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JHULIA TAVARES DOS SANTOS RGM 1779435-8 1-) Capacidade para suceder é a aptidão da pessoa para receber os bens deixados pelo de cujus no tempo da abertura da sucessão. Considerando tal afirmação diga o que é necessário a um indivíduo para que se constitua como capaz de suceder? É necessário a um indivíduo para que se constitua como capaz de suceder: Estar vivo (Pode já estar concebido na época da morte e terá direito, se nascer com vida e, então, tornar-se-á herdeiro desde a concepção) Ser capaz; Deve ser pessoa – Animais, por exemplo, não podem suceder Na sucessão testamentária, é admitido também pessoas jurídica – artigo 1799, II e III, do CC Não pode ter sido declarado indigno ou deserdado; Não ser ilegítimo. 2-) Discorra acerca da indignidade e da deserdação. Aponte suas semelhanças e distinções. A Indignidade ocorre na sucessão legítima ou testamentária, e suas hipóteses são dispostas no artigo 1814, incisos I, II e III, do Código Civil, que são elas: Que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; Que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; Que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. A deserdação ocorre por ato de vontade do testador, que usa o testamento para afastar os herdeiros necessários, eliminando qualquer participação, tirando-lhes a legítima (essa é a única forma dela ser afastada). Além das hipóteses do artigo 1814, incisos I,II e III, do CC, é cabível a deserdação nas hipóteses dos artigos 1962 e 1963 CC. A principal das semelhanças entre essas duas formas de exclusão da sucessão é a perda da capacidade de suceder. Temos também, que ambas podem se utilizar das hipóteses previstas no artigo 1.814, do CC. 3-)A sucessão da pessoa natural ocorre com: a)o testamento. b)a morte do sucedido. – RESPOSTA CORRETA c)a abertura do inventário. d)a finalização do inventário 4- Sobre a vocação hereditária, preceitua o Código Civil: a) Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da morte do “de cujus”. – RESPOSTA CORRETA (ARTIGO 1798,CC) – MORTE DO “DE CUJUS”, É ABERTA A SUCESSÃO. b) Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura do testamento cerrado. (ERRADA, pois de acordo com o artigo 1798, CC, é no momento da abertura da sucessão.) c) Na sucessão legítima podem ainda ser chamados a suceder os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivo este ao abrir-se a sucessão. (ERRADA, pois, essa afirmação é para a sucessão testamentária, conforme artigo 1799, I, CC.) d) Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários, entre outros, a concubina do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de um ano. (ERRADA, pois, conforme artigo 1801, III, do CC, deverá estar separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos) e) São anuláveis as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa. (ERRADA, pois de acordo com o artigo 1802, CC, são NULAS as disposições e não anuláveis.) 5- João, pai de Maria e Clara (concebidas naturalmente e nascidas respectivamente em 05 de janeiro de 1980 e 10 de maio de 1985), adotou em 03 de setembro de 1988 José, que já tinha 06 anos de idade. João sofreu grave acidente automobilístico o que o levou a óbito em 1o. de outubro de 1988. Pergunta-se: Maria, Clara e José terão exatamente os mesmos direitos sucessórios? Explique sua resposta. Sim, Maria, Clara e José terão exatamente os mesmos direitos sucessórios. Conforme o artigo 1596, do Código Civil, os filhos, biológicos ou por adoção, terão os mesmo direitos e qualificações, sendo vedado qualquer ato discriminatório. Na relação de parentesco, eles serão classificados como DESCENDENTES, conforme o artigo 1591, do Código Civil. Então, pode-se dizer que todos são sucessores legítimos, na qualificação de DESCENDENTES, conforme artigo 1829, I, do Código Civil. 6-Mauro é casado no regime de comunhão universal de bens, com quem tem uma filha Andrea e possui R$ 100.000,00 (cem mil reais) de patrimônio. Querendo instituir Lúcia sua herdeira testamentária, Mauro poderia dispor da integralidade de seu patrimônio? Justifique sua resposta. Mauro não poderá dispor da integralidade de seu patrimônio por testamento, pois possui herdeiros legítimos necessários, e conforme o artigo 1789, do Código Civil, havendo estes, só poderá o testador dispor metade de sua herança. 7- Ana e Luiza eram, respectivamente, mãe e filha. No dia 23 de março de 2007 sofreram um acidente de automóvel, morrendo instantaneamente. A perícia não foi capaz de identificar qual delas faleceu primeiro. Luiza era casada com Cláudio pelo regime da comunhão universal de bens e não tinha descendentes. Ana era viúva. Além de Luiza, Ana era mãe de Daniela. Luiza não deixou bens. Seu marido Cláudio também não é proprietário de bens. Ana deixou um patrimônio líquido no valor de 1 milhão de reais. Cláudio procura Daniela e afirma que tem direito a 500 mil reais do patrimônio deixado por Ana. Justifica sua afirmação alegando que, como viúvo da herdeira Luiza, tem direito a 250 mil reais a título de meação, ante o regime da comunhão universal de bens, e a outros 250 mil reais a título de herança, no exercício do direito de representação. Pergunta-se: as alegações de Cláudio estão corretas? Justifique e fundamente a sua resposta. As alegações de Cláudio não estão corretas. De acordo com o artigo 8º, do Código Civil, quando duas ou mais pessoas morrem, em uma mesma ocasião e, não sendo possível determinar o momento certo de cada morte, presume-se que elas ocorreram simultaneamente. Um dos principais efeitos da presunção de morte simultânea no direito sucessório, quando ocorre a morte entre ascendente e descendente, é que não havendo a possibilidade de saber quem é herdeiro de quem, o vínculo sucessório desaparece entre ambos. Com isso, um não herda do outro e os bens de cada um passam aos seus respectivos herdeiros. E é o que ocorre entre Ana e Luiza. Ambas não possuem direito sobre a herança da outra. Com isso, Daniela seria a única com direito sobre a herança deixada por Ana e Cláudio teria apenas direito à herança deixada por Luiza, que no caso, não possuía bens. 8-) Roberto, solteiro, sem companheira, empresário, possui três filhos: Maurício, Alessandra e Gaspar. O empresário foi diagnosticado com grave câncer, garantindo os médicos que seu organismo não resistiria às consequências da doença, sendo provável que faleceria com brevidade. Assim, Roberto compareceu ao cartório para confecção de um testamento público, por meio do qual atribuiu à sua filha Alessandra, com quem tem mais afinidade, a totalidade da parte disponível de seu patrimônio. No mesmo instrumento dispôs expressamente sobre a deserdação de seu filho Gaspar, em razão de ofensa física que este havia praticado contra seu pai. Gaspar possui um único filho, Felipe. Sabendo de sua grave doença, Roberto foi procurado por Renata, com quem teve um relacionamento, para avisá-lo que estava grávida. De comum acordo realizaram um exame para apurar a paternidade do nascituro, confirmando-se que era filho de Roberto, e este não se opôs a reconhecer a paternidade, mas não modificou o testamento que havia lavrado. Roberto faleceu poucos meses após o nascimento de seu novo filho,Fernando. Considerando que a deserdação de Gaspar foi judicialmente confirmada e que não existem outras pessoas na relação sucessória, responda aos questionamentos a seguir, fundamentando cada um deles: a) Felipe tem direito a parte da herança deixada pelo seu avô Roberto? Os efeitos da deserdação são de natureza personalíssimo, atingindo somente a pessoa deserdada. Está disposto no artigo 1816, do Código Civil, para os indignos que “são pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão”. E por analogia, utiliza-se esse artigo aos deserdados. Então, sim, Felipe tem direito a parte da herança deixada pelo seu avô Roberto. b) Qual a consequência jurídica do nascimento de Fernando, com relação ao testamento deixado por Roberto? De acordo com o artigo 1.975, do Código Civil, “não se rompe o testamento, se o testador dispuser da sua metade, não contemplando os herdeiros necessários de cuja existência saiba, ou quando os exclua dessa parte. Ou seja, no caso proposto, não haverá o rompimento do testamento e o mesmo deve ser cumprido, pois o testador (Roberto), já tinha outros herdeiros legítimos e dispôs apenas a parte disponível (metade da herança – artigo 1789,CC) em testamento (a favor de Renata). Fernando, sendo herdeiro legitimo, irá concorrer pela legitima, juntamente com os outros herdeiros legítimos (Alessandra e Felipe). c) Quem são os herdeiros de Roberto e qual o percentual da herança que caberá a cada um? Explique, sucintamente, os percentuais encontrados. Os herdeiros legítimos de Roberto são Alessandra, Fernando e Felipe. Alessandra também é herdeira testamentária. Legitima De acordo com o artigo 1835, do Código Civil “Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau”, ou seja, será dividido de forma igualitária para cada um. Alessandra – 33,33% ou 1/3 Fernando – 33,33% ou 1/3 Felipe - 33,33% ou 1/3 Parte Disponível Alessandra – 100% (Pois Roberto, testou, a sua totalidade da parte disponível a Alessandra)
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