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Le on ar do R od rig ue s L ou re i99 11 05 80 18 2 Le on ar do R od rig ue s L ou re i99 11 05 80 18 2 Le on ar do R od rig ue s L ou re i99 11 05 80 18 2 Le on ar do R od rig ue s L ou re i99 11 05 80 18 2 L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Leonardo Rodrigues Lourei99110580182, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 2 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR SUMÁRIO CAPÍTULO 1 (questões 1 a 74) Tópicos de Finanças Públicas: funções do governo; falhas de mercado e produção de bens públicos; teoria da tributação. CAPÍTULO 2 (questões 75 a 131) Evolução conceitual do orçamento público CAPÍTULO 3 (questões 132 a 236) Princípios orçamentários CAPÍTULO 4 (questões 237 a 321) Ciclo orçamentário: elaboração da proposta, discussão, votação e aprovação da lei de orçamento CAPÍTULO 5 (questões 322 a 383) Plano Plurianual CAPÍTULO 6 (questões 384 a 442) Lei de Diretrizes Orçamentárias CAPÍTULO 7 (questões 443 a 540) Lei Orçamentária Anual CAPÍTULO 8 (questões 541 a 620) Programação de desembolso e mecanismos retificadores do orçamento CAPÍTULO 9 (questões 621 a 684) Definição e classificação da receita pública CAPÍTULO 10 (questões 685 a 724) Definição e classificação da despesa pública CAPÍTULO 11 (questões 725 a 805) Execução orçamentária e financeira: estágios e execução da despesa pública e da receita pública. Restos a pagar. Despesas de exercícios anteriores. Suprimento de fundos. CAPÍTULO 12 (questões 806 a 829) Gestão organizacional das finanças públicas: sistemas de planejamento e orçamento e de administração financeira constantes da Lei 10.180/2001 CAPÍTULO 13 (questões 830 a 856) Conta Única do Tesouro Nacional: conceito e previsão legal CAPÍTULO 14 (questões 857 a 1001) Lei de Responsabilidade Fiscal L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 3 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR CAPÍ TULO 1 TÓPI COS DE FI NANÇAS PÚBL I CAS: FUNÇÕES DO GOVERNO. FALHAS DE MERCADO E PRODU ÇÃO DE BENS PÚBLI COS. TEORI A DA TRI BUTAÇÃO. 1. (CESPE/ ANALI STA/ I EMA-ES/ 2007) As finanças públicas incluem a at ividade de obtenção e aplicação dos recursos para o custeio dos serviços públicos e para o atendim ento das necessidades da população. 2. (CESPE/ AUFC/ TCU/ 2008) A cham ada lei de Wagner preconiza que, em países indust r ializados, o setor público cresce sem pre a taxas m ais elevadas que o nível de renda, de tal form a que a part icipação relat iva do governo na econom ia cresce com o próprio r itm o de crescim ento econôm ico do país. 3. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) A globalização econôm ica e o crescim ento regular da produção indust r ial provocam um enfraquecim ento do Estado. Com isso, ele deixa de ser um agente econôm ico im portante no atendim ento das necessidades colet ivas, o que provoca redução dos gastos governam entais. 4. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. SAÚDE/ 2008) A polít ica fiscal é dividida em dois segm entos: a polít ica t r ibutár ia, cujo objet ivo é captar os recursos necessários ao atendim ento das funções da adm inist ração pública, e a polít ica orçam entária, que t rata da aplicação desses recursos. 5. (CESPE/ OFI CI AL/ ABI N/ 2010) Com o inst rum ento da polít ica de estabilização econôm ica, o orçam ento pode apontar ora na prom oção de um a expansão da dem anda, gerando superávit , ora na cont ração da dem anda, gerando déficits. 6. (CESPE/ ANALI STA/ ANEEL/ 2010) De acordo com a solução de Pareto, considera-se que a economia at inge a m áxim a eficiência quando m odificações em determ inada alocação de recursos se revelam capazes de m elhorar o nível de bem -estar de um a com unidade sem prejudicar o bem -estar individual. 7. (CESPE/ ANALI STA/ STF/ 2008) A adoção do orçam ento m oderno está associada à concepção do m odelo de Estado que, desde L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 4 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR antes do final do século XI X, deixa de caracterizar-se por m era postura de neut ralidade, própria do laissez- faire, e passa a ser m ais intervencionista, no sent ido de corr igir as imperfeições do m ercado e prom over o desenvolvim ento econôm ico. 8. (CESPE/ AGENTE/ ABI N/ 2010) Fatores dem ográficos podem explicar o crescim ento do gasto público, com o ocorre, por exem plo, quando os gastos com saúde e previdência aum entam à m edida que a população se torna idosa. 9. (CESPE/ TÉCNI CO/ TRE-MG/ 2008) A at ividade do Estado na alocação de recursos just ifica-se naquelas situações em que são ut ilizadas as receitas orçam entárias para provisão de bens que tenham as característ icas de bens pr ivados, m as que m om entaneam ente não estão sendo produzidos pelo m ercado. 10. (CESPE/ ANALI STA/ MDS/ 2006) As necessidades alçadas à condição de m eritór ias pela sociedade devem ser atendidas segundo o pr incípio da exclusão, que pressupõe a disposição do consum idor a pagar o preço de m ercado pelo bem ou serviço oferecido pelo seu produtor ou prestador. 11. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) Os gastos com saúde no âm bito da seguridade social brasileira são um exem plo da provisão, por parte do setor público, de bens m eritór ios, para os quais os recursos são obt idos com pulsoriam ente por m eio da t r ibutação. 12. (CESPE/ CONTADOR/ I PAJM-ES/ 2006) Em finanças públicas, considera-se que as necessidades m eritór ias, ao se alçarem à categoria de públicas, pressupõem que os beneficiár ios dos serviços estatais se exim ir iam de m anifestar suas preferências, pois tais serviços seriam obrigatoriam ente prestados, independentem ente de m anifestação. 13. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) A existência dos bens públicos é que perm ite a alocação ót im a de recursos na econom ia, superando a ineficiência do m ercado na garant ia adequada de produtos e serviços que são necessários à sociedade. 14. (CESPE/ CONSULTOR/ CÂMARA/ 2003) A ausência de recursos pr ivados necessários ao financiam ento dos projetos de grande L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 5 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR porte em setores essenciais ao desenvolvim ento pode ser considerada um exem plo de m ercados incom pletos, just ificando, pois, a part icipação direta do Estado nessas áreas, m ediante a cr iação dos m onopólios estatais. 15. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) Na existência de um m onopólio natural, ou seja, quando se configura situação de m ercado em que o tam anho ót im o de instalação e de produção de um a em presa é suficientem ente grande para atender todo o m ercado, o Estado pode responsabilizar-se diretam ente pela produção do bem ou do serviço. 16. (CESPE/ ANALI STA/ TJCE/ 2008) No período pós-privat ização, o papel do Estado m odificou-se, dado que, para vários serviços de ut ilidade pública — com o telecomunicações e elet r icidade —, passou de provedor ou produtor do serviço para agente regulador, atuando na fiscalização do setor no que diz respeito à fixação dos preços e à quant idade e qualidade dos serviços oferecidos.17. (CESPE/ ESPECI ALI STA/ ANAC/ 2009) Ent re os aspectos posit ivos do processo de privat ização brasileiro, no passado recente, incluem -se, além das m elhorias de eficiência das empresas privat izadas, o fato de que ele impediu que os elevados deficits pr im ários pressionassem a dívida pública e garant iu, ainda, o financiam ento parcial dos desequilíbr ios externos. 18. (CESPE/ ESPECI ALI STA/ ANEEL/ 2010) A ident ificação de vários t ipos de vícios ou im perfeições do m ercado tem ensejado um a série de intervenções governam entais regulatór ias, o que, no Brasil, está em coerência com o próprio texto const itucional, que estabelece, com o um dos pr incípios da ordem econôm ica, a livre concorrência. No caso de serviços públicos, a concessão a em presas privadas é um a das form as de o governo t ransferir para terceiros toda a responsabilidade pelo atendim ento à população em condições de livre m ercado. 19. (CESPE/ ANALI STA/ PREVI C/ 2011) As necessidades sociais não podem ser atendidas pelos m ecanism os convencionais do m ercado, visto que a elas não se aplica o pr incípio da exclusão e, em tais situações, os bens e serviços são consum idos por todos em quant idades iguais. Tais necessidades sociais têm de ser financiadas por via orçam entária. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 6 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 20. (CESPE/ AGENTE/ ABI N/ 2010) As externalidades posit ivas ou negat ivas são os efeitos diretos e indiretos sobre determ inados agentes do sistem a econôm ico e decorrem de t ransações sobre as quais esses agentes não exercem cont role. 21. (CESPE/ ANALI STA/ ANATEL/ 2004) Em determ inado m ercado, a existência de custos fixos elevados, bem com o a presença de externalidades e de assim et r ias de inform ação, im põe rest r ições à adoção do paradigm a com pet it ivo, fazendo que a fixação de esquem as regulatór ios cont r ibua para aum entar os níveis de eficiência nesses m ercados. 22. (CESPE/ ANALI STA/ ANA/ 2006) Em razão da existência de im portantes econom ias de escala, decorrente, em parte, da existência de elevados custos fixos, a m onopolização dos sistem as de abastecim ento de água pode aum entar a eficiência e reduzir os custos m édios de produção e provisão da água t ratada, com ercializada por esses sistem as. 23. (CESPE/ ANALI STA/ SEGER-ES/ 2007) No m ercado de telefonia, a presença de custos fixos elevados e de assim et r ias de inform ação lim ita a com pet ição e exige a adoção de um m arco regulatór io para a redução das perdas relat ivas a bem -estar. 24. (CESPE/ ACE/ TCU/ 2008) A teoria de finanças públicas consagra ao Estado o desem penho de t rês funções prim ordiais: alocat iva, dist r ibut iva, e estabilizadora. A função dist r ibut iva deriva da incapacidade do m ercado de suprir a sociedade de bens e serviços de consum o colet ivo. Com o esses bens e serviços são indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado dest inar recursos de seu orçam ento para produzi- los e sat isfazer sua dem anda. 25. (CESPE/ ANALI STA/ TST/ 2008) O orçam ento público passa a ser ut ilizado sistem at icam ente com o inst rum ento da polít ica fiscal do governo a part ir da década de 30 do século XX, por influência da dout r ina keynesiana, tendo função relevante nas polít icas de estabilização da econom ia, na redução ou expansão do nível de at ividade. 26. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) As polít icas keynesianas defendem a presença do Estado na L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 7 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR econom ia, por m eio da im plem entação de polít icas indutoras de invest im entos e geradoras de renda e em prego, com binadas com polít icas de conteúdo redist r ibut ivo. 27. (CESPE/ AUFC/ TCU/ 2009) Em épocas de estagnação e recessão econôm ica, as concepções keynesianas têm dado suporte à flexibilização na aplicação do pr incípio do equilíbr io orçam entário, defendendo, inclusive, um m aior endividam ento público, possibilitando um a ut ilização intensiva de recursos ociosos ester ilizados por agentes econôm icos pr ivados. 28. (CESPE/ ANALI STA/ ANEEL/ 2010) Um a das at r ibuições econôm icas governam entais é a de prom over ajustam entos na alocação de recursos, por exem plo, nas at ividades relacionadas à expansão da infraest rutura econôm ica. A intervenção governam ental é just ificada pela ausência de condições no m ercado que assegurem m aior eficiência na ut ilização dos recursos econôm icos. 29. (CESPE/ ANALI STA/ I NMETRO/ 2007) Na insuficiência de capitais pr ivados, invest im entos estatais na produção de elet r icidade e de out ros t ipos de infraest rutura, indispensáveis ao crescim ento econôm ico, fazem parte da função alocat iva do governo. 30. (CESPE/ TÉCNI CO/ TRE-MG/ 2008) A cham ada função estabilizadora exercida pelo governo visa o provim ento de bens públicos para todos os consum idores, em face das im perfeições inerentes à própria lógica de m ercado, que determ ina o t ipo e a quant idade de bens públicos a serem ofertados à população. 31. (CESPE/ ANALI STA/ TST/ 2008) A ut ilização da polít ica orçam entária para os propósitos de estabilização econôm ica im plica prom over ajustes no nível da dem anda agregada, expandindo-a ou rest r ingindo-a, e provocando a ocorrência de deficits ou superavits. 32. (CESPE/ ANALI STA/ PREF. VI TÓRI A/ 2008) A adoção dos sistem as de im posto de renda progressivo, além de reflet ir a função dist r ibut iva do governo, cont r ibui para estabilizar a econom ia. 33. (CESPE/ TÉCNI CO/ TRE-MG/ 2008) O governo pode realizar ajustam ento na redist r ibuição da renda e da r iqueza do país ut ilizando inst rum entos com o t ransferências, im postos e L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 8 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR subsídios. Por exem plo, o Estado pode t r ibutar indivíduos de alta renda e ut ilizar os recursos captados para o financiam ento de program as para a parcela de baixa renda da população. 34. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) O desenvolvim ento do sistem a de seguridade social no Brasil após a Const ituição Federal de 1988 é um exem plo do cum prim ento da função dist r ibut iva do governo. 35. (CESPE/ ANALI STA/ TJCE/ 2008) Polít icas fiscais expansionistas im plem entadas m ediante redução de im postos e aum ento de gastos públicos ilust ram a função estabilizadora do governo. 36. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) As polít icas públicas do Estado, pr incipalm ente a m onetária e a fiscal, com vistas a prom over um alto nível de em prego na econom ia, são exem plos da função estabilizadora exercida pelo governo. 37. (CESPE/ TÉCNI CO/ TRE-MG/ 2008) O orçam ento público é um im portante inst rum ento da polít ica de estabilização econôm ica. Por isso, não se recom enda a realização de m udanças nas receitas e nas despesas públicas, visando o cont role da inflação e do crescim ento econôm ico. 38. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) Por m eio da polít ica alocat iva, o governo pode reduzir os gastos públicos, com o objet ivo de inibir o consum o na sociedade, e elevar a alíquota de im postos, visando assegurar o cont role dos preços na econom ia. 39. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. SAÚDE/ 2008) Ent re as funções essenciais do governo está a cham ada função dist r ibut iva, ou seja, a capacidade de intervir no m ercado por m eio davariação dos gastos públicos ou da arrecadação de im postos, de form a a equilibrar os excessos ou insuficiências da dem anda agregada. 40. (CESPE/ AUDI TOR/ PREF. LI MEI RA/ 2006) A indivisibilidade no consum o dos bens públicos, decorrente do seu caráter de não- exclusão de qualquer indivíduo, resulta em que o consum o de cada indivíduo é igual ao total da produção. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 9 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 41. (CESPE/ ANALI STA/ MCT/ 2008) Não obstante as discussões sobre a redefinição das funções do Estado m oderno, não está em questão o seu papel na produção dos bens públicos. Aos bens públicos t radicionais, que com preendem a defesa, a just iça e a segurança, têm -se agregado crescentem ente novas áreas, ent re as quais se destacam a proteção e o t rato das questões am bientais. 42. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) Um a diferença essencial ent re o bem público e o bem privado diz respeito à exclusão de determ inados indivíduos do consum o desse bem . Na m edida em que o Estado regula a produção de um bem privado, assegurando sua oferta pelo m ercado, todos os indivíduos poderão consum i- lo, sem exclusão. 43. (CESPE/ CONTADOR/ SEAD-PA/ 2004) Denom inam -se bens públicos sem ipúblicos ou m eritór ios aqueles que possuem característ icas de bens privados e que são oferecidos por m eio de m ecanism os próprios do sistem a de m ercado, porém em quant idade insuficiente para atender à dem anda. Como a natureza pr ivada desses bens tem m enor im portância que sua ut ilidade social, em função das externalidades desejáveis que provocam na econom ia (m érito social) , o governo aloca recursos públicos em sua provisão, visando garant ir a com plem entação necessária à sat isfação das necessidades da sociedade. 44. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. PREVI DÊNCI A/ 2010) A característ ica essencial dos bens sem ipúblicos é seu elevado conteúdo de externalidades. I sso significa que os benefícios advindos de seu consum o não são totalm ente internalizados pelo indivíduo que consom e esses bens, espalhando-se um a parcela considerável desses benefícios por toda a colet ividade. 45. (CESPE/ AUDI TOR/ AUGE-MG/ 2009) O sistem a t r ibutár io deve ser est ruturado de form a a interfer ir ao m áxim o na alocação de recursos da econom ia. 46. (CESPE/ AUDI TOR/ AUGE-MG/ 2009) O conceito da eficácia da t r ibutação estabelece que o sistem a t r ibutár io não provoque um a distorção na alocação dos recursos. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 10 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 47. (CESPE/ ANALI STA/ TRE-MT/ 2010) O t r ibuto que tem por fato gerador um a situação independente de qualquer at ividade estatal específica relat iva ao cont r ibuinte é denom inado im posto. 48. (CESPE/ ESPECI ALI STA/ ANEEL/ 2010) Cont r ibuição é o t r ibuto cuja obrigação tem por fato gerador um a situação independente de qualquer at ividade estatal específica, relat iva ao cont r ibuinte. 49. (CESPE/ ANALI STA/ PREVI C/ 2011) Os im postos cobrados pela União, pelos estados, pelo Dist r ito Federal e pelos m unicípios, no âm bito de suas respect ivas com petências, são t r ibutos cuja obrigação tem por fato gerador um a situação independente de qualquer at ividade estatal específica relat iva ao cont r ibuinte. Portanto, o Estado não fica vinculado a nenhum a cont raprestação para o cont r ibuinte que pagou o refer ido im posto. 50. (CESPE/ TÉCNI CO/ MPU/ 2010) Alguns serviços públicos são prestados som ente quando solicitados, caso em que sua rem uneração é feita pelos indivíduos que deles se beneficiem diretam ente. 51. (CESPE/ ESPECI ALI STA/ ANTAQ/ 2009) As taxas cobradas pelos estados, no âm bito de suas respect ivas at r ibuições, podem ter com o fato gerador a ut ilização, efet iva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao cont r ibuinte. 52. (CESPE/ ANALI STA/ TJCE/ 2008) As cont r ibuições sociais, ainda que por sua natureza se dest inem a determ inadas finalidades, têm sido m uito ut ilizadas no âmbito da União com o form a de aum entar o m ontante e a sua part icipação nos recursos t r ibutár ios nacionais. A não-vinculação, de acordo com a CF, se aplica apenas aos im postos. 53. (CESPE/ TÉCNI CO/ MPU/ 2010) De acordo com a CF, a União pode ut ilizar os recursos dos im postos federais at r ibuídos aos estados e m unicípios para pagam ento de seus créditos, inclusive o de suas autarquias. 54. (CESPE/ PROCURADOR/ TCE-ES/ 2009) As cont r ibuições no interesse de categorias profissionais ou econôm icas, conhecidas tam bém por cont r ibuições corporat ivas, incluem as cont r ibuições L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 11 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR sindicais e as cont r ibuições para os conselhos de fiscalização profissional. 55. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ I PEA/ 2008) Os em prést im os com pulsórios som ente podem ser inst ituídos pelos estados com autorização federal e desde que dest inados a calam idades públicas. 56. (CESPE/ ANALI STA/ TCE-AC/ 2006) O valor arrecadado pelo pagam ento das cont r ibuições de m elhoria não poderá ser superior ao custo total da obra. 57. (CESPE/ ACE/ TCE-TO/ 2008) Os im postos ext rafiscais são aqueles que possuem com o prim acial função carrear disponibilidades financeiras aos cofres públicos. 58. (CESPE/ ESPECI ALI STA/ ANTAQ/ 2009) Os t r ibutos não têm apenas finalidade fiscal, que é arrecadar recursos para o Estado, pois algum as espécies t r ibutár ias têm finalidade ext rafiscal, que tem o escopo de est im ular ou desest im ular o uso ou consum o de determ inados produtos ou m ercadorias. 59. (CESPE/ ACE/ TCE-TO/ 2008) I m posto parafiscal é aquele cuja finalidade principal não é arrecadatória, m as de cont role da balança com ercial, da inflação, das taxas de juros e de desest ím ulo à m anutenção de propriedades im produt ivas. 60. (CESPE/ ACE/ TCE-TO/ 2008) O im posto sobre operações relat ivas à circulação de m ercadorias e sobre prestações de serviços ( I CMS) é classificado com o im posto indireto, pois o cont r ibuinte de direito recolhe o valor devido e t ransfere o ônus econôm ico para o cont r ibuinte de fato. 61. (CESPE/ ACE/ TCE-TO/ 2008) Considera-se im posto regressivo aquele em que o ônus da carga t r ibutár ia é repart ido de m aneira uniform e ent re as várias classes de renda da sociedade. 62. (CESPE/ ANALI STA/ MPU/ 2010) Um im posto progressivo estabelece um a relação decrescente ent re carga t r ibutár ia e renda. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 12 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 63. (CESPE/ ESPECI ALI STA/ ANTAQ/ 2009) Taxas sujeitam -se aos pr incípios t r ibutár ios, o que não ocorre com preços públicos. 64. (CESPE/ TÉCNI CO/ MPU/ 2010) Alguns serviços públicos são prestados som ente quando solicitados, caso em que sua rem uneração é feita pelos indivíduos que deles se beneficiem diretam ente. 65. (CESPE/ ANALI STA/ STM/ 2011) Se determ inado m unicípio cr iar um a taxa de fiscalização sanitár ia, poderá vincular o produto de sua arrecadação para a const ituição de um fundo especial com o objet ivo de const ruir um a usina de reciclagem de lixo. 66. (CESPE/ TÉCNI CO/ MPU/ 2010) O preço público se diferencia da taxa porque nasce do fornecim ento deum bem e decorre de um cont rato ent re as partes, ao passo que as taxas se referem aos serviços. 67. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ I PEA/ 2008) Os entes das t rês esferas de governo têm a com petência para inst ituir im postos, taxas e cont r ibuições sociais, além de out ros t r ibutos, nos lim ites estabelecidos na Const ituição Federal (CF) . 68. (CESPE/ TÉCNI CO/ PREF. LI MEI RA/ 2006) A inst ituição de novos im postos é prerrogat iva da União, m as eles não poderão ser cum ulat ivos. 69. (CESPE/ TÉCNI CO/ PREF. LI MEI RA/ 2006) O custo da pavim entação de via pública realizada pelo Estado pode ser rateado ent re os proprietár ios de im óveis beneficiados por m eio de cont r ibuição de m elhoria, que será inst ituída pelo m unicípio. 70. (CESPE/ ANALI STA/ DETRAN-PA/ 2006) No Brasil, as t ransferências t r ibutár ias const itucionais ent re a União, estados e m unicípios são const ituídas por repasse de parte da arrecadação para determ inado governo ou m ediante a form ação de fundos especiais. Essas t ransferências sem pre ocorrem do governo de m aior nível para os de m enores níveis, quais sejam : da União para estados; da União para municípios; ou de estados para m unicípios. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 13 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 71. (CESPE/ AUDI TOR/ TCU/ 2006) O poder de t r ibutar que a União detém abrange as cinco espécies t r ibutár ias — im postos, taxas, cont r ibuições de m elhoria, em prést im os com pulsórios e cont r ibuições especiais. O poder de t r ibutar dos estados e dos m unicípios, por sua vez, é rest r ito a im postos, taxas e cont r ibuições de m elhoria. 72. (CESPE/ PROCURADOR/ AGU/ 2010) Estado da Federação tem com petência pr ivat iva e plena para dispor sobre norm as gerais de direito financeiro. 73. (CESPE/ I NSPETOR/ TCE-RN/ 2009) No que se refere às norm as gerais sobre finanças públicas, os estados e m unicípios adotam o disposto em lei com plem entar federal. 74. (CESPE/ PROCURADOR/ TCE-ES/ 2009) De acordo com o entendim ento do STF, a im unidade t r ibutár ia recíproca ent re os entes da Federação, prevista na CF, é aplicável tanto aos im postos quanto às taxas. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 14 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR GABARI TO 1 C 3 1 C 6 1 E 2 C 3 2 E 6 2 E 3 E 3 3 C 6 3 C 4 C 3 4 C 6 4 C 5 E 3 5 C 6 5 C 6 E 3 6 C 6 6 E 7 C 3 7 E 6 7 C 8 C 3 8 E 6 8 C 9 E 3 9 E 6 9 E 1 0 E 4 0 C 7 0 C 1 1 C 4 1 C 7 1 E 1 2 C 4 2 E 7 2 E 1 3 E 4 3 C 7 3 C 1 4 C 4 4 C 7 4 E 1 5 C 4 5 E 1 6 C 4 6 E 1 7 C 4 7 C 1 8 E 4 8 E 1 9 C 4 9 C 2 0 C 5 0 C 2 1 C 5 1 C 2 2 C 5 2 C 2 3 C 5 3 E 2 4 E 5 4 C 2 5 C 5 5 E 2 6 C 5 6 C L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 15 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 2 7 C 5 7 E 2 8 C 5 8 C 2 9 C 5 9 E 3 0 E 6 0 C L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 16 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR COMENTÁRI OS: 1. CERTO. Segundo a dout r ina, a disciplina “ finanças públicas” , que t raça relações com a econom ia, o direito e a adm inist ração, contem pla quat ro braços da atuação estatal no cam po econôm ico- financeiro, a saber: a receita pública e o crédito público, concernentes à obtenção de recursos; a despesa pública, relat iva à execução dos program as e at ividades a cargo do Estado; e o orçam ento público, que diz respeito ao gerenciam ento desses elem entos citados. 2. CERTO. A questão reproduziu o teor da Lei de Wagner (Adolf Wagner, econom ista alem ão) , que t rata de razões para a expansão das despesas públicas nos países ocidentais. Para seguidores da teoria desse autor, o crescim ento econôm ico nacional, por si só, seria um im pulso à expansão dos gastos públicos, em razão de t rês causas pr incipais: o crescim ento das funções adm inist rat ivas e de segurança; as dem andas por m aior bem -estar social, especialm ente as relat ivas a educação e saúde; e a m aior intervenção do governo no processo produt ivo. 3. ERRADO. Trata-se exatam ente do cont rár io: a globalização e o desenvolvim ento econôm ico desencadearam um fortalecim ento do Estado, que cum pre funções im portantes em prat icam ente todos os países, envolvendo o aum ento do gasto público. 4. CERTO. Essa é a divisão conceitual da polít ica fiscal, que, apesar do nom e, tem alcance m ais am plo que o estudo dos t r ibutos (que rem ete à ideia de “ fisco” ) . 5. ERRADO. Ocorre o inverso: para expandir a dem anda agregada, o governo, de m odo a aum entar seus gastos, pode assum ir déficits, endividando-se para auferir m ais recursos; e, para cont ração da dem anda, prom ove-se rest r ição orçam entária e geração de superávits. 6. ERRADO. A solução, ou “ót im o” , de Pareto representa um a situação teórica em que, num a dada econom ia, os recursos produt ivos e financeiros ter iam aproveitam ento m áxim o, de m odo que o aum ento de bem -estar de um agente só poderia ocorrer ao custo da dim inuição do bem -estar de out ro(s) . L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 17 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 7. CERTO. A evolução do orçam ento dá-se, geralm ente, no sent ido de sua am pliação e m aior sofist icação, acom panhando a tendência (oscilante, é verdade) de aum ento da part icipação do Estado na econom ia. Assim , a quase neut ralidade t r ibutária do orçam ento t radicional, pelo reduzido im pacto no produto interno das econom ias, foi subst ituída pela ut ilização do orçam ento com o ferram enta de desenvolvim ento econôm ico e de tentat iva de correção das falhas de m ercado. 8. CERTO. Um dos principais fatores de pressão sobre o aum ento das despesas públicas reside nos fatores dem ográficos. Com o, em regra, as populações ao redor do m undo experim entam um a fase de am pliação da expectat iva de vida, é natural que aum entem as dem andas por ações governam entais dir igidas às faixas etárias m ais avançadas, nas áreas de saúde e previdência. 9. ERRADO. A ação estatal relat iva à alocação de recursos é just ificada pela provisão de bens públicos e sem ipúblicos, e não de bens privados, já que estes têm seu fornecim ento e preço regulados pelas regras de m ercado. É im portante regist rar que, caso bens pr ivados tenham relevância socioeconôm ica suficiente para ter sua provisão assum ida ou incent ivada pelo Estado, nesse caso, passam a ser considerados sem ipúblicos. 10. ERRADO. Por partes: o pr incípio da exclusão, em econom ia, aplica-se aos bens privados, e significa que o consum o de determ inado bem é garant ido a quem paga por esse consum o, de form a que não se observa o “efeito carona” (consum o de bens por agentes que não o custearam ) . Em segundo lugar, as necessidades ou bens considerados m eritór ios (ou sem ipúblicos) são aqueles que, em bora tenham característ icas de bens privados, têm im portância social suficiente para que o Estado garanta seu fornecim ento em m aior quant idade, ou de form a m ais facilitada, do que o m ercado estar ia apto/ disposto a fornecer. Dessa form a, o Estado não perm ite que se concret ize totalm ente o pr incípio da exclusão relat ivam enteaos bens m eritór ios. 11. CERTO. Saúde (em but ida em “seguridade social” ) e educação são consideradas os bens m eritór ios m ais em blem át icos, cujo fornecim ento, quanto m aior, m ais t raz benefícios colet ivos, o que as coloca no topo da lista de pr ior idades dos governos. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 18 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 12. CERTO. O enunciado apresenta a descrição do “efeito carona” quanto ao consum o de bens públicos e sem ipúblicos num a econom ia. No caso dos bens públicos puros, o m ecanism o de m ercado não seria de qualquer form a aplicável a seu fornecim ento, pela im possibilidade de im pedir seu consum o por quem quer que fosse ( just iça, segurança pública, defesa nacional etc.) . Assim , ao invés de esperar pela m anifestação de agentes no sent ido de fornecer tais bens, o Estado assum e essa provisão, custeando sua operação por m eio da cobrança de t r ibutos. 13. ERRADO. A existência de bens públicos, ao cont rár io, im pede o alcance de um a alocação ót im a de recursos na economia, já que, quanto ao fornecim ento desses bens (que são absolutam ente necessários num a econom ia) , o m ercado seria ineficiente. 14. CERTO. O conceito da falha de m ercado cham ada “m ercado incom pleto” diz respeito à impossibilidade setor izada de fornecim ento de determ inados bens, m esm o havendo consum idores dispostos a pagar pelo consum o. I sso ocorre pela necessidade de m obilização de alta som a de recursos para que o fornecim ento t ivesse início, envolvendo r iscos e grande disponibilidade financeira. Para suprir essa falha, e considerando que o m ercado incom pleto se t rata de um setor im portante, o Estado pode assum ir diretam ente a disponibilização dos bens e serviços correlatos. 15. CERTO. Com o o m onopólio natural nas m ãos de atores privados afastar ia um dos pr incipais m ecanism os de autorregulação econôm ica – a concorrência –, o funcionam ento do m ercado não se daria de form a equilibrada. Com isso, m onopólios naturais não podem servir apenas à obtenção de lucro pelo agente fornecedor responsável. Daí a necessidade de intervenção estatal, ora na regulação, ora na assunção direta do m onopólio. 16. CERTO. A década de 90 t rouxe ao Brasil um a m udança no papel do Estado quanto a setores est ratégicos da econom ia, em que, histor icam ente, t inha assum ido o provim ento de bens e serviços. Com as privat izações das estatais atuantes nesses setores, o poder público buscou fortalecer suas funções regulatór ias, cr iando, tam bém a esse tem po, diversas agências reguladoras. 17. CERTO. Com a t ransferência do cont role de estatais à iniciat iva pr ivada, o governo federal pôde reduzir o volum e de despesas L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 19 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR t ransfer idas a essa categoria de em presas, com a consequente m elhora do resultado prim ário. 18. ERRADO. A concessão de serviços a atores privados não leva ao fornecim ento desses serviços em condições de livre m ercado, tendo em vista a existência de m arcos regulatór ios, segundo os quais o ente público se com prom ete a m anter a fiscalização e o cum prim ento de determ inadas cláusulas, com o fito de com pat ibilizar o interesse público com o ganho econôm ico das concessionárias. 19. CERTO. A questão ret rata a pr incipal just ificat iva para a intervenção estatal nas at ividades econôm icas. A constatação de falhas próprias dos m ecanism os de m ercado leva à tentat iva de sua correção ou am enização por m eio de ações governam entais, financiadas pelo orçam ento anual. 20. CERTO. As at ividades econôm icas dos atores, em determ inado sistem a, geram efeitos diretos e indiretos sobre os dem ais. Tais efeitos podem ser posit ivos, potencializando o bem -estar alheio, ou negat ivos, dim inuindo-o. Com o dito no enunciado, os agentes não exercem cont role sobre as externalidades, pelo fato de não serem fenôm enos produzidos intencionalm ente. 21. CERTO. A questão m encionou alguns t ipos de falhas de m ercado, cujos im pactos negat ivos podem ser dim inuídos m ediante a intervenção estatal. 22. CERTO. Trata-se de um a hipótese de m onopólio natural, em que a pulverização da oferta por m eio de vários agentes levaria a um aum ento do custo m édio do bem , em razão da deseconom ia de escala produzida. Nessas condições, visando à m anutenção do preço em níveis reduzidos, torna-se m ais conveniente a m anutenção da oferta em poder de poucos atores. 23. CERTO. Assim com o no fornecim ento de água e de energia, no setor de telefonia tam bém não há vantagens econôm icas na pulverização da oferta. Dessa form a, o m ercado concent rado nas m ãos de poucos agentes dem anda a regulação pelo Estado, de m odo a com pat ibilizar as pretensões de lucro dos fornecedores com o bem -estar dos consum idores. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 20 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 24. ERRADO. Apesar de a questão ter indicado corretam ente as t rês funções clássicas do Estado, a descrição feita na segunda parte do enunciado corresponde à função alocat iva. 25. CERTO. Segundo a concepção de John Maynard Keynes, econom ista br itânico, o Estado deveria assum ir as rédeas da econom ia nacional a fim de com bater cr ises e m anter o desenvolvim ento equilibrado, ora acelerando, ora dim inuindo o aquecim ento da econom ia. 26. CERTO. Principalm ente para m om entos de cr ise, em que o m ercado não conseguiu sustentar o desenvolvim ento equilibrado da econom ia, as teorias keynesianas foram entendidas com o recom endadas, a fim de se obterem os resultados descritos no enunciado. 27. CERTO. Segundo a teoria keynesiana, o Estado, no intuito de superar m om entos de cr ise econôm ica, poderia assum ir, inclusive, altos níveis de endividam ento, a fim de canalizar recursos eventualm ente ociosos para o desenvolvim ento de at ividades públicas. 28. CERTO. Muitas vezes, nesse assunto, o próprio vocabulár io das questões indica qual função governam ental está sendo focalizada. No caso, a “alocação de recursos” refere-se à função alocat iva, que t rata das decisões sobre quais setores serão favorecidos com a aplicação de recursos públicos. 29. CERTO. As decisões governamentais sobre em que setores aplicar os recursos arrecadados dos part iculares, em nom e do benefício com um , fazem parte da função alocat iva. 30. ERRADO. A descrição feita na questão refere-se à função alocat iva, não à estabilizadora. 31. CERTO. A função estabilizadora objet iva m anter o equilíbr io sobre o nível de preços e sobre a oferta de em pregos, a part ir do nível de dem anda que o governo exerce sobre a econom ia. 32. ERRADO. A adoção de um sistema progressivo de im posto de renda explicita diretam ente som ente o exercício da função L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 21 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR dist r ibut iva. Não se garante, apenas com isso, a estabilização econôm ica. 33. CERTO. Está sendo descrito um dos m ecanism os de redist r ibuição de renda, a part ir do sistem a t r ibutár io. Sistem as ditos progressivos prom ovem esse t ipo de efeito, canalizando recursos das faixas m ais abastadas para as m enos favorecidas. 34. CERTO. Segundo a literatura, a CF/ 88 e as leis que a seguiram prom overam ajustes até m ais doque razoáveis relat ivam ente à função dist r ibut iva, favorecendo, no tocante à previdência, pessoas que não haviam cont r ibuído para o sistem a, bem com o cr iando um a série de benefícios. 35. CERTO. A função estabilizadora reflete-se na ut ilização da polít ica econôm ica do governo para aum entar ou dim inuir a dem anda agregada, para m anter equilibrados o nível de preços e a oferta de em prego, em conform idade com a tendência à depressão ou ao aquecim ento da econom ia. 36. CERTO. A função estatal relacionada à m anutenção de um nível sustentável de em pregos na econom ia é a estabilizadora, para a qual concorrem vários m ecanism os. 37. ERRADO. Ao cont rár io: m udanças na polít ica fiscal são inst rum entos apropriados para a estabilização econôm ica, para o cont role inflacionário e do crescim ento econôm ico. 38. ERRADO. As característ icas explicitadas no enunciado dizem respeito à função estabilizadora do Estado, não à função alocat iva. 39. ERRADO. Novam ente, a descrição do enunciado corresponde à função estabilizadora do Estado. 40. CERTO. Bens públicos são conceituados com o aqueles cujo consum o pela população dá-se de form a indivisível e não r ival. A indivisibilidade do consum o de um bem se refere ao fato de suas “parcelas” , consum idas pelos cidadãos, não serem passíveis de m ensuração, de form a que sua disponibilidade favorece de form a hom ogênea os beneficiár ios – ou, falando de out ra form a, os bens públicos são disponibilizados por inteiro para todos os L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 22 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR beneficiár ios. A r ivalidade do consum o consiste na dim inuição da disponibilidade de um bem a part ir do m om ento em que um beneficiár io dele se ut iliza; no caso dos bens públicos, o usufruto por parte de um beneficiár io não im plica a redução da oferta relat ivam ente a out ros. Com essas característ icas, os m ecanism os básicos do m ercado não funcionam a contento, pela im possibilidade de fixar um preço dos bens públicos e de at r ibuir a cada beneficiár io a parcela respect iva de seu consum o. 41. CERTO. A preservação am biental figura atualm ente com o um dos pr incipais bens públicos ofertados, som ando-se aos itens clássicos listados no enunciado da questão. 42. ERRADO. Mesm o que o fornecim ento de um bem privado seja favorecido pela ação do poder público, aum entando sua disponibilidade, suas característ icas básicas perm anecem inalteradas: no consum o, haverá r ivalidade/ exclusão (dim inuição da quant idade disponibilizada à m edida que ocorre o consum o) e divisibilidade (possibilidade de m ensuração da parcela consum ida por cada beneficiár io) . 43. CERTO. Os bens sem ipúblicos ou m eritór ios, cujos exem plos clássicos são a saúde, a educação e a previdência social, têm natureza e todas as característ icas de bens privados, tanto que podem ser fornecidos por atores pr ivados. Ent retanto, por sua relevância social, têm seu fornecim ento favorecido pela ação governam ental, a exem plo dos bens públicos. 44. CERTO. A produção de externalidades posit ivas, com efeitos abrangentes a toda a sociedade, é a pr incipal razão do fom ento público à produção de bens m eritór ios. 45. ERRADO. Um dos pr incípios básicos da t r ibutação é o da neut ralidade, segundo o qual a cobrança de t r ibutos deve interfer ir o m ínim o possível nas decisões econôm icas dos atores pr ivados. 46. ERRADO. O esforço de evitar distorções na alocação dos recursos num a econom ia tem a ver com o princípio t r ibutár io da neut ralidade. 47. CERTO. O enunciado reproduz o conceito de im posto inst ituído no Código Tributár io Nacional (Lei 5.172/ 66) . Os recursos L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 23 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR decorrentes da arrecadação de im postos, com o regra, não se vinculam à prestação de serviços ou oferta de bens públicos à população, podendo ser cobrados independentem ente da prestação dessas ações governam entais. 48. ERRADO. O conceito refer ido no enunciado é o de im posto, não o de cont r ibuição. 49. CERTO. Com o dito, a cobrança de im postos não gera para o cont r ibuinte o direito de receber qualquer cont raprestação por parte do ente público arrecadador. 50. CERTO. A prestação de certos serviços públicos tem , por vezes, sua dem anda m ais localizada ou rest r ita a determ inado grupo, o que exige out ras form as de custeam ento, diferentes da cobrança am pla e genérica própria dos im postos. Assim , a arrecadação dos recursos necessários, nesses casos, não pode ocorrer m ediante a cobrança de im postos, m as de out ras espécies t r ibutár ias ( t ipicam ente, taxas) . 51. CERTO. O enunciado reproduz parte do conceito legal de taxa, t razido pelo Código Tributár io Nacional. Para a cobrança de taxas, um a das hipóteses legais é a ut ilização (que não precisa ser efet iva, bastando a possibilidade de ut ilização) de serviços públicos específicos e divisíveis prestados pelo poder público. 52. CERTO. Conform e a CF/ 88, os im postos federais devem ser repart idos com os entes federados m enores, m esm o aqueles im postos que venham a ser cr iados futuram ente. Em razão desse fato, a União, que perdeu parte da arrecadação t r ibutár ia total devido ao sistem a t r ibutár io t razido pela nova const ituição, buscou reverter a tendência com o increm ento da arrecadação proveniente de cont r ibuições, que não se subm etem ao regim e de repart ição. 53. ERRADO. O enunciado distorceu o previsto no art . 160, parágrafo único, inc. I , da CF/ 88, que perm ite à União e aos Estados condicionar a ent rega de recursos relat iva à repart ição de suas receitas t r ibutár ias ao pagam ento de créditos pelos entes favorecidos. 54. CERTO. Os recursos advindos das cont r ibuições de interesse de categorias profissionais ou econôm icas são geridos pelas L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 24 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR ent idades responsáveis pela fiscalização da at ividade profissional respect iva, com o é o caso dos conselhos federais e regionais de certas profissões. 55. ERRADO. Conform e o art . 148 da CF/ 88, som ente a União pode inst ituir em prést im os com pulsórios, ora para atender a despesas ext raordinárias, decorrentes de calam idade pública, de guerra externa ou sua im inência, ora para custear invest im entos públicos de caráter urgente e relevante interesse nacional. 56. CERTO. Nos term os do art . 81 do Código Tributár io Nacional, a arrecadação decorrente de cont r ibuição de m elhoria tem com o lim ite a despesa total realizada e assum ida pelo ente público. 57. ERRADO. Ao cont rár io: os im postos ext rafiscais caracter izam -se por atender pr im ordialm ente a out ros interesses públicos, que não o de arrecadar recursos ao erár io. Por exem plo, um im posto pode ter preponderantem ente fins regulatór ios, ou fiscalizatór ios. 58. CERTO. A im posição de t r ibutos relat ivam ente a determ inados fatores pode favorecer ou desest im ular com portam entos dos cont r ibuintes, o que revela o caráter ext rafiscal de tais t r ibutos. A t ítulo de exem plo, a CF/ 88 desest im ula a posse de propriedade urbana sem ut ilização ou edificação, prevendo a aplicação de I PTU progressivo no tem po (art . 182, § 4º , inc. I I ) . 59. ERRADO. A parafiscalidade caracter iza-se pela delegação da capacidade t r ibutária at iva a ente terceiro, não inst ituidordo t r ibuto. Assim , com o fenôm eno da parafiscalidade, a pessoa que arrecada o t r ibuto não é o ente público que detém a prerrogat iva const itucional de cobrá- lo. O conceito t raduzido no enunciado diz respeito ao fenôm eno da ext rafiscalidade. 60. CERTO. Os t r ibutos são classificados com o diretos ou indiretos a part ir da configuração da capacidade t r ibutária passiva. Se o cont r ibuinte de direito tam bém é o de fato, ou seja, é quem suporta definit ivam ente o ônus t r ibutár io, tem -se um t r ibuto direto. O t r ibuto indireto caracter iza-se pela dissociação ent re o cont r ibuinte de direito e o de fato, já que o pr im eiro tem a possibilidade de t ransfer ir o encargo do ônus t r ibutár io a este últ im o – com o ocorre no caso do I CMS, cujo ônus é t ransfer ido pelas em presas fornecedoras de bens e serviços ao consum idor final. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 25 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 61. ERRADO. O im posto regressivo denota um a concent ração do ônus t r ibutár io sobre as parcelas da população de m enor capacidade econôm ica. 62. ERRADO. Ao cont rár io, um im posto progressivo revela um a relação crescente, proporcional, ent re carga t r ibutár ia e renda, de form a que, quanto m aior a capacidade de pagam ento, m aior o ônus t r ibutár io. 63. CERTO. Ent re as espécies rem uneratórias da prestação de serviços públicos, as taxas configuram t r ibutos, com o inst ituído na CF/ 88 e no Código Tributár io Nacional, ao passo que preços públicos, ou tar ifas, revelam um a relação com ercial de consum idor- fornecedor ent re o usuário e o poder público. 64. CERTO. Serviços públicos com essas característ icas podem just ificar a cobrança de taxas ou de preços públicos, a depender, basicam ente, da possibilidade de escolha sobre a ut ilização ou não desses serviços. Caso a cobrança seja com pulsória, m esm o que o serviço não seja efet ivam ente ut ilizado pelo cont r ibuinte, cobra-se taxa; caso o serviço seja facultat ivo, cont ratado por decisão do consum idor, tem -se o preço público. 65. CERTO. É com um , em bora não obrigatório, que os recursos arrecadados em vir tude de taxas sejam aplicados nas at ividades relacionadas aos serviços públicos por elas rem unerados. Com o a receita de taxas não se subm ete ao princípio da não vinculação, podendo ser vinculada a determ inados fins, a hipótese t razida no enunciado é fact ível. 66. ERRADO. Tanto as taxas quanto os preços públicos servem à rem uneração de serviços públicos, não de fornecim ento de bens. 67. CERTO. Questão com redação polêm ica, já que a expressão “além de out ros t r ibutos” encerra hipóteses rest r itas à com petência t r ibutár ia da União (cont r ibuições sociais, em prést im os com pulsórios, im postos residuais...) . Ent retanto, a expressão “nos lim ites estabelecidos na Const ituição” pode servir à just ificat iva dessa redação aparentem ente m ais perm issiva. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 26 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 68. CERTO. A com petência residual para inst ituição de novos im postos é exclusiva da União, nos dizeres do art . 154, inc. I . Esse disposit ivo exige que os eventuais novos im postos sejam não cum ulat ivos (não incidam sobre out ros im postos) e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios de out ros discr im inados na CF. 69. ERRADO. Sendo a obra pública realizada pelo estado, apenas este ente público poderá inst ituir a cont r ibuição de m elhoria para com pensar o custo em penhado. 70. CERTO. A repart ição das receitas t r ibutár ias inst ituída pela CF/ 88 obedece ao cr itér io descendente, de form a que não há repasses de entes federados “m enores” para entes “m aiores” . 71. ERRADO. A CF/ 88 prevê, quanto à com petência t r ibutária de estados e m unicípios, a cobrança de cont r ibuição previdenciár ia dos respect ivos servidores públicos (art . 149, § 1º ) , bem com o, no caso dos m unicípios e do DF, de cont r ibuição para o custeio do serviço de ilum inação pública (art . 149-A) . 72. ERRADO. O direito financeiro pertence ao rol das m atérias de com petência concorrente ent re a União, os estados e o DF. Assim , as norm as gerais sobre direito financeiro são prerrogat iva federal. Som ente na ausência de lei federal sobre norm as gerais a com petência dos estados e do DF seria plena (m esm o assim , não privat iva, ao cont rár io do que diz o enunciado) . 73. CERTO. No âm bito da com petência concorrente, característ ica do direito financeiro, as norm as gerais federais devem ser adotadas por todos os entes federados. 74. ERRADO. A im unidade t r ibutár ia recíproca ent re os entes federados alcança apenas os impostos, conform e estabelece o art . 150, inc. VI , “a” , da CF/ 88. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 27 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR CAPÍ TULO 2 EVOLUÇÃO CONCEI TUAL DO ORÇAMENTO PÚBLI CO 75. (CESPE/ ANALI STA/ SAD-PE/ 2010) O orçam ento clássico ou t radicional tem ênfase naquilo que a inst ituição realiza, não no que ela gasta. 76. (CESPE/ OFI CI AL/ ABI N/ 2010) De acordo com a concepção t radicional, o orçam ento público é caracterizado com o m ero inventár io dos m eios com os quais o Estado conta para cum prir suas tarefas, sendo as funções de alocação, dist r ibuição e estabilização relegadas a segundo plano. 77. (CESPE/ CONTADOR/ DPU/ 2010) O orçam ento t radicional t inha com o foco o cont role, para que o Poder Legislat ivo não ext rapolasse a proposta do Poder Execut ivo. 78. (CESPE/ TÉCNI CO/ MPU/ 2010) O orçam ento t radicional t inha com o função principal a de possibilitar ao parlam ento discut ir com o órgão de execução as form as de planejam ento relacionadas aos program as de governo, visando ao m elhor aproveitam ento dos recursos, com base nos aspectos relat ivos a custo/ benefício. 79. (CESPE/ CONTADOR/ DPU/ 2010) Um a das vir tudes do orçamento t radicional era a de se program ar excedentes orçam entários para o financiam ento dos invest im entos pretendidos. 80. (CESPE/ CONTADOR/ I PAJM-ES/ 2010) O orçam ento t radicional, ao colocar em segundo plano os aspectos jurídicos, desconsiderava o cr itér io da neut ralidade. 81. (CESPE/ CONTADOR/ I PAJM-ES/ 2010) Foi part icularm ente a part ir da revolução keynesiana que o orçam ento passou a ser concebido com o inst rum ento de polít ica fiscal, com vistas à estabilização, à expansão ou à ret ração da at ividade econôm ica. 82. (CESPE/ CONTADOR/ I PAJM-ES/ 2010) O orçam ento m oderno nasceu sob a égide do prim ado dos aspectos econôm icos, deixando em segundo plano as questões at inentes à program ação. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 28 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 83. (CESPE/ CONTADOR/ DPU/ 2010) O orçam ento de desem penho está dir igido m ais para os produtos gerados pela adm inist ração pública que pelos resultados propriam ente ditos. 84. (CESPE/ CONTADOR/ I PAJM-ES/ 2010) No orçam ento de desem penho, em sua concepção m ais recente, os produtos obt idos pela ação governam ental são m uito m ais relevantes que os resultados econôm icos e sociais alcançados. 85. (CESPE/ ANALI STA/ SAD-PE/ 2010) O orçam ento por desem penho caracter iza-se pela forte vinculação ao sistem a de planejam ento. 86. (CESPE/ CONTADOR/ AGU/ 2010) O orçamento de desem penho, voltado para a definição dos propósitos e objet ivos próprios dos créditos orçam entários, corresponde ao que, nos dias de hoje, se convencionou cham ar de orçam ento-program a. 87. (CESPE/ TÉCNI CO/ STM/ 2011) O orçam ento de desem penho é a m ais recente evolução do orçam ento-program a, fruto das pressões sociais por serviços públicos de m elhor qualidade e por m ais t ransparência na gestão pública. 88. (CESPE/ ANALI STA/ MPU/ 2010) O PPA, no Brasil, é um a dem onst ração da aplicação do sistem a de planejam ento, program ação e orçam ento (PPBS) inspirado no m odelo norte- am ericano de orçam ento público. Assim , na elaboração da lei orçam entária, a ênfase é dada às necessidades financeiras das unidades organizacionais. 89. (CESPE/ ANALI STA/ MDS/ 2006) Na concepção do Sistem a de Planejam ento, Program ação e Orçam ento (PPBS) , or ientado para o planejam ento, a análise das alternat ivas é um requisito-chave. Sem pre que possível, devem ser cotejadas alternat ivas, de form a a possibilitar a ident ificação daquela que for m ais vantajosa em term os de eficácia e de econom ia. 90. (CESPE/ ANALI STA/ I NMETRO/ 2007) O orçam ento-program a, or iginalm ente sistem a de planejam ento, program ação e orçam entação, foi int roduzido nos Estados Unidos da Am érica no final da década de 50, sob a denom inação de Planning Program ning Budget ing System (PPBS) . L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 29 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 91. (CESPE/ TÉCNI CO/ STM/ 2011) O orçam ento-program a objet iva facilitar o planejam ento governam ental. 92. (CESPE/ AUDI TOR/ SECONT-ES/ 2010) Um a das vantagens do orçam ento-program a em relação ao orçam ento t radicional é a possibilidade de se conjugar a form ulação do orçam ento ao planejam ento governam ental. 93. (CESPE/ CONTADOR/ I PAJM-ES/ 2010) No orçam ento-programa, a alocação dos recursos está dissociada da consecução dos objet ivos. 94. (CESPE/ OFI CI AL/ ABI N/ 2010) O orçam ento m oderno configura-se com o inst rum ento de intervenção planejada do Estado na econom ia para a correção de distorções e o incent ivo ao desenvolvim ento econôm ico. No Brasil, a adoção de um a est rutura orçam entária em basada em program as, projetos e at ividades, a part ir da CF, representou im portante passo em direção à m odernização do sistem a orçam entário brasileiro. 95. (CESPE/ AGENTE/ ABI N/ 2010) Em bora a Lei de Responsabilidade Fiscal tenha enfat izado os program as e m etas do governo, a ideia do orçam ento-program a já vem sendo em pregada desde o início dos governos m ilitares. 96. (CESPE/ I NSPETOR/ TCE-RN/ 2009) A m etodologia de elaboração do orçam ento-program a foi int roduzida no Brasil depois da prom ulgação da CF e rom peu com pletam ente com a prát ica de discr im inar os gastos públicos de acordo com o t ipo de despesa a ser realizada. 97. (CESPE/ TÉCNI CO/ MPU/ 2010) De acordo com o conceito de orçam ento-program a, devem -se valor izar o gasto público e o que o governo adquire, em det r im ento do que se pretende realizar. 98. (CESPE/ ANALI STA/ MCT/ 2008) O orçam ento t radicional é aquele que apresenta os objet ivos e m etas, ident ifica os custos propostos para alcançar tais objet ivos e os dados quant itat ivos que m edem as realizações e os t rabalhos realizados. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 30 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 99. (CESPE/ ANALI STA/ STM/ 2011) O orçam ento é popularm ente cham ado de lei de m eios, porque seu objet ivo pr incipal é discr im inar em suas tabelas e anexos quais os m eios que o governo deve ut ilizar para at ingir os seus fins. 100. (CESPE/ ANALI STA/ I CMBI O/ 2008) Enquanto, no orçam ento por desem penho, a alocação de recursos visa à consecução de objet ivos e m etas relacionados ao planejam ento, no orçam ento- program a, visa à aquisição de m eios. 101. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. SAÚDE/ 2008) A definição clara e precisa dos objet ivos é um a condição essencial para a adoção do orçam ento-program a. O m aior núm ero de pacientes atendidos e a possibilidade de eles serem t ratados nas com unidades em que já residem , por exem plo, não const ituem propriam ente o objet ivo de um novo program a, m as a const rução de novos postos de saúde, sim . 102. (CESPE/ ANALI STA/ ANTAQ/ 2008) A necessidade de definição clara e precisa dos objet ivos governam entais é condição básica para a adoção do orçam ento-program a. No caso, por exem plo, de tornar-se um r io navegável, serão necessárias indicações sobre os resultados substant ivos do program a, que envolverão inform ações, tais com o redução no custo do t ransporte e dim inuição dos acidentes e das perdas com a carga. 103. (CESPE/ ANALI STA/ SEGER-ES/ 2007) A definição clara de objet ivos é condição básica para o orçam ento-program a. Um program a na área de saúde, por exem plo, estar ia m ais bem just ificado se, em vez de apontar o núm ero de hospitais a serem const ruídos ou am bulatór ios a serem instalados, indicasse o núm ero de novos pacientes a serem atendidos ou de novos atendim entos a serem realizados. 104. (CESPE/ TÉCNI CO/ STM/ 2011) Os objet ivos e propósitos, os program as e seus custos e as m edidas de desem penho são com ponentes essenciais do orçam ento-program a. 105. (CESPE/ ANALI STA/ TJ-ES/ 2011) Os processos de planejam ento e de program ação são dissociados no orçam ento t radicional; já as técnicas ut ilizadas na elaboração do orçam ento-program a prim am pelo orçam ento com o elo ent re o planejam ento e as funções execut ivas da organização. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 31 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 106. (CESPE/ AGENTE/ ABI N/ 2010) O orçam ento-program a discrim ina as despesas segundo sua natureza, dando ênfase aos fins, de m odo a dem onst rar em que e para que o governo gastará e quem será responsável pela execução de seus program as. 107. (CESPE/ ANALI STA/ I NMETRO/ 2007) Na elaboração do orçam ento-program a, não deve haver preocupação quanto à m ensuração das operações a cargo do governo. 108. (CESPE/ ANALI STA/ ANS/ 2005) Na m etodologia atual de elaboração do orçam ento federal, o program a é const ituído de ações que têm por finalidade com bater as causas do problem a de determ inado público-alvo, devendo exist ir relação consistente de causa e efeito ent re o problem a a resolver e os at r ibutos do program a. 109. (CESPE/ AUFC/ TCU/ 2009) Um dos desafios do orçam ento- program a é a definição dos produtos finais de um program a de t rabalho. Certas at ividades têm resultados intangíveis e que, part icularm ente na adm inist ração pública, não se prestam à m edição, em term os quant itat ivos. 110. (CESPE/ ANALI STA/ TST/ 2008) A pr incipal característ ica do orçam ento-program a, em cont raposição com os orçam entos t radicionais, é a ênfase no objet ivo — e não no objeto — do gasto. Em organizações m ais sim ples, que desem penham um a única função, a indicação do objeto do gasto ou a natureza da despesa é suficiente para se ident ificar, ainda que indiretam ente, o objet ivo dos dispêndios realizados pela unidade responsável. 111. (CESPE/ ANALI STA/ TCE-TO/ 2008) Orçam ento program a é o orçam ento clássico, confeccionado com base no orçam ento do ano anterior e acrescido da projeção de inflação. 112. (CESPE/ ANALI STA/ TST/ 2008) O orçam ento-program a se diferencia do orçam ento incremental pelo fato de que este últ im o pressupõe um a revisão cont ínua da est rutura básica dos program as, com aum ento ou dim inuição dos respect ivos valores. 113. (CESPE/ AUDI TOR/ TCU/ 2006) O orçam ento-program a subst itui vantajosam ente o orçam ento increm ental visto que perm ite um a L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 32 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR revisão na est rutura dos program as de governo, inclusive quanto à im portância relat iva de cada um deles na com posição do orçam ento público. 114. (CESPE/ TÉCNI CO SUPERI OR/ MI N. SAÚDE/ 2008) Ent re os m ais crít icos ou cét icos à integração ent re planejam ento e orçam ento, destacam -se os que veem no increm entalism o um grande obstáculo às recom posições e ao redim ensionam ento das dotações orçam entárias. 115. (CESPE/ CONTADOR/ I NEP/ 2005) O increm entalism o na elaboração dos orçam entos públicos está associado à inércia, no sent ido de que há um a tendência a m anter-se em execução o que já foi int roduzido. Os novos program as têm , então, de com pet ir com os preexistentes para rom per a barreira da escassez de recursos. 116. (CESPE/ ADMI NI STRADOR/ MI N. TRABALHO/ 2008) O increm entalism o orçam entário desvirtua ou com prom ete a desejável integração ent re o planejam ento e o orçam ento. De acordo com essa sistem át ica, a “base” form ada pelos program as já int roduzidos no orçam ento tende a perpetuar-se, com pequenos increm entos, com preendendo a m aior parte dos recursos. Alguns autores denom inam essa tendência de resistência à m udança, à revisão dos objet ivos, diret r izes e m etas, com o inércia ou inercialidade. 117. (CESPE/ ANALI STA/ MMA/ 2008) O orçam ento base-zero caracter iza-se com o um m odelo do t ipo racional, em que as decisões são voltadas para a m axim ização da eficiência na alocação dos recursos públicos. Adota-se, com o procedim ento básico, o quest ionam ento de todos os program as em execução, sua cont inuidade e possíveis alterações, em confronto com novos program as pretendidos. 118. (CESPE/ ANALI STA/ I NMETRO/ 2007) O orçam ento base zero (OBZ) visa especialm ente inst rum entalizar as ações gerenciais, que se caracter izam por apresentar duas dim ensões do orçam ento: o objeto de gasto e um program a de t rabalho. 119. (CESPE/ ANALI STA/ TCE-TO/ 2008) Orçam ento program a tem com o característ ica a não existência de direitos adquir idos em relação aos recursos autorizados no orçam ento anterior, devendo L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 33 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR ser just ificadas todas as at ividades a serem desenvolvidas no exercício corrente. 120. (CESPE/ TÉCNI CO/ TRE-MG/ 2008) O orçam ento de base zero envolve o cont role operacional pelo qual cada gestor deve just ificar todas as solicitações de dotações orçam entárias em detalhes, a part ir do ponto zero, para serem avaliadas por análises sistem át icas e classificadas por ordem de im portância em diferentes etapas operacionais. 121. (CESPE/ AGENTE/ ABI N/ 2010) O orçam ento de base zero tem a grande vantagem de perm it ir a elaboração de proposta orçam entária por m eio de processo m ais célere e m enos oneroso para os órgãos públicos. 122. (CESPE/ ANALI STA/ I NMETRO/ 2007) No orçam ento de desem penho, que é voltado especialm ente para as avaliações dos resultados do orçam ento em curso, todos os program as devem ser just ificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçam entário. 123. (CESPE/ I NSPETOR/ TCE-RN/ 2009) O orçam ento part icipat ivo, que apresenta vantagens inegáveis do ponto de vista da alocação de recursos segundo as dem andas sociais existentes, não é ut ilizado no âm bito do governo federal. 124. (CESPE/ ACE/ TCU/ 2007) Em defesa da legit im idade das decisões com unitárias, at r ibui-se ao orçam ento part icipat ivo o m érito de conferir m aior fidelidade à program ação de invest im entos, ao cont rár io da flexibilidade que caracter iza o processo convencional de program ação. 125. (CESPE/ ANALI STA/ SAD-PE/ 2009) O orçam ento part icipat ivo é, atualm ente, a técnica orçam entária adotada pela União. 126. (CESPE/ AGENTE/ ABI N/ 2010) No Brasil, vigora o orçam ento do t ipo part icipat ivo, visto que todos os poderes e órgãos da adm inist ração direta e alguns da adm inist ração indireta têm a prerrogat iva de elaborar suas próprias propostas orçam entárias. 127. (CESPE/ ACE/ TCU/ 2008) Ent re as m aiores rest r ições apontadas em relação ao cham ado orçam ento part icipat ivo, destacam -se a L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 34 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR pouca legit im idade, haja vista a perda de part icipação do Poder Legislat ivo, e a m aior flexibilidade na program ação dos invest im entos. 128. (CESPE/ PROCURADOR/ AGU/ 2010) Tratando-se de orçam ento part icipat ivo, a iniciat iva de apresentação do projeto de lei orçam entária cabe a parcela da sociedade, a qual o encam inha para o Poder Legislat ivo. 129. (CESPE/ ADMI NI STRADOR/ MI N. PREVI DÊNCI A SOCI AL/ 2010) Um a das vantagens apontadas com a adoção do orçam ento part icipat ivo é a sua m aior legit im idade, com a subst ituição do Poder Legislat ivo pela part icipação direta da com unidade nas decisões sobre a alocação das dotações. 130. (CESPE/ ANALI STA/ TJ-CE/ 2008) A proposta orçam entária para 2009, em t ram itação no Congresso, poderá servir de experim ento para um a iniciat iva que a Com issão Mista de Orçam ento quer adotar nos próxim os anos: o orçam ento federal part icipat ivo. A pr incipal característ ica desse t ipo de orçam ento é a part icipação direta da população na definição das prior idades para a obtenção da receita e para as despesas correntes obrigatór ias. 131. (CESPE/ ANALI STA/ MCT/ 2008) O t ipo de orçam ento ut ilizado no Brasil é o m isto, pois ele é elaborado e executado pelo Poder Execut ivo, cabendo ao Poder Legislat ivo sua votação e cont role. L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 35 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR GABARI TO 7 5 E 9 5 C 1 1 5 C 7 6 C 9 6 E 1 1 6 C 7 7 E 9 7 E 1 1 7 C 7 8 E 9 8 E 1 1 8 E 7 9 E 9 9 E 1 1 9 E 8 0 E 1 0 0 E 1 2 0 C 8 1 C 1 0 1 E 1 2 1 E 8 2 E 1 0 2 C 1 2 2 E 8 3 E 1 0 3 C 1 2 3 C 8 4 E 1 0 4 C 1 2 4 C 8 5 E 1 0 5 C 1 2 5 E 8 6 E 1 0 6 C 1 2 6 E 8 7 E 1 0 7 E 1 2 7 E 8 8 E 1 0 8 C 1 2 8 E 8 9 C 1 0 9 C 1 2 9 E 9 0 C 1 1 0 C 1 3 0 E 9 1 C 1 1 1 E 1 3 1 C 9 2 C 1 1 2 E 9 3 E 1 1 3 C 9 4 E 1 1 4 C L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 36 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR COMENTÁRI OS 7 5 . ERRADO. O orçam ento clássico, entendido com o o conjunto de m odelos orçam entários nascidos antes do século XX – destacando-se o inglês e o francês – é com preendido com o um a peça sim ples, um a listagem na qual eram indicadas as necessidades de aquisições a serem feitas pelo governo, ao lado das receitas que deveriam ser arrecadadas para custear tais gastos. Nesse m om ento da histór ia, o foco da peça orçam entária ainda estava sobre os gastos em si, e não sobre o resultado, em term os de realizações, que o governo poderia obter. 7 6 . CERTO.A form a m odesta assum ida pelo orçam ento t radicional não perm it ia que sua execução t ivesse um papel decisivo na vida econôm ica dos Estados. As funções clássicas do orçam ento (alocação, dist r ibuição e estabilização) só surgiram com a expansão e com o aum ento da relevância dos orçam entos relat ivam ente às econom ias nacionais. 7 7 . ERRADO. Desde o início, o orçam ento surgiu com o um a proposta apresentada pelo Execut ivo ao Legislat ivo, ou, dizendo de out ra form a, com o um pedido de autorização de gastos do pr im eiro para o segundo poder. Assim , o Legislat ivo exerce, desde sem pre, a função de autorizador e cont rolador do orçam ento público. Nesse sent ido, quem poderia “ext rapolar a proposta” , nos dizeres do enunciado, seria o próprio Execut ivo, responsável pela aplicação dos recursos autor izados pelo Parlam ento. 7 8 . ERRADO. As discussões relat ivas ao planejam ento governam ental e ao m elhor aproveitam ento de recursos não faziam parte do processo do orçam ento clássico. Como vim os, t ratava-se de um a peça contábil sim ples, cujo pr incipal objet ivo era prover recursos para sustentar a então pequena m áquina estatal. 7 9 . ERRADO. Esse perfil de planejamento público, com a dest inação de recursos para invest im entos pretendidos, não se desenvolveu no âm bito do orçam ento clássico. 8 0 . ERRADO. A neut ralidade é um dos pr incípios da t r ibutação, segundo o qual a intervenção estatal na econom ia, ret irando recursos m ediante t r ibutos, deve ocorrer da form a menos “ t raum át ica” possível, sem influir nas decisões que os atores L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 37 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR econôm icos tom ariam na ausência de t r ibutação. Para que o sistem a t r ibutár io seja “neut ro” , ou o orçam ento público deve ter dim ensão inexpressiva em relação à econom ia nacional, ou as receitas devem ser arrecadas quase que sem im pactos econôm icos negat ivos sobre a produção e o consum o. No caso do orçam ento t radicional, dava-se a pr im eira hipótese. 8 1 . CERTO. A “ revolução keynesiana” diz respeito à adoção, por diversos países, das ideias de Keynes, econom ista br itânico, segundo o qual o Estado deveria intervir m aciçam ente na econom ia nacional em favor do enfrentam ento de cr ises econôm icas. No período poster ior à Segunda Guerra Mundial, o ideário keynesiano baseou, por exem plo, a reconst rução e o desenvolvim ento dos países ocidentais. A part ir desse entendim ento teórico, o orçam ento público passa a ter im portância vital, j á que é o pr incipal inst rum ento de intervenção estatal na polít ica fiscal (obtenção de receitas e execução de despesas públicas) . 8 2 . ERRADO. A evolução do orçam ento t radicional para o orçam ento m oderno envolveu a sofist icação na form a de entender o papel das finanças públicas – até pelas funções m ais num erosas que o governo foi ganhando em relação à época do dom ínio do liberalism o. Nesse novo contexto, os gastos públicos passaram a ser executados a part ir de objet ivos a alcançar, t raço fundam ental do planejam ento orçam entário, ou, com o diz o enunciado, da program ação. 8 3 . ERRADO. O orçam ento de desem penho, surgido nas pr imeiras décadas do século XX, pr incipalm ente a part ir das experiências nos EUA, m arcou a t ransição de conteúdo ent re o orçam ento t radicional e o m oderno. Buscava-se caracterizar a peça orçam entária com o um docum ento indicador de projetos e resultados pretendidos pelo governo, além da esperada evidenciação contábil de receitas e despesas. 8 4 . ERRADO. O fundam ento da questão é o m esm o da anterior: o orçam ento de desem penho é elaborado a part ir dos resultados pretendidos pela Adm inist ração, sem que os itens concretos de aquisição pelo governo ocupem papel de destaque. 8 5 . ERRADO. Em bora já seja form atado a part ir das concepções de planejam ento adm inist rat ivo, o orçam ento de desem penho, em seu m om ento histórico, ainda não se or iginava de um sistem a de L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 38 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR planejam ento cent ralizado e de atuação prévia à elaboração da proposta orçam entária. Com o vim os, sua preocupação repousava sobre os resultados a serem obt idos pelo governo. Assim , grosso m odo, o orçam ento de desem penho focava sobre as fases finais do processo de planejam ento ( realização – avaliação) , o que vir ia a ser alterado com o predomínio da técnica do orçam ento- program a. 8 6 . ERRADO. O orçam ento-program a se refere a m ais um salto na evolução da peça orçam entária, superando o orçam ento de desem penho no tocante à part icipação da sistem át ica de planejam ento no processo. 8 7 . ERRADO. Com o visto, o orçam ento-program a é um estágio posterior ao cham ado orçam ento de desem penho. 8 8 . ERRADO. O processo orçam entário brasileiro é, realmente, baseado no conceito de orçam ento-program a, de raiz norte- am ericana. O PPBS am ericano, refer ido na questão, levava a cabo a at ividade m assiva de planejam ento, com o condição à elaboração orçam entária. Assim , não se enfocam as necessidades financeiras das unidades organizacionais, m as a necessidade de recursos para atender aos program as inst itucionalizados. 8 9 . CERTO. Faz parte do planejam ento a at ividade de avaliação das linhas de ação escolhidas, para que eventuais alternat ivas m ais vantajosas não sejam ignoradas. Um dos indicat ivos de avanço num sistem a orçam entário é o nível (quant idade/ qualidade) da avaliação do processo. 9 0 . CERTO. O PPBS, experiência am ericana, é t ido com o o grande predecessor da técnica de orçam ento-program a adotada am plam ente nos dias de hoje. 9 1 . CERTO. O orçam ento-program a é um sistem a que parte das pr ior idades governam entais e das possibilidades de financiam ento para realizar um a correlação ent re os recursos e as necessidades. Além disso, integra tam bém processos de avaliação e cont role, de m odo a verificar o quanto são at ingidos os objet ivos inicialm ente fixados. Com um sistem a desses eficientem ente instalado, a at ividade de planejam ento L e o n a r d o R o d r i g u e s L o u r e i 9 9 1 1 0 5 8 0 1 8 2 1001 Questões –Adm inist ração Financeira e Orçam entária – CESPE Djalm a Gom es e Graciano Rocha 39 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR governam ental pode protagonizar efet ivam ente a condução das polít icas públicas. 9 2 . CERTO. O grande diferencial do orçam ento-program a em relação aos estágios anteriores é a preponderância do planejam ento governam ental na elaboração dos planos e orçam entos. 9 3 . ERRADO. O certo é justam ente o cont rár io: no orçam ento- program a, os objet ivos são fixados previam ente, antes da alocação dos recursos. 9 4 . ERRADO. Com o regist rado pelo professor Jam es Giacom oni (Orçam ento Público, ed. At las) , “a área federal ( .. .) j á a part ir de 1967, passou a apresentar o orçam ento com a classificação funcional subst ituída por out ra form ada por programas e subprogram as, sendo estes últ im os subdivididos em projetos e at ividades” . 9 5 . CERTO. Com o visto, as pr im eiras experiências brasileiras com o orçam ento baseado em program as datam da década de 60, com o progressivo am adurecim ento e expansão nas décadas posteriores. A CF/ 88, inst ituindo um sistem a orçam entário baseado no planejam ento de m édio prazo (m aterializado no PPA) e na definição de prior idades a cada ano (disciplina da LDO) , solidificou a técnica de orçam ento-program a. 9 6 . ERRADO. Novam ente, o orçam ento-program
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