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Resumo Semiótica - Ontologia da imagem fotográfica

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RESUMO PARA A PROVA
Texto – Ontologia da imagem fotográfica
Na pintura e escultura se descobre o complexo da múmia. A religião egípcia é orientada contra a
morte e subordina a sobrevivência à perenidade material do corpo. Esse fato satisfazia a
necessidade da psicologia humana: defesa contra o tempo. A função primordial da estatuária é salvar
o ser pela aparência. Não se acredita mais na identidade ontológica de modelo e retrato, porém se
admite que isso nos ajuda a recordar aquele e salvá-lo de uma segunda morte espiritual, a
sobrevivência do homem não importa mais e sim a criação de um universo ideal à imagem do real.
A fotografia e o cinema explicam a crise espiritual e técnica da pintura moderna. A pintura universal
alcançou diferentes tipos de equilíbrio entre o simbolismo e o realismo das formas.
Fotografia: propriamente estética (expressão das realidades espirituais em que o modelo se acha
transcendido pelo simbolismo das formas)
Fotografia: desejo psicológico de substituir o mundo exterior pelo seu duplo, a necessidade de ilusão
alcançou sua própria satisfação e devorou as artes plásticas. O realismo é a busca da expressão
dramática no instante. Há uma grande polêmica no realismo entre o estético e o psicológico.
A originalidade da fotografia em relação à pintura reside na sua objetividade.
Objetiva: conjunto de lentes que constitui o olho fotográfico em substituição ao olho humano.
Com a fotografia, a imagem do mundo exterior se forma, automaticamente, sem a intervenção
criadora do homem. A objetividade da fotografia confere-lhe um poder de credibilidade ausente de
qualquer obra pictórica.
O cinema é a consequência no tempo da objetividade fotográfica. As virtualidades estéticas da
fotografia reside na revelação do real
Para o surrealismo o efeito estético é inseparável da impressão mecânica da imagem sobre o nosso
espírito. A distinção lógica entre o imaginário e o real tende a ser abolida. Toda imagem deve ser
sentida como objeto e todo objeto como imagem
RESUMO
Imagem como representação indireta das coisas - toda representação é falha
As imagens podem corresponder a uma certa sensação acompanhada de ideias - imagens mentais
ou imaginação
Imaginário: sinônimo de fictício ou inventado
Psicanálise de Lacan: relação do sujeito com suas identificações formadoras, no imaginário o sujeito
não se diferencia do objeto de seu desejo, demonstra que a relação do sujeito com o real é sempre
ilusória, o olhar desempenha um olhar fundamental
“Ver imagem” - o papel do observador é importante no ato de ver, a imagem só pode ser vista por um
espectador historicamente definido, com certos dispositivos para vê-las e é sempre construída para
produzir efeitos sociais
Paralelismo entre o trab do espectador com a imagem e o trabalho da imagem
Dupla realidade de percepção das imagens: realidade do espaço representado e espaço plástico
como tal / modo óptico e modo háptico (tátil) de ver imagens
Problema da analogia: relação de semelhança entre a imagem e a realidade / Toda representação é
convencional, mas há convenções mais naturais que outras / Imagens analógicas mistura entre o
natural e produção de signos / Imagem nunca está sozinha, ela sempre vem com uma mensagem
A parte da arte: expressividade; composição e geometria; formas, cores, linhas e massas; funções do
quadro - isso tudo é estilo
Cinema, modernidade e realismo- séc. XIX, busca pelo realismo na pintura, literatura, teatro e outros
Representação direta do instante e do presente / Indistinção entre representação e realidade
Realismo na literatura - pormenores supérfluos
Primeiro cinema: não possuía um código próprio, estava misturado com outras formas culturais
como os espetáculos de lanterna mágica, teatro popular, cartuns e revistas ilustradas / nova
invenção, curiosidade técnica e científica / entretenimento, divertimento ótico e pesquisas fotográficas
Reprodução e a técnica: xilografia, imprensa, litografia, fotografia, cinema - nesses casos o fator
primário que permite a evolução e a reprodutibilidade técnica, máquinica. A técnica altera o modo de
experimentar o mundo.
A aura e a política: na reprodução técnica a arte nunca estará presente, falta o aqui e agora da obra
de arte, isso é a aura. A aura é o espaço temporal da obra, ela que garante a característica de
autenticidade da obra e permite falar em “falsificação”. O declínio da aura pressupõe o fim da obra de
arte produzida para sua apreensão ritualística em culto. Com o desenvolvimento maquinico benjanin
avança na discussão: da reprodução técnica de uma obra, para a obra que nasce para ser
reproduzida tecnicamente. Ex: a fotografia de uma escultura é a reprodução técnica de uma obra. No
ensaio fotográfico a foto é a própria obra de arte e a fotografia foi feita para ser tecnicamente
produzida.
O fim da aura promove a liquidação da tradição, ao mesmo tempo possibilita o acesso democrático à
arte, desta forma, o “original” se aproxima do receptor.
O cinema e a fotografia são uma obra de arte que só podem existir na lógica da reprodutibilidade
técnica. A arte perde a aura para entrar na política.
Fenomenologia do cinema: é o momento de assistir um filme, é o encontro de dois tempos, do
presente e de quando o filme foi feito, por meio de um dispositivo técnico / tem original e cópia: tem
aura / não tem original e cópia: não tem aura
Transparência: as pinceladas escondidas e quem retrata o momento com valor representativo
Opacidade: as pinceladas se mostram, passa a ideia que não quer retratar um mundo, não tem
aspecto teatral, de representatividade do renascentismo, não interessa o tipo de história contada,
mas a impressão do pintor.

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