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Yuri Banov Capt 28 | As síndromes da psicopatologia, os transtornos e os modos de proceder em relação aos diagnósticos | Resumo Dalgalarrondo 1)Perspectiva sindrômica 2)PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS NO MUNDO E NO BRASIL 1)Perspectiva sindrômica ● Existem dois sistemas de classificação (DSM-5 e CID-11) que definem e descrevem os transtornos mentais específicos de forma clara, considera-se útil clinicamente a abordagem inicial dos quadros mentais por meio da perspectiva sindrômica. Síndrome ● São conjuntos de sinais e sintomas que se agrupam de forma recorrente e são observados na prática clínica diária. ● São agrupamentos estáveis de sintomas, conjuntos sígnicos (Saurí, 2001) ● podem ser produzidos por várias causas (Berrios, 1996) ● Identificar síndromes é o primeiro passo no sentido de ordenar a observação psicopatológica dos sinais e dos sintomas dos pacientes (Leme Lopes, 1980). ● O diagnóstico sindrômico é um ato clínico modesto, mas estrategicamente importante no raciocínio clínico ● É uma indicação preciosa para o diagnóstico (Van Den Berg, 1970). ● O raciocínio clínico vai evoluindo gradativamente ao longo das primeiras avaliações para o conhecimento mais aprofundado sobre o paciente e seu sofrimento mental. Teoria das síndromes ● É uma teoria defendida por: Johannes Lange (1891-1938), Adolf Meyer (1866-1950), Bartolomé L. Lloret (1905-1966), entre outros. ● postula-se que, no complexo sintomático geral denominado “síndrome”, há ○ sintomas nucleares ○ sintomas periféricos ● sintomas nucleares: alteração de nível de consciência e atenção no delirium ou a mudança do humor e do ritmo psíquico nos trastornos afectivos ● sintomas periféricos: articulam em torno e hierarquicamente de forma secundária aos sintomas nucleares (ex: fadiga, irritabilidade) ● após a precisa caracterização dos sinais e dos sintomas e seu ordenamento em síndromes clínicas, formular hipóteses diagnósticas relativas aos transtornos mentais específicos ● Em muitas situações clínicas, por dispor-se de pouca informação sobre o paciente, pela dificuldade intrínseca do caso ou pela insuficiência de conhecimento científico, faz-se necessário utilizar e se contentar provisoriamente com o diagnóstico sindrômico (Eisenberg, 1993). Por que usar os manuais? ● utiliza vocabulário e construtos compreendidos e utilizados de forma estável pelos profissionais e pesquisadores ● o conhecimento pode progredir no mundo todo, de modo mais rápido e fecundo Yuri Banov Medicina e psiquiatria de precisão ● Mais recentemente, os construtos “síndrome”, “protótipo” e “dimensionalidade” têm ganhado renovado interesse em psicopatologia por meio de modelos matemáticos computadorizados sofisticados, desenvolvidos para, a partir de grande número de dados empíricos, identificar síndromes sustentáveis que possam orientar estratégias terapêuticas mais eficazes (Goekoop; Goekoop, 2014). ● “medicina e psiquiatria de precisão”: não usa categorias diagnósticas preestabelecidas ○ utilize dados básicos das dimensões clínicas (no nosso caso, psicopatologia), neuronais e genômicas, lance mão de grandes bancos de dados (big-data systems, big-data driven, ou seja, análises estatísticas sofisticadas com grande número de dados) ○ procedimentos como uso de definições multidimensionais, diagnósticos dimensionais (em vez de categoriais), ○ estabelecimento de hierarquias e trajetórias multivariadas, tem sido defendida por alguns autores (Ozomaro et al., 2013; Huys et al., 2016; Joyce et al., 2017) 2)PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS NO MUNDO E NO BRASIL ● Na Europa, um amplo estudo multicêntrico (Lépine et al., 2005), que envolveu ○ França (n = 2.894), ○ Alemanha (n = 3.555), ○ Bélgica (n = 2.419), ○ Espanha (n = 5.473), ○ Itália (n = 4.712) ○ Países Baixos (n = 2.372), ● pesquisou a prevalência na vida e no último ano de transtornos depressivos, de ansiedade e relacionados ao uso de álcool ● Foi identificada a prevalência de pelo menos uma dessas condições, no ano, de 10% e, na vida, de 25%. ● Uma metanálise de estudos internacionais sobre a prevalência de transtornos mentais comuns, revelou que, nos últimos 12 meses, 17,6% das pessoas apresentavam alguma psicopatologia e, durante a vida, 29,2% apresentaram pelo menos uma (Steel et al., 2014) ○ isso conta os quadros leves como insônia, fobia simples e quadros ansiosos e depressivos leves Brasil ● nos anos de 2005 a 2008, encontraram prevalências na vida, no Rio de Janeiro, de 42,1% e, em São Paulo, de 44% e prevalências nos últimos 12 meses de 31,2% (RJ) e de 29,6 a 32,5% (SP). ● no Brasil, de acordo com tais estudos, a frequência de transtornos mentais parece ser consideravelmente elevada ● os dados são de grandes metrópoles que pode ser um ambiente estressor por si só Yuri Banov oii =] Esse resumo foi feito pelo Yuri e foi disponibilizado gratuitamente se quiser, você pode ajudar o estudante a comprar cursos e livros com um pix- yuri.banov@hotmail.com obrigado =) mailto:yuri.banov@hotmail.com
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