
 relacionado a um interesse particular). 
Em vez de conferir a um único órgão o monopólio da 
jurisdição constitucional, esse modelo garante a todos 
os órgãos do Poder Judiciário de competência para 
verificar a compatibilidade vertical das normas 
infraconstitucionais – desconcentração; implantado no 
Brasil em 1891 sob nítida inspiração americana 
(Marbury VS Madison). 
  Controle concentrado – realizado pelo STF. 
 Reserva de plenário – art. 97, cf 
Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial 
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo do Poder Público – não aplicada à 
decisão de juízo monocrático de primeira instância. 
  Para garantir maior agilidade aos julgamentos, 
 as controvérsias submetidas aos tribunais são 
 apreciadas por órgãos fracionários (turmas ou 
 sessões – uma parte que compõe cada turma). 
 Se forem causas de extrema relevância, deverá 
 ser direcionado a um órgão pleno / especial 
 (exemplo da declaração de 
 inconstitucionalidade, de forma a garantir uma 
 decisão mais segura, com maior reflexão). 
Quando o STF já decidiu a questão constitucional, 
dispensa-se o seu envio ao Plenário ou Órgão Especial. 
E há eficácia obrigatória dos precedentes firmados em 
Plenário pelo STF. Assim, uma vez decidida a questão 
constitucional no Tribunal, as Câmaras ou Turmas não 
mais podem submeter a arguição de 
inconstitucionalidade ao Plenário ou ao Órgão Especial. 
Até porque estes estão proibidos de voltar a tratar da 
questão constitucional sem que presentes os requisitos 
hábeis a justificar a revogação de precedentes, como a 
transformação dos valores sociais ou da concepção 
geral do direito ou, ainda, erro manifesto. 
  Súmula vinculante 10: afirma que se há a 
 necessidade em afastar uma norma, deve ir para 
 o órgão competente, para de fato declarar sua 
 inconstitucionalidade. 
Os órgãos administrativos autônomos (CNJ, CNMP, 
TCU), com a função constitucional de controlar a 
validade de atos administrativos, esses órgãos não 
exercem jurisdição, e sim no exercício de suas funções, 
o afastamento da aplicação de uma lei ou ato normativo, 
de modo incidental, por entendê-lo como 
inconstitucional – aplica-se a eles também o art. 97, CF, 
por analogia. 
 Efeitos de setença 
Em regra geral, a sentença irá valer somente para as 
partes. Porém, quando a sentença declara ser a lei 
inconstitucional (controle difuso realizado 
incidentalmente), produz efeitos retroativos, tornando-a 
nula de pleno direito. 
No controle difuso, via de regra, para as partes os efeitos 
serão interpartes (limitada às partes do processo – de 
acordo com o art. 52, X, caso chegue ao STF, o Senado 
deveria declarar efeito erga omnes. Porém, o STF 
afirma que já possui efeito com sua decisão, devendo 
apenas o Senado dar publicidade a ela) ou ex tunc 
(consagra-se a regra na nulidade – não será sempre 
retroativo, trazendo a questão da modulação dos efeitos 
da decisão também no controle difuso, devendo ter 2/3 
do STF, que irá decidir se irá restringir os efeitos 
daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia 
a partir de seu trânsito em julgado). 
 Controle concentrado 
Seria a análise da compatibilidade vertical das ações e 
omissões normativas perante a Constituição. Declara-se 
inconstitucionalidade “em tese” da norma jurídica, para 
eliminá-la do ordenamento positivo - suscitado de 
forma autônoma, e não dentro se um caso concreto; 
declaração produz efeito erga omnes; processo objetivo 
com a finalidade em resguardar a supremacia da 
Constituição. 
  Ação direta de inconstitucionalidade genérica. 
Ação em que não se tem caso concreto, tendo ação 
voltada unicamente à análise de pedido de 
inconstitucionalidade, que deve ser feita em abstrato, 
tendo a sua sentença efeitos erga omnes. Pode ocorrer 
perante o STF (parâmetro de controle seria a CF) e 
diante dos Tribunais de Justiça (parâmetro de controle 
são as Constituições Estaduais). 
A CF em seu art. 103, afirma quem poderá propor a ação 
direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade. 
  Legitimados universais: Presidente da 
 República, mesa do Senado Federal, mesa da 
 Câmara dos Deputados, Procurador-Geral da 
 República. 
  Legitimados especiais (legitimidade para 
 impugnar normas que diretamente afetem suas 
 esferas jurídicas ou de seus filiados): 
 Governador de Estado ou do Distrito Federal, 
 mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara 
 Legislativa do Distrito Federal.
O art. 102, I, CF dispõe o que poderá ser objeto de 
controle de constitucionalidade. Importante ressaltar 
que não são passíveis de controle as normas 
constitucionais primárias e sim as secundárias. 
Caso a lei ou ato normativo estiver em “vacatio legis”, 
poderá sim ser objeto de controle concentrado. Admite-
se, também, a aferição da constitucionalidade de 
proposta de emenda constitucional antes de sua 
promulgação. São passíveis de controle de 
constitucionalidade as leis no sentido do art. 59, CF. 
 Entende-se que a lei anterior à Constituição não 
pode ser objeto de controle de 
constitucionalidade (inconstitucionalidade 
superveniente). 
 Parâmetro de controle: base a partir de que as 
leis ou os atos normativos são analisados para 
se chegar à conclusão acerca da sua 
constitucionalidade - em princípio, seria a 
Constituição vigente e por consequência, as 
emendas constitucionais seriam também 
parâmetros de controle; tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos, 
aprovados por quórum qualificado no 
Congresso Nacional, são equivalentes às 
emendas constitucionais. 
 Procedimento. 
A ação direta de inconstitucionalidade inicia-se 
mediante a apresentação de petição inicial, que deve ser 
apresentada em duas vias. Exige-se descrição da norma 
apontada como inconstitucional e alusão ao preceito 
constitucional dito violado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Pode ser por ação (positiva – por atuação, trazendo o 
vício formal, orgânica, formal propriamente dita e por 
violação a pressupostos objetivos do ato; vício material, 
associado a conteúdo, vício de decoro parlamentar) ou 
por omissão (negativa – “silêncio legislativo”). 
  Pode-se também encontrar, em relação a vício 
 formal (decorre de afronta ao devido processo 
 legislativo de formação do ato normativo, 
 dando a ideia de movimento, um processo) e 
 material (víciode conteúdo), a denominação 
 respectiva nomodinâmica (processo, gera ideia 
 de movimento) e nomoestática. 
A produção da lei exige que seja observado 
pressupostos para que seja constitucional – CF regula o 
modo como a lei e outros atos normativos primários (art. 
59, CF) devem ser criados, estabelecendo quem têm 
competência para produzi-los e os requisitos 
procedimentais que devem ser observados para a sua 
produção. 
  A inconstitucionalidade formal deriva de 
 defeito na formação do ato normativo, podendo 
 estar na violação de regra de competência ou na 
 desconsideração de requisito procedimental, 
 podendo estar presente na iniciativa, 
 deliberação, votação, sanção / veto 
 promulgação ou publicação (fases do processo 
 legislativo). 
 Inconstitucionalidade formal 
  Orgânica. 
Está relacionada a competência – quem propôs não era 
considerado competente (art. 22, CF – compete 
privativamente a união legislar). Terá vício de 
competência quando a Assembleia Legislativa Estadual 
edita norma em matéria da competência da União (por 
exemplo). 
  Formal propriamente dita. 
Decorre da inobservância do devido processo 
legislativo, havendo vício de competência legislativa e 
no procedimento de elaboração da norma. 
Há vício formal subjetivo (fase da iniciativa – algumas 
leis são de iniciativa exclusiva do Presidente da 
República, sendo o único responsável para dar início ao 
processo legislativo da referida matéria ; também 
confere iniciativa privativa a certos temas a 
determinados órgãos públicos – art. 93, em relação ao 
STF), objetivo (verificado nas demais fases do processo 
legislativo, posteriores à fase de iniciativa – exemplo do 
art. 69, em relação ao quórum de aprovação, caso não 
alcance esse número), 
  Inconstitucionalidade formal por violação de 
 pressupostos objetivos do ato normativo. 
Quando o ato é elaborado em desconformidade com as 
formalidades e procedimentos de índole objetiva 
estabelecidas pela Constituição para sua existência – 
exemplo de uma MP que não possui caráter de 
relevância e urgência. 
 Inconstitucionalidade material 
Relaciona-se com o conteúdo da lei (não conformação 
do ato do legislador, em sua substância, com as regras e 
princípios constitucionais) – liberdade do legislador 
deve estar em conforme com os limites constitucionais. 
  O vício material (de conteúdo) está contrário 
 com aquilo que está dito na CF, não 
 interessando o processo legislativo – exemplo 
 de lei discriminatória que afronta o princípio da 
 igualdade. 
 Vício de decoro parlamentar 
Ocorre quando, na votação de determinada matéria, 
ocorre a situação descrita no art. 55, § 1º, CF (percepção 
de vantagens indevidas – receber para ser favorável a 
determinada situação) – questão de compra de votos 
num processo legislativo de uma emenda 
constitucional. 
  Nessa situação, não seria a norma que estaria 
 maculada e sim a retidão da atividade 
 parlamentar. 
 Inconstitucionalidade por omissão 
Em relação a por ação, há uma norma que não se 
conforma com o texto constitucional (ação visível do 
legislador). Por inação, se quer dizer falta ou ausência 
de lei reputada, ainda que não clara e expressamente, 
essencial para a realização de norma constitucional ou 
para a satisfação de direito fundamental (violação 
negativa do texto constitucional – omissão). 
  Ação direta de inconstitucionalidade por 
 omissão (ADO), seria a ação para tornar efetiva 
 norma constitucional em razão de omissão de 
 qualquer dos Poderes ou Órgão Administrativo. 
  A inércia de qualquer Poder do Estado não 
 necessariamente deriva de uma conduta estatal 
 omissiva no campo do processo legislativo, 
 uma vez que a omissão inconstitucional pode 
 ser total / absoluta (não há norma) ou parcial / 
 relativa (quando há a norma, mas deixa de fora 
 alguma categoria – descumpre o princípio da 
 igualdade).
  Estado de coisa inconstitucional: quadro de 
 violação generalizada de direitos fundamentais, 
 devido a falhas estruturais e falência de 
 políticas públicas e cuja modificação irá 
 depender de medidas abrangentes de natureza 
 normativa, administrativa e orçamentária. 
 Inconstitucionalidade originária e superveniente 
Originária seria expressada no momento da produção da 
norma submetida ao controle de constitucionalidade. 
A superveniente é exteriorizada em momento posterior 
à produção da norma subjugada ao controle de 
constitucionalidade, em decorrência de reforma ou 
mutação constitucional. 
  Se posteriormente, à edição da lei, surge novo 
 texto constitucional, há a possibilidade de 
 indagação se a lei foi revogada ou se a lei 
permanece constitucional - cogita-se 
 inconstitucionalidade superveniente – aceitar o 
 fato da lei pode ter sua validade aferida em face 
 de CF posterior, com base no princípio da 
 supremacia da Constituição. 
 Inconstitucionalidade total e parcial 
Total iria afetar toda a norma sujeita ao controle de 
constitucionalidade – exemplo de regra produzida por 
órgão incompetente ou procedimento inadequado. 
Parcial alcança parcela da norma subordinada ao 
controle de constitucionalidade, sendo possível que o 
vício atinja parte do texto da alínea – reduz o texto (sem 
alterar a expressão literal da lei); muitas acreditam que 
ou todo o texto será inconstitucional ou nada.

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