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filo no seculo xx

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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
1. (Uece 2019) Rodrigo Duarte, um destacado 
intérprete da Escola de Frankfurt no Brasil, afirma que,
na indústria cultural, “encontram-se embutidos atos 
de violência, oriundos do comprometimento tanto 
econômico quanto ideológico da indústria cultural 
com o status quo: ela precisa, por um lado, lucrar, 
justificando sua posição de próspero ramo de 
negócios; por outro, ela tem de ajudar a garantir a 
adesão das massas diante da situação precária em 
que elas se encontram no capitalismo tardio”.
DUARTE, Rodrigo. Indústria Cultural: uma
introdução. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, p. 49.
Com base no texto acima, é correto afirmar que
a) a indústria cultural é descrita como a violência 
contra os trabalhadores da cultura, que têm suas 
obras exploradas pelos donos das grandes 
produtoras e distribuidoras dos bens culturais, sem
receber o devido pagamento por isso. 
b) a indústria cultural é a promoção de um discurso 
ideologicamente engajado em prol do capitalismo 
tardio, onde as massas são induzidas à 
passividade frente à exploração do seu trabalho. 
c) a violência promovida pela indústria cultural é a da 
exploração do trabalhador da cultura e, ao mesmo 
tempo, a da imposição, às massas, da ideologia da 
passividade frente à exploração capitalista. 
d) o comprometimento econômico e ideológico da 
indústria cultural se deve ao caráter espiritual das 
obras artísticas, sem qualquer vinculação com a 
base econômica capitalista em que os autores se 
situavam. 
 
2. (Uece 2019) “A crescente proletarização dos
homens de hoje e a crescente formação das massas 
são dois lados de um mesmo acontecimento. O 
fascismo procura organizar as massas proletarizadas
recém-surgidas sem tocar nas relações de 
propriedade, por cuja abolição elas pressionam. Ele vê
sua salvação em deixar as massas alcançarem a sua 
expressão (de modo algum seu direito). As massas 
possuem um direito à mudança das relações de 
propriedade; o fascismo busca dar-lhe uma expressão
conservando essas relações. O fascismo resulta, 
consequentemente, em uma estetização da vida 
política.”
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua
reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: Zouk, 2012, p.
117.
Considerando o que diz Benjamin sobre os 
efeitos sociais da reprodutibilidade técnica dos 
objetos de fruição estética, é correto afirmar que 
a) o fascismo elimina a luta de classes, pois unifica a 
todos sob uma mesma bandeira e com a mesma 
camisa, unindo a nação no amor pela pátria e seus 
símbolos, tornando a política mais bela. 
b) a luta de classes é um elemento constitutivo do 
fascismo, que cria a propriedade privada e, 
portanto, estabelece antagonismos sociais 
insuperáveis pela política. 
c) a obra de arte tecnicamente reproduzida apresenta 
uma necessária superação do fascismo, pois a 
contemplação estética popularizada conduz as 
massas para um estado de gozo apolítico. 
d) o fascismo organiza o proletariado como massa, 
mas não põe em questão sua condição de classe, 
tornando a relação social mera aparência de 
unidade, sob símbolos, cores e gritos 
estandardizados — estetização. 
 
3. (Enem 2019) Penso que não há um sujeito 
soberano, fundador, uma forma universal de sujeito 
que poderíamos encontrar em todos os lugares. 
Penso, pelo contrário, que o sujeito se constitui 
através das práticas de sujeição ou, de maneira mais 
autônoma, através de práticas de liberação, de 
liberdade, como na Antiguidade – a partir, 
obviamente, de um certo número de regras, de estilos,
que podemos encontrar no meio cultural.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética,
sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2004.
O texto aponta que a subjetivação se efetiva 
numa dimensão 
a) legal, pautada em preceitos jurídicos. 
b) racional, baseada em pressupostos lógicos. 
c) contingencial, processada em interações sociais. 
d) transcendental, efetivada em princípios religiosos. 
e) essencial, fundamentada em parâmetros 
substancialistas. 
 
4. (Uece 2019) “Generalizando posteriormente 
a já amplíssima classe dos dispositivos 
foucaultianos, chamarei literalmente de dispositivo 
qualquer coisa que tenha de algum modo a 
capacidade de capturar, orientar, determinar, 
interceptar, modelar, controlar e assegurar os gestos, 
as condutas, as opiniões e os discursos dos seres 
viventes.”
AGAMBEN, G. O que é um dispositivo? outra
travessia, Florianópolis, n. 5, p. 9-16, jan. 2005.
Considerando o excerto acima, analise as 
seguintes proposições:
I. As prisões e os manicômios se enquadram nesse 
conceito na medida em que se voltam para a 
correção e normalização de condutas consideradas 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
desviantes.
II. As escolas, as igrejas e as fábricas podem ser 
pensadas como dispositivos na medida em que se 
voltam para os corpos e os comportamentos no 
sentido do disciplinamento.
III. Os computadores, os telefones celulares, as 
câmeras de segurança se destacam como 
dispositivos, pois controlam tecnicamente os 
gestos e as condutas humanas.
É correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I e II apenas. 
c) II e III apenas. 
d) I e III apenas. 
 
5. (Upe-ssa 3 2018) Sobre a Liberdade 
Humana, analise os textos a seguir:
É o que traduzirei dizendo que o homem está 
condenado a ser livre. Condenado porque não se 
criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez 
lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto 
fizer.
(SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um
Humanismo. São Paulo: 1973, p. 15.)
Com base no pensamento filosófico de Sartre 
sobre a liberdade, assinale a alternativa CORRETA. 
a) O homem não é, senão o seu projeto, escolha e 
compromisso. 
b) O homem não está condenado à liberdade; ele tem 
escolha. 
c) O homem é livre sem escolha e sem compromisso. 
d) O homem é seu projeto responsável sem escolha. 
e) O homem é responsável e livre sem escolha. 
 
6. (Upe-ssa 2 2018) Sobre a dimensão do 
homem na perspectiva existencialista, considere o 
texto a seguir:
O homem, tal como o concebe o existencialista,
se não é definível, é porque primeiramente não é 
nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si 
próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto
que não há Deus para a conceber.
(SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um
Humanismo. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 12).
O enfoque existencialista questiona o modo de 
ser do homem. Entende esse modo de ser como o 
modo de ser-no-mundo. Na perspectiva 
existencialista, sobre o homem, assinale a alternativa 
CORRETA. 
a) É um projeto de ser. 
b) É um seguidor das escolhas dos outros. 
c) Na sua própria essencialidade e no trajeto de sua 
liberdade, não tem escolha. 
d) Tem uma natureza concebida por Deus em sua 
essência. 
e) É irresponsável por si próprio ao conceber seus 
atos. 
 
7. (Ufu 2018) Considere o seguinte trecho, 
extraído da obra A náusea, do escritor e filósofo 
francês Jean Paul Sartre (1889-1980).
"O essencial é a contingência. O que quero 
dizer é que, por definição, a existência não é a 
necessidade. Existir é simplesmente estar presente; 
os entes aparecem, deixam que os encontremos, mas
nunca podemos deduzi-los. Creio que há pessoas que
compreenderam isso. Só que tentaram superar essa 
contingência inventando um ser necessário e causa 
de si próprio. Ora, nenhum ser necessário pode 
explicar a existência: a contingência não é uma ilusão,
uma aparência que se pode dissipar; é o absoluto, por
conseguinte, a gratuidade perfeita."
SARTRE, Jean Paul. A Náusea. Rio de Janeiro,
Nova Fronteira, 1986. Tradução de Rita Braga, citado
por: MARCONDES, Danilo Marcondes. Textos Básicos
de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora,
2000.
Nesse trecho, vemos uma exemplificação ou 
uma referência ao existencialismosartriano que se 
apresenta como 
a) recusa da noção de que tudo é contingente. 
b) fundamentado no conceito de angústia, que deriva 
da consciência de que tudo é contingente. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
c) denúncia da noção de má fé, que nos leva a admitir
a existência de um ser necessário para aplacar o 
sentimento de angústia. 
d) crítica à metafísica essencialista. 
 
8. (Enem 2018) O filósofo reconhece-se pela 
posse inseparável do gosto da evidência e do sentido 
da ambiguidade. Quando se limita a suportar a 
ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre 
aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam 
construir uma filosofia absolutamente positiva, só 
conseguiram ser filósofos na medida em que, 
simultaneamente, se recusaram o direito de se 
instalar no saber absoluto. O que caracteriza o 
filósofo é o movimento que leva incessantemente do 
saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo
repouso neste movimento. 
MERLEAU-PONTY. M. Elogio da filosofia.
Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado). 
O texto apresenta um entendimento acerca dos
elementos constitutivos da atividade do filósofo, que 
se caracteriza por 
a) reunir os antagonismos das opiniões ao método 
dialético. 
b) ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das 
ideias. 
c) associar a certeza do intelecto à imutabilidade da 
verdade. 
d) conciliar o rigor da investigação à inquietude do 
questionamento. 
e) compatibilizar as estruturas do pensamento aos 
princípios fundamentais. 
 
9. (Upe-ssa 2 2017) Sobre o pensamento 
filosófico, leia o texto a seguir:
O homem apresenta-se como uma escolha a 
fazer. Muito bem. Antes do mais, ele é a sua 
existência no momento presente e está fora do 
determinismo natural; o homem não se define 
previamente a si próprio, mas em função do seu 
presente individual. Não há uma natureza humana 
que se lhe anteponha, mas é-lhe dada uma existência 
específica num dado momento. 
SARTRE, Jean Paul. O Existencialismo é um
Humanismo. 1973, p. 31.
Com base no pensamento filosófico de Sartre, 
considera-se que 
a) a essência da natureza humana precede a 
existência. 
b) a natureza humana é um substituto da condição 
humana. 
c) no homem em sua inteireza, a existência precede a 
essência. 
d) o existencialismo dá primazia ao determinismo 
natural em função do seu presente individual. 
e) o homem está fechado em si, sem ter escolha. 
 
10. (Unesp 2017) Concentração e controle, em 
nossa cultura, escondem-se em sua própria 
manifestação. Se não fossem camuflados, 
provocariam resistências. Por isso, precisa ser 
mantida a ilusão e, em certa medida, até a realidade 
de uma realização individual. Por pseudoindividuação 
entendemos o envolvimento da cultura de massas 
com uma aparência de livre-escolha. A padronização 
musical mantém os indivíduos enquadrados, por 
assim dizer, escutando por eles. A 
pseudoindividuação, por sua vez, os mantém 
enquadrados, fazendo-os esquecer que o que eles 
escutam já é sempre escutado por eles, “pré-
digerido”. 
Theodor Adorno. “Sobre música popular”. In:
Gabriel Cohn (org.). Theodor Adorno, 1986. Adaptado.
Em termos filosóficos, a pseudoindividuação é 
um conceito 
a) identificado com a autonomia do sujeito na relação
com a indústria cultural. 
b) que identifica o caráter aristocrático da cultura 
musical na sociedade de massas. 
c) que expressa o controle disfarçado dos 
consumidores no campo da cultura. 
d) aplicável somente a indivíduos governados por 
regimes políticos totalitários. 
e) relacionado à autonomia estética dos produtores 
musicais na relação com o mercado. 
 
11. (Enem PPL 2017) A crítica é uma questão 
de distância certa. O olhar hoje mais essencial, o olho 
mercantil que penetra no coração das coisas, chama-
se propaganda. Esta arrasa o espaço livre da 
contemplação e aproxima tanto as coisas, coloca-as 
tão debaixo do nariz quanto o automóvel que sai da 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo em 
direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não 
oferece móveis e fachadas a uma observação crítica 
completa, mas dá apenas a sua espetacular, rígida e 
repentina proximidade, também a propaganda 
autêntica transporta as coisas para primeiro plano e 
tem um ritmo que corresponde ao de um bom filme.
BENJAMIN, W. Rua de mão única: infância
berlinense – 1900. Belo Horizonte: Autêntica, 2013
(adaptado).
O texto apresenta um entendimento do filósofo 
Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda 
dificulta o procedimento de análise crítica em virtude 
do(a) 
a) caráter ilusório das imagens. 
b) evolução constante da tecnologia. 
c) aspecto efêmero dos acontecimentos. 
d) conteúdo objetivo das informações. 
e) natureza emancipadora das opiniões. 
 
12. (Enem (Libras) 2017) O momento histórico 
das disciplinas é o momento em que nasce uma arte 
do corpo humano, que visa não unicamente o 
aumento das suas habilidades, nem tampouco 
aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma 
relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais
obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma-
se então uma política das coerções, que são um 
trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada 
de seus elementos, de seus gestos, de seus 
comportamentos.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da
violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1987.
Na perspectiva de Michel Foucault, o processo 
mencionado resulta em 
a) declínio cultural. 
b) segregação racial. 
c) redução da hierarquia. 
d) totalitarismo dos governos. 
e) modelagem dos indivíduos. 
 
13. (Uema 2015) Gilberto Cotrim (2006. p. 
212), ao tratar da pós-modernidade, comenta as 
ideias de Michel Foucault, nas quais “[...] as 
sociedades modernas apresentam uma nova 
organização do poder que se desenvolveu a partir do 
século XVIII. Nessa nova organização, o poder não se 
concentra apenas no setor político e nas suas formas 
de repressão, pois está disseminado pelos vários 
âmbitos da vida social [...] [e] o poder fragmentou-se 
em micropoderes e tornou-se muito mais eficaz. 
Assim, em vez de se deter apenas no macropoder 
concentrado no Estado, [os] micropoderes se 
espalham pelas mais diversas instituições da vida 
social. Isto é, os poderes exercidos por uma rede 
imensa de pessoas, por exemplo: os pais, os 
porteiros, os enfermeiros, os professores, as 
secretarias, os guardas, os fiscais etc.”
Fonte: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da
Filosofia: história e grandes temas. São Paulo:
Saraiva, 2006. (adaptado) 
Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as 
ideias de Foucault, a principal função dos 
micropoderes no corpo social é interiorizar e fazer 
cumprir 
a) o ideal de igualdade entre os homens. 
b) o total direito político de acordo com as etnias. 
c) as normas estabelecidas pela disciplina social. 
d) a repressão exercida pelos menos instruídos. 
e) o ideal de liberdade individual. 
 
14. (Ufsj 2012) “Subjetividade” e 
“intersubjetividade” são conceitos com os quais 
Sartre pontua o seu existencialismo. Nesse contexto, 
tais conceitos revelam que 
a) o cogito cartesiano desabou sobre o 
existencialismo na mesma proporção com que a 
virtu socrática precipitou-se sobre o materialismo 
dialético do século XX. 
b) “Penso, logo existo” deve ser o ponto de partida de 
qualquer filosofia. Tal subjetividade faz com que o 
Homem não seja visto como objeto, o que lhe 
confere verdadeira dignidade. A descoberta de si 
mesmo o leva, necessariamente, à descoberta do 
outro, implicando uma intersubjetividade. 
c) o Homem é dado, é unidade, é união e é 
intersubjetividade; portanto, a sua existência é 
agregadora e desapegada da tão apregoada 
subjetividadeclássica, por isso mesmo tão crucial 
para Sartre. 
d) não há um só lampejo de subjetividade que não 
tenha se reinaugurado na intersubjetividade, isto é, 
na idealidade que instrui as prerrogativas para se 
instalarem as escolhas do sujeito, definindo-o. 
 
15. (Unioeste 2012) “O que significa aqui o 
dizer-se que a existência precede a essência? 
Significa que o homem
primeiramente existe, se descobre, surge no 
mundo; e que só depois se define. O homem, tal como
o concebe o existencialista, se não é definível, é 
porque primeiramente não é nada. Só depois será 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. (...) O 
homem é, não apenas como ele se concebe, mas 
como ele quer que seja, como ele se concebe depois 
da existência, como ele se deseja após este impulso 
para a existência; o homem não é mais que o que ele 
faz. (...) Assim, o primeiro esforço do existencialismo 
é o de por todo o homem no domínio do que ele é e 
de lhe atribuir a total responsabilidade de sua 
existência. (...) Quando dizemos que o homem se 
escolhe a si, queremos dizer que cada um de nós se 
escolhe a si próprio; mas com isso queremos também
dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe 
todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos 
um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, 
não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem 
como julgamos que deve ser”.
Sartre.
Considerando a concepção existencialista de 
Sartre e o texto acima, é incorreto afirmar que 
a) o homem é um projeto que se vive subjetivamente. 
b) o homem é um ser totalmente responsável por sua 
existência. 
c) por haver uma natureza humana determinada, no 
homem a essência precede a existência. 
d) o homem é o que se lança para o futuro e que é 
consciente deste projetar-se no futuro. 
e) em suas escolhas, o homem é responsável por si 
próprio e por todos os homens, porque, em seus 
atos, cria uma imagem do homem como julgamos 
que deve ser. 
 
16. (Ufsj 2012) Sobre a interferência de Jean-
Paul Sartre na filosofia do século XX, é CORRETO 
afirmar que ele 
a) reconhece a importância de Diderot, Voltaire e Kant
e repercute a interferência positiva destes na noção
de que cada homem é um exemplo particular no 
universo. 
b) faz a inversão da noção essencialista ao apregoar 
que o Homem primeiramente existe, se descobre, 
surge no mundo e só após isso se define. Assim, 
não há natureza humana, pois não há Deus para 
concebê-la. 
c) inaugura uma nova ordem político-social, segundo 
a qual o Homem nada mais é do que um projeto 
que se lança numa natureza essencialmente 
humana. 
d) diz que ser ateu é mais coerente apesar de 
reconhecer no Homem uma virtu que o filia, 
definitivamente, a uma consciência a priori infinita. 
 
17. (Ufsj 2012) A angústia, para Jean-Paul 
Sartre, é 
a) tudo o que a influência de Shopenhauer determina 
em Sartre: a certeza da morte. O Homem pode ser 
livre para fazer suas escolhas, mas não tem como 
se livrar da decrepitude e do fim. 
b) a nadificação de nossos projetos e a certeza de 
que a relação Homem X natureza humana é 
circunstancial, objetiva, e pode ser superada pelo 
simples ato de se fazer uma escolha. 
c) a certificação de que toda a experiência humana é 
idealmente sensorial, objetivamente existencial e 
determinante para a vida e para a morte do Homem
em si mesmo e em sua humanidade. 
d) consequência da responsabilidade que o Homem 
tem sobre aquilo que ele é, sobre a sua liberdade, 
sobre as escolhas que faz, tanto de si como do 
outro e da humanidade, por extensão. 
 
18. (Unimontes 2012) A Escola de Frankfurt foi
fundada em 1923, sob o nome de Instituto para a 
Pesquisa Social. Marque a alternativa que contempla 
os principais pensadores da Escola de Frankfurt. 
a) Theodor Adorno, Platão, Herbert Marcuse e Walter 
Benjamin. 
b) Tomás de Aquino, Marx Horkheimer, Herbert 
Marcuse e Walter Benjamin. 
c) Theodor Adorno, Marx Horkheimer, Herbert 
Marcuse e Tobias Barreto. 
d) Theodor Adorno, Marx Horkheimer, Herbert 
Marcuse e Walter Benjamin. 
 
19. (Unimontes 2012) Considerado o inventor 
da crítica moderna, Walter Benjamin teve uma vida 
atribulada, marcada por dificuldades pessoais e 
trágicas circunstâncias políticas. Colaborou e 
participou de movimentos importantes, entre eles, a 
União Livre dos Estudantes. Unindo-se a outros 
pensadores por amizade, deu início, em 1930, a um 
grupo de pesquisa que ficou conhecido 
mundialmente. Com qual nome ficou conhecido o 
grupo a que pertenceu Walter Benjamin? 
a) Escola de Viena. 
b) Escola de Frankfurt. 
c) Escola de Marburgo. 
d) Escola Eleata. 
 
20. (Unioeste 2011) “Só pelo fato de que tenho 
consciência dos motivos que solicitam minha ação, 
esses motivos já são objetos transcendentes para 
minha consciência, estão fora; em vão buscaria 
agarrar-me a eles, escapo disto por minha existência 
mesma. Estou condenado a existir para sempre além 
de minha essência, além dos móveis e dos motivos 
de meu ato: estou condenado a ser livre. Isto significa
que não se poderia encontrar para a minha liberdade 
outros limites senão ela mesma, ou, se se prefere, não
somos livres de cessar de ser livres. (...) O sentido 
profundo do determinismo é o de estabelecer em nós 
uma continuidade sem falha da existência em si. (...) 
Mas em vez de ver transcendências postas e 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
mantidas no seu ser por minha própria 
transcendência, supor-se-á que as encontro surgindo 
no mundo: elas vêm de Deus, da natureza, da ‘minha’ 
natureza, da sociedade. (...) Essas tentativas 
abortadas para sufocar a liberdade – elas 
desmoronam quando surge, de repente, a angústia 
diante da liberdade – mostram bastante que a 
liberdade coincide no fundo com o nada que está no 
coração do homem”.
Sartre.
Com base no texto, seguem as seguintes 
afirmativas:
I. No homem, a existência precede a essência.
II. Em sua essência, o homem é um ser determinado 
quer seja, ou por Deus, ou pela natureza, ou pela 
sociedade.
III. Os limites da minha liberdade são estabelecidos 
pelos valores religiosos, estéticos, políticos e 
sociais.
IV. “O homem não está livre de ser livre”, pois 
não é possível “cessar de ser livre”.
V. A liberdade humana, em suas escolhas, se 
orienta por valores objetivos e pré-determinados.
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas II está correta. 
b) Apenas I e IV estão corretas. 
c) Apenas II e IV estão corretas. 
d) Apenas III e V estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
21. (Ufsj 2011) Sartre define o entendimento 
de que a existência precede a essência como: 
a) “a compreensão de que o inferno são os outros e 
de que, assim, o Homem que se alcança 
diretamente pelo cogito descobre também todos 
os outros homens”. 
b) “a compreensão dos conceitos de angústia, 
descompasso, má fé e desespero”. 
c) “que na verdade, para o existencialista, não existe 
amor essencial, senão aquele que se constrói na 
perspectiva da escolástica”. 
d) “o significado de que o Homem existe, encontra a 
si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se 
define”. 
 
22. (Ufsj 2011) No debate do problema acerca 
do significado de transcendência, é CORRETO afirmar 
que, para Sartre, ela: 
a) “é um elemento constitutivo do Homem que se dá 
no sentido de superação”. 
b) “ocorre no campo da estética e da faculdade do 
juízo”. 
c) “é compreendida no âmbito do sentido em que 
Deus é transcendente”. 
d) “permite aos homens se aproximarem dos 
aspectos teológicos e teologais inerentes à 
existência humana”. 
 
23. (Ufu 2011) Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) 
encontrou um motivo de reflexão sobre a liberdadena
obra de Dostoiévski Os irmãos Karamazov: “se Deus 
não existe, tudo é permitido”. A partir daí teceu 
considerações sobre esse tema e algumas 
consequências que dele podem ser derivadas.
[...] tudo é permitido se Deus não existe e, por 
conseguinte, o homem está desamparado porque não
encontra nele próprio nem fora dele nada a que se 
agarrar. Para começar, não encontra desculpas. [...] 
Estamos sós, sem desculpas. É o que posso 
expressar dizendo que o homem está condenado a 
ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo,
e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado 
no mundo, é responsável por tudo o que faz.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um
humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 9
(coleção “Os Pensadores”).
Com base em seus conhecimentos sobre a 
filosofia existencialista de Sartre e nas informações 
acima, assinale a alternativa correta. 
a) Porque entende que somos livres, Sartre defendeu 
uma filosofia não engajada, isto é, uma filosofia 
que não deve se importar com os acontecimentos 
sociais e políticos de seu tempo. 
b) Para Sartre, a angústia decorre da falta de fé em 
Deus e não do fato de sermos absolutamente livres
ou como ele afirma “o homem está condenado a 
ser livre”. 
c) As ações humanas são o reflexo do equilíbrio entre 
o livre-arbítrio e os planos que Deus estabelece 
para cada pessoa, consistindo nisto a verdadeira 
liberdade. 
d) Para Sartre, as ações das pessoas dependem 
somente das escolhas e dos projetos que cada um 
faz livremente durante a vida e não da suposição 
da existência e, portanto, das ordens de Deus. 
 
24. (Ueap 2011) “A existência precede a 
essência.” O que melhor define esta frase do filósofo 
francês Sartre? 
a) Primeiro o homem existe, depois se define. 
b) O homem é o que ele concebe e não o que ele faz. 
c) O homem é “em si” e não “para si”. 
d) A vida de um homem está ligada a sua essência. 
e) A vida humana é totalmente determinada por Deus.
 
25. (Uema 2011) O tema da liberdade é 
discutido por muitos filósofos. No existencialismo 
francês, Jean-Paul Sartre, particularmente, 
compreende a liberdade enquanto escolha 
incondicional.
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
Entre as afirmações abaixo, a única que está de
acordo com essa concepção de liberdade humana é: 
a) O homem primeiramente tem uma essência 
divinizada e depois uma existência manifestada na 
história de sua vida. 
b) O homem não é mais do que aquilo que a 
sociedade faz com ele. 
c) O homem primeiramente existe porque sendo 
consciente é um ser em si e para o outro. 
d) O homem é determinado por uma essência 
superior, que é o Deus da existência, pois, 
primeiramente não é nada. 
e) O homem primeiramente não é nada. Só depois 
será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. 
 
26. (Ufsj 2011) Para Sartre, “o Homem é livre, o
Homem é liberdade”. Com relação a tal princípio, é 
CORRETO afirmar que o homem é: 
a) “a expressão de que tudo é permitido por meio da 
liberdade e que provém da existência de Deus”. 
b) “um animal político no sentido aristotélico e por 
isso necessita viver a liberdade política em 
comunidade”. 
c) “um ser que depende da liberdade divina e 
necessita que o futuro esteja inscrito no céu”. 
d) “condenado a ser livre, uma vez que foi lançado no 
mundo, é responsável por tudo que faz”. 
 
27. (Ifsp 2011) Ao defender as principais teses 
do Existencialismo, Jean-Paul Sartre afirma que o ser 
humano está condenado a ser livre, a fazer escolhas 
e, portanto, a construir seu próprio destino. O 
pressuposto básico que sustenta essa argumentação 
de Sartre é o seguinte: 
a) A suposição de que o homem possui uma natureza
humana, o que significa que cada homem é um 
exemplo particular de um conceito universal. 
b) A compreensão de que a vida humana é finita e de 
que o homem é, sobretudo, um ente que está no 
mundo para a morte. 
c) A ideia de que a existência precede a essência e, 
por isso, o ser humano não está predeterminado a 
nada. 
d) A convicção de que o homem está desamparado e 
é impotente para mudar o seu destino individual. 
e) A ideia de que toda pessoa tem uma potencial a 
realizar, desde quando nasce, mas é livre para 
transformar ou não essa possibilidade em 
realidade. 
 
28. (Uel 2011) Leia o texto a seguir.
Habermas distingue entre racionalidade 
instrumental e racionalidade comunicativa. A 
racionalidade comunicativa ocorre quando os seres 
humanos recorrem à linguagem com o intuito de 
alcançar o entendimento não coagido sobre algo, por 
exemplo, decidir sobre a maneira correta de agir 
(ação moral). A racionalidade instrumental, por sua 
vez, ocorre quando os seres humanos utilizam as 
coisas do mundo, ou até mesmo outras pessoas, 
como meio para se alcançar um fim (raciocínio meio 
e fim).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
a teoria da ação comunicativa de Habermas, é correto
afirmar: 
a) Contar uma mentira para outra pessoa buscando 
obter algo que desejamos e que sabemos que não 
receberíamos se disséssemos a verdade é um 
exemplo de racionalidade comunicativa. 
b) Realizar um debate entre os alunos de turma da 
faculdade buscando decidir democraticamente a 
melhor maneira de arrecadar fundos para o baile de
formatura é um exemplo de racionalidade 
instrumental. 
c) Um adolescente que diz para seu pai que vai dormir
na casa de um amigo, mas, na verdade, vai para 
uma festa com amigos, é um exemplo de 
racionalidade comunicativa. 
d) Alguém que decide economizar dinheiro durante 
vários anos a fim de fazer uma viagem para os 
Estados Unidos da América é um exemplo de 
racionalidade instrumental. 
e) Um grupo de amigos que se reúne para decidir 
democraticamente o que irão fazer com o dinheiro 
que ganharam em um bolão da Mega Sena é um 
exemplo de racionalidade instrumental. 
 
29. (Uel 2011) Leia o texto a seguir.
Na tradição liberal, a ênfase é posta no 
caráter impessoal das leis e na proteção das 
liberdades individuais, de tal modo que o processo 
democrático é compelido pelos (e está a serviço dos) 
direitos pessoais que garantem a cada indivíduo a 
liberdade de buscar sua própria realização. Na 
tradição republicana, a primazia é dada ao processo 
democrático enquanto tal, entendido como uma 
deliberação coletiva que conduz os cidadãos à 
procura do entendimento sobre o bem comum.
(Adaptado de: ARAÚJO, L. B. L. Moral, direito e
política. “Sobre a Teoria do Discurso de” Habermas.
In: OLIVEIRA, M.; AGUIAR, O. A.; SAHD, L. F. N. de A. e
S. (Orgs.). Filosofia Política Contemporânea.
Petrópolis: Vozes, 2003. p. 214-235.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
a filosofia política na teoria do discurso, é correto 
afirmar que Habermas 
a) privilegia a ideia de Estado de direito em 
detrimento de uma democracia participativa. 
b) concede maior relevância à autonomia pública, 
opondo-se à autonomia privada. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
c) ignora tanto a autonomia privada quanto a pública, 
substituindo-as pela utilidade das normas morais. 
d) enfatiza a compreensão individualista e 
instrumental do papel do cidadão na lógica privada 
do mercado. 
e) concilia, na mesma base, direitos humanos e 
soberania popular, reconhecendo-os como 
distintos, porém complementares. 
 
30. (Uel 2011) Leia o texto a seguir.
Em Técnica e Ciência como “ideologia”, 
Habermas apresenta uma reformulação do conceito 
weberiano de racionalização pela qual lança as bases 
conceptuais de sua teoria da sociedade. Neste 
sentido, postula a distinção irredutível entre trabalho 
ou agir instrumental e interação ou agir comunicativo, 
bem como a pertinência da conexão dialética entre 
essas categorias,das quais deriva a diferenciação 
entre o quadro institucional de uma sociedade e os 
subsistemas do agir racional com respeito a fins. 
Segundo Habermas, uma análise mais pormenorizada
da primeira parte da Ideologia Alemã revela que “Marx
não explicita efetivamente a conexão entre interação 
e trabalho, mas sob o título nada específico da práxis 
social reduz um ao outro, a saber, a ação 
comunicativa à instrumental”.
(Adaptado: HABERMAS, J. Técnica e ciência
como “ideologia”. Lisboa: Edições 70, 1994. p.41-42.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o pensamento de Habermas, é correto afirmar: 
a) O crescimento das forças produtivas e a eficiência 
administrativa conduzem à organização das 
relações sociais baseadas na comunicação livre de
quaisquer formas de dominação. 
b) A liberação do potencial emancipatório do 
desenvolvimento da técnica e da ciência depende 
da prevenção das disfuncionalidades sistêmicas 
que entravam a reprodução material da vida e suas 
respectivas formas interativas. 
c) O desenvolvimento da ciência e da técnica, 
enquanto forças produtivas, permite estabelecer 
uma nova forma de legitimação que, por sua vez, 
nega as estruturas da ação instrumental, 
assimilando-as à ação comunicativa. 
d) Com base na irredutibilidade entre trabalho e 
interação, a luta pela emancipação diz respeito 
tanto ao agir comunicativo, contra as restrições 
impostas pela dominação, quanto ao agir 
instrumental, contra as restrições materiais pela 
escassez econômica. 
e) A racionalização na dimensão da interação social 
submetida à racionalização na dimensão do 
trabalho na práxis social determina o caráter 
emancipatório do desenvolvimento das forças 
produtivas e do bem-estar da vida humana. 
 
31. (Unicentro 2010) Qual dos argumentos 
abaixo caracteriza corretamente a relação conceitual 
entre existencialismo e liberdade, no pensamento de 
Jean-Paul Sartre (1905-1980)? 
a) O existencialismo de Sartre defende o 
individualismo, isto é, cada um deve preocupar-se 
exclusivamente com a própria liberdade e ação. 
b) O existencialismo de Sartre afirma que se o homem
é livre, consequentemente não é responsável por 
aquilo que faz. 
c) O existencialismo de Sartre afirma que “disciplina é
liberdade”. O homem livre é aquele que recusa o 
individualismo para viver o conformismo e a 
respeitabilidade da tradição. 
d) Sartre afirma que o homem nada mais é do que 
“seu projeto”, não havendo essência ou modelo 
para lhe orientar o caminho; está, portanto, 
irremediavelmente condenado a ser livre. 
e) Sartre afirma que a liberdade só possui significado 
no pensamento, na capacidade que o homem tem 
de refletir acerca de sua existência, buscando 
definir a natureza e a essência humana. 
 
32. (Ufsj 2010) A partir da análise da seguinte 
afirmação: “O homem nada mais é do que aquilo que 
ele faz de si mesmo”, é CORRETO afirmar que se trata
a) do primeiro princípio do empirismo humeano. 
b) do segundo princípio do niilismo nietzscheano. 
c) do primeiro princípio do existencialismo sartreano. 
d) do terceiro axioma do empirismo hobbesiano. 
 
33. (Ufsj 2010) Em relação ao conceito 
sartreano de humanismo existencialista, é CORRETO 
afirmar que o homem 
a) supera a angústia e a quietude, considerando a má 
fé no âmbito de um projeto subjetivista e ao 
mesmo tempo determinista. 
b) é a medida de todas as coisas, considerando os 
aspectos teológicos que dão suporte à sua 
existência. 
c) é um ser universalmente capaz de inventar a si 
próprio, baseando-se na doutrina de Abraão e do 
Anjo. 
d) mantém um vínculo entre a transcendência – no 
sentido de superação – e a subjetividade. 
 
34. (Ufsj 2010) O conceito de Liberdade em 
Sartre é caracterizado por 
a) uma vez que o Homem foi lançado ao mundo, é 
responsável por tudo o que faz. 
b) uma referência a uma natureza humana dada e 
definitiva. 
c) uma essência que precede a existência. 
d) pressupostos de uma Liberdade interior inerente 
aos conceitos da metafísica clássica. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
 
35. (Ufsj 2010) Assinale a alternativa que 
apresenta a defesa de Sartre frente às críticas feitas 
pelos católicos ao seu existencialismo. 
a) O Homem é o responsável pelo que ele é, por essa 
razão, o primeiro passo do existencialismo é o de 
inserir todo homem na posse do que ele é, e de 
submetê-lo à responsabilidade total de sua 
existência. 
b) Antigamente os filósofos só eram atacados por 
outros filósofos. O leigo não entendia nada e 
também não se importava com isso. Agora, a 
Filosofia é obrigada a descer em praça pública. 
c) Trata-se de uma moral da liberdade, se não existir 
contradição alguma entre essa moral e a nossa 
Filosofia, nada mais pode existir. 
d) O Homem se dá conta de que só pode ser alguma 
coisa (no sentido em que se diz que alguém é 
espirituoso, ou é mau ou é ciumento) se os outros 
o reconhecem como tal. 
 
36. (Uel 2010) Leia o texto de Adorno a seguir.
Se as duas esferas da música se movem na 
unidade da sua contradição recíproca, a linha de 
demarcação que as separa é variável. A produção 
musical avançada se independentizou do consumo. O
resto da música séria é submetido à lei do consumo, 
pelo preço de seu conteúdo. Ouve-se tal música séria 
como se consome uma mercadoria adquirida no 
mercado. Carecem totalmente de significado real as 
distinções entre a audição da música “clássica” oficial
e da música ligeira.
(ADORNO, T. W. O fetichismo na música e a
regressão da audição. In: BENJAMIN, W. et all. Textos
escolhidos. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1987. p.
84.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o pensamento de Adorno, é correto afirmar: 
a) A música séria e a música ligeira são 
essencialmente críticas à sociedade de consumo e 
à indústria cultural. 
b) Ao se tornarem autônomas e independentes do 
consumo, a música séria e a música ligeira passam
a realçar o seu valor de uso em detrimento do valor
de troca. 
c) A indústria cultural acabou preparando a sua 
própria autorreflexividade ao transformar a música 
ligeira e a séria em mercadorias. 
d) Tanto a música séria quanto a ligeira foram 
transformadas em mercadoria com o avanço da 
produção industrial. 
e) As esferas da música séria e da ligeira são 
separadas e nada possuem em comum. 
 
37. (Uel 2010) Observe a tira e leia o texto a 
seguir:
Quando se concebeu a ideia de razão, o que se 
pretendia alcançar era mais que a simples regulação 
da relação entre meios e fins: pensava-se nela como o
instrumento para compreender os fins, para 
determiná-los.
Segundo a filosofia do intelectual médio 
moderno, só existe uma autoridade, a saber, a ciência,
concebida como classificação de fatos e cálculo de 
probabilidades.
(HORKHEIMER, M. Eclipse da Razão. São Paulo:
Labor, 1973, pp.18 e 31-32.)
Com base na tira, no texto e nos 
conhecimentos sobre o pensamento de Horkheimer a 
respeito da relação entre ciência e razão na 
modernidade, é correto afirmar:
I. Se a razão não reflete sobre os fins, torna-se 
impossível afirmar se um sistema político ou 
econômico, mesmo não sendo democrático, é mais 
ou menos racional do que outro.
II. O processo que resulta na transformação de todos 
os produtos da ação humana em mercadorias se 
origina nos primórdios da sociedade organizada à 
medida que os instrumentos passam a ser 
utilizados tecnicamente.
III. A razão subjetivada e formalizada transforma as 
obras de arte em mercadorias, das quais resultam 
emoções eventuais, desvinculadas das reais 
expectativas dos indivíduos.
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
IV. As atividades em geral, independentes da 
utilidade, constituem formas de construçãoda 
existência humana desvinculadas de questões 
como produtividade e rentabilidade.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
38. (Uel 2010) No final do século XX, com a 
disseminação da Internet, o acesso à informação 
passa a ser instantâneo. Com isso, novas 
perspectivas se abrem para o debate político, 
sobretudo para a atuação dos cidadãos na esfera 
pública.
Tendo presente a concepção de esfera pública 
nos escritos recentes de Habermas, analise as 
afirmativas a seguir:
I. A esfera pública constitui um espaço no qual os 
problemas da sociedade são recebidos, discutidos 
e problematizados, e o sistema político recepciona 
e sistematiza de forma especializada aqueles que 
considera mais importantes.
II. Pelo fato de estar vinculada à sociedade civil, a 
esfera pública exime-se de efetuar mediações 
envolvendo o sistema político e o mundo da vida.
III. Por funcionar como uma estrutura normativa, a 
esfera pública efetiva-se como um sistema 
institucionalizado que estabelece papéis e 
competências para a participação na sociedade.
IV. A esfera pública consiste numa rede que permite 
que certos temas, ideias e posicionamentos sejam
debatidos, tendo como referência o agir voltado 
para o entendimento.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
39. (Ufla 2010) Analise as afirmativas sobre a 
Escola de Frankfurt e sua Teoria Crítica, coloque 
Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa 
que contém a sequência CORRETA.
( ) Adorno, Horkheimer, Benjamin e Marcuse são os 
pensadores que mais se destacaram e, apesar 
das críticas feitas a Marx, foram, por ele, 
influenciados.
( ) A Teoria Tradicional é representada, segundo os 
frankfurtianos, por todos os filósofos que, 
desde Descartes até o Iluminismo, deram 
grande ênfase ao racionalismo.
( ) A Teoria Crítica afirma que a razão pode conter 
sombras quando se coloca a serviço da 
dominação.
( ) Segundo os frankfurtianos, um indivíduo 
autônomo, consciente de seus fins, não tem 
possibilidade de acontecer, pois o conflito 
entre a razão autônoma e suas forças 
obscuras e inconscientes não finda. 
a) F – V – V – F 
b) V – F – F – V 
c) F – V – F – V 
d) V – V – V – F 
 
40. (Pucpr 2010) Na sua obra Vigiar e punir, o 
filósofo francês Michel Foucault analisa as novas 
faces de exercício do poder disciplinar e afirma: 
“Muitos processos disciplinares existiam há 
muito tempo: nos conventos, nos exércitos, nas 
oficinas também. Mas as disciplinas se tornaram no 
decorrer dos séculos XVII e XVIII fórmulas gerais de 
dominação. (...) O momento histórico das disciplinas 
e o momento em que nasce uma arte do corpo 
humano, que visa não unicamente ao aumento de 
suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua 
sujeição, mas a formação de uma relação que no 
mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente 
quanto é mais útil, e inversamente. Forma-se então 
uma política das coerções que são um trabalho sobre 
o corpo, uma manipulação calculada de seus 
elementos, de seus gestos, de seus comportamentos.
O corpo humano entra numa maquinaria de poder que
o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma 
"anatomia política", que é também igualmente uma 
"mecânica do poder", está nascendo; ela define como 
se pode ter domínio sobre o corpo dos outros, não 
simplesmente para que façam o que se quer, mas 
para que operem como se quer, com as técnicas, 
segundo a rapidez e a eficácia que se determina. A 
disciplina fabrica assim corpos submissos e 
exercitados, corpos "dóceis". 
(Vigiar e Punir, p. 118).
Segundo essa passagem, seria correto afirmar 
que:
I. O texto mostra como, a partir dos séculos XVII e 
XVIII o corpo foi descoberto como objeto e alvo de 
um novo poder e de novas formas de controle, pelas
quais são superadas antigas formas de domínio e 
instaurado um novo modelo com o fim de tornar os 
corpos mais dóceis.
II. O fim dessas práticas é tornar o corpo obediente e 
disciplinado através de um rigoroso exercício de 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
controle sobre gestos e comportamentos. É assim 
que o corpo vira um novo objeto de poder.
III. Segundo o autor, essa é a primeira vez na história 
que o corpo se tornara objeto de poder, já que 
essas práticas eram comuns tanto nos regimes 
escravocratas quanto nos monásticos.
IV. Esses novos mecanismos de controle têm, 
segundo o autor, uma única motivação: o domínio 
do corpo para exploração econômica. 
a) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras. 
c) Apenas a assertiva IV é verdadeira. 
d) Todas as assertivas são verdadeiras. 
e) Apenas a assertiva I é verdadeira. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Entramos no quarto. Encurvada em 
semicírculo sobre o leito, outra criatura que não a 
minha avó, uma espécie de animal que se tivesse 
disfarçado com os seus cabelos e deitado sob os 
seus lençóis, arquejava, gemia, sacudia as cobertas 
com as suas convulsões. As pálpebras estavam 
fechadas, 1e era porque fechavam mal, antes que 
porque se abrissem, que deixavam ver um canto da 
pupila, velado, remeloso, refletindo a obscuridade de 
uma visão orgânica e de um sofrimento interno.
Quando meus lábios a tocaram, as mãos de 
minha avó agitaram-se, ela foi percorrida inteira por 
um longo frêmito, ou reflexo, ou porque certas 
afeições possuam a sua hiperestesia, que 2reconhece,
através do véu da inconsciência, aquilo que elas 
quase não têm necessidade dos sentidos para querer.
Súbito, minha avó ergueu-se a meio, fez um esforço 
violento, como alguém que defende a própria vida. 
Françoise não pôde resistir, ao vê-lo, e rompeu em 
soluços. Lembrando-me do que o médico havia dito, 
quis fazê-la sair do quarto. Nesse momento, minha 
avó abriu os olhos. Precipitei-me sobre Françoise para
lhe ocultar o pranto, enquanto meus pais falassem à 
enferma. O ruído do oxigênio calara-se, o médico 
afastou-se do leito. Minha avó estava morta.
A vida, retirando-se, acabava de carregar as 
desilusões da vida. Um sorriso parecia pousado nos 
lábios de minha avó. Sobre aquele leito fúnebre, a 
morte, como o escultor da Idade Média, tinha-a 
deitado sob a aparência de menina e moça.
Marcel Proust. Em busca do tempo perdido: o
caminho de Guermantes. vol. 3, 3ª ed. rev. Trad. Mario
Quintana. São Paulo: Globo, 2006, p. 376-7 (com
adaptações). 
41. (Unb 2010) Para Sartre, os seres dividem-
se em seres-em-si e seres-parasi. Os seres-em-si não 
possuem, segundo esse filósofo, consciência, ao 
passo que os seres-para-si são dotados de uma 
consciência que lhes possibilita constituírem-se 
sempre como projeto, pelo qual dirigem seu presente 
a partir de sua liberdade. Com base na divisão 
sartreana entre seres-em-si e seres-para-si e suas 
relações com a temporalidade, a vida e a morte, 
verifica-se, na passagem do texto de Proust 
apresentada, que 
a) a personagem acamada, a despeito de ser, quando 
ainda viva, biologicamente um ser humano, não é 
mais um ser-para-si na situação narrada. 
b) a transição do ser-para-si ao ser-em-si só ocorre, 
efetivamente, com a morte biológica da 
personagem acamada, uma vez que a 
temporalidade do ser-em-si é a de um eterno 
presente. 
c) a noção de vida e a de morte que perpassam a 
descrição do estado da personagem acamada 
ocupam, respectivamente, os lugares semânticos 
de ser-para-si e ser-em-si. 
d) a proposiçãode Sartre de que “o ser humano não 
pode não ser livre” estabelece uma relação de 
subordinação entre sua concepção do que é um ser
humano e a concepção biológica desse conceito. 
 
42. (Uenp 2009) Segundo Raymond Plant, em 
seu livro Política, Teologia e História, o argumento de 
que a essência precede a existência implica na 
necessidade de um criador; assim, quando um objeto 
vai ser produzido (um martelo, uma caneta, uma 
máquina), ele obedece a um plano pré-concebido, que
estabelece sua forma, suas principais características 
e sua função, ou seja, ele possui um propósito 
definido, uma essência que define sua forma e 
utilidade, e precede a sua existência. Segundo Sartre 
há um ser onde essa situação se inverte, e a 
existência precede a essência: o ser humano. Assim, 
seria o próprio homem o definidor de sua essência.
De acordo com Sartre, a expressão "a 
existência precede a essência" pode ser interpretada 
como: 
a) O homem se constrói de acordo com sua própria 
história e não de acordo com uma essência 
abstrata e pré-determinada. 
b) A existência humana depende do plano que Deus 
determina a cada um. 
c) A essência é mais importante que a existência. 
d) O homem não tem existência livre, pois ela sempre 
é precedida da essência. 
e) A liberdade não participa do contexto da existência 
do homem, porque ele segue as determinações da 
essência. 
 
43. (Unioeste 2009) Jean-Paul Sartre é um dos 
filósofos mais representativos do Existencialismo, 
com sua defesa incondicional da liberdade e do 
sentido ético da existência do ser humano.
Assinale a alternativa que não corresponde à 
concepção de liberdade deste filósofo. 
a) Sartre afirma que há uma esfera objetiva de valores
absolutos que determinam a liberdade. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
b) A existência precede a essência é o princípio 
fundamental do existencialismo sartreano. 
c) O ser humano é absolutamente responsável pelas 
suas escolhas por ser “liberdade enquanto tal” 
(Sartre). 
d) A angústia é o sentimento que surge no ser 
humano por ter de fazer escolhas e de ser o único 
responsável pelas escolhas que faz. 
e) O fundamento de todos os valores humanos é a 
liberdade, pois o significado das escolhas, em 
circunstâncias concretas, é a “procura da liberdade 
enquanto tal” (Sartre). 
 
44. (Uel 2009) A proposta ética de Habermas 
não comporta conteúdos. Ela é formal. Ela apresenta 
um procedimento, fundamentado na racionalidade 
comunicativa, de resolução de pretensões normativas
de validade.
 
(DUTRA, D. J. V. Razão e consenso em Habernas. A
teoria discursiva da verdade, da moral, do direito e da
biotecnologia. Florianópolis: Editora da UFSC. 2005, p.
158.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
a obra de Habermas, é correto afirmar que, na Ética 
do Discurso, 
a) o processo de justificação das normas morais e o 
procedimento de deliberação das pretensões de 
validade de correção normativa são falíveis. 
b) o formalismo da ética habermasiana é idêntico ao 
formalismo presente nas éticas de Kant e Bentham,
pois desconsidera o que resulta concretamente 
das normas morais. 
c) o modelo monológico da ética kantiana é 
reformulado na perspectiva de uma comunidade 
discursiva na qual os participantes analisam as 
pretensões de validade tendo como critério a força 
do melhor argumento. 
d) o puro respeito à lei é considerado por Habermas 
como o critério fundamental para conferir 
moralidade à ação, restando excluídos do debate 
da ética discursiva os desejos e as necessidades 
manifestados pelos indivíduos. 
e) o princípio “U” possibilita que sejam acatadas 
normas que não estejam sintonizadas com uma 
vontade universal, coadunando, dessa forma, 
particularismo e universalismo ético. 
 
45. (Ufpa 2009) Na contemporaneidade, uma 
das mais marcantes concepções acerca das 
possibilidades da ação moral vincula-se à ideia de 
uma razão comunicativa. Sobre essa ideia, julgue as 
afirmações abaixo:
I. A razão comunicativa permanece presa aos 
condicionantes da razão prática moderna, isto é, 
aos agentes considerados individual ou 
coletivamente.
II. O que propicia a razão comunicativa é a mediação 
linguística, por meio da qual as relações entre os 
sujeitos ocorrem e o modo de vida contemporâneo 
se estrutura.
III. A razão comunicativa somente pode ser entendida 
como uma capacidade subjetiva, capaz de dizer 
aos agentes o que devem realizar.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões): 
a) apenas a I 
b) apenas a II 
c) I e II 
d) II e III 
e) I e III 
 
46. (Pucpr 2009) O indivíduo é sem dúvida o 
átomo fictício de uma representação “ideológica” da 
sociedade; mas é também uma realidade fabricada 
por essa tecnologia específica de poder que se 
chama “disciplina”.
Fonte: Foucault, Vigiar e punir, p.161.
Assinale as alternativas corretas.
I. Foucault quer afirmar que os indivíduos, nesse 
modelo de sociedade, são constituídos como 
efeitos da atuação de estratégias de poder 
correlatas a técnicas de saber.
II. Para Foucault, o poder fundamentalmente reprime, 
recalca, censura, mascara, anulando os desejos 
individuais.
III. A disciplina produz realidade, produz rituais de 
verdade, produz indivíduos úteis e dóceis.
IV. Para Foucault, é o indivíduo que possui o poder. É 
ele quem dá sentido ao mundo.
V. A disciplina, como estratégia privilegiada de 
fabricação do indivíduo e produção de verdades, 
existe desde a época do cristianismo primitivo. 
a) II, IV e V 
b) I e III 
c) II e III 
d) I e II 
e) III, IV e V 
 
47. (Pucpr 2009) A partir do livro Vigiar e Punir, 
de Michel Foucault, considere as seguintes 
afirmações a respeito da disciplina:
I. Ela é exercida de diferentes formas e tem 
como finalidade única a habilidade do corpo.
II. Ela pode ser entendida como a estratégia 
empregada para o controle minucioso das 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
operações do corpo, sendo seu efeito maior a 
constituição de um indivíduo dócil e útil.
III. Ela se constitui também pelo controle do horário 
de execução de atividades, em que o tempo 
medido e pago deve ser sem defeito e, em seu 
transcurso, o corpo deve ficar aplicado a seu 
exercício.
De acordo com as afirmações acima, podemos 
dizer que: 
a) Todas as afirmações estão corretas. 
b) A afirmação I está incorreta. 
c) Apenas a afirmação III está correta. 
d) As alternativas II e III estão incorretas. 
e) Apenas a afirmação II está correta. 
 
48. (Pucpr 2009) “O sucesso do poder 
disciplinar se deve sem dúvida ao uso de 
instrumentos simples: o olhar hierárquico, a sanção 
normalizadora e sua combinação num procedimento 
que lhe é específico, o exame.”
Fonte: Foucault, Vigiar e punir, p. 143.
I. Vigiar, muito mais que aplicar um olhar constante 
sobre o indivíduo, significa dispô-lo numa estrutura 
arquitetural e impessoal, na qual ele se sinta 
vigiado.
II. Punir é o único objetivo da disciplina.
III. Punir primeiramente tem a finalidade de uma 
ortopedia moral, de normalização, não somente de
um comportamento, mas do conjunto da 
existência humana, seja obstaculizando a 
virtualidade de um comportamento perigoso 
mediante o uso de pequenas correções, seja 
incentivando condutas desejáveis a partir de 
recompensas e vantagens.
IV. O exame atua numa ampla rede de instituições 
psiquiátricas, pedagógicas e médicas, 
classificando as condutas em termos de 
normalidade e anormalidade.
V. Para Foucault, as ciências que tomaram o homem 
como objeto de saber, a partir do final do século 
XVIII, não têm nada a ver com a vigilância, a 
normalização e o exame disciplinares.
Assinale a(s) alternativa(s) correta(s): 
a) II e V 
b) II e IV 
c) I e IId) III, IV e V 
e) I, III e IV 
 
49. (Pucpr 2009) Michel Foucault, em Vigiar e 
Punir, apresenta duas imagens de disciplina: a 
disciplina-bloco e a disciplina-mecanismo. Para 
mostrar como esses dois modelos se desenvolveram,
o autor destaca dois casos: o medieval da peste e o 
moderno do panóptico. Assinale, portanto, a 
alternativa incorreta: 
a) A disciplina-bloco se estabeleceu com o esquema 
moderno do panóptico, uma vez que a disciplina 
mecanismo, desenvolvida no período medieval 
para resolver o problema da peste, estava em 
falência. 
b) A disciplina-bloco se refere à instituição fechada, 
totalmente voltada para funções negativas, 
proibitivas e impeditivas. 
c) A disciplina-mecanismo é um dispositivo funcional 
que visa otimizar e tornar mais rápido o exercício 
do poder, mediante o modelo panóptico. 
d) É possível dizer que houve um processo de 
mudança da disciplina-bloco para a disciplina 
mecanismo, passando pelas etapas de inversão 
funcional das disciplinas, ramificação dos 
mecanismos e estatização dos mecanismos 
disciplinares. 
e) A disciplina-mecanismo tem como estratégia a 
vigilância múltipla, inter-relacionada e contínua, 
pela qual o indivíduo deve saber que é vigiado e, 
por consequência, o poder se exerce 
automaticamente. 
 
50. (Ufpa) Desde Platão se discute a função 
sociocultural da arte, o que confere à sua autonomia 
uma certa relatividade. Recentemente, com a Escola 
de Frankfurt, cunhou-se para a determinação social 
da arte termos como “indústria cultural” e “cultura de 
massa”, porque, como diz Theodor Adorno, no regime 
econômico capitalista sacrifica-se “o que fazia a 
diferença entre a lógica da obra [de arte] e a do 
sistema social.” Com relação à interpretação de 
Adorno sobre a função social da arte no regime 
capitalista, considere as afirmativas abaixo:
I. Na sociedade capitalista, o desenvolvimento 
técnico-industrial conduziu à padronização do gosto
em beneficio do mercado.
II. Não há gozo da arte, na sociedade liberal, se 
a criação for massificada.
III. Ao sacrificar a lógica da obra às determinações do 
sistema, o artista está garantindo não só seu lucro 
como a própria sobrevivência da arte, já que a 
nossa economia é capitalista.
IV. Com a indústria cultural, ocorre a perda 
completa da ideia de autonomia da arte.
V. Adorno não concorda com Platão quanto à ideia de
que a experiência estética, como acontece hoje em 
dia, necessita de um nexo funcional para cumprir 
seu papel na vida social e política do homem.
Estão corretas as afirmativas: 
a) I e II 
b) II e V 
c) I e IV 
d) II, III, V 
e) I, III, IV e V 
 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
51. (Ufu) “(...) não encontramos, já prontos, 
valores ou ordens que possam legitimar a nossa 
conduta. Assim, não teremos nem atrás de nós, nem 
na nossa frente, no reino luminoso dos valores, 
nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos 
sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo
que o homem está condenado a ser livre. Condenado, 
porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, 
é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é 
responsável por tudo o que faz”.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um
humanismo. 3ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.
9.
Tomando o texto acima como referência, 
assinale a alternativa correta. 
a) Sartre afirma que o homem está condenado a ser 
livre e que, por esta razão, deve ser responsável por
tudo o que acontece ao seu redor. 
b) Sartre considera que o homem não é responsável 
por seus atos, “porque não se criou a si mesmo”, 
sendo, por esta razão, totalmente livre. 
c) Ao dizer que “(...) não encontramos, já prontos, 
valores ou ordens que possam legitimar a nossa 
conduta”, Sartre defende que o existencialismo não
admite qualquer valor, nem a liberdade. 
d) O existencialismo de Sartre defende a tese da 
absoluta responsabilidade do homem em relação 
aos atos que pratica, porque sua moral parte do 
princípio de uma liberdade coerente e 
comprometida com o bem comum. 
 
52. (Uel) “Desde o final do século XIX, impõe-se
cada vez com mais força a outra tendência evolutiva 
que caracteriza o capitalismo tardio: a cientificação 
da técnica. No capitalismo sempre se registrou a 
pressão institucional para intensificar a produtividade 
do trabalho por meio da introdução de novas 
técnicas. As inovações dependiam, porém, de 
inventos esporádicos que, por seu lado, podiam sem 
dúvida ser induzidos economicamente, mas tinham 
ainda um caráter natural. Isso modificou-se, na 
medida em que a evolução técnica é realimentada 
com o progresso das ciências modernas. Com a 
investigação industrial de grande estilo, a ciência, a 
técnica e a revalorização do capital confluem num 
mesmo sistema. Entretanto, a investigação industrial 
associa-se a uma investigação nascida dos encargos 
do Estado, que fomenta em primeiro lugar o 
progresso científico e técnico no campo militar. Daí 
as informações refluem para as esferas da produção 
civil de bens.” 
(HABERMAS, Jürgen. Técnica e ciência como
ideologia. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70,
1987. p. 72.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o capitalismo tardio, considere as afirmativas a 
seguir.
I. A espontaneidade e naturalidade dos inventos 
esporádicos bloquearam a produtividade no 
capitalismo.
II. No capitalismo tardio, há uma junção sistêmica 
entre a técnica, a ciência e a revalorização do 
capital.
III. No interior do capitalismo tardio, a técnica e a 
ciência são independentes e se desenvolvem em 
sentidos opostos.
IV. A produção civil de bens se apropria das 
informações geradas pela investigação industrial 
no campo militar.
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, III e IV. 
 
53. (Ufu) “Gostaria de defender, aqui, o 
existencialismo de uma série de críticas que lhe 
foram feitas. Em primeiro lugar, acusaram-no de 
incitar as pessoas e permanecer no imobilismo do 
desespero; todos os caminhos estando vetados, seria
necessário concluir que a ação é totalmente 
impossível neste mundo; tal consideração 
desembocaria, portanto, numa filosofia 
contemplativa.”
SARTE, Jean-Paul. O Existencialismo é um
Humanismo. Tradução de Rita C. Guedes. São Paulo:
Nova Cultural, 1987. Col. Os Pensadores.
Tomando o texto acima como referência, 
assinale a alternativa correta. 
a) Sartre considera que classificar a sua filosofia 
como contemplativa é um equívoco grosseiro. Ao 
contrário do que pensam os marxistas, Sartre tenta
definir o seu existencialismo como uma filosofia da
ação livre e subjetiva. 
b) Sartre afirma que o existencialismo é uma filosofia 
contemplativa porque o homem é, de fato, um ser 
que vive constantemente tentando definir a 
essência de sua vida antes de determinar a sua 
existência. 
c) A crítica mencionada acima é feita pelos 
pensadores de orientação cristã e, portanto, é uma 
crítica admitida por Sartre. 
d) Sartre afirma que a ação é “totalmente impossível 
neste mundo” porque o homem, um ser angustiado
por natureza, nunca consegue agir de forma livre e 
independente. 
 
54. (Uel) Analise a figura a seguir.
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
“Parece que enquanto o conhecimento técnico 
expande o horizonte da atividade e do pensamento 
humanos, a autonomia do homem enquanto 
indivíduo, a sua capacidade de opor resistência ao 
crescente mecanismo de manipulação das massas, o 
seu poder de imaginação e o seu juízo independente 
sofreram aparentemente uma redução. O avanço dos 
recursos técnicos de informação se acompanha de 
um processo de desumanização. Assim, o progresso 
ameaça anular o que se supõe ser o seu próprio 
objetivo:a ideia de homem”. 
(HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. Trad. de
Sebastião Uchôa Leite. Rio de Janeiro: Editorial Labor
do Brasil, 1976. p. 6.)
Com base no texto, na imagem e nos 
conhecimentos sobre racionalidade instrumental, é 
correto afirmar: 
a) A imagem de Chaplin está de acordo com a crítica 
de Horkheimer: ao invés de o progresso e da 
técnica servirem ao homem, este se torna cada vez
mais escravo dos mecanismos criados para tornar 
a sua vida melhor e mais livre. 
b) A imagem e o texto remetem à ideia de que o 
desenvolvimento tecnológico e o extraordinário 
progresso permitiram ao homem atingir a 
autonomia plena. 
c) Imagem e texto apresentam o conceito de 
racionalidade que está na estrutura da sociedade 
industrial como viabilizador da emancipação do 
homem em relação a todas as formas de opressão.
d) Enquanto a imagem de Chaplin apresenta a 
autonomia dos trabalhadores nas sociedades 
contemporâneas, o texto de Horkheimer mostra 
que, quanto maior o desenvolvimento tecnológico, 
maior o grau de humanização. 
e) Tanto a imagem quanto o texto enaltecem a 
inevitável instrumentalização das relações 
humanas nas sociedades contemporâneas. 
 
55. (Ufu) Liberdade, para Jean-Paul Sartre 
(1905-1980), seria assim definida: 
a) o estar sob o jugo do todo para agir em 
conformidade consigo mesmo, instaurando leis e 
normas necessárias para os indivíduos. 
b) circunstâncias que nos determinam e nos 
impedem de fazer escolhas de outro modo. 
c) conformação às situações que encontramos no 
mundo e que nos determinam. 
d) escolha incondicional que o próprio homem faz de 
seu ser e de seu mundo. “Estamos condenados à 
liberdade”, segundo o autor. 
 
56. (Ufu) Para Sartre (1905-1980) o homem a todo 
momento está escolhendo o caminho a seguir em sua 
existência, e esta escolha tem valor porque é feita entre 
outras inúmeras possibilidades; esta situação é de angústia, 
mas, uma vez feita a escolha, a angústia passa a ser a 
autonomia do querer. A situação existencialista da escolha, 
tal como foi descrita, implica 
a) a má fé do homem, pois a escolha é feita somente 
para satisfação de si mesmo. 
b) a responsabilidade do homem, pois ele é sempre o 
autor da escolha feita. 
c) a falsa consciência, que desconhece a autonomia e
aceita aquilo que fazem de si. 
d) a natureza humana imutável do indivíduo, que é a 
certeza da liberdade espiritual. 
 
57. (Ufu) Jean-Paul Sartre, (1905-1980), afirma 
que “estamos condenados à liberdade”. Sendo assim, 
afirma 
a) que a liberdade é o poder do todo para agir em 
conformidade consigo mesmo, instaurando leis e 
normas necessárias para os indivíduos. 
b) que estamos sob o poder de forças externas mais 
poderosas que nossas vontades, que nos obrigam 
a ser livres. 
c) que a liberdade é a escolha incondicional que o 
próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. 
d) que a liberdade é resignar-se ou conformar-se às 
situações, que encontramos no mundo e que nos 
determina. 
 
58. (Ufu) Sartre fundou um existencialismo 
ateu. Para este filósofo, não há um Deus que cria o 
homem e ordena-lhe a vida segundo um fim prévio. 
Sobre o existencialismo de Sartre as afirmativas 
abaixo são corretas, exceto 
a) a liberdade do homem só poderá efetivar-se 
plenamente no âmbito da sociedade burguesa que 
defende a livre iniciativa e o papel mínimo do 
Estado. 
b) o homem é o único ser que é ser para si, isto quer 
dizer que ele é o seu próprio projeto. 
c) a má fé resulta da fuga da experiência da angústia 
de ter sempre que escolher. 
d) os valores que estruturam a existência humana não
são obrigações metafísicas individuais e nem 
imposições da tradição; cabe apenas ao homem 
criá-las. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
Gabarito: 
Resposta da questão 1: [C]
A partir do conhecimento da filosofia 
frankfurtiana e da leitura do texto da questão, o aluno 
deve identificar o conceito de indústria cultural, que 
vincula a produção de bens culturais à uma lógica 
mercadológica, o que retira qualquer caráter crítico e 
emancipatório do produto final. Para o autor, esses 
fatores constituem uma violência uma vez que o 
modo de produção capitalista implica a exploração do
trabalhador que produz os bens culturais e, 
concomitantemente, a massificação de produtos 
ideológicos, que mascaram a exploração sofrida 
pelas massas, impondo uma mentalidade passiva. 
Resposta da questão 2: [D]
A partir da leitura do texto, o aluno deve 
identificar que, para Walter Benjamin, o fascismo nega
a luta de classes uma vez que não propõe mudanças 
estruturais nas relações de propriedade. Nesse 
sentido, o fascismo, para ele, reduz a organização das
massas à sua expressão na sociedade a partir de 
elementos estéticos, levando a um processo de 
estetização. Com efeito, o aluno deve identificar a 
alternativa [D] como a única correta. 
Resposta da questão 3: [C]
De acordo com Michel Foucault, o sujeito é 
resultado de processos e de relações de poder que 
variam ao longo da história e do contexto social, 
sendo, por isso, contingenciais, arbitrárias e 
transitórias. 
Resposta da questão 4: [A]
A partir da caracterização do que Foucault 
chama de “dispositivos”, apresentada pelo texto da 
questão, o aluno deve identificar que, tanto as 
instituições citadas pelos itens [I] e [II] (prisões, 
manicômios, escolas, igrejas e fábricas), quanto os 
instrumentos de observação e comunicação citados 
pelo item [III], exercem, em algum grau, influência 
sobre o comportamento dos indivíduos. Na medida 
em que têm “a capacidade de capturar, orientar, 
determinar, interceptar, modelar, controlar e 
assegurar os gestos, as condutas, as opiniões e os 
discursos dos seres viventes”, todos os itens 
descrevem um tipo de “dispositivo”. 
Resposta da questão 5: [A]
O pensamento filosófico existencialista 
sartreano tem como fundamento central que a 
compreensão da vida dos indivíduos se dá a partir da 
condição da existência humana. Com efeito, para os 
pensadores dessa vertente filosófica, a existência 
precede a essência, o que leva à uma perspectiva da 
existência humana que independe de qualquer 
definição preexistente do indivíduo. Assim, para 
Sartre, a essência humana se constrói a partir das 
escolhas que, dentro da sua liberdade, o indivíduo 
realiza. Nesse sentido, o sujeito seria um projeto de 
ser, haja vista que não existiria uma natureza ou 
essência humana, mas sim a ação dos homens sobre 
a construção de si mesmos a partir do seu livre 
arbítrio. 
Resposta da questão 6: [A]
O pensamento filosófico existencialista tem 
como fundamento central que a compreensão da vida
dos indivíduos se dá a partir da condição da 
existência humana, de modo que, para os 
existencialistas, a existência precede a essência, o 
que leva à uma perspectiva da existência humana 
independente de qualquer definição preexistente 
sobre o indivíduo. Com efeito, na concepção 
existencialista, a essência humana se constrói a partir
das escolhas que, dentro da
sua liberdade, o indivíduo realiza. Nesse 
sentido, o sujeito seria um projeto de ser, haja vista 
que não existiria uma natureza ou essência humana, 
mas sim a ação dos homens sobre a construção do 
ser no seu livre arbítrio. 
Resposta da questão 7: [D]
Para Sartre, representante do existencialismo, a
existência precede a essência, ou seja, o indivíduo, 
assim como a realidade e o conhecimento, 
primeiramente existe e posteriormente se realiza por 
suas ações concretas e pela forma que conduz a sua 
existência. Assim, segundo Sartre, o indivíduo é 
condenado à liberdade de suas escolhas e à efetivar a
sua existência através delas, pensamento que vai de 
encontro à metafísica essencialista, segundo a qual 
os objetos e o homem possuiriam duas realidades: 
uma exterior, caracterizada pela matéria física, e uma 
interior, onde encontraria-sea essência, enquanto 
para Sartre essas realidades se equivalem. 
Resposta da questão 8: [D]
O texto apresenta uma concepção da atividade 
filosófica que se caracteriza por uma postura 
permanentemente crítica em relação à qualquer 
conhecimento e pela fundamentação racional da 
investigação intelectual. Assim, a prática filosófica 
abrangeria a dúvida constante, ou seja, o 
questionamento de qualquer saber que se pretenda 
absoluto, em conjunto com a investigação racional da
realidade. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
Resposta da questão 9: [C]
Ao pensar o indivíduo humano, Sartre, e os 
existencialistas de modo geral, o entendem como um 
projeto de ser, uma vez que construiria, a partir do 
exercício da sua liberdade inerente, a si mesmo, por 
meio de suas escolhas. Assim, não existiria uma 
predefinição ou uma “natureza” precedente à 
existência humana, mas, ao contrário, a construção 
da essência a partir da existência humana, ideia 
expressa pela alternativa [C]. 
Resposta da questão 10: [C]
O conceito de pseudoindividuação proposto por
Adorno no texto expressa a concepção de que a 
produção cultural de massa é apresentada, de forma 
ilusória, como gosto individual e livre escolha, criando
a falsa ideia de autonomia no consumo de produtos 
culturais. Assim, o caráter de controle da indústria 
cultural sobre o indivíduo seria ideologicamente 
camuflado, de forma a evitar a resistência. 
Resposta da questão 11: [A]
O texto reflete a percepção dos pensadores do 
movimento filosófico da Escola de Frankfurt, do qual 
Walter Benjamin é um dos mais importantes 
representantes, acerca do modo como as estruturas 
capitalistas manipulam a produção cultural, a fim de 
dominar a produção do pensamento social. A Teoria 
Crítica, a partir da qual Walter Benjamin analisa a 
propaganda, destaca o caráter espetacularizado que 
os objetos assumem, o que dificulta a análise 
autônoma e objetiva do que é exibido, levando à uma 
percepção ilusória das imagens. Uma possível dúvida 
poderia surgir a partir da proposta da alternativa [B], 
no entanto, o que dificulta a prática do pensamento 
crítico não é o avanço tecnológico em si, mas a 
apresentação dessa tecnologia de forma distorcida 
em relação à realidade. 
Resposta da questão 12: [E]
Para Foucault, as formas de poderes existentes
na sociedade impõem modificações nos modos de 
agir dos indivíduos, a partir da coação de seus corpos,
transformando-os em corpos úteis e passíveis de 
sujeição. Desse modo, incorporam-se características 
disciplinadoras nos corpos através do controle e do 
adestramento que mede, corrigi e hierarquiza corpos 
em um processo que modela indivíduos. 
Resposta da questão 13: [C]
Foucault entende o poder não como um objeto 
natural, mas uma prática social expressa por um 
conjunto de relações. Temos que pensar o poder não 
como uma "coisa" que uns tem e outros não, como, 
por exemplo, o pai e o filho, o rei e seus súditos, o 
presidente e seus governados, etc., mas como uma 
relação que se exerce, que opera entre os pares: o 
filho que negocia com o pai, os súditos que 
reivindicam ao rei, os governados que usam 
dispositivos legais para fiscalizar o presidente, etc. 
Deste ponto de vista, poder não se restringe ao 
governo, mas espalha-se pela sociedade em um 
conjunto de práticas, a maioria delas essencial à 
manutenção do Estado. O poder é uma espécie de 
rede formada por mecanismos e dispositivos que se 
espraiam por todo cotidiano - uma rede da qual 
ninguém pode escapar. Ele molda nossos 
comportamentos, atitudes e discursos. Compreender 
o Estado como portador do poder é um equívoco, pois
além de ser dispendioso, o poder externo não é capaz
de dar conta dos corpos individuais, este poder não 
permeia a vida e não é capaz de controlar os 
indivíduos. Os micro poderes atuam de forma capilar 
e moldam por meio dos instrumentos do Estado as 
reações, domesticando os indivíduos, hierarquizando-
os, normatizando comportamentos em suas relações.
Isto ocorre desde as relações mais simples até as 
relações mais complexas, criando condições para 
estabelecer uma disciplina social ampla. 
Resposta da questão 14: [B] 
Sartre se apropria do cogito cartesiano 
considerando que esse é o ponto de partida subjetivo 
para a filosofia. A partir dessa descoberta de si, o 
homem pode descobrir o outro, em uma relação de 
intersubjetividade. Dessa forma, podemos dizer que 
somente a alternativa [B] está correta. 
Resposta da questão 15: [C]
A alternativa [C] é justamente o inverso do que 
defende Sartre. Segundo ele, a existência precede a 
essência e não há nada que define o homem de 
maneira a priori. 
Resposta da questão 16: [B] 
O existencialismo de Jean-Paul Sartre afirma 
que o homem primeiro existe e depois se define. Isso 
significa dizer que não há uma natureza humana que 
determina o que ele deve ou não deve ser. O próprio 
homem que deve ser responsável por si. Sendo assim,
somente a alternativa [B] está correta. 
Resposta da questão 17: [D] 
A angústia é uma consequência da 
responsabilidade do homem em seu estado de 
inalienável liberdade. O homem nasce como um ser 
condenado a ser livre e, portanto, responsável por 
tudo o que faz e escolhe, tanto em relação a si, 
quanto em relação à humanidade. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia no Século XX
Resposta da questão 18: [D]
Platão foi um filósofo da Grécia Clássica, 
Tomás de Aquino um filósofo da Patrística e Tobias 
Barreto foi um intelectual brasileiro do século XIX. 
Todos os outros filósofos citados nas alternativas 
são pertencentes à Escola de Frankfurt. 
Resposta da questão 19: [B]
Walter Benjamin foi um dos filósofos que, 
juntamente com Theodor Adorno, Max Horkheimer e 
Jürgen Habermas, tornou a Escola de Frankfurt 
mundialmente famosa pela sua Teoria Crítica e pelas 
contribuições à Filosofia e às Ciências Humanas. 
Resposta da questão 20: [B]
Duas frases sintetizam o pensamento de 
Sartre: “A existência precede a essência” e “o homem 
está condenado a ser livre”. Essas duas frases 
relacionam-se justamente com as duas alternativas 
corretas: a primeira e a quarta. 
Resposta da questão 21: [D]
A única citação que diz respeito ao 
existencialismo de Sartre é a [D]. Ali está uma 
explicação que Sartre faz em O existencialismo é um 
humanismo sobre o que significa considerar que a 
existência precede a essência. 
Resposta da questão 22: [A]
A transcendência, para Sartre, não está 
relacionada ao divino. Ela corresponde ao movimento 
da consciência para fora de si, no sentido da 
superação do Homem. Sendo assim, somente a 
alternativa [A] está correta. 
Resposta da questão 23: [D]
Se o homem fosse um ser cheio, total e pleno, 
como uma essência definida, ele não poderia ter nem 
consciência por estar ser um espaço aberto a 
múltiplos conteúdos, nem liberdade uma vez que 
representa a possibilidade de escolha e por 
intermédio desta, o homem constrói a si mesmo e 
torna-se responsável pelo que faz, portanto, 
condenado a ser livre.
Para Sartre, se o homem não expressasse esse
“vazio de ser”, sua consciência já estaria pronta, 
acabada, definida e fechada e neste caso, jamais 
poderia expressar sua liberdade, pois estaria preso à 
realidade estática do ser pleno, do ser-em-si. Por isso,
não podemos falar em Sartre de uma existência cuja 
natureza humana é previamente determinada, porque 
não criou a si mesmo (“Estamos sós, sem desculpas”),
assim, um dos valores fundamentais da condição 
humana, é segundo o próprio Sartre, a liberdade e é 
exercendo-a em situações concretas que o homem se
move e conhece a incerteza cuja produção dos 
sentidos o impulsiona a ultrapassar certos limites. 
Sartre nos diz: “A liberdade é o fundamento de todos

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