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1/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX 1. (Uece 2019) Rodrigo Duarte, um destacado intérprete da Escola de Frankfurt no Brasil, afirma que, na indústria cultural, “encontram-se embutidos atos de violência, oriundos do comprometimento tanto econômico quanto ideológico da indústria cultural com o status quo: ela precisa, por um lado, lucrar, justificando sua posição de próspero ramo de negócios; por outro, ela tem de ajudar a garantir a adesão das massas diante da situação precária em que elas se encontram no capitalismo tardio”. DUARTE, Rodrigo. Indústria Cultural: uma introdução. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, p. 49. Com base no texto acima, é correto afirmar que a) a indústria cultural é descrita como a violência contra os trabalhadores da cultura, que têm suas obras exploradas pelos donos das grandes produtoras e distribuidoras dos bens culturais, sem receber o devido pagamento por isso. b) a indústria cultural é a promoção de um discurso ideologicamente engajado em prol do capitalismo tardio, onde as massas são induzidas à passividade frente à exploração do seu trabalho. c) a violência promovida pela indústria cultural é a da exploração do trabalhador da cultura e, ao mesmo tempo, a da imposição, às massas, da ideologia da passividade frente à exploração capitalista. d) o comprometimento econômico e ideológico da indústria cultural se deve ao caráter espiritual das obras artísticas, sem qualquer vinculação com a base econômica capitalista em que os autores se situavam. 2. (Uece 2019) “A crescente proletarização dos homens de hoje e a crescente formação das massas são dois lados de um mesmo acontecimento. O fascismo procura organizar as massas proletarizadas recém-surgidas sem tocar nas relações de propriedade, por cuja abolição elas pressionam. Ele vê sua salvação em deixar as massas alcançarem a sua expressão (de modo algum seu direito). As massas possuem um direito à mudança das relações de propriedade; o fascismo busca dar-lhe uma expressão conservando essas relações. O fascismo resulta, consequentemente, em uma estetização da vida política.” BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: Zouk, 2012, p. 117. Considerando o que diz Benjamin sobre os efeitos sociais da reprodutibilidade técnica dos objetos de fruição estética, é correto afirmar que a) o fascismo elimina a luta de classes, pois unifica a todos sob uma mesma bandeira e com a mesma camisa, unindo a nação no amor pela pátria e seus símbolos, tornando a política mais bela. b) a luta de classes é um elemento constitutivo do fascismo, que cria a propriedade privada e, portanto, estabelece antagonismos sociais insuperáveis pela política. c) a obra de arte tecnicamente reproduzida apresenta uma necessária superação do fascismo, pois a contemplação estética popularizada conduz as massas para um estado de gozo apolítico. d) o fascismo organiza o proletariado como massa, mas não põe em questão sua condição de classe, tornando a relação social mera aparência de unidade, sob símbolos, cores e gritos estandardizados — estetização. 3. (Enem 2019) Penso que não há um sujeito soberano, fundador, uma forma universal de sujeito que poderíamos encontrar em todos os lugares. Penso, pelo contrário, que o sujeito se constitui através das práticas de sujeição ou, de maneira mais autônoma, através de práticas de liberação, de liberdade, como na Antiguidade – a partir, obviamente, de um certo número de regras, de estilos, que podemos encontrar no meio cultural. FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. O texto aponta que a subjetivação se efetiva numa dimensão a) legal, pautada em preceitos jurídicos. b) racional, baseada em pressupostos lógicos. c) contingencial, processada em interações sociais. d) transcendental, efetivada em princípios religiosos. e) essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas. 4. (Uece 2019) “Generalizando posteriormente a já amplíssima classe dos dispositivos foucaultianos, chamarei literalmente de dispositivo qualquer coisa que tenha de algum modo a capacidade de capturar, orientar, determinar, interceptar, modelar, controlar e assegurar os gestos, as condutas, as opiniões e os discursos dos seres viventes.” AGAMBEN, G. O que é um dispositivo? outra travessia, Florianópolis, n. 5, p. 9-16, jan. 2005. Considerando o excerto acima, analise as seguintes proposições: I. As prisões e os manicômios se enquadram nesse conceito na medida em que se voltam para a correção e normalização de condutas consideradas Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 1 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 2/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX desviantes. II. As escolas, as igrejas e as fábricas podem ser pensadas como dispositivos na medida em que se voltam para os corpos e os comportamentos no sentido do disciplinamento. III. Os computadores, os telefones celulares, as câmeras de segurança se destacam como dispositivos, pois controlam tecnicamente os gestos e as condutas humanas. É correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I e II apenas. c) II e III apenas. d) I e III apenas. 5. (Upe-ssa 3 2018) Sobre a Liberdade Humana, analise os textos a seguir: É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer. (SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um Humanismo. São Paulo: 1973, p. 15.) Com base no pensamento filosófico de Sartre sobre a liberdade, assinale a alternativa CORRETA. a) O homem não é, senão o seu projeto, escolha e compromisso. b) O homem não está condenado à liberdade; ele tem escolha. c) O homem é livre sem escolha e sem compromisso. d) O homem é seu projeto responsável sem escolha. e) O homem é responsável e livre sem escolha. 6. (Upe-ssa 2 2018) Sobre a dimensão do homem na perspectiva existencialista, considere o texto a seguir: O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para a conceber. (SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 12). O enfoque existencialista questiona o modo de ser do homem. Entende esse modo de ser como o modo de ser-no-mundo. Na perspectiva existencialista, sobre o homem, assinale a alternativa CORRETA. a) É um projeto de ser. b) É um seguidor das escolhas dos outros. c) Na sua própria essencialidade e no trajeto de sua liberdade, não tem escolha. d) Tem uma natureza concebida por Deus em sua essência. e) É irresponsável por si próprio ao conceber seus atos. 7. (Ufu 2018) Considere o seguinte trecho, extraído da obra A náusea, do escritor e filósofo francês Jean Paul Sartre (1889-1980). "O essencial é a contingência. O que quero dizer é que, por definição, a existência não é a necessidade. Existir é simplesmente estar presente; os entes aparecem, deixam que os encontremos, mas nunca podemos deduzi-los. Creio que há pessoas que compreenderam isso. Só que tentaram superar essa contingência inventando um ser necessário e causa de si próprio. Ora, nenhum ser necessário pode explicar a existência: a contingência não é uma ilusão, uma aparência que se pode dissipar; é o absoluto, por conseguinte, a gratuidade perfeita." SARTRE, Jean Paul. A Náusea. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986. Tradução de Rita Braga, citado por: MARCONDES, Danilo Marcondes. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Nesse trecho, vemos uma exemplificação ou uma referência ao existencialismosartriano que se apresenta como a) recusa da noção de que tudo é contingente. b) fundamentado no conceito de angústia, que deriva da consciência de que tudo é contingente. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 2 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 3/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX c) denúncia da noção de má fé, que nos leva a admitir a existência de um ser necessário para aplacar o sentimento de angústia. d) crítica à metafísica essencialista. 8. (Enem 2018) O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento. MERLEAU-PONTY. M. Elogio da filosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado). O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por a) reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético. b) ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias. c) associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade. d) conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento. e) compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais. 9. (Upe-ssa 2 2017) Sobre o pensamento filosófico, leia o texto a seguir: O homem apresenta-se como uma escolha a fazer. Muito bem. Antes do mais, ele é a sua existência no momento presente e está fora do determinismo natural; o homem não se define previamente a si próprio, mas em função do seu presente individual. Não há uma natureza humana que se lhe anteponha, mas é-lhe dada uma existência específica num dado momento. SARTRE, Jean Paul. O Existencialismo é um Humanismo. 1973, p. 31. Com base no pensamento filosófico de Sartre, considera-se que a) a essência da natureza humana precede a existência. b) a natureza humana é um substituto da condição humana. c) no homem em sua inteireza, a existência precede a essência. d) o existencialismo dá primazia ao determinismo natural em função do seu presente individual. e) o homem está fechado em si, sem ter escolha. 10. (Unesp 2017) Concentração e controle, em nossa cultura, escondem-se em sua própria manifestação. Se não fossem camuflados, provocariam resistências. Por isso, precisa ser mantida a ilusão e, em certa medida, até a realidade de uma realização individual. Por pseudoindividuação entendemos o envolvimento da cultura de massas com uma aparência de livre-escolha. A padronização musical mantém os indivíduos enquadrados, por assim dizer, escutando por eles. A pseudoindividuação, por sua vez, os mantém enquadrados, fazendo-os esquecer que o que eles escutam já é sempre escutado por eles, “pré- digerido”. Theodor Adorno. “Sobre música popular”. In: Gabriel Cohn (org.). Theodor Adorno, 1986. Adaptado. Em termos filosóficos, a pseudoindividuação é um conceito a) identificado com a autonomia do sujeito na relação com a indústria cultural. b) que identifica o caráter aristocrático da cultura musical na sociedade de massas. c) que expressa o controle disfarçado dos consumidores no campo da cultura. d) aplicável somente a indivíduos governados por regimes políticos totalitários. e) relacionado à autonomia estética dos produtores musicais na relação com o mercado. 11. (Enem PPL 2017) A crítica é uma questão de distância certa. O olhar hoje mais essencial, o olho mercantil que penetra no coração das coisas, chama- se propaganda. Esta arrasa o espaço livre da contemplação e aproxima tanto as coisas, coloca-as tão debaixo do nariz quanto o automóvel que sai da Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 3 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 4/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo em direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não oferece móveis e fachadas a uma observação crítica completa, mas dá apenas a sua espetacular, rígida e repentina proximidade, também a propaganda autêntica transporta as coisas para primeiro plano e tem um ritmo que corresponde ao de um bom filme. BENJAMIN, W. Rua de mão única: infância berlinense – 1900. Belo Horizonte: Autêntica, 2013 (adaptado). O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica em virtude do(a) a) caráter ilusório das imagens. b) evolução constante da tecnologia. c) aspecto efêmero dos acontecimentos. d) conteúdo objetivo das informações. e) natureza emancipadora das opiniões. 12. (Enem (Libras) 2017) O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento das suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma- se então uma política das coerções, que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos. FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1987. Na perspectiva de Michel Foucault, o processo mencionado resulta em a) declínio cultural. b) segregação racial. c) redução da hierarquia. d) totalitarismo dos governos. e) modelagem dos indivíduos. 13. (Uema 2015) Gilberto Cotrim (2006. p. 212), ao tratar da pós-modernidade, comenta as ideias de Michel Foucault, nas quais “[...] as sociedades modernas apresentam uma nova organização do poder que se desenvolveu a partir do século XVIII. Nessa nova organização, o poder não se concentra apenas no setor político e nas suas formas de repressão, pois está disseminado pelos vários âmbitos da vida social [...] [e] o poder fragmentou-se em micropoderes e tornou-se muito mais eficaz. Assim, em vez de se deter apenas no macropoder concentrado no Estado, [os] micropoderes se espalham pelas mais diversas instituições da vida social. Isto é, os poderes exercidos por uma rede imensa de pessoas, por exemplo: os pais, os porteiros, os enfermeiros, os professores, as secretarias, os guardas, os fiscais etc.” Fonte: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2006. (adaptado) Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as ideias de Foucault, a principal função dos micropoderes no corpo social é interiorizar e fazer cumprir a) o ideal de igualdade entre os homens. b) o total direito político de acordo com as etnias. c) as normas estabelecidas pela disciplina social. d) a repressão exercida pelos menos instruídos. e) o ideal de liberdade individual. 14. (Ufsj 2012) “Subjetividade” e “intersubjetividade” são conceitos com os quais Sartre pontua o seu existencialismo. Nesse contexto, tais conceitos revelam que a) o cogito cartesiano desabou sobre o existencialismo na mesma proporção com que a virtu socrática precipitou-se sobre o materialismo dialético do século XX. b) “Penso, logo existo” deve ser o ponto de partida de qualquer filosofia. Tal subjetividade faz com que o Homem não seja visto como objeto, o que lhe confere verdadeira dignidade. A descoberta de si mesmo o leva, necessariamente, à descoberta do outro, implicando uma intersubjetividade. c) o Homem é dado, é unidade, é união e é intersubjetividade; portanto, a sua existência é agregadora e desapegada da tão apregoada subjetividadeclássica, por isso mesmo tão crucial para Sartre. d) não há um só lampejo de subjetividade que não tenha se reinaugurado na intersubjetividade, isto é, na idealidade que instrui as prerrogativas para se instalarem as escolhas do sujeito, definindo-o. 15. (Unioeste 2012) “O que significa aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 4 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 5/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. (...) O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz. (...) Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de por todo o homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade de sua existência. (...) Quando dizemos que o homem se escolhe a si, queremos dizer que cada um de nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser”. Sartre. Considerando a concepção existencialista de Sartre e o texto acima, é incorreto afirmar que a) o homem é um projeto que se vive subjetivamente. b) o homem é um ser totalmente responsável por sua existência. c) por haver uma natureza humana determinada, no homem a essência precede a existência. d) o homem é o que se lança para o futuro e que é consciente deste projetar-se no futuro. e) em suas escolhas, o homem é responsável por si próprio e por todos os homens, porque, em seus atos, cria uma imagem do homem como julgamos que deve ser. 16. (Ufsj 2012) Sobre a interferência de Jean- Paul Sartre na filosofia do século XX, é CORRETO afirmar que ele a) reconhece a importância de Diderot, Voltaire e Kant e repercute a interferência positiva destes na noção de que cada homem é um exemplo particular no universo. b) faz a inversão da noção essencialista ao apregoar que o Homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo e só após isso se define. Assim, não há natureza humana, pois não há Deus para concebê-la. c) inaugura uma nova ordem político-social, segundo a qual o Homem nada mais é do que um projeto que se lança numa natureza essencialmente humana. d) diz que ser ateu é mais coerente apesar de reconhecer no Homem uma virtu que o filia, definitivamente, a uma consciência a priori infinita. 17. (Ufsj 2012) A angústia, para Jean-Paul Sartre, é a) tudo o que a influência de Shopenhauer determina em Sartre: a certeza da morte. O Homem pode ser livre para fazer suas escolhas, mas não tem como se livrar da decrepitude e do fim. b) a nadificação de nossos projetos e a certeza de que a relação Homem X natureza humana é circunstancial, objetiva, e pode ser superada pelo simples ato de se fazer uma escolha. c) a certificação de que toda a experiência humana é idealmente sensorial, objetivamente existencial e determinante para a vida e para a morte do Homem em si mesmo e em sua humanidade. d) consequência da responsabilidade que o Homem tem sobre aquilo que ele é, sobre a sua liberdade, sobre as escolhas que faz, tanto de si como do outro e da humanidade, por extensão. 18. (Unimontes 2012) A Escola de Frankfurt foi fundada em 1923, sob o nome de Instituto para a Pesquisa Social. Marque a alternativa que contempla os principais pensadores da Escola de Frankfurt. a) Theodor Adorno, Platão, Herbert Marcuse e Walter Benjamin. b) Tomás de Aquino, Marx Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamin. c) Theodor Adorno, Marx Horkheimer, Herbert Marcuse e Tobias Barreto. d) Theodor Adorno, Marx Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamin. 19. (Unimontes 2012) Considerado o inventor da crítica moderna, Walter Benjamin teve uma vida atribulada, marcada por dificuldades pessoais e trágicas circunstâncias políticas. Colaborou e participou de movimentos importantes, entre eles, a União Livre dos Estudantes. Unindo-se a outros pensadores por amizade, deu início, em 1930, a um grupo de pesquisa que ficou conhecido mundialmente. Com qual nome ficou conhecido o grupo a que pertenceu Walter Benjamin? a) Escola de Viena. b) Escola de Frankfurt. c) Escola de Marburgo. d) Escola Eleata. 20. (Unioeste 2011) “Só pelo fato de que tenho consciência dos motivos que solicitam minha ação, esses motivos já são objetos transcendentes para minha consciência, estão fora; em vão buscaria agarrar-me a eles, escapo disto por minha existência mesma. Estou condenado a existir para sempre além de minha essência, além dos móveis e dos motivos de meu ato: estou condenado a ser livre. Isto significa que não se poderia encontrar para a minha liberdade outros limites senão ela mesma, ou, se se prefere, não somos livres de cessar de ser livres. (...) O sentido profundo do determinismo é o de estabelecer em nós uma continuidade sem falha da existência em si. (...) Mas em vez de ver transcendências postas e Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 5 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 6/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX mantidas no seu ser por minha própria transcendência, supor-se-á que as encontro surgindo no mundo: elas vêm de Deus, da natureza, da ‘minha’ natureza, da sociedade. (...) Essas tentativas abortadas para sufocar a liberdade – elas desmoronam quando surge, de repente, a angústia diante da liberdade – mostram bastante que a liberdade coincide no fundo com o nada que está no coração do homem”. Sartre. Com base no texto, seguem as seguintes afirmativas: I. No homem, a existência precede a essência. II. Em sua essência, o homem é um ser determinado quer seja, ou por Deus, ou pela natureza, ou pela sociedade. III. Os limites da minha liberdade são estabelecidos pelos valores religiosos, estéticos, políticos e sociais. IV. “O homem não está livre de ser livre”, pois não é possível “cessar de ser livre”. V. A liberdade humana, em suas escolhas, se orienta por valores objetivos e pré-determinados. Assinale a alternativa correta. a) Apenas II está correta. b) Apenas I e IV estão corretas. c) Apenas II e IV estão corretas. d) Apenas III e V estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. 21. (Ufsj 2011) Sartre define o entendimento de que a existência precede a essência como: a) “a compreensão de que o inferno são os outros e de que, assim, o Homem que se alcança diretamente pelo cogito descobre também todos os outros homens”. b) “a compreensão dos conceitos de angústia, descompasso, má fé e desespero”. c) “que na verdade, para o existencialista, não existe amor essencial, senão aquele que se constrói na perspectiva da escolástica”. d) “o significado de que o Homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define”. 22. (Ufsj 2011) No debate do problema acerca do significado de transcendência, é CORRETO afirmar que, para Sartre, ela: a) “é um elemento constitutivo do Homem que se dá no sentido de superação”. b) “ocorre no campo da estética e da faculdade do juízo”. c) “é compreendida no âmbito do sentido em que Deus é transcendente”. d) “permite aos homens se aproximarem dos aspectos teológicos e teologais inerentes à existência humana”. 23. (Ufu 2011) Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) encontrou um motivo de reflexão sobre a liberdadena obra de Dostoiévski Os irmãos Karamazov: “se Deus não existe, tudo é permitido”. A partir daí teceu considerações sobre esse tema e algumas consequências que dele podem ser derivadas. [...] tudo é permitido se Deus não existe e, por conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio nem fora dele nada a que se agarrar. Para começar, não encontra desculpas. [...] Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz. SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 9 (coleção “Os Pensadores”). Com base em seus conhecimentos sobre a filosofia existencialista de Sartre e nas informações acima, assinale a alternativa correta. a) Porque entende que somos livres, Sartre defendeu uma filosofia não engajada, isto é, uma filosofia que não deve se importar com os acontecimentos sociais e políticos de seu tempo. b) Para Sartre, a angústia decorre da falta de fé em Deus e não do fato de sermos absolutamente livres ou como ele afirma “o homem está condenado a ser livre”. c) As ações humanas são o reflexo do equilíbrio entre o livre-arbítrio e os planos que Deus estabelece para cada pessoa, consistindo nisto a verdadeira liberdade. d) Para Sartre, as ações das pessoas dependem somente das escolhas e dos projetos que cada um faz livremente durante a vida e não da suposição da existência e, portanto, das ordens de Deus. 24. (Ueap 2011) “A existência precede a essência.” O que melhor define esta frase do filósofo francês Sartre? a) Primeiro o homem existe, depois se define. b) O homem é o que ele concebe e não o que ele faz. c) O homem é “em si” e não “para si”. d) A vida de um homem está ligada a sua essência. e) A vida humana é totalmente determinada por Deus. 25. (Uema 2011) O tema da liberdade é discutido por muitos filósofos. No existencialismo francês, Jean-Paul Sartre, particularmente, compreende a liberdade enquanto escolha incondicional. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 6 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 7/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX Entre as afirmações abaixo, a única que está de acordo com essa concepção de liberdade humana é: a) O homem primeiramente tem uma essência divinizada e depois uma existência manifestada na história de sua vida. b) O homem não é mais do que aquilo que a sociedade faz com ele. c) O homem primeiramente existe porque sendo consciente é um ser em si e para o outro. d) O homem é determinado por uma essência superior, que é o Deus da existência, pois, primeiramente não é nada. e) O homem primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. 26. (Ufsj 2011) Para Sartre, “o Homem é livre, o Homem é liberdade”. Com relação a tal princípio, é CORRETO afirmar que o homem é: a) “a expressão de que tudo é permitido por meio da liberdade e que provém da existência de Deus”. b) “um animal político no sentido aristotélico e por isso necessita viver a liberdade política em comunidade”. c) “um ser que depende da liberdade divina e necessita que o futuro esteja inscrito no céu”. d) “condenado a ser livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo que faz”. 27. (Ifsp 2011) Ao defender as principais teses do Existencialismo, Jean-Paul Sartre afirma que o ser humano está condenado a ser livre, a fazer escolhas e, portanto, a construir seu próprio destino. O pressuposto básico que sustenta essa argumentação de Sartre é o seguinte: a) A suposição de que o homem possui uma natureza humana, o que significa que cada homem é um exemplo particular de um conceito universal. b) A compreensão de que a vida humana é finita e de que o homem é, sobretudo, um ente que está no mundo para a morte. c) A ideia de que a existência precede a essência e, por isso, o ser humano não está predeterminado a nada. d) A convicção de que o homem está desamparado e é impotente para mudar o seu destino individual. e) A ideia de que toda pessoa tem uma potencial a realizar, desde quando nasce, mas é livre para transformar ou não essa possibilidade em realidade. 28. (Uel 2011) Leia o texto a seguir. Habermas distingue entre racionalidade instrumental e racionalidade comunicativa. A racionalidade comunicativa ocorre quando os seres humanos recorrem à linguagem com o intuito de alcançar o entendimento não coagido sobre algo, por exemplo, decidir sobre a maneira correta de agir (ação moral). A racionalidade instrumental, por sua vez, ocorre quando os seres humanos utilizam as coisas do mundo, ou até mesmo outras pessoas, como meio para se alcançar um fim (raciocínio meio e fim). Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria da ação comunicativa de Habermas, é correto afirmar: a) Contar uma mentira para outra pessoa buscando obter algo que desejamos e que sabemos que não receberíamos se disséssemos a verdade é um exemplo de racionalidade comunicativa. b) Realizar um debate entre os alunos de turma da faculdade buscando decidir democraticamente a melhor maneira de arrecadar fundos para o baile de formatura é um exemplo de racionalidade instrumental. c) Um adolescente que diz para seu pai que vai dormir na casa de um amigo, mas, na verdade, vai para uma festa com amigos, é um exemplo de racionalidade comunicativa. d) Alguém que decide economizar dinheiro durante vários anos a fim de fazer uma viagem para os Estados Unidos da América é um exemplo de racionalidade instrumental. e) Um grupo de amigos que se reúne para decidir democraticamente o que irão fazer com o dinheiro que ganharam em um bolão da Mega Sena é um exemplo de racionalidade instrumental. 29. (Uel 2011) Leia o texto a seguir. Na tradição liberal, a ênfase é posta no caráter impessoal das leis e na proteção das liberdades individuais, de tal modo que o processo democrático é compelido pelos (e está a serviço dos) direitos pessoais que garantem a cada indivíduo a liberdade de buscar sua própria realização. Na tradição republicana, a primazia é dada ao processo democrático enquanto tal, entendido como uma deliberação coletiva que conduz os cidadãos à procura do entendimento sobre o bem comum. (Adaptado de: ARAÚJO, L. B. L. Moral, direito e política. “Sobre a Teoria do Discurso de” Habermas. In: OLIVEIRA, M.; AGUIAR, O. A.; SAHD, L. F. N. de A. e S. (Orgs.). Filosofia Política Contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 214-235.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política na teoria do discurso, é correto afirmar que Habermas a) privilegia a ideia de Estado de direito em detrimento de uma democracia participativa. b) concede maior relevância à autonomia pública, opondo-se à autonomia privada. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 7 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 8/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX c) ignora tanto a autonomia privada quanto a pública, substituindo-as pela utilidade das normas morais. d) enfatiza a compreensão individualista e instrumental do papel do cidadão na lógica privada do mercado. e) concilia, na mesma base, direitos humanos e soberania popular, reconhecendo-os como distintos, porém complementares. 30. (Uel 2011) Leia o texto a seguir. Em Técnica e Ciência como “ideologia”, Habermas apresenta uma reformulação do conceito weberiano de racionalização pela qual lança as bases conceptuais de sua teoria da sociedade. Neste sentido, postula a distinção irredutível entre trabalho ou agir instrumental e interação ou agir comunicativo, bem como a pertinência da conexão dialética entre essas categorias,das quais deriva a diferenciação entre o quadro institucional de uma sociedade e os subsistemas do agir racional com respeito a fins. Segundo Habermas, uma análise mais pormenorizada da primeira parte da Ideologia Alemã revela que “Marx não explicita efetivamente a conexão entre interação e trabalho, mas sob o título nada específico da práxis social reduz um ao outro, a saber, a ação comunicativa à instrumental”. (Adaptado: HABERMAS, J. Técnica e ciência como “ideologia”. Lisboa: Edições 70, 1994. p.41-42.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Habermas, é correto afirmar: a) O crescimento das forças produtivas e a eficiência administrativa conduzem à organização das relações sociais baseadas na comunicação livre de quaisquer formas de dominação. b) A liberação do potencial emancipatório do desenvolvimento da técnica e da ciência depende da prevenção das disfuncionalidades sistêmicas que entravam a reprodução material da vida e suas respectivas formas interativas. c) O desenvolvimento da ciência e da técnica, enquanto forças produtivas, permite estabelecer uma nova forma de legitimação que, por sua vez, nega as estruturas da ação instrumental, assimilando-as à ação comunicativa. d) Com base na irredutibilidade entre trabalho e interação, a luta pela emancipação diz respeito tanto ao agir comunicativo, contra as restrições impostas pela dominação, quanto ao agir instrumental, contra as restrições materiais pela escassez econômica. e) A racionalização na dimensão da interação social submetida à racionalização na dimensão do trabalho na práxis social determina o caráter emancipatório do desenvolvimento das forças produtivas e do bem-estar da vida humana. 31. (Unicentro 2010) Qual dos argumentos abaixo caracteriza corretamente a relação conceitual entre existencialismo e liberdade, no pensamento de Jean-Paul Sartre (1905-1980)? a) O existencialismo de Sartre defende o individualismo, isto é, cada um deve preocupar-se exclusivamente com a própria liberdade e ação. b) O existencialismo de Sartre afirma que se o homem é livre, consequentemente não é responsável por aquilo que faz. c) O existencialismo de Sartre afirma que “disciplina é liberdade”. O homem livre é aquele que recusa o individualismo para viver o conformismo e a respeitabilidade da tradição. d) Sartre afirma que o homem nada mais é do que “seu projeto”, não havendo essência ou modelo para lhe orientar o caminho; está, portanto, irremediavelmente condenado a ser livre. e) Sartre afirma que a liberdade só possui significado no pensamento, na capacidade que o homem tem de refletir acerca de sua existência, buscando definir a natureza e a essência humana. 32. (Ufsj 2010) A partir da análise da seguinte afirmação: “O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo”, é CORRETO afirmar que se trata a) do primeiro princípio do empirismo humeano. b) do segundo princípio do niilismo nietzscheano. c) do primeiro princípio do existencialismo sartreano. d) do terceiro axioma do empirismo hobbesiano. 33. (Ufsj 2010) Em relação ao conceito sartreano de humanismo existencialista, é CORRETO afirmar que o homem a) supera a angústia e a quietude, considerando a má fé no âmbito de um projeto subjetivista e ao mesmo tempo determinista. b) é a medida de todas as coisas, considerando os aspectos teológicos que dão suporte à sua existência. c) é um ser universalmente capaz de inventar a si próprio, baseando-se na doutrina de Abraão e do Anjo. d) mantém um vínculo entre a transcendência – no sentido de superação – e a subjetividade. 34. (Ufsj 2010) O conceito de Liberdade em Sartre é caracterizado por a) uma vez que o Homem foi lançado ao mundo, é responsável por tudo o que faz. b) uma referência a uma natureza humana dada e definitiva. c) uma essência que precede a existência. d) pressupostos de uma Liberdade interior inerente aos conceitos da metafísica clássica. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 8 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 9/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX 35. (Ufsj 2010) Assinale a alternativa que apresenta a defesa de Sartre frente às críticas feitas pelos católicos ao seu existencialismo. a) O Homem é o responsável pelo que ele é, por essa razão, o primeiro passo do existencialismo é o de inserir todo homem na posse do que ele é, e de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. b) Antigamente os filósofos só eram atacados por outros filósofos. O leigo não entendia nada e também não se importava com isso. Agora, a Filosofia é obrigada a descer em praça pública. c) Trata-se de uma moral da liberdade, se não existir contradição alguma entre essa moral e a nossa Filosofia, nada mais pode existir. d) O Homem se dá conta de que só pode ser alguma coisa (no sentido em que se diz que alguém é espirituoso, ou é mau ou é ciumento) se os outros o reconhecem como tal. 36. (Uel 2010) Leia o texto de Adorno a seguir. Se as duas esferas da música se movem na unidade da sua contradição recíproca, a linha de demarcação que as separa é variável. A produção musical avançada se independentizou do consumo. O resto da música séria é submetido à lei do consumo, pelo preço de seu conteúdo. Ouve-se tal música séria como se consome uma mercadoria adquirida no mercado. Carecem totalmente de significado real as distinções entre a audição da música “clássica” oficial e da música ligeira. (ADORNO, T. W. O fetichismo na música e a regressão da audição. In: BENJAMIN, W. et all. Textos escolhidos. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1987. p. 84.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Adorno, é correto afirmar: a) A música séria e a música ligeira são essencialmente críticas à sociedade de consumo e à indústria cultural. b) Ao se tornarem autônomas e independentes do consumo, a música séria e a música ligeira passam a realçar o seu valor de uso em detrimento do valor de troca. c) A indústria cultural acabou preparando a sua própria autorreflexividade ao transformar a música ligeira e a séria em mercadorias. d) Tanto a música séria quanto a ligeira foram transformadas em mercadoria com o avanço da produção industrial. e) As esferas da música séria e da ligeira são separadas e nada possuem em comum. 37. (Uel 2010) Observe a tira e leia o texto a seguir: Quando se concebeu a ideia de razão, o que se pretendia alcançar era mais que a simples regulação da relação entre meios e fins: pensava-se nela como o instrumento para compreender os fins, para determiná-los. Segundo a filosofia do intelectual médio moderno, só existe uma autoridade, a saber, a ciência, concebida como classificação de fatos e cálculo de probabilidades. (HORKHEIMER, M. Eclipse da Razão. São Paulo: Labor, 1973, pp.18 e 31-32.) Com base na tira, no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Horkheimer a respeito da relação entre ciência e razão na modernidade, é correto afirmar: I. Se a razão não reflete sobre os fins, torna-se impossível afirmar se um sistema político ou econômico, mesmo não sendo democrático, é mais ou menos racional do que outro. II. O processo que resulta na transformação de todos os produtos da ação humana em mercadorias se origina nos primórdios da sociedade organizada à medida que os instrumentos passam a ser utilizados tecnicamente. III. A razão subjetivada e formalizada transforma as obras de arte em mercadorias, das quais resultam emoções eventuais, desvinculadas das reais expectativas dos indivíduos. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 9 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 10/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX IV. As atividades em geral, independentes da utilidade, constituem formas de construçãoda existência humana desvinculadas de questões como produtividade e rentabilidade. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 38. (Uel 2010) No final do século XX, com a disseminação da Internet, o acesso à informação passa a ser instantâneo. Com isso, novas perspectivas se abrem para o debate político, sobretudo para a atuação dos cidadãos na esfera pública. Tendo presente a concepção de esfera pública nos escritos recentes de Habermas, analise as afirmativas a seguir: I. A esfera pública constitui um espaço no qual os problemas da sociedade são recebidos, discutidos e problematizados, e o sistema político recepciona e sistematiza de forma especializada aqueles que considera mais importantes. II. Pelo fato de estar vinculada à sociedade civil, a esfera pública exime-se de efetuar mediações envolvendo o sistema político e o mundo da vida. III. Por funcionar como uma estrutura normativa, a esfera pública efetiva-se como um sistema institucionalizado que estabelece papéis e competências para a participação na sociedade. IV. A esfera pública consiste numa rede que permite que certos temas, ideias e posicionamentos sejam debatidos, tendo como referência o agir voltado para o entendimento. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e III são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas II e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 39. (Ufla 2010) Analise as afirmativas sobre a Escola de Frankfurt e sua Teoria Crítica, coloque Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA. ( ) Adorno, Horkheimer, Benjamin e Marcuse são os pensadores que mais se destacaram e, apesar das críticas feitas a Marx, foram, por ele, influenciados. ( ) A Teoria Tradicional é representada, segundo os frankfurtianos, por todos os filósofos que, desde Descartes até o Iluminismo, deram grande ênfase ao racionalismo. ( ) A Teoria Crítica afirma que a razão pode conter sombras quando se coloca a serviço da dominação. ( ) Segundo os frankfurtianos, um indivíduo autônomo, consciente de seus fins, não tem possibilidade de acontecer, pois o conflito entre a razão autônoma e suas forças obscuras e inconscientes não finda. a) F – V – V – F b) V – F – F – V c) F – V – F – V d) V – V – V – F 40. (Pucpr 2010) Na sua obra Vigiar e punir, o filósofo francês Michel Foucault analisa as novas faces de exercício do poder disciplinar e afirma: “Muitos processos disciplinares existiam há muito tempo: nos conventos, nos exércitos, nas oficinas também. Mas as disciplinas se tornaram no decorrer dos séculos XVII e XVIII fórmulas gerais de dominação. (...) O momento histórico das disciplinas e o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente ao aumento de suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma-se então uma política das coerções que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos. O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma "anatomia política", que é também igualmente uma "mecânica do poder", está nascendo; ela define como se pode ter domínio sobre o corpo dos outros, não simplesmente para que façam o que se quer, mas para que operem como se quer, com as técnicas, segundo a rapidez e a eficácia que se determina. A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos "dóceis". (Vigiar e Punir, p. 118). Segundo essa passagem, seria correto afirmar que: I. O texto mostra como, a partir dos séculos XVII e XVIII o corpo foi descoberto como objeto e alvo de um novo poder e de novas formas de controle, pelas quais são superadas antigas formas de domínio e instaurado um novo modelo com o fim de tornar os corpos mais dóceis. II. O fim dessas práticas é tornar o corpo obediente e disciplinado através de um rigoroso exercício de Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 10 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 11/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX controle sobre gestos e comportamentos. É assim que o corpo vira um novo objeto de poder. III. Segundo o autor, essa é a primeira vez na história que o corpo se tornara objeto de poder, já que essas práticas eram comuns tanto nos regimes escravocratas quanto nos monásticos. IV. Esses novos mecanismos de controle têm, segundo o autor, uma única motivação: o domínio do corpo para exploração econômica. a) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. b) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras. c) Apenas a assertiva IV é verdadeira. d) Todas as assertivas são verdadeiras. e) Apenas a assertiva I é verdadeira. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Entramos no quarto. Encurvada em semicírculo sobre o leito, outra criatura que não a minha avó, uma espécie de animal que se tivesse disfarçado com os seus cabelos e deitado sob os seus lençóis, arquejava, gemia, sacudia as cobertas com as suas convulsões. As pálpebras estavam fechadas, 1e era porque fechavam mal, antes que porque se abrissem, que deixavam ver um canto da pupila, velado, remeloso, refletindo a obscuridade de uma visão orgânica e de um sofrimento interno. Quando meus lábios a tocaram, as mãos de minha avó agitaram-se, ela foi percorrida inteira por um longo frêmito, ou reflexo, ou porque certas afeições possuam a sua hiperestesia, que 2reconhece, através do véu da inconsciência, aquilo que elas quase não têm necessidade dos sentidos para querer. Súbito, minha avó ergueu-se a meio, fez um esforço violento, como alguém que defende a própria vida. Françoise não pôde resistir, ao vê-lo, e rompeu em soluços. Lembrando-me do que o médico havia dito, quis fazê-la sair do quarto. Nesse momento, minha avó abriu os olhos. Precipitei-me sobre Françoise para lhe ocultar o pranto, enquanto meus pais falassem à enferma. O ruído do oxigênio calara-se, o médico afastou-se do leito. Minha avó estava morta. A vida, retirando-se, acabava de carregar as desilusões da vida. Um sorriso parecia pousado nos lábios de minha avó. Sobre aquele leito fúnebre, a morte, como o escultor da Idade Média, tinha-a deitado sob a aparência de menina e moça. Marcel Proust. Em busca do tempo perdido: o caminho de Guermantes. vol. 3, 3ª ed. rev. Trad. Mario Quintana. São Paulo: Globo, 2006, p. 376-7 (com adaptações). 41. (Unb 2010) Para Sartre, os seres dividem- se em seres-em-si e seres-parasi. Os seres-em-si não possuem, segundo esse filósofo, consciência, ao passo que os seres-para-si são dotados de uma consciência que lhes possibilita constituírem-se sempre como projeto, pelo qual dirigem seu presente a partir de sua liberdade. Com base na divisão sartreana entre seres-em-si e seres-para-si e suas relações com a temporalidade, a vida e a morte, verifica-se, na passagem do texto de Proust apresentada, que a) a personagem acamada, a despeito de ser, quando ainda viva, biologicamente um ser humano, não é mais um ser-para-si na situação narrada. b) a transição do ser-para-si ao ser-em-si só ocorre, efetivamente, com a morte biológica da personagem acamada, uma vez que a temporalidade do ser-em-si é a de um eterno presente. c) a noção de vida e a de morte que perpassam a descrição do estado da personagem acamada ocupam, respectivamente, os lugares semânticos de ser-para-si e ser-em-si. d) a proposiçãode Sartre de que “o ser humano não pode não ser livre” estabelece uma relação de subordinação entre sua concepção do que é um ser humano e a concepção biológica desse conceito. 42. (Uenp 2009) Segundo Raymond Plant, em seu livro Política, Teologia e História, o argumento de que a essência precede a existência implica na necessidade de um criador; assim, quando um objeto vai ser produzido (um martelo, uma caneta, uma máquina), ele obedece a um plano pré-concebido, que estabelece sua forma, suas principais características e sua função, ou seja, ele possui um propósito definido, uma essência que define sua forma e utilidade, e precede a sua existência. Segundo Sartre há um ser onde essa situação se inverte, e a existência precede a essência: o ser humano. Assim, seria o próprio homem o definidor de sua essência. De acordo com Sartre, a expressão "a existência precede a essência" pode ser interpretada como: a) O homem se constrói de acordo com sua própria história e não de acordo com uma essência abstrata e pré-determinada. b) A existência humana depende do plano que Deus determina a cada um. c) A essência é mais importante que a existência. d) O homem não tem existência livre, pois ela sempre é precedida da essência. e) A liberdade não participa do contexto da existência do homem, porque ele segue as determinações da essência. 43. (Unioeste 2009) Jean-Paul Sartre é um dos filósofos mais representativos do Existencialismo, com sua defesa incondicional da liberdade e do sentido ético da existência do ser humano. Assinale a alternativa que não corresponde à concepção de liberdade deste filósofo. a) Sartre afirma que há uma esfera objetiva de valores absolutos que determinam a liberdade. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 11 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 12/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX b) A existência precede a essência é o princípio fundamental do existencialismo sartreano. c) O ser humano é absolutamente responsável pelas suas escolhas por ser “liberdade enquanto tal” (Sartre). d) A angústia é o sentimento que surge no ser humano por ter de fazer escolhas e de ser o único responsável pelas escolhas que faz. e) O fundamento de todos os valores humanos é a liberdade, pois o significado das escolhas, em circunstâncias concretas, é a “procura da liberdade enquanto tal” (Sartre). 44. (Uel 2009) A proposta ética de Habermas não comporta conteúdos. Ela é formal. Ela apresenta um procedimento, fundamentado na racionalidade comunicativa, de resolução de pretensões normativas de validade. (DUTRA, D. J. V. Razão e consenso em Habernas. A teoria discursiva da verdade, da moral, do direito e da biotecnologia. Florianópolis: Editora da UFSC. 2005, p. 158.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a obra de Habermas, é correto afirmar que, na Ética do Discurso, a) o processo de justificação das normas morais e o procedimento de deliberação das pretensões de validade de correção normativa são falíveis. b) o formalismo da ética habermasiana é idêntico ao formalismo presente nas éticas de Kant e Bentham, pois desconsidera o que resulta concretamente das normas morais. c) o modelo monológico da ética kantiana é reformulado na perspectiva de uma comunidade discursiva na qual os participantes analisam as pretensões de validade tendo como critério a força do melhor argumento. d) o puro respeito à lei é considerado por Habermas como o critério fundamental para conferir moralidade à ação, restando excluídos do debate da ética discursiva os desejos e as necessidades manifestados pelos indivíduos. e) o princípio “U” possibilita que sejam acatadas normas que não estejam sintonizadas com uma vontade universal, coadunando, dessa forma, particularismo e universalismo ético. 45. (Ufpa 2009) Na contemporaneidade, uma das mais marcantes concepções acerca das possibilidades da ação moral vincula-se à ideia de uma razão comunicativa. Sobre essa ideia, julgue as afirmações abaixo: I. A razão comunicativa permanece presa aos condicionantes da razão prática moderna, isto é, aos agentes considerados individual ou coletivamente. II. O que propicia a razão comunicativa é a mediação linguística, por meio da qual as relações entre os sujeitos ocorrem e o modo de vida contemporâneo se estrutura. III. A razão comunicativa somente pode ser entendida como uma capacidade subjetiva, capaz de dizer aos agentes o que devem realizar. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões): a) apenas a I b) apenas a II c) I e II d) II e III e) I e III 46. (Pucpr 2009) O indivíduo é sem dúvida o átomo fictício de uma representação “ideológica” da sociedade; mas é também uma realidade fabricada por essa tecnologia específica de poder que se chama “disciplina”. Fonte: Foucault, Vigiar e punir, p.161. Assinale as alternativas corretas. I. Foucault quer afirmar que os indivíduos, nesse modelo de sociedade, são constituídos como efeitos da atuação de estratégias de poder correlatas a técnicas de saber. II. Para Foucault, o poder fundamentalmente reprime, recalca, censura, mascara, anulando os desejos individuais. III. A disciplina produz realidade, produz rituais de verdade, produz indivíduos úteis e dóceis. IV. Para Foucault, é o indivíduo que possui o poder. É ele quem dá sentido ao mundo. V. A disciplina, como estratégia privilegiada de fabricação do indivíduo e produção de verdades, existe desde a época do cristianismo primitivo. a) II, IV e V b) I e III c) II e III d) I e II e) III, IV e V 47. (Pucpr 2009) A partir do livro Vigiar e Punir, de Michel Foucault, considere as seguintes afirmações a respeito da disciplina: I. Ela é exercida de diferentes formas e tem como finalidade única a habilidade do corpo. II. Ela pode ser entendida como a estratégia empregada para o controle minucioso das Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 12 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 13/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX operações do corpo, sendo seu efeito maior a constituição de um indivíduo dócil e útil. III. Ela se constitui também pelo controle do horário de execução de atividades, em que o tempo medido e pago deve ser sem defeito e, em seu transcurso, o corpo deve ficar aplicado a seu exercício. De acordo com as afirmações acima, podemos dizer que: a) Todas as afirmações estão corretas. b) A afirmação I está incorreta. c) Apenas a afirmação III está correta. d) As alternativas II e III estão incorretas. e) Apenas a afirmação II está correta. 48. (Pucpr 2009) “O sucesso do poder disciplinar se deve sem dúvida ao uso de instrumentos simples: o olhar hierárquico, a sanção normalizadora e sua combinação num procedimento que lhe é específico, o exame.” Fonte: Foucault, Vigiar e punir, p. 143. I. Vigiar, muito mais que aplicar um olhar constante sobre o indivíduo, significa dispô-lo numa estrutura arquitetural e impessoal, na qual ele se sinta vigiado. II. Punir é o único objetivo da disciplina. III. Punir primeiramente tem a finalidade de uma ortopedia moral, de normalização, não somente de um comportamento, mas do conjunto da existência humana, seja obstaculizando a virtualidade de um comportamento perigoso mediante o uso de pequenas correções, seja incentivando condutas desejáveis a partir de recompensas e vantagens. IV. O exame atua numa ampla rede de instituições psiquiátricas, pedagógicas e médicas, classificando as condutas em termos de normalidade e anormalidade. V. Para Foucault, as ciências que tomaram o homem como objeto de saber, a partir do final do século XVIII, não têm nada a ver com a vigilância, a normalização e o exame disciplinares. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s): a) II e V b) II e IV c) I e IId) III, IV e V e) I, III e IV 49. (Pucpr 2009) Michel Foucault, em Vigiar e Punir, apresenta duas imagens de disciplina: a disciplina-bloco e a disciplina-mecanismo. Para mostrar como esses dois modelos se desenvolveram, o autor destaca dois casos: o medieval da peste e o moderno do panóptico. Assinale, portanto, a alternativa incorreta: a) A disciplina-bloco se estabeleceu com o esquema moderno do panóptico, uma vez que a disciplina mecanismo, desenvolvida no período medieval para resolver o problema da peste, estava em falência. b) A disciplina-bloco se refere à instituição fechada, totalmente voltada para funções negativas, proibitivas e impeditivas. c) A disciplina-mecanismo é um dispositivo funcional que visa otimizar e tornar mais rápido o exercício do poder, mediante o modelo panóptico. d) É possível dizer que houve um processo de mudança da disciplina-bloco para a disciplina mecanismo, passando pelas etapas de inversão funcional das disciplinas, ramificação dos mecanismos e estatização dos mecanismos disciplinares. e) A disciplina-mecanismo tem como estratégia a vigilância múltipla, inter-relacionada e contínua, pela qual o indivíduo deve saber que é vigiado e, por consequência, o poder se exerce automaticamente. 50. (Ufpa) Desde Platão se discute a função sociocultural da arte, o que confere à sua autonomia uma certa relatividade. Recentemente, com a Escola de Frankfurt, cunhou-se para a determinação social da arte termos como “indústria cultural” e “cultura de massa”, porque, como diz Theodor Adorno, no regime econômico capitalista sacrifica-se “o que fazia a diferença entre a lógica da obra [de arte] e a do sistema social.” Com relação à interpretação de Adorno sobre a função social da arte no regime capitalista, considere as afirmativas abaixo: I. Na sociedade capitalista, o desenvolvimento técnico-industrial conduziu à padronização do gosto em beneficio do mercado. II. Não há gozo da arte, na sociedade liberal, se a criação for massificada. III. Ao sacrificar a lógica da obra às determinações do sistema, o artista está garantindo não só seu lucro como a própria sobrevivência da arte, já que a nossa economia é capitalista. IV. Com a indústria cultural, ocorre a perda completa da ideia de autonomia da arte. V. Adorno não concorda com Platão quanto à ideia de que a experiência estética, como acontece hoje em dia, necessita de um nexo funcional para cumprir seu papel na vida social e política do homem. Estão corretas as afirmativas: a) I e II b) II e V c) I e IV d) II, III, V e) I, III, IV e V Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 13 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 14/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX 51. (Ufu) “(...) não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim, não teremos nem atrás de nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz”. SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. 3ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 9. Tomando o texto acima como referência, assinale a alternativa correta. a) Sartre afirma que o homem está condenado a ser livre e que, por esta razão, deve ser responsável por tudo o que acontece ao seu redor. b) Sartre considera que o homem não é responsável por seus atos, “porque não se criou a si mesmo”, sendo, por esta razão, totalmente livre. c) Ao dizer que “(...) não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta”, Sartre defende que o existencialismo não admite qualquer valor, nem a liberdade. d) O existencialismo de Sartre defende a tese da absoluta responsabilidade do homem em relação aos atos que pratica, porque sua moral parte do princípio de uma liberdade coerente e comprometida com o bem comum. 52. (Uel) “Desde o final do século XIX, impõe-se cada vez com mais força a outra tendência evolutiva que caracteriza o capitalismo tardio: a cientificação da técnica. No capitalismo sempre se registrou a pressão institucional para intensificar a produtividade do trabalho por meio da introdução de novas técnicas. As inovações dependiam, porém, de inventos esporádicos que, por seu lado, podiam sem dúvida ser induzidos economicamente, mas tinham ainda um caráter natural. Isso modificou-se, na medida em que a evolução técnica é realimentada com o progresso das ciências modernas. Com a investigação industrial de grande estilo, a ciência, a técnica e a revalorização do capital confluem num mesmo sistema. Entretanto, a investigação industrial associa-se a uma investigação nascida dos encargos do Estado, que fomenta em primeiro lugar o progresso científico e técnico no campo militar. Daí as informações refluem para as esferas da produção civil de bens.” (HABERMAS, Jürgen. Técnica e ciência como ideologia. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1987. p. 72.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o capitalismo tardio, considere as afirmativas a seguir. I. A espontaneidade e naturalidade dos inventos esporádicos bloquearam a produtividade no capitalismo. II. No capitalismo tardio, há uma junção sistêmica entre a técnica, a ciência e a revalorização do capital. III. No interior do capitalismo tardio, a técnica e a ciência são independentes e se desenvolvem em sentidos opostos. IV. A produção civil de bens se apropria das informações geradas pela investigação industrial no campo militar. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 53. (Ufu) “Gostaria de defender, aqui, o existencialismo de uma série de críticas que lhe foram feitas. Em primeiro lugar, acusaram-no de incitar as pessoas e permanecer no imobilismo do desespero; todos os caminhos estando vetados, seria necessário concluir que a ação é totalmente impossível neste mundo; tal consideração desembocaria, portanto, numa filosofia contemplativa.” SARTE, Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo. Tradução de Rita C. Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Col. Os Pensadores. Tomando o texto acima como referência, assinale a alternativa correta. a) Sartre considera que classificar a sua filosofia como contemplativa é um equívoco grosseiro. Ao contrário do que pensam os marxistas, Sartre tenta definir o seu existencialismo como uma filosofia da ação livre e subjetiva. b) Sartre afirma que o existencialismo é uma filosofia contemplativa porque o homem é, de fato, um ser que vive constantemente tentando definir a essência de sua vida antes de determinar a sua existência. c) A crítica mencionada acima é feita pelos pensadores de orientação cristã e, portanto, é uma crítica admitida por Sartre. d) Sartre afirma que a ação é “totalmente impossível neste mundo” porque o homem, um ser angustiado por natureza, nunca consegue agir de forma livre e independente. 54. (Uel) Analise a figura a seguir. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 14 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 15/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX “Parece que enquanto o conhecimento técnico expande o horizonte da atividade e do pensamento humanos, a autonomia do homem enquanto indivíduo, a sua capacidade de opor resistência ao crescente mecanismo de manipulação das massas, o seu poder de imaginação e o seu juízo independente sofreram aparentemente uma redução. O avanço dos recursos técnicos de informação se acompanha de um processo de desumanização. Assim, o progresso ameaça anular o que se supõe ser o seu próprio objetivo:a ideia de homem”. (HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. Trad. de Sebastião Uchôa Leite. Rio de Janeiro: Editorial Labor do Brasil, 1976. p. 6.) Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos sobre racionalidade instrumental, é correto afirmar: a) A imagem de Chaplin está de acordo com a crítica de Horkheimer: ao invés de o progresso e da técnica servirem ao homem, este se torna cada vez mais escravo dos mecanismos criados para tornar a sua vida melhor e mais livre. b) A imagem e o texto remetem à ideia de que o desenvolvimento tecnológico e o extraordinário progresso permitiram ao homem atingir a autonomia plena. c) Imagem e texto apresentam o conceito de racionalidade que está na estrutura da sociedade industrial como viabilizador da emancipação do homem em relação a todas as formas de opressão. d) Enquanto a imagem de Chaplin apresenta a autonomia dos trabalhadores nas sociedades contemporâneas, o texto de Horkheimer mostra que, quanto maior o desenvolvimento tecnológico, maior o grau de humanização. e) Tanto a imagem quanto o texto enaltecem a inevitável instrumentalização das relações humanas nas sociedades contemporâneas. 55. (Ufu) Liberdade, para Jean-Paul Sartre (1905-1980), seria assim definida: a) o estar sob o jugo do todo para agir em conformidade consigo mesmo, instaurando leis e normas necessárias para os indivíduos. b) circunstâncias que nos determinam e nos impedem de fazer escolhas de outro modo. c) conformação às situações que encontramos no mundo e que nos determinam. d) escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. “Estamos condenados à liberdade”, segundo o autor. 56. (Ufu) Para Sartre (1905-1980) o homem a todo momento está escolhendo o caminho a seguir em sua existência, e esta escolha tem valor porque é feita entre outras inúmeras possibilidades; esta situação é de angústia, mas, uma vez feita a escolha, a angústia passa a ser a autonomia do querer. A situação existencialista da escolha, tal como foi descrita, implica a) a má fé do homem, pois a escolha é feita somente para satisfação de si mesmo. b) a responsabilidade do homem, pois ele é sempre o autor da escolha feita. c) a falsa consciência, que desconhece a autonomia e aceita aquilo que fazem de si. d) a natureza humana imutável do indivíduo, que é a certeza da liberdade espiritual. 57. (Ufu) Jean-Paul Sartre, (1905-1980), afirma que “estamos condenados à liberdade”. Sendo assim, afirma a) que a liberdade é o poder do todo para agir em conformidade consigo mesmo, instaurando leis e normas necessárias para os indivíduos. b) que estamos sob o poder de forças externas mais poderosas que nossas vontades, que nos obrigam a ser livres. c) que a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. d) que a liberdade é resignar-se ou conformar-se às situações, que encontramos no mundo e que nos determina. 58. (Ufu) Sartre fundou um existencialismo ateu. Para este filósofo, não há um Deus que cria o homem e ordena-lhe a vida segundo um fim prévio. Sobre o existencialismo de Sartre as afirmativas abaixo são corretas, exceto a) a liberdade do homem só poderá efetivar-se plenamente no âmbito da sociedade burguesa que defende a livre iniciativa e o papel mínimo do Estado. b) o homem é o único ser que é ser para si, isto quer dizer que ele é o seu próprio projeto. c) a má fé resulta da fuga da experiência da angústia de ter sempre que escolher. d) os valores que estruturam a existência humana não são obrigações metafísicas individuais e nem imposições da tradição; cabe apenas ao homem criá-las. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 15 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 16/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX Gabarito: Resposta da questão 1: [C] A partir do conhecimento da filosofia frankfurtiana e da leitura do texto da questão, o aluno deve identificar o conceito de indústria cultural, que vincula a produção de bens culturais à uma lógica mercadológica, o que retira qualquer caráter crítico e emancipatório do produto final. Para o autor, esses fatores constituem uma violência uma vez que o modo de produção capitalista implica a exploração do trabalhador que produz os bens culturais e, concomitantemente, a massificação de produtos ideológicos, que mascaram a exploração sofrida pelas massas, impondo uma mentalidade passiva. Resposta da questão 2: [D] A partir da leitura do texto, o aluno deve identificar que, para Walter Benjamin, o fascismo nega a luta de classes uma vez que não propõe mudanças estruturais nas relações de propriedade. Nesse sentido, o fascismo, para ele, reduz a organização das massas à sua expressão na sociedade a partir de elementos estéticos, levando a um processo de estetização. Com efeito, o aluno deve identificar a alternativa [D] como a única correta. Resposta da questão 3: [C] De acordo com Michel Foucault, o sujeito é resultado de processos e de relações de poder que variam ao longo da história e do contexto social, sendo, por isso, contingenciais, arbitrárias e transitórias. Resposta da questão 4: [A] A partir da caracterização do que Foucault chama de “dispositivos”, apresentada pelo texto da questão, o aluno deve identificar que, tanto as instituições citadas pelos itens [I] e [II] (prisões, manicômios, escolas, igrejas e fábricas), quanto os instrumentos de observação e comunicação citados pelo item [III], exercem, em algum grau, influência sobre o comportamento dos indivíduos. Na medida em que têm “a capacidade de capturar, orientar, determinar, interceptar, modelar, controlar e assegurar os gestos, as condutas, as opiniões e os discursos dos seres viventes”, todos os itens descrevem um tipo de “dispositivo”. Resposta da questão 5: [A] O pensamento filosófico existencialista sartreano tem como fundamento central que a compreensão da vida dos indivíduos se dá a partir da condição da existência humana. Com efeito, para os pensadores dessa vertente filosófica, a existência precede a essência, o que leva à uma perspectiva da existência humana que independe de qualquer definição preexistente do indivíduo. Assim, para Sartre, a essência humana se constrói a partir das escolhas que, dentro da sua liberdade, o indivíduo realiza. Nesse sentido, o sujeito seria um projeto de ser, haja vista que não existiria uma natureza ou essência humana, mas sim a ação dos homens sobre a construção de si mesmos a partir do seu livre arbítrio. Resposta da questão 6: [A] O pensamento filosófico existencialista tem como fundamento central que a compreensão da vida dos indivíduos se dá a partir da condição da existência humana, de modo que, para os existencialistas, a existência precede a essência, o que leva à uma perspectiva da existência humana independente de qualquer definição preexistente sobre o indivíduo. Com efeito, na concepção existencialista, a essência humana se constrói a partir das escolhas que, dentro da sua liberdade, o indivíduo realiza. Nesse sentido, o sujeito seria um projeto de ser, haja vista que não existiria uma natureza ou essência humana, mas sim a ação dos homens sobre a construção do ser no seu livre arbítrio. Resposta da questão 7: [D] Para Sartre, representante do existencialismo, a existência precede a essência, ou seja, o indivíduo, assim como a realidade e o conhecimento, primeiramente existe e posteriormente se realiza por suas ações concretas e pela forma que conduz a sua existência. Assim, segundo Sartre, o indivíduo é condenado à liberdade de suas escolhas e à efetivar a sua existência através delas, pensamento que vai de encontro à metafísica essencialista, segundo a qual os objetos e o homem possuiriam duas realidades: uma exterior, caracterizada pela matéria física, e uma interior, onde encontraria-sea essência, enquanto para Sartre essas realidades se equivalem. Resposta da questão 8: [D] O texto apresenta uma concepção da atividade filosófica que se caracteriza por uma postura permanentemente crítica em relação à qualquer conhecimento e pela fundamentação racional da investigação intelectual. Assim, a prática filosófica abrangeria a dúvida constante, ou seja, o questionamento de qualquer saber que se pretenda absoluto, em conjunto com a investigação racional da realidade. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 16 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 17/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX Resposta da questão 9: [C] Ao pensar o indivíduo humano, Sartre, e os existencialistas de modo geral, o entendem como um projeto de ser, uma vez que construiria, a partir do exercício da sua liberdade inerente, a si mesmo, por meio de suas escolhas. Assim, não existiria uma predefinição ou uma “natureza” precedente à existência humana, mas, ao contrário, a construção da essência a partir da existência humana, ideia expressa pela alternativa [C]. Resposta da questão 10: [C] O conceito de pseudoindividuação proposto por Adorno no texto expressa a concepção de que a produção cultural de massa é apresentada, de forma ilusória, como gosto individual e livre escolha, criando a falsa ideia de autonomia no consumo de produtos culturais. Assim, o caráter de controle da indústria cultural sobre o indivíduo seria ideologicamente camuflado, de forma a evitar a resistência. Resposta da questão 11: [A] O texto reflete a percepção dos pensadores do movimento filosófico da Escola de Frankfurt, do qual Walter Benjamin é um dos mais importantes representantes, acerca do modo como as estruturas capitalistas manipulam a produção cultural, a fim de dominar a produção do pensamento social. A Teoria Crítica, a partir da qual Walter Benjamin analisa a propaganda, destaca o caráter espetacularizado que os objetos assumem, o que dificulta a análise autônoma e objetiva do que é exibido, levando à uma percepção ilusória das imagens. Uma possível dúvida poderia surgir a partir da proposta da alternativa [B], no entanto, o que dificulta a prática do pensamento crítico não é o avanço tecnológico em si, mas a apresentação dessa tecnologia de forma distorcida em relação à realidade. Resposta da questão 12: [E] Para Foucault, as formas de poderes existentes na sociedade impõem modificações nos modos de agir dos indivíduos, a partir da coação de seus corpos, transformando-os em corpos úteis e passíveis de sujeição. Desse modo, incorporam-se características disciplinadoras nos corpos através do controle e do adestramento que mede, corrigi e hierarquiza corpos em um processo que modela indivíduos. Resposta da questão 13: [C] Foucault entende o poder não como um objeto natural, mas uma prática social expressa por um conjunto de relações. Temos que pensar o poder não como uma "coisa" que uns tem e outros não, como, por exemplo, o pai e o filho, o rei e seus súditos, o presidente e seus governados, etc., mas como uma relação que se exerce, que opera entre os pares: o filho que negocia com o pai, os súditos que reivindicam ao rei, os governados que usam dispositivos legais para fiscalizar o presidente, etc. Deste ponto de vista, poder não se restringe ao governo, mas espalha-se pela sociedade em um conjunto de práticas, a maioria delas essencial à manutenção do Estado. O poder é uma espécie de rede formada por mecanismos e dispositivos que se espraiam por todo cotidiano - uma rede da qual ninguém pode escapar. Ele molda nossos comportamentos, atitudes e discursos. Compreender o Estado como portador do poder é um equívoco, pois além de ser dispendioso, o poder externo não é capaz de dar conta dos corpos individuais, este poder não permeia a vida e não é capaz de controlar os indivíduos. Os micro poderes atuam de forma capilar e moldam por meio dos instrumentos do Estado as reações, domesticando os indivíduos, hierarquizando- os, normatizando comportamentos em suas relações. Isto ocorre desde as relações mais simples até as relações mais complexas, criando condições para estabelecer uma disciplina social ampla. Resposta da questão 14: [B] Sartre se apropria do cogito cartesiano considerando que esse é o ponto de partida subjetivo para a filosofia. A partir dessa descoberta de si, o homem pode descobrir o outro, em uma relação de intersubjetividade. Dessa forma, podemos dizer que somente a alternativa [B] está correta. Resposta da questão 15: [C] A alternativa [C] é justamente o inverso do que defende Sartre. Segundo ele, a existência precede a essência e não há nada que define o homem de maneira a priori. Resposta da questão 16: [B] O existencialismo de Jean-Paul Sartre afirma que o homem primeiro existe e depois se define. Isso significa dizer que não há uma natureza humana que determina o que ele deve ou não deve ser. O próprio homem que deve ser responsável por si. Sendo assim, somente a alternativa [B] está correta. Resposta da questão 17: [D] A angústia é uma consequência da responsabilidade do homem em seu estado de inalienável liberdade. O homem nasce como um ser condenado a ser livre e, portanto, responsável por tudo o que faz e escolhe, tanto em relação a si, quanto em relação à humanidade. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 17 de 22 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 18/22 Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX Resposta da questão 18: [D] Platão foi um filósofo da Grécia Clássica, Tomás de Aquino um filósofo da Patrística e Tobias Barreto foi um intelectual brasileiro do século XIX. Todos os outros filósofos citados nas alternativas são pertencentes à Escola de Frankfurt. Resposta da questão 19: [B] Walter Benjamin foi um dos filósofos que, juntamente com Theodor Adorno, Max Horkheimer e Jürgen Habermas, tornou a Escola de Frankfurt mundialmente famosa pela sua Teoria Crítica e pelas contribuições à Filosofia e às Ciências Humanas. Resposta da questão 20: [B] Duas frases sintetizam o pensamento de Sartre: “A existência precede a essência” e “o homem está condenado a ser livre”. Essas duas frases relacionam-se justamente com as duas alternativas corretas: a primeira e a quarta. Resposta da questão 21: [D] A única citação que diz respeito ao existencialismo de Sartre é a [D]. Ali está uma explicação que Sartre faz em O existencialismo é um humanismo sobre o que significa considerar que a existência precede a essência. Resposta da questão 22: [A] A transcendência, para Sartre, não está relacionada ao divino. Ela corresponde ao movimento da consciência para fora de si, no sentido da superação do Homem. Sendo assim, somente a alternativa [A] está correta. Resposta da questão 23: [D] Se o homem fosse um ser cheio, total e pleno, como uma essência definida, ele não poderia ter nem consciência por estar ser um espaço aberto a múltiplos conteúdos, nem liberdade uma vez que representa a possibilidade de escolha e por intermédio desta, o homem constrói a si mesmo e torna-se responsável pelo que faz, portanto, condenado a ser livre. Para Sartre, se o homem não expressasse esse “vazio de ser”, sua consciência já estaria pronta, acabada, definida e fechada e neste caso, jamais poderia expressar sua liberdade, pois estaria preso à realidade estática do ser pleno, do ser-em-si. Por isso, não podemos falar em Sartre de uma existência cuja natureza humana é previamente determinada, porque não criou a si mesmo (“Estamos sós, sem desculpas”), assim, um dos valores fundamentais da condição humana, é segundo o próprio Sartre, a liberdade e é exercendo-a em situações concretas que o homem se move e conhece a incerteza cuja produção dos sentidos o impulsiona a ultrapassar certos limites. Sartre nos diz: “A liberdade é o fundamento de todos
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