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Atividade Filosofia 3s 22.02.2022

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Colégio Estadual Henrique Emílio Meyer 
 
Aluno (a): _____________________________________________________ 
Professor (a): Gerson Miqueli. Componente: Filosofia. 
Ano: _______ Turma: _______ Trimestre: ___________ Data:___/___/2022. 
Área de conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. 
 Critérios da Atividade: Leia com atenção e realize o que é proposto na atividade. 
Seja coerente e escreva apenas o que é solicitado, sem rasuras. Bom trabalho! 
 
 
 
 
Filosofia 3º Ano - Ensino Médio 
Atividade 22/02/2022. 
ASSISTIR O VÍDEO: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=g26I8ufn2xc 
 
A Filosofia existencialista – Prof.: Pedro Rennó – CANAL PARABÓLICA. 
 
 
FAZER A LEITURA DO TEXTO: 
Sartre e o existencialismo 
 
 Jean-Paul Sartre escreveu O ser e o nada, sua principal obra filosófica, em 1943. Sua teoria gerou 
uma “moda existencialista” pelo fato de ter se tornado renomado romancista e teatrólogo, além de sua 
atuação política. 
 A produção intelectual sartriana foi marcada pela Segunda Guerra Mundial e pela ocupação nazista 
da França. Podemos dizer que há um Sartre de antes da guerra e outro do pós-guerra, tão grande o impacto 
que a Resistência Francesa exerceu sobre sua concepção política de engajamento: a necessidade de se 
voltar para a análise da situação concreta, como responsável pelas mudanças sociais e políticas de seu 
tempo. 
 Essa concepção também repercutiu na discussão da moral do sujeito concreto. Por isso, para Sartre, 
não é possível prever o conteúdo da moral, mas apenas indagar se o que fazemos é ou não em nome da 
liberdade. 
A existência precede a essência 
 
 Para entendermos melhor a concepção de liberdade sartriana, comecemos pela análise de uma ideia 
fundamental do existencialismo: a existência precede a essência. Segundo as concepções tradicionais, o ser 
humano possui uma essência, uma natureza humana universal, do mesmo modo que todas as coisas têm 
igualmente uma essência. Por exemplo, a essência de uma mesa é aquilo que faz ela ser mesa e não 
cadeira, ou seja, é o ser mesmo da mesa, não importa que ela seja de madeira, fórmica ou de vidro, grande 
ou pequena, mas que tenha as características que nos permitem reconhecê-la e usá-la como mesa. 
 Já no caso do ser humano, Sartre destaca uma situação radicalmente diferente, porque, para 
ele, a existência precede a essência, ao contrário do que ocorre com as coisas e os animais. O que isso 
significa? Assim ele disse: 
 
“[...] o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e [...] só depois se define. O 
homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. 
Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto 
que não há Deus para a conceber. O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer 
que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a 
existência; o homem não é mais que o que ele faz. Tal é o primeiro princípio do existencialismo.” 
 
SARTRE, J.-P. O existencialismo é um humanismo. 
3. ed. Lisboa: Presença, 1970. p. 216. 
 
 Qual é a diferença entre o ser humano e as coisas? Sartre explica por meio das expressões “ser-
para-si” e “ser-em-si”. Apenas o ser humano é para-si, por ser consciente e autor-reflexivo: só a consciência 
pensa sobre si mesma, é capaz de pôr-se fora de si. É a consciência que distingue o ser humano das coisas 
e dos animais, que são em-si, por não serem capazes de se colocar do lado de fora para se autoexaminar. 
 Como só o ser humano é para-si, apenas ele é livre, porque não é nada mais do que seu projeto, ou 
seja, o ser que age tendo em vista as escolhas que faz. Portanto, só o ser humano existe. O que acontece 
ao indivíduo quando se percebe para-si, aberto à possibilidade de construir ele próprio sua existência? 
Descobre que não há essência ou modelo para orientar seu caminho e, por isso, seu futuro encontra-se 
disponível e aberto; portanto, irremediavelmente “condenado a ser livre”. Sartre cita a frase: “Se Deus não 
existe, então tudo é permitido”, para lembrar que os valores não são dados nem por Deus nem pela tradição 
– só ao próprio indivíduo cabe inventá-los. 
https://www.youtube.com/watch?v=g26I8ufn2xc
A angústia da escolha e a má-fé 
 
 Ao experimentar a liberdade e ao sentir-se como um vazio – a consciência é nada –, o indivíduo vive 
a angústia da escolha. Muitas pessoas não suportam essa angústia, fogem dela, aninhando-se na má-fé. 
 A má-fé é a atitude característica de quem finge escolher, uma forma de “autoengano” daquele que 
imagina já ter seu destino traçado, que aceita as verdades exteriores, “mente” para si mesmo e simula ser 
ele próprio o autor de seus atos, uma vez que aceitou sem críticas os valores estabelecidos. Não se trata de 
uma mentira propriamente, pois esta supõe outros para quem mentimos, ao passo que na má-fé o indivíduo 
dissimula para si mesmo, com o objetivo de evitar fazer uma escolha pela qual deva se responsabilizar. 
 Aquele que recusa a liberdade torna-se desonesto diante de si, desprezível, pois nesse processo 
recusa a dimensão do “para-si” e torna-se “em-si”, semelhante às coisas. Perde a transcendência, que lhe 
daria autenticidade, e reduz-se à facticidade. Sartre chama de espírito de seriedade o comportamento de 
recusa da liberdade para viver o conformismo e a “respeitabilidade” da ordem estabelecida e da tradição. 
Esse processo é exemplificado em seu conto A infância de um chefe. 
 
Liberdade e responsabilidade 
 
 Com base no que foi dito a respeito do existencialismo, poderíamos supor que Sartre 
defendia o individualismo, cada um preocupando-se apenas com a própria liberdade e ação. Contra 
esse mal-entendido, ele advertiu: 
 
“E, quando dizemos que o homem é responsável por si próprio, não queremos dizer que o 
homem é responsável pela sua restrita individualidade, mas que é responsável por todos os 
homens. [...] Com efeito, não há dos nossos atos um sequer que, ao criar o homem que 
desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve 
ser. Escolher ser isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor daquilo que escolhemos 
[...]. [...] Assim, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque 
ela envolve toda a humanidade.” 
 
SARTRE, J.-P. O existencialismo é um humanismo. 3. ed. 
Lisboa: Presença, 1970. p. 218-219. 
 
 De acordo com alguns autores, a filosofia de Sartre provocou questões diversas decorrentes 
da concepção pela qual a consciência humana é livre e capaz de criar valores, mas, ao mesmo 
tempo, deve se responsabilizar por toda a humanidade, o que parece gerar uma contradição 
indissolúvel. Essa teoria o colocou nos limites da ambiguidade, pois se por um lado a realização 
humana apoiada na liberdade exige o comportamento moral, por outro a moral é impossível, visto 
que os princípios não podem ser os mesmos para todas as pessoas. Sartre sempre prometeu 
escrever um livro sobre moral, mas não realizou seu projeto. 
 
REALIZAR AS ATIVIDADES NO CADERNO: 
 
Atividades: 
 
1) Quem é considerado o pai da filosofia existencialista? 
2) Quais as características da filosofia existencialista? 
3) Com base no dois conceitos centrais de Sartre, que fundamentam o Existencialismo, o que significa os 
termos “ser-em-si” e “ser-para-si”: 
4) Qual a principal obra filosófica escrita por Sartre, em 1943 e sobre o que se trata? 
5) A concepção de liberdade para Jean-Paul Sartre se fundamenta na expressão: a existência precede a 
essência. Explique com suas palavras o significado da referida expressão: 
6) Qual filósofo propagou significativamente e didaticamente as ideias existencialistas? 
7) De acordo com o vídeo, quais as principais diferenças dos importantes filósofos existencialistas Friedrich 
Nietzsche, Søren Kierkegaard e Jean-Paul Sartre; no que se refere à concepção da filosofia existencialista? 
8) Analise a afirmação abaixo e assinale a alternativa correta: 
“Ninguém nascemulher: Torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma 
que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto 
intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino.” 
Filósofa existencialista: Simone de Beauvoir. 
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro. Nova Fronteira/1980. 
 
Na década de 1960, a proposição de Simone Beauvoir, contribuiu para estruturar um movimento social que 
teve como marca o(a): 
(A) A ação do poder judiciário para criminalizar a violência sexual. 
(B) Pressão do poder legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho. 
(C) Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero. 
(D) Oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos. 
(E) Estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.

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