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Destino Ineficaz da Herança de Herdeiro Eventual - Direito Civil

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João, viúvo, faleceu ontem deixando apenas dois filhos vivos: Pedro e Amanda. Antes de seu
falecimento, Pedro (João) celebrou testamento público deixando 50% de seus bens ao(à)
seu(sua) eventual neto(a), filho(a) de Amanda, ainda não concebido(a). Considerando que
Amanda está viva no momento da abertura da sucessão, mas o(a) neto(a) mencionado(a) no
testamento ainda não foi concebido, responda: 
b) Caso Amanda decida não ter filhos, qual será o destino dos bens dispostos em testamento
por João? 
Nesse caso, passados os dois anos decadenciais, os 50% que seriam destinados ao possível neto,
retornarão para os sucessores legítimos de João, neste caso, Pedro e Amanda. Como se denota do
parágrafo 4º, art. 1.800, CC/02, in verbis: Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão,
não for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do
testador, caberão aos herdeiros legítimos. 
Paulo Lôbo (op. cit., 2018), observa que “se a filiação eventual tornar-se impossível (em razão, por
exemplo, de morte ou esterilidade da pessoa indicada como futuro genitor), a destinação é
considerada ineficaz, embora tenha sido existente e válida. Somente o alargamento do conceito de
sujeito de direito é apto a absorver quem ainda não existe como pessoa e poderá não existir. A
reserva dos bens aos não concebidos assemelha-se à dos nascituros; em ambas as situações não há
pessoas, aguardando-se que sejam confirmadas com o nascimento com vida”

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