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FACULDADE DE DIREITO CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO TRABALHO DE CAMPO DIREITO DO TRABALHO 2º ANO – 2022 PERÍODO PROBATÓRIO DISCENTE: ZEFANIAS SEBASTIÃO CHIHULUME - 11210472 DOCENTE: FRANCISCO MARRONCO BEIRA, AOS 31 DE JULHO DE 2022 Página 2 de 15 Sumário INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 3 CAPÍTULO I ............................................................................................................................ 4 1.CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................................ 4 1.1.‘’O Direito do Trabalho ....................................................................................................... 4 1.1.2 Período probatório ............................................................................................................ 4 1.1.3 Período probatório ............................................................................................................ 4 1.1.4 Contrato de trabalho .......................................................................................................... 4 1.1.5 ‘’Período probatório .......................................................................................................... 4 1.2 Funcionamento ..................................................................................................................... 5 1.3 Duração do Período Probatório ........................................................................................... 7 1.4 Redução ou Exclusão do Período Probatório ....................................................................... 8 1.5 Contagem do período probatório ......................................................................................... 8 1.6 Denúncia do contrato no período probatório ....................................................................... 9 1.7 Procedimentos .................................................................................................................... 10 1.8.Processo de avaliação ........................................................................................................ 10 1.9 Informações gerais: ............................................................................................................ 11 CAPÍTULO II ........................................................................................................................ 12 2.INVALIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO ........................................................... 12 2.1 Invalidade do contrato de trabalho ..................................................................................... 12 2.2 Regime de invocação da invalidade ................................................................................... 12 2.3 Convalidação do contrato de trabalho................................................................................ 13 Considerações finais ................................................................................................................ 14 Referências bibliográficas ........................................................................................................ 15 Página 3 de 15 INTRODUÇÃO O Estágio probatório é uma exigência constitucional que busca verificar se o servidor aprovado em concurso público deve ou não permanecer no cargo. Ele não deve ser visto como uma simples etapa a ser cumprida, mas como uma oportunidade de interação entre o servidor e a instituição em que trabalha. No período do Estágio Probatório, se apura, através de determinados procedimentos, a real e efetiva capacidade do servidor de desempenhar satisfatoriamente as tarefas relativas ao seu cargo, possibilitando sua estabilidade no serviço público. Embora introduzido no serviço público como exigência legal, deve-se ressaltar o caráter educativo do estágio probatório. Nesse sentido cabe ao pessoal da unidade ou órgão em que o servidor estiver lotado, subsidiá-lo e assessorá-lo nos assuntos atinentes à sua área de atuação, para melhorar sua adaptação e desempenho. O sucesso do trabalho de avaliação do estágio, no entanto, depende da integração das equipes, do envolvimento da escola e dos órgãos e do compromisso de todos os participantes desse processo com a qualidade e a renovação da educação no Estado de São Paulo. O estágio probatório é um período de trabalho anterior à estabilidade no cargo. Nesse tempo, é possível ao integrante do quadro do magistério, adaptar-se, enfrentar seus primeiros desafios, colocar em uso seus conhecimentos, construir relações de confiança e atitude de responsabilidade para com o trabalho. é um período de experiência e, portanto, deve haver uma avaliação da atuação desses profissionais ao final desse estágio para que só depois de obter resultados satisfatórios eles ganhem estabilidade como funcionários. em outras palavras, essa avaliação deve ter caráter seletivo. Página 4 de 15 CAPÍTULO I 1.CONCEITOS BÁSICOS 1.1.‘’O Direito do Trabalho é o ramo de Direito que regula o trabalho subordinado, heterodeterminado ou não-autónomo’’ Jorge Jeremias Chamussola (2015) pg.16 1.1.2 Período probatório para Jorge Jeremias Chamussola (2015) pg 52 ‘’Corresponde ao tempo inicial de execução do contrato no decurso qual, as partes devem agir no sentido de permitir a adaptação e conhecimento recíproco, por forma a avaliar o interesse na manutenção do contrato de trabalho’’. 1.1.3 Período probatório: é um período de adaptação onde será verificado o desempenho do servidor recém admitido na instituição e que servirá para determinar a efectivação ou não no cargo para o qual foi nomeado, com duração de 36 dias (trinta e seis) meses a partir da data da sua entrada em exercício. 1.1.4 Contrato de trabalho segundo artigo 18 da Lei do Trabalho (Lei 23.2007 de 10 de Agosto) entende-se por contrato de trabalho o acordo pelo qual uma pessoa, trabalhador, se obriga a prestar a sua actividade a outra pessoa, empregador, sob a autoridade e direcção desta, mediante remuneração.” 1.1.5 ‘’Período probatório em suma corresponde ao tempo inicial de execução do contrato cuja duração obedece ao estipulado no artigo seguinte’’. Artigo 46 nº1. lei 23/2007 de Agosto. Apesar da costumeira, porém equivocada prática de diversos orgãos, não se trata apenas de um símples intervalo de tempo. Durante o estágio probatório, a Administração avalia o servidor quanto a assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade. O servidor que não for aprovado poderá ser exonerado do cargo, deixando o serviço público ou sendo reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. Caso aprovado, o servidor estará habilitado a aquisição da stabilidade, depois de completar três anos de exercício. Em que pese algumas concepções antigas, o estágio probatório não é uma fase do concurso público. Este já encerrou, tendo ocorrido a nomeação, posse e a entrada em exercício do novo servidor. Portanto, Estágio probatório não se confunde com estágio experimental ou com Página 5 de 15 curso de formação. O estágio experimental ou curso de formação é a fase final do processo selectivo, ou seja, última etapa do concurso público, enquanto o estágio probatório se dá no início do exercício do cargo efetivo. Uma vez que não se trata de um “quase-funcionário”, eventual exoneração ou recondução não poderá ser realizada sem o devido processo administrativo, devendo o servidor ter ciência das avaliações a que foi submetido, bem como podendo recorrer da decisão tomada. O estágio probante é, ainda, um período/processo cabível apenas aos servidores ocupantes de cargo de provimento efetivo que ingressaram através de concurso público. Dele ficamexcluidos todos os tipos de cargos temporários ou de provimento precário. Assim, não se submetem ao estágio probatório: agentes contratados para empregos públicos que não alcançam estabilidade, nomeados para cargos em comissão de livre designação e destituição (popularmente, cargos de confiança) ou nomeados para cargos de provimento e desligamento condicionado (como os servidores temporários). O estágio liga-se apenas aos cargos de provimento efetivo em função de sua consequência principal: ser o requisito essêncial para aquisição da estabilidade no serviço público e no cargo. 1.2 Funcionamento Sabendo o que é o estágio probatório é necessário descrever sua sistemática, com especial atenção para os procedimentos adoptados pela Administração e pelo servidor. A própria Lei no 8.112 indica quais os factores que deverão ser observados na avaliação do servidor. Contemple o significado de cada um deles segundo a desrição abaixo: ▪ Assiduidade - Ser assíduo e pontual. Esta relacionada a frequência sem faltas; ja a pontualidade, a inexistência de atrasos, ausências e saídas antecipadas. ▪ Disciplina - Respeito ás leis, ás normas e as disposições regulamentares, bem como o irrestrito cumprimento dos deveres de cidadão e de servidor público, atendendo as tarefas para as quais é designado, cumprindo com fidelidade e presteza as determinações de sua chefia e superiores hierárquicos. ▪ Capacidade de iniciativa - Emprego de esforço pessoal e diligência no desempenho das atribuições do cargo. Representa o domínio de forma actualizada dos conhecimentos, técnicas e práticas, realizando projectos e tarefas sem precisar de “empurrõezinhos” de colegas. ▪ Produtividade - O quanto de tarefas, projetos e acções o servidor é capaz de realizar com eficáçia, de maneira celere e corretamente. Página 6 de 15 ▪ Responsabilidade - Assumir os resultados, positivos ou negativos, decorrentes dos actos praticados pelo próprio servidor ou, parcialmente, pela sua equipe de colaboradores. O cumprimento efetivo do estágio probatório exige, como um processo (não apenas uma simples passagem de tempo), a adopção de procedimentos e acções tanto pela Administração quanto pelo servidor. Embora as sistemáticas adoptadas sejam variadas nos diversos orgãos da Administração Pública, cabe indicar quais as etapas fundamentais usualmente seguidas. O primeiro passo é a abertura de processo administrativo próprio para o Estágio Probatório e a formação da Comissão de Avaliação. Embora ela nem sempre seja responsável pela avaliação imediata do servidor, que muitas vezes e feita pela sua chefia, e ela quem coordena os trabalhos e confere andamento ao processo. Em determinados orgãos, tal Comissão possui caracter permanente, embora isso não seja obrigatório. Uma vez instituida, ela deve comunicar o servidor quanto ao início do processo de avaliação, informando, inclusive, os períodos de análise, as datas de cada momento avaliativo, bem como esclarecendo a documentação que o servidor deverá apresentar a cada ciclo avaliativo e os critérios que serão adoptados. O período do estágio probatório, em regra, é convertido em dias, considerando-se, ainda, o direito ao descanso semanal remunerado. Há casos em que o transcurso do intervalo pode ser suspenso. A Lei no 8.112/90 preve as hipóteses de suspensão, relacionando-as as liçenças e afastamentos que o servidor em período probante pode ter. Uma vez cessada a hipótese, a contagem dos dias de estágio probatório é retomada, conservando-se o período já transcorrido antes da suspensão. Assim, não são contados para estágio probatório os dias de: ➢ Liçenca por motivo de doença em pessoa da família; ➢ Liçenca por motivo de afastamento do cônjuge; ➢ Liçenca para actividade política; ➢ Afastamento do país para estudo ou missão oficial, bem como para servir em organismo internacional de que o Moçambique participe ou com o qual coopere; e ➢ Participação em curso de formação. Por outro lado, há dias não trabalhados que são contados para fins de estágio probatório, especialmente o descanso semanal remunerado e as férias, pois se trata de direitos assegurados na Constituição e são considerados dias de efetivo exercício. As avaliações de desempenho acontecem conforme o cronograma de actividades fixado pela Comissão, com o servidor mostrando suas atividades e os avaliadores responsáveis julgando o desempenho no cargo segundo os factores indicados pela Lei. Página 7 de 15 A cada fase, a Comissão ou o avaliador elabora um Relatório Parcial de avaliação do servidor, indicando os resultados obtidos. A última fase é acompanhada de um Relatório Final, que necessariamente devera ser concluído mais de quatro meses antes do término do período de estágio probatório. Em seguida, e dada ciência ao servidor do resultado obtido, momento no qual poderá apresentar recurso, se for o caso. Feito isso, ainda com quatro meses de antecedencia, a avaliação de desempenho segue para homologação da autoridade competente. E bom lembrar que o servidor deve ser ciêntificado da conclusão adotada pela Comissão de Avaliação ou avaliador, oportunizando a apresentação de recurso ou pedido de reconsideração se a conclusão for insatisfatória. Embora os resultados obtidos na avaliação de desempenho possam variar em pontuação ou conceitos de acordo com os indicadores e métodos utilizados por cada orgão, o Relatório Final do estágio probatório somente pode ter duas conclusões: aprovação ou reprovação. Quando se tratar de um novo servidor, a consequência da reprovação será a perda do cargo e o fim do vínculo funcional com a Administração Pública através de exoneração. Já quando se tratar de servidor que anteriormente ocupou outro cargo público vindo nele a adquirir estabilidade, a consequência da reprovação não será o fim do vínculo funcional, mas tão somente a recondução ao cargo anteriormente ocupado. Outra consequência da aquisição de estabilidade por força de exercício anterior no serviço público e que o servidor nessa situação poderá requerer sua recondução ao cargo anterior enquanto estiver em estágio probatório no novo cargo, mesmo não ocorrendo reprovação. Essa é a sistemática geral adotada para a realização do estágio probatório na Administracao Publica. Salienta-se que a forma específica do processo apresenta diferenças nos distintos orgãos, entidades e carreiras, os quais possuem autonomia relativa no desenho de seus procedimentos internos. 1.3 Duração do Período Probatório A lei 23/2007 de Agosto em seu artigo 47 diz que, o contrato de trabalho por tempo indeterminado pode estar sujeito a um período probatório que não excederá a: i. 90 dias para os trabalhadores não previstos na alínea seguinte; ii. 180 dias para os técnicos de nível médio e superior e os trabalhadores que exerçam cargos de chefia e direcção . O contrato de trabalho a prazo pode estar sujeito a um período probatório que não excederá a: Página 8 de 15 i. 90 dias nos contratos a prazo certo com duração superior a um ano, reduzindo-se esse período a 30 dias nos contratos com prazo compreendido entre 6 meses e 1 ano; ii. dias nos contratos a prazo certo com duração até 6 meses; iii. 15 dias nos contratos a termo incerto quando a sua duração se preveja igual ou superior a 90 dias. 1.4 Redução ou Exclusão do Período Probatório A duração do período probatório pode ser reduzida por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho ou por contrato individual de trabalho. Na falta de estipulação, por escrito, do período probatório, presume-se que as partes pretenderam exclui-lo do contrato de trabalho. Atigo 48 1.5 Contagem do período probatório O período probatório conta-se a partir do início da execução do contrato de trabalho. Durante o período probatório, não se consideram, para efeitos de avaliação do trabalhador, os dias de faltas,ainda que justificadas, de licença ou de dispensa, bem como os de suspensão contratual, sem prejuízo do direito à remuneração, antiguidade e férias do trabalhador. Artigo 49. Desde o final de 1997, com a edição da Lei no 9.527, ficou claramente assegurada aos servidores em estágio probatório a possibilidade de exercerem função gratificada ou cargo comissionado no orgão ou entidade de lotação, bem como de serem cedidos para outros orgãos desde que o cargo em comissao corresponda ao Grupo-DAS nível 6, 5 e 4, ou equivalente. Não há mais dúvida sobre essa permissão. A controvérsia que permanece refere- se a contagem de tempo durante tal exercício. As actividades em cargo de comissão ou função de direção são consideradas para fins de estágio probatório ou correspondem a um período de suspensão? Diante do que diz a lei, e quase consensual o entendimento de que o período de prova nao impede o exercício de tais cargos ou funções. Parte significativa da doutrina entende, porém, que durante esse exercício o estágio probatório encontra-se suspenso, ou seja, ao ser Página 9 de 15 designado para função ou cargo comissionado, a contagem de tempo do estágio fica parada, retornando apenas com a saída do cargo ou função. A justificativa para essa posiçao e que o novo servidor esta sendo avaliado quanto a aptidão para o desempenho do cargo de provimento efectivo para o qual foi aprovado. Assim, ao exercer outro cargo ou função, realizaria tarefas diversas e não poderia ser avaliado propriamente para fins de estágio. Desse modo, a permissão da lei não teria plenos efeitos. Porém o que a Lei no 8.112/90 dispõe a respeito do exercício desses cargos e funções e que também o servidor em estágio pode desempenha-los. Não há, nela, nenhuma limitação ou restrição, inclusive quanto a suspensão ou contagem de tempo. Sendo assim, para outra corrente, o servidor em tal condição é considerado como em pleno exercício de seu cargo efetivo para fins de estágio. Embora a controvérsia apareca no debate entre os juristas, com pouca repercussão no Judiciário, entende-se que a solução mais adequada encontra-se entre as duas correntes: se o cargo comissionado ou função de direção, chefia e assessoramento for desempenhado no próprio orgão ou entidade e contiver atribuições que são próprias do cargo de provimento efectivo ou a ela associadas, o desempenho nessa função ou cargo deve ser considerado para fins de estágio. Todavia, se for caso de cessão para outro orgão ou entidade, ou o desempenho do cargo não tiver relação com as atribuições do cargo de provimento efectivo, deve-se suspender a contagem de tempo do estágio probatório, retomando-a no momento de retorno as actividades originarias. É bom lembrar que, em qualquer caso, deve- se ter cuidado com a legislação específica de cada carreira e com a regulamentação própria de cada orgão ou entidade. É possível que regras dessa estatura estabelecam limites, restrições ou formas específicas para o desempenho de funções e cargos em comissão e seu aproveitamento para fins de estágio probatório. 1.6 Denúncia do contrato no período probatório 1. No decurso do período probatório, salvo estipulação em contrário, qualquer das partes pode denunciar o contrato sem necessidade de invocação de justa causa e sem direito a indemnização. 2. Para efeitos do disposto no número anterior, qualquer dos contratantes obriga-se a dar um aviso prévio, por escrito, à contraparte, com antecedência mínima de sete dias. Artigo 50 Página 10 de 15 1.7 Procedimentos São realizadas seis avaliações, sendo uma a cada semestre. Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será realizado a 6ª avaliação, que será submetida à homologação da autoridade competente. O formulário de avaliação de desempenho é encaminhado à chefia pela SARH/DSARH. O SPO/SAS é o responsável pela coordenação da avaliação do estágio probatório. Na primeira e última avaliação, o SPO/SAS realiza entrevista com o servidor. Em caso de necessidade, durante o período da avaliação, poderão ser realizadas outras entrevistas e adotadas as medidas necessárias. 1.8.Processo de avaliação Decorridos 30 (trinta) meses do Estágio Probatório, deverá ser autuado o Processo de Avaliação Especial de Desempenho, para cada servidor avaliado, que terá como parâmetro as atribuições do cargo e conterá os documentos especificados no artigo 9º da Resolução SE nº 66/08. No prazo de 40 (quarenta) dias, contados a partir da data de autuação do Processo de Avaliação, a Comissão Central de Avaliação Especial de Desempenho deverá emitir a Manifestação Conclusiva de Avaliação Especial de Desempenho propondo a confirmação do funcionário no cargo ou a exoneração, com justificativa. Em caso de proposta de exoneração, será dada, imediatamente, ciência ao funcionário, assegurando-lhe o direito ao contraditório e à ampla defesa, que poderá ser apresentada pessoalmente ou por procurador constituído, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da ciência. Após a apresentação da defesa, a Comissão Central terá o prazo de 20 (vinte) dias para apreciá-la e elaborar nova Manifestação Conclusiva (Anexo VI), ratificando ou retificando a anterior. Os Processos de Avaliação do Estágio Probatório que irão propor a exoneração ou a confirmação do funcionário no cargo deverão ser encaminhados (Anexo VII) para manifestação do DRHU/SE e posteriormente, submetidos à apreciação do Secretário da Pasta, para decisão final. O ato de exoneração ou de confirmação no cargo, declarando o funcionário estável, nos termos do artigo 41 da Constituição Federal de 1988, com redação dada pelo artigo 6º da Emenda Constitucional nº 19/98, deverá ser publicado em Diário Oficial do Estado até o penúltimo dia do Estágio Probatório. Página 11 de 15 1.9 Informações gerais: • Durante o período de estágio probatório serão avaliadas a aptidão e a capacidade do servidor para o exercício do cargo, observados os fatores: responsabilidade, organização/planejamento, iniciativa/decisão, disciplina, qualidade do trabalho, relacionamento/comunicação, racionalização, confiabilidade, cooperação, contemplando os fatores previstos no Art. 20 da Lei n° 8.112/90. • O Servidor será aprovado no estágio probatório se obtiver como resultado final a média aritmética igual ou superior a 70% dos pontos possíveis nas avaliações a que tiver se submetido. • O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado (ver Recondução). (Art. 20, Lei nº 8.112/90) • Ao servidor em estágio probatório, poderá ser concedida licença paratratamento da própria saúde. (Art. 202 da Lei nº 8.112/90) 5) Ao servidor em estágio probatório somente poderá ser concedidas licenças e afastamentos: por motivo de doença em pessoa da família, por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, para o serviço militar, para atividade política, para o exercício de mandato eletivo, para estudo ou missão no exterior, para servir em organismo internacional. (Art. 20 4º da Lei nº 8.112/90) • O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido (ver CESSÃO) a outro órgão ou entidade, para ocupar cargos de Natureza Especial ou em comissão do grupo - Direção e Assessoramento Superiores-DAS, de níveis 6,5 e 4, ou equivalentes.(Art.20 § 3º da Lei nº 8.112/90) • O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças: por motivo de doença em pessoa da família; acompanhamento de cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo (prazo indeterminado e sem remuneração); para atividade política e para servir em organismointernacional, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. (Art. 20 § 5º da Lei nº 8.112/90 e Lei 9.527, de 10/12/97) • Durante o período de estágio probatório não deverá ser autorizado Licença para Desempenho de Mandato Classista. (Art. 20 § 4º da Lei nº 8.112/90). Página 12 de 15 • O servidor que durante o estágio probatório for aprovado em outro concurso público não poderá aproveitar o tempo anteriormente prestado naquele estágio para esta nova situação. • O tempo de servidor que já adquiriu estabilidade no serviço público e que se encontra submetido a estágio probatório em razão de um novo provimento não poderá ser computado para efeito de progressão e promoção no novo cargo. • O servidor em estágio probatório poderá participar de treinamento de curta duração, desde que seja de interesse do órgão ou entidade, necessário ao desempenho das atribuições do cargo para o qual foi nomeado e não prejudique realização da avaliação de desempenho a que deve ser submetida. (Ofício Circular nº 42/95 - MARE-SRH) • No caso de ocorrer lotação provisória de servidor em estágio probatório, a avaliação de desempenho deverá ser efetuada pelo órgão ou entidade no qual o servidor estiver em exercício, de acordo com as orientações do seu órgão de origem. CAPÍTULO II 2.INVALIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO 2.1 Invalidade do contrato de trabalho São nulas as cláusulas do contrato individual de trabalho, do instrumento de regulamentação colectiva de trabalho ou de outras fontes laborais que contrariem as disposições imperativas da presente lei ou de outra legislação vigente na República de Moçambique. A nulidade ou anulação parcial do contrato de trabalho não determina a invalidade de todo o contrato, salvo quando se mostre que este não teria sido concluído sem a parte viciada. As cláusulas nulas são supridas pelo regime estabelecido nos preceitos aplicáveis desta lei e de outra legislação em vigor no país. Artigo 51 2.2 Regime de invocação da invalidade O prazo para invocar a invalidade do contrato de trabalho é de seis meses, contados a partir da data da sua celebração, excepto quando o objecto do contrato seja ilícito, caso em que a invalidade é invocável a todo o tempo. O contrato de trabalho declarado nulo ou anulado Página 13 de 15 produz todos os efeitos de um contrato válido, se chegar a ser executado e durante todo o tempo em que estiver em execução. Artigo 52 2.3 Convalidação do contrato de trabalho O contrato de trabalho inválido considera-se convalidado desde o início, se, durante a sua execução, cessar a causa de invalidade. O disposto no número anterior não se aplica aos contratos com objecto ou fim contrário à lei, à ordem pública ou ofensivo dos bons costumes, caso em que só produzirá efeitos quando cessar a respectiva causa de invalidade. Artigo 53 Página 14 de 15 Considerações finais O contrato de trabalho pode ser celebrado por tempo indeterminado ou a prazo certo ou incerto. Presume-se celebrado por tempo indeterminado o contrato de trabalho em que não se indique a respectiva duração, podendo o empregador ilidir essa presunção mediante a comprovação da temporalidade ou transitoriedade das tarefas ou actividades que constituam o objecto do contrato de trabalho. O contrato de trabalho a prazo certo é celebrado por um período não superior a dois anos, podendo ser renovado por duas vezes, mediante acordo das partes, sem prejuízo do regime das pequenas e médias empresas. Considera-se celebrado por tempo indeterminado o contrato de trabalho a prazo certo em que sejam excedidos os períodos da sua duração máxima ou o número de renovações previstas na lei. As pequenas e médias empresas poderão livremente celebrar contratos a prazo certo, nos primeiros 10 anos da sua actividade. O período probatório corresponde ao tempo inicial de execução do contrato no decurso qual, as partes devem agir no sentido de permitir a adaptação e conhecimento recíproco, por forma a avaliar o interesse na manutenção do contrato de trabalho. Página 15 de 15 Referências bibliográficas CHAMUSSOLA, Jorge Jeremias. Manual De Direito Do Trabalho. S.e. s.l. 2015 https://www.dgae.mec.pt Acesso 30 de Julho de 2022 as 07 horas e 57 minutos. https://wwwacisofala.com Acesso em 31 de julho de 2022 as 11 horas e 27 minutos. Fundamento legal Lei nº 8.112 de Novembro Lei nº 23 de 2007 de 01 de Agosto. Lei 23.2007 de 10 de Agosto. Circular nº 42/95. https://www.dgae.mec.pt/ https://wwwacisofala.com/
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