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Dengue: Características e Sintomas

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Vict�ria K. L. Card�so
Dengue
Introdução
Características gerais:
● Família: Flaviviridae; Gênero: flavivirus.
● Sorotipos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e
DENV 4.
○ Os sorotipos 2 e 3 são os mais
graves, principalmente quando
ocorre em infecção secundária.
○ Não há imunidade protetora
cruzada permanente entre os
sorotipos, porém algumas
evidências indicam que,
imediatamente após a infecção por
um dos sorotipos, o indivíduo fica
imune à infecção pelos outros
sorotipos por 3 a 6 meses.
○ Assim, indivíduos que vivem em
áreas endêmicas, com a
cocirculação dos quatro sorotipos,
podem, teoricamente, adquirir a
infecção pelos quatro sorotipos
virais ao longo de sua vida.
● Vetor e reservatório: mosquitos do
gênero Aedes, principalmente o Aedes
aegypti e o Aedes albopictus.
Transmissão e período de incubação:
● Transmissão: picada do mosquito ou de
carrapato; não há transmissão por
contato direto, nem por intermédio de
água ou alimento.
● Período de incubação: 4 a 8 dias.
Período de transmissibilidade:
● São dois ciclos: um intrínseco (no ser
humano) e um extrínseco (no vetor).
● Assim, no mosquito, o vírus se localiza
nas glândulas salivares da fêmea do
mosquito, onde se multiplica depois de 8
a 12 dias de incubação.
Resposta imune:
● Desarranjo na homeostase das citocinas
na resposta imune induzida pela infecção.
● Formas brandas da doença: predomínio
de resposta tipo Th1.
● Formas graves da doença: predomínio de
resposta Th2, com níveis aumentados de
interleucina (IL)-4, IL-6 e IL-10, e níveis
reduzidos de IFN-γ e IL-12.
Síndrome febril
Quadros com maior associação à mortalidade:
● Quadros mais graves como a FHD e a
síndrome de choque da dengue (SCD).
● Manifestações clínicas menos usuais:
acometimento hepático, cardíaco e do
sistema nervoso central.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
Dengue clássica:
● Início abrupto, apresentando
temperaturas de 39 a 40°C, cefaleia
intensa, dor retro-ocular, mialgias,
artralgias e manifestações
gastrintestinais, como vômito e anorexia.
○ A febre costuma ceder em até 6
dias, iniciando-se a convalescença,
com astenia e depressão
● Pode surgir exantema intenso após 3-4
dias da doença, com pequenas áreas de
pele sã (“ilhas brancas em um mar
vermelho”).
○ Geralmente o exantema é
acompanhado de prurido, muitas
vezes de difícil controle.
● Pode haver alguns fenômenos
hemorrágicos discretos (epistaxe,
petéquias, gengivorragias), que não
caracterizam dengue hemorrágica.
● Nas crianças, a dengue pode ser
assintomática ou com febre
indiferenciada, comumente acompanhada
de exantema maculopapular.
● Exame hematológico:
○ Leucopenia com neutropenia após
o segundo dia de doença.
○ Plaquetas normais ou diminuídas.
○ Elevação discreta nos teores
séricos de aminotransferases (2-5x
o limite superior da normalidade).
● Sinais de alerta/alarme:
○ Dor abdominal.
○ Vômitos persistentes.
○ Evidência clínica de acúmulo de
fluidos (p. ex., derrame pleural).
○ Letargia/irritabilidade.
○ Sangramento de mucosas.
○ Hepatomegalia maior do que 2 cm
e aumento do hematócrito
associado a trombocitopenia.
Dengue hemorrágica:
● O quadro costuma ter inicio abrupto,
semelhante à forma clássica da dengue,
com febre alta, náuseas e vômitos,
mialgias e artralgias.
● Início dos fenômenos hemorrágicos:
ocorre por volta do 4* ou 5*, com
petéquias na face, axilas e extremidades,
além de véu palatino.
○ Geralmente coincide quando a
plaquetopenia também está mais
acentuada, mantendo-se em
estado crítico por 12 a 24 h.
○ Pode evoluir com: púrpuras e
grandes equimoses na pele,
epistaxes, gengivorragias,
metrorragias e hemorragias
digestivas moderadas.
● Exame físico: fígado palpável e doloroso,
2 a 4 cm abaixo do rebordo costal e
esplenomegalia.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
● Mau prognóstico: hepatomegalia,
hematêmese e dor abdominal →maior
probabilidade de evolução para choque.
● Outros sintomas: dor abdominal, letargia
e sinais de insuficiência circulatória (pele
fria e pegajosa, cianose perioral, pulso
rápido e sudorese fria).
● Óbito: pode ocorrer na ausência de
tratamento.
Níveis de gravidade:
● Dengue sem sinais de alarme - fase
febril:
○ Início da doença com síndrome
febril de curta duração, com
mialgias e exantemas.
○ A elevação da temperatura ocorre
com início súbito, alcançando altos
valores nas primeiras 48 horas, e
dura entre 3 a 7 dias.
○ Pode ser uma síndrome febril
bifásica, reaparecendo após 1 a 2
dias afebris.
● Dengue com sinais de alarme - fase
crítica:
○ Ocorre entre o 3° e o 7° dia.
○ Sinais de alarme:
■ Dor abdominal intensa e
contínua.
■ Vômitos persistentes.
■ Hipotensão postural e/ou
lipotimia.
■ Sangramento de mucosas.
■ Hemorragias importantes
(hematêmese e/ou melena).
■ Desconfortos respiratórios.
● Forma grave:
○ Quando há necessidade de
internação em Unidade de Terapia
Intensiva.
○ Sinais e sintomas:
■ Extravasamento de plasma.
■ Choque ou acúmulo de
líquidos.
■ Desconforto respiratório.
■ Sangramento grave ou
sinais de disfunção
orgânica.
Exames complementares
Hemograma:
● Eritrograma: aumenta durante a evolução
da doença.
● Leucograma: costuma estar normal ou
com leucopenia nos casos de síndrome
febril.
○ Pode ter uma linfocitose relativa,
mas nas primeiras 24-48 horas de
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
doença há uma pequena
neutrofilia.
● Plaquetograma: contagem plaquetária
normal ou diminuída.
● Enzimas hepáticas: aminotransferases
normais, levemente ou muito aumentadas
(depende do grau de acometimento do
parênquima hepático).
● Proteínas plasmáticas: hipoalbuminemia.
● Teste imunoenzimático (ELISA):
identificam anticorpos específicos IgM –
a partir do 6º dia de doença e
desaparecem após alguns meses – e IgG,
de aparecimento após 1 semana.
Tratamento
Grupo A/ausência de sinal de alarme: repouso e
ingestão de bastante líquido + medicação
sintomática - como dipirona e paracetamol.
Grupo B/ausência de sinais de alarme/sangramento
cutâneo (petéquias): repouso, hidratação e
solicitação de exames para verificar o
hematócrito e as plaquetas.
Obs: Alguns indivíduos dos grupos A e B podem
desenvolver intensa plaquetopenia.
Grupo C/sinal de alarme: (aqui a hemorragia pode
estar presentes) indicar reposição volêmica
imediata, hemograma, coagulograma e função
renal. Internar o paciente e observar por 48h, se
não melhorar conduzir como grupo D.
Grupo D/sinais de instabilidade hemodinâmica: (pressão
arterial convergente, cianose, extremidades
frias, pulso rápido e fino, enchimento capilar
lento, hipotensão arterial, choque, desconforto
respiratório ou disfunção grave de órgão).
● Reposição volêmica: 2 horas com solução
salina isotônica e reavaliação clínica a
cada 20 minutos.
Profilaxia
● Educação permanente da população,
evitando a construção de criadouros do
mosquito vetor e eliminando focos já
existentes.
● Vacinação antidengue na tetravalente.
@p�sitivamed

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