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Existencialismo 12 de agosto de 2015 Um dos grandes representantes da corrente do existencialismo é Jean-Paul Sartre, a visão dele a respeito do homem é bem interessante. Para ele, o ser humano é um projeto7, ou seja, o homem nunca é, ele sempre se torna. Sartre acredita que a vida é um processo em que a cada momento você vai se tornando algo através das suas escolhas, portanto ao realizarmos essas escolhas nós nos escolhemos. Essas escolhas que Sartre fala – e é aqui que ele se contrapõe a visão Freudiana – são fruto de um transcender e por isso pode se dizer que essas escolhas se dão racionalmente, de forma consciente. Sabendo isso, podemos perceber que no pensamento de Sartre, o ser humano é livre para que realize as suas escolhas. Mas a forma como Sartre vê a liberdade tem também diferenças significativas para os conceitos estudados anteriormente, ele acredita que a liberdade não é um atributo do ser, mas o ser é a liberdade e é justamente por isso que ele acredita que abdicar da liberdade é abdicar de si mesmo. Desta forma, pode se dizer que somos livres para absolutamente tudo, menos para deixarmos de ser livres8. Em contrapartida a essa liberdade como autonomia existe o peso dessa liberdade que para Sartre é a angústia de não poder fugir da escolha de seu próprio caminho. Para ele, nós não somos determinados a nada, pois sempre há uma escolha e se somos livres para fazermos absolutamente tudo que escolhermos fazer, não podemos responsabilizar terceiros por nossas escolhas, ou seja, não há justificativas. Sabendo disso não é difícil de perceber que em Sartre o sujeito não é um reflexo da realidade, ele sempre é aquilo que ele faz com o que fazem dele e fugir dessa responsabilidade das suas escolhas culpando os outros é fazer uso da má-fé. Tendo definido a situação do homem como uma escolha livre, sem desculpas e sem auxílio, consideramos que todo homem se refugia por trás da desculpa de suas paixões, todo homem que inventa um determinismo é um homem de má-fé. 7 Sartre dizia que somos algo que ainda não somos. 8 “O Homem está condenado a liberdade”
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