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Cuidados no laboratório e normas de biossegurança Biossegurança É definida como o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, de melo ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. (ANVISA) Regras básicas As boas práticas são fundamentais e referem-se às normas de conduta que regem os trabalhos de laboratórios, de modo a garantir a segurança individual e coletiva. a) Higiene e hábitos pessoais: • Manter cabelos longos presos • Usar exclusivamente sapatos fechados no laboratório • Ideal: não usar lentes de contato • Não usar acessórios e adornos • Manter unhas cortadas e limpas • Lavar as mãos com água e sabão a. Lavagem-das mãos: devem ser lavadas ao entrar no laboratório, depois de manipular amostras, depois de realizar qualquer procedimento, depois de tirar luvas e jaleco e antes do laboratório. Após lavagem, aplicar antisséptico, preferencialmente álcool e 70% (glicerinado ou não) Obs.: Uso de luvas não substitui a necessidade de lavagem das mãos b. Jaleco ou Avental ® De uso obrigatório ® Manga longa e abaixo dos joelhos ® Previne a contaminação das roupas ® protegendo também a pele da exposição a fluidos c. Luvas ® Proteção contra dermatites, queimaduras químicas e térmicas ® Não utilizar celulares enquanto em uso d. Outros EPIS ® Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua necessidade, os equipamentos de proteção individual e coletivo (óculos de proteção, toucas ou gorros, protetor facial, máscara, etc) Deveres Todo profissional que trabalha com substâncias químicas de risco, com material biológico que esteja sujeito a radiações, ou que manipule material perfuro-cortante ou, ainda, equipamentos com bases de funcionamento físico (micro-ondas, ultrassom, autoclaves etc.), deve: • Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimento operacional padrão do setor • Agir com tranquilidade e sem pressa • Descarte de perfuro cortantes • Cordialidade e pro-atividade Degermação cirúrgica Degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica deve promover a eliminação da flora transitória e redução da flora residente pelo efeito residual da luva química. Sabe-se que, após a realização de tal procedimento estes microrganismos multiplicam-se rapidamente sob luvas cirúrgicas e podem ser agentes de infecção da ferida operatória caso as luvas sofram microperfurações. Pele normal: 1. Flora transitória: facilmente eliminada com a lavagem básica das mãos com água e sabão por 7 a 8 minutos. 2. Flora residente: difícil remoção por estarem firmemente aderidas à superfície cutânea. Com a degermação cirúrgica procura-se reduzir ao máximo os microrganismos existentes com ação residual. Obs.: Degermantes indicados pelo MS (Ministério da Saúde) são PVPI com base de iodo ou clorohexidina. Além disso, as escovas de degermação devem ser acondicionadas individualmente e esterilizadas. Requisitos pessoais para proceder a escovação segundo recomendações do ministério da saúde Para executar a técnica, o Instrumentador deverá estar paramentado. A paramentação l: pijama cirúrgico, máscara cirúrgica (cobrindo boca e nariz), gorro e pró-pé; manter unhas limpas, aparadas e sem esmalte (preferencialmente); retirar adornos inclusive aliança. Procedimento de degermação cirúrgica 1. Abrir a torneira, observar se o mecanismo para acionar a saída e a parada de água é a própria alavanca da torneira, células fotoelétricas ou acionamento pelo chão; Obs.: se a torneira for comum, de cabo, deverá ser fechada com o cotovelo. 2. Lavar as mãos e antebraços com degermante contendo PVPI a 1% ou Clorohexidina e água corrente para retirada de sujidades. As pessoas alérgicas ao iodo deverão usar a solução degermante de Clorohexidina a 4%. 3. Enxaguar as mãos e elevá-las para o antisséptico escorrer em direção aos cotovelos indo da parte mais limpa para a menos limpa; 4. Retirar a escova de degermação esterilizada do invólucro pela metade inferior com a mão esquerda e embebê-la com o degermante. Só usar escova de cerdas macias e, caso as disponíveis não atendam a essa especificação dispensar a escovação e realizar a antissepsia fazendo a fricção com as mãos conforme figura abaixo; 5. Molhar as cerdas e colocar PVPI (se a escova já não contiver antisséptico com detergente); 6. Escovar as unhas (ponta dos dedos) da mão direita com a escova na mão esquerda enquanto conta mentalmente até cinquenta (50x); 7. Continuar a escovação por etapas (sentido: ponta dos dedos - cotovelo) escovando cada seguimento 25 vezes cada (25x); Sequência da escovação: ® ponta dos dedos (50x) - dorso dos dedos (25X) - palma dos dedos (25X) - interdigitais (25X) - dorso da mão (25X) - palma da mão (25X) - região dorsal e ventral do antebraço (25X). ® Iniciar o procedimento pela mão dominante, pois, inconscientemente a 1ª mão a ser submetida ao procedimento fica melhor degermada. ® Use sempre bastante espuma para emulsificar a gordura e evitar desconforto da pele com a escovação; ® Ao passar de uma mão para outra conserve a escova em posição vertical e enxague-a; transfira para a mão esquerda pela metade não tocada anteriormente, siga então, o mesmo procedimento. 8. Passar a escova para a outra mão e lavá-la deixando a água escorrer; 9. Passar o antisséptico degermante na escova e proceder à escovação da outra mão; 10. Ao final, desprezar a escova na pia e enxaguar cada uma das mãos, unindo as extremidades dos dedos e colocando os antebraços na vertical de maneira que a água escorra em direção aos cotovelos. Figura 1. Escovação das mãos e antebraços com água e sabão. A- borda ulnar da mão e do dedo mínimo; B – unhas. Figura 2. Escovação de dedos, mãos e antebraços. Os números indicam a ordem da sequência.
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