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Faculdade Estácio do Pará Campus Doca Belém/Pa
Acadêmica: Jose Romario Freires da silva 201704070953
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DEDIREITODA VARA DA FAZENDA PÚBLICADA
COMARCA ....
 
 
 
 
 
 
DANDARA DA SILVA, nacionalidade...., estado civil...., profissão...., inscrito no CPF sob n.º ...., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado, por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com
escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado , onde
recebe notificações e intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos termos do art. 5º, LXXIII, da Constituição Federal e
art. 6º § 5º da Lei 4.717/65 propor:
 
 
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
 
 
Em face do PREFEITO DO MUNICÍPIO ALFA, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º
....., Bairro ......, Cidade ....., Estado , CEP
....., e em face da EMPRESA MODERNA Ltda, pessoa jurídica de direito privado, representada neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr.
(a). ....., brasileiro, estado civil, profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º , pelos motivos de
fato e de direito a seguir aduzidos.
 
 
I. - DOS FATOS
A presente ação trata das obras de modernização de um novo plano urbanístico. Contudo, o Réu decidiu fazer reforma dos imóveis tombados
que compõe o conjunto arquitetônico do município, reconhecido e premiado internacionalmente.
Cabe ressaltar que o Réu contratou arquiteto para a obra ser revitalizada e terá uma nova linha modernista, paredes de vidro com vista
panorâmica para toda a cidade. Logo após
a licitação foi celebrado contrato administrativo com a Empresa Moderna Ltda, a responsável pela reforma; sendo tal fato amplamente divulgado
nas mídias oficiais do município.
Ocorre que a Autora por ser cidadã brasileira e estar em pleno gozo dos seus direitos políticos, preocupou-se com o referido fato por ter sido
divulgado que a fase inicial de demolição das fachadas seria iniciada na próxima semana.
Diante do ocorrido a Autora detectou o evidente prejuízo que as obras podem ocasionar ao patrimônio histórico do município e ingressou com a
presente ação perante o município com acompanhamento do Ministério Público.
 
 
II. – LEGITIMIDADE
A. ATIVA
A ação Popular tem previsão legal no art. 5º inciso LXXIII da Constituição Federal:
Art. 5º. LXXIII - Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e de
ônus da sucumbência.
 
Assim, a parte autora tem legitimidade para propor a referida ação tendo em vista estar em pleno gozo de seus direitos políticos (anexo doc. 02);
isso é cumprido às exigências legais é garantido a Autora ingressar com a ação.
B. PASSIVA
A parte legítima passiva citada nos autos é responsável pelo ato ilegal, lesivo ao Patrimônio Público, conforme previsto no artigo 6º da Lei
4717/65:
 
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que
houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos
do mesmo.
 
Nesse sentido, a autoridade e a empresa que celebraram contrato administrativo são devidamente responsáveis pelo ato ilegal lesivo ao
Patrimônio Público; uma vez se tratar de conjunto arquitetônico do município reconhecido e premiado internacionalmente.
 
C. TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela de urgência tem previsão legal no art. 5º §4º da Lei 4.417/65:
Art. 5º - Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciáriade
cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
§ 4º - Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
 
Assim, o artigo supracitado apresenta a probabilidade do direito, o perigo de dano; visto que fora celebrado contrato administrativo para ser
efetivada a reforma em imóveis tombados. Logo, pode haver o provável reconhecimento da utilidade do processo.
 
III. – DA INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Ao Ministério Público é cabível acompanhar a ação conforme previsão legal nos artigos 6º §4º e 7º, I, alínea a da Lei 4.417/65:
Art. 6º. § 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela
incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.
Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observadas as seguintes normas modificativas:
I - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público;
 
Portanto, de acordo com exposições acima, o Ministério Público acompanhará e tomará as devidas providências para o andamento do processo.
 
IV. – DOS FUNDAMENTOS
A administração pública está subordinada às leis da Constituição Federal que é regida por princípios, de acordo com o caso apresentado houve o
desrespeito em relação ao da legalidade, uma vez ter o Prefeito, parte ré no processo, não ter observado o interesse público, tão pouco atentar
para o fato de que os imóveis tombados compunham conjunto arquitetônico do município e com reconhecimento internacional. Conforme previsto
no artigo 37 da CF/88: “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.”.
Há nítida visualização de que há atos lesivos ao patrimônio histórico do Município; uma vez ser o instituto do tombamento um ato administrativo
vinculado, isso é presentes os requisitos técnicos, esse passa a ser um direito subjetivo da coletividade no que diz respeito à preservação da
memória histórica e cultural; conforme previsto nos artigos 3º e 4º da Lei 4.417/65:
 
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas
especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.
Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º.
 
Assim, resta claro a possibilidade de controle jurisdicional acerca do cumprimento desse direito público subjetivo; assim como há evidências de
ilegalidades aprovadas, em revitalizar todo o Patrimônio Histórico.
Nesse sentido, no referido caso houve contrato administrativo firmado entre as partes com aprovação da obra sem os devidos cuidados legais,
visto não ter sido realizado estudo prévio dos impactos ambientais e/ou relatório de impacto da vizinhança, ou ainda, por se tratar de imóveis
tombados que são assegurados pela Constituição Federal no art. 216 e incisos estabelece o que constitui o patrimônio cultural brasileiro:
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem;
(...)
IV. as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestaçõesartístico-culturais;
V. os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico ecientífico.Ainda nesse sentido, o art. 216 §1º do art. Constituição Federal diz que compete ao Poder Público juntamente com o auxílio da comunidade,
promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, bem como
acautelamento e preservação.
Nesse sentido, em harmonia as exposições já realizadas traz-se julgado de Apelação Cível que nega apelação de provas baseado os artigos 5º,
XXIII e 170, III, da CF/88 (TRF 2ª R.; AC 1986.51.01.737002-3; Sexta Turma Especializada; Rel. Des. Fed. Frederico Gueiros; Julg.
06/07/2009; DJU 14/07/2009; Pág. 147).
Deste modo, os valores ambientais, urbanísticos, culturais, arquitetônicos e históricos justificaram o ato de tombamento efetuado; visto que poucas
vezes um processo de tombamento é tão profundamente analisado e fundamentado como ocorre no caso exposto.
 
V. - DOS PEDIDOS
Diante de todo exposto requer-se:
a. Seja julgada procedente a presente ação, deferindo-se a liminar para obstrução da construção do prédio e a manutenção do tombamento
do imóveis, provando-se através de docs eoutros;
b. Notifique-se o Ministério Público, por ser assunto de interessepúblico;
c. A citação dos interessados, na forma dalei.
d. A condenação dos requeridos no pagamento de custas processuais, honorários advocatícios e demais cominaçõeslegais.
VI. - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ (valor por extenso).
 
 
 
 
Nesses Termos, Pede Deferimento.
Local/UF,dede.
 
 
 
ADVOGADO OAB/UF N°
	Faculdade Estácio do Pará Campus Doca Belém/Pa
	AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
	- DOS FATOS
	– LEGITIMIDADE
	PASSIVA
	TUTELA DE URGÊNCIA
	– DA INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
	– DOS FUNDAMENTOS
	- DOS PEDIDOS
	- DO VALOR DA CAUSA
	ADVOGADO OAB/UF N°

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