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Livro do 7 ano de 2020 para revisão do 8 ano

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Prévia do material em texto

LIVRO DO PROFESSOR
CIÊNCIAS
7.° ANO - LIVRO 3
ENSINO FUNDAMENTAL
SAE DIGITAL S/A
Curitiba
2020
SAE DIGITAL S/A
PIP_EF20_7_CIE_L3_LP.indd 1 27/03/2020 13:45:39
Diretoria editorial Lucélia Secco
Coordenação editorial Ednei Leite de Araújo
Edição Adeline G. Teixeira da Silva, Alisson Douglas de Oliveira Lima, Ana Carolina Domanski Barbosa, Carolina 
Lamas, Clarianna Ferreira de Matos, Eduardo Henrique Leal Nunes, Juliana Forvile, Lucas Carvalho Moreira, 
Mariana Rigo Passarin, Tássila Zerbini Monteiro Pereira.
Revisão Camille Chiquetti, Everson Lara, Gabriele Varão, Juliana Basichetti Martins, Kelly Miranda, Pãmela Leal, 
Priscila de Jesus Sousa, Thainara Gabardo, Victor Truccolo
Coordenação de qualidade Mauricio Ragadalli
Qualidade Brunno Freire da Silva Neto, Henrique Moraes Sossélla Advincula Aguiar, Igor Spisila, Mariana Chaves
Cotejo Anna Karolina de Souza, Ludmilla Borinelli, Rafaella Ravedutti, Wagner Revoredo
Supervisão de produção visual Jessica Suelen de Morais
Iconografia Jhennyfer Pertille
Cartografia Júlio Manoel França da Silva
Ilustrações Carlos Morevi, Deny Machado, Scarllet Anderson
Arte da capa Carlos Morevi | good gari/Curioso/Keitma/leungchopan/Shutterstock
Projeto gráfico Gustavo Ribeiro Vieira
Diagramação André Lima, Gustavo Ribeiro Vieira, Jéssica Suelen de Morais, Jéssica Xavier de Carvalho, Leôncio Santana, 
Luana Santos, Luisa Piechnik Souza, Mariana Oliveira, Mateus Marcos Bonn, Ralph Glauber Barbosa, 
Raphaela Candido, Silvia Santos, Thaísa Werner, Thiago Figueiredo Venâncio
Coordenação de Processos Janaina Alves
Processos Janio Lima, Raul Jungles, Vitor Ribeiro
Autor Alysson Ramos Artuso, André Felipe Astrogildo de Lima, Carolina Nowacki, Eliane Razzoto, Iris Stern, 
Marlon Wrublewski, Oromar Baglioli, Roberto Matajs 
Coordenação pedagógica Cristiane Sliva, Jardiel Loretto Filho
Catalogação na Publicação (CIP)
Ensino Fundamental : Ciências : 7.o ano: livro 3 : professor – 1. ed. – 
Curitiba, PR : SAE Digital S/A, 2020.
64 p.
ISBN: 978-85-535-1511-0
1. Ensino Fundamental. 2. Ciências. 3. Educação. 
I. Título.
 CDD: 372.357
  CDU: 168.521:371.1
© 2020 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor 
dos direitos autorais.
Todos os direitos reservados.
SAE DIGITAL S/A. 
R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150 
Mossunguê – Curitiba – PR 
0800 725 9797 | Site: sae.digital 
PIP_EF20_7_CIE_L3_LP.indd 2 01/07/2020 14:35:36
CIÊNCIASCIÊNCIAS IIICIÊNCIAS
Programação anual de conteúdos – Ciências – 7.° ano
Unidades Capítulos Conteúdos Habilidades Aulas
1.
° V
ol
um
e
1. Atmosfera
1. Atmosfera: 
características do ar
• Composição da atmosfera
• Propriedades do ar
EF07CI12 10
2. Industrialização e 
fenômenos atmosféricos
• Poluição atmosférica
• Fenômenos naturais
• Fenômenos antrópicos
EF07CI06
EF07CI12 
EF07CI13
EF07CI14
10
3. Máquinas simples, 
térmicas e elétricas
• Máquinas simples
• Máquinas térmicas
• Máquinas elétricas
EF07CI01
EF07CI02
EF07CI03
EF07CI05
EF07CI06
EF07CI04
10
2.
° V
ol
um
e
2. Ambiente e saúde
1. Sistema cardiovascular
• Órgãos do sistema cardiovascular
• Circulação
• Tipos sanguíneos
• Doenças do sistema cardiovascular
EF06CI06 15
2. Sistema respiratório
• Órgãos do sistema respiratório
• Fisiologia da respiração
• Doenças respiratórias 
EF06CI06
EF07CI09 8
3. Saúde pública
• Indicadores de saúde
• Prevenção de doenças
• Tipos de doenças
• Atuação das vacinas no 
sistema imunológico
EF06CI06
EF07CI09
EF07CI10
EF07CI11
7
3.
° V
ol
um
e
3. Ambiente físico
1. A vida no ambiente
• Ecologia
• Biosfera
• Interações ecológicas
EF07CI07 15
2. A energia e a matéria 
no ambiente
• Relações tróficas
• Cadeia e teias alimentares
• Pirâmides ecológicas
• Biomagnificação trófica
EF07CI07 7
3. Biomas brasileiros
• Caatinga
• Cerrado
• Floresta Amazônica
• Mata Atlântica
• Pampa
• Pantanal
EF07CI07
EF07CI08 8
4.
° V
ol
um
e
4. Estrutura da Terra
1. Deriva Continental
• Teoria da Pangeia
• Separação dos continentes
• Argumentos da teoria da 
deriva continental
EF07CI16 8
2. Placas tectônicas • Organização das placas tectônicas• Abalos sísmicos e tsunamis
EF07CI15 8
3. Vulcanismo
• Rochas magmáticas
• Partes de um vulcão
• Erupções vulcânicas
EF07CI15 14
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CIÊNCIASCIÊNCIASIV CIÊNCIAS
Conheça as seções, os boxes e os ícones do seu livro
ATIVIDADES
Geralmente esta seção está no � nal de cada 
capítulo. Seu objetivo é levá -lo a rever os con-
teúdos estudados. 
PARA SABER MAIS
Indica o momento de aprofundar ou ampliar 
algum aspecto do conteúdo que você está 
estudando no capítulo.
CONEXÃO
Este é um espaço que apresenta texto e 
atividades que fazem a articulação entre 
diversos conteúdos.
INTERAÇÃO
Quando aparecer esta seção, será proposto um 
trabalho em grupo, como debate, pesquisa e 
elaboração de painel.
PARA IR ALÉM
Aqui você encontra dicas de leituras, músicas 
ou vídeos para aprofundar seu conhecimento.
COLOCANDO EM PRÁTICA
É um espaço que apresenta exercícios resolvidos 
para você compreender a sua sistematização.
TER ATITUDE
Esta seção apresenta uma proposta para um 
trabalho prático.
DESENVOLVER E APLICAR
Esta seção propõe atividades investigativas e 
motivadoras para você resolver individualmente. 
Este ícone indica que há uma Realidade 
aumentada que pode ser acessada com 
o celular ou tablet.
Quando aparecer este ícone, será a hora 
de exercitar a oralidade com os colegas 
de turma.
DE OLHO NA PROVA
É uma seção exclusiva para o 9.º ano e apre-
senta questões de provas para auxiliar você a 
ingressar no Ensino Médio.
EM TEMPO
É o momento de recordar uma ideia ou uma 
fórmula já estudada. Pode apresentar, também, 
a explicação ou o signi� cado de um termo ou 
de um conteúdo apresentado no texto.
Esta seção aparece quando há necessi-
dade de explicar os procedimentos para 
realização de uma atividade.realização de uma atividade.COMO
FA
ZE
R
É um espaço que apresenta relações entre o conteúdo que você 
está estudando e as tecnologias referentes a ele. 
CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Este ícone indica o 
desenvolvimento 
da educação para o 
consumo consciente.
PIP_EF20_7_CIE_L3_LP.indd 4 27/03/2020 13:45:41
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Ciências
Unidade 3 | Ambiente físico
Capítulo 1 | A vida no ambiente .......................................................................... 260
Capítulo 2 | A energia e a matéria no ambiente ........................................ 274
Capítulo 3 | Biomas brasileiros ............................................................................ 288
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260 CIÊNCIAS
Objetivos do capítulo
• Identificar os elementos 
que compõem os diferentes 
ambientes da Terra. 
• Conhecer e conceituar os 
principais termos empregados 
em Ecologia. 
• Reconhecer a Ecologia 
como a ciência que estuda as 
interações dos organismos nos 
ecossistemas. 
• Identificar os elementos 
naturais que compõem a 
biosfera. 
• Compreender a organização 
da biosfera, desde o organismo 
até os biomas. 
• Reconhecer as diferentes 
interações ecológicas que 
podem ocorrer entre os 
organismos vivos. 
Realidade aumentada
• Insetos sociais
Encaminhamento 
metodológico
Em toda esta unidade, 
trabalharemos a habilidade 
EF07CI07, que trata das carac-
terísticas dos principais ecos-
sistemas brasileiros quanto 
à paisagem, à quantidade de 
água, ao tipo de solo, à dis-
ponibilidade de luz solar, à 
temperatura etc., correlacio-
nando esses elementos à flora 
e à fauna específicas. Será dado 
enfoque às interações entre os 
seres vivos no ambiente e com 
o ambiente, buscando sensibili-
zar o aluno sobre a importância 
dos estudos da Ecologia para 
a compreensão da dinâmica e 
das diferentes relações entre o 
meio e os seres vivos.
O objetivo é fazer com que 
os alunos compreendam a orga-
nização da biosferaem espaços 
menores, como os biomas, e de 
que forma as condições ambien-
tais influenciam na distribuição 
e na sobrevivência dos seres em 
diferentes espaços da Terra. 
Nesse momento, explore 
a imagem de abertura com 
os alunos, faça as perguntas 
propostas e questione-os sobre 
qual é a relação entre o ser humano e o ambiente. Pergunte quais seres vivos podem 
ser reconhecidos na imagem e quais podem estar presentes mesmo que não apareçam. 
Pergunte também o que entendem por biosfera, biodiversidade, ecossistema, entre 
outros conceitos da Ecologia. Nesse momento, não é importante que os alunos res-
pondam corretamente a essas questões, mas que eles sejam mobilizados a pensar nos 
conteúdos que serão trabalhados. Se julgar oportuno, retome essas perguntas no fim 
do capítulo para verificar a progressão do conhecimento da turma.
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A vida no ambiente
O ambiente é o local que comporta elementos vivos (plantas, animais, microrganismos etc.) e não 
vivos (água, ar, rochas etc.). Ele envolve e abriga a vida do planeta. É nele que os seres vivos nascem 
e encontram recursos para se desenvolver. Todos os ambientes, sejam os terrestres, os aquáticos ou a 
atmosfera, fazem parte do que chamamos de biosfera terrestre. 
Muitos animais que vivem no Brasil não são encontrados na China. Por que isso ocorre? 
Os seres vivos distribuem-se nos ambientes de acordo, principalmente, com a adaptação do seu 
organismo ao clima do local. Devido à posição e aos movimentos do planeta, a incidência de raios solares 
é diferente em cada região, e é isso que desenvolve as diferentes regiões climáticas encontradas na Terra.
Nas regiões polares, o clima é mais frio na maior parte do ano, formando grandes áreas de gelo. 
Esses ambientes não têm vegetação e poucos animais os habitam, como os ursos-polares (no Polo 
Norte) e os pinguins (no Polo Sul). Nas regiões temperadas, as estações são bem marcadas e apresentam 
neve no inverno. Há formações de florestas com grandes 
árvores e diversos animais. Nas regiões tropicais, as tempera-
turas são mais quentes e o clima é úmido, o que propicia a 
formação de grandes florestas, como a Floresta Amazônica e 
a Mata Atlântica. Devido à abundância de recursos nessas 
florestas, a biodiversidade de fauna e flora é bastante rica. 
A ciência que estuda a organização da biosfera e as rela-
ções dos seres vivos com o ambiente é denominada Ecologia. 
Ecologia 
O termo Ecologia foi usado pela primeira vez em 1869 por Ernst Haeckel, que o definiu como “o 
estudo científico das interações entre os organismos e seu ambiente”. 
A Ecologia moderna pode ser definida como o estudo das interações que determinam a distribuição 
e a abundância dos organismos nos ambientes ao longo do tempo. Da mesma forma que o ambiente 
natural afeta os organismos, uma vez que é onde encontram alimento e abrigo, os seres vivos também 
alteram o ambiente em que vivem.
Para que possamos entender como cuidar e preservar os ambientes naturais, é necessário conhe-
cermos a estrutura e o funcionamento desses locais. Para isso, são realizados estudos ecológicos com 
base em observações de campo e em experimentos. Esses estudos são importantes para testar teorias 
e tomar decisões a respeito da gestão e da conservação dos recursos naturais.
EM TEMPO
Clima: conjunto de condições atmos-
féricas (temperatura, umidade etc.) que 
caracterizam uma região.
Fauna: conjunto de espécies de animais 
característicos de determinada região.
Flora: conjunto de espécies de vegetais 
que caracterizam determinada região.
EM TEMPO
Recursos naturais: elementos da natu-
reza que podem ser utilizados pelo ser 
humano, como a água, a flora, a fauna, o 
solo, os minerais etc.
261CIÊNCIAS
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• A vida no ambiente
• Ecologia
• Organização da biosfera
• Interações ecológicas
Ambiente físico
1. A vida no ambiente
Ao olharmos para uma paisagem, como a da imagem de abertura, provavelmente não imaginamos o 
quanto de vida existe em um cenário como esse. Cada centímetro de um ambiente pode conter centenas de 
seres vivos. Por isso, o conhecimento da estrutura e do funcionamento dos ambientes naturais é essencial 
para o cuidado e a preservação desses locais. Você sabe qual é a área da Biologia que estuda os ambientes? 
Quantos tipos de ambiente existem em nosso planeta? Como eles são classificados? 
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261CIÊNCIAS
Encaminhamento metodológico
Retome com os alunos a forma e os movimentos do planeta, estudados no 6.° 
ano. Essas informações serão importantes para que eles possam compreender por que 
há variação de clima nas diferentes regiões do planeta. Se possível, converse com o 
professor de Geografia para reforçar esses conceitos. 
Comece a explicar aos alunos os conceitos de Ecologia e esclareça-lhes que, além 
das relações existentes entre os seres vivos, há uma forte relação desses seres com o 
meio abiótico e os fatores ambientais (clima). A alteração dos fatores, como o excesso 
de chuva ou de vento, pode afetar o desenvolvimento dos animais e das plantas. 
Esclareça também que, embora nem todos sejam visíveis, existem seres vivos 
em cada canto da biosfera, inclusive nas regiões mais frias do planeta, como nos polos 
terrestres. 
Dica para ampliar 
o trabalho
As seções Interação, 
Desenvolver e aplicar, Ciências 
e tecnologia, Conexão e Ter 
atitude podem aparecer durante 
este capítulo. Elas apresentam 
atividades contextualizadas que 
buscam a interação dos alunos 
com os saberes dos colegas e 
informações provenientes de 
diferentes textos e imagens.
Já a seção Atividades
apresenta exercícios com 
outro objetivo: sistematizar, de 
maneira direta, os conteúdos 
trabalhados.
O mapa conceitual pode 
ser trabalhado ao longo do 
capítulo, como revisão de con-
teúdos à medida que se encerra 
cada assunto, ou apenas ao fim 
do conteúdo, como esquema de 
revisão. Se preferir, apresente-o 
no início do capítulo, para que 
os alunos estejam cientes do 
que será ensinado.
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A vida no ambiente
O ambiente é o local que comporta elementos vivos (plantas, animais, microrganismos etc.) e não 
vivos (água, ar, rochas etc.). Ele envolve e abriga a vida do planeta. É nele que os seres vivos nascem 
e encontram recursos para se desenvolver. Todos os ambientes, sejam os terrestres, os aquáticos ou a 
atmosfera, fazem parte do que chamamos de biosfera terrestre. 
Muitos animais que vivem no Brasil não são encontrados na China. Por que isso ocorre? 
Os seres vivos distribuem-se nos ambientes de acordo, principalmente, com a adaptação do seu 
organismo ao clima do local. Devido à posição e aos movimentos do planeta, a incidência de raios solares 
é diferente em cada região, e é isso que desenvolve as diferentes regiões climáticas encontradas na Terra.
Nas regiões polares, o clima é mais frio na maior parte do ano, formando grandes áreas de gelo. 
Esses ambientes não têm vegetação e poucos animais os habitam, como os ursos-polares (no Polo 
Norte) e os pinguins (no Polo Sul). Nas regiões temperadas, as estações são bem marcadas e apresentam 
neve no inverno. Há formações de florestas com grandes 
árvores e diversos animais. Nas regiões tropicais, as tempera-
turas são mais quentes e o clima é úmido, o que propicia a 
formação de grandes florestas, como a Floresta Amazônica e 
a Mata Atlântica. Devido à abundância de recursos nessas 
florestas, a biodiversidade de fauna e flora é bastante rica. 
A ciência que estuda a organização da biosfera e as rela-
ções dos seres vivos com o ambiente é denominada Ecologia. 
Ecologia 
O termo Ecologia foi usado pela primeira vez em 1869 por Ernst Haeckel, que o definiu como “o 
estudo científico das interações entre os organismose seu ambiente”. 
A Ecologia moderna pode ser definida como o estudo das interações que determinam a distribuição 
e a abundância dos organismos nos ambientes ao longo do tempo. Da mesma forma que o ambiente 
natural afeta os organismos, uma vez que é onde encontram alimento e abrigo, os seres vivos também 
alteram o ambiente em que vivem.
Para que possamos entender como cuidar e preservar os ambientes naturais, é necessário conhe-
cermos a estrutura e o funcionamento desses locais. Para isso, são realizados estudos ecológicos com 
base em observações de campo e em experimentos. Esses estudos são importantes para testar teorias 
e tomar decisões a respeito da gestão e da conservação dos recursos naturais.
atmosfera, fazem parte do que chamamos de 
Muitos animais que vivem no Brasil não são encontrados na China. Por que isso ocorre? 
Os seres vivos distribuem-se nos ambientes de acordo, principalmente, com a adaptação do seu 
organismo ao 
Norte) e os pinguins (no Polo Sul). Nas regiões temperadas, as estações são bem marcadas e apresentam 
EM TEMPO
Clima: conjunto de condições atmos-
féricas (temperatura, umidade etc.) que 
caracterizam uma região.
Fauna: conjunto de espécies de animais 
característicos de determinada região.
Flora: conjunto de espécies de vegetais 
que caracterizam determinada região.
EM TEMPO
Recursos naturais: elementos da natu-
reza que podem ser utilizados pelo ser 
humano, como a água, a flora, a fauna, o 
solo, os minerais etc.
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• A vida no ambiente
• Ecologia
• Organização da biosfera
• Interações ecológicas
Ambiente físico
1. A vida no ambiente
Ao olharmos para uma paisagem, como a da imagem de abertura, provavelmente não imaginamos o 
quanto de vida existe em um cenário como esse. Cada centímetro de um ambiente pode conter centenas de 
seres vivos. Por isso, o conhecimento da estrutura e do funcionamento dos ambientes naturais é essencial 
para o cuidado e a preservação desses locais. Você sabe qual é a área da Biologia que estuda os ambientes? 
Quantos tipos de ambiente existem em nosso planeta? Como eles são classificados? 
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262 CIÊNCIAS
Encaminhamento 
metodológico
Mostre aos alunos a ima-
gem que representa os elemen-
tos da biosfera e explique sobre 
a importância desses elemen-
tos para a sobrevivência dos 
seres vivos.
Na ilustração, identifique 
com os alunos o ponto mais 
alto e o mais profundo da Terra. 
Caso eles não consigam visua-
lizar, busque por imagens e 
vídeos que retratem esses locais.
Dica para ampliar 
o trabalho
Procure vídeos que 
abordem o planeta Terra e seus 
diferentes ambientes em sites, 
como o YouTube, e mostre-os 
aos alunos.
Para saber mais sobre a 
Fossa das Marianas, acesse o 
artigo disponível no link: https://
marsemfim.com.br/fossa-das-
marianas/. Esse texto trata da 
descoberta e das explorações 
desse local, apresentando, 
inclusive, um vídeo que mostra 
o mergulho do cineasta James 
Cameron.
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01
Quer conhecer os habitantes de grandes profundezas marinhas? Assista ao 
vídeo Primeiras Imagens do Fundo do Mar da Antártida, da série Planeta Azul, que 
pode ser acessado no link a seguir. Nesse vídeo, os pesquisadores mostram as 
diferentes formas de vida encontradas a cerca de 8 mil metros de profundidade.
• https://www.youtube.com/watch?v=H-LlSM5wO-M 
PARA IR ALÉM
Organização da biosfera
A biosfera pode ser organizada em unidades menores. Os diferentes 
níveis dessa organização foram criados para facilitar os estudos e repre-
sentam uma complexidade gradual, envolvendo todos os componentes 
vivos e não vivos do ambiente. Observe o esquema a seguir. 
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População
Indivíduo
(organismo)
Biocenose 
(comunidade)
Bioma
Ecossistema
Representação esquemática dos níveis de organização da biosfera.
Biosfera
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A lula-de-humboldt 
(Dosidicus gigas) 
é um dos animais 
encontrados nas 
profundezas marinhas. 
Ela pode chegar a medir 1,5 m.
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Biosfera
Entende-se por biosfera as camadas do planeta que são habitadas por organismos vivos e que 
compreendem a atmosfera e cada espaço da superfície da crosta terrestre. 
A palavra biosfera é formada pela união 
de dois termos gregos: bio (vida) e sfaira
(esfera). Sendo assim, biosfera significa esfera 
da vida. Esse termo foi criado no século XIX, 
em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard 
Suess (1831-1914). 
Suess observou que só existiam seres vi-
vos em determinadas condições ambientais 
e que, para sobreviver, eles dependiam da 
disponibilidade de água e de gás oxigênio, 
do tipo de solo, das temperaturas, da lumino-
sidade, entre outros fatores. Assim, definiu-se 
biosfera como os lugares da superfície da 
Terra onde os seres vivos encontram condi-
ções para se desenvolver. 
Em 1920, o geólogo russo Vladimir 
Vernadsky (1863-1945) ampliou o conceito 
de biosfera ao afirmar que todos os seres 
vivos são inseparáveis e continuamente co-
nectados ao ambiente que os cerca, isto é, 
que há total dependência entre seres vivos e 
ambiente físico.
A biosfera é constituída por três elemen-
tos naturais fundamentais para a vida, que são 
os componentes abióticos: 
• Atmosfera – camada formada pelo ar.
• Hidrosfera – camada formada pela 
água.
• Litosfera – camada formada pelas ro-
chas e pelos solos, ou seja, pela crosta 
terrestre.
Os limites extremos da biosfera vão dos 
11 km de profundidade da Fossa das Marianas, 
no Oceano Pacífico, até os mais de 8 km de al-
titude das altas montanhas do Monte Everest.
Com base nos conhecimentos e nos estu-
dos recentes, pode-se afirmar que a biosfera 
terrestre é única, pois não há presença de seres 
vivos, como os que conhecemos atualmente, 
em outros corpos celestes. 
Representação dos limites extremos da biosfera: 
Fossa das Marianas e Monte Everest.
Monte Everest
Fossa das Marianas
Localização
Himalaia – na Ásia
Localização
Oceano Pacífico
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Atmosfera
Crosta terrestre
Hidrosfera
Representação dos elementos naturais da biosfera.
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262 CIÊNCIAS
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263CIÊNCIAS
Encaminhamento metodológico
Na seção Para ir além, incentive os alunos a assistirem ao documentário da série 
Planeta Azul, que mostra diversos organismos que vivem no mar da Antártida. A série os 
ajudará a compreender melhor o porquê de as grandes profundidades serem conside-
radas partes da biosfera. 
No tópico Organização da biosfera, utilize o esquema para explorar os concei-
tos de cada um dos termos ecológicos. Esses conceitos serão definidos nas próximas 
páginas.
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Quer conhecer os habitantes de grandes profundezas marinhas? Assista ao 
vídeo Primeiras Imagens do Fundo do Mar da Antártida, da série Planeta Azul, que 
pode ser acessado no link a seguir. Nesse vídeo, os pesquisadores mostram as 
diferentes formas de vida encontradas a cerca de 8 mil metros de profundidade.
• https://www.youtube.com/watch?v=H-LlSM5wO-M 
PARA IR ALÉM
Organização da biosfera
A biosfera pode ser organizada em unidades menores. Os diferentes 
níveis dessa organização foram criados para facilitar os estudos e repre-
sentam uma complexidade gradual, envolvendo todos os componentes 
vivos e não vivos do ambiente. Observe o esquema a seguir. 
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População
Indivíduo
(organismo)
Biocenose 
(comunidade)
Bioma
Ecossistema
Representação esquemática dos níveis de organização da biosfera.
Biosfera
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A lula-de-humboldt 
(Dosidicus gigas) 
é um dos animais 
encontrados nas 
profundezas marinhas. 
Ela pode chegar a medir 1,5 m.
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BiosferaEntende-se por biosfera as camadas do planeta que são habitadas por organismos vivos e que 
compreendem a atmosfera e cada espaço da superfície da crosta terrestre. 
A palavra biosfera é formada pela união 
de dois termos gregos: bio (vida) e sfaira
(esfera). Sendo assim, biosfera significa esfera 
da vida. Esse termo foi criado no século XIX, 
em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard 
Suess (1831-1914). 
Suess observou que só existiam seres vi-
vos em determinadas condições ambientais 
e que, para sobreviver, eles dependiam da 
disponibilidade de água e de gás oxigênio, 
do tipo de solo, das temperaturas, da lumino-
sidade, entre outros fatores. Assim, definiu-se 
biosfera como os lugares da superfície da 
Terra onde os seres vivos encontram condi-
ções para se desenvolver. 
Em 1920, o geólogo russo Vladimir 
Vernadsky (1863-1945) ampliou o conceito 
de biosfera ao afirmar que todos os seres 
vivos são inseparáveis e continuamente co-
nectados ao ambiente que os cerca, isto é, 
que há total dependência entre seres vivos e 
ambiente físico.
A biosfera é constituída por três elemen-
tos naturais fundamentais para a vida, que são 
os componentes abióticos: 
• Atmosfera – camada formada pelo ar.
• Hidrosfera – camada formada pela 
água.
• Litosfera – camada formada pelas ro-
chas e pelos solos, ou seja, pela crosta 
terrestre.
Os limites extremos da biosfera vão dos 
11 km de profundidade da Fossa das Marianas, 
no Oceano Pacífico, até os mais de 8 km de al-
titude das altas montanhas do Monte Everest.
Com base nos conhecimentos e nos estu-
dos recentes, pode-se afirmar que a biosfera 
terrestre é única, pois não há presença de seres 
vivos, como os que conhecemos atualmente, 
em outros corpos celestes. 
Representação dos limites extremos da biosfera: 
Fossa das Marianas e Monte Everest.
Monte Everest
Fossa das Marianas
Localização
Himalaia – na Ásia
Localização
Oceano Pacífico
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Atmosfera
Crosta terrestre
Hidrosfera
Representação dos elementos naturais da biosfera.
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Ecossistema
Os ecossistemas são formados pelo conjunto de comunidades 
biológicas (fatores bióticos) e pelas características físicas e químicas 
(fatores abióticos) de um local, como a luminosidade, a umidade, 
a temperatura do ambiente, o tipo de solo etc. Nos ecossistemas, 
observamos com maior clareza a inter-relação entre os seres vivos 
e o ambiente físico. Assim, um ecossistema pode ser observado até 
em uma poça de água. 
Os ecossistemas podem ser classificados em aquáticos ou ter-
restres. Os terrestres compreendem as florestas, os desertos, os campos etc. Os aquáticos, por sua vez, 
são os ambientes de rios, lagoas, lagos, mares, oceanos, zonas litorâneas, estuários e zonas oceânicas. 
Biomas
Os biomas (bio = clima + oma = grupo) são formados 
pelo conjunto de ecossistemas interligados, os quais apre-
sentam grandes e complexas comunidades biológicas. 
Estendem-se por grandes áreas geográficas e possuem 
características peculiares de vegetação, clima, relevo e 
hidrografia. Os diferentes biomas são definidos, principal-
mente, pelo tipo de vegetação apresentado que depende 
do ambiente físico (solo) e do clima. A biosfera apresenta 
seis biomas mundiais: Tundra, Taiga, Floresta Temperada, 
Floresta Tropical, Desertos e Campos. No Brasil, são reco-
nhecidos seis biomas: Cerrado, Caatinga, Amazônia, Mata 
Atlântica, Pantanal e Pampa. 
EM TEMPO
Estuários: formados em regiões 
onde ocorre o encontro da água 
dos rios com a do mar, o qual tem 
sua salinidade reduzida devido à 
mistura com a água doce dos rios. 
Esse ambiente é rico em nutrientes 
e é considerado um berçário da 
vida aquática.
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O Pantanal é um bioma formado por diversos 
ecossistemas, os quais apresentam uma 
grande biodiversidade de seres vivos.
O que é um ecossistema e um bioma?
[...] Um ecossistema é um conjunto formado pelas interações entre componentes bió-
ticos, como os organismos vivos (plantas, animais e micróbios), e componentes abióticos, 
que são os elementos químicos e físicos (ar, água, solo e minerais). Esses componentes 
interagem através das transferências de energia dos organismos vivos entre si e entre os 
demais elementos de seu ambiente.
Como são definidos pela rede de interações entre organismos e entre eles e seu am-
biente, ecossistemas podem ter qualquer tamanho. Como é difícil determinar os limites de 
um ecossistema, convenciona-se adotar distinções para a compreensão e possibilidade de 
investigação científica. Assim temos, inicialmente, uma separação entre os meios aquático 
e terrestre. [...]
O bioma [...] pode ser definido como uma grande área de vida formada por um com-
plexo de ecossistemas com características homogêneas. [...] Por exemplo, existe o bioma 
da Mata Atlântica e, dentro dele, há ecossistemas, como a floresta ombrófila densa, a mata 
de araucária, os campos de altitude, a restinga e os manguezais. [...]
O QUE é um Ecossistema e um Bioma. Dicionário Ambiental. O eco, Rio de Janeiro, jul. 2014. Disponível em: https://www.
oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/. Acesso em: 13 fev. 2020. Adaptado.
PARA SABER MAIS
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Roberto Tetsuo Okamura/Shutterstock
Nesta imagem, é possível observar 
diversas populações (jaburus, garças, 
jacarés e diferentes espécies de plantas) 
convivendo em um mesmo ambiente.
Indivíduo
A palavra indivíduo caracteriza cada organismo de 
uma espécie, sendo considerado a unidade fundamental 
da Ecologia.
População
O termo população diz respeito ao conjunto de indiví-
duos de uma mesma espécie que vive em determinada região, onde 
esses indivíduos se desenvolvem e se reproduzem. Quando os recursos 
naturais são abundantes e há condições ambientais apropriadas, as 
populações podem aumentar rapidamente.
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População de jaburus no Pantanal – Mato Grosso. 
Biocenose
A biocenose, também chamada de comunidade, é o conjunto de populações de diferentes espécies 
que coexistem na mesma região e mantêm suas relações em equilíbrio com o ambiente. O local onde 
vive uma comunidade é chamado de biótopo e pode apresentar diferentes tamanhos. A biocenose 
sofre ação de fatores ambientais, como luminosidade, umidade, temperatura etc. 
Ondrej Prosicky/Shutterstock
Jaburu, ou tuiuiú, 
indivíduo isolado 
da população.
264 CIÊNCIAS
Encaminhamento 
metodológico
Trabalhe com os alunos o 
conceito de biocenose, bus-
cando novos exemplos além 
dos citados no Livro do aluno. 
Explique à turma que biocenose 
é sinônimo de comunidade e 
que determinado local pode ser 
habitado por diferentes espé-
cies de organismos que usu-
fruem dos recursos ambientais, 
formando a comunidade local. 
Se julgar oportuno, apresente 
imagens de comunidades diver-
sas aos alunos para que possam 
compreender melhor o que é 
uma biocenose. Essas imagens 
podem ser encontradas em sites 
de busca da internet. Ao mostrar 
as imagens, peça aos alunos que 
identifiquem os indivíduos e as 
populações.
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Encaminhamento metodológico
Ao trabalhar o conceito de ecossistema, comente com os alunos que os ambien-
tes do planeta devem estar em equilíbrio climático para permitir o desenvolvimento e o 
aumento de populações. O sucesso de um organismo depende das relações dele com o 
ambiente físico e biológico.
Mencione que os biomas apresentam características climáticas e vegetação es-
pecíficas, as quais serão estudadas mais detalhadamente no terceiro capítulo. Explique 
aos alunos que a vida no planeta depende de elementos fundamentais, que são a luz e 
o calordo Sol, bem como a água no estado líquido. Ressalte também que a quantidade 
de energia solar que atinge a Terra e a presença de água interferem no clima e estabe-
lecem o tipo de vida presente em determinada região.
Assim como o ambiente terrestre, o aquático também sofre a ação dos fatores 
abióticos, como a temperatura, as incidências de raios solares e a salinidade. Além 
desses fatores, esse ambiente aquático sofre com a ação do movimento da água, assim 
como o terrestre sofre com a 
ação dos ventos. Leia a seção 
Para saber mais com os alunos e 
reforce, de maneira comparati-
va, os conceitos de ecossistema 
e bioma, mostrando a diferença 
entre eles.
Dica para ampliar 
o trabalho
Se julgar oportuno, co-
mente com os alunos a impor-
tância dos ecossistemas para a 
humanidade, explicando-lhes o 
que são serviços ecossistêmicos 
e ambientais. O texto a seguir 
pode auxiliá-lo nessa explicação. 
Serviços ambientais
Os Serviços Ecossistêmicos 
(SE) são os benefícios que o ser 
humano obtém dos ecossis-
temas. Estes incluem serviços 
de provisão, como alimentos e 
água; regulação, como a re-
gulação de inundações, secas, 
degradação do solo; serviços 
de suporte, como formação do 
solo e ciclagem de nutrientes; e 
serviços culturais, como de la-
zer, espiritual, religioso e outros 
benefícios não materiais (MEA, 
2005). Já os Serviços Ambientais 
(SA) são definidos como os 
benefícios ambientais resultan-
tes de intervenções intencionais 
da sociedade na dinâmica dos 
ecossistemas (Muradian et al., 
2010). Referem-se ao manejo 
conservacionista do solo e da 
água, restauração florestal, entre 
outros.
Os autores tratam, na 
maioria das vezes, os concei-
tos de serviços ambientais e 
serviços ecossistêmicos como 
sinônimos. Entretanto, nos 
meios acadêmicos e científicos 
o termo Serviços Ecossistêmicos 
é mais evidente e, por isso, tem 
sido preferencial nas pesquisas 
da Embrapa. Apesar disso, o 
título da rede foi mantido como 
Serviços Ambientais, com o pro-
pósito de maior compreensão e 
comunicação com a sociedade 
como um todo.
SERVIÇOS Ambientais. Embrapa. 
Disponível em: https://www.
embrapa.br/tema-servicos-
ambientais/sobre-o-tema. Acesso 
em: 28 jan. 2020.
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Ecossistema
Os ecossistemas são formados pelo conjunto de comunidades 
biológicas (fatores bióticos) e pelas características físicas e químicas 
(fatores abióticos) de um local, como a luminosidade, a umidade, 
a temperatura do ambiente, o tipo de solo etc. Nos ecossistemas, 
observamos com maior clareza a inter-relação entre os seres vivos 
e o ambiente físico. Assim, um ecossistema pode ser observado até 
em uma poça de água. 
Os ecossistemas podem ser classificados em aquáticos ou ter-
restres. Os terrestres compreendem as florestas, os desertos, os campos etc. Os aquáticos, por sua vez, 
são os ambientes de rios, lagoas, lagos, mares, oceanos, zonas litorâneas, estuários e zonas oceânicas. 
Biomas
Os biomas (bio = clima + oma = grupo) são formados 
pelo conjunto de ecossistemas interligados, os quais apre-
sentam grandes e complexas comunidades biológicas. 
Estendem-se por grandes áreas geográficas e possuem 
características peculiares de vegetação, clima, relevo e 
hidrografia. Os diferentes biomas são definidos, principal-
mente, pelo tipo de vegetação apresentado que depende 
do ambiente físico (solo) e do clima. A biosfera apresenta 
seis biomas mundiais: Tundra, Taiga, Floresta Temperada, 
Floresta Tropical, Desertos e Campos. No Brasil, são reco-
nhecidos seis biomas: Cerrado, Caatinga, Amazônia, Mata 
Atlântica, Pantanal e Pampa. 
EM TEMPO
Estuários: formados em regiões 
onde ocorre o encontro da água 
dos rios com a do mar, o qual tem 
sua salinidade reduzida devido à 
mistura com a água doce dos rios. 
Esse ambiente é rico em nutrientes 
e é considerado um berçário da 
vida aquática.
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O Pantanal é um bioma formado por diversos 
ecossistemas, os quais apresentam uma 
grande biodiversidade de seres vivos.
O que é um ecossistema e um bioma?
[...] Um ecossistema é um conjunto formado pelas interações entre componentes bió-
ticos, como os organismos vivos (plantas, animais e micróbios), e componentes abióticos, 
que são os elementos químicos e físicos (ar, água, solo e minerais). Esses componentes 
interagem através das transferências de energia dos organismos vivos entre si e entre os 
demais elementos de seu ambiente.
Como são definidos pela rede de interações entre organismos e entre eles e seu am-
biente, ecossistemas podem ter qualquer tamanho. Como é difícil determinar os limites de 
um ecossistema, convenciona-se adotar distinções para a compreensão e possibilidade de 
investigação científica. Assim temos, inicialmente, uma separação entre os meios aquático 
e terrestre. [...]
O bioma [...] pode ser definido como uma grande área de vida formada por um com-
plexo de ecossistemas com características homogêneas. [...] Por exemplo, existe o bioma 
da Mata Atlântica e, dentro dele, há ecossistemas, como a floresta ombrófila densa, a mata 
de araucária, os campos de altitude, a restinga e os manguezais. [...]
O QUE é um Ecossistema e um Bioma. Dicionário Ambiental. O eco, Rio de Janeiro, jul. 2014. Disponível em: https://www.
oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/. Acesso em: 13 fev. 2020. Adaptado.
PARA SABER MAIS
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Nesta imagem, é possível observar 
diversas populações (jaburus, garças, 
jacarés e diferentes espécies de plantas) 
convivendo em um mesmo ambiente.
Indivíduo
A palavra indivíduo caracteriza cada organismo de 
uma espécie, sendo considerado a unidade fundamental 
da Ecologia.
População
O termo população diz respeito ao conjunto de indiví-
duos de uma mesma espécie que vive em determinada região, onde 
esses indivíduos se desenvolvem e se reproduzem. Quando os recursos 
naturais são abundantes e há condições ambientais apropriadas, as 
populações podem aumentar rapidamente.
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População de jaburus no Pantanal – Mato Grosso. 
Biocenose
A biocenose, também chamada de comunidade, é o conjunto de populações de diferentes espécies 
que coexistem na mesma região e mantêm suas relações em equilíbrio com o ambiente. O local onde 
vive uma comunidade é chamado de biótopo e pode apresentar diferentes tamanhos. A biocenose 
sofre ação de fatores ambientais, como luminosidade, umidade, temperatura etc. 
Ondrej Prosicky/Shutterstock
Jaburu, ou tuiuiú, 
indivíduo isolado 
da população.
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Ambiente e ecologia
Hábitat
Você provavelmente já ouviu falar em hábitat, mas você sabe o que significa esse termo?
O hábitat pode ser definido como o local em que uma espécie vive, se desenvolve, se reproduz e se 
alimenta. Por exemplo, ao afirmar que determinada espécie é encontrada na Região Amazônica, como 
o boto-cor-de-rosa, estamos nos referindo ao seu hábitat mais amplo. Porém, se dissermos que uma 
espécie é encontrada nas águas rasas da Bacia Amazônica, como o peixe-boi, estamos nos referindo 
ao seu hábitat específico. 
O hábitat fornece as condições necessárias à sobrevivência dos indivíduos, como abrigo, alimento 
e clima propício. Se a espécie for retirada desse local, ela poderá não se adaptar ao novo ambiente e até 
mesmo morrer. Por exemplo, se retirarmos uma planta do solo argiloso e a colocarmos em um ambiente 
aquático, certamente ela não sobreviverá. 
Peixe-boi.
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Boto-cor-de-rosa.
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Nicho ecológico
Você já ouvir falar em nicho ecológico? Tem ideia do que esse termo significa?
O nicho ecológico é uma expressão que corresponde à posição ocupada por uma espécie dentro 
de seu hábitat, ou seja, é o conjunto derecursos que uma espécie utiliza ou de que ela precisa para 
sobreviver. Esses recursos variam desde a quantidade de luz e alimentos até o tipo de solo que a espécie 
habita. Por exemplo, o lobo-guará e o tamanduá-bandeira habitam o Cerrado; o primeiro é onívoro, 
portanto se alimenta de frutos e, na seca, da caça de pequenos animais; o segundo só se alimenta de 
insetos (cupim, formigas). Dessa forma, é possível observar que eles habitam o mesmo hábitat, mas 
não compartilham do mesmo nicho ecológico.
Tamanduá-bandeira.
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Lobo-guará.
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Você provavelmente já ouviu falar em hábitat, mas você sabe o que significa esse termo?
O hábitat pode ser definido como o local em que uma espécie vive, se desenvolve, se reproduz e se 
alimenta. Por exemplo, ao afirmar que determinada espécie é encontrada na Região Amazônica, como 
Você já ouvir falar em nicho ecológico? Tem ideia do que esse termo significa?
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de seu hábitat, ou seja, é o conjunto de recursos que uma espécie utiliza ou de que ela precisa para 
266 CIÊNCIAS
Encaminhamento 
metodológico
No ícone Oralidade, 
instigue a curiosidade dos 
alunos questionando-os sobre o 
significado do termo nicho eco-
lógico. Deixe os alunos darem 
sugestões e palpites e, depois, 
explique o conceito específico.
Esclareça a diferença 
entre habitat e nicho ecológico, 
destacando que nicho se refere 
a todos os recursos de que os 
animais precisam para sobrevi-
ver, e não apenas ao local em 
que vivem, como é o caso do 
habitat.
Dica para ampliar 
o trabalho
Nichos ecológicos
O nicho ecológico de um 
organismo pode ser definido 
como o “conjunto das suas 
tolerâncias e necessidades”, ou 
simplesmente como o modo de 
vida daquele organismo (Begon 
et al. 2007). As condições são 
apenas uma das dimensões do 
nicho, já a sua necessidade de 
recursos faz parte de uma outra 
dimensão. [...]
[...] Um erro comum de se 
fazer é confundir termos ecoló-
gicos, nesse caso há uma troca 
de “nicho” pelo termo “habitat”. 
Tome cuidado para não confun-
dir o conjunto de tolerâncias e 
necessidades com o local onde 
o organismo vive (sendo que 
são as condições do local e os 
recursos presentes que fazem 
parte do nicho do organismo). 
Por exemplo, ao dizer que “os 
bugios vivem na floresta”, estou 
me referindo ao habitat, e não 
ao nicho desses animais.
É comum, especialmente 
no Ensino Médio, definir-se o 
nicho ecológico como o papel 
desempenhado pela espécie 
no ecossistema. Esta é, todavia, 
uma definição tendenciosa, pois 
faz parecer que nicho é apenas 
o que a espécie faz no ambien-
te, quando na verdade o nicho é 
mais o que o ambiente faz com 
a espécie. Uma definição melhor 
é: “Nicho ecológico é o conjunto 
de relações que cada espécie 
mantém com o ambiente, ou seja, a integração de seus diversos limites de tolerância”. 
[...]
Para mais informações sobre o conceito de nicho ecológico disponível nesse 
texto, acesse o link abaixo.
• https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2438629&chapterid=20714
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Ecótono
O termo ecótono refere-se à faixa de transição entre duas comunidades ou dois ecossistemas, como 
a restinga, vegetação que fica entre a floresta e o ecossistema marinho. Com frequência, tanto o número 
de espécies quanto o tamanho de suas populações são maiores no ecótono, pois é nessa região que 
ocorrem novas relações entre espécies, sejam de alimentação ou não. 
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Região de campo
Ecótono
Região da floresta
Representação esquemática de ecótono – região intermediária 
(ou de transição) entre dois ecossistemas diferentes.
Interações ecológicas
Os seres vivos interagem constantemente com o ambiente e 
com os demais seres vivos. Essa interação pode ocorrer entre 
indivíduos de mesma espécie ou de espécies diferentes. As 
abelhas, por exemplo, estão o tempo todo comunicando-
-se dentro da colmeia ou interagindo com as plantas 
em busca do néctar das flores. Essa interação é fun-
damental para que os seres vivos se desenvolvam e 
sobrevivam.
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Abelhas 
interagindo 
em uma 
colmeia.
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Abelha interagindo com uma flor.
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Ambiente e ecologia
Hábitat
Você provavelmente já ouviu falar em hábitat, mas você sabe o que significa esse termo?
O hábitat pode ser definido como o local em que uma espécie vive, se desenvolve, se reproduz e se 
alimenta. Por exemplo, ao afirmar que determinada espécie é encontrada na Região Amazônica, como 
o boto-cor-de-rosa, estamos nos referindo ao seu hábitat mais amplo. Porém, se dissermos que uma 
espécie é encontrada nas águas rasas da Bacia Amazônica, como o peixe-boi, estamos nos referindo 
ao seu hábitat específico. 
O hábitat fornece as condições necessárias à sobrevivência dos indivíduos, como abrigo, alimento 
e clima propício. Se a espécie for retirada desse local, ela poderá não se adaptar ao novo ambiente e até 
mesmo morrer. Por exemplo, se retirarmos uma planta do solo argiloso e a colocarmos em um ambiente 
aquático, certamente ela não sobreviverá. 
Peixe-boi.
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Nicho ecológico
Você já ouvir falar em nicho ecológico? Tem ideia do que esse termo significa?
O nicho ecológico é uma expressão que corresponde à posição ocupada por uma espécie dentro 
de seu hábitat, ou seja, é o conjunto de recursos que uma espécie utiliza ou de que ela precisa para 
sobreviver. Esses recursos variam desde a quantidade de luz e alimentos até o tipo de solo que a espécie 
habita. Por exemplo, o lobo-guará e o tamanduá-bandeira habitam o Cerrado; o primeiro é onívoro, 
portanto se alimenta de frutos e, na seca, da caça de pequenos animais; o segundo só se alimenta de 
insetos (cupim, formigas). Dessa forma, é possível observar que eles habitam o mesmo hábitat, mas 
não compartilham do mesmo nicho ecológico.
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Lobo-guará.
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Encaminhamento metodológico
Comente com os alunos que os ambientes de transição, denominados ecótonos, 
são muito importantes para a manutenção da biodiversidade e de cada bioma. Muitas 
vezes, devido ao contato entre duas regiões distintas, os ecótonos podem apresentar 
maior diversidade em relação a cada uma das regiões separadamente.
Mencione que, em uma comunidade, existem muitos tipos de interação ou relações, 
os quais podem ocorrer entre indivíduos de uma população ou entre diferentes espécies.
Sugestão de atividade
Para mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos acerca do conteúdo sobre 
interações ecológicas, organize uma dinâmica. Divida a turma em duas equipes e 
faça perguntas sobre exemplos de interações. Você pode fazer perguntas utilizando 
determinados seres vivos, como “exemplos de uma interação entre um animal e uma 
planta”, “exemplo de uma interação entre um microrganismo e um animal”, “exemplo 
de interação entre insetos” etc. 
Para organizar a dinâmica, diga 
aos alunos que quem souber a 
resposta deve levantar a mão e 
esperar ser chamado para res-
ponder. O aluno que responder 
corretamente marca um ponto 
para a sua equipe. Registre no 
quadro a pontuação de cada 
equipe.
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Ecótono
O termo ecótono refere-se à faixa de transição entre duas comunidades ou dois ecossistemas, como 
a restinga, vegetação que fica entre a floresta e o ecossistema marinho. Com frequência, tanto o número 
de espécies quanto o tamanho de suas populações são maiores no ecótono, pois é nessa região que 
ocorrem novas relações entre espécies, sejam de alimentação ou não. 
Re
am
ol
ko
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k
Região de campo
Ecótono
Região da floresta
Representação esquemáticade ecótono – região intermediária 
(ou de transição) entre dois ecossistemas diferentes.
Interações ecológicas
Os seres vivos interagem constantemente com o ambiente e 
com os demais seres vivos. Essa interação pode ocorrer entre 
indivíduos de mesma espécie ou de espécies diferentes. As 
abelhas, por exemplo, estão o tempo todo comunicando-
-se dentro da colmeia ou interagindo com as plantas 
em busca do néctar das flores. Essa interação é fun-
damental para que os seres vivos se desenvolvam e 
sobrevivam.
St
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Abelhas 
interagindo 
em uma 
colmeia.
Jack H
ong/Shutterstock
Abelha interagindo com uma flor.
267CIÊNCIAS
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268 CIÊNCIAS
Encaminhamento 
metodológico
As relações são importan-
tes para a sobrevivência das es-
pécies e para a manutenção do 
equilíbrio entre as populações 
no ecossistema. Essas relações 
podem ser classificadas em 
intraespecíficas e interespecífi-
cas. Em ambas podem ocorrer 
relações harmônicas e relações 
desarmônicas. Na primeira, 
não existem prejuízos para 
quaisquer partes envolvidas; já 
nas relações desarmônicas há 
prejuízo. 
Diferencie colônia de 
sociedade. Esclareça que, na co-
lônia, os indivíduos estão unidos 
uns aos outros e, geralmente, 
não sobrevivem sozinhos. Os 
indivíduos podem se diferen-
ciar morfologicamente para 
desenvolver diferentes funções 
na colônia. Já na sociedade, os 
indivíduos são independentes 
e livres, mas também podem 
sofrer alterações morfológicas 
para desenvolver determina-
das atividades, como ocorre na 
sociedade das formigas. 
Dica para ampliar 
o trabalho
O vídeo Relações entre 
os seres vivos de uma comuni-
dade, disponível em sites que 
apresentam vídeos online, 
mostra as diferentes interações 
trabalhadas no capítulo. Para 
apresentá-las em sala, pode-se 
reproduzir o vídeo pausando-o 
e fazendo questionamentos aos 
alunos. Pergunte-lhes que tipo 
de relação está ocorrendo em 
cada etapa do vídeo.
Sugestão de atividade
Organize a turma em 
equipes para que pesquisem o 
funcionamento das sociedades 
dos insetos ou dos mamíferos. 
Sugira às equipes que produ-
zam um cartaz explicando como 
os indivíduos se comunicam e 
se diferenciam para desenvolver 
as atividades.
Orientação para RA
A animação disponível na 
Realidade aumentada apre-
senta como ocorre a divisão de 
trabalho na sociedade de alguns insetos. Para ampliar o trabalho, se possível, leve os 
alunos ao jardim da escola para que eles possam verificar como as formigas trabalham.
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Comensalismo
Nessa relação, uma das espécies é beneficiada e a outra não obtém vantagem nem prejuízo. A 
espécie beneficiada é chamada de comensal. Essa relação é observada entre abutres e leões. Os abutres 
esperam esses animais se alimentarem para, depois, se aproximar e comer os restos da presa. 
Mutualismo
Nessa relação, as duas espécies que interagem precisam, 
obrigatoriamente, estar associadas para sobreviver. 
Os liquens são um exemplo, já que são formados pela asso-
ciação entre algas e fungos. As algas fazem a fotossíntese e 
fornecem alimento para o fungo; já o fungo fornece o subs-
trato e absorve água para a alga.
Inquilinismo
Essa relação ocorre quando uma espécie vive 
sobre ou no interior de outra sem lhe causar prejuí-
zo. As orquídeas, as bromélias e algumas samam-
baias, também chamadas de epífitas, são alguns 
exemplos de inquilinas. Essas plantas prendem-se 
a galhos de árvores na tentativa de receber mais luz.
Relações desarmônicas intraespecíficas
Competição 
Ocorre quando indivíduos de uma mesma população disputam recursos do ambiente, como água, 
alimento, luz, locais e parceiros para reprodução. Entre os animais que disputam comida ou parceiros 
sexuais, a competição intraespecífica pode levar à luta física. 
Liquens em um tronco de árvore.
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Bromélia alojada 
no galho de 
uma árvore.
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Competição por 
território entre 
duas águias. 
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01
As relações que ocorrem entre indivíduos da mesma espécie são chamadas de relações 
 intraespecíficas. Já aquelas que ocorrem entre indivíduos de diferentes espécies são chamadas de 
relações interespecíficas.
Quando não trazem prejuízo para as espécies envolvidas, as relações ecológicas podem ser positivas. 
Por exemplo, na relação das abelhas com as plantas, ambas são beneficiadas – a abelha recebe o néctar 
da flor e o pólen dessa flor adere ao corpo da abelha, permitindo que ocorra a polinização e, conse-
quentemente, a reprodução da planta. Esse tipo de relação também é chamado de relação harmônica.
As relações são negativas quando um dos envolvidos é prejudicado. Por exemplo, quando um pre-
dador mata uma presa para se alimentar dela. Esse tipo de relação é chamado de relação desarmônica.
Relações harmônicas intraespecíficas
Colônias
As colônias são formadas por indivíduos da mesma 
espécie e que se associam anatomicamente, de modo 
organizado, geralmente com distribuição de funções para 
garantir a sobrevivência de todos os indivíduos da colônia. 
Os corais, por exemplo, são formados por milhares de indi-
víduos, uns sobre os outros. 
Sociedades
As sociedades são constituídas por grupos de organis-
mos da mesma espécie que se organizam para contribuir 
para o bem de todos os indivíduos. Geralmente, ocorrem 
comunicação e divisão de trabalho, mas os indivíduos são 
mais independentes e apresentam mobilidade, diferente-
mente do que ocorre em uma colônia.
Os insetos são o grupo que mais apresenta sociedades 
organizadas, como as abelhas, as formigas e os cupins. Nessas 
sociedades, existem castas com distribuição de funções. Alguns 
mamíferos também se organizam em sociedades, como os 
elefantes (entre os quais existe a matriarca) ou os leões. 
Relações harmônicas 
interespecíficas
Protocooperação
Essa relação envolve benefícios para as duas espécies associadas, 
mas não é obrigatória, já que ambas podem viver sozinhas. Alguns 
pássaros costumam se associar a capivaras, bois, rinocerontes e bú-
falos para comer carrapatos. Assim, conseguem alimento facilmente 
e o mamífero livra-se dos carrapatos.
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Os corais são colônias com milhares 
de indivíduos unidos. 
 intraespecíficas
EM TEMPO
Mamíferos: grupo de animais vertebrados 
que possuem pelos no corpo e glândulas 
mamárias para a alimentação dos filhotes. 
Alguns exemplos são cães, gatos, morce-
gos e seres humanos.
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Pássaros interagindo com capivara 
(Hydrochoerus hydrochaeris) no Pantanal.
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269CIÊNCIAS
Encaminhamento metodológico
Explique aos alunos que as relações de competição são muito comuns na nature-
za, principalmente em disputas por alimento ou pela fêmea em época de reprodução. 
Comente com eles que as relações harmônicas interespecíficas também ocorrem entre 
plantas e animais.
Sugestão de atividade
Programe uma excursão pelos arredores da escola ou dentro dela para que os alu-
nos possam observar as relações harmônicas interespecíficas. Nas árvores, geralmente, 
são encontradas epífitas (bromeliáceas e algumas orquídeas) e liquens, que podem 
ajudar a exemplificar essas relações. 
Dica para ampliar o trabalho
O texto a seguir contém um exemplo de interação interespecífica entre plantas e 
animais. Aproveite o momento e leia-o para os alunos. 
Formigas: as defensoras da 
natureza
[...] a relação das formigas 
com as plantas chegou a outro 
nível quando árvores passaram 
a abrigar esses insetos em seu 
interior e ambas as espécies 
tiram vantagem disso. Um 
exemplo clássico são a embaú-
ba (Cecropia sp.) e as formigas 
do gênero Azteca. As árvores 
oferecem aos insetos alimento e 
abrigo no interiorde seu caule. 
Eles, por sua vez, não conso-
mem a planta. Aproveitam o 
que a embaúba oferece, mas 
não a depredam, convivendo 
harmoniosamente. Em troca, 
as formigas defendem a planta 
contra herbívoros, atacando 
vorazmente quando outro 
inseto, ou ave, tenta atacar a 
embaúba. As formigas também 
contribuem para o crescimento 
vegetal, fazendo podas regula-
res, e impedem que lianas, uma 
espécie de trepadeira, se alojem 
nas copas das árvores onde 
vivem, o que traria prejuízos ao 
vegetal hospedeiro. [...]
BOTELHO, Túlio Lima. Formigas: 
as defensoras da natureza. 
Disponível em: http://eurekabrasil.
com/mantenedoras-da-natureza/. 
Acesso em: 28 jan. 2020.
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Comensalismo
Nessa relação, uma das espécies é beneficiada e a outra não obtém vantagem nem prejuízo. A 
espécie beneficiada é chamada de comensal. Essa relação é observada entre abutres e leões. Os abutres 
esperam esses animais se alimentarem para, depois, se aproximar e comer os restos da presa. 
Mutualismo
Nessa relação, as duas espécies que interagem precisam, 
obrigatoriamente, estar associadas para sobreviver. 
Os liquens são um exemplo, já que são formados pela asso-
ciação entre algas e fungos. As algas fazem a fotossíntese e 
fornecem alimento para o fungo; já o fungo fornece o subs-
trato e absorve água para a alga.
Inquilinismo
Essa relação ocorre quando uma espécie vive 
sobre ou no interior de outra sem lhe causar prejuí-
zo. As orquídeas, as bromélias e algumas samam-
baias, também chamadas de epífitas, são alguns 
exemplos de inquilinas. Essas plantas prendem-se 
a galhos de árvores na tentativa de receber mais luz.
Relações desarmônicas intraespecíficas
Competição 
Ocorre quando indivíduos de uma mesma população disputam recursos do ambiente, como água, 
alimento, luz, locais e parceiros para reprodução. Entre os animais que disputam comida ou parceiros 
sexuais, a competição intraespecífica pode levar à luta física. 
Liquens em um tronco de árvore.
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Bromélia alojada 
no galho de 
uma árvore.
sexuais, a competição intraespecífica pode levar à luta física. 
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Competição por 
território entre 
duas águias. 
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As relações que ocorrem entre indivíduos da mesma espécie são chamadas de relações 
 intraespecíficas. Já aquelas que ocorrem entre indivíduos de diferentes espécies são chamadas de 
relações interespecíficas.
Quando não trazem prejuízo para as espécies envolvidas, as relações ecológicas podem ser positivas. 
Por exemplo, na relação das abelhas com as plantas, ambas são beneficiadas – a abelha recebe o néctar 
da flor e o pólen dessa flor adere ao corpo da abelha, permitindo que ocorra a polinização e, conse-
quentemente, a reprodução da planta. Esse tipo de relação também é chamado de relação harmônica.
As relações são negativas quando um dos envolvidos é prejudicado. Por exemplo, quando um pre-
dador mata uma presa para se alimentar dela. Esse tipo de relação é chamado de relação desarmônica.
Relações harmônicas intraespecíficas
Colônias
As colônias são formadas por indivíduos da mesma 
espécie e que se associam anatomicamente, de modo 
organizado, geralmente com distribuição de funções para 
garantir a sobrevivência de todos os indivíduos da colônia. 
Os corais, por exemplo, são formados por milhares de indi-
víduos, uns sobre os outros. 
Sociedades
As sociedades são constituídas por grupos de organis-
mos da mesma espécie que se organizam para contribuir 
para o bem de todos os indivíduos. Geralmente, ocorrem 
comunicação e divisão de trabalho, mas os indivíduos são 
mais independentes e apresentam mobilidade, diferente-
mente do que ocorre em uma colônia.
Os insetos são o grupo que mais apresenta sociedades 
organizadas, como as abelhas, as formigas e os cupins. Nessas 
sociedades, existem castas com distribuição de funções. Alguns 
mamíferos também se organizam em sociedades, como os 
elefantes (entre os quais existe a matriarca) ou os leões. 
Relações harmônicas 
interespecíficas
Protocooperação
Essa relação envolve benefícios para as duas espécies associadas, 
mas não é obrigatória, já que ambas podem viver sozinhas. Alguns 
pássaros costumam se associar a capivaras, bois, rinocerontes e bú-
falos para comer carrapatos. Assim, conseguem alimento facilmente 
e o mamífero livra-se dos carrapatos.
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Os corais são colônias com milhares 
de indivíduos unidos. 
EM TEMPO
Mamíferos: grupo de animais vertebrados 
que possuem pelos no corpo e glândulas 
mamárias para a alimentação dos filhotes. 
Alguns exemplos são cães, gatos, morce-
gos e seres humanos.
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Pássaros interagindo com capivara 
(Hydrochoerus hydrochaeris) no Pantanal.
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Encaminhamento 
metodológico
Explique aos alunos que 
o parasitismo ocorre quando 
uma espécie só consegue viver 
dentro ou sobre um hospedeiro, 
retirando dele seu alimento e 
usando-o como abrigo.
Comente também que 
a predação é uma importante 
relação para o controle popu-
lacional, pois evita que uma 
superpopulação acabe com 
determinado recurso alimentar. 
Por exemplo, os roedores sil-
vestres que vivem nos campos 
geralmente estão em equilíbrio 
na natureza por participarem 
de diversas cadeias alimenta-
res. Eles têm como predadores 
naturais a coruja, as serpentes, 
as raposas etc. Se os predadores 
forem eliminados, a população 
não terá limite de crescimento, 
o que pode causar grandes da-
nos ao ambiente. Esses roedores 
poderiam, inclusive, alcançar 
fazendas produtoras de grãos e 
causar prejuízos financeiros ao 
ser humano. 
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 Reúna-se em grupos e leiam o texto a seguir.
Defesas das plantas contra herbivoria
Muitas plantas produzem metabólitos [...] que influenciam no comportamento, no 
crescimento ou na sobrevivência dos herbívoros. Essas defesas químicas podem atuar como 
repelentes ou toxinas para herbívoros. [...]
Outras estratégias defensivas utilizadas pelas plantas 
incluem escapar ou evitar herbívoros no tempo ou no lugar, 
por exemplo, crescendo em um local onde as plantas não são 
encontradas ou acessadas com facilidade por herbívoros. [...]
Algumas plantas possuem o incrível poder de incentivar a 
presença de inimigos naturais dos herbívoros, que por sua vez 
protegem o corpo delas. Cada tipo de defesa pode ser tanto constitutivo (sempre presen-
te na planta) quanto induzido (produzido em resposta a danos ou à tensão causada por 
herbívoros).
PLANTIER, Renato Duarte. Defesas das plantas contra herbivoria. Disponível em: http://meioambiente.
culturamix.com/natureza/defesas-das-plantas-contra-herbivoria. Acesso em: 28 jan. 2020.
Após a leitura do texto, ainda em grupos, pesquisem plantas que apresentam toxinas para 
evitar a herbivoria. Depois, apresentem o que descobriram à turma. 
INTERAÇÃO
EM TEMPO
Metabólitos: substân-
cias produzidas pelas 
reações bioquímicas que 
ocorrem nos seres vivos.
1. Complete as lacunas da representação esquemática a seguir indicando os níveis de organização 
mais amplos até chegar ao indivíduo.
Biosfera
População
ATIVIDADES
Herbivoria
Ocorre quando um herbívoro se alimenta de uma 
parte viva da planta, causando prejuízo para o vegetal e 
ganho para o herbívoro. Em alguns casos a planta pode 
morrer. São exemplos dessa associação: gafanhotos, 
lagartas, rebanhos de gado e ovelhas.
As plantas são fundamentais para os herbívoros. 
Porém, muitas delas desenvolvem estratégias para evi-
tar a herbivoria. Um exemplo de estratégia é a formação 
dos espinhos, como os da laranjeira e das acácias. A planta das acácias apresenta grande quantidade 
de espinhos para evitar a herbivoria.
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Relaçõesdesarmônicas interespecíficas
Parasitismo
Os parasitas são espécies que vivem à custa de 
outras – denominadas hospedeiras – e causam pre-
juízo a elas. Nessa relação, os prejuízos provocados 
pelo parasita geralmente não matam o hospedeiro, 
mas podem debilitar o organismo dele. O parasita 
não causa a morte do hospedeiro para não perder 
o ambiente que lhe fornece abrigo e alimento. 
Os parasitas podem ser: 
• ectoparasitas – vivem presos externamen-
te ao corpo do hospedeiro. São exemplos 
os carrapatos, as pulgas e alguns fungos. 
• endoparasitas – vivem alojados dentro do 
corpo do hospedeiro. São exemplos as tênias 
e as lombrigas.
Predatismo
Ocorre quando o animal predador mata um animal de outra espécie para se alimentar. Esse tipo 
de relação é o mais frequente em cadeias e teias alimentares. Além disso, o predatismo é muito impor-
tante, pois controla o número de presas e de predadores e mantém a comunidade em equilíbrio com 
o ecossistema. 
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Guepardo caçando uma presa.
Alguns fungos são 
 ectoparasitas de árvores.
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A tênia é um endoparasita 
do intestino humano.
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 Reúna-se em grupos e leiam o texto a seguir.
Defesas das plantas contra herbivoria
Muitas plantas produzem metabólitos [...] que influenciam no comportamento, no 
crescimento ou na sobrevivência dos herbívoros. Essas defesas químicas podem atuar como 
repelentes ou toxinas para herbívoros. [...]
Outras estratégias defensivas utilizadas pelas plantas 
incluem escapar ou evitar herbívoros no tempo ou no lugar, 
por exemplo, crescendo em um local onde as plantas não são 
encontradas ou acessadas com facilidade por herbívoros. [...]
Algumas plantas possuem o incrível poder de incentivar a 
presença de inimigos naturais dos herbívoros, que por sua vez 
protegem o corpo delas. Cada tipo de defesa pode ser tanto constitutivo (sempre presen-
te na planta) quanto induzido (produzido em resposta a danos ou à tensão causada por 
herbívoros).
PLANTIER, Renato Duarte. Defesas das plantas contra herbivoria. Disponível em: http://meioambiente.
culturamix.com/natureza/defesas-das-plantas-contra-herbivoria. Acesso em: 28 jan. 2020.
Após a leitura do texto, ainda em grupos, pesquisem plantas que apresentam toxinas para 
evitar a herbivoria. Depois, apresentem o que descobriram à turma. 
INTERAÇÃO
EM TEMPO
Metabólitos: substân-
cias produzidas pelas 
reações bioquímicas que 
ocorrem nos seres vivos.
1. Complete as lacunas da representação esquemática a seguir indicando os níveis de organização 
mais amplos até chegar ao indivíduo.
Biosfera
População
ATIVIDADES
Herbivoria
Ocorre quando um herbívoro se alimenta de uma 
parte viva da planta, causando prejuízo para o vegetal e 
ganho para o herbívoro. Em alguns casos a planta pode 
morrer. São exemplos dessa associação: gafanhotos, 
lagartas, rebanhos de gado e ovelhas.
As plantas são fundamentais para os herbívoros. 
Porém, muitas delas desenvolvem estratégias para evi-
tar a herbivoria. Um exemplo de estratégia é a formação 
dos espinhos, como os da laranjeira e das acácias. A planta das acácias apresenta grande quantidade 
de espinhos para evitar a herbivoria.
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Relações desarmônicas interespecíficas
Parasitismo
Os parasitas são espécies que vivem à custa de 
outras – denominadas hospedeiras – e causam pre-
juízo a elas. Nessa relação, os prejuízos provocados 
pelo parasita geralmente não matam o hospedeiro, 
mas podem debilitar o organismo dele. O parasita 
não causa a morte do hospedeiro para não perder 
o ambiente que lhe fornece abrigo e alimento. 
Os parasitas podem ser: 
• ectoparasitas – vivem presos externamen-
te ao corpo do hospedeiro. São exemplos 
os carrapatos, as pulgas e alguns fungos. 
• endoparasitas – vivem alojados dentro do 
corpo do hospedeiro. São exemplos as tênias 
e as lombrigas.
Predatismo
Ocorre quando o animal predador mata um animal de outra espécie para se alimentar. Esse tipo 
de relação é o mais frequente em cadeias e teias alimentares. Além disso, o predatismo é muito impor-
tante, pois controla o número de presas e de predadores e mantém a comunidade em equilíbrio com 
o ecossistema. 
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Alguns fungos são 
 ectoparasitas de árvores.
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270 CIÊNCIAS
Encaminhamento metodológico
Comente com os alunos que muitos pesquisadores consideram a herbivoria uma 
relação de predação; porém, a herbivoria nem sempre é prejudicial. Algumas plantas 
beneficiam-se disso, pois têm suas “podas” feitas pelos herbívoros. Nesse processo, a 
planta recebe mais luminosidade e pode desenvolver novos ramos. 
Na seção Interação, comente com os alunos que os seres vivos nascem com algu-
mas características que facilitam a sobrevivência no ambiente em que vivem, as quais, 
por serem vantajosas, permanecem nas populações. Ressalte que, embora isso aconte-
ça, essas características ocorrem ao longo de centenas ou milhares de anos, geralmente 
a partir de mutações que causam variações morfológicas vantajosas. Auxilie os alunos 
na realização da pesquisa e organize as equipes e as apresentações.
Resposta
1. As respostas estão no Livro do aluno.
Biomas Ecossistemas
BiocenoseIndivíduo
PG20LP273SDC0_MIOLO_EF20_7_CIE_L3_LP.indb 271 27/03/2020 13:22:15
272 CIÊNCIAS
Relacionando conceitos – A vida no ambiente
estudada pela
que são
exemplosexemplos
ou
elementos 
naturais
componentes
abióticos
hidrosfera
vida na Terra
litosfera
atmosfera
biomas
ecossistemas
fatores 
bióticos 
seres vivos 
Interações 
ecológicas
interagem
sociedade competição
mutualismo parasitismo
biocenose
comunidade 
desarmônicasharmônicas
ambiente 
físico 
ambientais 
fatores 
abióticos 
grandes áreas 
geográficas 
com fauna 
e flora 
características
Ecologia
constituída por
que são os
abriga a formada por
que são
representados por
formados por
compostos de
ou
luz solar 
temperatura 
em uma
BIOSFERA
e
e
que podem ser
apresentam
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2. Leia as afirmativas a seguir e assinale V para a alternativa verdadeira e F para a alternativa falsa.
a) ( ) População é um grupo de organismos pertencentes à mesma espécie e que vivem em 
uma mesma área geográfica.
b) ( ) Comunidade é o conjunto de populações de  diversas espécies que habitam uma 
mesma área em determinado período.
c) ( ) Os componentes abióticos não fazem parte do ecossistema.
d) ( ) O nicho ecológico é o local ocupado por uma espécie, no qual ela realiza suas ativi-
dades de sobrevivência. 
3. Reescreva a(s) alternativa(s) incorreta(s) da questão anterior, corrigindo-a(s).
4. Ecossistema é uma unidade básica de estudo em Ecologia. Explique quais são os componentes 
que formam um ecossistema e como ele pode ser classificado. 
5. A competição intraespecífica é uma interação ecológica que ocorre entre 
a) indivíduos da mesma comunidade.
b) indivíduos da mesma espécie.
c) indivíduos de espécies diferentes.
d) indivíduos do ecossistema.
6. As interações ecológicas ocorrem o tempo todo em uma comunidade e podem ser do tipo 
harmônico ou desarmônico. Qual é o tipo de relação que ocorre entre pássaros e bois? Justifique 
sua resposta.
7. Algumas espécies de camarões marinhos têm o hábito de entrar na boca de certos peixes para 
comer os restos de alimento que ficam presos entre os dentes deles, limpando dessa forma a 
boca dos peixes. Esses peixes são carnívoros, mas não fazem mal aos camarões. Qual é o nome 
desse tipo de relação?
272 CIÊNCIAS
Resposta
2. As respostasestão no Livro 
do aluno.
3. 
c) Os componentes abióticos 
fazem parte do ecossistema.
d) O nicho ecológico é a 
posição ocupada por uma 
espécie em seu habitat, sendo 
definido pelos recursos que ela 
utiliza para sua sobrevivência.
4. Ecossistema é formado 
pelo ambiente físico (fatores 
abióticos) e pelas comunidades 
que nele vivem (fatores 
bióticos). Os ecossistemas 
podem ser classificados em 
terrestres ou aquáticos.
5. B
6. Protocooperação, ou 
seja, uma relação harmônica 
interespecífica. Os pássaros 
se alimentam dos carrapatos 
dos bois. Com isso, pássaros 
conseguem se alimentar, 
enquanto os bois ficam livres do 
carrapato, que é um parasita.
7. Mutualismo.
V
V
F
F
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273CIÊNCIAS
Encaminhamento metodológico
O mapa conceitual tem as propostas de resgatar e sintetizar o conhecimento dos 
conceitos abordados durante o desenvolvimento do capítulo. Para isso, há espaços 
no mapa conceitual desta página para que os alunos possam preenchê-los. A resposta 
para os itens a serem preenchidos está no Livro do aluno.
Relacionando conceitos – A vida no ambiente
estudada pela
que são
exemplosexemplos
ou
elementos 
naturais
componentes
abióticos
hidrosfera
vida na Terra
litosfera
atmosfera
biomas
ecossistemas
fatores 
bióticos 
seres vivos 
Interações 
ecológicas
interagem
sociedade competição
mutualismo parasitismo
biocenose
comunidade 
exemplos
desarmônicas
exemplos
harmônicas
ambiente 
físico 
ambientais 
fatores 
abióticos 
grandes áreas 
geográficas 
com fauna 
e flora 
características
Ecologia
constituída por
que são os
abriga a formada por
que são
representados por
formados por
compostos de
ou
luz solar 
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em uma
BIOSFERA
e
e
que podem ser
apresentam
273CIÊNCIAS
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20
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01
2. Leia as afirmativas a seguir e assinale V para a alternativa verdadeira e F para a alternativa falsa.
a) ( ) População é um grupo de organismos pertencentes à mesma espécie e que vivem em 
uma mesma área geográfica.
b) ( ) Comunidade é o conjunto de populações de  diversas espécies que habitam uma 
mesma área em determinado período.
c) ( ) Os componentes abióticos não fazem parte do ecossistema.
d) ( ) O nicho ecológico é o local ocupado por uma espécie, no qual ela realiza suas ativi-
dades de sobrevivência. 
3. Reescreva a(s) alternativa(s) incorreta(s) da questão anterior, corrigindo-a(s).
4. Ecossistema é uma unidade básica de estudo em Ecologia. Explique quais são os componentes 
que formam um ecossistema e como ele pode ser classificado. 
5. A competição intraespecífica é uma interação ecológica que ocorre entre 
a) indivíduos da mesma comunidade.
b) indivíduos da mesma espécie.
c) indivíduos de espécies diferentes.
d) indivíduos do ecossistema.
6. As interações ecológicas ocorrem o tempo todo em uma comunidade e podem ser do tipo 
harmônico ou desarmônico. Qual é o tipo de relação que ocorre entre pássaros e bois? Justifique 
sua resposta.
7. Algumas espécies de camarões marinhos têm o hábito de entrar na boca de certos peixes para 
comer os restos de alimento que ficam presos entre os dentes deles, limpando dessa forma a 
boca dos peixes. Esses peixes são carnívoros, mas não fazem mal aos camarões. Qual é o nome 
desse tipo de relação?
272 CIÊNCIAS
Ecologia
ecossistemas
componentes abióticos
comunidade
grandes áreas 
geográficas com 
fauna e flora 
características
desarmônicasharmônicas
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274 CIÊNCIAS
275CIÊNCIAS
Ruta Produc
tion/Shu
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02
A série britânica Nosso plane-
ta (Our planet) foi lançada em 2019 
pelo serviço de streaming Netflix. 
A série apresenta oito episódios 
em sua primeira temporada, com 
cenas inéditas da biodiversidade 
e dos mais importantes ecossis-
temas da Terra. Além disso, essa 
série explora as relações entre os 
animais e a importância da con-
servação ambiental, mostrando 
os impactos que as mudanças 
climáticas e a ação do ser humano 
estão causando nesses ambientes.
PARA IR ALÉM
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Ecologia e biodiversidade 
Você sabe o que é biodiversidade?
A biodiversidade está relacionada à diversi-
dade de seres vivos presentes no planeta Terra. 
Além da variedade de espécies (número), a forma 
como os seres vivos vivem (suas interações) é um 
fator que a influencia. 
A biodiversidade é também um dos fatores 
bióticos que influenciam nas interações ecoló-
gicas, pois o número de espécies que habitam 
determinado ecossistema é fundamental para 
a compreensão das interações. Imagine um 
ambiente cheio de espécies diferentes. Porém, 
para que sobrevivam, essas espécies acabam 
sendo forçadas a estabelecer uma interação entre 
si, como competir por recursos. 
Conforme estudado no capítulo anterior, 
as interações ecológicas constituem as relações 
interespecíficas (entre espécies) e intraespecíficas 
(dentro da mesma espécie), além das interações 
das espécies com o ambiente. É importante lem-
brarmo-nos dessas interações quando pensamos 
em biodiversidade, pois a grande variedade de 
espécies depende da existência dessas interações 
entre os seres vivos e os ambientes.
Assim, quando um elemento do ambiente (ser vivo ou não) sofre um desequilíbrio (aumento ou 
diminuição), toda uma cadeia de seres vivos é afetada, como se fosse um “efeito dominó”. Essa inter-
dependência dos ambientes com as espécies é responsável por manter o planeta e as condições de 
vida em equilíbrio, propiciando a sobrevivência de todos os seres vivos.
As relações ecológicas mantêm o equilíbrio nos 
ambientes e influenciam a biodiversidade.
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Ruta Produc
tion/Shu
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idade
274
2. A energia e a matéria no ambiente
Os ambientes apresentam uma variedade de espécies que se relacionam entre si, mantendo-os em equi-
líbrio. Essas relações são importantes, pois é por meio delas que ocorre o fluxo de matéria e energia. Analise 
a imagem de abertura. Podemos observar que há uma relação de predação entre uma águia e um coelho. 
Qual é a importância dessa relação para o fluxo de energia? Se as espécies de águias desaparecessem, qual 
seria o impacto na população de coelhos? O que aconteceria se as espécies de coelhos desaparecessem?
3
• Ecologia e biodiversidade
• Relações tróficas 
• Cadeias e teias alimentares
• Pirâmides ecológicas
• Biomagnificação trófica
Ambiente físico
Objetivos do capítulo
• Compreender as relações 
ecológicas como um fator que 
influencia na biodiversidade.
• Identificar e relacionar a 
forma como a energia e a 
matéria fluem nos ambientes.
• Identificar e classificar os 
componentes de uma relação 
trófica.
• Elaborar cadeias e teias 
tróficas.
• Diferenciar e elaborar 
pirâmides ecológicas.
• Explicar como ocorre 
a bioacumulação e a 
biomagnificação trófica em 
uma cadeia alimentar.
• Entender as consequências 
ambientais ocasionadas pela 
biomagnificação trófica.
Realidade aumentada
• Biomagnificação trófica
Encaminhamento 
metodológico
O objetivo deste capítulo é 
continuar explorando conceitos 
de Ecologia. Desse modo, este 
capítulo complementa estudos 
do primeiro capítulo e introduz 
conceitos que serão importan-
tes para compreender algumas 
questões do terceiro capítulo. 
Será dado enfoque às relações 
tróficas, buscando sensibilizar os 
alunos sobre a importância do 
fluxo de energia e matéria para 
os diferentes ecossistemas.
A fim de iniciar os estudos, 
proponha aos alunos que leiam 
a imagem apresentada na aber-
tura do capítulo. Estimule-os a 
pensar nas relações ecológicas 
que estudaram no capítulo 
anterior e utilize as questões 
propostas para fazer com que 
eles levantem hipóteses e 
resgatem os conhecimentos 
prévios.
Dica para ampliar 
o trabalho
Recomenda-se como 
sugestão de leitura o material 
didático e pedagógico intitu-
lado Uma

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