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Período probatório

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FACULDADE DE DIREITO 
 
 
CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO 
 
TRABALHO DE CAMPO 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
2º ANO – 2022 
 
 
 
PERÍODO PROBATÓRIO 
 
 
 
DISCENTE: 
ZEFANIAS SEBASTIÃO CHIHULUME - 11210472 
 
DOCENTE: 
FRANCISCO MARRONCO 
 
 
 
 
BEIRA, AOS 31 DE JULHO DE 2022 
Página 2 de 15 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 3 
CAPÍTULO I ............................................................................................................................ 4 
1.CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................................ 4 
1.1.‘’O Direito do Trabalho ....................................................................................................... 4 
1.1.2 Período probatório ............................................................................................................ 4 
1.1.3 Período probatório ............................................................................................................ 4 
1.1.4 Contrato de trabalho .......................................................................................................... 4 
1.1.5 ‘’Período probatório .......................................................................................................... 4 
1.2 Funcionamento ..................................................................................................................... 5 
1.3 Duração do Período Probatório ........................................................................................... 7 
1.4 Redução ou Exclusão do Período Probatório ....................................................................... 8 
1.5 Contagem do período probatório ......................................................................................... 8 
1.6 Denúncia do contrato no período probatório ....................................................................... 9 
1.7 Procedimentos .................................................................................................................... 10 
1.8.Processo de avaliação ........................................................................................................ 10 
1.9 Informações gerais: ............................................................................................................ 11 
CAPÍTULO II ........................................................................................................................ 12 
2.INVALIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO ........................................................... 12 
2.1 Invalidade do contrato de trabalho ..................................................................................... 12 
2.2 Regime de invocação da invalidade ................................................................................... 12 
2.3 Convalidação do contrato de trabalho................................................................................ 13 
Considerações finais ................................................................................................................ 14 
Referências bibliográficas ........................................................................................................ 15 
 
Página 3 de 15 
 
INTRODUÇÃO 
O Estágio probatório é uma exigência constitucional que busca verificar se o servidor 
aprovado em concurso público deve ou não permanecer no cargo. Ele não deve ser visto 
como uma simples etapa a ser cumprida, mas como uma oportunidade de interação entre o 
servidor e a instituição em que trabalha. 
No período do Estágio Probatório, se apura, através de determinados procedimentos, a real e 
efetiva capacidade do servidor de desempenhar satisfatoriamente as tarefas relativas ao seu 
cargo, possibilitando sua estabilidade no serviço público. 
Embora introduzido no serviço público como exigência legal, deve-se ressaltar o caráter 
educativo do estágio probatório. Nesse sentido cabe ao pessoal da unidade ou órgão em que o 
servidor estiver lotado, subsidiá-lo e assessorá-lo nos assuntos atinentes à sua área de 
atuação, para melhorar sua adaptação e desempenho. 
O sucesso do trabalho de avaliação do estágio, no entanto, depende da integração das 
equipes, do envolvimento da escola e dos órgãos e do compromisso de todos os participantes 
desse processo com a qualidade e a renovação da educação no Estado de São Paulo. 
O estágio probatório é um período de trabalho anterior à estabilidade no cargo. Nesse tempo, 
é possível ao integrante do quadro do magistério, adaptar-se, enfrentar seus primeiros 
desafios, colocar em uso seus conhecimentos, construir relações de confiança e atitude de 
responsabilidade para com o trabalho. é um período de experiência e, portanto, deve haver 
uma avaliação da atuação desses profissionais ao final desse estágio para que só depois de 
obter resultados satisfatórios eles ganhem estabilidade como funcionários. em outras 
palavras, essa avaliação deve ter caráter seletivo. 
 
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CAPÍTULO I 
 1.CONCEITOS BÁSICOS 
1.1.‘’O Direito do Trabalho é o ramo de Direito que regula o trabalho subordinado, 
heterodeterminado ou não-autónomo’’ Jorge Jeremias Chamussola (2015) pg.16 
1.1.2 Período probatório para Jorge Jeremias Chamussola (2015) pg 52 ‘’Corresponde ao 
tempo inicial de execução do contrato no decurso qual, as partes devem agir no sentido de 
permitir a adaptação e conhecimento recíproco, por forma a avaliar o interesse na 
manutenção do contrato de trabalho’’. 
 
1.1.3 Período probatório: é um período de adaptação onde será verificado o desempenho do 
servidor recém admitido na instituição e que servirá para determinar a efectivação ou não no 
cargo para o qual foi nomeado, com duração de 36 dias (trinta e seis) meses a partir da data 
da sua entrada em exercício. 
1.1.4 Contrato de trabalho segundo artigo 18 da Lei do Trabalho (Lei 23.2007 de 10 de 
Agosto) entende-se por contrato de trabalho o acordo pelo qual uma pessoa, trabalhador, se 
obriga a prestar a sua actividade a outra pessoa, empregador, sob a autoridade e direcção 
desta, mediante remuneração.” 
1.1.5 ‘’Período probatório em suma corresponde ao tempo inicial de execução do contrato 
cuja duração obedece ao estipulado no artigo seguinte’’. Artigo 46 nº1. lei 23/2007 de 
Agosto. 
 
Apesar da costumeira, porém equivocada prática de diversos orgãos, não se trata apenas de 
um símples intervalo de tempo. Durante o estágio probatório, a Administração avalia o 
servidor quanto a assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e 
responsabilidade. O servidor que não for aprovado poderá ser exonerado do cargo, deixando 
o serviço público ou sendo reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. Caso aprovado, o 
servidor estará habilitado a aquisição da stabilidade, depois de completar três anos de 
exercício. 
Em que pese algumas concepções antigas, o estágio probatório não é uma fase do concurso 
público. Este já encerrou, tendo ocorrido a nomeação, posse e a entrada em exercício do novo 
servidor. Portanto, Estágio probatório não se confunde com estágio experimental ou com 
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curso de formação. O estágio experimental ou curso de formação é a fase final do processo 
selectivo, ou seja, última etapa do concurso público, enquanto o estágio probatório se dá no 
início do exercício do cargo efetivo. Uma vez que não se trata de um “quase-funcionário”, 
eventual exoneração ou recondução não poderá ser realizada sem o devido processo 
administrativo, devendo o servidor ter ciência das avaliações a que foi submetido, bem como 
podendo recorrer da decisão tomada. O estágio probante é, ainda, um período/processo 
cabível apenas aos servidores ocupantes de cargo de provimento efetivo que ingressaram 
através de concurso público. Dele ficamexcluidos todos os tipos de cargos temporários ou de 
provimento precário. Assim, não se submetem ao estágio probatório: agentes contratados 
para empregos públicos que não alcançam estabilidade, nomeados para cargos em comissão 
de livre designação e destituição (popularmente, cargos de confiança) ou nomeados para 
cargos de provimento e desligamento condicionado (como os servidores temporários). O 
estágio liga-se apenas aos cargos de provimento efetivo em função de sua consequência 
principal: ser o requisito essêncial para aquisição da estabilidade no serviço público e no 
cargo. 
 
1.2 Funcionamento 
Sabendo o que é o estágio probatório é necessário descrever sua sistemática, com especial 
atenção para os procedimentos adoptados pela Administração e pelo servidor. 
A própria Lei no 8.112 indica quais os factores que deverão ser observados na avaliação do 
servidor. Contemple o significado de cada um deles segundo a desrição abaixo: 
▪ Assiduidade - Ser assíduo e pontual. Esta relacionada a frequência sem faltas; ja a 
pontualidade, a inexistência de atrasos, ausências e saídas antecipadas. 
▪ Disciplina - Respeito ás leis, ás normas e as disposições regulamentares, bem como o 
irrestrito cumprimento dos deveres de cidadão e de servidor público, atendendo as 
tarefas para as quais é designado, cumprindo com fidelidade e presteza as 
determinações de sua chefia e superiores hierárquicos. 
▪ Capacidade de iniciativa - Emprego de esforço pessoal e diligência no desempenho 
das atribuições do cargo. Representa o domínio de forma actualizada dos 
conhecimentos, técnicas e práticas, realizando projectos e tarefas sem precisar de 
“empurrõezinhos” de colegas. 
▪ Produtividade - O quanto de tarefas, projetos e acções o servidor é capaz de realizar 
com eficáçia, de maneira celere e corretamente. 
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▪ Responsabilidade - Assumir os resultados, positivos ou negativos, decorrentes dos 
actos praticados pelo próprio servidor ou, parcialmente, pela sua equipe de 
colaboradores. 
O cumprimento efetivo do estágio probatório exige, como um processo (não apenas uma 
simples passagem de tempo), a adopção de procedimentos e acções tanto pela Administração 
quanto pelo servidor. Embora as sistemáticas adoptadas sejam variadas nos diversos orgãos 
da Administração Pública, cabe indicar quais as etapas fundamentais usualmente seguidas. 
 
O primeiro passo é a abertura de processo administrativo próprio para o Estágio Probatório e 
a formação da Comissão de Avaliação. Embora ela nem sempre seja responsável pela 
avaliação imediata do servidor, que muitas vezes e feita pela sua chefia, e ela quem coordena 
os trabalhos e confere andamento ao processo. Em determinados orgãos, tal Comissão possui 
caracter permanente, embora isso não seja obrigatório. Uma vez instituida, ela deve 
comunicar o servidor quanto ao início do processo de avaliação, informando, inclusive, os 
períodos de análise, as datas de cada momento avaliativo, bem como esclarecendo a 
documentação que o servidor deverá apresentar a cada ciclo avaliativo e os critérios que serão 
adoptados. O período do estágio probatório, em regra, é convertido em dias, considerando-se, 
ainda, o direito ao descanso semanal remunerado. Há casos em que o transcurso do intervalo 
pode ser suspenso. A Lei no 8.112/90 preve as hipóteses de suspensão, relacionando-as as 
liçenças e afastamentos que o servidor em período probante pode ter. Uma vez cessada a 
hipótese, a contagem dos dias de estágio probatório é retomada, conservando-se o período já 
transcorrido antes da suspensão. Assim, não são contados para estágio probatório os dias de: 
➢ Liçenca por motivo de doença em pessoa da família; 
➢ Liçenca por motivo de afastamento do cônjuge; 
➢ Liçenca para actividade política; 
➢ Afastamento do país para estudo ou missão oficial, bem como para servir em 
organismo internacional de que o Moçambique participe ou com o qual coopere; e 
➢ Participação em curso de formação. 
Por outro lado, há dias não trabalhados que são contados para fins de estágio probatório, 
especialmente o descanso semanal remunerado e as férias, pois se trata de direitos 
assegurados na Constituição e são considerados dias de efetivo exercício. As avaliações de 
desempenho acontecem conforme o cronograma de actividades fixado pela Comissão, com o 
servidor mostrando suas atividades e os avaliadores responsáveis julgando o desempenho no 
cargo segundo os factores indicados pela Lei. 
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A cada fase, a Comissão ou o avaliador elabora um Relatório Parcial de avaliação do 
servidor, indicando os resultados obtidos. A última fase é acompanhada de um Relatório 
Final, que necessariamente devera ser concluído mais de quatro meses antes do término do 
período de estágio probatório. Em seguida, e dada ciência ao servidor do resultado obtido, 
momento no qual poderá apresentar recurso, se for o caso. Feito isso, ainda com quatro meses 
de antecedencia, a avaliação de desempenho segue para homologação da autoridade 
competente. E bom lembrar que o servidor deve ser ciêntificado da conclusão adotada pela 
Comissão de Avaliação ou avaliador, oportunizando a apresentação de recurso ou pedido de 
reconsideração se a conclusão for insatisfatória. Embora os resultados obtidos na avaliação de 
desempenho possam variar em pontuação ou conceitos de acordo com os indicadores e 
métodos utilizados por cada orgão, o Relatório Final do estágio probatório somente pode ter 
duas conclusões: aprovação ou reprovação. 
Quando se tratar de um novo servidor, a consequência da reprovação será a perda do cargo e 
o fim do vínculo funcional com a Administração Pública através de exoneração. Já quando se 
tratar de servidor que anteriormente ocupou outro cargo público vindo nele a adquirir 
estabilidade, a consequência da reprovação não será o fim do vínculo funcional, mas tão 
somente a recondução ao cargo anteriormente ocupado. Outra consequência da aquisição de 
estabilidade por força de exercício anterior no serviço público e que o servidor nessa situação 
poderá requerer sua recondução ao cargo anterior enquanto estiver em estágio probatório no 
novo cargo, mesmo não ocorrendo reprovação. Essa é a sistemática geral adotada para a 
realização do estágio probatório na Administracao Publica. Salienta-se que a forma específica 
do processo apresenta diferenças nos distintos orgãos, entidades e carreiras, os quais possuem 
autonomia relativa no desenho de seus procedimentos internos. 
 
1.3 Duração do Período Probatório 
A lei 23/2007 de Agosto em seu artigo 47 diz que, o contrato de trabalho por tempo 
indeterminado pode estar sujeito a um período probatório que não excederá a: 
i. 90 dias para os trabalhadores não previstos na alínea seguinte; 
ii. 180 dias para os técnicos de nível médio e superior e os trabalhadores que exerçam 
cargos de chefia e direcção . 
 
O contrato de trabalho a prazo pode estar sujeito a um período probatório que não excederá a: 
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i. 90 dias nos contratos a prazo certo com duração superior a um ano, reduzindo-se esse 
período a 30 dias nos contratos com prazo compreendido entre 6 meses e 1 ano; 
 
ii. dias nos contratos a prazo certo com duração até 6 meses; 
 
iii. 15 dias nos contratos a termo incerto quando a sua duração se preveja igual ou 
superior a 90 dias. 
 
1.4 Redução ou Exclusão do Período Probatório 
A duração do período probatório pode ser reduzida por instrumento de regulamentação 
colectiva de trabalho ou por contrato individual de trabalho. Na falta de estipulação, por 
escrito, do período probatório, presume-se que as partes pretenderam exclui-lo do contrato de 
trabalho. Atigo 48 
 
1.5 Contagem do período probatório 
O período probatório conta-se a partir do início da execução do contrato de trabalho. Durante 
o período probatório, não se consideram, para efeitos de avaliação do trabalhador, os dias de 
faltas,ainda que justificadas, de licença ou de dispensa, bem como os de suspensão 
contratual, sem prejuízo do direito à remuneração, antiguidade e férias do trabalhador. Artigo 
49. 
Desde o final de 1997, com a edição da Lei no 9.527, ficou claramente assegurada aos 
servidores em estágio probatório a possibilidade de exercerem função gratificada ou cargo 
comissionado no orgão ou entidade de lotação, bem como de serem cedidos para outros 
orgãos desde que o cargo em comissao corresponda ao Grupo-DAS nível 6, 5 e 4, ou 
equivalente. Não há mais dúvida sobre essa permissão. A controvérsia que permanece refere-
se a contagem de tempo durante tal exercício. As actividades em cargo de comissão ou 
função de direção são consideradas para fins de estágio probatório ou correspondem a um 
período de suspensão? 
Diante do que diz a lei, e quase consensual o entendimento de que o período de prova nao 
impede o exercício de tais cargos ou funções. Parte significativa da doutrina entende, porém, 
que durante esse exercício o estágio probatório encontra-se suspenso, ou seja, ao ser 
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designado para função ou cargo comissionado, a contagem de tempo do estágio fica parada, 
retornando apenas com a saída do cargo ou função. 
A justificativa para essa posiçao e que o novo servidor esta sendo avaliado quanto a aptidão 
para o desempenho do cargo de provimento efectivo para o qual foi aprovado. Assim, ao 
exercer outro cargo ou função, realizaria tarefas diversas e não poderia ser avaliado 
propriamente para fins de estágio. Desse modo, a permissão da lei não teria plenos efeitos. 
Porém o que a Lei no 8.112/90 dispõe a respeito do exercício desses cargos e funções e que 
também o servidor em estágio pode desempenha-los. Não há, nela, nenhuma limitação ou 
restrição, inclusive quanto a suspensão ou contagem de tempo. Sendo assim, para outra 
corrente, o servidor em tal condição é considerado como em pleno exercício de seu cargo 
efetivo para fins de estágio. Embora a controvérsia apareca no debate entre os juristas, com 
pouca repercussão no Judiciário, entende-se que a solução mais adequada encontra-se entre 
as duas correntes: se o cargo comissionado ou função de direção, chefia e assessoramento for 
desempenhado no próprio orgão ou entidade e contiver atribuições que são próprias do cargo 
de provimento efectivo ou a ela associadas, o desempenho nessa função ou cargo deve ser 
considerado para fins de estágio. Todavia, se for caso de cessão para outro orgão ou entidade, 
ou o desempenho do cargo não tiver relação com as atribuições do cargo de provimento 
efectivo, deve-se suspender a contagem de tempo do estágio probatório, retomando-a no 
momento de retorno as actividades originarias. É bom lembrar que, em qualquer caso, deve-
se ter cuidado com a legislação específica de cada carreira e com a regulamentação própria de 
cada orgão ou entidade. É possível que regras dessa estatura estabelecam limites, restrições 
ou formas específicas para o desempenho de funções e cargos em comissão e seu 
aproveitamento para fins de estágio probatório. 
 
1.6 Denúncia do contrato no período probatório 
1. No decurso do período probatório, salvo estipulação em contrário, qualquer das partes 
pode denunciar o contrato sem necessidade de invocação de justa causa e sem direito a 
indemnização. 
2. Para efeitos do disposto no número anterior, qualquer dos contratantes obriga-se a dar um 
aviso prévio, por escrito, à contraparte, com antecedência mínima de sete dias. Artigo 50 
 
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1.7 Procedimentos 
São realizadas seis avaliações, sendo uma a cada semestre. Quatro meses antes de findo o 
período do estágio probatório, será realizado a 6ª avaliação, que será submetida à 
homologação da autoridade competente. O formulário de avaliação de desempenho é 
encaminhado à chefia pela SARH/DSARH. O SPO/SAS é o responsável pela coordenação da 
avaliação do estágio probatório. Na primeira e última avaliação, o SPO/SAS realiza entrevista 
com o servidor. Em caso de necessidade, durante o período da avaliação, poderão ser 
realizadas outras entrevistas e adotadas as medidas necessárias. 
 
1.8.Processo de avaliação 
Decorridos 30 (trinta) meses do Estágio Probatório, deverá ser autuado o Processo de 
Avaliação Especial de Desempenho, para cada servidor avaliado, que terá como parâmetro as 
atribuições do cargo e conterá os documentos especificados no artigo 9º da Resolução SE nº 
66/08. 
No prazo de 40 (quarenta) dias, contados a partir da data de autuação do Processo de 
Avaliação, a Comissão Central de Avaliação Especial de Desempenho deverá emitir a 
Manifestação Conclusiva de Avaliação Especial de Desempenho propondo a confirmação do 
funcionário no cargo ou a exoneração, com justificativa. 
Em caso de proposta de exoneração, será dada, imediatamente, ciência ao funcionário, 
assegurando-lhe o direito ao contraditório e à ampla defesa, que poderá ser apresentada 
pessoalmente ou por procurador constituído, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da 
ciência. 
Após a apresentação da defesa, a Comissão Central terá o prazo de 20 (vinte) dias para 
apreciá-la e elaborar nova Manifestação Conclusiva (Anexo VI), ratificando ou retificando a 
anterior. Os Processos de Avaliação do Estágio Probatório que irão propor a exoneração ou a 
confirmação do funcionário no cargo deverão ser encaminhados (Anexo VII) para 
manifestação do DRHU/SE e posteriormente, submetidos à apreciação do Secretário da 
Pasta, para decisão final. 
O ato de exoneração ou de confirmação no cargo, declarando o funcionário estável, nos 
termos do artigo 41 da Constituição Federal de 1988, com redação dada pelo artigo 6º da 
Emenda Constitucional nº 19/98, deverá ser publicado em Diário Oficial do Estado até o 
penúltimo dia do Estágio Probatório. 
Página 11 de 15 
 
 
1.9 Informações gerais: 
• Durante o período de estágio probatório serão avaliadas a aptidão e a capacidade do 
servidor para o exercício do cargo, observados os fatores: responsabilidade, 
organização/planejamento, iniciativa/decisão, disciplina, qualidade do trabalho, 
relacionamento/comunicação, racionalização, confiabilidade, cooperação, contemplando 
os fatores previstos no Art. 20 da Lei n° 8.112/90. 
• O Servidor será aprovado no estágio probatório se obtiver como resultado final a média 
aritmética igual ou superior a 70% dos pontos possíveis nas avaliações a que tiver se 
submetido. 
• O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido 
ao cargo anteriormente ocupado (ver Recondução). (Art. 20, Lei nº 8.112/90) 
• Ao servidor em estágio probatório, poderá ser concedida licença paratratamento da 
própria saúde. (Art. 202 da Lei nº 8.112/90) 5) Ao servidor em estágio probatório 
somente poderá ser concedidas licenças e afastamentos: por motivo de doença em pessoa 
da família, por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, para o serviço militar, 
para atividade política, para o exercício de mandato eletivo, para estudo ou missão no 
exterior, para servir em organismo internacional. (Art. 20 4º da Lei nº 8.112/90) 
• O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em 
comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de 
lotação, e somente poderá ser cedido (ver CESSÃO) a outro órgão ou entidade, para 
ocupar cargos de Natureza Especial ou em comissão do grupo - Direção e 
Assessoramento Superiores-DAS, de níveis 6,5 e 4, ou equivalentes.(Art.20 § 3º da Lei nº 
8.112/90) 
• O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças: por motivo de doença em pessoa 
da família; acompanhamento de cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro 
ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos 
Poderes Executivo e Legislativo (prazo indeterminado e sem remuneração); para 
atividade política e para servir em organismointernacional, bem assim na hipótese de 
participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. 
(Art. 20 § 5º da Lei nº 8.112/90 e Lei 9.527, de 10/12/97) 
• Durante o período de estágio probatório não deverá ser autorizado Licença para 
Desempenho de Mandato Classista. (Art. 20 § 4º da Lei nº 8.112/90). 
Página 12 de 15 
 
• O servidor que durante o estágio probatório for aprovado em outro concurso público não 
poderá aproveitar o tempo anteriormente prestado naquele estágio para esta nova 
situação. 
• O tempo de servidor que já adquiriu estabilidade no serviço público e que se encontra 
submetido a estágio probatório em razão de um novo provimento não poderá ser 
computado para efeito de progressão e promoção no novo cargo. 
• O servidor em estágio probatório poderá participar de treinamento de curta duração, 
desde que seja de interesse do órgão ou entidade, necessário ao desempenho das 
atribuições do cargo para o qual foi nomeado e não prejudique realização da avaliação de 
desempenho a que deve ser submetida. (Ofício Circular nº 42/95 - MARE-SRH) 
• No caso de ocorrer lotação provisória de servidor em estágio probatório, a avaliação de 
desempenho deverá ser efetuada pelo órgão ou entidade no qual o servidor estiver em 
exercício, de acordo com as orientações do seu órgão de origem. 
 
CAPÍTULO II 
2.INVALIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
2.1 Invalidade do contrato de trabalho 
São nulas as cláusulas do contrato individual de trabalho, do instrumento de regulamentação 
colectiva de trabalho ou de outras fontes laborais que contrariem as disposições imperativas 
da presente lei ou de outra legislação vigente na República de Moçambique. A nulidade ou 
anulação parcial do contrato de trabalho não determina a invalidade de todo o contrato, salvo 
quando se mostre que este não teria sido concluído sem a parte viciada. As cláusulas nulas 
são supridas pelo regime estabelecido nos preceitos aplicáveis desta lei e de outra legislação 
em vigor no país. Artigo 51 
 
2.2 Regime de invocação da invalidade 
O prazo para invocar a invalidade do contrato de trabalho é de seis meses, contados a partir 
da data da sua celebração, excepto quando o objecto do contrato seja ilícito, caso em que a 
invalidade é invocável a todo o tempo. O contrato de trabalho declarado nulo ou anulado 
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produz todos os efeitos de um contrato válido, se chegar a ser executado e durante todo o 
tempo em que estiver em execução. Artigo 52 
 
2.3 Convalidação do contrato de trabalho 
O contrato de trabalho inválido considera-se convalidado desde o início, se, durante a sua 
execução, cessar a causa de invalidade. O disposto no número anterior não se aplica aos 
contratos com objecto ou fim contrário à lei, à ordem pública ou ofensivo dos bons costumes, 
caso em que só produzirá efeitos quando cessar a respectiva causa de invalidade. Artigo 53 
 
 
 
 
 
Página 14 de 15 
 
Considerações finais 
O contrato de trabalho pode ser celebrado por tempo indeterminado ou a prazo certo ou 
incerto. Presume-se celebrado por tempo indeterminado o contrato de trabalho em que não se 
indique a respectiva duração, podendo o empregador ilidir essa presunção mediante a 
comprovação da temporalidade ou transitoriedade das tarefas ou actividades que constituam o 
objecto do contrato de trabalho. O contrato de trabalho a prazo certo é celebrado por um 
período não superior a dois anos, podendo ser renovado por duas vezes, mediante acordo das 
partes, sem prejuízo do regime das pequenas e médias empresas. Considera-se celebrado por 
tempo indeterminado o contrato de trabalho a prazo certo em que sejam excedidos os 
períodos da sua duração máxima ou o número de renovações previstas na lei. 
As pequenas e médias empresas poderão livremente celebrar contratos a prazo certo, nos 
primeiros 10 anos da sua actividade. O período probatório corresponde ao tempo inicial de 
execução do contrato no decurso qual, as partes devem agir no sentido de permitir a 
adaptação e conhecimento recíproco, por forma a avaliar o interesse na manutenção do 
contrato de trabalho. 
 
 
Página 15 de 15 
 
Referências bibliográficas 
CHAMUSSOLA, Jorge Jeremias. Manual De Direito Do Trabalho. S.e. s.l. 2015 
https://www.dgae.mec.pt Acesso 30 de Julho de 2022 as 07 horas e 57 minutos. 
https://wwwacisofala.com Acesso em 31 de julho de 2022 as 11 horas e 27 minutos. 
Fundamento legal 
Lei nº 8.112 de Novembro 
Lei nº 23 de 2007 de 01 de Agosto. 
Lei 23.2007 de 10 de Agosto. 
Circular nº 42/95. 
 
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