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DEFINIÇÃO
Apresentação da contenção para que se realizem os exames especiais na radiologia, do
exame de tomografia computadorizada, da ressonância magnética, da Medicina Nuclear e da
radioterapia, na Medicina Veterinária.
PROPÓSITO
Compreender as diversas modalidades diagnósticas especiais e terapêuticas, realizadas nas
clínicas e hospitais veterinários de animais de pequeno e de grande portes.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os principais exames especiais seccionais da radiologia veterinária e a contenção
para esses exames
MÓDULO 2
Descrever os procedimentos dos exames especiais em radiologia veterinária com utilização de
campo magnético, radiofármacos e feixe de alta energia
INTRODUÇÃO
OS PROCEDIMENTOS RADIOLÓGICOS
ESPECIAIS
Com os avanços tecnológicos, a Medicina passou a contar com equipamentos hospitalares
capazes de melhorar as imagens obtidas e assim auxiliar de uma forma mais precisa o
diagnóstico por meio dos exames radiológicos e também ajudar na evolução no tratamento de
doenças, utilizando novas técnicas radioterápicas, auxiliando de forma efetiva o tratamento
terapêutico ou paliativo de algumas neoplasias.
A Medicina Veterinária acompanhou essa tendência e, gradativamente, está utilizando recursos
de imagenologia e terapêuticos, que vêm se tornando essenciais para um diagnóstico mais
preciso e um recurso importante no apoio das diversas especialidades.
 
Fonte: wavebreakmedia/Shutterstock.
Dos recursos tecnológicos na área da radiologia veterinária, estudaremos quatro modalidades:
tomografia computadorizada, ressonância magnética, medicina nuclear e radioterapia. Em
cada uma delas, entenderemos os princípios físicos, os equipamentos utilizados, todos os
recursos e as adequações no âmbito da veterinária e as imagens adquiridas por meio dessas
modalidades.
Para a realização dos procedimentos radiológicos especiais, é indispensável o conhecimento
sobre formas de contenção das diversas espécies estudadas, para que se obtenha o melhor
resultado de imagem e, ao mesmo tempo, se garanta a proteção radiológica para os
profissionais envolvidos e o paciente.
MÓDULO 1
 Reconhecer os principais exames especiais seccionais da radiologia veterinária e a
contenção para esses exames
CONTENÇÃO PARA EXAMES ESPECIAIS
EM RADIOLOGIA VETERINÁRIA
Os exames especiais utilizados em radiologia veterinária têm alta sensibilidade de captação da
imagem. Por esse motivo, é necessário realizar uma contenção química na maioria deles, para
que se consiga a imobilização total do paciente, levando à ausência de movimentos
indesejáveis para que se obtenha uma melhor definição da imagem capturada e o tempo
necessário para um procedimento seguro nos casos da radioterapia.
 VOCÊ SABIA
A Anestesiologia é o termo usado para descrever o estudo das técnicas e dos fármacos
utilizados na obtenção do estado anestésico, obtido por anestesia geral (estado de
inconsciência) ou local. A anestesia geral proporciona a perda total de forma reversível da
consciência e a ausência dos estímulos dolorosos, facilitando a manipulação do paciente. O
período desse estado fisiológico vai depender dos fármacos usados e da combinação entre
eles.
Outra técnica utilizada é a sedação, que tem por objetivo alcançar um estágio de depressão do
sistema nervoso central em que o paciente entra em estado cataléptico, semelhante ao sono,
mas mantendo um estado de consciência com menos intensidade à manipulação. Dependendo
da associação dos fármacos, a sedação pode ser:
Mínima
Moderada
Dissociativa
Profunda
A escolha da sedação moderada dissociativa é uma técnica usada para procedimentos
radiológicos, pois tem capacidade de manter o paciente parado no ato do exame, sem interferir
nas funções cardiovasculares e pulmonares. A anestesia geral provoca depressão dos reflexos
respiratórios, devendo o anestesiologista manter a capacidade ventilatória do paciente.
 
Fonte: Dmitry Kalinovsky/Shutterstock.
Antes do procedimento anestésico, é importante o entendimento sobre o estado de saúde do
paciente, de forma que o médico veterinário deve realizar uma anamnese. O tutor deve estar
ciente sobre os riscos que envolvem o ato e precisa assinar um termo de autorização para que
se realize o procedimento.
Alguns critérios são importantes para definir qual técnica de anestesia deve ser realizada. Isso
envolve o conhecimento do tempo de aquisição da imagem para cada técnica radiológica
especial a ser realizada e o objetivo de cada exame. Ao definir os critérios de tempo e exame,
o anestesiologista definirá o protocolo, dependendo da espécie, da raça, da idade, do peso, do
estado clínico e do histórico clínico do paciente.
Para a segurança do paciente, antes do procedimento anestésico, é recomendado um jejum
prévio. Esse procedimento deve levar em conta a espécie e o tamanho do animal. Para
pequenos animais é recomendado um jejum de 8 a 12 horas de sólidos e 1 a 2 horas de
líquido; para os equinos, recomendam-se 12 horas de jejum de sólidos e 1 a 2 horas de líquido;
para bovinos, de 24 a 28 horas de jejum de sólidos e 12 a 24 de líquido.
 ATENÇÃO
O jejum é importante para que se evite uma possível aspiração de conteúdo, o que pode
ocasionar uma pneumonia. O protocolo pode modificar conforme a orientação do médico
veterinário e o estado físico do paciente, devendo cada serviço de radiologia ser responsável
por ele.
No momento do jejum, é importante monitorar o paciente e seus níveis glicêmicos, daí a
compreensão da fisiologia animal por espécie ser tão importante. Outro fator a ser levado em
consideração é a estabilidade do paciente antes de ele receber o fármaco anestésico, devendo
o médico veterinário avaliar o seu estado físico, pois esses medicamentos têm a capacidade de
produzir alterações fisiológicas, como bradicardia, taquicardia, hipotensão e hipóxia.
Conforme a espécie e o estado clínico do paciente, as vias de administração dos anestésicos
são:
Intravenosa
Intramuscular
Inalatória
Subcutânea
Tópica
Epidural
Espinal (subaracnoidea)
Intraóssea
O procedimento anestésico é de responsabilidade total do anestesiologista. Ele deve monitorar
o paciente desde o momento da aplicação do fármaco até sua completa recuperação, liberando
o paciente somente após uma avaliação clínica que garanta o estado de consciência dentro da
normalidade, assim como todo o estado fisiológico normal.
Mesmo o anestesiologista sendo o principal responsável pelo paciente, os outros profissionais
médicos e tecnólogos envolvidos no procedimento devem estar atentos a possíveis reações no
momento do exame.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM
VETERINÁRIA
A tomografia computadorizada (TC) está sendo muito utilizada no diagnóstico de pequenos e
grandes animais. Essa tecnologia não é novidade no mercado diagnóstico humano, mas na
prática veterinária está sendo introduzida com grande sucesso atualmente.
 
Fonte: Elnur/Shutterstock.
Novas tecnologias vêm sendo implementadas pelas empresas de engenharia que fabricam os
tomógrafos para a veterinária. Essas adequações surgem para suprir a diferenciação das
espécies estudadas, modificando as estruturas do equipamento conforme o tamanho e o peso
do animal, proporcionando maiores conforto e segurança para o paciente e para a equipe
envolvidos nos procedimentos. Nas clínicas veterinárias para animais de pequeno porte, os
tomógrafos utilizados são os mesmos da Medicina humana.
SALAS DE EXAMES NA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA VETERINÁRIA
As salas de tomografia no âmbito veterinário são bem parecidas com as salas que usamos
para a área humana, desde que o paciente não exceda o peso limite para a mesa estipulado
pelo fabricante do equipamento.
Veremos agora os componentes dessas salas, suas funções específicas e alguns
equipamentos utilizados na área veterinária para a execução correta dos exames.

 
Fonte: Wikimedia.
 Figura 01 – Gantry
O gantry é constituído por um grande bloco contendo no interior uma abertura circular pela
qual seposiciona o paciente. Na parte interior da abertura, estão fixados o tubo de raios X, os
geradores de alta tensão, o conjunto de detectores e os computadores de bordo responsáveis
pela realização das imagens, definidas na mesa de comando. Todo esse conjunto gira ao redor
do paciente enquanto produz as imagens da tomografia.
Na frente do tubo de raios X, existe um colimador, responsável por focar a radiação,
determinando a direção e o formato do feixe. A colimação influi na dose de radiação incidida no
paciente e, consequentemente, na qualidade da imagem. Uma colimação mais estreita resulta
em cortes mais finos, menos fótons e uma imagem ruidosa.


Localizada inversamente ao tubo de raios X e ao colimador, está a placa de detectores,
responsável por receber a radiação produzida pelo tubo, direcionada e limitada pelo colimador
e atenuada por diferentes tecidos do paciente. Essa atenuação depende da densidade do
tecido atravessado, resultando nas diferentes graduações de cinza da imagem gerada.
A mesa do equipamento da TC é o local em que o paciente é posicionado para a realização
do exame e deve ser constituída de materiais radiotransparentes e resistentes. Em geral, as
mesas suportam pacientes com pesos elevados, variando de acordo com o fabricante. Essa
informação é de extrema importância, pois a mesa se movimenta para dentro do gantry com o
paciente sobre ela, enquanto o sistema de geradores e detectores de raios X (RX) gira ao
redor dele, possibilitando assim a aquisição das imagens.


 
Fonte: Mayur Patel/Pexels.
 Figura 02 – Alinhamento da mesa de exames.
Alguns acessórios são utilizados para o posicionamento do paciente sobre a mesa, de forma
que se obtenha uma imagem sem rotações, seguindo planos e eixos de forma correta. Um
exemplo é a calha de espuma, utilizada em exames de coluna vertebral, tórax, abdome e
pelve. Ela deve ser posicionada na mesa de forma que o centro dela coincida com a linha
central da mesa e com o plano médio sagital do paciente. Após o posicionamento, utiliza-se o
laser do gantry para a verificação correta do posicionamento.
Na mesa de comando, ficam os computadores, que são a base para a realização do exame. A
partir desses dispositivos, se acionam os comandos para a execução do procedimento. Neles
ficam armazenados os protocolos para a aquisição da imagem. Os protocolos da tomografia
veterinária são mais complexos que os da humana, pois uma mesma espécie pode variar de
tamanho, por exemplo, os cães da raça Shitzu , que têm dimensões anatômicas muito
menores que os cães da raça São Bernardo.
 
Fonte: O autor.
 Figura 03 - Mesa de comando.


A área de comando tem um grande um vidro plumbífero, cujo objetivo é observar o paciente
que está sendo submetido ao procedimento. Ela fica fora da sala de exame. Da mesa de
comando, pode-se acionar a aquisição das imagens no decorrer do exame e acessar a página
do planejamento, na qual é possível alterar os parâmetros de uma imagem que ainda não
tenha sido adquirida ou observar tecnicamente as imagens que foram realizadas. Pela mesa de
comando também pode ser realizado o pós-processamento e a documentação das imagens
adquiridas.
Um equipamento bastante utilizado para a monitoração do animal sob anestesia é o monitor
multiparamêtro de sinais vitais. Ele fica conectado ao paciente enquanto a tela fica
posicionada de forma que o médico anestesista monitore o animal pelo vidro da sala de
comando, durante a realização do exame. Esse equipamento tem alarmes sonoros que são
disparados quando algum sinal vital do paciente atinge níveis diferentes dos programados; e os
dados do paciente são transmitidos pelo monitor.

Esses equipamentos variam de acordo com a marca, mas, de modo geral, monitoram a
pressão arterial invasiva e a não invasiva, os batimentos cardíacos, a saturação de oxigênio, a
respiração, o nível de dióxido de carbono e a temperatura corporal, sendo uma forma segura
de realização do exame, tendo em vista que o animal anestesiado ficará sozinho na sala.
EQUIPAMENTO DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA PARA ANIMAIS DE
GRANDE PORTE
Novos equipamentos de TC estão revolucionando o diagnóstico por imagem, principalmente
para equinos de raça de alto valor zootécnico. Esses equipamentos têm uma diferença
estrutural na forma de varredura, pois o gantry se movimenta em direção ao paciente,
possibilitando a aquisição de imagem com este em estação (de pé) em frente ao gantry ,
dispensando a anestesia e diminuindo os riscos causados pelos fármacos e o estresse do
animal.
Essa tecnologia é chamada de tomografia computadorizada robótica de alta definição,
sendo capaz de realizar reconstruções em 3D com grande precisão diagnóstica. Os exames
realizados sem a necessidade de procedimento anestésico são os de coluna cervical e os de
crânio. Mesmo com a tecnologia robótica, a sedação é utilizada para outras regiões, mas o
sistema possibilitou uma melhoria da qualidade da imagem, principalmente na investigação em
membros cujas imagens de radiologia convencional apresentavam muitos falsos positivos,
principalmente em doenças articulares de carpos e tarsos.
FORMAÇÃO DA IMAGEM
Com perspectivas diagnósticas superiores aos exames de RX convencionais, a TC obtém as
imagens por meio de cortes finos, eliminando a sobreposição e facilitando a diferenciação de
órgãos e estruturas. As imagens podem ser trabalhadas em projeções em 3D, melhorando a
definição das estruturas analisadas. Outra superioridade da TC em relação ao RX é a maior
resolução de contraste. Quanto melhor esta, maior a possibilidade de que pequenas alterações
sejam apresentadas, como pixels de diferentes tons de cinza, sejam eles elementos normais
ou patológicos.
 
Fonte: Wikimedia.
 Figura 04 – Matriz de voxels .
A imagem na TC é formada por um corte fino do corpo e é composta por uma matriz de
pequenos cortes cúbicos conhecidos como voxels .
A imagem é exposta em um monitor plano como uma matriz de pixels . Cada voxel da matriz
é associado a uma corrente eletrônica espacialmente situada no corpo e processada por um
sistema computacional.
javascript:void(0)
 
Fonte: Wikimedia.
 Figura 05 - Cortes tomográficos..
Alterações na potência da corrente eletrônica são expressas como pixels de brilho variável no
monitor. Dessa forma, um voxel associado à atenuação de RX é apresentado como um pixel
mais branco ou brilhante e, na atenuação como o ar, por exemplo, apresenta-se mais escuro. A
espessura do corte é o que define um exame mais detalhado (cortes mais finos), de um exame
com menos definição (cortes mais espessos).
Na reconstrução de uma mesma imagem por diferentes espessuras de corte, a espessura
interfere na imagem reconstruída tridimensionalmente. Em uma imagem com cortes menos
espessos, de 1 mm por exemplo, os contornos são mais uniformes e estruturas menores, como
fragmentos ósseos, são mais evidentes. Em uma imagem adquirida com corte mais espesso,
por exemplo de 5 mm, observa-se contornos mais irregulares, sem muita definição, podendo,
facilmente, gerar confusão com outras estruturas.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO
Com baixo custo de equipamento e instalação, a tomografia de feixe cônico vem ganhando
espaço na Medicina Veterinária, assim como na tomografia humana. Ela é composta por uma
fonte de RX, um detector de imagem e um computador. A diferença está na utilização de um
javascript:void(0)
feixe cônico de RX em vez de um feixe de leque colimado. A vantagem desse feixe cônico é a
redução da dose de radiação no paciente e a desvantagem é o aumento da dispersão de
radiação e a diminuição da razão contraste x ruído, o que altera a qualidade da imagem.
A tecnologia desse equipamento utiliza telas planas ou intensificadores de imagem em rotação
simultânea de 360° em vez de detectores enfileirados, como demonstrado a seguir. A fonte de
emissão do feixe de raios X gira ao redor da região anatômica do paciente em simultaneidade
ao detectorde tela plana, gerando uma soma de dados reconstruídos em imagens 2D e 3D.
 
Fonte: Wikimedia.
 Figura 06 – Reconstrução de imagem em tomografia de feixe cônico.
 ATENÇÃO
A utilização dessa tomografia é valiosa na avaliação de pequenas regiões, como partes da
cabeça e estruturas dentárias em cães e gatos, visto que apresenta alta resolução espacial.
Porém, sua usabilidade em regiões anatômicas maiores ainda precisa ser estabelecida.
Com resolução de contraste inferior à da tomografia convencional, a resolução temporal desse
sistema de feixe cônico que utiliza detectores de césio aumenta o tempo de aquisição de dados
de cinco a vinte segundos aproximadamente, ocasionando um crescimento de artefatos de
movimento nas imagens. As reconstruções das imagens são mais demoradas que na
tomografia convencional.
Mesmo sendo inferior, o uso da tomografia de feixe cônico se torna pertinente na veterinária
pelo baixo custo e efetividade para estudos de pequenas regiões.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES PARA O USO DA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM
PEQUENOS E GRANDES ANIMAIS
A tomografia tem trazido inovações a outros ramos do conhecimento médico, pois uma análise
mais precisa das estruturas possibilitou a especialistas, como oncologistas e ortopedistas, um
planejamento mais eficiente de cirurgias e tratamentos.
Mesmo sendo considerada um método de alto custo para investigações de rotina na Medicina
Veterinária, a tomografia é de extrema importância para o estudo mais específico em que o
antigo método de RX não proporciona ao profissional, clínico ou especialista, uma imagem
mais fidedigna das condições patológicas ou anatômicas das regiões investigadas, permitindo
também a reconstrução 3D e mensurações exatas das estruturas corporais.
Atualmente, a tomografia tem sido utilizada na investigação de diversas regiões, como:
TÓRAX
ABDOME
CRÂNIO
COLUNA 
VERTEBRAL
REGIÃO DO 
PESCOÇO
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Alterações em mediastino, nódulos pulmonares, avaliação da cadeia linfonodal e parênquima
pulmonar e pleura.
Massas tumorais, avaliação da cadeia linfonodal, estruturas vasculares e digestórias.
Diagnóstico de tumores cerebrais, alterações retrobulbares, seios nasais, parênquima cerebral,
inflamações no ouvido interno e fraturas.
Diagnóstico de hérnia de disco, espondilomielopatia, discoespondilite, fraturas da coluna,
luxações, neoplasias na coluna e espondilose.
Tumores de tireoide, vascularização e sistema respiratório alto.
Avaliação das articulações, fraturas e lesões tumorais ósseas.
Os exames de TC são realizados com ou sem contraste. Este último é utilizado para facilitar a
visualização ou a extensão de uma lesão. Dentre as possibilidades de exames sem contraste,
por exemplo, na coluna lombar de um cão em normalidade, pode-se visualizar todas as
estruturas anatômicas vertebrais, como processo espinhoso, lâminas, pedículos, processos
transversos, corpo vertebral e tecidos moles. Também é possível a visualização de patologias,
como hérnias, porém, nesse caso, uma investigação mais aprofundada poderia ser mais bem
aproveitada com a utilização do contraste. Deve-se ter critério para a utilização do contraste
iodado, pois gera certa toxicidade no sistema neural.
Para a resolução de outras patologias, o procedimento com contraste é imprescindível na
investigação radiológica. Após a injeção intravenosa em bólus, é possível rastrear a
distribuição do elemento radiopaco pelo corpo, adquirindo informações sobre a perfusão dos
tecidos e a plenitude das barreiras naturais.
Habitualmente, em procedimentos não angiográficos, os estudos pós-contraste são efetuados
poucos minutos após a injeção, para que o contraste passe para o espaço extravascular,
aumentando o valor de HU de um determinado tecido proporcionalmente à concentração da
substância radiopaca, o volume do espaço sanguíneo e a penetrabilidade do leito capilar. As
características de realce podem ser utilizadas para acrescentar outras observações
morfológicas e aumentar a qualidade e a precisão das imagens adquiridas na tomografia.
BÓLUS
Refere-se à administração de uma medicação, com o objetivo de aumentar rapidamente
a sua concentração no sangue. Pode ser feita por via intravenosa, intramuscular,
subcutânea ou intrarretal.
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 SAIBA MAIS
A reconstrução multiplanar é um método que possibilita reconstruir as imagens obtidas no
exame de TC para outro plano de visualização a partir de uma única série, proporcionando ao
médico veterinário uma análise das imagens em diversos cortes (coronal, axial e sagital) e a
visualização tridimensional das estruturas. A imagem reconstruída proporciona ao médico
veterinário uma série de vantagens diagnósticas e uma avaliação pré-operatória mais precisa.
Através desta reconstrução, é possível visualizar fraturas e seus fragmentos e possíveis
luxações articulares; assim, o médico veterinário ortopedista pode avaliar as estruturas com
maior precisão e realizar o planejamento da cirurgia de forma mais segura.
Assista agora ao vídeo sobre Tomografia computadorizada em pequenos e grandes
animais.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) A sedação moderada dissociativa é uma técnica usada para procedimentos radiológicos,
pois tem capacidade de manter o paciente parado no ato do exame, sendo o maior problema a
interferência nas funções cardiovasculares e pulmonares.
B) A anestesia geral é uma técnica utilizada para procedimentos radiológicos, pois tem
capacidade de manter o paciente parado no ato do exame, sem interferir nas funções
cardiovasculares e pulmonares.
C) A sedação moderada dissociativa é uma técnica usada para procedimentos radiológicos,
pois tem capacidade de manter o paciente parado no ato do exame, sem interferir nas funções
cardiovasculares e pulmonares.
D) A anestesia geral é uma técnica utilizada para procedimentos radiológicos, pois tem
capacidade de manter o paciente relaxado no ato do exame, sendo o maior problema a
interferência nas funções cardiovasculares e pulmonares.
2. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA EM RELAÇÃO À TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA NA VETERINÁRIA:
A) A tomografia computadorizada é uma técnica de imagem que usa RX, usada somente em
animais de pequeno porte por causa da capacidade do equipamento.
B) Para uso da tomografia em equinos, novas tecnologias estão surgindo com equipamentos
adaptados para a espécie.
C) A tomografia computadorizada é uma técnica de imagem que usa magnetismo, sendo
usada somente em animais de pequeno porte por causa da capacidade do equipamento.
D) A tomografia computadorizada é um método de imagem empregado para grandes e
pequenos animais, e o procedimento requer sempre sedação.
GABARITO
1. Assinale a alternativa correta:
A alternativa "C " está correta.
 
O uso de sedativos, quando necessário, deve ser o mais seguro possível, interferindo o mínimo
nas funções fisiológicas do paciente. Ao mesmo tempo, deve proporcionar um estágio de
imobilidade para a realização do exame. Por isso, o uso de sedativos moderados ocorre na
maioria dos exames radiológicos.
2. Assinale a alternativa correta em relação à tomografia computadorizada na veterinária:
A alternativa "B " está correta.
 
Novos equipamentos de TC estão sendo criados para equinos. O diferencial está no gantry ,
que se movimenta em direção ao paciente. Trata-se da tomografia computadorizada robótica
de alta definição. As modificações estruturais se diferenciam dos equipamentos usados nos
serviços de pequenos animais, que são iguais aos utilizados na Medicina humana.
MÓDULO 2
 Descrever os procedimentos dos exames especiais em radiologia veterinária 
com utilização de campo magnético, radiofármacos e feixe de alta energia
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Um importante método de diagnóstico que também vem sendo utilizado pela Medicina
Veterinária é a ressonância magnética (RM), pela alta resolução de contraste que permite
uma melhor definição dos tecidos moles com mais sensibilidade que aTC. Essa alta resolução
de contraste se deve especificamente às características eletromagnéticas dos núcleos de
hidrogênio.
A capacidade de resolução da RM permite um melhor estudo de doenças neurológicas e
musculoesqueléticas. Por esse motivo, ela vem sendo utilizada para o diagnóstico de doenças
periarticulares em equinos com grande sucesso e em pequenos animais nas clínicas de
especialização veterinária. Outra vantagem da utilização do método é a aquisição de imagens
em todos os planos anatômicos, mesmo com o paciente em um só posicionamento durante
todo o exame.
COMPONENTES DOS EQUIPAMENTOS DE
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
O equipamento de RM é composto por:
MAGNETO
Um grande magneto cuja função é produzir um campo magnético muito forte e uniforme. No
corpo do magneto, existem três bobinas de gradiente: Z, X e Y. O gradiente Z altera o campo
magnético ao longo do eixo longitudinal do corpo do paciente, o gradiente X altera a potência
do campo magnético no eixo horizontal e o Y, no vertical.
MESA DE EXAME
A mesa de exame permite o posicionamento do paciente e o direciona para dentro do campo
magnético se movimentando lentamente para a obtenção da imagem.
BOBINAS DE RADIOFREQUÊNCIA
As bobinas de radiofrequência são utilizadas para transmitir e receber as ondas de
radiofrequência usadas nos scanners . Elas são um dos mais importantes componentes que
afetam diretamente a qualidade da imagem adquirida pelo método de ressonância, havendo
hoje, no mercado, vários modelos apropriados para cada parte do corpo. Existem dois tipos de
bobinas de radiofrequência: bobinas de volume e bobinas de superfície.
SISTEMA COMPUTACIONAL DE RESSONÂNCIA
O sistema computacional de ressonância captura os sinais obtidos no processo do exame e
os transforma em imagens. Desse sistema, também partem todos os comandos que consistem
na execução do procedimento.
A seguir, são mostrados os elementos que constituem um sistema de imagem de RM.
O paciente está devidamente posicionado na mesa de exame com a região a ser estudada
alocada no centro do gantry (campo magnético) e uma bobina é colocada ao redor ou
próxima à região. O sistema computacional é programado para realizar as sequências de pulso
de radiofrequência, causando a magnetização do tecido antes que os sinais possam ser
detectados como ecos. Vários gradientes dentro do gantry possibilitam a localização de cada
eco. Eles são empregados nas sequências de pulso, convertendo sinais analógicos em pulsos
digitais, sendo então formadas imagens no monitor que podem ser interpretadas.
 
Fonte: Thrall, 2019.
 Figura 07 - Componentes de um equipamento de ressonância magnética.
PRINCÍPIOS FÍSICOS PARA A FORMAÇÃO DA
IMAGEM
Os prótons de hidrogênio abundantes nos tecidos moles têm características magnéticas que
permitem que sejam utilizados na aquisição de imagens em RM. Eles têm carga positiva e
giram em torno de si mesmos como um pião. Cada um deles age como um pequeno imã. Os
condutores de magnetização dos prótons são orientados de maneira eventual no corpo e, em
situações normais, anulam uns aos outros. Em um alto campo magnético externo, esses
prótons são realinhados e se conduzem de forma paralela ou antiparalela, gerando a
magnetização do tecido. Essa magnetização em equilíbrio que tem orientação longitudinal é o
foco durante as sequências de imagens.
 
Fonte: Thrall, 2019.
 Figura 08 - Prótons de hidrogênio.
A precessão dos prótons de hidrogênio é influenciada pelo forte campo magnético externo.
Eles oscilam em seu eixo linear.
O instante da magnetização dos prótons em rotação pode ser dividido em dois vetores:
Um alinhado ou longitudinal B0, o eixo Z (representado a seguir);
Um transversal a ele, que repousa no eixo XY.
A relação da magnitude desses vetores depende da orientação dos prótons em rotação em
relação a B0 durante o processo de aquisição de imagens em RM. Observe que, conforme o
próton vai perdendo o alinhamento com o campo magnético B0, o tamanho do vetor de
magnetização no eixo Z diminui e o tamanho do vetor de magnetização no eixo X aumenta.
 
Fonte: Thrall, 2019.
 Figura 09 - Movimento de precessão dos prótons.
As ponderações T1 e T2 estão relacionadas ao relaxamento dos prótons de hidrogênio, sendo
T1 a troca de energia do núcleo de hidrogênio com o meio ambiente; e T2, a troca de energia
entre os núcleos adjacentes. Essas ponderações são de extrema importância para um
diagnóstico preciso, pois algumas patologias costumam apresentar elevada concentração de
líquido livre, como inflamações, hemorragias, edema, necrose e tumores.
 VOCÊ SABIA
As moléculas de água presentes nessas patologias vão se apresentar de formas distintas,
dependendo da ponderância aplicada. Nos tecidos ricos em água, o T1 é longo e o sinal é
baixo, apresentando-se de forma hipointensa; e na ponderância T2 também é longo, mas o
sinal é aumentado, apresentando uma imagem hiperintensa.
QUALIDADE DA IMAGEM
Como na TC, na RM os animais precisam estar estáticos na hora do exame. Por esse motivo,
um procedimento anestésico moderado pode ser necessário, pois a dificuldade é o equilíbrio
entre a qualidade da imagem e o tempo que se leva para a aquisição, ou seja, deve-se
conseguir informações diagnósticas com a maior rapidez possível.
Nos exames de RM, a resolução espacial é o fator determinante da quantidade de
detalhamento das imagens, tornando melhor a diferenciação das estruturas anatômicas e
patológicas. Essa resolução é definida pela espessura de corte, pelo campo de visualização e
pelo tamanho da matriz, respectivamente, ou seja, quanto menores os voxels , melhor será a
resolução espacial.
A qualidade da imagem depende do sinal originário dos prótons que formam cada voxel .
Esse sinal é, habitualmente, referido como sinal-ruído (SNR) de uma imagem. A resolução
espacial alta está sujeita a um SNR ruim. Diminuir a espessura de corte ou aumentar o
tamanho da matriz pode parecer uma forma de solucionar o problema, aumentando a definição
do tecido, mas também pode levar à perda da qualidade da imagem.
O aumento do tempo de aquisição das imagens possibilita melhora na resolução espacial e no
SNR concomitantemente, o que é de extrema importância para pacientes.
CAMPO MAGNÉTICO UTILIZADO NA
VETERINÁRIA
Equipamentos com campo maior que um tesla obtêm SNR e resolução espacial melhores e
disponibilizam protocolos de imagens mais avançados, porém, são mais caros, tornando os
aparelhos de baixo campo (0,2 – 0,4 tesla), os mais utilizados na veterinária, pelo baixo custo
de compra e manutenção. Esses equipamentos podem ser fabricados exclusivamente para uso
veterinário ou para utilização na área humana, sendo aproveitados depois para a veterinária.
A SNR desses equipamentos de campo baixo é ligada a tempo maior de exame e a menor
resolução espacial. Além disso, o FOV é menor, podendo necessitar de movimentação do
paciente para que a região analisada seja completamente coberta pelo imã.
A RM de campo baixo também tem vantagens, são elas:
Menor ocorrência de artefatos de suscetibilidade.
Fácil acesso aos pacientes por causa do seu projeto aberto.
Prevenção facilitada de acidentes associados a atração de objetos ferromagnéticos
localizados fora ou dentro do paciente.
Realização de exames de membros em equinos com o paciente em estação.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
MEIO DE CONTRASTE NA RM
O meio de contraste utilizado na RM é o gadolínio, considerado paramagnético. Diminuindo o
tempo de relaxamento em T1 e T2, os contrastes paramagnéticos aumentam a intensidade do
sinal em T1 e diminuem o sinal em T2, sendo usados quase que somente em sequências
ponderadas em T1.
Os contrastes de gadolínio são divididos em duas categorias:
QUELATOS EXTRACELULARES NÃO ESPECÍFICOS
Oferecem a biodistribuição semelhante aos contrastes de iodo e sua excreção pelos rins
acontece de forma rápida.
LIGANTES PROTEICOS DE ALTO RELAXAMENTO
Têm disseminação inicial parecidacom a dos contrastes extracelulares, apesar de que sua
maior conexão proteica amplia a receptação hepática e a excreção biliar.
 SAIBA MAIS
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O gadofosveset é utilizado para exames de angiografia na RM e o gadoxetato é usado para
exames no fígado. Na Medicina Veterinária, o gadobenato e o gadoxetato são utilizados nos
exames, tendo em vista que esses contrastes são comprovadamente seguros e o realce é
semelhante ao resultado adquirido nos seres humanos.
Na imagem de RM com ponderação em T1 a seguir constam dois momentos do exame no
crânio de um cão. No primeiro (A), o contraste não foi administrado. As setas brancas apontam
para os ventrículos laterais que estão hipointensos se comparados ao neurópilo por causa do
maior tempo de relaxamento de T1 do fluido livre. No segundo (B), o contraste de gadolínio foi
administrado por via intravenosa.
MEDICINA NUCLEAR VETERINÁRIA
Os exames de Medicina Nuclear utilizam fontes não seladas (material radioativo) com
objetivos diagnóstico e terapêutico, principalmente em tratamento de hipertireoidismo em
felinos.
 
Fonte: VP Photo Studio/Shutterstock
Na Medicina Nuclear, o paciente é submetido à introdução endovenosa de um material de
baixa radioatividade, juntamente com um fármaco (radiofármaco), sendo a radiação captada
por um aparelho chamado gama câmara ou câmara de cintilação, com o objetivo de
avaliação fisiológica e metabólica do paciente. O radioisótopo emite radiação gama e tem baixa
meia-vida, possibilitando o rápido decaimento para descarte e eliminação pelo próprio corpo.
 
Fonte: Milles Studio/Shutterstock
Na Medicina Veterinária, a técnica está sendo usada no nível de pesquisa, pois no mercado
brasileiro a modalidade ainda é escassa, seja pelo preço elevado, seja pela falta de
investimento na área. Ainda assim, é um método relevante, pois pode contribuir para a
investigação em diversas especialidades, como a oncologia e a endocrinologia.
Na maioria dos casos, tanto na TC como na RM aplicadas na veterinária, os animais devem ser
sedados, pois a aquisição e a qualidade das imagens dependem diretamente de o paciente
ficar estático.
 ATENÇÃO
O radiofármaco não tem ação farmacológica, sendo como uma substância orgânica ou
inorgânica que funciona como marcador específico de determinados órgãos, revelando sua
função fisiológica ou fisiopatológica. Ele se liga quimicamente a um radioisótopo que é utilizado
para fins diagnósticos ou terapêuticos.
Ao ser administrado via endovenosa, o radiofármaco é distribuído para os tecidos de acordo
com suas características funcionais. Em seguida, a gama câmara realiza a leitura do
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radiofármaco no paciente pela distribuição e pela concentração.
No aparelho, o sistema básico de detecção da gama câmara consiste em um colimador, um
cristal e um conjunto de fotomultiplicadoras associadas a um circuito eletrônico de
processamento que executa a formação da imagem.
A imagem adquirida é uma projeção bidimensional da distribuição do radiofármaco, podendo
ser obtida de forma estática, dinâmica, de corpo inteiro, sincronizada ou tomográfica.
GAMA CÂMARA OU CÂMARA ANGER
é a parte do equipamento que tem a capacidade de absorver a energia ionizante emitida
pelo radiofármaco que está em um órgão ou tecido e convertê-la em luz, cuja intensidade
será proporcional à energia da radiação detectada.
 
Fonte: O autor.
 Figura 10 - Procedimento do exame de cintilografia, apresentando a gama câmara.
EXAMES EM MEDICINA NUCLEAR NA
VETERINÁRIA
Os exames mais usados na Medicina Nuclear, na área da Veterinária, são a cintilografia renal,
óssea, pulmonar e perfusão cardíaca, além do tratamento de hipertireoidismo em felinos com o
uso de iodo 131.
Na Medicina Veterinária, o radioisótopo mais utilizado para o diagnóstico é o Tecnécio 99m,
que tem meia-vida de 6 horas, sendo eliminado pelo organismo em 24 horas. Um dos
procedimentos que estão sendo realizados com grande sucesso diagnóstico é a cintilografia
renal em cães e seus procedimentos são bem parecidos com a humana, tendo como ponto de
diferenciação a anestesia prévia, mas os objetivos diagnósticos são os mesmos.
Para a realização do exame existem dois procedimentos distintos:
CINTILOGRAFIA RENAL DINÂMICA
Estuda-se a função renal, a formação e a eliminação da urina. O DTPA-99mTC (ácido
dietilenotriaminopentacético, com marcação de Tecnécio 99m) é injetado no paciente por via
endovenosa direcionado para a cápsula renal. As imagens adquiridas revelam a função
vascular e a passagem do radiofármaco nos rins seguindo para a bexiga. Desse modo, podem-
se avaliar áreas obstruídas pelo tempo da passagem do radiofármaco.
CINTILOGRAFIA RENAL ESTÁTICA
É obtida a imagem para a análise de integridade do córtex renal, função tubular, localização,
identificação de cicatrizes e alguma má formação renal. É utilizado o radiofármaco DMSA-
99mTc (ácido dimercaptosuccínico, com marcação de Tecnécio 99m), que não é eliminado de
forma rápida pelo organismo, permitindo adquirir imagens com boas resoluções. O
radiofármaco será administrado por via endovenosa e ficará localizado no córtex renal
majoritariamente, possibilitando a avaliação renal de filtrar, reabsorver e eliminar.
 
Fonte: O autor.
 Figura 11 - Exame de cintilografia renal de paciente Bulldog Francês.
Outro exame que está sendo explorado na Medicina Veterinária é a cintilografia da tireoide,
pois a captação dos radionuclídeos pelo tecido tireoidiano funcional proporciona ao médico
veterinário uma avaliação anatômica e funcional da glândula.
Um exemplo é o uso da cintilografia em felinos, sendo que, anatomicamente, as glândulas
normais são apresentadas como duas áreas focais, ovaladas e bem definidas. Os
radionuclídeos se acumulam na região e, em seu aspecto normal, as glândulas tireoidianas e
salivares devem aparecer de forma simétrica, apresentando-se igualmente cintilantes. A
porcentagem de captação pode ser calculada e o acúmulo de hormônio circulante pode ser um
indicativo de hipertireoidismo. Por esse motivo, a cintilografia é um exame que pode fornecer
informações diagnósticas antes mesmo de os testes laboratoriais estarem normais.
 SAIBA MAIS
Além da avaliação funcional, o exame pode fornecer informações relevantes detectando
tecidos tireoidianos atópicos e, quando usado como terapia para hipertireoidismo felino, o
radionuclídeo de escolha é o iodo 131, que tem ação direta nos tecidos glandulares anormais,
proporcionando sua eliminação.
RADIOTERAPIA EM VETERINÁRIA
A radioterapia vem sendo realizada na Medicina há muitos anos, com grande sucesso nos
tratamentos das neoplasias. Na Medicina Veterinária, essa modalidade ainda é novidade, por
causa do alto custo do equipamento e das exigências para se legalizar um setor. Com o
avanço das novas modalidades de diagnóstico, do tratamento na Medicina Veterinária e da
expansão do mercado consumidor, no que se refere ao mundo pet, essa técnica de tratamento
vem ganhando espaço, vem saindo dos centros de pesquisas universitárias e vem virando
realidade para um público cada vez mais preocupado com a qualidade de vida e o bem-estar
dos animais.
Os serviços de radioterapia veterinária dispõem de uma equipe multidisciplinar, voltada à
aplicação de um protocolo seguro e de alta qualidade. Entre os profissionais estão os médicos
veterinários radioterapeutas ou oncologistas, responsáveis pelo planejamento dos tratamentos;
um anestesiologista, responsável pela sedação do paciente no ato do exame; um físico da
radiação, com responsabilidade de calcular a dose de cada planejamento com o veterinário,
assegurando um controle rígido de exposição; e o tecnólogo em radiologia, que tem a
responsabilidade de operar o equipamento e preparar o paciente para o procedimento. Todos
os profissionais devem ser aptos e treinados em radioproteção, de forma a respeitar todos os
requisitos legais.
 
Fonte: Try_my_best/Shutterstock.
A radioterapia usa a radiaçãoionizante para o tratamento de tumores, sendo utilizada por
médicos veterinários oncologistas de forma curativa adjuvante, que utiliza a radioterapia pós-
procedimento cirúrgico. Ela também é usada de forma curativa neoadjuvante, que utiliza o
procedimento radioterápico para reduzir o tumor e depois realizar o procedimento cirúrgico e,
de forma paliativa, para melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo sangramentos,
obstruções e compressões neurológicas. A radioterapia é mais uma ferramenta disponível a
oncologistas, podendo ser usada em conjunto com outras modalidades de tratamento, como as
quimioterápicas e as cirúrgicas.
Para que o tratamento de radioterapia seja realizado, é importante um planejamento prévio do
paciente. A idade ou o estágio da neoplasia pode ser uma dificuldade para os procedimentos
seguros da técnica, assim como compreender as condições do tumor, como localização e
volume, é imprescindível para o tratamento.
Pacientes que vão se submeter ao tratamento de radioterapia devem estar em condições
clínicas aceitáveis para tolerar um procedimento anestesiológico, mesmo sendo de curta
duração, para que fiquem imóveis para o posicionamento e a execução da técnica. Os animais
em tratamento devem ter exames de sangue, cardiológico e de tórax avaliados por um clínico
ou um cardiologista especializado, e o procedimento anestesiológico deve ser realizado por um
profissional competente e especializado, para que, após o procedimento radioterápico, o
paciente retorne com segurança da sedação.
Outro critério importante para um tratamento de sucesso está ligado à identificação das
características dos tumores, ou seja, se são primários ou secundários e qual o seu grau de
malignidade, utilizando exames histopatológicos e uma avaliação de exames por imagem de
alta qualidade, podendo ser uma ultrassonografia, uma TC ou uma RM, para definir com
precisão o volume, o tamanho e a localização.
Com as informações obtidas pela imagem tomográfica ou de ressonância será possível avaliar
as delimitações e as alterações em linfonodos regionais, direcionando o tratamento de forma
precisa no que se refere à proteção de tecidos adjacentes e na quantidade exata de radiação
necessária para área em tratamento, direcionando o radioterapeuta, o local correto da DFPE
(distância- foco-pele) ou isocentro, definindo as margens de segurança e o volume do tumor,
para um planejamento de dose, conforme o protocolo da ICRU 62 (International Commission
on Radiation Units and Measurements), que tem por finalidade propor definições e
delineamentos de volumes a serem tratados e a dose a ser realizada, levando em
consideração erros sistemáticos, como: Posicionamento e movimentação de órgãos; e
respiração do paciente.
Os volumes a serem observados são:
GTV (GROSS TUMOR VOLUME – VOLUME TUMORAL
PALPÁVEL)
Representa a maior concentração de células tumorais evidentes por meio de exames.
CTV (CLINICAL TUMOR VOLUME – VOLUME CLÍNICO)
Corresponde às margens da lesão, além de compreender o GTV.
ITV (INTERNAL TARGET VOLUME – VOLUME
INTERNO DO ALVO)
É a soma do CTV mais a sua margem interna, que leva em consideração as variações no
tamanho, na forma e na posição do CTV.
PTV (PLANNING TARGET VOLUME – PLANEJAMENTO
DO VOLUME DO ALVO)
Abrange o CTV mais as margens de erro de movimentos dos órgãos.
VT (VOLUME TRATADO)
É considerado necessário para a realização do tratamento e o volume irradiado.
VI (VOLUME IRRADIADO)
É a região que vai receber uma quantidade mínima de dose, correspondente à tolerância do
limite de radiação.
TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE
RADIOTERAPIA
Há duas técnicas diferentes em radioterapia empregadas para o tratamento oncológico em
humanos e animais, que são a teleterapia e braquiterapia. A escolha da técnica vai depender
do tipo de neoplasia e da espécie a ser tratada.
A braquiterapia é raramente usada na Medicina Veterinária, por causa das dificuldades na
utilização de implantes em pacientes veterinários. No entanto, há relatos científicos de sucesso
no tratamento oncológico em bovinos e equinos, mas para os pequenos animais seus
benefícios são menos comprovados.
A braquiterapia é a colocação de uma fonte, perto ou dentro do tumor a ser tratado. Ela pode
ser classificada em:
TÉCNICA DE ALTA TAXA DE DOSE (HDR)
TÉCNICA DE BAIXA DOSE (LDR)
TÉCNICA DE DOSE PULSADA (PDR)
É colocada uma única fonte radioativa de alta dose ao lado ou no interior do tumor, em um
curto período de tempo.
Várias fontes (sementes) são inseridas no tumor de forma permanente, as quais diminuem
gradativamente o nível de radiação até ficar inativas.
A radiação é liberada com curto período de tempo entre 1 hora até 24 horas.
 SAIBA MAIS
A teleterapia é o método mais comum de radioterapia na Medicina Veterinária. Os
equipamentos utilizados nesse método são: Ortovoltagem, Cobalto-60 e Aceleradores
Lineares.
Os equipamentos de ortovoltagem, também conhecidos como RX superficial ou
semiprofundo, geram quilovoltagem baixa entre 100 KVP e no máximo 500 KVP, sendo
usados exclusivamente para tratamento de neoplasias superficiais, como hemangiomas ou
carcinomas basocelulares. Seu potencial se restringe a tratamentos com ação da radiação em
mais ou menos 3 cm de profundidade devido à sua limitação. Estudos revelaram maior
severidade dos efeitos colaterais.
O equipamento de Cobalto-60 tem, em seu interior, uma fonte radioativa que emite fótons na
faixa de 1,17 Mev a 1,33 Mev. Com isso, mesmo que o equipamento esteja desligado, a fonte
continua emitindo fótons, devendo o equipamento ter uma blindagem para bloquear a saída da
radiação. As fontes de Cobalto-60 diminuem sua intensidade de 1,1% ao mês, com isso sua
meia-vida é de 5,27 anos, exigindo o dobro do tempo para o tratamento. Por isso, a fonte é
trocada a cada 8 anos em média.
Os aceleradores lineares são os equipamentos mais utilizados atualmente. Eles usam micro-
ondas para acelerar os elétrons a grandes velocidades, podendo produzir RX com energia
entre 1 Mev e 10 Mev, gerando fótons de alta energia e menor dose na pele e nos tecidos
sadios do paciente, se comparado com o equipamento de Cobalto-60. Os aceleradores
lineares exigem uma maior manutenção, um potencial elétrico estável e profissionais mais
treinados para o manuseio.
 
Fonte: Wikimedia.
 Figura 12 -Equipamento de teleterapia (acelerador linear).
SALA E AMBIENTE EM RADIOTERAPIA
Para a construção, a autorização de funcionamento e as regras para funcionamento, os setores
de radioterapia seguem diversas normatizações e diretrizes da CNEN, Resolução ANVISA/MS
RDC 50 e NR 32. Na radioterapia veterinária, as mesmas regulamentações e normatizações
devem ser seguidas, mas a estrutura do ambiente pode mudar dependendo da espécie do
paciente a ser atendido.
SALA DE TRATAMENTO
Quando a sala de tratamento se destina a grandes animais, deve ter adaptações para a
locomoção destes, como guincho no teto e mesa específica para locomover o animal que
estará sedado. A entrada ou a saída da sala deve ter portas de tamanho especiais, para
facilitar a entrada do paciente (em média portas de 2,90 m de largura com 2,60 m de altura). O
ambiente é controlado e deve ter paredes e portas blindadas.
SALA DE PREPARO
Outro ambiente paralelo à sala de tratamento é a sala de preparo. Nela, o paciente é sedado
ou anestesiado. A estrutura física deve conter um guincho de teto, para a locomoção dos
animais de grande porte, e as paredes devem ser revestidas de borracha. Essa sala pode ser
usada como sala de recuperação pós-anestesia.
SALA DE COMANDO
No ambiente para a realização da técnica de tratamento é importante que haja uma área
chamada sala de comando, na qual ficam os computadores para os tecnólogos manipularem o
equipamento e para os profissionais médicos monitorarem o paciente na hora do tratamento, já
que ele está anestesiado ou sedado.
SALA DE MOLDES E MÁSCARAS
Na sala de moldes e de máscaras são confeccionados os acessórios de imobilização. O local
deveoferecer acesso para pacientes de pequeno e de grande porte.
PROCEDIMENTOS E PROTOCOLOS PARA
RADIOTERAPIA EM VETERINÁRIA
Para qualquer tratamento radioterápico é necessário um protocolo rígido, como: O
conhecimento do tumor a ser irradiado, avaliando a localização, o tamanho, a classificação e
as condições físicas e clínicas do paciente, pois todo o procedimento deve ser feito com este
anestesiado e monitorado.
A anestesia utilizada é de curta duração, no entanto deve-se ter atenção aos riscos do
procedimento de contenção farmacológica, utilizando sempre equipamentos para
monitoramento e ventilação do animal durante o processo do exame, os quais são
indispensáveis para a segurança do paciente e da equipe envolvida.
Após a avaliação do planejamento com TC ou RM e exames histológicos prévios, o médico
oncologista e o físico calculam juntos as doses necessárias utilizadas de forma fracionada para
cada sessão. As sessões devem seguir um rígido padrão para que o tratamento tenha êxito,
por isso cada paciente tem uma ficha técnica, na qual vários fatores são descritos para serem
seguidos de forma protocolar a cada sessão de tratamento.
 
Fonte: Karynav/Shutterstock.
As fichas técnicas devem conter informações sobre o paciente e sobre o procedimento, assim
como esquemas de pequenos ou grandes animais, sendo marcado o local exato da aplicação
da dose.
Os requisitos mínimos de uma ficha devem conter os seguintes itens:
INFORMAÇÃO COMPLETA 
DO PACIENTE
INFORMAÇÕES SOBRE O TUTOR DO PACIENTE
PARTE DE DESCRIÇÃO DAS 
SESSÕES E PROTOCOLO
DADOS DOS RESPONSÁVEIS
OBSERVAÇÕES
Nome, idade, espécie, raça, sexo, peso, diagnóstico, finalidade (paliativa, curativa ou
adjuvante), modalidade de tratamento, equipamento, fonte radioativa e energia.
Nome, RG, endereço e telefone.
Deve ter o número de campo a ser irradiado, a localização anatômica, o eixo de localização
conforme o equipamento, o número de frações, a dose diária, a dose total, a angulação do
gantry , a angulação da mesa, a angulação do colimador, o tipo de filtro, a distância, o fator
campo, o fator calibração, o fator rendimento, a posição do paciente no ato do tratamento e dos
acessórios, o tempo de cada sessão, o desenho com a simulação do campo de tratamento e a
data de cada fração.
Assinatura, dados dos médicos veterinários, dos tecnólogos e do físico.
Campo de observação específica.
Para cada investigação, pode ser necessária a confecção de acessórios para a imobilização e
a demarcação da área a ser tratada. Esses acessórios são:
Máscaras termoplásticas que, no caso da veterinária, devem ter passagem para o tudo
de respiração.
Moldes orais, que são utilizados para o tratamento na região rostral e na cabeça.
Cunhas específicas para posicionamento adequado do paciente.
As doses e frações podem variar para cada tratamento, mas os protocolos são estabelecidos
em definitivo, com intenção curativa, sendo as frações aplicadas com baixas doses de 2,5 Gy a
4 Gy, de três a cinco vezes por semana, em dose total de 40 Gy a 54 Gy. Esse protocolo é
usado em tumores quando a intenção é o controle da neoplasia a longo prazo.
Protocolos podem ser utilizados também para tratamentos paliativos, com poucas frações,
duas vezes por semana, com doses de 4 Gy a 6 Gy e doses totais de 20 Gy a 32 Gy. Esse
protocolo é utilizado nos casos avançados de metástases e tumores extensos, nos quais o
paciente está muito debilitado e há redução da massa tumoral.
Veja no vídeo mais detalhes sobre Ressonância magnética em pequenos e grandes
animais.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O EXAME DE CINTILOGRAFIA RENAL NA VETERINÁRIA TEM POR
OBJETIVO AVALIAR A FUNÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO, E O
RADIOISÓTOPO MAIS UTILIZADO NESSA TÉCNICA É O:
A) Tecnécio 99m, que tem meia-vida de 6 horas, sendo eliminado pelo organismo em 24 horas.
B) Tecnécio 99m, que tem meia-vida de 24 horas, sendo eliminado pelo organismo em 72
horas.
C) Iodo 131, que tem meia-vida de 6 horas, sendo eliminado pelo organismo em 24 horas.
D) Iodo 131, que tem meia-vida de 1 hora, sendo eliminado pelo organismo em 12 horas.
2. O EQUIPAMENTO DE RADIOTERAPIA MAIS USADO NA MEDICINA
VETERINÁRIA É O:
A) Ortovoltagem
B) Cobalto 60
C) Braquiterapia
D) Acelerador linear
GABARITO
1. O exame de cintilografia renal na veterinária tem por objetivo avaliar a função do
sistema urinário, e o radioisótopo mais utilizado nessa técnica é o:
A alternativa "A " está correta.
 
O tecnécio 99m é usado na cintilografia renal em veterinária por causa da meia-vida curta de
aproximadamente 6 horas, sendo eliminado pelo organismo em 24 horas.
2. O equipamento de radioterapia mais usado na Medicina Veterinária é o:
A alternativa "D " está correta.
 
Os aceleradores lineares são os equipamentos mais usados atualmente na Medicina
Veterinária. Eles usam micro-ondas para acelerar os elétrons a grandes velocidades, podendo
produzir raios X com energia entre 1 Mev e 10 Mev, gerando fótons de alta energia e menor
dose na pele e nos tecidos sadios do paciente.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) já são realidades nas
clínicas e nos hospitais veterinários. A Radioterapia e a Medicina Nuclear ainda têm muito a
crescer no mercado pet e todos esses métodos vêm provando sua eficácia no diagnóstico e no
tratamento. Por esse motivo, o tecnólogo em radiologia deve ser capaz de compreender os
diversos métodos especiais utilizados na radiologia veterinária, com o objetivo de executar com
excelência os exames que são considerados de alta tecnologia.
A força do mercado veterinário potencializou a entrada de novas modalidades diagnósticas e
novos tratamentos, portanto, essa exigência passa a ser um desafio a mais aos profissionais
ou investidores, que devem estar em constante atualização em relação às novas técnicas de
tratamento e à evolução constante dos equipamentos radiológicos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CAMARGO, RENATO. Radioterapia e medicina nuclear, conceitos, instrumentação,
protocolos, tipos de exames e tratamentos.1 ed. São Paulo - SP : Editora Érica, 2015.
CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de animais selvagens. 2. ed. São
Paulo: Roca, 2017. v. II.
FEITOSA, F. L. F. Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico. 3. ed. São Paulo: Roca, 2019.
KLAUS-DIETER, B. Anatomia do cão. 5. ed. São Paulo: Manole, 2012.
KÖNIG, H. E.; HANS-GEORG, L. Anatomia dos animais domésticos: texto e atlas colorido.
6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
IERMATTEI, D. L. Ortopedia e tratamento de fraturas de pequenos animais. 4. ed. São
Paulo: Manole, 2009.
ROCKETT, J.; BOSTED, S. Procedimentos clínicos veterinários na prática de grandes
animais. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
THRALL, DONALD E. Diagnóstico de radiologia veterinária. 7. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier,
2019.
VADEN, S. L. Exames laboratoriais e procedimentos diagnósticos em cães e gatos. São
Paulo: Roca, 2018.
EXPLORE+
Aprofunde seus conhecimentos sobre as técnicas radiológicas na Medicina Veterinária lendo os
seguintes artigos:
Diagnóstico por tomografia computadorizada da extrusão de disco intervertebral em
paciente geriatra: relato de caso , de Jessyka Andréa Nascimento de Carvalho Almeida,
Tiago Tavares Brito de Medeiros, Artur da Nóbrega Carreiro, Edson Mauro da Cunha,
Débora Vitória Fernandes de Araújo, Brunna Muniz Rodrigues Falcão, Ana Yasha
Ferreira de La Salles e Danilo José Ayres de Menezes.
A aplicação da ressonância magnética no estudo anatómico do encéfalo de cães , de
Bruno Colaço, David Ferreira, M. Gonzalo-Ordén e J. M. Villar Lacilla.
Uso da 99mTc-Timina na identificação de metástases de tumor venéreo transmissível
canino com apresentação cutânea , de Paulo S. M. Castelo-Branco, Sergio A. Lopes de
Souza, Flávia P. P. Lobo Lopes, Verônica Castro, Priscila Sena, João Batista Pereira, Lea
M. Barbosa da Fonseca e Bianca Gutfilen.
CONTEUDISTA
Jorge Antonio da Conceição Loureiro Junior
 CURRÍCULO LATTES
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